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Controle da Febre com Medicamentos: Guia de Farmacologia


Olá equipe, sejam bem-vindos novamente ao enfermo mundo! Depois de entendermos um mecanismo de termorregulação do corpo e como funciona a febre na aula anterior, vamos falar finalmente dos medicamentos para o controle da febre.
Temos um medicamento que é de venda livre sem receita aqui no Brasil, mas em outros países essa venda é proibida. Um que foi desenvolvido para crianças e depois ganhou sua versão para adultos e tem uma história muito interessante. E um que tem o seu princípio ativo extraído de uma árvore.
Então vamos lá:
Você sabia que o princípio ativo de um medicamento muito usado para o controle da febre é extraído da casca do salgueiro? Você sabe dizer qual é? Se você disse ácido acetilsalicílico, você acertou! Ainda não reconheceu? O ácido acetilsalicílico é vendido como aspirina e é extraído da casca do salgueiro.
Vamos observar o olhar de raio-x e entender melhor as suas principais indicações, formas, efeitos adversos e contraindicações.
Então, o que podemos encontrar em uma caixinha?
– O princípio ativo da aspirina que é o ácido acetilsalicílico e em algumas formas o ácido ascórbico que nada mais é do que a vitamina C e a cafeína.
Além de ser um antitérmico, ele também é indicado como anti-inflamatório e analgésico para dores leves a moderadas, como cefaleia, mialgias, artralgias. E também age como antiagregante plaquetário e queratolítico.
Quais são os principais tipos de aspirina que podemos encontrar?
– A aspirina com ácido acetilsalicílico (AAS) 500mg
– Aspirina Microativa, também com a mesma dosagem
– Aspirina C, que é o ácido acetilsalicílico + ácido ascórbico, que é a vitamina C
– Acácia aspirina, que é o ácido acetilsalicílico + cafeína
Seus principais efeitos adversos são distúrbios do trato gastrointestinal superior e inferior, tais como sinais e sintomas comuns de dor abdominal e gastrointestinal. Raramente, inflamação e úlcera gástrica. Devido ao seu efeito inibitório sobre as plaquetas, o ácido acetilsalicílico pode ser associado ao aumento do risco de sangramento.
É importante saber de suas contraindicações. Ele não é indicado para gestantes, pessoas com gastrite, úlcera, crianças (pelo risco de síndrome de Reye, evidenciada pela encefalopatia e esteatose hepática), suspeita de dengue ou catapora e também contra-indicado em casos de doenças graves dos rins.
O próximo medicamento é o paracetamol ou acetaminofeno, vendido como Tylenol. Você pode conferir a história da criação do Tylenol na aula que falamos sobre a segurança no uso de medicamentos. É muito interessante!
O Tylenol contém como princípio ativo o paracetamol, dos derivados do paraminofenol. Além de antipirético, ele também é analgésico e uma opção para o tratamento das doenças que provocam febre e/ou dores, principalmente de leve a moderada intensidade.
Os principais tipos de Tylenol são:
– Tylenol DC, que é o paracetamol mais a cafeína
– Tylenol de 750mg
– As formas em gotas e de suspensão oral para crianças e bebês
Os efeitos colaterais são náusea, vômito, reações alérgicas, hepatotoxicidade grave e toxicidade renal. É interessante observar que o Tylenol tem uma baixa incidência de efeitos adversos em comparação com as outras medicações.
As contraindicações são hipersensibilidade aos salicilatos e pessoas que possuem insuficiência hepática e renal. Além de, é claro, não consumir com álcool.
E por último, esse último medicamento para o controle da febre tem a venda livre, proibido em alguns países, mas aqui no Brasil a venda é liberada. Estamos falando do metamizol ou derivados pirazolônicos, mais conhecido como dipirona. É vendido como Novalgina.
Seus principais tipos são: Novalgina comprimido de uma grama, Novalgina solução oral e Novalgina supositório, comprimidos de 500mg e um comprimido efervescente.
Seus efeitos colaterais podem incluir distúrbios cardíacos, distúrbios do sistema imunológico (pode causar reações anafiláticas), principalmente, distúrbios na pele e tecido subcutâneo, como por exemplo, erupções na pele. Distúrbios do sangue e sistema linfático, distúrbios vasculares e depressão. Distúrbios renais e urinários são muito raros.
Os principais contraindicados são: alergia/intolerância à pirazolona ou a outras pirazolonas, incluindo experiência prévia de agranulocitose, que é a diminuição acentuada na contagem de glóbulos brancos do sangue com uma dessas substâncias, função da medula óssea prejudicada. Pessoas que já apresentaram broncoespasmo ou outras reações anafiláticas, como urticária, renite ou angioedema (inchaço sobre a pele ou mucosas). Outros analgésicos, deficiência de um tipo de enzima no organismo que se chama glicose 6-fosfato desidrogenase, porfíria hepática aguda intermitente, mulheres grávidas ou amamentando e crianças menores de 3 meses ou que pesam menos de 5 kg.
A agranulocitose é um motivo pelo qual a dipirona tem a venda livre proibida em alguns países, pois ela pode causar essa alteração no sangue, que é basicamente a redução de leucócitos/granulócitos, os famosos glóbulos brancos.
Não pare por aqui! Considere essa uma introdução do assunto. Leia mais sobre esses medicamentos nas fontes que estão na descrição do vídeo, já que é impossível colocar todas as informações em apenas uma aula sobre essas medicações.
Quando lidamos com medicamentos, é necessário ter muita responsabilidade e seguir necessariamente tudo que está contido na bula, ok?
Mais uma aula, eu espero ter ajudado novamente! Se sim, deixe o seu like como apoio a esse canal de educação e mande nos grupos de estudo. Compartilhe esse conhecimento e até a próxima aula que aparecer na nossa tela!
Fonte: COMO CONTROLAR A FEBRE (MEDICAMENTOS) | FARMACOLOGIA por Enfermundo – O mundo da enfermagem