Pular para o conteúdo

Previane

Como o Previane funciona?

Previane é um contraceptivo oral combinado. Cada comprimido
revestido contém uma combinação de dois hormônios femininos, o
gestodeno (progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio).

Devido às pequenas concentrações de ambos os hormônios,
Previane é considerado um contraceptivo oral de baixa
dose.

Outras características não-relacionadas com a prevenção
da gravidez

Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade
do sangramento menstrual, diminuindo o risco de anemia por
deficiência de ferro. A cólica menstrual também pode se tornar
menos intensa ou desaparecer completamente.

Além disso, tem-se relatado que alguns distúrbios
ocorrem menos frequentemente em usuárias de contraceptivos contendo
0,05 mg de etinilestradiol (“pílula de alta dose”), tais
como:

Doença benigna da mama, cistos ovarianos, infecções pélvicas
(doença inflamatória pélvica ou DIP), gravidez ectópica (quando o
feto se fixa fora do útero) e câncer do endométrio (tecido de
revestimento interno do útero) e dos ovários.

Este também pode ser o caso para os contraceptivos de baixa
dose, mas até agora somente foi confirmada a redução da ocorrência
de casos de câncer ovariano e de endométrio.

Contraindicação do Previane

Não use contraceptivo combinado se você tem qualquer uma
das condições descritas a seguir:

Caso apresente qualquer uma destas condições, informe seu médico
antes de iniciar o uso de Previane. Ele pode lhe recomendar o uso
de outro contraceptivo oral ou de outro método contraceptivo
(incluindo não-hormonal).

  • História atual ou anterior de coágulo em uma veia da perna
    (trombose), do pulmão (embolia pulmonar) ou outras partes do
    corpo;
  • História atual ou anterior de ataque cardíaco ou derrame
    cerebral, que é causado por um coágulo ou o rompimento de um vaso
    sanguíneo no cérebro;
  • História atual ou anterior de doenças que podem ser sinal de
    ataque cardíaco (por exemplo, angina pectoris que causa
    uma intensa dor no peito, podendo se irradiar para o braço
    esquerdo) ou de derrame (por exemplo, ataque isquêmico transitório
    ou um pequeno derrame sem efeitos residuais);
  • Presença de um alto risco para a formação de coágulos arteriais
    ou venosos;
  • História atual ou anterior de um certo tipo de enxaqueca
    acompanhada por sintomas neurológicos focais, tais como: sintomas
    visuais, dificuldades para falar, fraqueza ou adormecimento em
    qualquer parte do corpo;
  • Diabetes mellitus com lesão de vasos sanguíneos;
  • História atual ou anterior de doença do fígado (cujos sintomas
    podem ser amarelamento da pele ou coceira do corpo todo) e enquanto
    seu fígado ainda não voltou a funcionar normalmente;
  • Uso de qualquer medicamento antiviral que contenha ombitasvir,
    paritaprevir ou desabuvir e suas combinações. Esses medicamentos
    antivirais são utilizados para tratamento de hepatite C crônica
    (doença infecciosa do fígado, de longa duração, causada pelo vírus
    da hepatite C);
  • História atual ou anterior de câncer que pode se desenvolver
    sob a influência de hormônios sexuais (p.ex., câncer de mama ou dos
    órgãos genitais);
  • História atual ou anterior de tumor no fígado (benigno ou
    maligno);
  • Presença de sangramento vaginal sem explicação;
  • Ocorrência ou suspeita de gravidez;
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes de
    Previane, o que pode causar, por exemplo, coceira, erupção cutânea
    ou inchaço.

Se qualquer um destes casos ocorrer pela primeira vez durante o
uso do contraceptivo oral, descontinue o uso imediatamente e
consulte seu médico. Neste período, outras medidas contraceptivas
não-hormonais devem ser empregadas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o uso.

Como usar o Previane

Quando usado corretamente, o índice de falha é de
aproximadamente 1% ao ano (uma gestação a cada 100 mulheres por ano
de uso). O índice de falha pode aumentar quando há esquecimento de
tomada dos comprimidos revestidos ou quando estes são tomados
incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de 3 a 4 horas
após a ingestão de um comprimido revestido ou diarreia intensa, bem
como interações medicamentosas.

Siga rigorosamente o procedimento indicado, pois o não
cumprimento pode ocasionar falhas na obtenção dos resultados.

A cartela de Previane contém 21 comprimidos revestidos. No
verso da cartela encontra-se indicado o dia da semana no qual o
comprimido revestido deve ser ingerido. Tome um comprimido
revestido por dia, aproximadamente à mesma hora, com auxílio de um
pouco de líquido se necessário. Siga a direção das flechas,
seguindo a ordem dos dias da semana, até que tenha tomado todos os
21 comprimidos revestidos.

Terminados os comprimidos revestidos da cartela, realize uma
pausa de 7 dias. Neste período, cerca de 2 a 3 dias após a ingestão
do último comprimido revestido de Previane, deve ocorrer
sangramento semelhante ao menstrual (sangramento por privação
hormonal). Inicie nova cartela no oitavo dia, independentemente de
ter cessado ou não o sangramento. Isto significa que, em cada mês,
estará sempre iniciando uma nova cartela no mesmo dia da semana que
a cartela anterior e que ocorrerá o sangramento por privação mais
ou menos nos mesmos dias da semana.

Início do uso de Previane

Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado
no mês anterior

Inicie o uso de Previane no primeiro dia de menstruação, ou
seja, tome o comprimido revestido indicado com o dia da semana
correspondente ao primeiro dia de sangramento. Por exemplo, se a
sua menstruação iniciar na sexta-feira, tome o comprimido revestido
indicado “sexta-feira” no verso da cartela, seguindo a ordem dos
dias. A ação contraceptiva de Previane inicia-se
imediatamente. Não é necessário utilizar adicionalmente outro
método contraceptivo.

Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel
vaginal ou adesivo transdérmico (contraceptivo) para
Previane

Inicie a tomada de Previane após o término da cartela do
contraceptivo que estava tomando. Isso significa que não haverá
pausa entre as cartelas. Se o contraceptivo que estava tomando
apresenta comprimidos inativos, ou seja, sem princípio ativo,
inicie a tomada de Previane no dia seguinte à ingestão do
último comprimido ativo do contraceptivo. Caso não saiba
diferenciar os comprimidos ativos dos inativos, consulte seu
médico.

O uso de Previane também poderá ser iniciado mais tarde, no
máximo até o dia seguinte após o intervalo de pausa do
contraceptivo que estava sendo utilizado ou no dia seguinte após
ter tomado o último comprimido inativo do contraceptivo anterior.
Se você estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico,
deve começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou
adesivo ou, no máximo, no dia previsto para a próxima aplicação. Se
seguir essas instruções, não será necessário utilizar
adicionalmente um outro método contraceptivo.

Mudando da minipílula (contraceptivo contendo somente
progestógeno) para Previane

Nesse caso, deve-se descontinuar o uso da minipílula e iniciar a
tomada de Previane no dia seguinte, no mesmo horário.
Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira (por
exemplo, preservativo) caso tenha relação sexual nos 7 primeiros
dias de uso de Previane.

Mudando de contraceptivo injetável, implante ou Sistema
intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para
Previane

Inicie o uso de Previane na data prevista para a próxima
injeção ou no dia de extração (retirada) do implante ou do SIU.
Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira (por
exemplo, preservativo) caso tenha relação sexual nos 7 primeiros
dias de uso de Previane.

Previane e o pós-parto

No pós-parto, seu médico poderá aconselhá-la a esperar por um
ciclo menstrual normal antes de iniciar o uso de Previane. Às
vezes, o uso de Previane pode ser antecipado com o
consentimento do médico. Se após o parto você teve relação sexual
antes de iniciar o uso de Previane, confirme se você não está
grávida ou aguarde até o próximo período menstrual.

Se estiver amamentando, discuta primeiramente com seu
médico.

Previane e o pós-aborto

Consulte seu médico.

Posologia para populações especiais

Crianças

Previane é indicado apenas para uso após a menarca
(primeira menstruação).

Usuárias idosas

Previane não é indicado para uso após a menopausa.

Usuárias com insuficiência hepática

Previane é contraindicado em mulheres com doença hepática
(doença do fígado) grave.

Pacientes com insuficiência renal

Fale com seu médico. Dados disponíveis não sugerem alteração no
tratamento desta população de usuárias.

O que devo fazer em caso de distúrbios gastrintestinais,
como vômitos ou diarreia intensa?

Se ocorrerem vômitos ou diarreia intensa após a ingestão do
comprimido revestido, as substâncias ativas do comprimido revestido
podem não ter sido absorvidas completamente. Se ocorrerem vômitos
no período de 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido revestido,
é como se tivesse se esquecido de tomá- la. Portanto, deve-se
seguir o mesmo procedimento indicado no item “O que devo fazer
quando eu me esquecer de usar o Previane?”. Consulte seu médico em
quadros de diarreia intensa.

O que devo fazer em caso de sangramento
inesperado?

Como ocorre com todos os contraceptivos orais, pode surgir,
durante os primeiros meses de uso, sangramento intermenstrual
irregular (gotejamento ou sangramento de escape), isto é,
sangramento fora da época esperada, podendo ser necessário o uso de
absorventes higiênicos. Deve-se continuar a tomar os comprimidos
revestidos, pois, em geral, o sangramento intermenstrual cessa
espontaneamente, uma vez que seu organismo tenha se adaptado ao
contraceptivo oral (geralmente, após 3 meses de tomada dos
comprimidos revestidos). Caso o sangramento não cesse, torne-se
mais intenso ou reinicie, consulte o seu médico.

O que fazer se não ocorrer sangramento?

Se todos os comprimidos revestidos foram tomados corretamente,
sempre no mesmo horário, não houve vômito, diarreia intensa ou uso
concomitante de outros medicamentos, é pouco provável que você
esteja grávida. Continue tomando Previane normalmente.

Se você não tomou os comprimidos revestidos corretamente ou se
você tomou os comprimidos revestidos corretamente mas o sangramento
esperado não ocorreu por dois meses seguidos, você pode estar
grávida. Consulte o seu médico imediatamente. Não inicie nova
cartela de Previane até que a suspeita de gravidez seja
afastada pelo seu médico. Neste período use medidas contraceptivas
não-hormonais.

Quando posso descontinuar o uso de
Previane?

O uso de Previane pode ser descontinuado a qualquer
momento. Porém, não o faça sem o conhecimento do seu médico.

Se você não deseja engravidar após descontinuar o uso de
Previane, consulte o seu médico para que ele lhe indique outro
método contraceptivo.

Se você desejar engravidar, pare de tomar Previane e
recomenda-se que espere um ciclo menstrual ocorrer para tentar
engravidar. Converse com o seu médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Previane?

Se houver um atraso de

menos de 12 horas

do horário habitual, a proteção contraceptiva de
Previane não será reduzida. Tome o comprimido revestido
esquecido assim que se lembrar e tome o próximo comprimido
revestido no horário habitual.

Se houver um atraso de

mais de 12 horas

do horário habitual, a proteção contraceptiva de
Previane pode ficar reduzida neste ciclo, especialmente se
ocorrer o esquecimento da tomada no começo ou no final da cartela.
Veja a seguir como proceder em cada caso específico.

Esquecimento de 1 comprimido revestido na primeira
semana de uso

Tome o comprimido revestido esquecido assim que se lembrar
(inclui-se a possibilidade de tomar dois comprimidos revestidos de
uma só vez) e continue a tomar os próximos comprimidos revestidos
no horário habitual. Utilize método contraceptivo adicional (método
de barreira – por exemplo, preservativo) durante os próximos 7
dias. Se teve relação sexual na semana anterior ao esquecimento da
tomada do comprimido revestido, há possibilidade de engravidar.
Comunique o fato imediatamente ao seu médico.

Esquecimento de 1 comprimido revestido na segunda semana
de uso

Tome o comprimido revestido esquecido assim que se lembrar,
mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de dois comprimidos
revestidos e continue a tomar os próximos comprimidos revestidos no
horário habitual. A proteção contraceptiva de Previane está
mantida. Não é necessário utilizar método contraceptivo
adicional.

Esquecimento de 1 comprimido revestido na terceira
semana de uso

Escolha uma das duas opções abaixo, sem a necessidade de
utilizar método contraceptivo adicional:

  1. Tome o comprimido revestido esquecido assim que se lembrar
    (inclui-se a possibilidade de tomar dois comprimidos revestidos de
    uma só vez) e continue a tomar os próximos comprimidos revestidos
    no horário habitual. Inicie a nova cartela assim que terminar a
    atual, sem que haja pausa entre uma cartela e outra. É possível que
    o sangramento ocorra somente após o término da segunda cartela. No
    entanto, pode ocorrer sangramento do tipo gotejamento ou de escape
    enquanto estiver tomando os comprimidos revestidos.
  2. Deixe de tomar os comprimidos revestidos da cartela atual, faça
    uma pausa de 7 dias, ou menos, contando inclusive o dia no qual
    esqueceu de tomar o comprimido revestido e inicie uma nova cartela.
    Caso deseje manter o mesmo dia da semana para início de tomada, a
    pausa pode ser menor do que 7 dias. Por exemplo: se a cartela foi
    iniciada em uma quarta-feira e você esqueceu de tomar o comprimido
    revestido na sexta-feira da última semana, pode iniciar a nova
    cartela na quarta-feira da semana seguinte ao esquecimento,
    praticando, desta forma, uma pausa de apenas 5 dias. Veja esquema
    ilustrativo abaixo:

Exemplo em caso de esquecimento:

Mais de 1 comprimido revestido esquecido

Se mais de um comprimido revestido de uma mesma cartela for
esquecido, consulte seu médico. Quanto mais comprimidos revestidos
sequenciais forem esquecidos, menor será o efeito
contraceptivo.

Se não ocorrer sangramento por privação hormonal (semelhante à
menstruação) no intervalo de pausa de 7 dias, pode ser que esteja
grávida. Consulte seu médico antes de iniciar uma nova cartela.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Previane

Nesta bula, estão descritas várias situações em que o uso do
contraceptivo oral deve ser descontinuado ou em que pode haver
diminuição da sua eficácia. Nestas situações, deve-se evitar a
relação sexual ou, então, utilizar adicionalmente métodos
contraceptivos não-hormonais como, por exemplo, preservativo ou
outro método de barreira. Não utilize os métodos da tabelinha (do
ritmo ou Ogino-Knaus) ou da temperatura. Esses métodos podem
falhar, pois os contraceptivos hormonais modificam as variações de
temperatura e do muco cervical que ocorrem durante o ciclo
menstrual normal.

Previane, como todos os demais contraceptivos orais, não protege
contra infecções causadas pelo HIV (AIDS), nem contra qualquer
outra doença sexualmente transmissível.

É recomendável consultar o médico regularmente para que ele
possa realizar os exames clínico geral e ginecológico de rotina e
confirmar se o uso de Previane pode ser continuado.

O uso de contraceptivo combinado requer cuidadosa supervisão
médica na presença das condições descritas abaixo.

Essas condições devem ser comunicadas ao médico antes do
início do uso de Previane e se qualquer uma delas aparecer ou
piorar durante o uso de Previane:

Fumo; diabetes; excesso de peso; pressão alta; alteração na
válvula cardíaca ou alteração do batimento cardíaco; inflamação das
veias (flebite superficial); veias varicosas; qualquer familiar
direto que já teve um coágulo (trombose nas pernas, pulmões
(embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do corpo), ataque
cardíaco ou derrame em idade jovem; enxaqueca; epilepsia; se você
ou algum familiar direto tem ou já apresentou níveis altos de
colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura) no sangue; algum
familiar direto que tem ou já teve câncer de mama; se você tem
doença do fígado ou da vesícula biliar; doença de Crohn ou colite
ulcerativa (doença inflamatória crônica do intestino); lúpus
eritematoso sistêmico (doença do sistema imunológico); síndrome
hemolítico-urêmica (alteração da coagulação sanguínea que causa
insuficiência renal); anemia falciforme; condição que tenha
ocorrido pela primeira vez, ou piorado, durante a gravidez ou uso
prévio de hormônios sexuais como, por exemplo, perda de audição,
porfiria (doença metabólica), herpes gestacional (doença de pele) e
coreia de Sydenham (doença neurológica); tem ou já apresentou
cloasma (pigmentação marrom-amarelada da pele, especialmente a do
rosto). Nesse caso, evite a exposição direta ao sol ou à radiação
ultravioleta; angioedema hereditário (estrogênios exógenos
podem induzir ou intensificar os seus sintomas).

Consulte seu médico imediatamente se você apresentar
sintomas de angioedema, tais como:

Inchaço do rosto, língua e/ou garganta, dificuldade para engolir
ou urticária junto com dificuldade para respirar. Medicamentos
contendo estrogênios podem induzir ou piorar os sintomas de
angioedema.

Se algum destes casos ocorrer pela primeira vez, reaparecer ou
piorar durante o uso do contraceptivo, consulte seu médico.

Contraceptivos e a trombose

A trombose é a formação de um coágulo de sangue que pode
interromper a passagem do sangue nos vasos. Algumas vezes, a
trombose ocorre nas veias profundas das pernas (trombose venosa
profunda). O tromboembolismo venoso (TEV) pode se desenvolver se
você estiver tomando ou não uma pílula. Ele também pode ocorrer se
você estiver grávida. Se o coágulo se desprender das veias onde foi
formado, ele pode se deslocar para as artérias dos pulmões,
causando a embolia pulmonar. Os coágulos sanguíneos também podem
ocorrer muito raramente nos vasos sanguíneos do coração (causando o
ataque cardíaco). Os coágulos ou a ruptura de um vaso no cérebro
podem causar o derrame.

Estudos de longa duração sugerem que pode existir uma ligação
entre o uso de pílula (também chamada de contraceptivo oral
combinado (COC) ou pílula combinada, pois contém dois diferentes
tipos de hormônios femininos chamados estrogênios e progestógenos)
e um risco aumentado de coágulos arteriais e venosos, embolia,
ataque cardíaco ou derrame. A ocorrência destes eventos é rara.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado
durante o primeiro ano de uso. Este aumento no risco está presente
em usuárias de primeira vez de contraceptivo oral combinado e em
usuárias que ficaram 4 semanas ou mais sem tomar a pílula e estão
voltando a utilizar o mesmo contraceptivo oral combinado que era
utilizado anteriormente ou outro contraceptivo oral combinado.
Dados de um grande estudo sugerem que o risco aumentado está
principalmente presente nos 3 primeiros meses de uso.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso em usuárias de
pílulas contendo baixa dose de estrogênio (lt;0,05 mg de
etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de
contraceptivos orais combinados, que não estejam grávidas e
permanece menor do que o risco associado à gravidez e ao parto.

Muito ocasionalmente, eventos tromboembólicos, arteriais ou
venosos, podem causar incapacidade grave permanente, podendo
provocar risco para a vida da usuária ou podendo inclusive ser
fatais.

O tromboembolismo venoso se manifesta como trombose venosa
profunda e/ou embolia pulmonar e pode ocorrer durante o uso de
qualquer contraceptivo oral combinado.

Em casos extremamente raros, os coágulos também podem ocorrer em
outras partes do corpo, incluindo fígado, intestino, rins, cérebro
ou olhos.

Se ocorrer qualquer um dos eventos mencionados a seguir,
interrompa o uso da pílula e contate seu médico imediatamente se
notar sintomas de:

Trombose venosa profunda, tais como:

Inchaço de uma perna ou ao longo de uma veia da perna; dor ou
sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando você
estiver em pé ou andando; sensação aumentada de calor na perna
afetada; vermelhidão ou descoloração da pele da perna.

Embolia pulmonar, tais como:

Início súbito de falta inexplicável de ar ou respiração rápida,
tosse de início abrupto que pode levar a tosse com sangue, dor
aguda no peito que pode aumentar com a respiração profunda,
ansiedade, tontura grave ou vertigem; batimento cardíaco rápido ou
irregular. Alguns destes sintomas (por exemplo, falta de ar, tosse)
não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como
eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do
trato respiratório).

Tromboembolismo arterial:

Vaso sanguíneo arterial bloqueado por um coágulo que se
deslocou.

Derrame, tais como:

Diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando de forma
súbita a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo,
confusão súbita, dificuldade para falar ou compreender; dificuldade
repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita
dificuldade para caminhar; tontura; perda de equilíbrio ou de
coordenação; dor de cabeça repentina, intensa ou prolongada, sem
causa conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem
convulsão.

Coágulos bloqueando outros vasos arteriais, tais
como:

Dor súbita, inchaço e ligeira coloração azulada (cianose) de uma
extremidade; abdome agudo.

Ataque cardíaco, tais como:

Dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou
estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno; desconforto que
se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago;
saciedade, indigestão ou sensação de asfixia; sudorese; náuseas,
vômitos ou tontura; fraqueza extrema; ansiedade ou falta de ar;
batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.

Seu médico irá verificar se, por exemplo, você possui um risco
maior de desenvolver trombose devido à combinação de fatores de
risco ou talvez um único fator de risco muito alto. No caso de uma
combinação de fatores de risco, o risco pode ser mais alto que
uma simples adição de dois fatores individuais. Se o risco for
muito alto, seu médico não irá prescrever o uso da pílula.

O risco de coágulo arterial ou venoso (por exemplo,
trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ataque cardíaco) ou
derrame aumenta:

  • Com a idade;
  • Se você estiver acima do peso;
  • Se qualquer familiar direto seu teve um coágulo (trombose nas
    pernas, pulmão (embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do
    corpo), ataque cardíaco ou derrame em idade jovem, ou se você ou
    qualquer familiar tiver ou suspeitar de distúrbio hereditário da
    coagulação, que possa aumentar seu risco de desenvolver trombose.
    Neste caso você deve ser encaminhada a um especialista antes de
    decidir pelo uso de qualquer contraceptivo hormonal combinado.
    Certos fatores sanguíneos que podem sugerir tendência para trombose
    venosa ou arterial incluem resistência a proteína C ativada,
    hiper-homocisteinemia, deficiência de antitrombina III, proteína C
    e proteína S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos
    anticardiolipina, anticoagulante lúpico);
  • Com imobilização prolongada (por exemplo, durante o uso de
    gessos ou talas em sua (s) perna (s)), cirurgia de grande porte,
    qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma
    extenso. Informe seu médico. Nestas situações, é aconselhável
    descontinuar o uso da pílula (em casos de cirurgia programada você
    deve descontinuar o uso pelo menos 4 semanas antes) e não
    reiniciá-lo até, pelo menos, duas semanas após o total
    restabelecimento;
  • Se você fuma (com consumo elevado de cigarros e aumento da
    idade, o risco torna-se ainda maior, especialmente em mulheres com
    idade superior a 35 anos). Descontinue o consumo de cigarros
    durante o uso de pílula, especialmente se tem mais de 35 anos de
    idade;
  • Se você ou alguém de sua família tem ou teve altos níveis de
    colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura) no sangue;
  • Se você tem pressão alta. Se você desenvolver pressão alta
    durante o uso de pílula, seu médico poderá pedir que você
    descontinue o uso;
  • Se você tem enxaqueca;
  • Se você tem distúrbio da válvula do coração ou certo tipo de
    distúrbio do ritmo cardíaco.

Imediatamente após o parto, as mulheres têm risco aumentado de
formação de coágulos, portanto pergunte ao seu médico quando você
poderá iniciar o uso de pílula combinada após o parto.

Contraceptivos e o câncer

O câncer de mama é diagnosticado com frequência um pouco maior
entre as usuárias dos contraceptivos orais combinados, mas não se
sabe se esse aumento é devido ao uso do contraceptivo. Pode ser que
esta diferença esteja associada à maior frequência com que as
usuárias de contraceptivos orais são examinadas por seus médicos. O
risco de câncer de mama desaparece gradualmente após a
descontinuação do uso do contraceptivo hormonal combinado. É
importante examinar as mamas regularmente e contatar o médico se
você sentir qualquer caroço nas mamas.

Em casos raros, foram observados tumores benignos de fígado e,
mais raramente, tumores malignos de fígado nas usuárias de
contraceptivos orais. Em casos isolados, estes tumores podem causar
hemorragias internas com risco para a vida da usuária. Em caso de
dor abdominal intensa, consulte o seu médico imediatamente. O fator
de risco mais importante para o câncer cervical (câncer de colo
uterino) é a infecção persistente por HPV (papilomavírus humano).
Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por
período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, mas
continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta
ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes, por
exemplo, da realização de exame cervical (papanicolau) e do
comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de
barreira.

Os tumores mencionados acima podem provocar risco para a vida da
usuária ou podem ser fatais.

Informações à paciente

Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante ler as
informações contidas na bula, verificar o prazo de validade, o
conteúdo e a integridade da embalagem.

Mantenha a bula do produto sempre em mãos para qualquer consulta
que se faça necessária.

Leia com atenção as informações presentes na bula antes de usar
o produto, pois a mesma contém informações sobre os benefícios e os
riscos associados ao uso dos contraceptivos orais. Você também
encontrará informações sobre o uso adequado do contraceptivo e
sobre a necessidade de consultar o seu médico regularmente.

Converse com o seu médico para obter maiores esclarecimentos
sobre a ação do produto e sua utilização.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Previane

Como todo medicamento, Previane pode causar efeitos
indesejáveis, no entanto estes efeitos não se manifestam em todas
as usuárias. Se qualquer efeito indesejável ocorrer ou piorar, ou
se você observar algum efeito indesejável não citado a seguir
durante o uso de Previane, consulte sem médico.

Reações graves

As reações graves associadas ao uso do contraceptivo, assim como
os sintomas relacionados, estão descritos nos itens “O que devo
saber antes de usar este medicamento?”, “Contraceptivos e a
trombose” e “Contraceptivos e o câncer”. Leia estes itens com
atenção e não deixe de conversar com o seu médico em caso de
dúvidas, ou imediatamente quando achar apropriado.

Outras possíveis reações

As seguintes reações têm sido observadas em usuárias de
contraceptivos orais combinados.

Reações adversas comuns (entre 1 e 10 em cada 100
usuárias podem ser afetadas):

Náuseas, dor abdominal, aumento de peso corporal, dor de cabeça,
depressão ou alterações de humor, dor nas mamas incluindo
hipersensibilidade.

Reações adversas incomuns (entre 1 e 10 em cada 1.000
usuárias podem ser afetadas):

Vômitos, diarreia, retenção de líquido, enxaqueca, diminuição do
desejo sexual, aumento do tamanho das mamas, erupção cutânea,
urticária.

Reações adversas raras (entre 1 e 10 em cada 10.000
usuárias podem ser afetadas):

Intolerância a lentes de contato, reações alérgicas
(hipersensibilidade), diminuição de peso corporal, aumento do
desejo sexual, corrimento vaginal, secreção das mamas, eritema
nodoso ou multiforme (doenças de pele), distúrbios tromboembólicos
arteriais e venosos (formação de coágulos)*.

* Frequência estimada a partir de estudos epidemiológicos
envolvendo um grupo de usuárias de contraceptivos orais
combinados. Os termos distúrbios tromboembólicos arteriais e
venosos abrangem: Qualquer bloqueio ou coágulo em uma veia
periférica profunda, coágulos que percorrem o sistema venoso do
sangue (p. ex., no pulmão é conhecido como embolia pulmonar ou como
infarto pulmonar), ataque cardíaco causado por coágulos, derrame
causado por um bloqueio do fornecimento de sangue para o cérebro ou
no cérebro.

Descrição das reações adversas
selecionadas:

As reações adversas com frequência muito baixa ou com início
tardio dos sintomas que foram consideradas relacionadas ao grupo de
usuárias de contraceptivo oral combinado estão listadas a
seguir.

Contraceptivos e o câncer:

  • A frequência de diagnósticos de câncer de mama é ligeiramente
    maior em usuárias de contraceptivo oral. Como o câncer de mama é
    raro em mulheres abaixo de 40 anos, o aumento do risco é pequeno em
    relação ao risco geral de câncer de mama. A causalidade com uso de
    COCs é desconhecida;
  • Tumores no fígado (benigno e maligno).

Outras condições:

  • Mulheres com hipertrigliceridemia (aumento de gordura no
    sangue, resultando em um risco aumentado de pancreatite em usuárias
    de COCs);
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com
    o uso de COC não é conclusiva: icterícia (pigmentação amarelada da
    pele) e/ou prurido relacionado à colestase (fluxo biliar
    bloqueado); formação de cálculos biliares (pedras na vesícula); uma
    condição metabólica chamada de porfiria, lúpus eritematoso
    sistêmico (uma doença crônica autoimune); síndrome
    hemolítico-urêmica (alteração da coagulação sanguínea); uma
    condição neurológica chamada coreia de Sydenham; herpes gestacional
    (um tipo de condição de pele que ocorre durante a gravidez); perda
    de audição relacionada à otosclerose;
  • Em mulheres com angioedema hereditário (caracterizado por
    inchaço repentino, por exemplo, dos olhos, boca, garganta, etc),
    estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de
    angioedema;
  • Distúrbios das funções do fígado;
  • Alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a
    resistência periférica à insulina;
  • Doença de Crohn, colite ulcerativa;
  • Cloasma (pigmentação marrom-amarelada da pele, especialmente a
    do rosto).

Interações:

O uso concomitante de alguns medicamentos pode afetar a ação dos
contraceptivos orais, reduzindo sua eficácia e/ou pode causar
sangramentos inesperados (p. ex., medicamentos que contenham Erva
de São João ou medicamentos usados para o tratamento da epilepsia,
da tuberculose, da AIDS e de outras infecções).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Em especial se essas reações forem graves ou persistentes, ou se
houver mudança no seu estado de saúde que possa estar relacionada
ao uso de Previane.

População Especial do Previane

Previane, a gravidez e a amamentação

Previane não deve ser usado quando há suspeita de gravidez
ou durante a gestação. Se suspeitar da possibilidade de estar
grávida durante o uso de Previane suspenda o uso e consulte
seu médico o mais rápido possível.

Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes não revelaram
risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de
mulheres que tenham utilizado COCs antes da gestação. Também não
foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão
acidental de COCs no início da gestação.

Categoria X (Em estudos em animais e mulheres grávidas,
o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de
risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível
para a paciente) – Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

De modo geral, o uso de Previane durante a amamentação não
é recomendado. Se desejar usar contraceptivo oral durante a
amamentação, converse primeiramente com seu médico.

Composição do Previane

Cada comprimido revestido de Previane
contém:

Gestodeno0,075 mg
Etinilestradiol0,020 mg
Excipientes* q.s.p1 comprimido revestido

* Povidona, talco, croscarmelose sódica, lactose monoidratada,
copolímero de metacrilato de butila, metacrilato de
dimetilaminoetila e metacrilato de metila, estearato de magnésio,
dióxido de titânio, macrogol, celulose microcristalina.

Superdosagem do Previane

Não foram de efeitos nocivos graves após a ingestão de vários
comprimidos revestidos de Previane de uma única vez. Caso isto
ocorra, podem aparecer náuseas, vômitos ou sangramento vaginal.
Mesmo meninas que ainda não tenham menstruado, mas acidentalmente
tomaram esse medicamento, podem ter um sangramento. Se a ingestão
acidental ocorrer com você ou com uma criança, consulte o
médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Previane

Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem
diminuir ou aumentar as concentrações séricas de
etinilestradiol.

Concentrações séricas mais baixas de etinilestradiol podem
causar maior incidência de sangramento de escape e irregularidades
menstruais e, possivelmente, podem reduzir a eficácia do
contraceptivo oral combinado.

Durante o uso concomitante de outros medicamentos que contenham
etinilestradiol e substâncias que podem diminuir as concentrações
séricas de etinilestradiol, recomenda-se que um método
anticoncepcional não hormonal (como preservativos e espermicidas)
seja utilizado além da ingestão regular de Gestodeno +
Etinilestradiol (substância ativa). No caso de uso prolongado
dessas substâncias, os COCs não devem ser considerados os
contraceptivos primários.

Após a descontinuação das substâncias que podem diminuir as
concentrações séricas de etinilestradiol, recomenda-se o uso de um
método anticoncepcional não hormonal por, no mínimo, 7 dias.
Aconselha-se o uso prolongado do método alternativo após a
descontinuação das substâncias que resultaram na indução das
enzimas microssomais hepáticas, levando a uma diminuição das
concentrações séricas de etinilestradiol. Às vezes, pode levar
várias semanas até a indução enzimática desaparecer completamente,
dependendo da dose, duração do uso e taxa de eliminação da
substância indutora.

A seguir, alguns exemplos das substâncias que podem
diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol:

  • Qualquer substância que reduza o tempo do trânsito
    gastrintestinal e, portanto, a absorção do etinilestradiol.
  • Substâncias indutoras das enzimas microssomais hepáticas, como
    rifampicina, rifabutina, barbitúricos, primidona, fenilbutazona,
    fenitoína, dexametasona, griseofulvina, topiramato, oxcarbazepina,
    carbamazepina, modafinila.
  • Hypericum perforatum, também conhecido como
    erva-de-são-joão, e ritonavir (possivelmente por indução das
    enzimas microssomais hepáticas), pois, apesar de o ritonavir ser um
    inibidor do citocromo P450 3A4, diminui as concentrações de
    etinilestradiol.
  • Alguns inibidores de protease, antibióticos (por exemplo,
    ampicilina e outras penicilinas, tetraciclinas e cloranfenicol),
    por diminuição da circulação êntero-hepática de estrogênios.

A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem
aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol:

  • Atorvastatina.
  • Inibidores competitivos de sulfatações na parede
    gastrintestinal, como o ácido ascórbico (vitamina C) e o
    paracetamol (acetaminofeno).
  • Substâncias que inibem as isoenzimas 3A4 do citocromo P450,
    como indinavir, fluconazol e troleandomicina. A troleandomicina
    pode aumentar o risco de colestase intra-hepática durante a
    administração concomitante com COCs.

A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem ter
as concentrações séricas alteradas por causa da presença de
COCs:

  • O etinilestradiol pode interferir no metabolismo de outros
    fármacos por inibição das enzimas microssomais hepáticas ou indução
    da conjugação hepática do fármaco, sobretudo a glicuronização.
    Consequentemente, as concentrações plasmáticas e teciduais podem
    aumentar (por exemplo, ciclosporina, teofilina, corticosteroide) ou
    diminuir (por exemplo, a lamotrigina).
  • Os estrogênios podem aumentar os efeitos dos
    glicocorticoides.
  • Em pacientes tratadas com flunarizina, relatou-se que o uso de
    contraceptivos orais aumenta o risco de galactorreia.
  • Os anticoagulantes (por exemplo, hidroxicumarínicos) podem ter
    seu efeito reduzido com a administração de COCs.
  • Os antidepressivos tricíclicos (por exemplo, a imipramina e
    desmetilimipramina) podem ter seu metabolismo inibido, elevando as
    concentrações plasmáticas e causando o acúmulo destas.
  • Alterações no metabolismo oxidativo do diazepam e
    clordiazepóxido, resultando no acúmulo plasmático do fármaco
    inalterado. Mulheres em tratamento com esses benzodiazepínicos
    durante longos períodos devem ser monitoradas devido ao aumento dos
    efeitos sedativos.

As bulas dos medicamentos usados concomitantemente devem ser
consultadas para identificar possíveis interações. Durante os
ensaios clínicos com o regime combinado dos medicamentos para o
vírus da hepatite C ritonavir/ombitasvir/veruprevir, com ou sem
dasabuvir, elevações da ALT para valores acima de 5 vezes o limite
superior da normalidade foram significativamente mais frequentes em
mulheres em uso de medicamentos que contêm etinilestradiol, como os
Anticoncepcionais Hormonais Combinados Orais (AHCOs).

Deve-se realizar a troca dos anticoncepcionais contendo
etinilestradiol por medicamentos contraceptivos apresentando apenas
progestágeno ou métodos de contracepção não hormonais duas semanas
antes de se iniciar terapia com o regime combinado dos medicamentos
ritonavir/ombitasvir/veruprevir, com ou sem dasabuvir.

Gestodeno + Etinilestradiol (substância ativa) pode ser
reiniciado aproximadamente duas semanas após o término do
tratamento deste regime combinado de medicamentos.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Gestinol®.

Ação da Substância Previane

Resultados de Eficácia


Embora, até o momento estudos comparativos não tenham
demonstrado aumento da eficácia contraceptiva com o regime de uso
contínuo ou de ciclo estendido, estes regimes diferenciados podem
aumentar a eficácia contraceptiva. 1,2 Esta teoria
encontra respaldo nos estudos de avaliação da atividade ovariana.
Evidências sugerem que no regime convencional com pausa a atividade
ovariana pode não ser adequadamente suprimida, o que pode aumentar
o risco de desenvolvimento folicular e determinar escape
ovulatório. 3,4 Os regimes diferenciados com extensão do
uso de pílulas ativas determinam maior supressão ovariana em
comparação ao regime convencional com pausa. 5-7 Um
estudo retrospectivo preliminar demostrou menor taxa de gravidez em
usuárias do regime de ciclo estendido em comparação à utilização
convencional com pausa. 8

Estudos epidemiológicos de contraceptivos orais
combinados (COCs) confirmam outros benefícios não
contraceptivos:

Diminuição da incidência de fibroadenomas e de doença
fibrocística da mama; diminuição da incidência de doença
inflamatória pélvica aguda; diminuição da incidência de câncer
endometrial; diminuição da incidência de câncer de ovário;
diminuição da gravidade de acne; diminuição de cistos ovarianos
funcionais; redução da anemia decorrente da deficiência de ferro, e
dismenorreia. Quando utilizados em regime contínuo, os
anticoncepcionais orais melhoram os sintomas relacionados à
menstruação, como dismenorreia, enxaqueca, alteração do humor,
inchaço e sensibilidade nas mamas e síndrome pré-menstrual. A
frequência de sangramento inesperado com o regime contínuo de COCs
é semelhante à do regime cíclico e diminui com o prolongamento do
uso. 9,10-13 O estudo clínico com Gestodeno +
Etinilestradiol (substância ativa) mostrou perfil de sangramento
aceitável, com taxa de amenorreia crescente, atingindo 81% após
seis meses de uso.13

Evidências disponíveis mostram que em mulheres com endometriose
os COCs administrados, preferencialmente, no regime contínuo são
eficazes na redução da frequência e intensidade dos sintomas de dor
associados à doença, assim como na diminuição da taxa de
recorrência de endometriomas após o tratamento cirúrgico.
14,15

Os dados disponíveis na atualidade demonstram que o uso em
regime contínuo de COCs apresenta perfil de segurança e
tolerabilidade comparável ao regime convencional.
1,2

Referências bibliográficas

1. EDELMAN, A.B. et al. Continuous
versus cyclic use of combined oral contraceptives for
contraception: systematic Cochrane review of randomized controlled
trials. Hum Reprod. v.21, p.573–8, 2006.
2. GUILBERT, E. et al. Canadian Consensus Guideline on Continuous
and Extended Hormonal Contraception, 2007. SOGC clinical practice
guideline, n.195, July 2007. J Obstet Gynaecol. Can., v.29, 7
suppl.2, p.S1-32, 2007.
3. BAERWALD, A.R. et al. Ovarian follicular development is
initiated during the hormone-free interval of oral contraceptive
use. Contraception, v.70, p.371–7, 2004.
4. SCHLAFF, W.D. et al. Manipulation of the pill-free interval in
oral contraceptive pill users: the effect on follicular
suppression. Am. J. Obstet. Gynecol., v.190, n.4, p.943-51,
2004.
5. VANDEVER, M.A. et al. Evaluation of pituitary-ovarian axis
suppression with three oral contraceptive regimens. Contraception,
v.77, p.162–70, 2008.
6. BIRTCH, R.L. et al. Ovarian follicular dynamics during
conventional vs. continuous oral contraceptive use. Contraception,
v.73, n.3, p.235-43, 2006.
7. ARCHER, D.F. et al. Ovarian activity and safety of a novel
levonorgestrel/ethinyl estradiol continuous oral contraceptive
regimen. Contraception. v.80, n.3, p. 245-53, 2009.
8. HOWARD, B. et al. Comparison of pregnancy rates in users of
extended and cyclic combined oral contraceptive (COC) regimens in
the United States: a brief report. Contraception, v.89, n.1,
p.25-7, 2014.
9. ANDERSON, F.D.; HAIT, H. A multicenter, randomized study of an
extended cycle oral contraceptive. Contraception, v.68, n.2,
p.89-96, 2003.
10. MILLER, L. amp; Hughes, J.P. Continuous combination oral
contraceptive pills to eliminate withdrawal bleeding: a randomized
trial. Obstet Gynecol.;v.101, p.653–61, 2003.
11. MILLER, L. amp; Notter, K.M. Menstrual reduction with extended
use of combination oral contraceptive pills: randomized controlled
trial. Obstet Gynecol. v.98, p.771–8, 2001.
12. KWIECIEN, M. et al. Bleeding patterns and patient acceptability
of standard or continuous dosing regimens of a low-dose oral
contraceptive: a randomized trial. Contraception. v.67, p.9–13,
2003.
13. MACHADO, R.B. et al. Clinical and metabolic aspects of the
continuous use of a contraceptive association of ethinyl estradiol
(30 microg) and gestodene (75 microg). Contraception. v.70, n.5,
p.365-70, 2004.
14. JOHNSON, N.P. amp; HUMMELSHOJ, L. Consensus on current
management of endometriosis. Hum Reprod. v.28, n.6, p.1552-68,
2013.
15. LEYLAND, N. et al. Endometriosis: diagnosis and management. J
Obstet Gynaecol Can. v.32, n.7 (Suppl 2), p.S1-32, 2010.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Gestinol®.

Características Farmacológicas


Gestodeno + Etinilestradiol (substância ativa) é um
contraceptivo oral monofásico, indicado para a prevenção da
gravidez (contracepção contínua), que combina o componente
estrogênico etinilestradiol com o componente progestagênico
gestodeno.

Farmacologia Clínica

Gestodeno + Etinilestradiol (substância ativa) age primariamente
inibindo a ovulação por supressão da liberação de gonadotrofinas e
promove alterações no muco cervical (que aumentam a dificuldade de
penetração do esperma no útero). Adicionalmente, alterações no
endométrio reduzem a probabilidade de nidação. Quando correta e
constantemente ingeridos, a taxa provável de falha dos COCs é de
0,1% por ano, entretanto, a falha durante uso típico é de 5% por
ano para todos os tipos de contraceptivos orais. A eficácia da
maioria dos métodos de contracepção depende da precisão com que
eles são usados. A falha do método é mais comum se os comprimidos
de COCs forem esquecidos.

Farmacocinética

Gestodeno

Absorção

O gestodeno é rapida e completamente absorvido pelo trato
gastrintestinal. A concentração máxima de 4 ng/mL de gestodeno é
atingida aproximadamente uma hora após a ingestão, e sua
biodisponibilidade é de aproximadamente 99%.

Biotransformação

O gestodeno é completamente biotransformado por redução do grupo
3-ceto e da dupla ligação delta-4 e por inúmeras hidroxilações.
Nenhum metabólito farmacologicamente ativo do gestodeno é
conhecido.

Distribuição

O gestodeno associa-se à albumina sérica e às SHBG. Somente
uma pequena fração (lt; 1%) do gestodeno total está presente na
forma livre, e 50% a 70% estão ligados às SHBG. O volume de
distribuição aparente do gestodeno é de 0,7 L/kg. A farmacocinética
do gestodeno é influenciada pelos níveis de SHBG, que aumentam com
a coadministração de etinilestradiol.

Excreção

O gestodeno é eliminado em duas fases. A fase de eliminação é
caracterizada por uma meia-vida de 16-18 horas. O gestodeno é
completamente biotransformado e eliminado pela urina e bile. Os
metabólitos de gestodeno são excretados na urina (50%) e nas fezes
(33%) com uma meia-vida de eliminação de aproximadamente um
dia.

Etinilestradiol

Absorção

O etinilestradiol é rapida e completamente absorvido pelo trato
gastrintestinal. Após administração única, os níveis de
etinilestradiol são alcançados dentro de uma a duas horas.

Biotransformação

Sofre intensa biotransformação de primeira passagem. A
biodisponibilidade média está em torno de 45% com significante
variação individual. O etinilestradiol é primariamente
biotransformado por hidroxilação aromática, mas uma grande
variedade de metabólitos hidroxilados e metilados é formada,
estando presente como metabólitos livres ou conjugados com
glicuronídios e sulfatos. Os metabólitos do etinilestradiol são
farmacologicamente ativos, e a meia-vida de eliminação dos
metabólitos é de aproximadamente um dia. A curva de disposição
mostra duas fases com meias-vidas de uma a três horas e de dez a 20
horas aproximadamente.

Distribuição

O etinilestradiol liga-se fortemente à albumina e induz o
aumento da concentração plasmática das globulinas de ligação dos
hormônios sexuais (SHBG). Depois de repetida administração oral, a
concentração sanguínea do etinilestradiol aumenta em torno de
30%-50%.

Excreção

O etinilestradiol conjugado é excretado pela bile e sujeito à
recirculação êntero-hepática. Cerca de 40% do fármaco é excretado
na urina e 60%, eliminado nas fezes. A meia-vida de eliminação do
etinilestradiol é de aproximadamente 10 horas.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Gestinol®.

Cuidados de Armazenamento do Previane

O medicamento deve ser mantido à temperatura ambiente (15°C a
30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características Organolépticas

Comprimido revestido na cor branca, circular e de faces
convexas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Previane

Venda sob prescrição médica.

Registro MS nº. 1.6773.0316

Farm. Resp.:

Dra. Maria Betânia Pereira
CRF-SP n°. 37.788

Registrado por:

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Jornalista F. A. Proença, km 08
Bairro Chácara Assay Hortolândia – SP – CEP: 13186-901
CNPJ: 05.044.984/0001-26
Indústria Brasileira

Fabricado por:

EMS S/A
São Bernardo do Campo/SP

Previane, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.