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Itraconazol EMS

Como o Itraconazol – EMS funciona?


Estudos in vitro demonstraram que o itraconazol inibe a
síntese do ergosterol em células fúngicas. O ergosterol é um
componente vital da membrana celular dos fungos. A inibição da sua
síntese tem como última consequência um efeito
antifúngico.

Nas infecções de pele, as lesões irão desaparecer completamente
apenas em algumas semanas após o término do tratamento (2 a 4
semanas). O itraconazol mata o fungo propriamente, mas a lesão
desaparece junto com o crescimento da pele sadia.

As lesões das unhas desaparecem apenas 6 a 9 meses após o final
do tratamento uma vez que itraconazol apenas mata o fungo, havendo
necessidade de a unha crescer para a cura ser observada. Portanto,
não se preocupe se você não notar melhora durante o
tratamento, o medicamento permanecerá na unha por vários meses
exercendo seu efeito.

Contraindicação do Itraconazol – EMS

Não utilize itraconazol:

  • Se você for alérgico ao itraconazol ou a qualquer um dos
    componentes do medicamento;
  • Se você estiver grávida (a menos que seu médico saiba que você
    está grávida e decida que você precisa tomar itraconazol);
  • Se você estiver em idade fértil, você deve tomar precauções
    contraceptivas adequadas para ter certeza de que não engravidará
    enquanto estiver tomando itraconazol. Como itraconazol permanece no
    organismo por algum tempo após o término do tratamento, você deve
    continuar com as medidas contraceptivas até a próxima menstruação
    após o final do tratamento com itraconazol cápsulas;
  • Se você possui insuficiência cardíaca (também chamada de
    insuficiência cardíaca congestiva ou ICC) itraconazol pode agravar
    a doença. Caso seu médico decida que você deva utilizar itraconazol
    mesmo que você tenha essa condição, procure auxílio médico
    imediatamente se você tiver falta de ar, ganho de peso inesperado,
    inchaço das pernas, fadiga não usual ou começar a acordar durante a
    noite.

Você também não deve utilizar certos medicamentos enquanto
estiver utilizando itraconazol. Existem muitos medicamentos que
interferem com itraconazol.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
com insuficiência cardíaca.

Como usar o Itraconazol – EMS

O itraconazol deve ser administrado por via oral.

Você deve tomar itraconazol imediatamente após uma refeição. As
cápsulas devem ser tomadas inteiras com auxílio de água.

Posologia do Itraconazol – EMS


Você deve sempre tomar itraconazol cápsulas imediatamente após
uma refeição completa, pois este medicamento atua melhor desta
maneira. A dose e a duração do tratamento dependem do tipo de fungo
e do local de infecção em seu corpo. Seu médico vai informá-lo
exatamente o que fazer.

As seguintes doses são utilizadas com maior
frequência:

Infecções cutâneas

Com infecções na pele, as lesões vão desaparecer completamente
algumas semanas após o final do tratamento com itraconazol
cápsulas. Isto é típico das lesões causadas por
fungos. O medicamento elimina o fungo, mas a lesão
somente desaparece com o surgimento de uma pele saudável

Infecções nas unhas

As lesões de unhas desaparecem após 6 a 9 meses após o final do
tratamento com itraconazol cápsulas, uma vez que o medicamento
elimina apenas o fungo. A unha afetada ainda precisa crescer
novamente após o fungo ser morto na unha infectada, o que ocorre em
alguns meses. Então, não se preocupe se você não observar melhora
durante o tratamento: o medicamento permanece agindo em suas unhas
por vários meses para matar o fungo. Portanto, você deve
interromper o tratamento conforme instruído por seu médico, mesmo
que você não observe nenhuma melhora.
Se você tiver infecções de órgãos internos, pode ser necessário
tomar doses altas por um período maior.

Infecções em órgãos internos

Doses mais elevadas com itraconazol cápsulas podem ser
necessárias por mais tempo.

Você deve sempre seguir as instruções do seu médico, pois ele
pode adaptar o tratamento de acordo com as suas necessidades.

Uso pediátrico

O uso de itraconazol cápsulas em pacientes pediátricos não é
recomendado, a menos que os benefícios potenciais superem os riscos
potenciais.

Uso em idosos

O uso de itraconazol cápsulas em pacientes idosos deve ser
avaliado pelo médico. Em geral, o médico selecionará uma dose
adequada para o paciente idoso com base na avaliação de sua função
hepática, renal ou cardíaca e com base na presença de outra doença
concomitante ou outro tratamento medicamentoso.

Uso em pacientes com insuficiência hepática ou
insuficiência renal

Itraconazol cápsulas deve ser administrado com cautela em
pacientes com insuficiência hepática (redução da função do fígado)
ou insuficiência renal (redução da função dos rins). Se necessário,
o médico deverá ajustar a dose para estes pacientes.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Itraconazol – EMS?


Se você esquecer de tomar seu medicamento, tome a próxima dose
normalmente e continue com seu medicamento como recomendado pelo
médico. Não tome uma dose dupla.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Itraconazol – EMS

Você deve parar de tomar itraconazol e procurar seu
médico imediatamente se qualquer dos seguintes sintomas aparecerem
durante o tratamento com itraconazol:

Falta de apetite, náuseas, vômitos, cansaço, dor abdominal,
coloração amarelada da pele ou dos olhos, fezes claras (nas
evacuações) ou urina muito escura. Se for necessário que você tome
itraconazol, seu médico poderá solicitar monitoramento sanguíneo
constante. Esta ação tem como objetivo descartar distúrbios
hepáticos em tempo hábil, já que estes distúrbios podem ocorrer,
embora muito raramente.

Você deve informar ao seu médico se possui algum problema no
coração. Informe imediatamente ao seu médico se apresentar falta de
ar, aumento de peso inesperado, inchaço das pernas, cansaço não
usual, ou se você começar a acordar durante a noite, pois estes
podem ser sintomas de insuficiência cardíaca.

Informe ao seu médico ou procure assistência médica
imediatamente se você apresentar uma reação alérgica grave
(caracterizada por erupção de pele significativa, coceira,
urticária, dificuldade para respirar e/ou inchaço da face) durante
o tratamento com itraconazol cápsulas.

Pare de tomar itraconazol e informe ao seu médico imediatamente
se você se tornar muito sensível à luz solar.

Pare de tomar itraconazol e informe ao seu médico imediatamente
se você apresentar um problema de pele grave, como erupção
disseminada com descamação da pele e bolhas na boca, olhos e
genitais, ou uma erupção cutânea com pequenas pústulas ou
bolhas.

Pare de tomar itraconazol e informe ao seu médico imediatamente
se você apresentar qualquer sensação de formigamento, diminuição da
sensibilidade ou fraqueza nos membros ou outros problemas com os
nervos dos braços ou pernas.

Informe ao seu médico se você já apresentou reação alérgica a
itraconazol ou a outro antifúngico.

Antes de iniciar o tratamento com itraconazol informe ao seu
médico se você apresenta fibrose cística.

Informe ao seu médico se você for um paciente neutropênico
(apresentar número de neutrófilos sanguíneos abaixo do normal), com
AIDS ou transplantado. A dose de itraconazol cápsulas deverá ser
ajustada com base em sua resposta clínica.

Pare de tomar itraconazol e informe ao médico imediatamente se
você apresentar qualquer sintoma de perda da audição. Em casos
muito raros, pacientes tomando itraconazol relataram perda
temporária ou permanente da audição.

Informe ao seu médico se sua visão se tornar turva ou se você
tiver visão dupla, ouvir um zumbido no ouvido, perder a capacidade
de controlar a urina ou urinar muito mais do que o normal.

Amamentação

Você deve informar ao médico se está amamentando, pois pequenas
quantidades do itraconazol podem estar presentes no leite
materno.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar
máquinas

Algumas vezes itraconazol pode causar tontura, visão turva/
dupla ou perda da audição. Se você apresentar estes sintomas, você
não deve dirigir ou operar máquinas.

Atenção:

este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com
cautela em portadores de diabetes.

Reações Adversas do Itraconazol – EMS

Como todos os medicamentos, itraconazol pode causar reações
adversas; no entanto estas reações não se manifestam em todas as
pessoas.

Informe ao seu médico se você notar algumas das
seguintes reações adversas durante a utilização de
itraconazol:

Sua visão pode ficar turva ou você pode ver em duplicidade. Você
pode ouvir um zumbido em seus ouvidos. Você pode perder a
capacidade de controlar sua urina ou urinar muito mais do que o
habitual. Você pode ter perda auditiva temporária ou
permanente.

Os seguintes sintomas podem ocorrer:

Dor de estômago, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal,
constipação (prisão de ventre) ou excesso de gás no estômago. Falta
de ar, tosse, líquido nos pulmões, alteração da voz, sinusite,
inflamação do nariz, infecção do trato respiratório superior, dor
de cabeça, distúrbio menstrual, disfunção erétil, tonturas,
confusão, tremor, sonolência, fadiga (cansaço), calafrios, fraqueza
ou dor muscular, dor nas articulações, dor, dor no peito, inchaço,
inchaço generalizado, inflamação do pâncreas, paladar desagradável,
febre, transpiração excessiva, perda de cabelo também podem
ocorrer. Além disso, também podem ocorrer aumento da frequência
cardíaca, aumento da pressão arterial, diminuição da pressão
arterial, ou insuficiência cardíaca. Podem ocorrer alterações nos
testes laboratoriais, tais como diminuição dos níveis de
granulócitos (células de defesa no corpo humano), diminuição dos
glóbulos brancos, diminuição das plaquetas, diminuição de magnésio
no sangue, diminuição de potássio no sangue, aumento de potássio no
sangue, aumento de açúcar no sangue, aumento de creatina
fosfoquinase (enzima presente em vários tecidos e tipos de células)
no sangue, aumento de enzimas hepáticas (do fígado), aumento de
bilirrubina (substância amarelada encontrada na bile) no sangue,
aumento de triglicérides (principais gorduras em nosso organismo)
no sangue, ou aumento da ureia (substância produzida no fígado,
resultante do metabolismo de proteínas e eliminada pela urina)
sanguínea.

Pode ocorrer hipersensibilidade (alergia) com
itraconazol cápsulas

Podem ser reconhecidas como:

Comum

Erupção cutânea, coceira, urticária (erupção na pele, geralmente
de origem alérgica, que causa coceira), falta de ar ou dificuldade
respiratória, e/ou inchaço na face.

Incomum

Sensibilidade diminuída nos membros, sensação de formigamento
nos membros, ou outros problemas com os nervos dos braços ou das
pernas.

Muito raro

Hipersensibilidade (alergia) à luz solar, distúrbio grave da
pele (erupção cutânea generalizada com descamação da pele e bolhas
na boca, olhos e órgãos genitais ou erupção cutânea com pequenas
pústulas ou bolhas).

Você pode ter um ou mais dos seguintes sintomas que
podem estar relacionados com insuficiência cardíaca

Falta de ar, ganho de peso inesperado, inchaço das pernas,
fadiga incomum, ou começar a acordar de madrugada

Podem aparecer um ou mais dos seguintes sintomas que
podem estar relacionados com distúrbios hepáticos

Falta de apetite, náuseas, vômitos, cansaço, dor abdominal,
icterícia (cor amarelada nos olhos e na pele), urina muito escura e
fezes esbranquiçadas.

Você deve informar ao seu médico ou farmacêutico se
qualquer uma dessas reações adversas se tornar grave, ou se você
apresentar qualquer reação adversa não listada nesta
bula.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Itraconazol – EMS

Gravidez

Você não deve usar itraconazol durante a gravidez. Se você está
em idade que pode engravidar, tome medidas contraceptivas adequadas
para não ficar grávida enquanto estiver tomando o medicamento.

Como itraconazol permanece no organismo durante algum tempo após
o término do tratamento, você deve continuar a usar algum método
anticoncepcional até o próximo ciclo menstrual depois da
interrupção do itraconazol.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Insuficiência hepática

Você deve informar ao seu médico se possui algum problema de
fígado, pois pode ser necessário ajustar a dose de itraconazol.

Insuficiência Renal

Você deve informar ao seu médico se possui algum problema no
rim, pois pode ser necessário ajustar a dose de itraconazol.

Composição do Itraconazol – EMS

Cada cápsula dura de Itraconazol contém:

Itraconazol

100 mg

Excipiente*

1 cápsula dura

*Sacarose, macrogol, copolímero de ácido metacrílico e
metacrilato de etila e hipromelose.

Apresentação do Itraconazol – EMS


Cápsula dura 100 mg

Embalagens com 4, 10 ou 15 cápsulas e embalagem hospitalar com
450 ou 500 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Itraconazol – EMS

Se você tomar uma grande quantidade do medicamento
acidentalmente, deve procurar um médico imediatamente.

Informações ao médico em caso de
superdosagem.

No caso de ingestão excessiva acidental, devem ser adotadas
medidas adequadas de suporte.

É aconselhável contatar um centro de controle de intoxicações
para determinar as mais recentes recomendações para o manuseio de
uma superdose.

O itraconazol não pode ser removido por hemodiálise. Não há
antídoto específico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Itraconazol –
EMS

Informe seu médico ou farmacêutico se você estiver usando
qualquer outro medicamento, pois o uso em conjunto com alguns
medicamentos pode ser prejudicial.

Medicamentos que nunca devem ser tomados enquanto você
utilizar itraconazol:

  • Terfenadina, astemizol e mizolastina, para alergia;
  • Bepridil, felodipino, nisoldipino, lercanidipino, ivabradina,
    ranolazina, eplerenona, para tratar angina (sensação de aperto ou
    dor no peito) ou hipertensão (pressão alta);
  • Ticagrelor, para diminuir a coagulação sanguínea;
  • Cisaprida, um medicamento utilizado para certos problemas
    digestivos;
  • Sinvastatina, lomitapida e lovastatina, que diminuem o
    colesterol;
  • Midazolam (oral) e triazolam, que são comprimidos para
    dormir;
  • Lurasidona, pimozida e sertindol, para distúrbios
    psicóticos;
  • Levacetilmetadol (levometadil) e metadona, para tratar dor
    intensa ou para dependência química;
  • Halofantrina, para tratar malária;
  • Irinotecano, um medicamento contra o câncer;
  • Di-hidroergotamina ou ergotamina (chamados alcaloides de
    Ergot), usados no tratamento da enxaqueca;
  • Ergometrina (ergonovina) ou metilergometrina (metilergonovina),
    (chamados de alcaloides de Ergot), usados para controlar o
    sangramento e manter a contração uterina após o parto;
  • Disopiramida, dronedarona, quinidina e dofetilida, para tratar
    irregularidades do batimento cardíaco;
  • Domperidona, para tratar náusea e vômito;
  • Isavuconazol, para tratar infecções fúngicas;
  • Naloxegol, para tratar constipação causada pela ingestão de
    analgésicos opiáceos;
  • Avanafila, para tratar disfunção erétil;
  • Dapoxetina, para tratar ejaculação precoce.

Após o término do tratamento com itraconazol, você deve aguardar
pelo menos duas semanas antes de tomar qualquer um destes
medicamentos.

Medicamentos que não são recomendados pois podem
diminuir a ação de itraconazol:

Portanto, você sempre deve informar ao seu médico se estiver
usando qualquer um destes medicamentos para que medidas apropriadas
possam ser adotadas.

Após o término do tratamento com qualquer um destes
medicamentos, você deve aguardar pelo menos duas semanas antes de
tomar itraconazol.

Medicamentos não recomendados, exceto se o médico julgar
necessário:

  • Axitinibe, bosutinibe, carbazitaxel, cabozanitibe, ceritinibe,
    cobimetinibe, crizotinibe, dabrafenibe,
  • Dasatinibe, docetaxel, ibrutinibe, lapatinibe, nilotinibe,
    olaparibe, pazopanibe, regorafenibe, sunitinibe, trabectedina,
    trastuzumabe entansina, alcaloide da vinca, usados no tratamento do
    câncer;
  • Riociguate, sildenafila, tadalafila, quando usados para tratar
    hipertensão pulmonar (aumento da pressão sanguínea nas veias do
    pulmão);
  • Everolimo, rapamicina (também conhecida como sirolimo),
    usualmente utilizadas após transplante de órgão;
  • Bedaquilina, rifabutina, para tratar tuberculose;
  • Conivaptana, tolvaptana, para tratar baixas quantidades de
    sódio no sangue;
  • Apixabana, rivaroxabana, para diminuir a coagulação do
    sangue;
  • Alfuzosina, sildosina, para tratar crescimento benigno da
    próstata;
  • Alisquireno, para tratar hipertensão (pressão alta);
  • Sildenafila, quando usado para tratar hipertensão pulmonar
    (aumento da pressão sanguínea nas veias do pulmão);
  • Carbamazepina, para tratar epilepsia;
  • Colchicina, para tratar gota;
  • Darifenacina, para tratar incontinência urinária;
  • Fentanila, um medicamento potente para analgesia;
  • Vorapaxar, para tratar ataques cardíacos ou derrames;
  • Salmeterol, para melhorar a respiração;
  • Simeprevir, para tratar hepatite C;
  • Tansulosina, para tratar a incontinência urinária
    masculina;
  • Vardenafila, para tratar a disfunção erétil;
  • Saccharolmyces boulardii, para tratar diarreia;
  • Lumacaftor/ivacaftor, usados para tratar Fibrose Cística.

Após o término do tratamento com itraconazol você deve aguardar
pelo menos duas semanas antes de tomar qualquer um destes
medicamentos, exceto se o seu médico julgar que a administração é
necessária.

Medicamentos que podem requerer uma alteração da dose
(ou de itraconazol cápsulas ou do outro medicamento):

  • Ciprofloxacino, claritromicina, eritromicina e telitromicina,
    que são antibióticos;
  • Delamida, usada para tratar de tuberculose;
  • Trimetrexato, usado para tratar pneumonia em pacientes com
    problema no sistema imunológico;
  • Bosentana, digoxina, nadolol, e certos bloqueadores do canal de
    cálcio, incluindo verapamil), que agem no coração ou vasos
    sanguíneos;
  • Guanfacina, usado para tratar Transtorno de Déficit de Atenção
    e Hiperatividade;
  • Diltiazem, usado para tratar hipertensão;
  • Cumarínicos (por exemplo varfarina), cilostazol e dabigatrana,
    que diminuem a coagulação sanguínea;
  • Metilprednisolona, budesonida, ciclesonida, fluticasona ou
    dexametasona, (medicamentos administrados por via oral, injetável
    ou inalatória para o tratamento de inflamações, asma e
    alergias);
  • Ciclosporina, tacrolimo, tensirolimo, que são medicamentos
    utilizados geralmente após transplantes de órgãos;
  • Cobicistate, elvitegravir potencializador, fumarato de
    tenofovir desoproxila (TDF), maraviroque e inibidores da protease:
    indinavir, ritonavir, darunavir potencializado, fosamprenavir
    potencializado com ritonavir, saquinavir, que são usados no
    tratamento de HIV/AIDS;
  • Dienogeste, ulipristal – usado como contra
    contraceptivo;
  • Asunaprevir, boceprevir, daclatasvir, vaniprevir
    potencializado, telaprevir, usado no tratamento da hepatite C;
  • Bortezomibe, brentuximabe vedotina, bussulfano, erlotinibe,
    gefitinibe, idelalisibe, , ixabepilona, nintedanibe, panobinostate,
    ponatinibe, ruxolitinibe, sonidegibe, vandetanibe, utilizados no
    tratamento do câncer;
  • Buspirona, perospirona, ramelteona, midazolam IV, alprazolam e
    brotizolam, usados para ansiedade ou para dormir
    (tranquilizantes);
  • Alfentanila, buprenorfina, oxicodona e sufentanila, que são
    medicamentos fortes para tratar dor;
  • Repaglinida e saxagliptina, para tratar diabetes;
  • Aripiprazol, haloperidol, quetiapina e risperidona, para tratar
    psicose;
  • Suvorexanto, zopiclona, para tratar insônia;
  • Aprepitanto, netupitanto, para tratar a náusea e o vômito
    durante tratamento de câncer;
  • Loperamida, para tratar diarreia;
  • Fesoterodina, imidafenacina, oxibutinina, solifenacina e
    tolterodina, usados para controlar a bexiga irritada;
  • Utasteride, usado para tratar aumento benigno da próstata;
  • Sildenafila, tadalafila, udenafila, para tratar disfunção
    erétil;
  • Praziquantel, para tratar fasciolíase e teníase;
  • Bilastina, ebastina, rupatadina, usados para alergia;
  • Reboxetina, venlafaxina, para tratar depressão e
    ansiedade;
  • Atorvastatina, para redução do colesterol;
  • Meloxicam, para tratar inflamação e dor de articulações;
  • Cinacalcete, para tratar a atividade excessiva da
    paratireoide;
  • Mozavaptana, para tratar o nível baixo de sódio no sangue
  • Alitretinoína (formulação oral), para tratar eczema;
  • Cabergolina, para tratar doença de Parkinson;
  • Canabinoides, para tratar náusea e vômito, perda de peso em
    pacientes com problemas no sistema imunológico e espasmos
    musculares em pacientes com Esclerose Múltipla;
  • Eletriptana, para tratamento da enxaqueca;
  • Telitromicina, para tratar pneumonia;
  • Ivacaftor, para tratar Fibrose Cística.

Se você sabe que você metaboliza medicamentos que são
manuseados/decompostos pela enzima CYP2D6 muito rapidamente, você
deve verificar com seu médico se você pode tomar este medicamento,
pois pode ser necessária uma mudança de dose:

Eliglustate.

Informe ao seu médico se você estiver tomando qualquer
um destes medicamentos.

Deve haver acidez estomacal suficiente para garantir que
itraconazol seja apropriadamente absorvido pelo organismo. Desta
forma, medicamentos que neutralizam a acidez estomacal (antiácidos)
devem ser tomados pelo menos duas horas antes da ingestão de
itraconazol ou somente duas horas após a ingestão de itraconazol.
Pela mesma razão, se você toma medicamentos que interrompem a
produção estomacal de ácido, você deve tomar itraconazol junto com
refrigerantes não dietéticos a base de cola. Em caso de dúvida
consulte seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Itraconazol – EMS

Resultados de Eficácia


Dermatofitoses

Em um estudo multicêntrico envolvendo 2.741 pacientes com
infecções por dermatófitos, no qual os pacientes foram tratados
durante 15 ou 30 dias com 100 mg de Itraconazol (subtância ativa)
diariamente, a taxa de resposta foi de 93% para o tratamento de
Tinea corporis / Tinea cruris durante 15 dias. A resposta ao
tratamento em pacientes com Tinea pedis / Tinea manus foi de 85% e
86% em grupos tratados durante 15 e 30 dias, respectivamente. O
tempo mediano para o início da melhora clínica foi de 7 a 8
dias.¹

Um estudo duplo-cego, controlado com placebo utilizando 50 mg de
Itraconazol (subtância ativa) demonstrou uma taxa de cura
significativamente superior ao placebo. Comparando-se 50 mg e 100
mg administrados diariamente até obter-se a cura clínica em 173
pacientes com 185 locais de infecção (91 casos de Tinea corporis /
cruris, 94 casos de Tinea 2 pedis / manus) observou-se que ambos
foram efetivos com resposta de 80% em todos os grupos tratados,
sendo que os pacientes recebendo 100 mg diários manifestaram sinais
de melhora mais rápida.²

Criptococose

Foi descrito o uso de 200 mg de Itraconazol (subtância ativa)
duas vezes/dia em 48 pacientes com infecções criptococócicas. Entre
os 28 pacientes avaliáveis com meningite criptococócica, 24 tinham
AIDS. Dezoito dos 28 pacientes obtiveram resposta completa
(resolução clínica e culturas do líquor negativas); seis pacientes
tiveram resposta parcial e em quatro a terapia falhou. Respostas
parciais ou falhas estavam associadas a falhas de tratamentos
antifúngicos prévios, doença grave, baixas concentrações séricas de
Itraconazol (subtância ativa) ou resistência do microrganismo.¹

Aspergilose

Aspergilose invasiva é mais frequentemente observada em
pacientes imunocomprometidos e está associada à alta morbidade e
mortalidade. Em três séries, um total de 54 pacientes com
aspergilose invasiva foi tratado com 100 a 400 mg de Itraconazol
(subtância ativa) diariamente. Praticamente todos os pacientes
estavam imunocomprometidos. No geral, 42 pacientes foram
considerados curados após tratamento com Itraconazol (subtância
ativa).¹

Em uma visão geral e experiências utilizando Itraconazol
(subtância ativa) para tratar micoses sistêmicas, 78% dos pacientes
(n = 60) diagnosticados com aspergilose invasiva obtiveram melhora
através do tratamento com Itraconazol (subtância ativa), 53%
ficaram curados ou melhoraram significativamente e 25% obtiveram
melhora moderada, com doses diárias de 200 mg por um período de
duração de 4 meses.²

Blastomicose

Quarenta e oito pacientes com cultura ou histopatologia com
evidência de blastomicose foram tratados com doses diárias de 200 a
400 mg de Itraconazol (subtância ativa). O tratamento foi
considerado sucesso em 43 pacientes (89,5%) e teve duração mediana
de 6,2 meses.¹

Paracoccidioidomicose

Entre 51 pacientes tratados com 50 ou 100 mg de Itraconazol
(subtância ativa) (substância ativa) diariamente durante 6 a 12
meses, foi observada cura clínica ou melhora significativa dos
sintomas em 100% dos pacientes.¹

Pitiríase versicolor

Um estudo envolveu 60 pacientes com pitiríase versicolor,
escolhidos randomicamente e divididos em 3 grupos de 20 pacientes
cada. Fez-se uma avaliação clínica e micológica antes do tratamento
e no 7° e 28° dias após o tratamento. Doses de 400 mg/dia durante 3
dias e 200 mg/dia durante 5 dias foram consideradas eficazes para
tratamento de pitiríase versicolor.3 

Em um estudo multicêntrico aberto, não comparativo, foram
analisados 333 pacientes que receberam duas cápsulas de 100 mg de
Itraconazol (subtância ativa), via oral, uma vez ao dia durante
cinco dias. Os pacientes foram submetidos a avaliações clínica e
micológica pré-tratamento e 30 dias após o término do tratamento.
Observou-se cura micológica em 93,7% dos casos.4

Candidíase vaginal

Estudo multicêntrico, simples-cego, randomizado, de grupos
paralelos foi realizado utilizando 200 mg de Itraconazol (subtância
ativa) duas vezes ao dia em 109 pacientes com candidíase vaginal. A
cura micológica após uma semana de tratamento foi alcançada em 74%
das pacientes tratadas com Itraconazol (subtância ativa). Um número
significativamente maior de pacientes preferiu o tratamento com
Itraconazol (subtância ativa) ao tratamento prévio
recebido.5

Pacientes com candidíase vulvovaginal aguda micologicamente
confirmada (n = 229) foram randomicamente distribuídas para
receber: 200 mg de Itraconazol (subtância ativa) duas vezes ao dia
por 1 dia, comparativo oral ou comparativo tópico. Obteve-se cura
micológica em 96% das pacientes do grupo Itraconazol (subtância
ativa), comprovando sua eficácia no tratamento da candidíase
vaginal aguda.6

Foram estudadas 101 pacientes portadoras de candidíase vaginal,
confirmadas clínica e micologicamente em um estudo multicêntrico
aberto, comparativo, randomizado. A dose de Itraconazol (subtância
ativa) foi 200 mg, duas vezes ao dia, por um dia. No 28° dia, os
resultados mostraram que 70% das mulheres do grupo Itraconazol
(subtância ativa) estavam clínica e micologicamente curadas
enquanto que no grupo comparativo esta resposta foi de 40%.
Considerando-se somente a cura micológica, o percentual foi de
84%.7

Candidíase oral e esofágica

Estudou-se a atividade do Itraconazol (subtância ativa) e de
outro agente com atividade antifúngica em 111 pacientes HIV
positivos com candidíase oral e esofágica. Os pacientes foram
randomicamente distribuídos para receber 200 mg/dia de Itraconazol
(subtância ativa) ou 200 mg de cetoconazol duas vezes/dia durante
28 dias, em estudo duplo-cego. Após uma semana de tratamento, 75% e
82% dos pacientes recebendo Itraconazol (subtância ativa) e
cetoconazol, respectivamente, responderam clinicamente e após 4
semanas de tratamento esta taxa aumentou para 93% em ambos os
grupos.8

Onicomicoses

Realizou-se um estudo envolvendo 182 pacientes tratados
oralmente com Itraconazol (subtância ativa) cápsulas duas vezes ao
dia. A taxa de cura foi 90,9% em 55 dos pacientes com onicomicose
nas unhas das mãos e 80,3% em 127 pacientes com onicomicose nas
unhas dos pés e ambas ao mesmo tempo. A melhora do aspecto das
infecções fúngicas foi de 98% e 96,5% para os pacientes com
onicomicoses nos dedos das mãos e dos pés,
respectivamente.9

Histoplasmose

Realizou-se um estudo com 37 pacientes HIV negativos com
histoplasmose pulmonar crônica (27 pacientes) ou histoplasmose
extrapulmonar localizada ou disseminada (10 pacientes). A principal
doença de base era a doença pulmonar obstrutiva crônica tratada com
doses altas de Itraconazol (subtância ativa) (200-400 mg diários)
durante uma média de 9 meses. O sucesso da terapia foi observado em
81% dos pacientes. Todos os pacientes com a forma disseminada
crônica, com envolvimento mediastinal ou nódulo parenquimatoso
pulmonar, ou ambos, foram curados.10

A eficácia de Itraconazol (subtância ativa) foi avaliada em 27
pacientes adicionais portadores de AIDS com histoplasmose
disseminada confirmada. Onze pacientes apresentavam reações
sorológicas positivas. Os pacientes foram tratados com 200 mg
diários (24 pacientes) ou 400 mg diários (3 pacientes) durante 6
meses e aqueles considerados curados após terapia de indução, foram
mantidos com 100 mg/dia de Itraconazol (subtância ativa) como
terapia de supressão. Em geral, 85% dos pacientes responderam à
terapia.11

Esporotricose

Um total de 78 pacientes com esporotricose foi tratado com 100
mg/dia de Itraconazol (subtância ativa), durante uma média de 94
dias. A resposta clínica global nos pacientes avaliáveis foi de
100% para o tipo cutâneo (n = 32) e 90% para o tipo linfático (n =
39). Um de dois pacientes com esporotricose disseminada respondeu
ao tratamento. Ao final do tratamento as culturas foram negativas
em 93% dos pacientes com esporotricose cutânea e em 82% dos
pacientes com esporotricose linfática.12

Referências

1. Zuckerman JM, Tunkel AR..
Itraconazol (subtância ativa)e: A New Triazole Antifungal Agent.
Infect Control Hosp. Epidemiol 1994, 15: 397 – 410.
2. Grant SM., Clissold SP. Itraconazol (subtância ativa)e: A Review
of its Pharmacodynamic and Pharmacokinetic Properties, and
Therapeutic Use in Superficial and Systemic Mycoses. Drugs 3ª,
1989, 310 – 344.
3. Kokturk A et al. Efficacy of Three Short-term Regimens of
Itraconazol (subtância ativa)e in the Treatment of Pityriasis
Versicolor. Journal of Dermatological Treatment 2002, 13: 185 –
187.
4. Zaitz C., Sampaio S. Avaliação da Eficácia e Tolerabilidade do
Itraconazol (subtância ativa) no Tratamento da Pitiríase
Versicolor. An bras Dermatol. Rio de Janeiro 1995, 70 (3): 195 –
198.
5. Tobin JM, et al.Treatment of Vaginal Candidosis: A Comparative
Study of the Efficacy and Acceptability of Itraconazol (subtância
ativa)e and Clotrimazole. Genitourin Med 1992, 68 (1): 36 – 38.
6. Woolley PD, Higgins SP. Comparison of Clotrimazole, Fluconazole
and Itraconazol (subtância ativa)e in Vaginal Candidiasis. Br J.
Clin Pract. 1995, 49 (2): 65 – 66.
7. Kogos W, et al. Estudo Multicêntrico Comparativo da Eficácia,
Tolerabilidade e Índice de Recidiva do Itraconazol (subtância
ativa) e do Fluconazol, Por Via Oral, no Tratamento da Candidíase
Vaginal. Ginecologia e Obstetrícia 1993, 4 (2): 89 – 97.
8. Smith DE. et al. Itraconazol (subtância ativa)e versus
Ketoconazole in the Treatment of Oral and Oesophageal Candidosis in
Patients Infected with HIV. AIDS 1991, 5:1367 – 1371.
9. XU Li-bin et al. Treatment of Onychomycosis by Pulse Usage of
Itraconazol (subtância ativa)e. J Clin. Dermatol. 2002, Vol. 31, No
2.
10. Dismukes WE, Bradsher RW, Cloud GC, et al. Itraconazol
(subtância ativa)e Therapy for Blastomycosis and Histoplasmosis. Am
J Med 1992, 93: 489 – 497.
11. Negroni R. et al. Itraconazol (subtância ativa)e in the
Treatment of Histoplasmosis with AIDS. Mycoses 1992, 35: 281 –
287.
12. Data on file. Janssen Research Foundation, Belgium,
1990.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Sporanox.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Estudos in vitro demonstraram que o Itraconazol
(subtância ativa) inibe a síntese do ergosterol em células
fúngicas. O ergosterol é um componente vital da membrana celular
dos fungos. A inibição da sua síntese tem como última consequência
um efeito antifúngico.

Relação farmacocinética/farmacodinâmica

A relação farmacocinética/farmacodinâmica para Itraconazol
(subtância ativa), e para os triazóis em geral, é pouco
compreendida.

Efeitos farmacodinâmicos

Microbiologia

O Itraconazol (subtância ativa), um derivado triazólico,
apresenta amplo espectro de ação. Para o Itraconazol (subtância
ativa), foram estabelecidos pontos de corte por CLSI apenas para
Candida spp. de infecções micóticas superficiais (CLSI
M27-A2). Os pontos de corte pelo CLSI são: sensível lt; 0,125;
sensível, dependente da dose 0,25-0,5 e resistente gt; 1 mcg/mL. A
interpretação de pontos de corte não foi estabelecida por CLSI para
fungos filamentosos.

Pontos de corte de EUCAST para Itraconazol (subtância ativa)
foram estabelecidos para Aspergillus flavus, A. fumigatus, A.
nidulans e A. terreus
, e são os seguintes: sensível lt; 1
mg/L, resistente gt; 2 mg/mL. Pontos de corte de EUCAST ainda não
foram estabelecidos para Itraconazol (subtância ativa) e
Candida spp.

Estudos in vitro demonstraram que o Itraconazol
(subtância ativa) inibe o crescimento de um amplo espectro de
fungos patogênicos aos seres humanos em concentrações geralmente
entre ≤ 1 mcg/mL, incluindo

Candida spp. (inclusive Candida albicans, Candida
tropicalis, Candida parapsilosis e Candida dubliniensis),
Aspergillus spp., Blastomyces dermatitidis, Cladosporium spp.,
Coccidioides immitis, Cryptococcus neoformans, Geotrichum spp.,
Histoplasma spp., inclusive H. capsulatum, Paracoccidioides
brasiliensis, Penicillium marneffei, Sporothrix schenckii e
Trichosporon spp
. O Itraconazol (subtância ativa) também
apresentou atividade in vitro contra Epidermophyton
floccosum, Fonsecaea spp., Malassezia spp., Microsporum spp.,
Pseudallescheria boydii, Trichophyton spp
. e vários outros
fungos e leveduras.

Candida krusei, Candida glabrata e Candida
guillermondii
são geralmente as espécies de Candida
menos susceptíveis, sendo que algumas cepas isoladas demonstraram
resistência inequívoca ao Itraconazol (subtância ativa) in
vitro
.

Os principais tipos de fungos não inibidos pelo Itraconazol
(subtância ativa) são Zygomycetes (por exemplo, Rhizopus spp.,
Rhizomucor spp., Mucor spp. e Absidia spp
.), Fusarium
spp., Scedosporium spp. e Scopulariopsis spp
. A resistência
aos azóis parece se desenvolver lentamente e, frequentemente,
resulta de diversas mutações genéticas. Os mecanismos descritos são
superexpressão de ERG11, que codifica a enzima alvo
14alfa-demetilase, mutações pontuais no ERG11 que levam à
diminuição da afinidade do alvo e/ou superexpressão do
transportador resultando, em aumento do efluxo. Foi observada
resistência cruzada entre membros da classe dos azóis com
Candida spp., embora a resistência para um membro da
classe não necessariamente confira resistência para outros azóis.
Foram relatadas cepas de Aspergillus fumigatus resistentes
ao Itraconazol (subtância ativa).

Características farmacocinéticas gerais

Os picos de concentração plasmática do Itraconazol (subtância
ativa) são atingidos de 2 a 5 horas após administração oral. Como
consequência da farmacocinética não linear, o Itraconazol
(subtância ativa) se acumula no plasma durante a administração de
doses múltiplas. As concentrações no estado de equilíbrio são
geralmente alcançadas em 15 dias, com valores de Cmáx de 0,5
mcg/mL, 1,1 mcg/mL e 2,0 mcg/mL após administração oral de 100 mg
uma vez ao dia, 200 mg uma vez ao dia e 200 mg duas vezes ao dia,
respectivamente. Em geral, a meia-vida terminal do Itraconazol
(subtância ativa) varia de 16 a 28 horas após dose única e
aumenta para 34 a 42 horas com administração repetida. Terminado o
tratamento, a concentração plasmática de Itraconazol (subtância
ativa) diminui para uma concentração quase indetectável em 7 a 14
dias, dependendo da dose e da duração do tratamento. Após
administração intravenosa, a depuração plasmática total média é de
278 mL/min. A depuração do Itraconazol (subtância ativa) diminui em
doses maiores devido à saturação do seu metabolismo hepático.

Absorção

O Itraconazol (subtância ativa) é rapidamente absorvido após
administração oral. Picos de concentração plasmática do fármaco
inalterado são obtidos 2 a 5 horas após administração de uma dose
oral da cápsula. A biodisponibilidade oral absoluta de Itraconazol
(subtância ativa) é cerca de 55% e é máxima quando as cápsulas são
ingeridas imediatamente após uma refeição completa.

A absorção das cápsulas de Itraconazol (subtância ativa) é menor
em indivíduos com acidez gástrica reduzida, como naqueles tomando
medicamentos supressores da secreção do ácido gástrico (por
exemplo, antagonistas de receptor H2, inibidores da bomba de
prótons) ou com acloridria causada por certas doenças. Nestes
indivíduos, a absorção de Itraconazol (subtância ativa) em jejum
aumenta quando Itraconazol (subtância ativa) cápsulas é
administrado com uma bebida ácida (como refrigerantes não
dietéticos à base de cola).

Quando as cápsulas de Itraconazol (subtância ativa) são
administradas em dose única de 200 mg em jejum com refrigerante não
dietético à base de cola, após pré-tratamento com ranitidina
(antagonista do receptor H2), a absorção de Itraconazol (subtância
ativa) foi comparável à observada quando Itraconazol (subtância
ativa) cápsulas foi administrado isoladamente.

A exposição ao Itraconazol (subtância ativa) é menor com a
formulação cápsula em comparação à solução oral, quando a mesma
dose do medicamento é administrada.

Distribuição

A maior parte do Itraconazol (subtância ativa) disponível no
plasma está ligada a proteínas (99,8%), sendo a albumina a
principal proteína de ligação (99,6% para o hidróxi-metabólito).
Também há afinidade considerável por lipídeos. Apenas 0,2% do
Itraconazol (subtância ativa) presente no plasma está na forma
livre. O Itraconazol (subtância ativa) se distribui em volume
corpóreo aparentemente grande (gt;700L), sugerindo extensa
distribuição nos tecidos. As concentrações encontradas nos pulmões,
rim, fígado, ossos, estômago, baço e músculos foram 2 a 3 vezes
maiores do que as concentrações correspondentes no plasma, e a
captação pelos tecidos queratinizados, particularmente a pele, foi
até 4 vezes maior.

As concentrações no líquido cefalorraquidiano são muito menores
do que no plasma, mas foi demonstrada eficácia contra infecções no
líquido cefalorraquidiano.

Metabolismo

O Itraconazol (subtância ativa) é extensamente metabolizado no
fígado, transformando-se em grande número de metabólitos. Como
demonstrado nos estudos in vitro, CYP3A4 é a principal enzima
envolvida no metabolismo do Itraconazol (subtância ativa). O
principal metabólito é o hidróxi-Itraconazol (subtância ativa), que
apresenta, in vitro, atividade antifúngica comparável à do
Itraconazol (subtância ativa). As concentrações plasmáticas mínimas
deste metabólito são aproximadamente duas vezes as do Itraconazol
(subtância ativa).

Excreção

O Itraconazol (subtância ativa) é excretado principalmente como
metabólitos inativos na urina (35%) e nas fezes (54%) dentro de uma
semana após administração de uma dose de solução oral. A excreção
renal do Itraconazol (subtância ativa) e do metabólito ativo
hidróxi-Itraconazol (subtância ativa) representa menos de 1% de uma
dose intravenosa. Com base em uma dose oral marcada
radioativamente, a excreção fecal do medicamento inalterado varia
de 3% a 18% da dose.

Como a redistribuição do Itraconazol (subtância ativa) a partir
dos tecidos queratinizados é aparentemente desprezível, a
eliminação do Itraconazol (subtância ativa) destes tecidos está
relacionada à regeneração epidérmica. Ao contrário do plasma, a
concentração na pele permanece por 2 a 4 semanas após término de um
tratamento de 4 semanas de duração e na queratina das unhas, onde o
Itraconazol (subtância ativa) pode ser detectado já com uma semana
de tratamento, por pelo menos, seis meses após final de um
tratamento de 3 meses.

Populações especiais

Insuficiência hepática

O Itraconazol (subtância ativa) é predominantemente metabolizado
pelo fígado. Estudo de farmacocinética foi conduzido em 6
indivíduos saudáveis e 12 pacientes com cirrose, que receberam uma
dose única de 100 mg de Itraconazol (subtância ativa) na forma de
cápsula. Redução estatisticamente significativa na Cmáx média (47%)
e aumento de duas vezes na meia-vida de eliminação (37 ± 17 horas
versus 16 ± 5 horas) do Itraconazol (subtância ativa) foram
observados em pacientes com cirrose comparado aos indivíduos
saudáveis. Entretanto, a exposição geral ao Itraconazol (subtância
ativa) baseada na AUC foi similar em pacientes com cirrose e
indivíduos saudáveis. Dados sobre o uso prolongado de Itraconazol
(subtância ativa) em pacientes com cirrose não estão
disponíveis.

Insuficiência renal

Dados limitados estão disponíveis sobre o uso oral de
Itraconazol (subtância ativa) em pacientes com insuficiência renal.
Um estudo de farmacocinética usando uma dose única de 200 mg de
Itraconazol (subtância ativa) (quatro cápsulas de 50 mg) foi
conduzido em três grupos de pacientes com insuficiência renal
(uremia: n=7; hemodiálise: n=7 e diálise peritoneal ambulatorial
contínua: n=5). Em indivíduos urêmicos, com depuração média de
creatinina de 13 mL/min x 1,73 m2 , a exposição baseada
na AUC foi ligeiramente reduzida em comparação aos parâmetros da
população normal. Este estudo não demonstrou nenhum efeito
significativo da hemodiálise ou da diálise peritoneal ambulatorial
contínua na farmacocinética do Itraconazol (subtância ativa)
(Tmáx, Cmáx e AUC0-8h). Os perfis
de concentração plasmática versus tempo mostraram ampla variação
entre os indivíduos nos três grupos.

Após dose intravenosa única, as meias-vidas terminais médias do
Itraconazol (subtância ativa) em pacientes com insuficiência renal
leve (definida neste estudo como depuração de creatinina = 50-79
mL/min), moderada (definida neste estudo como depuração de
creatinina = 20-49 mL/min) e grave (definida neste estudo como
depuração de creatinina lt; 20 mL/min) foram semelhantes às de
indivíduos saudáveis (variação média de 42-49 horas versus 48 horas
em pacientes com comprometimento renal e indivíduos saudáveis,
respectivamente). A exposição global ao Itraconazol (subtância
ativa), baseada na AUC, diminuiu em aproximadamente 30% e 40% em
pacientes com insuficiência renal moderada e grave,
respectivamente, em comparação aos indivíduos com função renal
normal. Não há dados disponíveis em pacientes com comprometimento
renal durante uso de Itraconazol (subtância ativa) a longo prazo. A
diálise não tem efeito na meia-vida ou na depuração do Itraconazol
(subtância ativa) ou hidróxi-Itraconazol (subtância ativa).

População pediátrica

São limitados os dados farmacocinéticos disponíveis sobre o uso
de Itraconazol (subtância ativa) na população pediátrica. Estudos
de farmacocinética clínica em crianças e adolescentes com idades
entre 5 meses e 17 anos foram realizados com cápsulas de
Itraconazol (subtância ativa), solução oral ou formulação
intravenosa. Doses individuais com formulação em cápsula e em
solução oral variaram de 1,5 a 12,5 mg/kg/dia, administradas uma
vez ao dia ou duas vezes ao dia. A formulação intravenosa foi
administrada tanto como infusão única de 2,5 mg/kg, ou infusão de
2,5 mg/kg administrada uma vez ao dia ou duas vezes ao dia. Para a
mesma dose diária, a administração duas vezes ao dia, em comparação
a administração uma vez ao dia, produziu pico e concentrações
mínimas comparáveis à dose única diária em adultos. Não foi
observada relação significativa entre a idade e a AUC de
Itraconazol (subtância ativa) e depuração corporal total, no
entanto, foram observadas fracas associações entre idade e volume
de distribuição, Cmáx e taxa de eliminação terminal de Itraconazol
(subtância ativa). A depuração aparente e o volume de distribuição
de Itraconazol (subtância ativa) parecem estar relacionados ao
peso.

Dados de segurança pré-clínicos

O Itraconazol (subtância ativa) foi testado em uma série padrão
de estudos pré-clínicos de segurança.

Estudos de toxicidade aguda com Itraconazol (subtância ativa)
oral em camundongos, ratos, porquinho da Índia e cães indicam uma
ampla margem de segurança (8 a 38 vezes a dose humana máxima
recomendada [DHMR] com base em mg/m2). Estudos de
toxicidade oral sub (crônica) em ratos e cães revelaram vários
órgãos ou tecidos alvo: córtex adrenal, fígado e sistema
fagocitário mononuclear, bem como distúrbios do metabolismo
lipídico apresentando-se como células de xantoma em vários
órgãos.

Em doses elevadas de 40 e 80 mg/kg/dia em ratos (2 e 4 vezes a
DHMR com base em mg/m2), as investigações histológicas
do córtex adrenal mostraram edema reversível com hipertrofia
celular da zona reticular e fasciculata, algumas vezes associado a
adelgaçamento da zona glomerulosa. Alterações hepáticas reversíveis
foram encontradas com 40 e 160 mg/kg/dia. Observaram-se discretas
alterações nas células sinusoidais e vacuolização dos hepatócitos,
esta último indicando disfunção celular, mas sem hepatite visível
ou necrose hepatocelular. As alterações histológicas do sistema de
fagocitose mononuclear foram caracterizadas principalmente por
macrófagos com aumento de material proteináceo em vários tecidos
parenquimatosos.

Observou-se densidade mineral óssea global menor em cães jovens
após administração crônica de Itraconazol (subtância ativa).
Nenhuma toxicidade foi observada até 20 mg/kg (4 vezes a DHMR com
base em mg/m2 ). Em três estudos de toxicologia em
ratos, o Itraconazol (subtância ativa) induziu defeitos ósseos. Os
defeitos induzidos incluíram redução da atividade da placa óssea,
adelgaçamento da zona compacta dos grandes ossos e aumento da
fragilidade óssea.

Carcinogenicidade e mutagenicidade

Itraconazol (subtância ativa) não é um carcinógeno primário em
ratos ou camundongos até 20 e 80 mg/kg, respectivamente. Em ratos
machos na dose de 80 mg/kg (4 vezes a DHMR com base em
mg/m2), no entanto, houve maior incidência
de sarcoma de partes moles, atribuído a aumento de reações
inflamatórias crônicas não neoplásicas do tecido conjuntivo como
consequência dos níveis elevados de colesterol e colesterose no
tecido conjuntivo. Não existem indicações de potencial mutagênico
do Itraconazol (subtância ativa).

Toxicologia reprodutiva

Verificou-se que o Itraconazol (subtância ativa) causou aumento
na toxicidade materna, embriotoxicidade e teratogenicidade
relacionados à dose em ratos e camundongos com 40, 80 e 160 mg/kg
(1, 2 e 8 vezes a DHMR com base em mg/m2). Em ratos, a
teratogenicidade consistiu em defeitos esqueléticos maiores; em
camundongos, consistiu de encefalocele e macroglossia. A
malformação esquelética observada em ratos pode ser devida a
toxicidade materna. Não foram encontrados efeitos teratogênicos em
coelhos até a dose de 80 mg/kg (9 vezes a DHMR com base em
mg/m2).

Fertilidade

Não há evidência de influência primária na fertilidade no
tratamento com Itraconazol (subtância ativa).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Sporanox.

Cuidados de Armazenamento do Itraconazol –
EMS

Manter à temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e
umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Caracteristicas do medicamento

As cápsulas duras de itraconazol são na cor vermelha na cabeça e
azul no corpo, contendo pallets branco a bege claro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Itraconazol – EMS

Registro M.S. nº 1.0235.1205.

Farmacêutico Responsável:

Dr. Ronoel Caza de Dio
CRF-SP nº 19.710

Registrado, Fabricado e Embalado por:

EMS S/A.
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
CEP: 13.186-901
Hortolândia/SP
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira

Ou

Fabricado por:

Novamed Fabricação de Produtos Farmacêuticos Ltda
Manaus/AM

Embalado por:

EMS S/A – Hortolândia/SP

SAC:

0800-191914

Venda sob prescrição médica.

Itraconazol-Ems, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.