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Espectroprima

Como Espectroprima funciona?

Espectroprima é um quimioterápico (medicamento sintetizado em
laboratório para combater microrganismos ou a multiplicação
desordenada de células), com propriedades bactericidas (capaz de
matar bactérias) e duplo mecanismo de ação.

Espectroprima contém dois compostos ativos (sulfametoxazol +
trimetoprima), que agem sinergicamente (ação conjunta, em que uma
substância potencializa a outra), inibindo dois passos consecutivos
da formação de uma substância necessária aos microrganismos, que
não conseguem mais se desenvolver.

A ação medicamentosa deste medicamento começa logo após a
primeira dose. No entanto, os microrganismos não são eliminados de
imediato. Por isso, mesmo que alguns sintomas, como febre, dor,
etc. desapareçam, é necessário continuar o tratamento pelo período
estabelecido pelo seu médico.

Contraindicação do Espectroprima

Espectroprima não deve ser utilizado em pacientes com doença
grave no fígado ou no rim.

Também está contraindicado a pacientes com alergia a sulfonamida
ou à trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da
formulação.

Espectroprima não deve ser utilizado em combinação com
dofetilida (medicamento contra arritmias do coração).

Interações medicamentosas

Este medicamento é contraindicado para prematuros e
recém-nascidos durante as primeiras seis semanas de vida.

Como usar o Espectroprima

A suspensão de Espectroprima deve ser administrada por via oral,
pela manhã e à noite, de preferência após uma refeição, e com
quantidade suficiente de líquido.

Agite bem antes de usar.

Posologia

A posologia deve ser orientada pelo seu médico, de acordo com a
sua doença.

Doses usualmente recomendadas

Crianças abaixo de 12 anos

De 6 semanas a 5 meses:

2,5 mL da suspensão a cada 12 horas.

De 6 meses a 5 anos:

5 mL da suspensão a cada 12 horas.

De 6 a 12 anos:

10 mL da suspensão a cada 12 horas.

A posologia acima indicada corresponde, aproximadamente, a dose
diária média de 6 mg de trimetoprima e 30 mg de sulfametoxazol por
kg de peso.

Em infecções graves a dosagem recomendada pode ser aumentada em
50%.

Adultos e crianças a partir de 12 anos

Dose habitual:

20 mL da suspensão a cada 12 horas.

Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de
14 dias):

10 mL da suspensão a cada 12 horas.

Dose máxima (casos especialmente graves):

30 mL da suspensão a cada 12 horas.

Duração do tratamento

Em infecções agudas, Espectroprima deve ser administrado por,
pelo menos, cinco dias ou até que o paciente esteja sem presença de
sintomas por, pelo menos, dois dias.

Se a melhora clínica não for evidente após sete dias de
tratamento, o paciente deve ser reavaliado.

Esquemas de tratamento especiais são recomendados em
determinadas doenças e condições clínicas dos pacientes. O seu
médico saberá identificar essas situações e adotar o esquema de
doses adequado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Espectroprima?

Se você esquecer de tomar alguma das doses prescritas, espere
até o horário da dose seguinte e retorne ao seu esquema de
tratamento habitual.

Não tome uma dose dobrada para compensar a que você
esqueceu.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Espectroprima

Deve-se ter cuidados especiais com pacientes idosos e com
problemas no rim e no fígado, nos quais há maior probabilidade de
ocorrer efeitos indesejáveis relacionados à dose ou à duração do
tratamento.

Em caso de comprometimento renal, a dose deve ser ajustada.
Pacientes em uso prolongado devem fazer exames de sangue e urina
regularmente.

O tratamento deve ser descontinuado imediatamente caso você
observe sinais de aparecimento de erupção cutânea ou qualquer outra
reação adversa grave.

Espectroprima deve ser administrado com cautela em pacientes com
história de alergia e asma brônquica Infiltrados pulmonares
(alterações nos pulmões identificadas em radiografias), tais como
ocorrem em alveolite (inflamação dos alvéolos, pequenos sacos
aéreos que se enchem de ar durante a respiração) alérgica ou
eosinofílica (por um tipo de glóbulo branco), têm sido
relatados.

Esses podem se manifestar por meio de sintomas como tosse ou
respiração ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou,
inexplicavelmente, piorarem, o paciente deve ser reavaliado e a
descontinuação da terapia com este medicamento deve ser
considerada.

Espectroprima não deve ser utilizado por pacientes com sérias
alterações hematológicas (no sangue) nem por pacientes portadores
de deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não
ser em casos de absoluta necessidade e em doses mínimas.

Como com todos os medicamentos que contêm sulfonamidas (como o
sulfametoxazol), deve-se ter cautela com pacientes com porfiria
(doença que apresenta irregularidade no metabolismo da hemoglobina,
pigmento responsável pela cor vermelha do sangue) ou disfunção da
tireoide.

Espectroprima pode aumentar a excreção urinaria, particularmente
em pacientes com edema (retenção de líquidos) de origem
cardíaca.

Pacientes com insuficiência renal grave (ou seja, com depuração
da creatinina 15-30 mL/min) que estão recebendo
sulfametoxazol-trimetoprima devem ser monitorados quanto aos sinais
e sintomas de toxicidade, tais como náuseas, vômitos e hipercalemia
(elevação do potássio no sangue).

Altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia
por Pneumocystis jirovecii induzem progressivo, mas
reversível, aumento da concentração de potássio sérico em um número
substancial de pacientes.

Mesmo doses recomendadas de TMP podem causar hipercalemia,
quando administradas em pacientes com doenças subjacentes do
metabolismo do potássio, insuficiência renal ou que estejam
recebendo drogas que provocam hipercalemia. É indicado
monitoramento rigoroso do potássio sérico nesses pacientes.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Até o momento, não há informações de que este
medicamento possa causar doping.

Em caso de dúvida, consulte seu médico.

Interações medicamentosas

Devido à possibilidade de interação medicamentosa, você deve ter
cautela com o uso concomitante deste medicamento e os medicamentos
ou substâncias descritos a seguir.

  • Diuréticos (medicamentos que aumentam a quantidade de urina
    eliminada) e digoxina (medicamento para o coração);
  • Medicamentos para doenças do sistema nervoso (depressores
    do sistema nervoso central, como, por exemplo, antidepressivos e
    fenitoína);
  • Medicamentos que contenham em sua fórmula amantadina
    (medicamento antiviral e antiparkinsoniano), lamivudina
    (antirretroviral utilizado em pacientes portadores de HIV), ou
    memantina (utilizado em doença de Alzheimer), antidiabéticos orais,
    ciclosporina (usada em transplante, por exemplo), indometacina
    (usada em doenças reumatológicas, por exemplo), metotrexato (usado
    em doenças reumatológicas, por exemplo), pirimetamina (usada em
    infecções, como toxoplasmose, por exemplo) e varfarina
    (anticoagulante).

Há evidências de que a trimetoprima interage com a
dofetilida, portanto, Espectroprima não deve ser administrado em
combinação com este fármaco.

A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelas enzimas
do fígado (citocromo P450 2C8) pode aumentar quando administrado
com trimetoprima (TMP) e sulfametoxazol (SMZ). Exemplos incluem
paclitaxel (oncológico), amiodarona (usado em arritmias cardíacas),
dapsona (usado em doenças de pele), repaglinida, rosiglitazona e
pioglitazona (usados em diabetes).

Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo
indefinido

A taxa de incidência e gravidade das reações adversas
mielotóxicas e nefrotóxicas pode aumentar quando TMP-SMZ é
administrado concomitantemente com outros medicamentos
mielossupressores ou associados à disfunção renal, como análogos de
nucleosídeos, tacrolimus, azatioprina ou mercaptopurina.

Pacientes que recebem TMP-SMZ concomitantemente com tais
medicamentos devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica
e/ou renal.

A administração em conjunto com a clozapina (usado em
esquizofrenia), uma substância conhecida por ter um grande
potencial para causar agranulocitose (diminuição dos glóbulos
brancos), deve ser evitada.

Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP e SMZ, cuidado
deve ser tomado quando TMP e SMZ é administrado com outros agentes
que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima
conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da
angiotensina, diuréticos poupadores de potássio, e
prednisolona.

Interferência em exames de laboratório

Espectroprima, especialmente o componente TMP, pode interferir
na dosagem do metotrexato sérico, dependendo da técnica utilizada
para medição do fármaco.

A presença de TMP e SMZ pode também interferir na dosagem de
creatinina, ocasionando aumento de cerca de 10% nos valores da
faixa de normalidade.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Espectroprima

Nas doses recomendadas, Espectroprima é geralmente bem tolerado.
Os efeitos colaterais mais comuns são erupções cutâneas e
distúrbios gastrintestinais.

Entretanto, efeitos colaterais adicionais já foram descritos em
frequência variável nos pacientes expostos à medicação.

As categorias utilizadas como padrões de frequência
(número de eventos relatados/número de pacientes expostos à
medicação) são as seguintes

  • Muito comum ≥ 1/10;
  • Comum ≥ 1/100 e lt; 1/10;
  • Incomum ≥ 1/1.000 e lt; 1/100;
  • Raro ≥ 1/10.000 e lt; 1/1.000;
  • Muito raro lt; 1/10.000;
  • Desconhecido (não pode ser estimado a partir dos dados
    disponíveis).

Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com
trimetoprima + sulfametoxazol

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Raro:

Leucopenia (redução dos glóbulos brancos do sangue),
granulocitopenia, trombocitopenia, anemia (megaloblástica,
hemolítica /autoimune, aplástica) (falta de glóbulos vermelhos no
sangue por falta de produção na medula óssea, por destruição ou
funcionamento inadequado das hemácias existentes).

Muito raro:

Meta-hemoglobinemia (hemoglobina defeituosa), agranulocitose,
pancitopenia (redução de todas as células do sangue).

Distúrbios cardíacos

Muito raro:

Miocardite (inflamação do músculo do coração) alérgica.

Distúrbios do ouvido e labirinto

Muito raro:

Zumbido, vertigem.

Distúrbios oculares

Muito raro:

Uveíte (inflamação de uma das camadas do olho).

Desconhecido:

Vasculite retiniana.

Distúrbios gastrintestinais

Comum:

Náuseas, vômitos.

Incomum:

Diarreia, enterocolite pseudomembranosa (um tipo de inflamação
intestinal, geralmente provocada pela multiplicação exagerada de
alguns tipos de bactéria).

Raro:

Glossite (inflamação na língua), estomatite (inflamação na
mucosa da boca).

Desconhecido:

Pancreatite aguda.

Distúrbios hepatobiliares

Comum:

Transaminases elevadas.

Incomum:

Bilirrubina elevada, hepatite.

Raro:

Colestase (redução de eliminação da bile).

Muito raro:

Necrose hepática.

Desconhecido:

Síndrome do desaparecimento do ducto biliar.

Distúrbios do sistema imunológico

Muito raro:

Reações alérgicas/hipersensibilidade (reações tipo alérgicas),
como febre, angioedema, reações anafilactoides (reações que lembram
anafilaxia, porém com mecanismo diferente; podem cursar com
inchaços, reações cutâneas, coceira, dificuldade para respirar e
dores abdominais), doença do soro (reação mais tardia, com febre,
coceira, dores nas articulações e, eventualmente, lesões
renais).

Infecções e infestações

Incomum:

Infecções fúngicas, como candidíase (às vezes chamada de
“sapinho”).

Investigações

Desconhecido:

Hipercalemia (elevação do potássio no sangue), hiponatremia
(redução do sódio no sangue).

Distúrbios de nutrição e metabolismo

Raro:

Hipoglicemia (redução da glicose no sangue).

Distúrbios do tecido conectivo e
musculoesquelético

Muito raro:

Rabdomiólise (necrose das células dos músculos).

Desconhecido:

Artralgia (dores nas articulações), mialgia (dores
musculares).

Distúrbios do sistema nervoso

Incomum:

Convulsões (ataques em que a pessoa se debate).

Raro:

Neuropatia (afecção dos nervos) (incluindo neurite periférica –
inflamação dos pequenos ramos nervosos das extremidades),
parestesia (sensibilidade alterada de uma região do corpo,
geralmente com formigamento ou dormência).

Muito raro:

Ataxia (falta de coordenação de movimento), meningite asséptica
(inflamação das meninges, revestimento do cérebro, não provocada
por germes) / sintomas como de meningite.

Desconhecido:

Vasculite cerebral.

Transtornos psiquiátricos

Raro:

Alucinações.

Distúrbios renais e urinários

Comum:

Ureia elevada, creatinina sérica elevada.

Incomum:

Insuficiência renal.

Raro:

Cristalúria (concentração aumentada de cristais na urina).

Muito raro:

Nefrite intersticial (inflamação dos rins), aumento da diurese
(quantidade de urina).

Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino

Muito raro:

Infiltrações pulmonares (alterações nos pulmões identificadas em
radiografias).

Desconhecido:

Vasculite pulmonar.

Distúrbios de pele e do tecido subcutâneo

Comum:

Erupção medicamentosa fixa, dermatite esfoliativa, erupção
cutânea, exantema maculo-papular, exantema morbiliforme, eritema,
prurido.

Incomum:

Urticária.

Muito raro:

Eritema multiforme, fotossensibilidade, Síndrome de Stevens
Johnson, necrólise epidérmica tóxica, erupção cutânea com
eosinofilia e sintomas sistêmicos.

Distúrbios vasculares

Muito raro:

Púrpura (lesões hemorrágicas, que aparecem na pele e,
eventualmente, em outros órgãos, decorrentes de falta de
plaquetas), púrpura de Henoch-Schönlein.

Desconhecido:

Vasculite, vasculite necrotizante, granulomatose com poliangeíte
poliarterite nodosa.

Descrição de eventos adversos selecionados

A maioria das alterações hematológicas observadas tem sido leve,
assintomática e reversível na retirada da terapia.

Como com qualquer medicamento, reações alérgicas podem ocorrer
em pacientes com hipersensibilidade aos componentes do
medicamento.

As reações de pele mais comuns observadas com Espectroprima
foram geralmente leves e rapidamente reversíveis após a retirada da
medicação.

Infiltrações pulmonares relatadas no contexto da alveolite
alérgica ou eosinofílica podem se manifestar através de sintomas
como tosse ou falta de ar.

Altas doses de TMP, como usado em pacientes com pneumonia por
Pneumocystis jirovecii, induzem a progressivo, mas
reversível, aumento de concentração sérica de potássio em um número
substancial de pacientes.

Mesmo em doses recomendadas, TMP podem causar hipercalemia
quando administradas a pacientes com doenças subjacentes de
metabolismo do potássio ou insuficiência renal, ou que estão
recebendo medicamentos que induzem hipercalemia.

Foram notificados casos de hipoglicemia em pacientes não
diabéticos tratados com SMZ-TMP, geralmente após alguns dias de
terapia.

Pacientes com deficiência de função renal, doença hepática ou
desnutrição ou recebendo altas doses de TMP-SMZ estão
particularmente em risco.

Vários dos pacientes com pancreatite aguda tinham doenças
graves, que incluem a AIDS (Síndrome de imunodeficiência
adquirida).

Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes
infectados pelo HIV

Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis
eventos adversos similar ao espectro dos pacientes não infectados.
Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência
maior e com quadros clínicos diferenciados nesta população.

Essas diferenças relacionam-se aos seguintes
sistemas

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Muito comum:

Leucopenia, granulocitopenia, trombocitopenia.

Distúrbios gastrointestinais

Muito comum:

Anorexia, náuseas, vômitos, diarreia.

Distúrbios gerais e condições no local de
administração

Muito comum:

Febre (geralmente em conjunto com exantema maculopapular).

Distúrbios hepatobiliares

Muito comum:

Transaminases elevadas.

Investigações

Muito comum:

Hipercalemia.

Incomum:

Hiponatremia.

Distúrbios de nutrição e metabolismo

Incomum:

Hipoglicemia.

Distúrbios de pele e do tecido subcutâneo

Muito comum:

Exantema maculopapular, prurido.

Em ordem de frequência, foram encontrados efeitos
gastrintestinais (náuseas, lesões na boca, diarreia), reações de
pele e zumbidos nos ouvidos, que desapareceram com a suspensão do
tratamento.

Alterações no exame de sangue também podem surgir de forma leve
e sem sintomas, desaparecendo com a suspensão do tratamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Espectroprima

Idosos

Deve-se ter cuidados especiais com pacientes idosos e com
problemas no rim e no fígado, nos quais há maior probabilidade de
ocorrer efeitos indesejáveis relacionados à dose ou à duração do
tratamento.

Em pacientes idosos ou com história de deficiência de ácido
fólico ou insuficiência renal, podem ocorrer alterações
hematológicas (no sangue) indicativas de deficiência de ácido
fólico. Essas alterações são reversíveis administrando-se ácido
folínico.

Para diminuir esses efeitos, recomenda-se que a duração do
tratamento seja a menor possível para o paciente idoso.

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Você deve informar ao seu médico caso ocorra gravidez durante o
tratamento ou logo após o seu término.

Uma vez que os dois compostos deste medicamento atravessam a
barreira placentária, eles podem vir a interferir no metabolismo
humano do ácido fólico, devendo ser usado na gestação somente se o
risco para o feto for justificado pelo benefício para a
gestante.

Caso haja necessidade de uso, toda gestante ou mulheres que
pretendem engravidar devem receber concomitantemente 5 a 10 mg de
ácido fólico diariamente durante o tratamento com
Espectroprima.

Deve-se evitar o uso deste medicamento no último trimestre de
gestação, a não ser que não exista nenhuma alternativa, devido ao
risco do recém-nascido apresentar problemas neurológicos devido ao
acúmulo de bilirrubina no cérebro (kernicterus).

Amamentação

Os dois compostos deste medicamento são excretados pelo leite,
devendo-se levar em consideração os riscos já citados acima.

Informe ao seu médico se está amamentando. Espectroprima
não deve ser utilizado durante a amamentação, exceto sob orientação
médica.

Composição do Espectroprima

Cada ml da suspensão contém

Sulfametoxazol

40 mg

Trimetoprima

8 mg

Veículo

1 mL

*Goma xantana, metilparabeno, propilparabeno, sacarose, aroma
artificial de morango, polissorbato 80, álcool etílico 96°GL e água
purificada.

Superdosagem do Espectroprima

Em caso de ingestão aguda (rápida e intensa) de doses
excessivas, intencional ou acidentalmente, podem ocorrer os
seguintes sintomas: náuseas, vômito, diarreia, cefaleia, vertigens,
tontura e distúrbios mentais e visuais.

Nesses casos, deve-se provocar o vômito o mais rapidamente, para
eliminar a maior quantidade possível do medicamento ingerido.

Em caso de superdose crônica (ingestão de quantidade maior que a
indicada, por longo período), podem ocorrer alterações no
sangue.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Espectroprima

Interações farmacocinéticas

Trimetoprima é um inibidor do transportador de cátions orgânicos
2 (OCT2), e um inibidor fraco do CYP2C8. Sulfametoxazol é um
inibidor fraco do CYP2C9.

A exposição sistêmica aos medicamentos transportados por OCT2
pode aumentar quando administrados com TMP-SMZ. Exemplos incluem a
dofetilida, amantadina,memantina, e lamivudina.

Dofetilida

Trimetoprima e sulfametoxazol não devem ser administrados em
combinação com dofetilida.

Há evidências de que trimetoprima inibe a excreção renal de
dofetilida. Trimetoprima 160 mg em combinação com sulfametoxazol
800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 µg,
duas vezes ao dia, durante quatro dias, resultou em 103% de aumento
na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de dofetilida e 93% de
aumento na concentração plasmática máxima (Cmáx).
Dofetilida pode causar arritmias ventriculares sérias associadas
com prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de
pointes
, que são diretamente relacionadas com a concentração
plasmática de dofetilida.

Amantadina

Delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de
SMZ-TMP e amantadina. Os pacientes que receberam a amantadina ou
memantina podem ter risco aumentado de efeitos adversos
neurológicos, como delírios e mioclonia.

A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C8
pode aumentar quando administrado com TMP e SMZ. Exemplos incluem
paclitaxel, amiodarona, dapsona, repaglinida, rosiglitazona e
pioglitazona.

Paclitaxel e amiodarona apresentam um estreito índice
terapêutico, portanto, a administração concomitante com TMP-SMZ não
é recomendada.

Tanto dapsona como TMP-SMZ podem causar metahemoglobinemia, e,
portanto, há potencial para interações farmacocinéticas e
farmacodinâmicas. Os pacientes que recebem tanto dapsona quanto
TMP-SMZ devem ser monitorados quanto à ocorrência de
metahemoglobinemia. Outras opções terapêuticas devem ser
consideradas, se possível.

Os pacientes que receberam repaglinida, rosiglitazona ou
pioglitazona devem ser monitorados regularmente em relação à
ocorrência de hipoglicemia.

A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C9
pode aumentar quando administrados em conjunto com TMP-SMZ.

Exemplos incluem:

Cumarinas

Varfarina, acenocoumarol, femprocumona, fenitoína. Os parâmetros
de coagulação devem ser monitorados em pacientes que recebem
cumarinas.

Fenitoína

Aumento de 39% na meia-vida e diminuição de 27% na taxa de
depuração da fenitoína foram observados, após a administração da
dose padrão de TMP-SMZ. Os pacientes que recebem fenitoína devem
ser monitorados em relação à toxicidade da fenitoína

Derivados de sulfonilureia

Glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida e
tolbutamida. Pacientes que recebem derivados de sulfonilureia devem
ser monitorados regularmente devido ao risco de hipoglicemia.
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa), assim como outras
sulfonamidas, potencializa o efeito dos hipoglicemiantes orais.

Digoxina

Níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia
concomitante com Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa),
especialmente em pacientes idosos. Os níveis séricos de digoxina
devem ser monitorados.

Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo
indefinido

A taxa de incidência e a gravidade das reações adversas
mielotóxicas e nefrotóxicas podem aumentar quando TMP-SMZ é
administrado concomitantemente com outros medicamentos
mielosupressores ou associados à disfunção renal, como análogos de
nucleosídeos, tacrolimus, azatioprina ou mercaptopurina. Pacientes
que recebem TMP-SMZ concomitantemente com tais medicamentos devem
ser monitorados quanto à toxicidade hematológica e/ou renal.

A administração em conjunto com a clozapina, uma substância
conhecida por ter um grande potencial para causar agranulocitose,
deve ser evitada. Diuréticos: aumento da incidência de
trombocitopenia foi observado em pacientes idosos que recebiam
concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos.
Nesses pacientes, as plaquetas devem ser monitoradas
regularmente.

Metotrexato

As sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação
proteica e também com o transporte renal de metotrexato,
aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição
sistêmica.

Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes tratados com
a combinação de trimetoprima com metotrexato. A trimetoprima
apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas
pode aumentar a toxicidade do metotrexato, especialmente na
presença de fatores de risco, tais como idade avançada,
hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea
diminuída, e em pacientes que receberam altas doses de metotrexato.
Pacientes de risco devem ser tratados com ácido fólico ou folinato
de cálcio, para contrabalançar os efeitos do metotrexato sobre a
hematopoiese.

Antidepressivos

A eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando
coadministrados com TMPSMZ.

Pirimetamina

Relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo
pirimetamina, como na profilaxia da malária, em doses que excedam
25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica, se
TMPSMZ for prescrito concomitantemente.

Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP-SMZ, cuidado
deve ser tomado quando TMP-SMZ é coadministrado com outros agentes
que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima
conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da
angiotensina, diuréticos poupadores de potássio e prednisolona.

Ciclosporina

Deterioração reversível da função renal foi observada em
pacientes tratados com TMP-SMZ e ciclosporina após transplante
renal.

Influência em métodos diagnósticos

TMP-SMZ, especialmente o componente trimetoprima, pode
interferir na determinação sérica do metotrexato, utilizando a
técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato
redutase bacteriana for utilizada como proteína de ligação. Não
ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for
dosado por radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode
interferir na reação de picrato alacalino de Jaffé, usada na
determinação de creatinina, que resultam em aumento dos valores
normais em cerca de 10%.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Bactrim®.

Ação da Substância Espectroprima

Resultados de Eficácia


Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) mostra-se
eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções
respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos, com
eficáciaº comparável à eritromicina e amoxicilina (Bottone et
al.
, 1982; Davies et al.,1983).

Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina,
cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988; Blumer
et al., 1984; Shurin et al., 1980; Barnett et
al
., 1997), e é opção nas infecções causadas por H. influenzae
resistente à ampicilina ou em pacientes com hipersensibilidade à
penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na
profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica (Gaskins
et al., 1982; Krause et al., 1982). Na sinusite
aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan,
1998).

No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao
cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexina (Phadtare amp;
Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode
ser uma opção em casos leves a moderados; contudo, deve-se sempre
considerar a resistência local (Nierdman et al., 1993).
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) também se mostra
eficaz na bronquite crônica agudizada (Pines et al.,
1969).

Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é considerado
medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da pneumonia
por P. jirovecii em adultos e em crianças HIV positivo (Anon, 1992;
Schneider et al., 1992). Nesses pacientes, seu uso
mostrase também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose
cerebral (Carr et al., 1992).

Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário
inferior, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) tem
eficácia similar a ofloxacino e a ciprofloxacino no tratamento com
duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar a
norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o
tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al., 1994)
e, similar a ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry
et al., 1986). Também é efetivo na profilaxia de infecções
recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al.,
1980). No tratamento da pielonefrite aguda não complicada,
Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) tem eficácia
similar a cefaclor e a ofloxacina (Trager et al., 1980;
Cox et al., 1986) e, quando usado em associação com
gentamicina, apresenta menor resistência antimicrobiana
significativa, quando comparada à associação ampicilina com
gentamicina, além de oferecer menor custo (Johnson et al.,
1991).

Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua
alta concentração no tecido prostático (Lipsky et al.,
1999).

Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) demonstrou ser
tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à
tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et
al
., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por
clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do
gonococo em dois dias de tratamento e da clamídia em cinco a dez
dias de tratamento com Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância
ativa) (Tavares W, 1996).

Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é efetivo no
tratamento das infecções gastrintestinais por Salmonella, Shigella
e E. coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont
et al., 1993; Thisyakorn amp; Mansuwan, 1992). Na diarreia
dos viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino,
com o tratamento de cinco dias (Ericson et al., 1987).

Em adultos, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa),
por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido
clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et
al.
, 1983).

Referências bibliográficas

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Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Bactrim®.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) contém dois
componentes ativos, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância
ativa), agindo sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas
enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido
folínico no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em
atividade bactericida in vitro em concentrações nas quais
as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas.
Adicionalmente, Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância ativa) é
frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a
um dos seus dois componentes. Devido ao seu mecanismo de ação, o
risco de resistência bacteriana é minimizado.

O efeito antibacteriano de Sulfametoxazol + Trimetoprima
(substância ativa) in vitro atinge um amplo espectro de
microrganismos patogênicos grampositivos e gram-negativos, embora a
sensibilidade possa depender da área geográfica em que é
utilizado.

Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração
inibitória mínima lt; 80 mg/L)*:

* Equivalente ao SMZ.

Cocos

Branhamella catarrhalis.

Bacilos gram-negativos

Haemophilus influenzae (betalactamase positivo,
betalactamase negativo), Haemophilus parainfluenzae, E. coli,
Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter
cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia marcescens,
Serratia liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis,
Proteus vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp., Yersinia
enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.

Outros diversos bacilos gram-negativos

Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas
cepacia, Burkholderia
(Pseudomonas) pseudomallei.

Com base em experiência clínica, os seguintes
microrganismos devem também ser considerados como
sensíveis:

Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides,
Pneumocystis jirovecii, Cyclospora cayetanensis.

Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160
mg/L)*:

* Equivalente ao SMZ.

Cocos

Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e
meticilina resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase
negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis,
penicilina resistentes).

Bacilos gram-negativos

Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras
Providencia spp., Salmonella typhi, Salmonella-enteritidis
Stenotrophomonas maltophilia
(anteriormente denominado
Xanthomonas maltophilia).

Outros diversos bastonetes gram-negativos

Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus
(
principalmente A. baumanii), Aeromonas
hydrophila.

Microrganismos resistentes (CIM gt; 160
mg/L)*:

* Equivalente ao SMZ.

Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema
pallidum.

A prevalência local de resistência a Sulfametoxazol +
Trimetoprima (substância ativa) entre as bactérias pertinentes à
infecção tratada deve ser conhecida quando Sulfametoxazol +
Trimetoprima (substância ativa) é prescrito em bases empíricas.

Para excluir resistência, especialmente em infecções com
probabilidade de serem causadas por um patógeno parcialmente
sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.

A sensibilidade a Sulfametoxazol + Trimetoprima (substância
ativa) pode ser determinada por métodos padronizados, tais como os
testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee
for Clinical Laboratory Standards – NCCLS.

Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados
pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:

Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo
NCCLS

Teste de disco*

Teste de diluição**

Diâmetro da zona de inibição (mm)

CIM (µg/mL)

TMP

SMZ

Sensível

gt; 16lt; 2lt; 38

Parcialmente sensível

11 – 15476

Resistente

lt; 10gt; 8gt; 152

* Disco: 1,25

µ

g TMP (trimetoprima) e 23,75

µ

g SMZ (sulfametoxazol).
** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1
para 19.

Farmacocinética

As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do
sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.

Absorção

Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e
completamente absorvidos na porção superior do trato
gastrintestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ,
são obtidas concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3 µg/mL para
TMP e 40 – 80 µg/mL para SMZ, dentro de uma a quatro horas. Se a
administração for repetida a cada 12 horas, as concentrações
plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em dois ou três
dias, variam entre 1,3 e 2,8µg/mL para o TMP e entre 32 e 63 µg/mL
para o SMZ.

Biodisponibilidade

A absorção de TMP e SMZ é completa conforme demonstrado pela
biodisponibilidade oral absoluta chegando a 100% para ambas as
drogas.

Distribuição

O volume de distribuição é de aproximadamente 1,6 L/kg para TMP
e 0,2 L/kg para SMZ, enquanto a ligação às proteínas plasmáticas
atinge 37% para TMP e 62% para SMZ.

O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não
inflamado, fluido seminal, fluido vaginal, saliva, tecido pulmonar
normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor
aquoso é similar para ambos componentes.

Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam
da corrente sanguínea para os líquidos intersticiais e para outros
líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as
concentrações de TMP e SMZ são superiores às concentrações
inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos
suscetíveis.

Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais
(placenta, fígado, pulmão), no sangue do cordão umbilical e líquido
amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos.
Em geral, concentrações fetais de TMP são similares às
concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da
mãe.

Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno.
Concentrações no leite materno são similares à concentração do
plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ.

Metabolismo

Cerca de 20% da dose de TMP é metabolizada. As isoenzimas do
citocromo P450 envolvidas no metabolismo oxidativo de TMP não foram
identificadas.

Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxido 1 e 3 e
hidroxi 3′ e 4′; alguns metabólitos são microbiologicamente ativos.
Cerca de 80% da dose de SMZ é metabolizada no fígado,
predominantemente para derivados N4 acetil (≈ 40% da dose) e, em
uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; seus metabólitos
são inativos. SMZ também sofre metabolismo oxidativo. O primeiro
passo da via oxidativa conduz à formação do derivado de
hidroxilamina, o qual é catalisada pelo CYP2C9.

Eliminação

As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em
média de dez horas para TMP e onze horas para SMZ).

Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados
quase exclusivamente por via renal por meio de filtração glomerular
e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das
substâncias ativas consideravelmente mais altas que as
concentrações no sangue. Cerca de dois terços da dose de TMP e um
quarto da dose SMZ são excretados inalterados na urina. A depuração
plasmática total de TMP é igual a 1,9 mL/min/kg. A depuração
plasmática total de SMZ é igual a 0,32 mL/min/kg. Apenas uma
pequena parte dos fármacos é eliminada por via fecal.

Farmacocinética em condições clínicas
especiais

Idosos

As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas
nos pacientes idosos com função renal normal.

Insuficiência renal

Em pacientes com comprometimento da função renal (depuração de
creatinina de 15 – 30 mL/min), as meiasvidas dos dois componentes
podem estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses.
Diálise peritoneal ambulatorial contínua ou intermitente não
contribuem significativamente para a eliminação de TMP-SMZ.

TMP e SMZ são removidos de forma significativa durante a
hemodiálise e hemofiltração. Sugere-se aumentar em 50% a dose de
TMP-SMZ depois de cada sessão de hemodiálise. Em crianças com
insuficiência renal (depuração de creatinina lt; 30 mL / min), a
depuração da TMP é reduzida, e sua meia-vida de eliminação
prolongada. Portanto, a dose de TMP-SMZ deve ser reduzida
proporcionalmente à diminuição da taxa de filtração glomerular
nesta população de pacientes.

Insuficiência hepática

A farmacocinética da TMP e SMZ em pacientes com insuficiência
hepática moderada ou grave não é significativamente diferente
daquela observada em indivíduos saudáveis.

Pacientes com fibrose cística

A depuração renal da TMP e a depuração metabólica de SMZ são
aumentadas em pacientes com fibrose cística. Consequentemente, a
depuração total no plasma é aumentada e a meia-vida de eliminação é
reduzida para ambos os fármacos.

Crianças e adolescentes

Em crianças de 1 a 9 anos a depuração plasmática total de TMP é
cerca de três vezes maior do que em adultos. Como consequência, a
meia-vida de TMP em crianças é menor do que metade da observada em
adultos.

Observações semelhantes foram feitas para sulfametoxazol.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Bactrim®.

Cuidados de Armazenamento do Espectroprima

Você deve manter este medicamento em temperatura ambiente (entre
15°C e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Nestas condições o prazo de validade é de 24 meses a contar da
data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Espectroprima apresenta-se na forma de uma suspensão, de cor
branca, com aroma e sabor característicos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Espectroprima

Registro MS – 1.2568.0021

Farmacêutico Responsável:

Dr. Luiz Donaduzzi
CRF-PR 5842

Registrado e fabricado por:

Prati, Donaduzzi amp; CIA LTDA
Rua Mitsugoro Tanaka, 145
Centro Industrial Nilton Arruda – Toledo – PR
CNPJ 73.856.593/0001-66
Indústria Brasileira

Espectroprima, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.