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Rifaldin

Como o Rifaldin funciona?


Rifaldin é um medicamento que apresenta propriedades
antibacterianas.

Contraindicação do Rifaldin

Rifaldin é contraindicado em pacientes que apresentam alergia a
qualquer componente da fórmula e a qualquer rifampicina e quando
administrado simultaneamente com a combinação de
saquinavir/ritonavir (medicamentos usados para inibir o vírus do
HIV).

Como usar o Rifaldin

A administração de Rifaldin deve ser feita preferencialmente em
jejum, pelo menos 30 minutos antes ou 2 horas após as
refeições.

Para assegurar rápida e completa absorção, aconselha-se a
administração de Rifaldin com estômago vazio, longe das
refeições.

Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral.

Posologia do Rifaldin


Na tuberculose

A dosagem diária é de 600 mg para pacientes com 50 kg ou mais,
de 450 mg para pacientes com menos de 50 kg, geralmente em uma
única administração. Para crianças até 12 anos é de 10 – 15 mg/kg
de peso corpóreo (recomenda-se não superar a dose diária de 600
mg). Rifaldin deve, em geral, ser associado a outros
tuberculostáticos.

Nas infecções inespecíficas

Uso adulto

A dosagem diária sugerida é de 600 mg; nas formas graves esta
dosagem pode ser aumentada para 900 a 1200 mg.

Nas infecções das vias urinárias, a dosagem diária sugerida é de
900 a 1200 mg.

Dosagens maiores devem ser fracionadas em duas
administrações.

Na blenorragia (doença sexualmente transmissível) é indicada uma
única administração diária de 900 mg, que poderá ser repetida,
eventualmente, também no 2º e 3º dia.

Uso em crianças

A dosagem diária aconselhada é de 20 mg/kg em uma ou duas
administrações.

Em todos os casos (exceto na blenorragia), continuar o
tratamento por mais alguns dias, mesmo após o desaparecimento dos
sintomas.

Não há estudos dos efeitos de Rifaldin administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Rifaldin?


Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Rifaldin

Adultos sob tratamento de tuberculose com Rifaldin deverão
realizar testes no estado basal (estado de pré-tratamento) para
avaliação de enzimas do fígado, bilirrubina, creatinina sérica,
contagem sanguínea completa e contagem plaquetária (ou estimativa).
Os testes no estado basal são desnecessários em crianças, a menos
que exista uma condição agravante, pré- existente ou clinicamente
suspeita.

Você deve ser acompanhado por um médico no mínimo mensalmente
durante o tratamento e ser questionado especificamente a respeito
de sintomas associados às reações adversas. Todos os pacientes com
alterações devem ser acompanhados, incluindo exames laboratoriais,
se necessário.

Rifaldin possui propriedades indutoras de enzimas que podem
aumentar o metabolismo dos substratos endógenos, incluindo
hormônios adrenais, hormônios tireoidianos e vitamina D. Relatos
isolados têm associado aumento de porfiria (doença metabólica)
com a administração de Rifaldin como resultado da indução da
delta-amino-levulínico-ácidosintetase (enzima).

Rifaldin pode causar uma coloração avermelhada na urina, suor,
escarro e lágrimas e você deve ser alertado pelo médico sobre este
fato.

Evite o uso de lentes de contato gelatinosas, pois elas podem
ficar permanentemente manchadas.

Rifaldin é um indutor potente e bem caracterizado de enzimas e
transportadores metabolizadores de fármacos e, portanto, pode
concomitantemente diminuir a exposição e a eficácia de fármacos.
Portanto, você será orientado a não tomar qualquer outro
medicamento sem orientação médica.

A rifampicina pode causar coagulopatia dependente da vitamina K
e hemorragia severa. Recomenda-se a monitorização da ocorrência de
coagulopatia caso você particularmente esteja com risco de
sangramento. A administração de vitamina K suplementar deve ser
considerada pelo médico quando apropriado (deficiência de vitamina
K, hipoprotrombinemia).

Advertências do Rifaldin


Em alguns casos, pode ocorrer hiperbilirrubinemia (aumento
anormal de bilirrubina no sangue), resultante da competição entre
Rifaldin e bilirrubina pelas vias de excreção hepática (eliminação
pelo fígado) em nível celular nos primeiros dias ao tratamento.

Reações imunológicas/anafiláticas

Devido a possibilidade de reações imunológicas incluindo
anafilaxia (reação alérgica) ocorrerem com terapias
intermitentes (menos do que 2 a 3 vezes por semana), você deve ser
rigorosamente monitorizado pelo médico. Você deve ainda ser avisado
pelo médico sobre a interrupção do tratamento devido à
possibilidade destas reações ocorrerem.

Síndrome de Hipersensibilidade Sistêmica a Droga (SHSD –
Síndrome DRESS)

Durante o tratamento da tuberculose (TB), foram observadas
reações severas de hipersensibilidade sistêmica, incluindo casos
fatais, tais como Síndrome de Hipersensibilidade Sistêmica a Droga
(SHSD – Síndrome de DRESS [reação adversa a medicamentos com
características sistêmicas, que inclui, principalmente, lesões
graves na pele, febre, aumento dos linfonodos, inflamação do fígado
e anormalidades no sangue).

É importante observar que as manifestações precoces de
hipersensibilidade, tais como febre, linfadenopatia (aumento dos
linfonodos) ou anormalidades biológicas (incluindo eosinofilia
[aumento de um tipo de leucócito no sangue chamado eosinófilo] e
anormalidades no fígado) podem aparecer mesmo quando as lesões na
pele não são evidentes. Caso tais sinais e sintomas estejam
presentes, você deve consultar seu médico imediatamente.

O tratamento com Rifaldin deve ser descontinuado se uma causa
alternativa para os sinais e sintomas não possa ser
estabelecida.

Reações cutâneas bolhosas graves

Casos graves de reações cutâneas (de pele) bolhosas, como
síndrome de Stevens Johnson (SSJ) (reação alérgica grave,
caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo),
Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) (doença esfoliativa da pele,
caracterizada por bolhas flácidas e vermelhidão, de maneira que a
pele fique com a aparência de ter sido queimada) e Pustulose
Exantemática Generalizada Aguda (PEGA) (doença que causa erupçõesna
pele , acompanhada por febre. Geralmente é induzida pormedicamento,
foram relatados com rifampicina. Se estiverem presentes sintomas ou
sinais de PEGA, SSJ ou NET, você deve consultar seu médico
imediatamente, para que ele avalie se o tratamento com rifampicina
deve ser descontinuado.

Reações Adversas do Rifaldin

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Desconhecido: não pode ser estimado a partir dos dados
    disponíveis.

Infecções e infestações

Desconhecido

Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da
espécie C. Dificille), gripe.

Distúrbios sanguíneos e linfáticos

Comum

Tombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas)
com ou sem púrpura (extravasamento de sangue para fora dos
capilares da pele ou mucosa formando manchas), geralmente associada
ao tratamento intermitente, porém é reversível com a descontinuação
do fármaco assim que ocorrer púrpura.

Incomum

Leucopenia (redução dos glóbulos brancos no sangue).

Desconhecido

Coagulação intravascular disseminada, eosinofilia (aumento de um
tipo de leucócito no sangue chamado eosinófilo), agranulocitose
(diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue),
anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos do
sangue em decorrência da destruição prematura dos mesmos),
distúrbios de coagulação dependentes da vitamina K (deficiência de
vitamina K que diminui os níveis de pró-trombina e dos fatores de
coagulação VII, IX e X).

Distúrbio do sistema imunológico

Desconhecido

Reação anafilática (reação alérgica grave e imediata).

Distúrbios endócrino

Desconhecido

Foi observada insuficiência adrenal (produção baixa de
corticosteroides) em pacientes com comprometimento da função
adrenal.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Desconhecido

Redução do apetite.

Distúrbios psiquiátricos

Desconhecido

Distúrbios psicóticos.

Distúrbios do sistema Nervoso

Comum

Dor de cabeça, tontura.

Desconhecido

Foram relatados casos de hemorragia cerebral e morte quando a
administração de Rifaldin foi mantida ou recomeçada após o
aparecimento de púrpura.

Distúrbios oculares

Desconhecido

Descoloração da lágrima.

Distúrbios vasculares

Desconhecido

Choque, rubor (vermelhidão), vasculite (inflamação da parede do
vaso sanguíneo).

Distúrbios respiratórios torácicos e
mediastinais

Desconhecido

Dispneia (dificuldade respiratória, falta de ar), chiado,
descoloração da saliva.

Distúrbios gastrintestinais

Comum

Enjoo, vômito.

Incomum

Diarreia.

Desconhecido

Distúrbios gastrintestinais, desconforto abdominal.

Distúrbios hepatobiliares

Desconhecido

Hepatite (inflamação do fígado), hiperbilirrubinemia
(concentração anormalmente alta de bilirrubina no sangue).

Distúrbios de pele e tecido subcutâneo

Desconhecido

Eritema multiforme incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (forma
grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e
grandes áreas do corpo) e Necrólise Epidérmica Tóxica (doença
exfoliativa da pele caracterizada por bolhas flácidas e
vermelhidão, de maneira que a pele tenha a aparência de ter sido
queimada), Síndrome de Hipersensibilidade Sistêmica a Droga (SHSD –
Síndrome DRESS), reações cutâneas, coceira e coceira com erupção
cutânea, urticária (erupção da pele, geralmente de origem alérgica,
que causa coceira), dermatite alérgica (reação alérgica da pele a
determinadas substâncias), penfigóide (doença de pele que pode
causar bolha e coceira).

Distúrbios muscoloesqueléticos e de tecido
conjuntivo

Desconhecido

Faqueza muscular, miopatia (doença muscular), dor óssea.

Distúrbios renais e urinários

Desconhecido

Lesão renal aguda geralmente devido à necrose tubular aguda
(distúrbio que causa lesão nas células do túbulo renal) ou nefrite
tubulointersticial (um tipo de inflamação nos rins), cromatúria
(urina de cor anormal).

Gravidez, puerpério e condições perinatais

 Desconhecido

Hemorragia pós-parto, hemorragia materno-fetal.

Distúrbios no sistema reprodutor e mama

Desconhecido

Distúrbios menstruais.

Distúrbios congênitos, familiares e
genéticos

Desconhecido

Porfiria (doença metabólica que se manifesta através de
problemas na pele e/ou com complicações neurológicas).

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Muito Comum

Febre, calafrios.

Desconhecido

Inchaço.

Investigações

Comum

Aumento de bilirrubina sanguínea, aumento de aspartato
aminotransferase e aumento de alanina aminotransferase (enzimas do
fígado).

Desconhecido

Redução da pressão arterial, aumento da creatinina sanguínea,
aumento de enzimas do fígado.

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a
empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Rifaldin

Gravidez e amamentação

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do
tratamento ou após o término. Informar ao médico se está
amamentando.

Não há estudos bem controlados com Rifaldin em mulheres
grávidas.

Rifaldin tem demonstrado ser teratogênico (que causa malformação
congênita) em roedores quando administrado em doses elevadas.

Embora seja relatado que Rifaldin atravessa a placenta e aparece
no sangue do cordão umbilical, o efeito de Rifaldin, isolado ou em
combinação com outros fármacos antituberculose, sobre o feto humano
não é conhecido.

Quando administrado durante as últimas semanas da gravidez,
Rifaldin pode causar hemorragias pós-natais na mãe e na criança,
para as quais o tratamento com vitamina K pode ser indicado.

Portanto, Rifaldin deve ser utilizado em mulheres grávidas ou
com risco de engravidar, somente se os benefícios potenciais
justificarem os riscos potenciais para o feto.

Não são conhecidos dados humanos sobre o potencial, a longo
prazo, de prejuízo da fertilidade.
Rifaldin é eliminado no leite materno. Portanto, deve ser utilizado
por mulheres que estejam amamentando somente se o benefício
potencial à mãe superar o risco potencial à criança.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Insuficiência hepática

Pacientes com comprometimento da função hepática devem receber
tratamento com Rifaldin somente em casos de necessidade, com
cautela e sob rigorosa supervisão médica. Nestes pacientes,
cuidadosa monitorização da função hepática, especialmente de
alanina aminotransferase (TGP) e aspartato aminotransferase (TGO)
(enzimas do fígado) devem ser realizadas antes do tratamento e a
cada 2 a 4 semanas durante o tratamento. Caso surjam sinais de dano
hepatocelular (células do fígado), Rifaldin deve ser suspenso.

Pacientes idosos

Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso
adequado desse medicamento por pacientes idosos.

Composição do Rifaldin

Cada cápsula contém:

300 mg de rifampicina

Excipientes:

amido de milho e estearato de magnésio.

Apresentação do Rifaldin


Cápsulas 300 mg. Embalagem com 6 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Superdosagem do Rifaldin

Sinais e sintomas

Náuseas, vômitos, dor abdominal, coceira, dor de cabeça e
evolução com letargia (estado de lentidão) provavelmente ocorrerão
dentro de um curto período após a ingestão aguda; pode ocorrer
inconsciência em caso de doença do fígado grave.

Pode ocorrer aumento transitório nas enzimas hepáticas e/ou
bilirrubina. Coloração marrom-avermelhada ou alaranjada da pele,
urina, suor, saliva, lágrimas e fezes podem ocorrer, com
intensidade proporcional à quantidade ingerida.

Inchaço facial ou periorbitário (ao redor dos olhos) tem sido
também relatado em pacientes pediátricos. Hipotensão (pressão
baixa), taquicardia sinusal (aceleração do rítmo cardíaco),
arritmia ventricular (descompasso dos batimentos do coração),
convulsões (contrações e relaxamentos involuntários musculares) e
parada cardíaca foram relatados em alguns casos fatais e não
fatais.

Tratamento

Medidas de suporte intensivo devem ser instituídas e os sintomas
individuais tratados assim que surgirem. Visto que é provável que
náusea e vômito estejam presentes, lavagem gástrica é a medida
preferida do que a indução da êmese (vômito).

Após esvaziamento do conteúdo gástrico, a instilação de carvão
ativado no estômago poderá auxiliar na absorção de qualquer fármaco
remanescente no trato gastrintestinal.

Medicação antiemética pode ser necessária para controlar náusea
e vômito graves.

Ações de incentivo a diurese (produção de urina pelos rins) (com
medições da quantidade ingerida e eliminada) podem auxiliar na
promoção da eliminação do fármaco. Hemodiálise (procedimento que
filtra o sangue) pode ser valiosa em alguns pacientes.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Rifaldin

Quando Rifaldin é administrado concomitantemente com a
combinação de saquinavir/ritonavir (medicamentos usados para inibir
o vírus do HIV), o potencial para hepatotoxicidade é aumentado.
Portanto, o uso concomitante de Rifaldin com saquinavir/ritonavir é
contraindicado.

Quando Rifaldin é administrado concomitantemente tanto com
halotano (medicamento usado para induzir anestesia geral) como com
isoniazida (antibiótico usado para tratar tuberculose), o potencial
para hepatotoxicidade (dano no fígado causado por substâncias
químicas) é aumentado. O uso concomitante de Rifaldin e halotano
deve ser evitado. Pacientes recebendo tanto Rifaldin como
isoniazida devem ser rigorosamente monitorizados para
hepatotoxicidade.

O uso concomitante de rifampicina com outros antibióticos
causadores de coagulopatia dependente de vitamina K, como a
cefazolina (ou outras cefalosporinas com cadeia lateral de
N-metil-tiotetrazol) deve ser evitado, uma vez que pode levar a
distúrbios de coagulação severos, que podem resultar em desfecho
fatal (especialmente com doses elevadas).

Medicamento-medicamento

Efeito de Rifaldin em outros medicamentos

Indução de Enzimas Metabolizadoras e Transportadores de
Medicamentos

Rifaldin é um indutor potente e bem caracterizado de enzimas
metabolizadoras e transportadoras de medicamentos. As enzimas e
transportadores conhecidos por serem afetados por RIFLADIN incluem
citocromos P450 (CYP) 1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19 e 3A4,
UDP-glucuroniltransferases (UGT), sulfotransferases,
carboxilesterases e transportadores incluindo P-glicoproteína
(P-gp) e proteína 2 associada à resistência a múltiplos
medicamentos (MRP2). A maioria dos medicamentos são substratos para
uma ou mais dessas vias enzimáticas ou transportadores, e essas
vias podem ser induzidas por Rifaldin simultaneamente. Portanto,
Rifaldin pode acelerar o metabolismo e reduzir a atividade de
certos medicamentos coadministrados, e apresentar potencial para
perpetuar interações medicamentosas clinicamente importantes contra
muitos medicamentos e em muitas classes de medicamentos. Para
manter níveis sanguíneos terapêuticos ótimos, as doses dos
medicamentos podem requerer ajustes quando a administração for
iniciada ou interrompida concomitantemente com Rifaldin.

Efeito da coadministração de rifampicina com
medicamentos ou classes de medicamentos

  • Medicamentos anti-retrovirais (por exemplo, zidovudina,
    saquinavir, indinavir, efavirenz) – diminuição da exposição do
    anti-retroviral.
  • Micamentos antiviral para hepatite-C (por exemplo, daclatasvir,
    simeprevir, sofosbuvir, telaprevir) – diminuição da exposição do
    medicamento antiviral para hepatite C.
  • Contraceptivos hormonais sistêmicos, incluindo estrogênios e
    progestágenos – diminuição da exposição do contraceptivo.
  • Enalapril – diminuição da exposição do metabolito ativo do
    enalapril.
  • Anticonvulsivantes (por exemplo, fenitoína) – diminuição da
    exposição da fenitoína
  • Antiarrítmicos (por exemplo, disopiramida, mexiletina,
    quinidina, propafenona, tocainida) – diminuição da exposição dos
    fármacos antiarrítmicos.
  • Antiestrógenos (por exemplo, tamoxifeno, toremifeno) –
    diminuição da exposição do tamoxifeno e do toremifeno.
  • Antipsicóticos (por exemplo, haloperidol) – diminuição da
    exposição do haloperidol.
  • Anticoagulantes orais (por exemplo, varfarina) – diminuição da
    exposição da varfarina.
  • Antifúngicos (por exemplo, fluconazol, itraconazol,
    cetoconazol) – diminuição da exposição do antifúngico
  • Barbitúricos – diminuição da exposição do barbitúrico.
  • Beta bloqueadores – diminuição da exposição do beta
    bloqueador.
  • Benzodiazepinas (por exemplo, diazepam) – diminuição da
    exposição do diazepam.
  • Medicamentos relacionados à benzodiazepina (por exemplo,
    zopiclona, zolpidem) – diminuição da exposição da zopiclona e do
    zolpidem.
  • Bloqueadores dos canais de cálcio (por exemplo, diltiazem,
    nifedipino, verapamil) – diminuição da exposição do bloqueador de
    canais de cálcio.
  • Coranfenicol – diminuição da exposição do cloranfenicol.
  • Claritromicina – diminuição da exposição da
    claritromicina.
  • Corticosteroides – diminuição da exposição dos
    corticosteroides.
  • Glicosídeos cardíacos – diminuição da exposição dos glicosídeos
    cardíacos.
  • Clofibrato – diminuição da exposição do clofibrato.
  • Dapsona – diminuição da exposição da dapsona.
  • Doxiciclina – diminuição da exposição da doxiciclina.
  • Fluoroquinolonas – diminuição da exposição da
    fluoroquinolona.
  • Agentes hipoglicemiantes orais (sulfonilureias) – diminuição da
    exposição das sulfonilureias.
  • Agentes imunossupressores (por exemplo, ciclosporina,
    tacrolimo) – diminuição da exposição da ciclosporina e do
    tacrolimo.
  • Irinotecano – diminuição da exposição do metabolito ativo do
    irinotecano.
  • Levotiroxina – diminuição da exposição da levotiroxina.
  • Losartana – diminuição da exposição da losartana e dos
    metabolitos ativos.
  • Analgésicos narcóticos – diminuição da exposição dos
    analgésicos narcóticos.
  • Metadona – diminuição da exposição da metadona.
  • Praziquantel – diminuição da exposição do praziquantel.
  • Quinina – diminuição da exposição da quinina.
  • Antagonistas seletivos do receptor 5-HT3 (por exemplo,
    ondansetrona) – diminuição da exposição da ondansetrona.
  • Estatinas metabolizadas pela CYP3A4 (por exemplo, sinvastatina)
    – diminuição da exposição da sinvastatina.
  • Telitromicina – diminuição da exposição da telitromicina.
  • Teofilina – diminuição da exposição da teofilina.
  • Tiazolidinedionas (por exemplo, rosiglitazona) – diminuição da
    exposição da rosiglitazona.
  • Antidepressivos tricíclicos (por exemplo, nortriptilina) –
    diminuição da exposição da nortriptilina.

Os anticoncepcionais orais podem não ser eficazes durante o
tratamento, portanto, utilize outro método para evitar a gravidez.
Evite tomar bebidas alcoólicas durante o tratamento. A rifampicina
pode causar coloração avermelhada da urina, escarro e lágrimas.

Efeitos de outros medicamentos sobre
Rifaldin

A administração concomitante de antiácidos (medicamentos usados
para neutralizar o ácido do estômago) pode reduzir a absorção de
Rifaldin. A administração diária de Rifaldin deve ser no mínimo uma
hora antes da ingestão de antiácidos.

Outras interações medicamentosas com
Rifaldin

Foi observada redução nas concentrações de atovaquone
(medicamento usado para eliminar protozoários) e elevação nas
concentrações de rifampicina quando estes fármacos foram
administrados concomitantemente.

Medicamento-alimento

A absorção de Rifaldin é reduzida quando o mesmo é ingerido com
alimentos.

Medicamento-exame laboratorial

Níveis terapêuticos de Rifaldin têm demonstrado inibir os testes
microbiológicos padrões para folato sérico e vitamina B12.
Portanto, devem ser considerados métodos alternativos de
doseamento. Tem-se observado também elevação transitória de
bilirrubina sérica. Rifaldin pode prejudicar a excreção biliar do
meio de contraste utilizado para a visualização da vesícula biliar,
devido à competição pela excreção biliar. Portanto, estes testes
devem ser realizados antes da administração da dose matinal de
Rifaldin. Reação cruzada e teste falso-positivo de triagem da urina
para opioides têm sido relatados em pacientes recebendo rifampicina
quando utilizado o método KIMS (interação cinética de
micropartículas em solução). Testes confirmatórios, tais como
cromatografia a gás/espectrofotometria de massa, distinguirão
rifampicina de opioides.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Rifaldin

A absorção de Rifampicina (Substância Ativa) é reduzida quando o
mesmo é ingerido com alimentos.

Ação da Substância Rifaldin

Resultados de Eficácia

Tuberculose (TB)

A Rifampicina (Substância Ativa) é eficaz na combinação com
outros medicamentos anti-TB, no tratamento inicial da TB pulmonar
ou no tratamento de infecções com resistência aos medicamentos.

Adultos:

Para pacientes com organismos totalmente suscetíveis
recomenda-se um regime de 6 meses que inclui Rifampicina
(Substância Ativa) (10 mg/kg/dia; máximo, 600 mg/dia), isoniazida,
pirazinamida, e etambutol nos primeiros dois meses,
e isoniazida e Rifampicina (Substância Ativa) nos 4 meses
seguintes. Etambutol pode ser descontinuado quando testes de
suscetibilidade ao medicamento estiverem disponíveis (Anon,
2003). Em pacientes com resistência à isoniazida, o
tratamento medicamentoso recomendado inclui a Rifampicina
(Substância Ativa), pirazinamida e etambutol. A duração recomendada
de tratamento é de 6 meses (Havlir amp; Barnes, 1999).

Crianças:

Recomenda-se que o regime de tratamento da TB em crianças
contenha um regime de três medicamentos incluindo a
Rifampicina (Substância Ativa), isoniazida, pirazinamida nos
primeiros 2 meses de tratamento, então Rifampicina (Substância
Ativa) e isoniazida diariamente ou duas vezes por semana nos 4
meses seguintes. Etambutol pode ser adicionado como a quarta droga
na fase inicial se houver maior risco de cepas resistentes ao
medicamento. Tratamento diretamente observado (TOD) é recomendado
para todas as crianças com TB (Anon, 2003). Diversos regimes de
quimioterapia de curta duração (6 meses) têm-se mostrado seguros e
eficazes no tratamento da TB na infância. Rifampicina (Substância
Ativa) (15 mg/kg) e isoniazida (10 mg/kg) diariamente por 6 meses
para o tratamento da TB pulmonar primária é eficaz e não resulta em
recaída (Reis et al, 1990a).

Regimes adicionais de tratamento de curta duração (6 meses)
foram igualmente eficazes no tratamento da TB pulmonar na infância
e TB com linfoadenopatia (Kumar et al, 1990a). Um regime
era formado por isoniazida (INH) (20 a 30mg/kg/dose), Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF) (10 a 15 mg/kg/dose) e pirazinamida (PYZ)
(50 a 60 mg/kg/dose) duas vezes por semana durante 2 meses,
seguidos por INH e RIF duas vezes por semana durante 4 meses. O
outro regime era formado por INH (10 a 15 mg/kg/dose), RIF (10 a 15
mg/kg/dose), e PYZ (20 a 30 mg/kg/dose) diariamente por 2 meses
seguidos por INH e RIF duas vezes por semana por 4 meses.

Tuberculose, Extrapulmonar

O tratamento da TB extrapulmonar deve seguir as mesmas
recomendações do tratamento para a TB pulmonar (Anon, 2003). Em
casos de meningite tuberculosa, o tratamento deve continuar por 9 a
12 meses (Anon, 2003).

Adultos:

A quimioterapia de curta duração com Rifampicina (Substância
Ativa) e isoniazida por nove meses foi semelhante em eficácia ao
tratamento convencional com 2 ou 3 medicamentos por 18 a 24 meses
no tratamento da TB extrapulmonar, incluindo a meningite
tuberculosa e TB miliar, uma condição que habitualmente não é
considerada como sensível à quimioterapia de curta duração. Durante
o tratamento de curta duração com Rifampicina (Substância Ativa) e
isoniazida foi alcançada uma taxa global de sucesso de 95%. O
regime de curta duração na doença recém-diagnosticada e na doença
suscetível ao medicamento consistiu de isoniazida 300 mg e
Rifampicina (Substância Ativa) 600 mg ao dia, durante um mês,
seguido por isoniazida 900 mg e Rifampicina (Substância Ativa)
600 mg duas vezes por semana nos 8 meses restantes. Este estudo
também demonstrou que a drenagem precoce e o debridamento completo
do material necrótico nas lesões ósseas podem intensificar a
cicatrização (Dutt et al, 1986). Em um estudo referente à
duração ideal do tratamento da linfadenite cervical tuberculosa, os
autores concluíram que o período de 6 meses é provavelmente
suficiente. As doses de Rifampicina (Substância Ativa) usadas foram
de 10 a 15 mg/kg/dia, ou 450 mg/dia (para pessoa com peso inferior
a 50 kg), ou 600 mg/dia (para pessoas com peso igual ou superior a
50 kg). Os medicamentos usados em combinação com a Rifampicina
(Substância Ativa) incluíram a isoniazida,
etambutol, pirazinamida e/ou estreptomicina (van
Loenhout-Rooyackers et al, 2000).

Crianças:

Os resultados de um estudo em 214 crianças com TB do sistema
nervoso central mostraram uma taxa de mortalidade de 23% apesar dos
12 meses de tratamento. A idade média das crianças era de 4,1 anos
e 12% tinham histórico de imunização prévia com BCG. Os regimes
iniciais do tratamento incluíam doses diárias de isoniazida (10 a15
mg/kg), Rifampicina (Substância Ativa) (15 a 20 mg/kg) e
estreptomicina (20 a 25 mg/kg) ou pirazinamida (25 a 35 mg/kg) nos
2 primeiros meses de tratamento. Isoniazida e Rifampicina
(Substância Ativa) foram mantidas no período total de 12 meses.
Dexametasona (0,3 a 0,5 mg/kg/dia) foi administrado no primeiro mês
do tratamento. Quarenta por cento dos pacientes apresentaram
recuperação completa, 7% tiveram atividade convulsiva residual, e
31% apresentaram sequela no desenvolvimento. Os autores observaram
que a terapia precoce pode minimizar a incidência de sequelas
neurológicas e óbito, e os resultados do tratamento dependem da
gravidade da doença, eficácia do tratamento e controle das
complicações neurológicas. A taxa de sobrevida pode estar associada
positivamente com o uso de esteroides (Yarami et al,
1998).

Infecção pelo HIV – Tuberculose

Rifampicina (Substância Ativa) é usada na prevenção e tratamento
da TB em indivíduos infectados pelo HIV (CDC, 2002). O tratamento
por períodos superiores a seis meses foi associado à menor
incidência de recorrência da TB nesta população (Nahid
et al, 2007).

Prevenção:

Rifampicina (Substância Ativa) é a droga de primeira escolha em
caso de suspeita de cepa resistente à isoniazida (CDC, 2002a).

Os resultados de um estudo que comparou a Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF) e pirazinamida (PZA) versus a
isoniazida (INH) na prevenção da TB em pessoas infectadas pelo HIV,
mostraram que o regime de 2 meses de RIF (600 mg/dia) e PZA (20
mg/kg/dia) teve eficácia e segurança semelhantes ao regime com INH
(330 mg/dia) por 12 meses (Gordin et al, 2000). Outro
estudo que comparou Rifampicina (Substância Ativa) (RIF) mais
pirazinamida (PZA) à isoniazida (INH) na prevenção, INH duas vezes
por semana (600 mg, menos de 50 kg; 800 mg, maior ou igual a 50 kg)
durante 6 meses proporcionou proteção global semelhante quando
comparado à Rifampicina (Substância Ativa) (450 mg, 40 a 50 kg; 600
mg, maior ou igual a 50 kg) mais PZA (1500 mg, menos de 40 kg; 2000
mg, 40 a 50 kg; 2500 mg, maior que 50 kg) em adultos com HIV e PPD
positivo (Halsey et al, 1998).

Tratamento:

Tendo como base as recomendações do Centro de Prevenção e
Controle de Doenças (CDC), pode ser adequado um regime que contenha
4 medicamentos para o tratamento da TB em pessoas infectadas pelo
HIV. A fase de indução inclui isoniazida (INH), Rifampicina
(Substância Ativa) (RIF), pirazinamida (PZA) e etambutol (EMB).
Estreptomicina pode ser uma alternativa ao EMB. Este regime de 4
medicamentos na fase de indução deve ser mantido diariamente por 2
meses. A fase de continuação inclui INH e RIF diariamente ou 2 a 3
vezes por semana durante 4 meses (18 semanas) (Anon, 2003b; Havlir
amp; Barnes, 1999). A terapia de continuação deve ser prolongada (4
a 7 meses) nos pacientes com resposta clínica ou bacteriana
lenta. Para pessoas com TB miliar ou coluna é recomendado o
tratamento no total de 12 meses. O tratamento uma ou duas vezes por
semana

não

é recomendado durante a fase de continuação em pacientes com
doença avançada pelo HIV (contagem de células CD4 inferior a 100
por milímetro cúbico) em função do maior risco de resistência
adquirida à rifamicina (Anon, 2003).

Tuberculose inativa

Em uma revisão de registros médicos de 474 pacientes (adultos e
crianças) em fase latente da infecção tuberculosa tratados por 9
meses com isoniazida ([9H]) ou 4 meses com Rifampicina (Substância
Ativa) ([4R]), foi determinado que os pacientes que receberam 4R
tinham maior probabilidade de completar o tratamento que aqueles
que receberam 9H (Lardizabal et al, 2006). Isoniazida
isoladamente é o regime de escolha para todas as pessoas que
recebem tratamento para infecção latente da TB incluindo pessoas
infectadas pelo HIV, mulheres grávidas, e pacientes pediátricos
(CDC, 2003). Rifampicina (Substância Ativa) isoladamente é
recomendada para o tratamento da infecção latente da TB em
pacientes selecionados (CDC, 2003). A combinação de Rifampicina
(Substância Ativa) e pirazinamida não deve ser recomendada, de modo
geral, para o tratamento da TB latente devido aos riscos de
toxicidade hepática grave e óbito (CDC, 2003). A combinação de
Rifampicina (Substância Ativa) e isoniazida em um ciclo de 3 ou 4
meses foi segura e eficaz no tratamento da TB latente em crianças
(Spyridis et al, 2007).

Crianças:

Em um estudo prospectivo, randomizado, controlado (n=926), os
regimes de tratamento com isoniazida e Rifampicina (Substância
Ativa) administrados por 3 ou 4 meses foram tão eficazes quanto o
tratamento por 9 meses com isoniazida isoladamente no tratamento da
infecção latente da TB (ILTB) em crianças, e a adesão ao tratamento
combinado de curta duração foi melhor. Os pacientes foram
acompanhados por um mínimo de 3 anos, até 11 anos. No geral, 91,8%
dos pacientes (n=850/926) apresentaram adesão excelente ou
moderada. Nenhum caso de TB foi documentado, mas novos achados à
radiografia foram vistos em 11% a 24% dos pacientes. Esses
pacientes foram tratados para a doença ativa com base nos
achados radiográficos (Spyridis et al, 2007). Isoniazida
isolada diariamente (ou 2 vezes por semana) por 9 meses é
recomendada para o tratamento da TB latente em crianças (CDC,
2003). Rifampicina (Substância Ativa) isolada (10 a 20 mg/kg/dia)
pode ser usada em crianças pequenas, crianças e adolescente quando
a isoniazida não for tolerada ou em caso de TB resistente à
isoniazida (CDC, 2003; Anon, 2000).

Hanseníase

Dapsona, Rifampicina (Substância Ativa) e clofazimina são os
principais agentes usados para o tratamento da hanseníase
lepromatosa (Anon, 2003). Por causa da resistência à dapsona, a
Rifampicina (Substância Ativa) e a clofazimina são usadas em
combinação com a dapsona para prevenir o desenvolvimento de
resistência à droga e para reduzir a capacidade de contágio do
paciente mais rapidamente (Pickering, 2003). Em um estudo
internacional, multicêntrico, controlado, simples-cego, 93
pacientes previamente não tratados com hanseníase lepromatosa
receberam dapsona 50 mg/dia por via oral mais Rifampicina
(Substância Ativa) 450 mg/dia por via oral ou dapsona (mesma dose)
com 1200 mg de Rifampicina (Substância Ativa) uma vez por mês como
dose oral única. O tratamento foi continuado por 6 meses. Foi
observada melhora de moderada a acentuada em 85% e 93% dos
pacientes tratados com Rifampicina (Substância Ativa) diariamente
ou mensalmente, respectivamente, não estatisticamente significante.
A adição de Rifampicina (Substância Ativa) deve ajudar a prevenir o
aumento na resistência à dapsona. A adição de um terceiro agente
anti-hanseníase (clofazimina) ao duplo regime de tratamento de
dapsona e Rifampicina (Substância Ativa) ajudará a retardar o
surgimento de resistência ao medicamento e proporcionará uma parada
mais rápida da transmissão da doença (Yawalkar et al,
1982).

Meningite bacteriana, Staphylococcus aureus ou
epidermidis

Recomendado como tratamento auxiliar com vancomicina para o
tratamento da meningite bacteriana ou infecções de shunts do CSF
causados por patógenos isolados em laboratório de cepa
Staphylococcus aureus ou Staphylococcus
epidermidis
resistente a meticilina (Tunkel et al, 2004).

Meningite bacteriana, Streptococcus
pneumoniae

Recomendado como tratamento adjunto à uma cefalosporina de
terceira geração, com ou sem vancomicina, para o tratamento da
meningite bacteriana causada por Streptococcus pneumoniae
isolada em laboratório quando a CIM para ceftriaxona ou cefotaxime
é de 1 micrograma/mililitro (mcg/mL) ou maior, ou CIM para
penicilina é de 2 mcg/mL ou maior (Tunkel et al, 2004).

Infecção pelo Haemophilus influenzae;
Profilaxia

Adultos:

A Academia Americana de Pediatria recomendou a Rifampicina
(Substância Ativa) para a profilaxia em todos os contatos
domiciliares, incluindo adultos, naquelas casas com pelo menos um
contato com menos de 48 meses de idade que não tenha sido imunizado
com a vacina para o Haemophilus b. A dose para adultos é de 600 mg,
por via oral, uma vez ao dia, durante quatro dias. O caso em
questão nessas famílias também deve receber profilaxia. A
profilaxia deve ser iniciada durante a hospitalização e
administrada imediatamente antes da alta hospitalar. O medicamento
não é indicado para familiares nos quais todos tenham mais de 48
meses de idade. A profilaxia com Rifampicina (Substância Ativa) é
recomendada a todas as crianças, pessoas quando 2 ou mais casos de
doença invasiva tenham ocorrido entre familiares nos últimos 60
dias, ou mulheres grávidas (Pickering, 2003; Castro amp; Edwards,
1985; Glode et al, 1985; Band et al, 1984; Glode et al, 1985;
Murphy et al, 1983; Cox et al, 1992). A vacina do H.
influenzae B não elimina a perda de secreção nasofaríngea
do H. influenzae, apenas a profilaxia com Rifampicina
(Substância Ativa) eliminará (Fennelly, 1992).

Crianças:

A dose para crianças com um mês de idade ou mais velhas é de 20
mg/kg, por via oral, uma vez ao dia, por quatro dias. A dose para
crianças com menos de um mês de idade é de 10 mg/kg, por via oral,
uma vez ao dia, por quatro dias. A profilaxia deve ser iniciada o
mais cedo possível (Pickering, 2003).

A profilaxia com Rifampicina (Substância Ativa) é recomendada
para todos os atendentes e supervisores da instituição de cuidados
com a criança quando dois ou mais casos de doença invasiva tiverem
ocorrido no prazo de 60 dias, e existam atendentes não vacinados ou
incompletamente vacinados. (Pickering, 2003; Vesely et al, 1998b;
Broome et al, 1987; Castro amp; Edwards, 1985; Glode et al, 1985;
Band et al, 1984; Murphy et al, 1983).

O caso em questão deve receber profilaxia com Rifampicina
(Substância Ativa) se foram tratados com ampicilina ou
cloranfenicol (Pickering, 2003). O reconhecimento que uma cepa
estreitamente relacionada ao H. influenzae e que causa
conjuntivite é muitas vezes o precursor da Febre Purpúrica
Brasileira (FPB). Rifampicina (Substância Ativa) oral 20 mg/kg/dia
por 4 doses foi comparado ao cloranfenicol tópico. Em ambos, 8 e 21
dias, as amostras da conjuntiva mostraram taxa de erradicação de
100% para a Rifampicina (Substância Ativa) oral quando comparado a
44% e 55% para cloranfenicol tópico. Devido ao custo e possível
desenvolvimento de resistência, a Rifampicina (Substância Ativa)
oral deve ser usada em episódios esporádicos de FPB para crianças
com conjuntivite que foram expostas a casos suspeitos de FPB, e sua
utilização em surtos intensos de FPR para todas as crianças
com conjuntivite (Perkins et al, 1992).

Doença infecciosa
meningocócica; Portador

Rifampicina (Substância Ativa) é considerada o medicamento de
escolha para a profilaxia da doença meningocócica e deve ser
administrada o mais cedo possível após confirmação do diagnóstico.
O tratamento de escolha para tratar Neisseria meningitidis em
moradores, cuidadores dia, e creche é a Rifampicina (Substância
Ativa), 600 mg cada 12 horas, por dois dias (total de quatro doses)
(Vesely et al, 1998). Um regime alternativo é 600 mg, uma vez ao
dia, por um total de quatro dias. O paciente deve também receber
quimioprofilaxia antes da alta do hospital a menos que a infecção
seja tratada com ceftriaxona ou cefotaxime (Pickering, 2003). A
profilaxia deve ser iniciada o mais cedo possível após a exposição,
preferencialmente no prazo de 24 horas após o diagnóstico do caso
principal.

Crianças:

O tratamento de escolha para o tratamento da Neisseria
meningitidis nos contatos domiciliares, cuidadores dia e creche é a
Rifampicina (Substância Ativa), 10 mg/kg (máximo de 600 mg) a cada
12 horas por dois dias (total de 4 doses) (Pickering, 2003; Vesely
et al, 1998). O paciente em questão também deve receber a
quimioprofilaxia antes da alta do hospital a menos que a infecção
seja tratada com ceftriaxona ou cefotaxime. A profilaxia deve ser
iniciada o mais cedo possível após a exposição, preferencialmente
no prazo de 24 horas após o diagnóstico do caso principal
(Pickering, 2003).

Osteomielite

Um regime combinado de Rifampicina (Substância Ativa) (RFC) e
ofloxacina (OFX) pareceu ser eficaz na erradicação da infecção em
pacientes com osteomielite do pé associada a diabetes. Em um estudo
aberto, 17 pacientes com osteomielite no pé receberam um ciclo de
tratamento oral de 6 meses, com RFC 600 mg duas vezes ao dia,
combinado com OFX 200 mg três vezes por dia. Todos os pacientes
tinham diabetes melito não dependente de insulina, e 15 das 20
lesões foram classificadas com um escore de Wagner de 3. Mais de
85% das amostras ósseas de tecido ulcerado tinham culturas
compatíveis com cocos gram-positivos. A mediana da duração do
tratamento antibiótico foi de 6 meses. A cura da infecção ocorreu
em 15 dos 17 (88,2%) e 12 dos 14 (85,7%) pacientes aos 3 e 6 meses,
respectivamente; ao final do tratamento, o exame radio marcado
revelou melhora ou normalização da captação óssea do radio marcador
em 16 dos 17 (94%) pacientes. O tempo livre de recorrência da
infecção foi mantido em 13 pacientes (76,5%) em acompanhamento
médio de 22 meses após o término do tratamento. (Senneville et al,
2001).

Endocardite infecciosa

Uma revisão retrospectiva, pareada para controle, que avaliou o
impacto da adição de Rifampicina (Substância Ativa) ao tratamento
padrão da endocardite infecciosa (EI) em válvula cardíaca natural
causada pelo Staphylococcus aureus (S. aureus) em
uma única instituição observou que uma mediana de duração mais
longa da bacteremia e maior incidência de hepatotoxicidade entre os
casos. A análise incluiu 42 casos de RI por S. aureus
(excluindo a EI em válvula protética) tratados com a adição de
Rifampicina (Substância Ativa) ao tratamento padrão e 42 controles
que foram pareados pelo tempo de diagnóstico. Rifampicina
(Substância Ativa) foi administrada por uma mediana de 20 dias
(limites, 14 a 48 dias), iniciada em média em 3 dias (limites, 0 a
19 dias) após o início do tratamento padrão; 16 dos 42 casos
apresentavam bacteremia no momento em que a Rifampicina (Substância
Ativa) foi iniciada. Particularmente, significativamente mais casos
que controles receberam gentamicina (81% vs 17). A duração
total média da bacteremia foi mais longa nos casos (5,2 dias;
limites, 1 a 26 dias) que nos controles (2,1 dias; limites, 1 a 8
dias). Isolados com resistência a Rifampicina (Substância Ativa) se
desenvolveram em 21% (n=9/42) dos casos. Nos pacientes que
receberam Rifampicina (Substância Ativa), houve mais casos de
transaminases hepáticas elevadas (n=9) que nos controles (n=1). A
saber, esta elevação ocorreu apenas nos pacientes com vírus da
hepatite C que tinham elevações marginais das transaminases
hepáticas no momento basal. Ocorreram interações medicamentosas
significantes não reconhecidas em mais da metade (52%) dos casos
com Rifampicina (Substância Ativa), mais comuns com metadona (n=9),
varfarina (n=4) e inibidores da protease do HIV (n=3). Ocorreram
mais cirurgias nos casos que nos controles (9 versus 0), e
os casos tinham menor chance de sobreviver ao episódio de EI que os
controles (79% vs 95%) (Riedel et al, 2008). Rifampicina
(Substância Ativa) (300 mg por via oral, a cada 12 horas por 28
dias) e ciprofloxacino (300 mg por via intravenosa a cada 12 horas
por sete dias e então 750 mg por via oral, a cada 12 horas por 21
dias) foram eficazes para o tratamento da endocardite
estafilocócica em 10 usuários de droga intravenosa (Dworkin et al,
1989). Rifampicina (Substância Ativa) 900 e 1200 mg, por via oral,
diariamente, administrado com vancomicina ou antibiótico
beta-lactamato, foi eficaz na cura da endocardite estafilocócica da
prótese valvar secundária ao S. epidermidis resistente a meticilina
(Karchmer et al, 1983). Os aminoglicosídeos foram administrados
simultaneamente em oito pacientes. Quando a Rifampicina (Substância
Ativa) foi adicionada aos regimes com vancomicina foi
observado aumento nas atividades bactericidas séricas.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas e Espectro
Antimicrobiano

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) inibe a atividade da RNA
polimerase DNA-dependente em células sensíveis. Interage
especificamente com RNA polimerase bacteriana, porém não inibe esta
enzima em mamíferos.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é particularmente ativa
contra organismos extracelulares que apresentam crescimento rápido,
apresentando também atividade bactericida intracelular e contra M.
tuberculosis de crescimento lento e intermitente.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) também apresenta atividade
in vitro” contra Mycobacterium avium Complex, M. kansasii
e M.leprae. FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é ativa “in
vitro
” contra uma variedade de microrganismos Gram-positivos e
Gram-negativos. Os microrganismos sensíveis incluem Neisseria
meningitidis, Neisseria gonorrhoeae, Staphylococcus aureus, Proteus
sp., Staphylococcus epidermidis, H. influenzae
, E.
coli
, Pseudomonas aeruginosa, Legionella pneumophila,
Brucella sp.
e Streptococcus pyogenes. Tanto as cepas
dos estafilococos produtoras e não produtoras de penicilinases
quanto as betalactâmico-resistentes são sensíveis à
FURP-Rifampicina (Substância Ativa).

A resistência cruzada à Rifampicina (Substância Ativa) foi
demonstrada somente com outras rifamicinas.

Relatou-se que Rifampicina (Substância Ativa) apresenta
atividade imunossupressora potencial em coelhos, camundongos,
ratos, cobaias, linfócitos humanos “in vitro” e
humanos.

Farmacocinética

Distribuição:

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é prontamente absorvida no
trato gastrintestinal. Os picos plasmáticos em adultos e crianças
sadios variam amplamente de indivíduo para indivíduo. Picos de
concentrações plasmáticas da ordem de 10 μg/mL ocorrem
aproximadamente 2 a 4 horas após uma dose de 10 mg/kg de peso
corpóreo com estômago vazio.

Absorção:

A absorção de FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é reduzida
quando a mesma é ingerida com alimentos.

População especial:

A farmacocinética de Rifampicina (Substância Ativa) em crianças
foi similar à de adultos.

Metabolismo:

Em indivíduos saudáveis, a meia-vida biológica média de
FURP-Rifampicina (Substância Ativa) no soro é de aproximadamente 3
horas após uma dose de 600 mg e eleva-se para 5,1 horas após uma
dose de 900 mg. Com administrações repetidas, a meia-vida diminui e
alcança valores médios de aproximadamente 2 a 3 horas. Em doses até
600 mg/dia, a meia-vida não difere em pacientes com insuficiência
renal e, consequentemente, não é mnecessário realizar ajuste
posológico.

Eliminação:

Após a absorção, FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é
rapidamente eliminada na bile e atinge a circulação enterohepática.
Durante este processo, FURP-Rifampicina (Substância Ativa) sofre
progressiva desacetilação, assim praticamente todo o fármaco está
nesta forma na bile em aproximadamente 6 horas. Este metabólito
mantém a atividade antibacteriana.

A reabsorção intestinal é reduzida pela desacetilação e a
eliminação é facilitada. Até 30% de uma dose é excretada
na urina, sendo aproximadamente metade na forma
inalterada.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) é amplamente distribuída por
todo o organismo. Encontra-se presente em
concentrações eficazes em muitos órgãos e fluidos corpóreos,
incluindo fluido cerebroespinhal.

FURP-Rifampicina (Substância Ativa) apresenta ligação proteica
de aproximadamente 80%. A maior parte da fração livre é
não ionizada e, portanto, difunde-se livremente nos
tecidos.

Dados pré-clínicos de segurança

Carcinogenicidade

Não são conhecidos dados humanos sobre o potencial para
carcinogenicidade a longo prazo. Foram relatados em humanos poucos
casos de crescimento acelerado de carcinoma de pulmão, porém sem o
estabelecimento de uma relação causal com o fármaco. Observou-se
aumento na incidência de hepatomas em camundongos fêmeas (de uma
espécie conhecida por ser particularmente susceptível ao
desenvolvimento espontâneo de hepatomas) quando Rifampicina
(Substância Ativa) foi administrada em doses equivalentes a 2-10
vezes a dose diária humana média durante 60 semanas, seguido por um
período de observação de 46 semanas. Não foi encontrada evidência
de carcinogenicidade em camundongos machos da mesma espécie,
camundongos machos de espécies diferentes, ou ratos machos, sob
condições experimentais semelhantes. Tem sido relatada a existência
de um potencial imunossupresivo de Rifampicina (Substância Ativa)
em coelhos, camundongos, ratos, cobaias, linfócitos humanos
in vitro” e humanos.

Rifampicina (Substância Ativa) tem demonstrado também atividade
antitumoral “in vitro”.

Mutagenicidade

Não são conhecidos dados em humanos sobre o potencial a longo
prazo para mutagenicidade. Não há evidências de mutagenicidade em
bactérias, Drosophila melanogaster ou camundongos. Notou-se um
aumento no rompimento de cromátides quando as culturas de células
sanguíneas totais foram tratadas com Rifampicina (Substância
Ativa). Observou-se aumento na frequência de aberrações
cromossômicas “in vitro” em linfócitos obtidos de
pacientes tratados com combinações de Rifampicina (Substância
Ativa), isoniazida e pirazinamida e combinações de estreptomicina,
Rifampicina (Substância Ativa), isoniazida e pirazinamida.

Cuidados de Armazenamento do Rifaldin

Rifaldin deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C). Proteger da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Cápsula gelatinosa opaca com cabeça e corpo de cor vermelha,
contendo um pó homogêneo vermelho amarronzado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Rifaldin

MS 1.1300.0175

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Sanofi S.p.A
Localitá Valcanello
03012 Anagni – Itália

Ou

Fabricado por:

Winthrop Pharmaceuticals (Pty) Ltd.
315 Waltloo Road, Waltloo, Pretoia, 0186 – África do Sul

Importado e embalado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23

Venda sob prescrição médica. – Só pode ser vendido com
retenção da receita.

Rifaldin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.