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Rifampicina

Contraindicação do Rifampicina

Rifampicina (Substância Ativa) está contraindicada a pacientes
com história de hipersensibilidade à qualquer rifamicina.

Rifampicina (Substância Ativa) está contraindicada quando
administrada simultaneamente com a combinação
de saquinavir/ritonavir.

Como usar o Rifampicina

A administração de Rifampicina (Substância Ativa) deve ser feita
preferencialmente em jejum, pelo menos 30 minutos antes ou 2 horas
após as refeições.

Para assegurar rápida e completa absorção, aconselha-se a
administração de Rifampicina (Substância Ativa) com estômago vazio,
longe das refeições.

Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral.

Na tuberculose

A dosagem diária é de 600 mg para pacientes com 50 kg ou mais,
de 450 mg para pacientes com menos de 50 kg, geralmente em uma
única administração. Para crianças até 12 anos é de 10 – 15 mg/kg
de peso corpóreo (recomenda-se não superar a dose diária de 600
mg). Rifampicina (Substância Ativa) deve, em geral, ser associado a
outros tuberculostáticos.

Nas infecções inespecíficas

Uso adulto:

A dosagem diária sugerida é de 600 mg; nas formas graves esta
dosagem pode ser aumentada para 900 a 1200 mg.

Nas infecções das vias urinárias, a dosagem diária sugerida é de
900 a 1200 mg.

Dosagens maiores devem ser fracionadas em duas
administrações.

Na blenorragia (doença sexualmente transmissível) é indicada uma
única administração diária de 900 mg, que poderá ser repetida,
eventualmente, também no 2o e 3o dia.

Uso em crianças:

A dosagem diária aconselhada é de 20 mg/kg em uma ou duas
administrações.

Em todos os casos (exceto na blenorragia), continuar o
tratamento por mais alguns dias, mesmo após o desaparecimento dos
sintomas.

Não há estudos dos efeitos de Rifampicina administrado por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por
via oral, conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem
o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Reações Adversas do Rifampicina

A seguinte taxa de frequência CIOMS é utilizada, quando
aplicável:

  • Reação muito comum (≥1/10);
  • Reação comum (≥1/100 e lt;1/10);
  • Reação incomum (≥1/1.000 e lt;1/100);
  • Reação rara (≥1/10.000 e lt;1/1.000);
  • Reação muito rara (lt;1/10.000);
  • Desconhecido: não pode ser estimado a partir dos dados
    disponíveis.

Infecções e infestações

Desconhecido:

Colite pseudomembranosa, influenza.

Distúrbios sanguíneos e linfático

Comum:

Trombocitopenia com ou sem púrpura geralmente associada ao
tratamento intermitente, porém é reversível com a descontinuação do
fármaco assim que ocorrer púrpura.

Incomum:

Leucopenia.

Desconhecido:

Coagulação intravascular disseminada, eosinofilia,
agranulocitose, anemia hemolítica.

Distúrbio do sistema imunológico

Desconhecido:

Reação anafilática.

Distúrbios endócrino

Desconhecido:

Foi observada insuficiência adrenal em pacientes com
comprometimento da função adrenal.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Desconhecido:

Redução do apetite.

Distúrbios psiquiátricos

Desconhecido:

Distúrbios psicóticos.

Distúrbios do sistema Nervoso

Comum:

Cefaleia, tontura.

Desconhecido:

Foram relatados casos de hemorragia cerebral e morte quando a
administração de rifampicina foi mantida ou recomeçada após o
aparecimento de púrpura.

Distúrbios oculares

Desconhecido:

Descoloração da lágrima.

Distúrbios vasculares

Desconhecido:

Choque, rubor, vasculite.

Distúrbios respiratórios torácicos e
mediastinais

Desconhecido:

Dispneia, chiado, descoloração da saliva.

Distúrbios gastrintestinais

Comum:

Náusea, vômito.

Incomum:

Diarreia.

Desconhecido:

Distúrbios gastrintestinais, desconforto abdominal.

Distúrbios hepatobiliares

Desconhecido:

Hepatite, hiperbilirrubinemia.

Distúrbios de pele e tecido subcutâneo

Desconhecido:

Eritema multiforme incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e
Necrólise Epidérmica Tóxica, Síndrome de Hipersensibilidade
Sistêmica a Droga (SHSD – Síndrome DRESS), reações cutâneas,
coceira e coceira com erupção cutânea, urticária, dermatite
alérgica, penfigoide.

Distúrbios muscoloesqueléticos e de tecido
conjuntivo

Desconhecido:

Fraqueza muscular, miopatia, dor óssea.

Distúrbios renais e urinários

Desconhecido:

Lesão renal aguda geralmente devido à necrose tubular aguda ou
nefrite tubulointersticial, cromaturia.

Gravidez, puerpério e condições perinatais

Desconhecido:

Hemorragia pós-parto, hemorragia materno-fetal.

Distúrbios no sistema reprodutor e mama

Desconhecido:

Distúrbios menstruais.

Distúrbios congênitos, familiares e
genéticos.

Desconhecido:

Porfiria.

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Muito Comum:

Febre, calafrios.

Desconhecido:

Edema.

Investigações

Comum:

Aumento de bilirrubina sanguínea, aumento de aspartato
aminotransferase e aumento de alanina aminotransferase.

Desconhecido:

Redução da pressão arterial, aumento da creatinina sanguínea,
aumento de enzimas hepáticas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Rifampicina

Os anticoncepcionais orais podem não ser eficazes durante o
tratamento, portanto, utilize outro método para evitar a gravidez.
Evite tomar bebidas alcoólicas durante o tratamento. A Rifampicina
(Substância Ativa) pode causar coloração avermelhada da urina,
escarro e lágrimas.

Medicamento-medicamento

Interações com enzimas do citocromo P-450 (enzimas do
fígado)

Rifampicina (Substância Ativa) é um potente indutor de algumas
enzimas do citocromo P-450.

A coadministração de Rifampicina (Substância Ativa) com outros
fármacos que também são metabolizados através destas enzimas do
citocromo P-450 pode acelerar o seu metabolismo e reduzir a
atividade destes outros fármacos. Consequentemente, deve-se ter
cautela ao prescrever Rifampicina (Substância Ativa) com fármacos
que são metabolizados pelo citocromo P-450.

Exemplos de fármacos metabolizados por enzimas do
citocromo P-450

Anticonvulsivantes (ex.: fenitoína), antiarrítmicos (ex.:
disopiramida, mexiletina, quinidina, propafenona, tocainida),
antiestrógenos (ex.: tamoxifeno, toremifeno), antipsicóticos (ex.:
haloperidol), anticoagulantes orais (ex.: varfarina), antifúngicos
(ex.: fluconazol, itraconazol, cetoconazol), drogas antiretrovirais
(ex.: zidovudina, saquinavir, indinavir, efavirenz), barbitúricos
(sedativos e calmantes), betabloqueadores (medicamentos usados no
tratamento das arritmias do coração), benzodiazepínicos (ex.:
diazepam), fármacos benzodiazepínicos relacionados (ex.: zopiclona,
zolpidem), bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: diltiazem,
nifedipina, verapamil), cloranfenicol, claritromicina,
corticosteróides (medicamentos usados para controle do
metabolismo), glicosídeos cardíacos (medicamentos usados em algumas
doenças do coração), clofibrato (medicamento usado no tratamento
dos níveis elevados de triglicerídeos no sangue), contraceptivos
hormonais sistêmicos (anticoncepcionais), dapsona (medicamento
usado no tratamento da lepra), doxiciclina (antibiótico),
estrógenos (hormônio), fluoroquinolonas (antibióticos), gestrinona
(homônio), agentes hipoglicêmicos orais (antidiabéticos,
medicamentos que reduzem os níveis de açúcar no sangue)
(sulfoniluréias), agentes imunosupressores (exemplo: ciclosporina,
tacrolimus), tacrolimus (medicamento usado no tratamento de alguns
tipos de tumores), levotiroxina (hormônio), losartana (medicamento
usado no tratamento da pressão alta), analgésicos narcóticos
(medicamentos usados no controle de dores intensas), metadona
(analgésico narcótico), praziquantel (medicamento usado no combate
aos vermes), progestágenos (hormônios), quinina (medicamento usado
no combate à malária), riluzol (anticonvulsivante), antagonistas
seletivos do receptor 5-HT3 (medicamentos usados no controle dos
sintomas de enjoos, náuseas e vômitos) (exemplo: ondansetrona),
estatinas (medicamentos usados no tratamento do colesterol)
metabolizadas pelo CYP 3A4, telitromicina (antibiótico), teofilina
(medicamento usado no controle da asma brônquica e bronquite
asmática), tiazolidinedionas (medicamentos usados no tratamento da
glicemia) (exemplo: rosiglitazona) e antidepressivos tricíclicos
(medicamentos usados no tratamento de depressões) (ex.:
amitriptilina, nortriptilina).

Foi observada redução nas concentrações de atovaquone
(medicamento usado para eliminar protozoários) e elevação nas
concentrações de Rifampicina (Substância Ativa) quando estes
fármacos foram administrados concomitantemente.

O uso concomitante de cetoconazol (medicamento usado para o
tratamento de fungos) e Rifampicina (Substância Ativa) tem
provocado redução das concentrações séricas de ambos os
fármacos.

O uso concomitante de Rifampicina (Substância Ativa) e enalapril
(medicamento usado no tratamento da pressão alta) tem resultado na
redução das concentrações do enalaprilato, o metabólito ativo do
enalapril. O ajuste posológico deve ser realizado se indicado pelo
quadro clínico do paciente.

A administração concomitante de antiácidos (medicamentos usados
para neutralizar o ácido do estômago) pode reduzir a absorção de
Rifampicina (Substância Ativa). A administração diária de
Rifampicina (Substância Ativa) deve ser no mínimo uma hora antes da
ingestão de antiácidos.

Quando Rifampicina (Substância Ativa) é administrado
concomitantemente tanto com halotano (medicamento usado para
induzir anestesia geral) como com isoniazida (antibiótico usado
para tratar tuberculose), o potencial para hepatotoxicidade (dano
no fígado causado por substâncias químicas) é aumentado. O uso
concomitante de Rifampicina (Substância Ativa) e halotano deve ser
evitado.

Pacientes recebendo tanto Rifampicina (Substância Ativa) como
isoniazida devem ser rigorosamente monitorizados para
hepatotoxicidade.

Quando Rifampicina (Substância Ativa) é administrado
concomitantemente com a combinação de saquinavir/ritonavir
(medicamentos usados para inibir o vírus do HIV), o potencial para
hepatotoxicidade é aumentado. Portanto, o uso concomitante de
Rifampicina (Substância Ativa) com saquinavir/ritonavir é
contraindicado.

Medicamento-Exame laboratorial

Níveis terapêuticos de Rifampicina (Substância Ativa) têm
demonstrado inibir os testes microbiológicos padrões para folato
sérico e vitamina B12. Portanto, devem ser considerados métodos
alternativos de doseamento. Tem-se observado também elevação
transitória de bilirrubina sérica. FURP-Rifampicina (Substância
Ativa) pode prejudicar a excreção biliar do meio de contraste
utilizado para a visualização da vesícula biliar, devido à
competição pela excreção biliar. Portanto, estes testes devem ser
realizados antes da administração da dose matinal de
FURP-Rifampicina (Substância Ativa). Reação cruzada e teste
falso-positivo de triagem da urina para opioides têm sido relatados
em pacientes recebendo Rifampicina (Substância Ativa) quando
utilizado o método KIMS (interação cinética de micropartículas em
solução). Testes confirmatórios, tais como cromatografia a
gás/espectrofotometria de massa, distinguirão Rifampicina
(Substância Ativa) de opioides.

Precauções do Rifampicina

Em alguns casos, pode ocorrer hiperbilirrubinemia (aumento
anormal de bilirrubina no sangue), resultante da competição entre
RIFALDIN e bilirrubina pelas vias de excreção hepática (eliminação
pelo fígado) em nível celular nos primeiros dias ao
tratamento. Um relato isolado demonstrando elevação moderada
na bilirrubina e/ou nos níveis das transaminases não constitui, por
si só, uma indicação para a interrupção do tratamento; de
preferência, a decisão deve ser tomada após a repetição dos testes,
observando a tendência dos níveis e considerando-os em conjunto com
o estado clínico do paciente.

Reações imunológicas/anafiláticas

Devido a possibilidade de reações imunológicas incluindo
anafilaxia (reação alérgica) ocorrerem com terapias intermitentes
(menos do que 2 a 3 vezes por semana), você deve ser rigorosamente
monitorizado pelo médico. Você deve ainda ser avisado pelo médico
sobre a interrupção do tratamento devido à possibilidade destas
reações ocorrerem.

Adultos sob tratamento de tuberculose com Rifampicina
(Substância Ativa) deverão realizar testes no estado basal (estado
de pré-tratamento) para avaliação de enzimas do fígado,
bilirrubina, creatinina sérica, contagem sanguínea completa e
contagem plaquetária (ou estimativa). Os testes no estado basal são
desnecessários em crianças, a menos que exista uma condição
agravante, pré- existente ou clinicamente suspeita.

Você deve ser acompanhado por um médico no mínimo mensalmente
durante o tratamento e ser questionado especificamente a respeito
de sintomas associados às reações adversas. Todos os pacientes com
alterações devem ser acompanhados, incluindo exames laboratoriais,
se necessário.

Rifampicina (Substância Ativa) possui propriedades indutoras de
enzimas que podem aumentar o metabolismo dos substratos endógenos,
incluindo hormônios adrenais, hormônios tireoidianos e vitamina D.
Relatos isolados têm associado aumento de porfiria (doença
metabólica) com a administração de Rifampicina (Substância Ativa)
como resultado da indução da delta-amino-levulínico-ácido-
sintetase (enzima).

Rifampicina (Substância Ativa) pode causar uma coloração
avermelhada na urina, suor, escarro e lágrimas e você deve ser
alertado pelo médico sobre este fato.

Evite o uso de lentes de contato gelatinosas, pois elas podem
ficar permanentemente manchadas.

Síndrome de Hipersensibilidade Sistêmica a Droga (SHSD –
Síndrome DRESS)

Durante o tratamento da tuberculose (TB), foram observadas
reações severas de hipersensibilidade sistêmica, incluindo casos
fatais, tais como Síndrome de Hipersensibilidade Sistêmica a Droga
(SHSD – Síndrome de DRESS) (vide Reações Adversas). É importante
observar que as manifestações precoces de hipersensibilidade, tais
como febre, linfadenopatia ou anormalidades biológicas (incluindo
eosinofilia e normalidades hepáticas) podem aparecer mesmo quando o
rash não é evidente. Caso tais sinais e sintomas estejam
presentes, o paciente deve ser orientado a consultar imediatamente
seu médico.

O tratamento com FURP-Rifampicina (Substância Ativa) deve ser
descontinuado se uma etiologia alternativa para os sinais e
sintomas não possa ser estabelecida.

Gravidez e amamentação

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o término. Informar ao médico se está
amamentando.

Não há estudos bem controlados com Rifampicina (Substância
Ativa) em mulheres grávidas.

Rifampicina (Substância Ativa) tem demonstrado ser teratogênico
(que causa malformação congênita) em roedores quando administrado
em doses elevadas.

Embora seja relatado que Rifampicina (Substância Ativa)
atravessa a placenta e aparece no sangue do cordão umbilical, o
efeito de Rifampicina (Substância Ativa), isolado ou em combinação
com outros fármacos antituberculose, sobre o feto humano não é
conhecido.

Quando administrado durante as últimas semanas da gravidez,
Rifampicina (Substância Ativa) pode causar hemorragias pós-natais
na mãe e na criança, para as quais o tratamento com vitamina K pode
ser indicado.

Portanto, Rifampicina (Substância Ativa) deve ser utilizado em
mulheres grávidas ou com risco de engravidar, somente se os
benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o
feto.

Não são conhecidos dados humanos sobre o potencial, a longo
prazo, de prejuízo da fertilidade.

Rifampicina (Substância Ativa) é eliminado no leite materno.
Portanto, deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando
somente se o benefício potencial à mãe superar o risco potencial à
criança.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Categoria de risco na gravidez: C.

Populações especiais

Pacientes com comprometimento da função hepática devem receber
tratamento com Rifampicina (Substância Ativa)I somente em casos de
necessidade, com cautela e sob rigorosa supervisão médica. Nestes
pacientes, cuidadosa monitorização da função hepática,
especialmente de alanina aminotransferase (TGP) e aspartato
aminotransferase (TGO) (enzimas do fígado) devem ser realizadas
antes do tratamento e a cada 2 a 4 semanas durante o tratamento.
Caso surjam sinais de dano hepatocelular (células do fígado),
Rifampicina (Substância Ativa) deve ser suspenso.

Pacientes idosos

Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso
adequado desse medicamento por pacientes idosos.

Ação do Rifampicina

Resultados de Eficácia

Tuberculose (TB)

A Rifampicina (Substância Ativa) é eficaz na combinação com
outros medicamentos anti-TB, no tratamento inicial da TB pulmonar
ou no tratamento de infecções com resistência aos medicamentos.

Adultos:

Para pacientes com organismos totalmente suscetíveis
recomenda-se um regime de 6 meses que inclui Rifampicina
(Substância Ativa) (10 mg/kg/dia; máximo, 600 mg/dia), isoniazida,
pirazinamida, e etambutol nos primeiros dois meses,
e isoniazida e Rifampicina (Substância Ativa) nos 4 meses
seguintes. Etambutol pode ser descontinuado quando testes de
suscetibilidade ao medicamento estiverem disponíveis (Anon,
2003). Em pacientes com resistência à isoniazida, o
tratamento medicamentoso recomendado inclui a Rifampicina
(Substância Ativa), pirazinamida e etambutol. A duração recomendada
de tratamento é de 6 meses (Havlir amp; Barnes, 1999).

Crianças:

Recomenda-se que o regime de tratamento da TB em crianças
contenha um regime de três medicamentos incluindo a
Rifampicina (Substância Ativa), isoniazida, pirazinamida nos
primeiros 2 meses de tratamento, então Rifampicina (Substância
Ativa) e isoniazida diariamente ou duas vezes por semana nos 4
meses seguintes. Etambutol pode ser adicionado como a quarta droga
na fase inicial se houver maior risco de cepas resistentes ao
medicamento. Tratamento diretamente observado (TOD) é recomendado
para todas as crianças com TB (Anon, 2003). Diversos regimes de
quimioterapia de curta duração (6 meses) têm-se mostrado seguros e
eficazes no tratamento da TB na infância. Rifampicina (Substância
Ativa) (15 mg/kg) e isoniazida (10 mg/kg) diariamente por 6 meses
para o tratamento da TB pulmonar primária é eficaz e não resulta em
recaída (Reis et al, 1990a).

Regimes adicionais de tratamento de curta duração (6 meses)
foram igualmente eficazes no tratamento da TB pulmonar na infância
e TB com linfoadenopatia (Kumar et al, 1990a). Um regime
era formado por isoniazida (INH) (20 a 30mg/kg/dose), Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF) (10 a 15 mg/kg/dose) e pirazinamida (PYZ)
(50 a 60 mg/kg/dose) duas vezes por semana durante 2 meses,
seguidos por INH e RIF duas vezes por semana durante 4 meses. O
outro regime era formado por INH (10 a 15 mg/kg/dose), RIF (10 a 15
mg/kg/dose), e PYZ (20 a 30 mg/kg/dose) diariamente por 2 meses
seguidos por INH e RIF duas vezes por semana por 4 meses.

Tuberculose, Extrapulmonar

O tratamento da TB extrapulmonar deve seguir as mesmas
recomendações do tratamento para a TB pulmonar (Anon, 2003). Em
casos de meningite tuberculosa, o tratamento deve continuar por 9 a
12 meses (Anon, 2003).

Adultos:

A quimioterapia de curta duração com Rifampicina (Substância
Ativa) e isoniazida por nove meses foi semelhante em eficácia ao
tratamento convencional com 2 ou 3 medicamentos por 18 a 24 meses
no tratamento da TB extrapulmonar, incluindo a meningite
tuberculosa e TB miliar, uma condição que habitualmente não é
considerada como sensível à quimioterapia de curta duração. Durante
o tratamento de curta duração com Rifampicina (Substância Ativa) e
isoniazida foi alcançada uma taxa global de sucesso de 95%. O
regime de curta duração na doença recém-diagnosticada e na doença
suscetível ao medicamento consistiu de isoniazida 300 mg e
Rifampicina (Substância Ativa) 600 mg ao dia, durante um mês,
seguido por isoniazida 900 mg e Rifampicina (Substância Ativa)
600 mg duas vezes por semana nos 8 meses restantes. Este estudo
também demonstrou que a drenagem precoce e o debridamento completo
do material necrótico nas lesões ósseas podem intensificar a
cicatrização (Dutt et al, 1986). Em um estudo referente à
duração ideal do tratamento da linfadenite cervical tuberculosa, os
autores concluíram que o período de 6 meses é provavelmente
suficiente. As doses de Rifampicina (Substância Ativa) usadas foram
de 10 a 15 mg/kg/dia, ou 450 mg/dia (para pessoa com peso inferior
a 50 kg), ou 600 mg/dia (para pessoas com peso igual ou superior a
50 kg). Os medicamentos usados em combinação com a Rifampicina
(Substância Ativa) incluíram a isoniazida,
etambutol, pirazinamida e/ou estreptomicina (van
Loenhout-Rooyackers et al, 2000).

Crianças:

Os resultados de um estudo em 214 crianças com TB do sistema
nervoso central mostraram uma taxa de mortalidade de 23% apesar dos
12 meses de tratamento. A idade média das crianças era de 4,1 anos
e 12% tinham histórico de imunização prévia com BCG. Os regimes
iniciais do tratamento incluíam doses diárias de isoniazida (10 a15
mg/kg), Rifampicina (Substância Ativa) (15 a 20 mg/kg) e
estreptomicina (20 a 25 mg/kg) ou pirazinamida (25 a 35 mg/kg) nos
2 primeiros meses de tratamento. Isoniazida e Rifampicina
(Substância Ativa) foram mantidas no período total de 12 meses.
Dexametasona (0,3 a 0,5 mg/kg/dia) foi administrado no primeiro mês
do tratamento. Quarenta por cento dos pacientes apresentaram
recuperação completa, 7% tiveram atividade convulsiva residual, e
31% apresentaram sequela no desenvolvimento. Os autores observaram
que a terapia precoce pode minimizar a incidência de sequelas
neurológicas e óbito, e os resultados do tratamento dependem da
gravidade da doença, eficácia do tratamento e controle das
complicações neurológicas. A taxa de sobrevida pode estar associada
positivamente com o uso de esteroides (Yarami et al,
1998).

Infecção pelo HIV – Tuberculose

Rifampicina (Substância Ativa) é usada na prevenção e tratamento
da TB em indivíduos infectados pelo HIV (CDC, 2002). O tratamento
por períodos superiores a seis meses foi associado à menor
incidência de recorrência da TB nesta população (Nahid
et al, 2007).

Prevenção:

Rifampicina (Substância Ativa) é a droga de primeira escolha em
caso de suspeita de cepa resistente à isoniazida (CDC, 2002a).

Os resultados de um estudo que comparou a Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF) e pirazinamida (PZA) versus a
isoniazida (INH) na prevenção da TB em pessoas infectadas pelo HIV,
mostraram que o regime de 2 meses de RIF (600 mg/dia) e PZA (20
mg/kg/dia) teve eficácia e segurança semelhantes ao regime com INH
(330 mg/dia) por 12 meses (Gordin et al, 2000). Outro
estudo que comparou Rifampicina (Substância Ativa) (RIF) mais
pirazinamida (PZA) à isoniazida (INH) na prevenção, INH duas vezes
por semana (600 mg, menos de 50 kg; 800 mg, maior ou igual a 50 kg)
durante 6 meses proporcionou proteção global semelhante quando
comparado à Rifampicina (Substância Ativa) (450 mg, 40 a 50 kg; 600
mg, maior ou igual a 50 kg) mais PZA (1500 mg, menos de 40 kg; 2000
mg, 40 a 50 kg; 2500 mg, maior que 50 kg) em adultos com HIV e PPD
positivo (Halsey et al, 1998).

Tratamento:

Tendo como base as recomendações do Centro de Prevenção e
Controle de Doenças (CDC), pode ser adequado um regime que contenha
4 medicamentos para o tratamento da TB em pessoas infectadas pelo
HIV. A fase de indução inclui isoniazida (INH), Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF), pirazinamida (PZA) e etambutol (EMB).
Estreptomicina pode ser uma alternativa ao EMB. Este regime de 4
medicamentos na fase de indução deve ser mantido diariamente por 2
meses. A fase de continuação inclui INH e RIF diariamente ou 2 a 3
vezes por semana durante 4 meses (18 semanas) (Anon, 2003b; Havlir
amp; Barnes, 1999). A terapia de continuação deve ser prolongada (4
a 7 meses) nos pacientes com resposta clínica ou bacteriana
lenta. Para pessoas com TB miliar ou coluna é recomendado o
tratamento no total de 12 meses. O tratamento uma ou duas vezes por
semana

não

é recomendado durante a fase de continuação em pacientes com
doença avançada pelo HIV (contagem de células CD4 inferior a 100
por milímetro cúbico) em função do maior risco de resistência
adquirida à rifamicina (Anon, 2003).

Tuberculose inativa

Em uma revisão de registros médicos de 474 pacientes (adultos e
crianças) em fase latente da infecção tuberculosa tratados por 9
meses com isoniazida ([9H]) ou 4 meses com Rifampicina (Substância
Ativa) ([4R]), foi determinado que os pacientes que receberam 4R
tinham maior probabilidade de completar o tratamento que aqueles
que receberam 9H (Lardizabal et al, 2006). Isoniazida
isoladamente é o regime de escolha para todas as pessoas que
recebem tratamento para infecção latente da TB incluindo pessoas
infectadas pelo HIV, mulheres grávidas, e pacientes pediátricos
(CDC, 2003). Rifampicina (Substância Ativa) isoladamente é
recomendada para o tratamento da infecção latente da TB em
pacientes selecionados (CDC, 2003). A combinação de Rifampicina
(Substância Ativa) e pirazinamida não deve ser recomendada, de modo
geral, para o tratamento da TB latente devido aos riscos de
toxicidade hepática grave e óbito (CDC, 2003). A combinação de
Rifampicina (Substância Ativa) e isoniazida em um ciclo de 3 ou 4
meses foi segura e eficaz no tratamento da TB latente em crianças
(Spyridis et al, 2007).

Crianças:

Em um estudo prospectivo, randomizado, controlado (n=926), os
regimes de tratamento com isoniazida e Rifampicina (Substância
Ativa) administrados por 3 ou 4 meses foram tão eficazes quanto o
tratamento por 9 meses com isoniazida isoladamente no tratamento da
infecção latente da TB (ILTB) em crianças, e a adesão ao tratamento
combinado de curta duração foi melhor. Os pacientes foram
acompanhados por um mínimo de 3 anos, até 11 anos. No geral, 91,8%
dos pacientes (n=850/926) apresentaram adesão excelente ou
moderada. Nenhum caso de TB foi documentado, mas novos achados à
radiografia foram vistos em 11% a 24% dos pacientes. Esses
pacientes foram tratados para a doença ativa com base nos
achados radiográficos (Spyridis et al, 2007). Isoniazida
isolada diariamente (ou 2 vezes por semana) por 9 meses é
recomendada para o tratamento da TB latente em crianças (CDC,
2003). Rifampicina (Substância Ativa) isolada (10 a 20 mg/kg/dia)
pode ser usada em crianças pequenas, crianças e adolescente quando
a isoniazida não for tolerada ou em caso de TB resistente à
isoniazida (CDC, 2003; Anon, 2000).

Hanseníase

Dapsona, Rifampicina (Substância Ativa) e clofazimina são os
principais agentes usados para o tratamento da hanseníase
lepromatosa (Anon, 2003). Por causa da resistência à dapsona, a
Rifampicina (Substância Ativa) e a clofazimina são usadas em
combinação com a dapsona para prevenir o desenvolvimento de
resistência à droga e para reduzir a capacidade de contágio do
paciente mais rapidamente (Pickering, 2003). Em um estudo
internacional, multicêntrico, controlado, simples-cego, 93
pacientes previamente não tratados com hanseníase lepromatosa
receberam dapsona 50 mg/dia por via oral mais Rifampicina
(Substância Ativa) 450 mg/dia por via oral ou dapsona (mesma dose)
com 1200 mg de Rifampicina (Substância Ativa) uma vez por mês como
dose oral única. O tratamento foi continuado por 6 meses. Foi
observada melhora de moderada a acentuada em 85% e 93% dos
pacientes tratados com Rifampicina (Substância Ativa) diariamente
ou mensalmente, respectivamente, não estatisticamente significante.
A adição de Rifampicina (Substância Ativa) deve ajudar a prevenir o
aumento na resistência à dapsona. A adição de um terceiro agente
anti-hanseníase (clofazimina) ao duplo regime de tratamento de
dapsona e Rifampicina (Substância Ativa) ajudará a retardar o
surgimento de resistência ao medicamento e proporcionará uma parada
mais rápida da transmissão da doença (Yawalkar et al,
1982).

Meningite bacteriana, Staphylococcus aureus ou
epidermidis

Recomendado como tratamento auxiliar com vancomicina para o
tratamento da meningite bacteriana ou infecções de shunts do CSF
causados por patógenos isolados em laboratório de cepa
Staphylococcus aureus ou Staphylococcus
epidermidis
resistente a meticilina (Tunkel et al, 2004).

Meningite bacteriana, Streptococcus
pneumoniae

Recomendado como tratamento adjunto à uma cefalosporina de
terceira geração, com ou sem vancomicina, para o tratamento da
meningite bacteriana causada por Streptococcus pneumoniae
isolada em laboratório quando a CIM para ceftriaxona ou cefotaxime
é de 1 micrograma/mililitro (mcg/mL) ou maior, ou CIM para
penicilina é de 2 mcg/mL ou maior (Tunkel et al, 2004).

Infecção pelo Haemophilus influenzae;
Profilaxia

Adultos:

A Academia Americana de Pediatria recomendou a Rifampicina
(Substância Ativa) para a profilaxia em todos os contatos
domiciliares, incluindo adultos, naquelas casas com pelo menos um
contato com menos de 48 meses de idade que não tenha sido imunizado
com a vacina para o Haemophilus b. A dose para adultos é de 600 mg,
por via oral, uma vez ao dia, durante quatro dias. O caso em
questão nessas famílias também deve receber profilaxia. A
profilaxia deve ser iniciada durante a hospitalização e
administrada imediatamente antes da alta hospitalar. O medicamento
não é indicado para familiares nos quais todos tenham mais de 48
meses de idade. A profilaxia com Rifampicina (Substância Ativa) é
recomendada a todas as crianças, pessoas quando 2 ou mais casos de
doença invasiva tenham ocorrido entre familiares nos últimos 60
dias, ou mulheres grávidas (Pickering, 2003; Castro amp; Edwards,
1985; Glode et al, 1985; Band et al, 1984; Glode et al, 1985;
Murphy et al, 1983; Cox et al, 1992). A vacina do H.
influenzae B não elimina a perda de secreção nasofaríngea
do H. influenzae, apenas a profilaxia com Rifampicina
(Substância Ativa) eliminará (Fennelly, 1992).

Crianças:

A dose para crianças com um mês de idade ou mais velhas é de 20
mg/kg, por via oral, uma vez ao dia, por quatro dias. A dose para
crianças com menos de um mês de idade é de 10 mg/kg, por via oral,
uma vez ao dia, por quatro dias. A profilaxia deve ser iniciada o
mais cedo possível (Pickering, 2003).

A profilaxia com Rifampicina (Substância Ativa) é recomendada
para todos os atendentes e supervisores da instituição de cuidados
com a criança quando dois ou mais casos de doença invasiva tiverem
ocorrido no prazo de 60 dias, e existam atendentes não vacinados ou
incompletamente vacinados. (Pickering, 2003; Vesely et al, 1998b;
Broome et al, 1987; Castro amp; Edwards, 1985; Glode et al, 1985;
Band et al, 1984; Murphy et al, 1983).

O caso em questão deve receber profilaxia com Rifampicina
(Substância Ativa) se foram tratados com ampicilina ou
cloranfenicol (Pickering, 2003). O reconhecimento que uma cepa
estreitamente relacionada ao H. influenzae e que causa
conjuntivite é muitas vezes o precursor da Febre Purpúrica
Brasileira (FPB). Rifampicina (Substância Ativa) oral 20 mg/kg/dia
por 4 doses foi comparado ao cloranfenicol tópico. Em ambos, 8 e 21
dias, as amostras da conjuntiva mostraram taxa de erradicação de
100% para a Rifampicina (Substância Ativa) oral quando comparado a
44% e 55% para cloranfenicol tópico. Devido ao custo e possível
desenvolvimento de resistência, a Rifampicina (Substância Ativa)
oral deve ser usada em episódios esporádicos de FPB para crianças
com conjuntivite que foram expostas a casos suspeitos de FPB, e sua
utilização em surtos intensos de FPR para todas as crianças
com conjuntivite (Perkins et al, 1992).

Doença infecciosa
meningocócica; Portador

Rifampicina (Substância Ativa) é considerada o medicamento de
escolha para a profilaxia da doença meningocócica e deve ser
administrada o mais cedo possível após confirmação do diagnóstico.
O tratamento de escolha para tratar Neisseria meningitidis em
moradores, cuidadores dia, e creche é a Rifampicina (Substância
Ativa), 600 mg cada 12 horas, por dois dias (total de quatro doses)
(Vesely et al, 1998). Um regime alternativo é 600 mg, uma vez ao
dia, por um total de quatro dias. O paciente deve também receber
quimioprofilaxia antes da alta do hospital a menos que a infecção
seja tratada com ceftriaxona ou cefotaxime (Pickering, 2003). A
profilaxia deve ser iniciada o mais cedo possível após a exposição,
preferencialmente no prazo de 24 horas após o diagnóstico do caso
principal.

Crianças:

O tratamento de escolha para o tratamento da Neisseria
meningitidis nos contatos domiciliares, cuidadores dia e creche é a
Rifampicina (Substância Ativa), 10 mg/kg (máximo de 600 mg) a cada
12 horas por dois dias (total de 4 doses) (Pickering, 2003; Vesely
et al, 1998). O paciente em questão também deve receber a
quimioprofilaxia antes da alta do hospital a menos que a infecção
seja tratada com ceftriaxona ou cefotaxime. A profilaxia deve ser
iniciada o mais cedo possível após a exposição, preferencialmente
no prazo de 24 horas após o diagnóstico do caso principal
(Pickering, 2003).

Osteomielite

Um regime combinado de Rifampicina (Substância Ativa) (RFC) e
ofloxacina (OFX) pareceu ser eficaz na erradicação da infecção em
pacientes com osteomielite do pé associada a diabetes. Em um estudo
aberto, 17 pacientes com osteomielite no pé receberam um ciclo de
tratamento oral de 6 meses, com RFC 600 mg duas vezes ao dia,
combinado com OFX 200 mg três vezes por dia. Todos os pacientes
tinham diabetes melito não dependente de insulina, e 15 das 20
lesões foram classificadas com um escore de Wagner de 3. Mais de
85% das amostras ósseas de tecido ulcerado tinham culturas
compatíveis com cocos gram-positivos. A mediana da duração do
tratamento antibiótico foi de 6 meses. A cura da infecção ocorreu
em 15 dos 17 (88,2%) e 12 dos 14 (85,7%) pacientes aos 3 e 6 meses,
respectivamente; ao final do tratamento, o exame radio marcado
revelou melhora ou normalização da captação óssea do radio marcador
em 16 dos 17 (94%) pacientes. O tempo livre de recorrência da
infecção foi mantido em 13 pacientes (76,5%) em acompanhamento
médio de 22 meses após o término do tratamento. (Senneville et al,
2001).

Endocardite infecciosa

Uma revisão retrospectiva, pareada para controle, que avaliou o
impacto da adição de Rifampicina (Substância Ativa) ao tratamento
padrão da endocardite infecciosa (EI) em válvula cardíaca natural
causada pelo Staphylococcus aureus (S. aureus) em
uma única instituição observou que uma mediana de duração mais
longa da bacteremia e maior incidência de hepatotoxicidade entre os
casos. A análise incluiu 42 casos de RI por S. aureus
(excluindo a EI em válvula protética) tratados com a adição de
Rifampicina (Substância Ativa) ao tratamento padrão e 42 controles
que foram pareados pelo tempo de diagnóstico. Rifampicina
(Substância Ativa) foi administrada por uma mediana de 20 dias
(limites, 14 a 48 dias), iniciada em média em 3 dias (limites, 0 a
19 dias) após o início do tratamento padrão; 16 dos 42 casos
apresentavam bacteremia no momento em que a Rifampicina (Substância
Ativa) foi iniciada. Particularmente, significativamente mais casos
que controles receberam gentamicina (81% vs 17). A duração
total média da bacteremia foi mais longa nos casos (5,2 dias;
limites, 1 a 26 dias) que nos controles (2,1 dias; limites, 1 a 8
dias). Isolados com resistência a Rifampicina (Substância Ativa) se
desenvolveram em 21% (n=9/42) dos casos. Nos pacientes que
receberam Rifampicina (Substância Ativa), houve mais casos de
transaminases hepáticas elevadas (n=9) que nos controles (n=1). A
saber, esta elevação ocorreu apenas nos pacientes com vírus da
hepatite C que tinham elevações marginais das transaminases
hepáticas no momento basal. Ocorreram interações medicamentosas
significantes não reconhecidas em mais da metade (52%) dos casos
com Rifampicina (Substância Ativa), mais comuns com metadona (n=9),
varfarina (n=4) e inibidores da protease do HIV (n=3). Ocorreram
mais cirurgias nos casos que nos controles (9 versus 0), e
os casos tinham menor chance de sobreviver ao episódio de EI que os
controles (79% vs 95%) (Riedel et al, 2008). Rifampicina
(Substância Ativa) (300 mg por via oral, a cada 12 horas por 28
dias) e ciprofloxacino (300 mg por via intravenosa a cada 12 horas
por sete dias e então 750 mg por via oral, a cada 12 horas por 21
dias) foram eficazes para o tratamento da endocardite
estafilocócica em 10 usuários de droga intravenosa (Dworkin et al,
1989). Rifampicina (Substância Ativa) 900 e 1200 mg, por via oral,
diariamente, administrado com vancomicina ou antibiótico
beta-lactamato, foi eficaz na cura da endocardite estafilocócica da
prótese valvar secundária ao S. epidermidis resistente a meticilina
(Karchmer et al, 1983). Os aminoglicosídeos foram administrados
simultaneamente em oito pacientes. Quando a Rifampicina (Substância
Ativa) foi adicionada aos regimes com vancomicina foi
observado aumento nas atividades bactericidas séricas.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas e Espectro
Antimicrobiano

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) inibe a atividade da RNA
polimerase DNA-dependente em células sensíveis. Interage
especificamente com RNA polimerase bacteriana, porém não inibe esta
enzima em mamíferos.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é particularmente ativa
contra organismos extracelulares que apresentam crescimento rápido,
apresentando também atividade bactericida intracelular e contra M.
tuberculosis de crescimento lento e intermitente.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) também apresenta atividade
in vitro” contra Mycobacterium avium Complex, M. kansasii
e M.leprae. FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é ativa “in
vitro
” contra uma variedade de microrganismos Gram-positivos e
Gram-negativos. Os microrganismos sensíveis incluem Neisseria
meningitidis, Neisseria gonorrhoeae, Staphylococcus aureus, Proteus
sp., Staphylococcus epidermidis, H. influenzae
, E.
coli
, Pseudomonas aeruginosa, Legionella pneumophila,
Brucella sp.
e Streptococcus pyogenes. Tanto as cepas
dos estafilococos produtoras e não produtoras de penicilinases
quanto as betalactâmico-resistentes são sensíveis à
FURP-Rifampicina (Substância Ativa).

A resistência cruzada à Rifampicina (Substância Ativa) foi
demonstrada somente com outras rifamicinas.

Relatou-se que Rifampicina (Substância Ativa) apresenta
atividade imunossupressora potencial em coelhos, camundongos,
ratos, cobaias, linfócitos humanos “in vitro” e
humanos.

Farmacocinética

Distribuição:

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é prontamente absorvida no
trato gastrintestinal. Os picos plasmáticos em adultos e crianças
sadios variam amplamente de indivíduo para indivíduo. Picos de
concentrações plasmáticas da ordem de 10 μg/mL ocorrem
aproximadamente 2 a 4 horas após uma dose de 10 mg/kg de peso
corpóreo com estômago vazio.

Absorção:

A absorção de FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é reduzida
quando a mesma é ingerida com alimentos.

População especial:

A farmacocinética de Rifampicina (Substância Ativa) em crianças
foi similar à de adultos.

Metabolismo:

Em indivíduos saudáveis, a meia-vida biológica média de
FURP-Rifampicina (Substância Ativa) no soro é de aproximadamente 3
horas após uma dose de 600 mg e eleva-se para 5,1 horas após uma
dose de 900 mg. Com administrações repetidas, a meia-vida diminui e
alcança valores médios de aproximadamente 2 a 3 horas. Em doses até
600 mg/dia, a meia-vida não difere em pacientes com insuficiência
renal e, consequentemente, não é mnecessário realizar ajuste
posológico.

Eliminação:

Após a absorção, FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é
rapidamente eliminada na bile e atinge a circulação enterohepática.
Durante este processo, FURP-Rifampicina (Substância Ativa) sofre
progressiva desacetilação, assim praticamente todo o fármaco está
nesta forma na bile em aproximadamente 6 horas. Este metabólito
mantém a atividade antibacteriana.

A reabsorção intestinal é reduzida pela desacetilação e a
eliminação é facilitada. Até 30% de uma dose é excretada
na urina, sendo aproximadamente metade na forma
inalterada.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é amplamente distribuída por
todo o organismo. Encontra-se presente em
concentrações eficazes em muitos órgãos e fluidos corpóreos,
incluindo fluido cerebroespinhal.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) apresenta ligação proteica
de aproximadamente 80%. A maior parte da fração livre é
não ionizada e, portanto, difunde-se livremente nos
tecidos.

Dados pré-clínicos de segurança

Carcinogenicidade

Não são conhecidos dados humanos sobre o potencial para
carcinogenicidade a longo prazo. Foram relatados em humanos poucos
casos de crescimento acelerado de carcinoma de pulmão, porém sem o
estabelecimento de uma relação causal com o fármaco. Observou-se
aumento na incidência de hepatomas em camundongos fêmeas (de uma
espécie conhecida por ser particularmente susceptível ao
desenvolvimento espontâneo de hepatomas) quando Rifampicina
(Substância Ativa) foi administrada em doses equivalentes a 2-10
vezes a dose diária humana média durante 60 semanas, seguido por um
período de observação de 46 semanas. Não foi encontrada evidência
de carcinogenicidade em camundongos machos da mesma espécie,
camundongos machos de espécies diferentes, ou ratos machos, sob
condições experimentais semelhantes. Tem sido relatada a existência
de um potencial imunossupresivo de Rifampicina (Substância Ativa)
em coelhos, camundongos, ratos, cobaias, linfócitos humanos
in vitro” e humanos.

Rifampicina (Substância Ativa) tem demonstrado também atividade
antitumoral “in vitro”.

Mutagenicidade

Não são conhecidos dados em humanos sobre o potencial a longo
prazo para mutagenicidade. Não há evidências de mutagenicidade em
bactérias, Drosophila melanogaster ou camundongos. Notou-se um
aumento no rompimento de cromátides quando as culturas de células
sanguíneas totais foram tratadas com Rifampicina (Substância
Ativa). Observou-se aumento na frequência de aberrações
cromossômicas “in vitro” em linfócitos obtidos de
pacientes tratados com combinações de Rifampicina (Substância
Ativa), isoniazida e pirazinamida e combinações de estreptomicina,
Rifampicina (Substância Ativa), isoniazida e pirazinamida.

Interação Alimentícia do Rifampicina

A absorção de Rifampicina (Substância Ativa) é reduzida quando o
mesmo é ingerido com alimentos.

Rifampicina, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.