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Azulix Mf

Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa) pode
ser utilizado em associação com a insulina, entretanto este uso
combinado pode aumentar o potencial para hipoglicemia.

Contraindicação do Azulix Mf

Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância
ativa) é contraindicado em pacientes com

  • Hipersensibilidade a quaisquer componentes da fórmula;
  • Insuficiência cardíaca congestiva que requer tratamento
    farmacológico;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Gravidez;
  • Insuficiência renal orgânica ou funcional, (creatinina sérica
    gt; 1,5 mg/dl em homens adultos e gt; 1,4 mg/dl em mulheres
    adultas), sendo que este valor limite deve ser reduzido de acordo
    com a idade fisiológica e a massa muscular, ou clearance
    de creatinina anormal;
  • Insuficiência hepática grave;
  • Acidose metabólica aguda ou crônica.

Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa) não
deve ser utilizado para tratamento de pacientes portadores de
diabetes mellitus insulino dependente (tipo 1), e em casos
de descompensação diabética com cetoacidose diabética,
hiperosmolaridade, pré-coma e coma diabético.

Este medicamento é contraindicado para uso por
portadores de Insuficiência Renal.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18
anos.

Como usar o Azulix Mf

Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa) deve
ser administrado preferencialmente pela manhã juntamente com o café
da manhã ou com a primeira refeição principal do dia.

Nos casos em que se tornar necessário a administração de mais de
uma dose ao dia, as doses deverão ser divididas em duas tomadas
diárias, sempre acompanhando a alimentação.

A dose inicial sugerida para início de terapia deverá ser a mais
baixa (2 mg de glimepirida/1000 mg de metformina) e os ajustes de
dosagem devem ser feitos com aumentos gradativos a cada 2 semanas,
visando determinar a dose mínima efetiva, evitar o risco de
ocorrência de hipoglicemia e reduzir a ocorrência de efeitos
adversos notadamente gastrintestinais secundários à metformina.

Os parâmetros de controle para fins de ajuste da dosagem devem
levar em conta a glicemia plasmática de jejum, a glicemia
plasmática pós-prandial e o nível de A1c, os quais devem ser
mantidos na faixa mais próxima possível da normalidade.

A utilização de Glimepirida + Cloridrato de Metformina
(substância ativa) deve ser sempre acompanhada do tratamento
dietético, controle do peso corporal e manutenção de atividade
física.

Posologia

Inicial recomendada em pacientes diabéticos não
adequadamente controlados com a terapia não
farmacológica

1 comprimido ao dia na dose 2 mg de glimepirida/1000 mg de
metformina administrado junto com a refeição (preferencialmente
após o café da manhã), recomendando-se monitorização apropriada dos
níveis glicêmicos na fase inicial do tratamento.

Pacientes diabéticos previamente tratados com
sulfonilureias ou metformina isoladamente

Em pacientes previamente tratados com monoterapia utilizando
glimepirida (ou outras sulfonilureias) ou metformina isoladamente
em que não se esteja obtendo o controle adequado dos níveis
glicêmicos, é recomendável que a dose inicial de Glimepirida +
Cloridrato de Metformina (substância ativa) não contenha quantidade
superior de metformina ou glimepirida (ou o equivalente de outras
sulfonilureias) àquela previamente utilizada pelo paciente.

Caso o paciente esteja utilizando uma sulfonilureia que não seja
a clorpropamida, a mesma deverá ser suspensa por 24 horas antes de
primeira dose de Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância
ativa).

Caso o paciente esteja utilizando clorpropamida, recomenda-se
suspender sua administração por 48 horas antes de iniciar o uso de
Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa).

Nesses casos, o tratamento pode ser iniciado com a dose de 2 mg
de glimepirida/1000 mg de metformina administrados 1 vez ao dia
junto à refeição.

Da mesma forma, em caso de controle não satisfatório, a dose
pode ser aumentada a cada 2 semanas, podendo-se utilizar a
combinação na dose de 4 mg de glimepirida/1000 mg de metformina 1
vez ao dia.

Para se evitar o risco de hipoglicemia é recomendável que a dose
inicial de Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância
ativa) não contenha quantidade superior de metformina ou
glimepirida à qual é previamente utilizada pelo paciente.

Pacientes previamente tratados com glimepirida (ou
outras sulfonilureias) e metformina em combinação

A dose inicial não deve exceder a dose diária de glimepirida (o
equivalente de outra sulfonilureia) e de metformina previamente em
uso pelo paciente.

Após a troca por Glimepirida + Cloridrato de Metformina
(substância ativa), os pacientes devem ser rigorosamente
monitorizados para evitar-se a ocorrência de hipoglicemia e os
aumentos de dosagem devem ser feitos como descritos
anteriormente.

Pacientes diabéticos tipo 2 em uso de
insulina

Nesses casos, deve-se considerar que a utilização da associação
glimepirida/metformina pode reduzir a necessidade diária de
insulina, devendo-se efetuar monitorização rigorosa dos parâmetros
glicêmicos.

Em pacientes idosos, recomenda-se iniciar o tratamento com a
dose mais baixa de Glimepirida + Cloridrato de Metformina
(substância ativa).

As doses máximas diárias são:

Concentração

Dose máxima diária

2 mg de glimepirida/1000
mg de metformina
2 comprimidos
4 mg de glimepirida/1000
mg de metformina
2 comprimidos

Precauções do Azulix Mf

O uso combinado de cloridrato de metformina e de glimepirida não
elimina a necessidade de controle dietético hipoglicídico e/ou
hipocalórico em todos os casos de diabetes, assim como de controle
de peso corporal e manutenção de atividade física.

Devem ser regularmente realizados os controles clínicos e
bioquímicos habituais do diabetes. Antes de iniciar o tratamento
com o cloridrato de metformina, a creatinina sérica deverá ser
avaliada e a seguir, monitorizada regularmente: uma vez ao ano, em
pacientes com função renal normal; duas a quatro vezes ao ano,
quando a creatinina sérica estiver no limite máximo normal,
especialmente em pessoas idosas nas quais este limite é
inferior.

É necessária cautela extrema, com a redução de doses ou até
mesmo a suspensão da medicação antidiabética oral se houver
qualquer elevação da creatinina sérica acima dos níveis
normais.

Se houver necessidade de realizar exames radiográficos com
utilização de contrastes (como por exemplo, urografia excretora,
angiografia), deve-se interromper o tratamento com cloridrato de
metformina 48 horas antes dos exames, só o reiniciando decorridas
48 horas da realização dos exames, de maneira a evitar a ocorrência
de acidose lática.

Em pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos que
necessitem a suspensão da ingesta alimentar ou de líquidos, deverá
ser suspensa temporariamente a administração de Glimepirida +
Cloridrato de Metformina (substância ativa) previamente à cirurgia
(ao menos 24 horas antes) e não deve ser reiniciado seu uso até que
a alimentação oral tenha sido reestabelecida e a função renal
avaliada.

O cloridrato de metformina pode desencadear ou contribuir para o
aparecimento de acidose lática, complicação que, na ausência de
tratamento específico, pode ser fatal. A incidência de acidose
lática pode e deve ser reduzida através da monitorização cuidadosa
dos fatores de risco que são: a insuficiência renal aguda, orgânica
ou funcional, que desempenha papel predominante, uma vez que a
falta de excreção urinária leva ao acúmulo de cloridrato de
metformina. São fatores predisponentes: o diabetes mal controlado,
acetose, o jejum prolongado, o alcoolismo, a insuficiência
hepato-celular, assim como qualquer estado de hipoxemia.

São considerados sinais premonitórios o aparecimento de cãibras
musculares acompanhadas por alterações digestivas, dores abdominais
e astenia intensa, em um paciente tratado com cloridrato de
metformina. Assim, esses sintomas devem despertar a atenção do
médico.

O tratamento deve ser interrompido se houver elevação dos níveis
séricos de lactato, acompanhada de aumento de creatinina sérica. As
amostras de sangue para determinação de lactato devem ser
tiradas com o paciente em repouso, sem utilizar garrote e devem ser
analisadas imediatamente.

A acidose lática caracteriza-se por dispneia acidótica, dores
abdominais, hipotermia e, a seguir, coma.

Os exames laboratoriais indicam redução no pH sanguíneo, nível
sérico de lactato superior a 5 mmol/l e elevação na relação
lactato-piruvato.

Na França, a incidência de acidose lática em pacientes tratados
com cloridrato de metformina é de 1 caso para 40.000
pacientes/ano.

Todas as sulfonilureias são capazes de produzir severa
hipoglicemia. Deste modo, selecionar apropriadamente os pacientes e
a dosagem são importantes para evitar episódios de
hipoglicemia.

Pacientes com função renal alterada podem ser mais sensíveis ao
efeito hipoglicemiante da glimepirida.

Pode ser difícil reconhecer quadros de hipoglicemia em pacientes
idosos e naqueles que fazem uso de betabloqueadores.

A ocorrência de hipoglicemia é mais frequente quando a ingestão
calórica é deficiente, após exercícios físicos, quando há ingestão
de álcool, ou quando mais de um agente hipoglicemiante é usado. O
uso combinado de glimepirida com insulina ou metformina pode
aumentar o potencial para hipoglicemia.

Quando um paciente com glicemia controlada é exposto a estresses
tais como febre, trauma, infecção ou cirurgia, pode ocorrer
alteração da glicemia. Nestes casos, pode ser necessário
acrescentar insulina em combinação com glimepirida ou mesmo o uso
de monoterapia com insulina.

A falta de efetividade de qualquer droga hipoglicemiante,
incluindo a glimepirida e metformina, em diminuir a taxa de glicose
sanguínea a níveis desejados em muitos pacientes por um período de
tempo, pode ser associado à progressão da severidade do diabetes ou
diminuição da resposta ao medicamento. Este fenômeno é conhecido
como falha secundária, e se distingui de uma falha primária, pelo
fato do medicamento ser ineficaz em um paciente, quando dado pela
primeira vez.

Durante as primeiras semanas do tratamento, o risco da
ocorrência de hipoglicemia pode estar aumentado e necessita de
monitorização cuidadosa.

A hipoglicemia pode ser quase sempre, controlada pela
administração de carboidratos.

Entretanto apesar de se obter um aumento da glicemia com medidas
de controle, pode ocorrer hipoglicemia novamente. Casos graves de
hipoglicemia requerem tratamento imediato, e em algumas
circunstâncias o paciente deve ser hospitalizado.

Pode ocorrer diminuição do estado de alerta devido à
hipoglicemia ou hiperglicemia, principalmente no início ou após
alterações no tratamento ou quando o medicamento não é tomado
regularmente, afetando, por exemplo, a habilidade em conduzir
veículos ou operar máquinas.

Evite usar bebidas alcoólicas durante o tratamento.

Gravidez

Categoria de risco gravidez C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Reações Adversas do Azulix Mf

Reações adversas relacionadas à glimepirida

Sistema Endócrino

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Hipoglicemia:

Em estudos clínicos episódios de hipoglicemia (glicemia menor do
que 60 mg) ocorreram em 0,9 a 1,7% dos pacientes tratados com
glimepirida. Os sintomas que podem ocorrer são cefaleia, náuseas,
vômitos, excesso de apetite, fadiga, anormalidades do sono,
inquietação, agressividade, depressão, confusão, alterações na
fala, afasia, alterações visuais, tremor, paresias, distúrbios
sensoriais, delírio, tontura, sensação de abandono, perda do
autocontrole, convulsões, sonolência, podendo evoluir para coma,
dificuldade respiratória e bradicardia.

Sinais de contra regulação adrenérgica podem surgir como
sudorese, pele úmida e fria, ansiedade, taquicardia, hipertensão,
palpitação, dor no peito e arritmias cardíacas. O quadro clínico de
um ataque hipoglicêmico grave pode assemelhar-se a um acidente
vascular cerebral. Os sintomas podem variar de paciente para
paciente, e melhoram ou desaparecem com a correção da glicemia.

Reação incomum (gt; 1/1.000 e lt; 1/100)

Diarreia, náuseas, vômito e visão turva.

Sistema Metabólico

Hiponatremia ocorreu em alguns pacientes tratados com
glimepirida.

Embora casos específicos sejam escassos, o fármaco é capaz de
induzir a síndrome de secreção inapropriada de hormônio
antidiurético, similar a outras sulfonilureias.

Postula-se que certas sulfonilureias podem aumentar a ação
antidiurética da ADH e/ou aumentar a liberação de ADH.

Sistema Nervoso Central

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Astenia, Vertigem e cefaleia.

Gastrintestinal

Reação incomum (gt; 1/1000 e lt; 1/100)

Dor abdominal, vômito e diarreia.

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Náusea.

Ocular

Menos de 1% dos pacientes em uso de glimepirida apresentaram
turvamento visual. Isto pode estar associado a mudanças na glicemia
após o início do tratamento.

Hematológico

Podem ocorrer alterações na crise sanguínea, ocorrem raramente
leucopenia e trombocitopenia.

Pode causar em casos isolados anemia hemolítica ou, por exemplo,
eritrocitopenia, granulocitopenia, agranulocitose e
pancitopenia.

Dermatológico

Menos de 1% dos pacientes tratados com glimepirida desenvolveram
reações cutâneas do tipo alérgicas (eritema, urticária, erupções
morbiliformes ou macopapulares). Estas reações são geralmente
leves, podendo tornar-se graves acompanhadas por dispneia e
hipotensão arterial, algumas vezes evoluindo até choque.

Um relato de caso descreveu uma reação liquenoide (erupção
liquenoide) à droga em paciente de 63 anos após o uso de
glimepirida. O paciente apresentou uma história clínica de 3
semanas de pápulas não pruriginosas em ambos os membros inferiores.
A história médica também revelou escoriações menores em ambos os
membros inferiores e diabetes mellitus tipo 2 tratada com
glimepirida 1 mg, que havia sido iniciado 3 meses antes e
metformina 1700 mg por dia. A interrupção do tratamento com
glimepirida promoveu o desaparecimento das lesões nos meses
seguintes.

Hematológicos

Quando usado em pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato
desidrogenase (G6PD), sulfonilureias podem levar a anemia
hemolítica. Pelo fato da glimepirida pertencer à classe das
sulfonilureias precauções devem ser consideradas ao ser utilizada
em pacientes com deficiência de G6PD.

Hepáticos

Porfiria hepática, hepatite, aumento das enzimas hepáticas têm
incidência rara.

Casos isolados de comprometimento da função hepática, incluindo
colestase e icterícia, tem sido relatado durante o tratamento com
sulfonilureias, incluindo a glimepirida.

Respiratórios

Pacientes tratados com glimepirida podem apresentar dispneia
após o início do tratamento, acompanhado de chiado e estridor
durante teste de ausculta pulmonar, além de malestar.

Outros

Em casos isolados pode ocorrer redução da concentração sérica de
sódio, e com base em outras sulfonilureias, podem ocorrer vasculite
alérgica ou hipersensibilidade cutânea a luz.

Reações adversas relacionadas à metformina

As reações adversas decorrentes do uso do cloridrato de
metformina compreendem alterações gastrintestinais como náuseas,
vômitos e diarreia, que ocorrem principalmente no início do
tratamento e desaparecem espontaneamente na maioria dos casos.

Para reduzir a ocorrência de alterações digestivas, recomenda-se
administrar o cloridrato de metformina em duas tomadas diárias,
durante ou ao término das refeições.

Cefaleia e tontura podem ocorrer ocasionalmente.

Apenas em um pequeno número dos pacientes com problemas
digestivos (cerca de 10%) foi necessário interromper o
tratamento.

O cloridrato de metformina pode desencadear ou contribuir para o
aparecimento de acidose lática, complicação que, na ausência de
tratamento específico, pode ser fatal. A acidose lática é uma
emergência médica e seu tratamento exige sempre a hospitalização do
paciente.

A acidose lática caracteriza-se por dispneia acidótica, dores
abdominais, hipotermia e, a seguir, coma. Os exames laboratoriais
indicam redução no pH sanguíneo, nível sérico de lactato superior a
5 mmol/l e elevação na relação lactato-piruvato.

Dermatológicos

Alterações dermatológicas como líquen plano, com evidência de
pápulas e erupções cutâneas podem ser associadas ao tratamento com
metformina por pacientes diabéticos segundo relatos da
literatura.

Reação muito rara (lt; 1/10.000)

Reações cutâneas alérgicas.

Endócrino

Reação muito comum (gt; 1/10)

Hipoglicemia.

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Deficiência de cobalamina.

Reação rara (gt; 1/10.000 e lt; 1.000)

Acidose láctica.

Estudos apresentaram também casos de pacientes tratados com
metformina que apresentaram anorexia, perda severa de peso e
caquexia.

Gastrintestinais

Síndrome de má absorção. Durante a terapia de longo prazo com
metformina, foi relatada má absorção de aminoácidos, vitamina B12 e
ácido fólico. Estes efeitos geralmente não são de relevância
clínica. No entanto um caso de anemia megaloblástica relacionado a
má absorção de vitamina B12 foi descrita em um paciente que recebeu
metformina durante 8 anos.

Reação muito comum (gt; 1/10)

Inchaço abdominal, flatulências, diarreia e vômito.

Reação comum (gt; 1/100 e lt; 1/10)

Náuseas.

Hematológicos

Foi descrito um caso fatal de um homem de 56 anos que após dois
dias do início do uso de metformina 500 mg duas vezes por dia para
diabetes tipo 2 evoluiu com hematúria e anemia, evoluindo após
quatro dias com fadiga progressiva, dispneia, dor lombar e urina
escura.

Hepático

É apresentado na literatura relatos de casos de pacientes que
apresentaram icterícia e prurido após 4 semanas de tratamento com
metformina. Dois meses após o tratamento com metformina ser
interrompido, os níveis de enzimas hepáticas voltaram ao
normal.

Aumento das enzimas hepáticas

Dois casos de elevação das enzimas hepáticas foram relatadas
pela literatura em adolescentes diabéticos tipo 2 quando tratados
com metformina. A diminuição das enzimas hepáticas foi observada
após a substituição do tratamento por glibenclamida.

Reação rara (gt; 1/10.000 e lt; 1000)

Hepatoxicidade.

Sistema Nervoso Central

Cefaleia, agitação, tonturas e cansaço têm sido relatados
ocasionalmente durante o tratamento com metformina.

Teratogenicidade/Gravidez

Uma hipoglicemia grave pode desenvolver-se nos primeiros dias
após o parto das mães que tomaram sulfonilureias no final da
gravidez.

Revisões da literatura verificaram que, em geral, crianças
expostas, durante a gestação, a agentes hipoglicemiantes orais
apresentam malformações congênitas com incidência mais frequente do
que em crianças não expostas.

Lactação

A evidência disponível e/ou consenso entre os especialistas é
inconclusivo ou mesmo insuficiente para determinar risco infantil
quando usado durante a amamentação. Devem-se pesar os benefícios
potenciais do tratamento de drogas contra os riscos potenciais
antes de prescrever este fármaco durante a amamentação.

Não se sabe se a glimepirida é excretada no leite materno, seu
potencial de reações adversas no lactente e os riscos à exposição
deste à droga. Dado ao baixo peso molecular da droga
(aproximadamente 491 Daltons) há transferência para o leite
materno.

No caso da metformina, sabe-se que ela é excretada no leite
materno, entretanto, estudos clínicos não verificaram efeitos
adversos em crianças expostas à droga através da amamentação.

Atenção: este produto é um medicamento que possui Nova
Concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para
a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Azulix Mf

Certos agentes hiperglicemiantes (corticosteroides, diuréticos
tiazídicos, contraceptivos orais) podem alterar o curso do diabetes
e tornar necessário o aumento da dose de cloridrato de metformina
ou sua combinação com sulfonilureias hipoglicemiantes ou terapia
com insulina.

O cloridrato de metformina quando usado isoladamente, em geral
não ocasiona hipoglicemia.

Entretanto, é necessário estar atento à potencialização da ação,
quando administrado em associação com insulina ou sulfonilureias
hipoglicemiantes.

A seguir são listadas as principais interações de
Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa) conforme
sua gravidade potencial:

Interações medicamento-medicamento relacionadas à
glimepirida:

Gravidade

Medicamentos

Efeito da interação

MaiorCiprofloxacino,
gemifloxacino, levofloxacino, lomefloxacino, moxifloxacino,
norfloxacino, ofloxacino, pefloxacino
Alterações na glicemia e
aumento do risco de hipoglicemia ou hiperglicemia.
Disopiramida,
voriconazol, miconazol, fluconazol
Aumento do risco de
hipoglicemia.
ModeradaAtenolol, betaxolol,
bisoprolol, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol,
nebivolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol
Hipoglicemia,
hiperglicemia ou hipertensão.
Aceclofenaco,
clometacina, clonixina, diclofenaco, diflunisal, dipirona,
fenofibrato, fenoprofeno, ibuprofeno, indometacina, indoprofeno,
cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, ácido
mefenâmico, meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida,
oxaprozina, oxifenilbutazona, fenilbutazona, piroxicam, pirprofeno
suprofeno, tenoxicam
Aumento do risco de
hipoglicemia.
Cloranfenicol,
probenecida, claritromicina
Aumento de risco de
hipoglicemia.
Acenocumarol, dicumarol,
fluoxetina, femprocumona, sulfacitina, sulfadiazina, sulfadoxina,
sulfaguanidina, sulfamerazina, sulfametazina, sulfametizol,
sulfametoxazol, sulfapiridina, sulfassalazina, sulfisoxasol,
varfarina
Aumento de risco de
hipoglicemia severa.
Clorgilina, iproniazada,
isocarboxazida, moclobemida, nialamida, pargilina, fenelzina,
procarbazina, selegilina, sitagliptina, toloxatona,
tranilcipromicina
Hipoglicemia excessiva,
depressão do SNC e convulsões.
SomatropinaMudança na glicemia
sanguínea.
LevotiroxinaDiminuição da eficácia
de agentes antidiabéticos.
Lanreotida,
octreotida
Diminui as concentrações
plasmáticas de glimepirida.
MenorFluvoxaminaAumento plasmático de
glimepirida.
GlicosaminaRedução eficácia do
agente antidiabético.
Ácido tiócticoAumento do risco de
hipoglicemia.

Interação Medicamento-fitoterápico relacionadas à
glimepirida:

Gravidade

Fitoterápicos

Efeito da Interação

ModeradaGymnema sylvestre,
Ginseng, Psyllium
Risco aumentado de
hipoglicemia.
Hypericum
perforatum
Hipoglicemia.
Eucalipto,
glucomanan, goma guar, feno grego, Psyllium
Aumento do risco de
hipoglicemia.

Interação medicamento-medicamento relacionadas à
glimepirida:

Gravidade

Medicamentos

Efeito da interação

MaiorCiprofloxacino,
gemifloxacino, levofloxacino, lomefloxacino, moxifloxacino,
norfloxacino, ofloxacino, pefloxacino
Alterações na glicemia
(aumento do risco de hipoglicemia ou hiperglicemia).
Ácido acetrizoico, ácido
iobenzâmico, ácido iocetâmico, ácido ioexol,
ácido iodopúrico,ácido iotróxico, ácido ioglicâmico, ácido
iopanoico, ácido iopronico, ácido iosérico, ácido
ioxitalâmico, ácido iocármico, ácido metrizoico diatrizoato,
iobitridol, iodamida meglumina, iodipamida, iodixanol,
iodopiracete, ioexol, iomeprol, iopamidol, iopentol, iopromida,
iosimida, iotalamato, iotasuuml, iofendilato iotrolana, ioversol,
ioxaglato, metrizamida, tiropanoato de sódio. meglumina,
iofendilato
Acidose láctica e
insuficiência renal aguda. (contraindicados para uso
conjunto).
CimetidinaAumento da concentração
plasmática de metformina.
DofetilideAumento do risco de
cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsades de
pointes, parada cardíaca).
TopiramatoAumento de risco de
acidose metabólica (contraindicado para uso em conjunto).
Zonisamida,
acetazolamida
Aumento de risco de
acidose lática.
DolutegravirAumento da exposição à
metformina.
ModeradaAtenolol, betaxolol,
bisoprolol, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol,
nebivolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol
Hipoglicemia,
hiperglicemia ou hipertensão.
LevotiroxinaDiminuição da eficácia
dos agentes antidiabéticos.
Clorgilina, fenelzina,
iproniazida, isocarboxazida, moclobemida, nialamida, parglina,
procarbazina, selegilina, toloxatona, tranilcipromina
Hipoglicemia excessiva,
depressão do SNC e convulsões.
Amilorida, digoxina,
morfina, procainamida, sulfato de morfina lipossômica,
procainamida, quinidina, quinina, ranitidina, triantereno,
trimetropina, vancomicina
Aumento da concentração
plasmática da metformina.
CefalexinaAumento nos níveis
plasmáticos da metformina e pode aumentar o risco de efeitos
colaterais da metformina (náuseas, vômitos, diarreia, astenia, dor
de cabeça).
FenprocumonaAumento da eliminação do
fenprocumona.
Enalaprilato, maleato de
enalapril
Acidose hipercalêmica
lática.
MenorNifedipinaAumenta a absorção de
metformina.
Ácido tiócticoAumenta o risco de
hipoglicemia.
GlucosaminaDiminuição da eficácia
dos agentes antidiabéticos.

Interação Medicamento-fitoterápico relacionadas à
metformina:

Gravidade

Fitoterápico

Efeito da interação

ModeradaAlcaçuzDiminuição da eficácia dos agentes
antidiabéticos.
Erva de São João
(Hypericum perforatum)
Hipoglicemia.
Gymnema
sylvestre
Aumento do risco de
hipoglicemia.
Goma de guarDiminuição da eficácia da
metformina.
Eucalipto, Ginseng,
glucomanan, Psyllium, feno grego
Aumento do risco de
hipoglicemia.

Interação Alimentícia do Azulix Mf

Interação Medicamento-alimento relacionadas à
glimepirida:

Gravidade

Alimento

Efeito da Interação

ModeradaMelão amargoAumento do risco de
hipoglicemia.

Interação Medicamento-Alimento relacionadas à
metformina:

Gravidade

Alimento

Efeito da Interação

ModeradaMelão amargoAumento do risco de
hipoglicemia.

Interação Medicamento-Substância química à
metformina:

Substância química

Efeito da interação

Etanol (álcool).Aumento do risco de acidose
láctica.

Ação da Substância Azulix Mf

Resultados de eficácia

Eficácia e segurança da terapia hipoglicemiante oral combinada
de glimepirida e metformina em uma única apresentação farmacêutica
em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com falha
secundária da monoterapia com glibenclamida.

Ensaio clínico multicêntrico, duplo-cego, incluindo 104
pacientes obesos (51 mulheres e 53 homens) com diabetes
mellitus do tipo 2 (DM2). Estes pacientes tinham recebido
monoterapia com glibenclamida em doses máximas e orientação
nutricional durante pelo menos três meses e apresentavam glicemia
de jejum gt; 140 mg/dL e hemoglobina glicada (A1C) gt; 8%. Os
pacientes receberam durante três meses de forma titulada até 4 mg
de glimepirida, 2 g de metformina ou 4 mg de glimepirida mais 2 mg
de metformina em uma única apresentação.

Foi utilizada como critério de eficácia a diminuição de 1% ou
mais de A1C ou sua redução de 7% ou menos.

Houve um período de wash out de uma semana, no qual foi suspenso
o uso em todos os pacientes da glibenclamida e manteve-se a terapia
nutricional ao longo do estudo. Indicou-se também a manutenção da
atividade física habitual. Depois do período inicial, os pacientes
foram incluídos aleatoriamente para os grupos de intervenção
farmacológica: glimepirida, metformina ou a combinação de
glimepirida mais metformina de acordo com a glicemia basal:

  • Até 199 mg/ dL um comprimido de 2 mg de glimepirida ou um
    comprimido de 1g de metformina ou um comprimido de 2 mg de
    glimepirida mais 1 g de metformina na mesma apresentação cada 24
    horas;
  • 200 até 270 mg/ dL receberam 4 mg de glimepirida em dois
    comprimidos ou 2 g de metformina em dois comprimidos ou 4 mg de
    glimepirida mais 2 g de metformina na mesma apresentação em dois
    comprimidos, divididos em duas tomadas por dia.

Foram investigados no início e 90 dias após a intervenção
farmacológica o peso, o IMC, glicemia de jejum, A1C, insulina,
colesterol total, HDL colesterol, triglicérides,
creatinina, ácido úrico, transaminase glutâmico oxalacética
(TGO), transaminase glutâmico pirúvica (TGP) e desidrogenase
láctica (DHL). Aos 30 e 60 dias do início do estudo foram medidas a
glicemia de jejum, a A1C e a DHL.

Nos três grupos de tratamento, foi encontrada uma tendência à
diminuição nos pacientes que receberam a combinação de glimepirida
mais metformina. A diminuição da glicose no grupo de glimepirida
depois dos três meses de tratamento foi de -16,7 + 57,5 mg/ dL (IC
95%: 6,3 a – 39,7), no grupo que recebeu metformina de 8 + 48,6 mg/
dL (IC 95%: 29,8 a -13,8) e no da combinação de –16,8 + 58,8 mg/ dL
(IC 95%: 5,3 a -38,9).

Ao longo do estudo houve uma diminuição significativa na A1C no
grupo que recebeu a combinação de glimepirida mais metformina e uma
tendência em sua redução no grupo de glimepirida. A diminuição da
A1C no grupo de glimepirida depois dos três meses de tratamento foi
de -0,9 + 1,6% (IC 95%: -2,0 A -1,5), no grupo que recebeu
metformina de -0.7 + 2.1% (IC 95%: 0.2 a -1.6) e no da combinação
de -1,3 + 1,8 mg/ dL (IC 95%: -0,6 a -1,9).

A porcentagem de pacientes que conseguiram diminuir a A1C em 1%
ou mais depois de três meses de tratamento foi de 35,1% (n = 13),
21,2% (n = 7) e 47,0% (n = 16) para os grupos de glimepirida,
metformina e combinação de glimepirida mais metformina,
respectivamente, com uma diferença estatisticamente significativa
(p lt; 0,001) entre os grupos; que persistiu entre glimepirida e
metformina (p = 0,02) e entre a combinação de metformina (p=0,001),
mas não entre glimepirida e a combinação (p = 0,08).

A porcentagem de pacientes que conseguiu diminuir a A1C em 7% ou
menos depois de três meses de tratamento foi de 18,9% (n = 7), 9,0%
(n = 3) e 23,5% (n = 8) para os grupos de glimepirida, metformina e
combinação de glimepirida mais metformina, respectivamente, com uma
diferença estatisticamente significativa (p = 0.01) entre os
grupos; que persistiu entre glimepirida e metformina (p = 0,04) e
entre a combinação e metformina (p = 0,004), mas não entre
glimepirida e a combinação (p = 0,38).

Não existiu diferença estatisticamente significativa entre os
três grupos (p = 0.15) na porcentagem de pacientes que apresentaram
no final do estudo hiperglicemia grave (glicose gt; 270 mg/ dL) e
que foi necessária alguma outra opção terapêutica para o controle
de sua diabetes [35,2% (n = 13) no grupo de glimepirida, 42,3% (n =
14) no de metformina e 20,6% (n = 7) no da combinação].

A prescrição titulada da combinação de glimepirida mais
metformina em uma única fórmula farmacêutica foi eficaz e segura em
pacientes com DM2 e falha secundária na monoterapia com
glibenclamida, ao diminuir a A1C depois de três meses de tratamento
e ao ser bem tolerada durante o período de estudo.

Melhora do Controle Glicêmico através da adição de glimepirida à
monoterapia com metformina em pacientes diabéticos tipo 2.

A fim de comparar o efeito de glimepirida em combinação com
metformina versus a monoterapia de cada um dos
medicamentos sobre o controle glicêmico, foi realizado em estudo
multicêntrico, randomizado, duplo cego, double-dummy em pacientes
com Diabetes do tipo 2 com idades de 35-70 anos inadequadamente
controlados por monoterapia diária de 2550 mg de metformina.

Conforme definido pelo critério de glicemia em jejum (GJ) (7,8
mmol/l lt; GJ lt; 13,9 mmol/l), e com creatinina no soro lt; 110
µmol/l, pacientes recém-diagnosticados (lt; 1 ano) foram incluídos
desde que o IMC fosse gt; 23 kg/m² para pacientes do sexo feminino
ou gt; 25 kg/m² para pacientes do sexo masculino, sem qualquer
evidência ou história de perda de peso espontânea ou cetonúria
associado à glicosúria.

O estudo consistiu de uma fase de titulação de dose por 12
semanas seguido por uma fase de manutenção de 8 semanas. Na
entrada, os pacientes elegíveis foram randomizados para o
tratamento com metformina mais glimepirida placebo, glimepirida
mais metformina placebo ou uma terapia combinada com metformina e
glimepirida.

Durante a fase de titulação o tratamento com glimepirida (ativa
ou placebo) foi iniciado com uma dose diária de 1 mg e aumentado de
forma gradual para 2, 4 ou 6 mg uma vez ao dia, a fim de atingir um
GJ dentro do critério alvo (3,9 mmol/l lt; GJ lt; 7,8 mmol/l). A
dosagem de metformina permaneceu constante durante o estudo em 850
mg, três vezes ao dia ou o placebo equiparado.

Seguindo-se a conclusão da fase de titulação de 12 semanas, os
pacientes entraram em uma fase de manutenção de 8 semanas em que as
dosagens dos tratamentos de estudo tiveram que ser mantidos
constantes; entretanto, no caso de sintomas de hipoglicemia, a
dosagem de glimepirida foi reduzida aos níveis anteriores.

Os pacientes foram instruídos para manter uma dieta estável
durante o estudo. O desjejum devia incluir um mínimo de 25 g de
carboidrato.

O ponto final primário foi a A1C; as medidas de efeito
secundário incluem: glicemia (tanto em jejum como pós-prandial),
insulina, peptídeo-C, triglicérides, colesterol total,
HDL-colesterol, apolipoproteína B, pressão sanguínea diastólica e
sistólica sentado e IMC.

Dos 379 pacientes randomizados para tratamento, 372 pacientes
(75 no grupo de metformina, 150 no grupo de glimepirida e 147 no
grupo de glimepirida + metformina) receberam pelo menos uma dose do
medicamento do estudo. Sete pacientes retiraram-se após a
randomização e previamente ao tratamento em razão da retirada de
consentimento (n = 4), a violação do protocolo (n = 2) ou por
solicitação da patrocinadora (n = 1). Cinquenta e quatro pacientes,
14 (19%) no grupo de metformina, 24 (16%) no grupo de glimepirida e
16 (11%) pacientes no grupo de glimepirida + metformina,
retiraram-se durante o estudo. Um total de 333 pacientes completou
a fase de titulação e 318 pacientes, 61 no grupo de metformina, 126
no grupo de glimepirida e 131 no grupo de glimepirida + metformina,
completaram o estudo.

O tratamento combinado foi significativamente mais eficiente na
redução dos níveis de A1C do que tanto apenas a glimepirida
(diferença na alteração média de 1,04%), 95% IC 0,81-1,27%; Plt;
0,001) ou metformina apenas (diferença na alteração média de 0,92%,
95% IC 0,63-1,21%; Plt;0,001).

Não houve uma diferença significativa entre a monoterapia de
metformina ou glimepirida com respeito à alteração em A1C
(diferença na alteração média de 0,12%, 95% IC -0,16-0,40%; P=
0,369). O tratamento combinado foi também significativamente mais
efetivo do que qualquer monoterapia na redução de GJ (P lt; 0,001)
e GPP (P lt; 0,001).

Embora não houvesse uma diferença significativa entre os dois
grupos de monoterapia com respeito à alteração em GJ, o tratamento
com glimepirida foi significativamente mais eficaz do que
metformina na redução de GPP (Plt; 0,001). Os ajustes para os
efeitos do centro, IMC e sexo não influenciaram a significância dos
resultados.

Ao final do estudo, cerca de duas vezes os pacientes em qualquer
grupo de monoterapia do que no grupo combinado (84% no grupo de
metformina e 77% no grupo de glimepirida vs 41% no grupo
combinado) foram titulados em níveis de dose mais alta de
glimepirida (ou placebo equiparado).

Foram observados os efeitos do tratamento tanto em IMC como
colesterol total. A combinação de glimepirida e metformina foi
significativamente mais efetiva do que somente a glimepirida (P lt;
0,001) na redução dos níveis de colesterol total, embora não
houvesse diferença significante entre a combinação e apenas a
metformina. O tratamento com metformina resultou em um IMC
significativamente mais baixo tanto em glimepirida somente (P lt;
0,001) como o tratamento combinado (P lt; 0,002); entretanto, não
houve diferença significativa entre os grupos de tratamento de
glimepirida e combinado com respeito às alterações em IMC. Os
ajustes para os efeitos do centro, IMC e sexo não
influenciaram a significância dos resultados. Nenhuma diferença
significativa, estatisticamente, foi observada entre os três grupos
de tratamento por qualquer outra variável.

A terapia combinada com glimepirida e metformina resultou em
controle glicêmico significativamente superior (Plt; 0,001)
comparado tanto com a continuação de monoterapia de metformina como
a substituição de glimepirida por metformina. No estudo atual,
todos os três regimes de tratamento foram em geral bem tolerados.
Houve uma incidência ligeiramente superior de diarreia no grupo de
metformina comparado tanto com o grupo de combinação como o grupo
de glimepirida (7% vs. 3% e 1%, respectivamente). Mais
pacientes experimentaram a hipoglicemia sintomática em terapia
combinada do que em monoterapia 22% vs 13% no grupo de
glimepirida e 12% no grupo de metformina).

Como o controle glicêmico melhorado é, com frequência, associado
com um risco aumentado de hipoglicemia, não é surpreendente que os
pacientes tratados com a terapia combinada também experimentassem
mais episódios. Este estudo demonstrou que a adição de glimepirida
à terapia de metformina preexistente é a estratégia terapêutica
mais adequada em pacientes diabéticos do tipo 2 inadequadamente
controlados somente por metformina, comparado com a troca para
somente glimepirida. Assim, não é somente a combinação de uma
sulfonilureia e metformina lógica ao considerar o mecanismo de cada
tratamento, mas a evidência clínica também apoia, conclusivamente,
esta estratégia em pacientes que falharam na monoterapia de
metformina.

Eficácia da associação glimepirida/metformina
versus glibenclamida/metformina em pacientes com diabetes
mellitus tipo II não controlado

Estudo multicêntrico, duplo cego, randomizado com 152 pacientes
com idades variando entre 40 e 65 anos foram incluídos os pacientes
obesos com IMC entre 25 e 40 Kg/m2 e que haviam recebido
tratamento utilizando monoterapia com metformina (2000 mg/dia) e
glibenclamida (20 mg/dia) ou tratamento nutricional de acordo com
as Diretrizes preconizadas pela American Diabetes Association por
pelo menos 3 meses. Para a inclusão, os pacientes deveriam manter
taxas glicêmicas de jejum de 8,3 a 14,9 mmol/l e de A1C gt;7%.

Os seguintes parâmetros clínicos foram mensurados IMC,
índice Cintura-Quadril, Pressão Arterial, Glicemia de jejum e
pós-prandial, HDL-Colesterol, Triglicérides.

Os grupos de tratamento foram divididos nas seguintes
combinações glimepirida (1mg)/metformina (500 mg) 2
comprimidos ou glibenclamida (5mg)/metformina (500mg) 2
comprimidos. (Foi utilizada como critério de eficácia a glicemia em
jejum ≤7,2 mmol/l, glicemia pós-prandial lt; 10 mmol/l, e A1C
lt;7%, ou redução de A1C 1%. O período de seguimento foi de 12
meses.

O grupo glibenclamida/metformina incluiu 45 mulheres e 31 homens
e o grupo glimepirida/metformina incluiu 48 mulheres e 28 homens.
Não houve diferenças nas faixas etárias estatisticamente
significantes entre os dois grupos (52,9±7,6 anos vs.
52,3±7,6 anos, P=.618).

Em relação à glicemia de jejum, não ocorreram diferenças
significativas no decorrer do estudo, contudo foi observada redução
significativa de concentração de A1C ao final do estudo, maior para
a combinação com glimepirida (7,6±1,2 vs. 7,2±1,0%,
P=0,25). Não foram observadas diferenças entre os grupos
glibenclamida/metformina e glimepirida/metformina nos resultados
basais e finais na glicemia de jejum (-4,1±3,7
vs.-4,0±4,1mmol/l,P = 945) e pós-prandial (-4,3±5,3
vs. -4.2±4.6 mmol/l, P = 291) e na concentração de A1C
(-2.0±1.5 vs. -2.1±1.6%, P = 712), embora uma maior
proporção de pacientes do grupo glimepirida tenha alcançado os
níveis de A1Clt;7% aos 12 meses de tratamento (44,6% vs.
26,8%, P lt; 05). (Tabela 1)

A adesão ao tratamento foi de 96% e 99% para o grupo glimepirida
e glibenclamida respectivamente. Os efeitos adversos foram
observados em 68,4% dos pacientes do grupo glibenclamida e 69,7%
para o grupo glimepirida (P=.842).

Houve maior número de casos de hipoglicemia com o grupo
glibenclamida em comparação ao grupo glimepirida (28,9% VS
17,1%, P=.047).

Tabela 1: Proporção de pacientes que atingiram o
controle glicêmico:

* plt;0.5 entre os grupos.

Ao final do estudo, os níveis de A1C foram significativamente
menores no grupo de tratamento com glimepirida e uma proporção
significantemente maior de pacientes nesse grupo atingiu a meta de
A1C lt; 7.

Houve maior proporção de episódios de hipoglicemia entre os
pacientes tratados com a combinação glibenclamida/metformina. Os
demais eventos adversos foram relacionados à própria evolução do
diabetes e não aos efeitos dos medicamentos.

Em conclusão, a combinação glimepirida/metformina mostrou maior
eficácia na obtenção do controle glicêmico com menor incidência de
episódios de hipoglicemia em pacientes com DM tipo 2 não
controlados

Características Farmacológicas

Glimepirida + Cloridrato de Metformina (substância ativa) é um
medicamento composto pela combinação de glimepirida e
metformina.

A glimepirida é uma sulfonilureia de terceira geração, que
apresenta ação mais potente, melhor tolerabilidade e menor risco de
ocorrência de efeitos adversos em comparação às drogas de primeira
geração, além de atuar também sobre a hiperglicemia pós-prandial.
Sua ação se dá tanto por mecanismos pancreáticos como
extrapancreáticos e diferentemente dassulfonilureias de segunda
geração, a glimepirida preserva a resposta cardio-protetora à
isquemia em função de apresentar diferenças na sua afinidade por
sítios de ligação dos receptores pancreáticos.

Os estudos clínicos têm demonstrado que o uso da glimepirida nas
dosagens de 1 a 8 mg/dia mostra-se seguro e efetivo na redução dos
níveis glicêmicos tanto em jejum como pós-prandiais, bem como na
redução da concentração da hemoglobina glicosilada.

Os efeitos de redução glicêmica com a glimepirida ocorrem
principalmente nas primeiras 4 horas após sua administração.

A metformina é um agente antidiabético que atua através do
aumento da sensibilidade tecidual á insulina, principalmente no
fígado (ação hepatosseletiva). Os efeitos benéficos da metformina
incluem a redução de peso, efeitos favoráveis sobre o perfil
lipídico e sobre a via fibrinolítica, modulação endotelial e efeito
aterostático, além de melhorar a função ovariana em mulheres com
resistência à insulina.

A metformina não se associa com hiperinsulinemia nem com
hipoglicemia, podendo ser utilizada de forma isolada ou em
combinação com outras drogas antidiabéticas secretagogas de
insulina desempenhando papel extremamente importante no controle do
paciente diabético obeso.

Farmacocinética

Glimepirida

Os dados sobre a farmacocinética da glimepirida indicam que a
mesma apresenta um comportamento farmacocinético linear, sendo
completamente absorvida no trato gastrintestinal, obtendo-se uma
biodisponibilidade de 100%, sendo esta significativa desde a
primeira hora.

A coadministração do fármaco com alimentos não produz efeitos
importantes em seu comportamento farmacocinético, observando-se
somente que a Tmáx aumentou levemente (12%) havendo
também uma ligeira diminuição de 8 e 9% nos parâmetros
Cmáx e na AUC, respectivamente.

Após uma dose única de 4 a 8 mg de glimepirida, obtiveram-se
concentrações máximas (Cmáx) médias de 352 ± 222 ng/ml e
591 ± 232 ng/ml respectivamente em Tmáx de 2.5 horas.
Para doses múltiplas, repetindo as concentrações de 4 e 8 mg de
glimepirida, administradas durante 10 dias, foram reportados
valores de Cmáx (determinados no décimo dia) de 309 +
134 ng/ml (com 4 mg) e 578 + 265 ng/ml (com 8 mg) com
Tmáx de 2.8 horas.

A glimepirida liga-se amplamente às proteínas (99.5%) e é
extensamente metabolizada no fígado pela via de oxidação, dando
lugar a dois metabólitos, um hidroxiderivado (ativo) que é um
derivado ciclohexil hidroximetil, chamado também M1 e um
carboxiderivado (inativo) conhecido também como M2. Estudos
pré-clínicos indicaram que o metabólito M1 apresentou
aproximadamente 30% da atividade farmacológica da glimepirida e,
posteriormente este metabólito é inativado ao ser convertido ao
derivado carboxila (M2). A principal via de excreção é a renal,
eliminando-se através da urina, como metabólitos em quantidade
próxima a 63% de uma dose administrada.

Aproximadamente 40% de uma dose de glimepirida é eliminada
através das fezes e a grande maioria desta é excretada como
metabólitos, principalmente M2 (até 70% nesta forma), sendo quase
nada ou nada excretada na forma inalterada.

A depuração corporal total é de 48 a 53 ml/ min. No caso de
insuficiência renal, tem sido observado que a depuração dos dois
metabólitos de glimepirida diminui, sendo tal fator também
provavelmente relacionado com a hipoalbuminemia.

A meia-vida de glimepirida como fármaco intacto encontra-se no
patamar de 5 a 9 horas.

Metformina

A metformina é absorvida no intestino e é provavelmente
controlada por um mecanismo de saturação, fazendo com que se perca
a proporcionalidade da absorção em função da dose. A metformina tem
uma biodisponibilidade relativa (pós-administração oral) de 50 a
60%.

Os máximos níveis plasmáticos pós-administração oral são
alcançados entre 1 a 3 horas. A área sob a curva, concentração
versus tempo (AUC), alcançada foi de 10,83 mcg por
h/ml.

Após uma dose oral de 500 mg a cada 12 horas durante 1 dia, em
pacientes diabéticos do tipo 2, a máxima concentração plasmática
média foi de 3,25 mcg/ml, alcançada em 2,1 horas.

As concentrações plasmáticas máximas obtidas após administração
em indivíduos saudáveis mostraram-se similares. Em diabéticos do
tipo 2, após a administração oral única de 1 g de metformina, os
níveis plasmáticos máximos foram 3,25 mcg/ml e baixaram para menos
de 0,1 mcg/ml nas 24 horas pós-administração. Em doses terapêuticas
não se observam significativos
aumentos nas concentrações plasmáticas, em pacientes com função
renal normal.

A metformina não é metabolizada no organismo, sendo descrito em
alguns estudos um possível e muito escasso metabolismo hepático
(pré-sistêmico), não confirmado unanimemente.

A maior parte da dose (90%) absorvida após administração oral de
metformina é eliminada na forma ativa por via renal, sendo a
secreção tubular seu principal mecanismo de remoção. Com uma menor
parte da dose administrada sendo eliminada de forma inalterada com
as fezes.

A meia-vida de eliminação após uma dose oral é de 90 minutos a
6,2 horas. Após a administração de dose única de metformina de 850
a 2250 mg obteve-se uma meia-vida no patamar de 7,1 a 9,5 horas e
após a administração do fármaco (850 mg) durante 6 dias, a meiavida
foi aumentada para 19,8 horas.

Azulix-Mf, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.