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MTX

Indicações em oncologia

MTX é indicado para o tratamento dos seguintes tumores
sólidos e neoplasias hematológicas:

  • Neoplasias trofoblásticas gestacionais (coriocarcinoma uterino,
    corioadenoma destruens e mola hidatiforme) (tipos de tumores
    relacionados à gestação);
  • Leucemias linfocíticas agudas (câncer das células brancas
    (leucócitos) do sangue);
  • Câncer pulmonar de células pequenas;
  • Câncer de cabeça e pescoço (carcinoma de células
    escamosas);
  • Câncer de mama;
  • Osteossarcoma (tumor maligno dos ossos);
  • Tratamento e profilaxia de linfoma (câncer no sistema
    linfático) ou leucemia meníngea (grupo de cânceres que afetam as
    células brancas do sangue);
  • Terapia paliativa de tumores sólidos inoperáveis;
  • Linfomas não-Hodgkin e linfoma de Burkitt.

Indicações não oncológicas

Psoríase grave (doença inflamatória descamativa da pele).

Como o MTX funciona?


MTX é um medicamento citotóxico (que causa destruição celular),
ou seja, ele inibe a multiplicação das células e o crescimento das
neoplasias.

Contraindicação do MTX

MTX é contraindicado em casos de:

  • Hipersensibilidade ao metotrexato ou quaisquer excipientes da
    formulação;
  • Aleitamento;
  • Insuficiência renal grave (diminuição da função dos rins);
  • Formulações de metotrexato e diluentes contendo conservantes
    não devem ser usados em terapia intratecal ou em alta dose de
    metotrexato.

Aplicável apenas a pacientes com psoríase:

  • Alcoolismo, doença hepática alcoólica ou outra doença crônica
    do fígado.
  • Evidência ostensiva ou laboratorial de síndromes de
    imunodeficiência.
  • Discrasias sanguíneas preexistentes, tais como hipoplasia da
    medula óssea (diminuição da atividade de formação da medula óssea),
    leucopenia (redução de células de defesa no sangue),
    trombocitopenia (diminuição das células de coagulação do sangue:
    plaquetas) ou anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas
    do sangue: hemácias) significativa.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres
grávidas.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o MTX

MTX é um medicamento de uso restrito a hospitais ou ambulatórios
especializados, portanto a preparação e administração devem ser
feita por profissionais treinados em ambiente hospitalar ou
ambulatorial.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu médico.

Para maiores informações consulte seu médico ou a bula com
Informações Técnicas aos Profissionais de Saúde.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
MTX?


Como MTX é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o
plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se
o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve
redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode
comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do MTX

Devido à possibilidade de reações tóxicas graves (as quais podem
ser fatais), MTX deve ser usado apenas em doenças neoplásicas (como
indicado) ou em pacientes com psoríase severa, recalcitrante
(resistente) e incapacitante. O paciente deve ser informado pelo
médico sobre os riscos envolvidos e deve estar sob a supervisão
constante de um médico.

Deve ser enfatizado ao paciente em tratamento para psoríase de
que a dose recomendada deve ser tomada semanalmente e o uso
equivocado diário da dose recomendada conduziu à toxicidade
(efeitos tóxicos do medicamento) fatal.

Metotrexato foi reportado por causar morte fetal e/ou anomalias
congênitas. Não é recomendado para o tratamento de doenças
neoplásicas em mulheres em idade fértil.

Assim como outras drogas citotóxicas, metotrexato pode induzir
“síndrome de lise tumoral” (sintomas provocados pela destruição das
células do câncer) em pacientes com rápido crescimento de tumores.
Medidas adequadas de suporte e farmacológicas podem prevenir
aliviar esta complicação.

Reações de pele severas, ocasionalmente fatais, assim como
Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (Síndrome
de Lyell) foram reportadas, seguindo doses simples ou múltiplas de
metotrexato.

O metotrexato causa hepatotoxicidade (toxicidade do fígado),
fibrose hepática (endurecimento do fígado) e cirrose (doença
crônica que afeta o fígado), mas geralmente apenas após uso
prolongado. Elevações agudas das enzimas hepáticas são vistas com
frequência. Essas são geralmente transitórias e assintomáticas e
não aparecem anteriormente à doença hepática subsequente.

A biópsia hepática após uso contínuo mostra frequentemente
alterações histológicas e fibrose e cirrose foram relatadas; essas
últimas lesões não podem ser precedidas por sintomas ou testes de
função hepática anormais na população com psoríase. Biópsias
hepáticas periódicas são geralmente recomendadas a pacientes com
psoríase que estão sob tratamento de longa duração. Metotrexato
causou reativação de infecção de Hepatite B (inflamação do fígado)
ou piora de infecções de Hepatite C, em alguns casos resultando em
morte. Alguns casos de reativação de Hepatite B ocorreram após a
descontinuação do metotrexato. Avaliação clínica e laboratorial
deve ser realizada para avaliar doença hepática preexistente em
pacientes com infecções anteriores de Hepatite B ou C. Com base
nestas avaliações o tratamento com o metotrexato pode não ser
apropriado para alguns pacientes.

Doença pulmonar induzida por metotrexato, incluindo derrame
pleural (acúmulo excessivo de líquido na cavidade pleural) e
pneumonia intersticial (tipo de pneumonia que afeta o tecido do
pulmão) aguda ou crônica, podem ocorrer a qualquer momento durante
a terapia e tem sido relatada em baixas doses. Nem sempre é
totalmente reversível e fatalidades foram reportadas. Metotrexato
pode exacerbar a doença pulmonar subjacente.

Sintomas pulmonares (especialmente tosse seca, não produtiva)
podem exigir a interrupção do tratamento e cuidadosa
investigação.

Diarreia (aumento da frequência das evacuações) e estomatite
ulcerativa (inflamação da mucosa da boca) requerem a interrupção da
terapia, caso contrário, enterite (inflamação dos intestinos)
hemorrágica e morte por perfuração intestinal podem ocorrer. MTX
deve ser usado com extrema cautela na presença de úlcera péptica
(ferida no estômago e/ou na parte inicial do intestino) ou colite
ulcerativa (inflamação do intestino grosso ou cólon).

Metotrexato administrado concomitantemente com radioterapia pode
aumentar o risco de necrose dos tecidos moles e osteonecrose
(necrose dos ossos).

Metotrexato é eliminado vagarosamente dos compartimentos de
terceiro espaço (por exemplo, efusões pleurais, ascite). Isso
resulta em uma meia-vida terminal prolongada e toxicidade
inesperada. Em pacientes com acumulações em terceiro espaço
significantes, é recomendável eliminar o fluido antes do tratamento
e monitorar os níveis plasmáticos de metotrexato.

A terapia com metotrexato em pacientes com a função renal
comprometida deve ser feita com extrema cautela e em doses
reduzidas, devido ao fato de que o comprometimento da função renal
diminui a eliminação de metotrexato.

É necessário acompanhar os pacientes tratados com metotrexato
rigorosamente. Metotrexato tem potencial de toxicidade grave. Os
efeitos tóxicos devem estar relacionados em frequência e gravidade
à dose ou frequência da administração, porém foi observado em todas
as doses e pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia.

A maioria das reações adversas são reversíveis se detectados com
antecedência. Quando tais reações ocorrerem, a dose deve ser
reduzida ou descontinuada e medidas corretivas adequadas devem ser
tomadas. Se a terapia com metotrexato é reinstituída, deve ser
conduzida com cautela, com consideração adequada da real
necessidade da droga, com estado de alerta aumentado, como possível
recorrência da toxicidade.

Os pacientes devem ser informados dos potenciais benefícios e
riscos do uso do metotrexato (incluindo os primeiros sinais e
sintomas de toxicidade), a necessidade de serem assistidos por seus
médicos imediatamente se essas ocorrerem e a necessidade de
acompanhamento próximo, incluindo exames laboratoriais periódicos,
para monitorar a toxicidade.

O uso de regimes de altas doses de metotrexato (≥500
mg/m2) recomendados para osteossarcoma requer cuidados
meticulosos. Regimes de altas doses para outras doenças neoplásicas
estão sob investigação e uma vantagem terapêutica não foi
estabelecida.

Linfomas malignos podem ocorrer em pacientes recebendo
metotrexato em baixas doses. Esses linfomas podem retornar após a
retirada de metotrexato sem a necessidade de tratamento.

Estados de deficiência de folato podem aumentar a toxicidade do
metotrexato.

Infecção ou estados imunológicos

A terapia com metotrexato possui atividade imunossupressora, que
potencialmente pode levar a infecções sérias ou mesmo fatais.
Sinais e sintomas de infecção devem ser cuidadosamente observados e
pode ser necessário tratamento antibiótico de largo espectro.

MTX deve ser usado com extrema cautela na presença de infecção
ativa e geralmente é contraindicado em pacientes com evidências
clínicas ou laboratoriais de síndromes de imunodeficiência.

As infecções oportunistas potencialmente fatais, incluindo
pneumonia por Pneumocystis carinii, podem ocorrer com a
terapia de metotrexato. Quando um paciente apresenta os sintomas
pulmonares, a possibilidade de pneumonia por Pneumocystis
carinii
deve ser considerada.

Gastrintestinal

Se vômito, diarreia ou estomatite ocorrer resultando em
desidratação, uma terapia de apoio deve ser instituída e a
descontinuação de MTX, até que a recuperação ocorra, deve ser
considerada.

Hepático

Metotrexato tem o potencial para hepatite aguda e
hepatotoxicidade crônica (fibrose e cirrose). A toxicidade crônica
é potencialmente fatal. Ela geralmente ocorre depois do uso
prolongado (geralmente dois anos ou mais) e depois uma dose total
cumulativa de, pelo menos, 1,5 gramas. Nos estudos em pacientes com
psoríase, a hepatotoxicidade pareceu ser uma função da dose
cumulativa total e ser aumentada por alcoolismo, obesidade,
diabetes e idade avançada.

As anormalidades temporárias dos parâmetros hepáticos são
observadas frequentemente após a administração de metotrexato e
normalmente não é uma razão para modificação da terapia de MTX.
Anormalidades hepáticas persistentes e/ou redução da albumina
sérica podem ser indicadores de toxicidade hepática grave.

Em psoríase, exames de lesão e de função hepática, incluindo
albumina sérica e tempo de protrombina, devem ser realizados várias
vezes antes da dose. Os exames de função hepática são
frequentemente normais no desenvolvimento de fibrose e cirrose.
Essas lesões podem ser detectáveis apenas por biopsia.

Recomenda-se obter uma biopsia hepática:

  • Antes da terapia ou logo após o início da terapia (2 a 4
    meses);
  • Depois de uma dose total cumulativa de 1,5 gramas;
  • Após cada 1,0 a 1,5 gramas adicionais.

No caso de fibrose moderada e qualquer tipo de cirrose,
descontinue o fármaco. A fibrose leve normalmente sugere uma
repetição da biopsia em 6 meses. Os achados histológicos mais
leves, como alteração na gordura e nflamação portal de baixo
grau são relativamente comuns antes do início da terapia. Embora,
esses achados leves não sejam geralmente uma razão para evitar ou
descontinuar a terapia com metotrexato, o fármaco deve ser usado
com cautela.

A biopsia hepática no pré-tratamento deve ser realizada para
pacientes com um histórico de consumo excessivo de álcool, valores
anormais persistentes nos exames de função hepática na avaliação
basal ou infecção crônica por hepatite B ou C.

Se os resultados de uma biopsia hepática mostrarem alterações
leves (graus I, II e IIIa de Roenigk), MTX pode ser continuado e o
paciente monitorado de acordo com as recomendações listadas acima.
MTX deve ser descontinuado em qualquer paciente que exibir exame de
função hepática anormal e persistente e negar a realização de
biopsia hepática ou em qualquer paciente cuja biopsia hepática
mostrar alterações de moderada a grave (grau IIIb e IV de
Roenigk).

Pulmonar

Sinais e sintomas pulmonares, por exemplo, tosse seca não
produtiva, febre, tosse, dor torácica, dispneia, hipoxemia e um
infiltrado na radiografia torácica ou uma pneumonite não específica
que ocorre durante a terapia de metotrexato, podem ser indicadores
de uma lesão potencialmente perigosa, que exija interrupção do
tratamento e investigação cuidadosa. Pneumonite induzida por
metotrexato pode ocorrer em todas as doses.

Infecção (incluindo pneumonia) precisa ser excluída.

Neurológicas

Existem relatos de leucoencefalopatia após a administração
intravenosa de metotrexato em pacientes que tinham irradiação
cranioespinal.

Leucoenfalopatia e/ou calcificações microangiopáticas foram
comumente observados em pacientes sintomáticos nos estudos de
diagnóstico por imagem.

A leucoencefalopatia crônica também foi relatada em pacientes
que receberam doses repetidas de metotrexato em alta dosagem com
resgate com ácido folínico mesmo sem irradiação craniana. A
descontinuação do metotrexato não resulta sempre na recuperação
completa.

Uma síndrome neurológica aguda temporária foi observada em
pacientes tratados com regimes de alta dosagem.

As manifestações desta síndrome neurológica podem incluir
anormalidades comportamentais, sinais de foco motossensoriais,
incluindo cegueira temporária e reflexos anormais. A causa exata é
desconhecida.

Após o uso intratecal de metotrexato, a toxicidade do
sistema nervoso central que pode ocorrer pode ser classificada
como:

  • Aracnoidite química aguda manifestada por cefaleia;
  • Dor nas costas;
  • Rigidez da nuca e febre;
  • Mielopatia subaguda caracterizada por paraparesia/paraplegia
    associada com envolvimento de uma ou mais raízes do nervo
    espinhal;
  • Leucoencefalopatia crônica manifestada por confusão,
    irritabilidade, sonolência, ataxia, demência, convulsões e
    coma.

Essa toxicidade do sistema nervoso central pode ser progressiva
e até fatal. Existe evidência de que o uso combinado de radiação
craniana e de metotrexato intratecal aumenta a incidência de
leucoencefalopatia. Ossinais de neurotoxicidade (irritação da
meninge, paresia temporária ou permanente, encefalopatia) devem ser
monitorados seguindo a administração intratecal de metotrexato.

A administração intratecal e intravenosa de metotrexato também
pode resultar em encefalite aguda e em encefalopatia aguda com
desfecho fatal.

Existem relatos de pacientes com linfoma periventricular de SNC
que desenvolveram herniação cerebral com a administração de
metotrexato intratecal.

Os casos de reações adversas neurológicas severas que variaram
de cefaleia à paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC foram
relatados principalmente em jovens e adolescentes que receberam
metotrexato intratecal em combinação com citarabina
intravenosa.

Dermatológicos

Os pacientes recebendo metotrexato devem evitar exposição
excessiva sem proteção ao sol ou lâmpadas solares devido a
possíveis reações de fotossensibilidade.

Reações dermatológicas graves, ocasionalmente fatais, incluindo
necrólise epidérmica tóxica (Síndrome de Lyell), síndrome de
Stevens-Johnson e eritema multiforme, foram relatadas durante os
dias de administração de metotrexato, intramuscular, intravenoso ou
intratecal.

As lesões de psoríase podem ser agravadas pela exposição
concomitante à radiação ultravioleta. A dermatite de radiação ou
queimadura solar pode ser “recidivante” pelo uso de
metotrexato.

Renal

Metotrexato pode provocar dano renal que pode levar à
insuficiência renal aguda. É recomendada atenção especial à função
renal, incluindo hidratação adequada, alcalinização da urina,
medida do metotrexato sérico e da função renal.

O uso concomitante de inibidores da bomba de próton (IBP) e a
alta dose de metotrexato devem ser evitados, especialmente em
pacientes com comprometimento renal.

Imunização

O metotrexato é um imunossupressor, podendo reduzir a resposta
imunológica à vacinação concomitante. Podem ocorrer reações
antigênicas graves se vacinas vivas forem administradas
concomitantemente.

As vacinações podem ser menos imunogênicas quando administradas
durante a terapia de metotrexato. A imunização com as vacinas de
vírus vivos geralmente não é recomendada.

Hematologia

Metotrexato pode suprimir a hematopoiese e provocar anemia,
anemia aplástica, pancitopenia, leucopenia, neutropenia, e/ou
trombocitopenia MTX deve ser usado com cautela em pacientes com
comprometimento hematopoiético pré-existente. O nadir dos
leucócitos, neutrófilos e plaquetas circulantes geralmente ocorre
entre 5 e 13 dias depois da dose bolus IV (com recuperação entre 14
e 28 dias). Os leucócitos e os neutrófilos podem ocasionalmente
mostrar duas depressões, a primeira ocorre de 4 a 7 dias e o
segundo nadir depois de 12 a 21 dias, seguido por uma recuperação.
Podem-se esperar sequelas clínicas como febre, infecções e
hemorragias.

No tratamento de doenças neoplásicas, MTX deve ser continuado
apenas se o provável benefício se sobrepuser ao risco da
mielossupressão grave. Na ocorrência de psoríase, MTX deve ser
interrompido imediatamente, se houver uma queda significativa nas
contagens de células sanguíneas.

Terapia com doses elevadas

A administração de ácido folínico (folinato de cálcio) é
obrigatória na terapia de metotrexato em altas doses. A
administração de ácido folínico, hidratação e alcalinização da
urina (alteração da acidez da urina) devem ser realizadas com
monitoração constante dos efeitos tóxicos e da eliminação do
metotrexato.

Monitoramento laboratorial

Geral

Os pacientes submetidos à terapia de metotrexato devem ser
monitorados continuamente para que os efeitos tóxicos sejam
detectados rapidamente. O monitoramento do nível sérico (nível no
sangue) de metotrexato pode reduzir significativamente a toxicidade
ao permitir o ajuste da dose de metotrexato e a realização das
medidas adequadas de resgate.

Fertilidade

Metotrexato foi relatado por provocar comprometimento da
fertilidade, oligospermia e disfunção menstrual em humanos, durante
e por um curto período depois da cessação da terapia.

Agentes quimioterápicos

O metotrexato é frequentemente utilizado em combinação com
outros fármacos citotóxicos. Pode-se esperar uma toxicidade aditiva
em esquemas de quimioterapia que combinam fármacos com efeitos
farmacológicos similares, devendo ser realizada uma monitoração
especial com respeito à depressão de medula óssea, bem como
toxicidades renal, gastrintestinal e pulmonar.

O aumento da nefrotoxicidade pode ser observado quando uma alta
dose de metotrexato é administrada em combinação com um agente
quimioterápico potencialmente nefrotóxico (por exemplo,
cisplatina).

Citarabina

O metotrexato intratecal administrado concomitantemente com
citarabina IV pode aumentar o risco de eventos adversos graves
neurológicos, como cefaleia, paralisia, coma e episódios
semelhantes a AVC.

L-asparaginase

Foi relatado que a administração de L-asparaginase pode
antagonizar o efeito de metotrexato.

Mercaptopurina

O metotrexato aumenta os níveis plasmáticos de mercaptopurina. A
combinação de metotrexato e mercaptopurina pode, portanto, exigir
ajuste de dose.

Medicamentos Anti-inflamatórios não esteroidais
(AINES)

Foram relatados casos graves e alguns fatais de agravamento da
toxicidade pelo metotrexato, quando esse era administrado
concomitantemente com vários fármacos anti-inflamatórios não
esteroidais (AINEs), inclusive ácido acetilsalicílico e outros
salicilatos, azapropazona, diclofenaco, indometacina e
cetoprofeno.

O mecanismo é incerto, mas pode incluir tanto o deslocamento do
metotrexato dos sítios de ligação com proteínas quanto um efeito
inibitório dos AINEs sobre a síntese de prostaglandina E2, causando
uma redução significativa do fluxo sanguíneo renal, resultando em
redução da excreção do metotrexato. Foi relatado que o naproxeno
não afeta a farmacocinética do metotrexato, mas foi relatado um
caso de interação fatal.

Os AINES não devem ser administrados antes ou concomitantemente
com as altas doses de metotrexato, como usado no tratamento de
osteossarcoma. A administração concomitante de AINES com a terapia
de alta dose de metotrexato foi relatada por elevar e prolongar os
níveis de metotrexato sérico, o que resulta em óbitos por
toxicidade grave de origem hematológica (incluindo supressão da
medula óssea e anemia aplástica) e gastrointestinal. Os AINES e os
salicilatos foram relatados por reduzir a secreção tubular de
metotrexato em um modelo animal e pode aumentar a sua toxicidade
pela elevação dos níveis de metotrexato. Portanto, deve-se ter
cautela quando eles forem administrados concomitantemente com
baixas doses de metotrexato.

A possibilidade de toxicidade aumentada com o uso concomitante
de AINES, incluindo os silicatos, não foi explorada completamente.
Os esteroides podem ser reduzidos gradualmente em pacientes que
respondam ao metotrexato. O uso combinado de metotrexato com ouro,
penicilamina, hidroxicloroquina, sulfassalazina não foi estudado e
pode aumentar a incidência de efeitos adversos.

Inibidores da bomba de prótons

A coadministração dos inibidores da bomba de prótons (IBP) com
metotrexato pode reduzir a depuração deste, o que provoca níveis
plasmáticos elevados de metotrexato com sinais e sintomas clínicos
de toxicidade por este medicamento. O uso concomitante de IBP e
alta dose de metotrexato devem, portanto ser evitados,
especialmente em pacientes com comprometimento renal.

Antibióticos

Ciprofloxacino

O transporte tubular renal é reduzido pelo ciprofloxacino. O uso
de MTX com esse fármaco deve ser cuidadosamente monitorado.

Penicilinas e sulfonamidas

As penicilinas e as sulfonamidas podem reduzir a depuração renal
de metotrexato.

A toxicidade hematológica e gastrointestinal foi observada em
combinação com doses altas e baixas de metotrexato.

Antibióticos orais

Os antibióticos orais, como tetraciclina, cloranfenicol e
antibióticos de amplo espectro não absorvíveis, podem reduzir a
absorção intestinal de metabolismo ou interferir na circulação
entero-hepática ao inibir a flora intestinal e suprimir o
metabolismo de metabolismo pelas bactérias.

A trimetoprima/sulfametoxazol foi relatada por aumentar
raramente a supressão da medula óssea em pacientes que recebem
metotrexato, provavelmente por diminuir a secreção tubular e/ou o
efeito aditivo de antifolato.

O uso concomitante de pirimetamina antiprotozoário pode aumentar
os efeitos tóxicos de metotrexato devido a um efeito aditivo de
antifolato.

Agentes de hepatotoxicidade

O potencial para hepatotoxicidade aumentada quando o metotrexato
é administrado com outros agentes hepatotóxico foram avaliados.
Entretanto, a hepatotoxicidade foi relatada nesses casos. Portanto,
os pacientes que receberam a terapia concomitante com metotrexato e
outros potenciais agentes (por exemplo, leflunomida, azatioprina,
sulfasalazina, retinoides) devem ser continuamente monitorados para
possíveis riscos aumentados de hepatotoxicidade.

Anestesia com óxido nitroso

O uso de anestesia com óxido nitroso potencializa o efeito do
metotrexato sobre o metabolismo do folato, causando mielossupressão
e estomatite imprevisíveis. Esse efeito pode ser reduzido com a
neutralização dos efeitos com ácido folínico.

Probenecida

O transporte tubular renal é reduzido pela probenecida. O uso de
metotrexato com esse fármaco deve ser cuidadosamente monitorado

Vitaminas

As preparações de vitamina que contêm ácido fólico ou seus
derivados podem reduzir as respostas ao metotrexato administrado
sistemicamente, entretanto, os estados de deficiência de folato
podem aumentar a toxicidade de metotrexto. Portanto, não devem ser
administradas a pacientes que estejam recebendo metotrexato.

Amiodarona

A administração de amiodarona a pacientes tratados com
metotrexato para psoríase induziu lesões cutâneas ulceradas.

Fármacos altamente ligados às proteínas
plasmáticas

O metotrexato é parcialmente ligado à albumina sérica e a
toxicidade pode ser aumentada devido ao deslocamento por outros
fármacos altamente ligados, como sulfonilureias, ácido
aminobenzoicos, salicilatos, fenilbutazona, fenitoína, sulfamidas,
alguns antibióticos como penicilinas, tetraciclinas, pristamicina,
probenecida e cloranfenicol. Além disso, compostos hipolipidêmicos
como a colestiramina mostraram-se substratos de ligação
preferencial em comparação com as proteínas séricas, quando
administrados em combinação com metotrexato.

Leflunomida

Metotrexato em combinação com a leflunomida pode aumentar o
risco de pancitopenia.

Concentrado de hemácias

Deve-se tomar cuidado se concentrado de hemácias e metotrexato
forem administradas concomitantemente; os pacientes que
receberam infusão de 24h de metotrexato e transfusões posteriores
mostraram toxicidade aumentada provavelmente resultando das altas
concentrações prolongadas de metotrexato sérico.

Terapia de psoraleno + iluminação ultravioleta
(PUVA)

Foi relatado câncer de pele em poucos pacientes portadores de
psoríase ou micose fungoide (um linfoma cutâneo de células-T)
recebendo tratamento concomitante com metotrexato e terapia PUVA
(metoxaleno e radiação ultravioleta).

Etretinato

Foi relatado um risco aumentado de hepatotoxicidade quando
metotrexato e etretinato são administrados concomitantemente.

Teofilina

O metotrexato pode reduzir a depuração da teofilina. Os níveis
de teofilina devem ser monitorados quando usados concomitantemente
com metotrexato.

Diuréticos

A supressão da medula óssea e os níveis diminuídos de folato
foram descritos na administração concomitante de triantereno e
metotrexato.

Vacinas

O metotrexato é um imunossupressor, podendo reduzir a resposta
imunológica à vacinação concomitante. Podem ocorrer reações
antigênicas graves se vacinas vivas forem administradas
concomitantemente.

Incompatibilidades

Metotrexato foi relatado como incompatível com o fosfato sódico
de prednisolona. A incompatibilidade relatada anteriormente com
fluoruracila foi questionada e estudos posteriores documentados na
literatura indicam que o metotrexato e a citarabina são física e
quimicamente estáveis nas administrações intravenosas em uma série
de concentrações e em uma variedade de veículos típicos. Uma
mistura de metotrexato sódico com citarabina e succinato sódico de
hidrocortisona em vários fluidos de infusão foi relatada como
visualmente compatível por pelo menos 8 horas em 25°C, embora a
precipitação tenha ocorrido em vários dias.

Em geral, a compatibilidade de qualquer medicamento administrado
com metotrexato deve ser garantido antes da administração ao
paciente.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Outras informações podem ser fornecidas pelo seu
médico.

Para maiores informações consulte seu médico ou a bula
com Informações Técnicas aos Profissionais de Saúde.

Reações Adversas do MTX

Em geral, a incidência e a gravidade de reações medicamentosas
adversas são relacionadas à dose e à frequência da administração.
As seções relevantes devem ser consultadas durante a busca por
informações sobre as reações adversas com metotrexato.

As reações adversas relatadas com mais frequência incluem
estomatite (inflamação da mucosa da boca) ulcerativa, leucopenia
(redução de células de defesa no sangue), náusea (enjoo) e
desconforto abdominal. Outros efeitos adversos relatados com
frequência são indisposição, fadiga (cansaço) indevida, calafrios e
febre, tonturas e resistência reduzida à infecção. As ulcerações da
mucosa oral são geralmente os sinais precoces de toxicidade.

Outras reações adversas que foram relatadas com metotrexato
estão listadas abaixo por sistema de órgão e por frequência. No
contexto oncológico, o tratamento concomitante e a doença
subjacente dificultam a atribuição específica de uma reação ao
metotrexato. Consulte a seção ‘Precauções’ para a referência
específica aos eventos clinicamente importantes e de longo prazo,
incluindo os que ocorrem após o tratamento de longo prazo ou altas
doses cumulativas (por exemplo, toxicidade hepática).

As categorias de frequência são definidas
como:

  • Muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados
    disponíveis).

Infecções e infestações

Raras

Sepse (infecção generalizada no organismo).

Desconhecidas

Infecções (incluindo sepse fatal); pneumonia; pneumonia por
Pneumocystis carinii; nocardiose (doença infecciosa
causada por bactérias); histoplasmose; criptococose;
Herpes-zóster; hepatite por Herpex simplex;
Herpes simplex disseminada; infecção por citomegalovírus
(incluindo pneumonia citomegaloviral); reativação de infecção por
hepatite B; piora da infecção por hepatite C.

Neoplasias Benignas, Malignas e Inespecíficas (incluindo
cistos e pólipos)

Incomuns

Linfoma (incluindo linfoma reversível) (câncer que se origina
nos linfonodos (gânglios)).

Muito raras

Síndrome de lise tumoral (sintomas provocados pela destruição
das células do câncer)*.

Distúrbios do sistema linfático e sangue

Incomuns

Insuficiência da medula óssea (diminuição da função da medula
óssea); anemia (diminuição da quantidade de células vermelhas do
sangue: hemácias); trombocitopenia (diminuição das células de
coagulação do sangue: plaquetas).

Muito raras

Anemia aplástica (diminuição da produção de glóbulos vermelhos
do sangue).

Desconhecidas

Agranulocitose (ausência de células de defesa: neutrófilos,
basófilos e eosinófilos); pancitopenia (diminuição de todas as
células do sangue); leucopenia (redução de células de defesa no
sangue); neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no
sangue: neutrófilos); linfadenopatia (ínguas) e distúrbios
linfoproliferativos (incluindo os reversíveis) (aumento anormal das
células do sistema linfático); eosinofilia (aumento da concentração
de eosinófilos no sangue, um dos tipos de células sanguíneas
responsáveis pela defesa ou imunidade do organismo); anemia
megaloblástica (doença na qual a medula óssea produz glóbulos
vermelhos gigantes e imaturos).

Distúrbios do Sistema Imune

Incomuns

Reações anafiláticas (reações alérgicas graves).

Muito raras

Hipogamaglobulinemia (alteração na produção de anticorpos).

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Raras

Diabetes.

Distúrbios psiquiátricos

Raras

Humor alterado; disfunção cognitiva temporária.

Distúrbios do sistema nervoso

Comuns

Parestesia (dormência e formigamento).

Incomuns

Hemiparesia (paralisia parcial de um lado do corpo);
encefalopatia/leucoencefalopatia (doença neuropsiquiátrica que
acontece por inflamação do cérebro)*; convulsões (ataques
epilépticos) *; cefaleias (dores de cabeça).

Raras

Paresia; disartria (dificuldade de articular as palavras);
afasia (distúrbio na formulação e compreensão da linguagem falada e
escrita); sonolência.

Muito raras

Distúrbios dos nervos cranianos.

Desconhecidas

Pressão de LCR aumentada (do líquido cefalorraquidiano);
neurotoxicidade (efeito tóxico sobre o sistema neurológico),
aracnoidite (inflamação de membrana que cobre o sistema nervoso
central); paraplegia (perda de movimento nas pernas); estupor
(alteração do nível de consciência); ataxia (dificuldade em
coordenar os movimentos); demência; tontura.

Transtornos oculares

Raras

Visão turva; alterações visuais graves.

Muito raras

Cegueira/perda da visão temporária; conjuntivite (inflamação ou
infecção da membrana que cobre o olho).

Transtornos cardíacos

Raras

Hipotensão (pressão baixa).

Muito raras

Efusão pericardial (inflamação da membrana que reveste o coração
externamente); pericardite (inflamação da membrana que reveste o
coração externamente).

Distúrbios vasculares

Raras

Eventos tromboembólicos (incluindo trombose cerebral (coágulo
sanguíneo no cérebro), trombose arterial, embolia pulmonar
(entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo), trombose de
veia profunda (formação de um coágulo sanguíneo numa veia
profunda), tromboflebite (inflamação da veia com formação de
coágulos), trombose de veia da retina).

Muito raras

Vasculite (inflamação da parede de um vaso sanguíneo).

Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino

Incomuns

Pneumonite intersticial (inflamação no pulmão) (incluindo
fatalidades); efusão pleural (acúmulo de líquido na membrana que
cobre o pulmão).

Raras

Fibrose respiratória; faringite (inflamação da faringe).

Desconhecidas

Doença pulmonar intersticial crônica (inflamação crônica do
pulmão); alveolite (inflamação dos alvéolos pulmonares), dispneia
(falta de ar); dor torácica; hipóxia (baixo teor de oxigênio no
sangue); tosse.

Distúrbios gastrintestinais

Incomuns

Pancreatite (inflamação no pâncreas); apetite reduzido; vômito;
diarreia (aumento no número e quantidade de fezes eliminadas
diariamente); estomatite (inflamação da mucosa da boca).

Raras

Ulceração e sangramento gastrintestinal; melena (fezes escuras
devido à presença de sangue); enterite (inflamação dos intestinos);
gengivite (inflamação da gengiva).

Muito raras

Hematemese (vômito com sangue).

Desconhecidas

Perfuração intestinal; peritonite não infecciosa (Inflamação da
membrana que cobre o abdômen, não causada por agente infeccioso);
glossite (inflamação da mucosa da língua); náusea (enjoo).

Distúrbios hepatobiliares

Incomuns

Elevações das enzimas hepáticas (do fígado).

Raras

Fibrose crônica (endurecimento do fígado) e cirrose; hepatite
aguda; hepatotoxicidade (toxicidade do fígado).

Muito raras

Diminuição da albumina sérica (diminuição de uma proteína do
sangue).

Desconhecidas

Insuficiência hepática (do fígado).

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Incomuns

Necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell) (descamação
grave da camada superior da pele); Síndrome de Stevens-Johnson
(reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas); Alopecia
(perda de cabelo).

Raras

Eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em
todo o corpo); erupções eritematosas (Pequenas manchas ou elevações
na pele avermelhadas); erosão dolorosa de placas psoriáticas
(doença de pele caracterizada por manchas e placas);
fotossensibilidade (sensibilidade aumentada à luz); ulceração
cutânea (erosão da pele); urticária (alergia na pele); acne;
equimose (manchas arroxeadas); distúrbios pigmentares (alterações
da coloração da pele); prurido (coceira).

Muito raras

Furunculose, telangiectasia (dilatação de pequenos vasos).

Desconhecidas

Reação medicamentosa com eosinofilia (aumento da concentração de
eosinófilos no sangue, um dos tipos de células sanguíneas
responsáveis pela defesa ou imunidade do organismo) e sintomas
sistêmicos; dermatite (reação alérgica de pele), petéquias
(hematomas puntiformes na pele).

Distúrbios musculoesqueléticos, dos tecidos conjuntivo e
ósseo

Raras

Artralgia (dor nas articulações)/mialgia (dor muscular);
osteoporose (perda de massa óssea, deixando os ossos mais fracos),
fraturas por estresse.

Desconhecidas

Osteonecrose (gangrena do osso).

Distúrbios renais e urinários

Incomuns

Insuficiência renal, nefropatia (doença do rim).

Raras

Disúria (dificuldade e dor para urinar).

Muito raras

Hematúria (sangue na urina); azotemia (aumento da quantidade de
nitrogênio no sangue); cistite (inflamação da bexiga).

Desconhecidas

Proteinúria (proteína aumentada na urina / eliminação de
proteínas pela urina).

Afecções da gravidez, do puerpério e
perinatais

Incomuns

Defeitos fetais.

Raras

Aborto.

Desconhecidas

Óbito fetal (morte do feto).

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas

Raras

Disfunção menstrual.

Muito Raras

Oogênese (produção e liberação do óvulo)/espermatogênese
(produção e liberação do espermatozoide) comprometida; impotência;
infertilidade; perda da libido; oligospermia temporária (diminuição
do número de espermatozoides no ejaculado); corrimento vaginal.

Desconhecidas

Disfunção urogenital (do sistema urinário e reprodutivo).

Distúrbios gerais e condições do local de
administração

Raras

Nódulo.

Muito Raras

Morte súbita.

Desconhecidas

Pirexia (febre); calafrios; indisposição; fadiga (cansaço).

*Apenas parenteral.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do MTX

Uso pediátrico

A superdose intravenosa ou intratecal por cálculo inadequado da
dosagem (especialmente em jovens) tem ocorrido. Deve-se tomar
cuidado especial ao cálculo da dose administrada.

A neurotoxicidade grave, frequentemente manifestada como
convulsões generalizadas ou focais, foi relatada com a frequência
inesperadamente aumentada entre os pacientes pediátricos com
leucemia linfoblástica aguda que foram tratados com metotrexato
intravenoso (1 g/m2).

Uso geriátrico

Foram relatadas toxicidades fatais relacionadas à dose
inadvertidamente diária em vez de semanais, especialmente em
pacientes idosos. Deve-se enfatizar ao paciente que a dose
recomendada é administrada semanalmente para psoríase.

Gravidez

Metotrexato pode provocar óbito fetal, embriotoxicidade, aborto
ou efeitos teratogênicos quando administrados em pacientes
grávidas. Metotrexato é contraindicado em pacientes grávidas com
psoríase.

As mulheres em idade fértil não devem iniciar a terapia com
metotrexato até que a gravidez seja excluída e devem ser
completamente aconselhadas sobre o sério risco ao feto caso elas
engravidem durante a submissão ao tratamento. A gravidez deve ser
evitada se o parceiro estiver recebendo metotrexato.

O intervalo de tempo ideal entre a cessação do tratamento de
metotrexato de outro parceiro e a gravidez não foi claramente
estabelecido. As recomendações publicadas da literatura para os
intervalos de tempo variam de 3 meses a 1 ano.

O risco dos efeitos sobre a reprodução deve ser discutido com
pacientes do sexo feminino e do masculino que tomem
metotrexato.

As formulações de injeção de metotrexato que contenham o
conservante de álcool benzílico não são recomendadas durante a
gravidez, uma vez que o álcool benzílico pode atravessar a
placenta.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Lactação

O metotrexato foi detectado no leite humano e é contraindicado
durante a lactação.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar
Máquinas

Alguns dos efeitos relatados no item Quais os males que este
medicamento pode me causar? (por exemplo, tontura, fadiga) podem
ter uma influência na capacidade de dirigir e usar máquinas.

Composição do MTX

Apresentações

MTX solução injetável 25 mg/ml em embalagem contendo 1
frasco-ampola com 20 ml (500 mg).

MTX solução injetável 100 mg/ml em embalagem contendo 1
frasco-ampola com 10 ml (1 g).

Via de administração: uso injetável por via intravenosa,
intramuscular, intratecal ou infusão intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Cuidado: agente citotóxico.

Uso restrito a hospitais.

Composição

Cada mL da solução injetável de MTX 25 mg/mL
contém

Metotrexato

25 mg

Excipientes*

1 mL

*Hidróxido de sódio, cloreto de sódio e água para
injetáveis.

Quando necessário, o pH é ajustado com solução de ácido
clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

Cada mL da solução injetável de MTX 100 mg/mL
contém

Metotrexato

100 mg

Excipientes*

1 mL

*Hidróxido de sódio e água para injetáveis.

Quando necessário, o pH é ajustado com solução de ácido
clorídrico e/ou hidróxido de sódio.

Superdosagem do MTX

Na experiência após venda, a superdosagem com metotrexato
geralmente ocorreu com administração intratecal, embora a
superdosagem intravenosa e intramuscular também tenham sido
relatadas.

Os sintomas de superdosagem intratecal são geralmente sintomas
do sistema nervoso central (SNC), incluindo cefaleia, náusea e
vômito, convulsões e encefalopatia tóxica aguda. Em alguns casos,
não foram relatados sintomas. Existem relatos de óbito após
superdosagem intratecal. Nesses casos, a herniação cerebelar
associada com a pressão intracraniana aumentada e a encefalopatia
tóxica aguda também foram relatadas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do MTX

AINE não devem ser administrados antes ou concomitantemente a
doses elevadas de metotrexato. A administração concomitante de
alguns AINE com altas doses de metotrexato foi descrita como
responsável por concentrações séricas elevadas de metotrexato por
tempo prolongado, resultando em morte por toxicidade
hematológica e gastrintestinal.

Deve-se tomar cuidado quando AINE e salicilatos são
administrados concomitantemente a doses mais baixas de metotrexato.
Existem relatos de que essas drogas reduzem a secreção tubular de
metotrexato em modelo animal, aumentando sua toxicidade. Apesar das
interações em potencial, estudos com metotrexato em pacientes
com artrite reumatoide normalmente incluem uso concomitante e
constante de AINE, sem problemas aparentes.

Entretanto, deve-se considerar que as doses utilizadas na
artrite reumatoide (7,5 a 15 mg/semana) são menores do que aquelas
utilizadas na psoríase e que doses maiores podem levar à toxicidade
inesperada. O metotrexato se liga parcialmente a albumina
plasmática e a toxicidade pode ser aumentada em consequência
do deslocamento determinado por certas drogas, tais como
salicilatos, fenilbutazona, fenitoína e sulfonamidas. O transporte
tubular renal também é diminuído por probenecida; o uso de
metotrexato concomitantemente a essa droga deve ser cuidadosamente
monitorado. Antibióticos orais, tais como tetraciclinas,
cloranfenicol e antibióticos de amplo espectro não absorvíveis
podem diminuir a absorção intestinal do metotrexato ou interferir
com a circulação enteroepática por inibição da flora intestinal e
não metabolismo bacteriano da droga.

Preparações vitamínicas contendo ácido fólico ou seus derivados
podem diminuir a resposta ao metotrexato sistemicamente
administrado.

Estados de deficiência de folato podem aumentar a toxicidade do
metotrexato. Raramente, a combinação de trimetoprima e
sulfametoxazol aumenta a depressão medular em pacientes
recebendo metotrexato, provavelmente devido a um efeito antifolato
aditivo.

Ação da Substância MTX

Resultados de eficácia

Artrite reumatoide:

Seis estudos clínicos randomizados e controlados foram
realizados nos anos 1980; o maior deles incluiu 189 pacientes e
comparou baixas doses de metotrexato (7,5-15 mg/semana) com
placebo. O metotrexato promoveu melhora significante de todas as
medidas de eficácia avaliadas a partir de 3 semanas de
terapia, com uma melhora máxima observada em 2 a 3 meses.

Resultados de estudos clínicos e de estudos observacionais
demonstraram que metotrexato retarda a taxa de progressão dos danos
radiográficos na artrite reumatóide. O EULAR (The European
League Against Reumatism
) considera o metotrexato um
medicamento altamente efetivo como modificador da doença na artrite
reumatoide e resultados mais recentes sugerem que altas doses
semanais de metotrexato (20–30 mg) sejam mais efetivas que baixas
doses (7,5–15 mg). Com base em sua eficácia em monoterapia e em sua
habilidade de aumentar a eficácia dos DMARDs biológicos quando
usado em combinação, o metotrexato é considerado uma droga
âncora no tratamento da artrite reumatoide, sendo efetivo em
pacientes com artrite reumatoide inicial virgens de
tratamento com DMARDs.

Psoríase:

Em um estudo retrospectivo, 113 pacientes com psoríase grave
foram tratados com baixas doses de metotrexato ao longo de 22 anos;
observou-se melhora total ou quase total em 81% dos pacientes (4).
Um outro estudo retrospectivo revisou os dados de 244 pacientes com
psoríase recebendo metotrexato uma vez por semana em doses
terapêuticas de 0,3 a 0,5 mg/kg. Uma melhora gt;75% ocorreu em 88%
dos pacientes em 8,5 ± 5,1 semanas. Uma revisão dos estudos
com metotrexato em monoterapia evidenciou que a resposta
terapêutica ocorre geralmente entre 1 a 4 semanas, com uma
redução de pelo menos 50% no PASI (Psoriasis Area Severity
Index
) em 70-80% dos pacientes tratados.


Características farmacológicas

Farmacologia

O metotrexato liga-se com alta afinidade e inativa a enzima
diidrofolato redutase. Os diidrofolatos devem ser reduzidos a
tetraidrofolatos por essa enzima antes que possam ser utilizados na
síntese de nucleotídeos purina. Portanto, o metotrexato interfere
com a síntese, reparo e replicação do DNA. Além disso, promove
liberação de adenosina, inibição da produção de citocinas
pró-inflamatórias, supressão da proliferação de linfócitos e
da adesão e quimiotaxia de neutrófilos e a redução das
imunoglobulinas séricas. O mecanismo pelo qual modula a inflamação
na artrite reumatoide, no entanto, permanece desconhecido. A rápida
remissão clínica da doença após a suspensão do metotrexato sugere
que os efeitos antiinflamatórios desempenhem um papel mais
importante na artrite reumatoide que os efeitos
antiproliferativos.

O metotrexato diminui a síntese de DNA, interferindo com a
cinética das células epiteliais e induz apoptose de queratinócitos.
Uma vez que a patogênese da psoríase envolve uma resposta aberrante
das células-T, o sistema imune é um alvo possível dos efeitos
anti-psoriáticos do metotrexato. 

Adicionalmente, o metotrexato reduz significantemente as
concentrações séricas de interleucina-22, uma citocina que promove
proliferação de queratinócitos e inflamação da derme na
psoríase.

Farmacocinética

Absorção:

Em adultos, a absorção oral parece ser dose-dependente.
Concentrações séricas máximas são alcançadas em 1 a 2 horas. Em
doses de 30 mg/m2 ou menores, o metotrexato é,
geralmente, bem absorvido com biodisponibilidade média de cerca de
60%. A absorção de doses maiores do que 80 mg/m2 é
significantemente menor, possivelmente devido a um efeito de
saturação.

Uma diferença de 20 vezes entre as concentrações mais altas
e mais baixas (Cmáx: 0,11 a 2,3 micromolar após uma
dose de 20 mg/m2) foi relatada. Variabilidade individual
significante também foi observada no tempo para atingir a
concentração sérica máxima (Tmáx: 0,67 a 4 horas após
dose de 15 mg/m2) e na fração da dose absorvida.

Demonstrou-se que a alimentação retarda a absorção e reduz a
Cmáx

Distribuição:

Após administração intravenosa, o volume de distribuição é de
aproximadamente 0,18 L/kg (18% do peso corpóreo) e o volume
constante de distribuição é de aproximadamente 0,4 a 0,8 L/kg (40%
a 80% do peso corpóreo). O metotrexato compete com os folatos
reduzidos no transporte ativo através das membranas celulares.
Em concentrações séricas maiores do que 100 micromolar, difusão
passiva torna-se a forma mais importante pela qual as
concentrações intracelulares efetivas podem ser alcançadas. A
ligação do metotrexato a proteínas plasmáticas é de aproximadamente
50%; estudos laboratoriais demonstraram que ele pode ser deslocado
da albumina plasmática por vários compostos, incluindo
sulfonamidas, salicilatos, tetraciclinas, cloranfenicol e
fenitoína. Em doses terapêuticas, o metotrexato não penetra a
barreira hematoencefálica quando administrado por via oral ou
parenteral. Em cães, as concentrações no fluido sinovial após dose
oral foram maiores nas articulações inflamadas do que nas não
inflamadas. Enquanto salicilatos não interferiram com essa
penetração, tratamento prévio com prednisona reduziu a penetração
da droga nas articulações inflamadas.

Metabolismo:

Após a absorção, o metotrexato passa por metabolismo hepático e
intracelular para formas poliglutamadas que podem ser
convertidas novamente, em metotrexato por enzimas
hidrolíticas. Esses poliglutamatos agem como inibidores de
diidrofolato redutase e da timidilato sintetase.

Pequenas quantidades de metotrexato poliglutamato podem
permanecer nos tecidos por períodos prolongados. A retenção e a
ação prolongada da droga decorrente desses metabólitos ativos
variam entre diferentes células e tecidos. Uma pequena quantidade
de metabolização para 7-hidroximetotrexato pode ocorrer em doses
comumente prescritas. A solubilidade aquosa do 7-hidroximetotrexato
é 3 a 5 vezes menor do que a do composto original. O
metotrexato é parcialmente metabolizado pela flora intestinal após
administração oral.

Meia-vida:

A meia-vida relatada para o metotrexato é de aproximadamente 3 a
10 horas para pacientes recebendo tratamento para psoríase e
artrite reumatoide com doses baixas (menos do que 30
mg/m2). Para pacientes recebendo altas doses de
metotrexato, a meia-vida é de 8 a 15 horas.

Excreção:

A excreção renal é a via primária de eliminação e é dependente
da dose e da via de administração. Com administração endovenosa,
80% a 90% da dose administrada são excretadas sem alteração na
urina em 24 horas. Existe limitada excreção biliar, chegando a 10%
ou menos da dose administrada. A circulação êntero-hepática do
metotrexato foi proposta. A excreção renal ocorre por filtração
glomerular e secreção tubular ativa. 

Eliminação não linear devido à saturação da reabsorção tubular
renal tem sido observada em pacientes com psoríase em doses entre
7,5 e 30 mg.

Disfunção renal, bem como uso de drogas tais como ácidos
orgânicos fracos, que também podem sofrer secreção tubular, podem
aumentar muito as concentrações séricas do metotrexato.

Uma correlação excelente entre a depuração do metotrexato e da
creatinina endógena tem sido descrita. As taxas de depuração de
metotrexato variam amplamente e são, em geral, diminuídas com altas
doses. Depuração retardada da droga tem sido responsabilizada
como um dos fatores mais importantes responsáveis pela toxicidade
do metotrexato. Postulou-se que a toxicidade do
metotrexato para tecidos normais é mais dependente da duração
à exposição da droga do que da concentração máxima atingida.

Quando um paciente tem retardo na eliminação da droga,
consequente ao comprometimento da função renal, difusão ao terceiro
espaço, ou outras causas, as concentrações séricas de metotrexato
podem permanecer elevadas por períodos prolongados. O potencial de
toxicidade dos regimes de altas doses ou da excreção retardada é
reduzido pela administração de leucovorina cálcica durante a fase
final de eliminação do metotrexato. A monitorização farmacocinética
das concentrações séricas do metotrexato pode ajudar a
identificar aqueles pacientes com alto risco de toxicidade pelo
metotrexato e auxiliar no ajuste apropriado da posologia de
leucovorina. As diretrizes para a monitoração das concentrações
séricas de metotrexato, e para o ajuste da dose de leucovorina para
reduzir o risco de toxicidade de metotrexato são fornecidas em
Posologia.

O metotrexato foi detectado no leite materno. A maior razão de
concentração do leite humano para o plasma foi de 0,08:1.

Cuidados de Armazenamento do MTX

MTX solução injetável deve ser conservado em temperatura
ambiente entre 15ºC e 30ºC.

Prazo de validade: 18 meses a partir da data de
fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Solução injetável, límpida de coloração amarela e livre de
partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.

Dizeres Legais do MTX

Reg. MS nº 1.1637.0137

Farm. Resp.:

Eliza Yukie Saito
CRF-SP n° 10.878

Registrado por:

Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares
Km 30,5 n° 2833 – Prédio 100
CEP 06705-030
Cotia – SP
Indústria Brasileira

Mtx, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.