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Megy

Além disso, é utilizado para o tratamento da acne
vulgaris moderada (espinha) em mulheres que buscam
adicionalmente proteção contraceptiva.

Como o Megy funciona?

Megy é um contraceptivo oral combinado, cuja cartela contém 24
comprimidos revestidos.

Cada comprimido revestido contém uma combinação de dois
hormônios femininos a drospirenona (progestógeno) e o
etinilestradiol (estrogênio). Devido às pequenas concentrações
destes hormônios, Megy é considerado um contraceptivo oral
combinado de baixa dose.

Os hormônios contidos em Megy, previnem a gravidez por meio de
diversos mecanismos, sendo que os mais importantes são inibição da
ovulação e alterações no muco cervical (do colo uterino).

Outras características não-relacionadas com a prevenção
da gravidez

Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade
do sangramento, diminuindo o risco de anemia por deficiência de
ferro. A cólica menstrual também pode se tornar menos intensa ou
desaparecer completamente.

Além disso, há evidências de que alguns distúrbios graves
ocorrem com menos frequência em usuárias de contraceptivos contendo
0,05 mg de etinilestradiol (“pílula de alta dose”), tais como:
doença benigna da mama, cistos ovarianos, infecções pélvicas
(doença inflamatória pélvica ou DIP), gravidez ectópica (quando o
feto se fixa fora do útero) e câncer do endométrio (tecido de
revestimento do útero) e dos ovários. Pode ser que estes resultados
também se verifiquem para os contraceptivos orais de baixa dose, no
entanto, até o momento somente foi confirmada a redução da
ocorrência de casos de câncer ovariano e de endométrio.

Um dos hormônios de Megy, a drospirenona, possui propriedades
especiais que produzem efeitos benéficos além da
contracepção prevenção do ganho de peso e de outros sintomas,
como distensão abdominal e inchaço, relacionados à retenção de
líquido causada por hormônios presentes tanto em contraceptivos
orais quanto em certos momentos do ciclo menstrual normal. Estas
propriedades fazem da drospirenona um hormônio similar à
progesterona (hormônio feminino que o corpo produz). A drospirenona
também possui atividade antiandrogênica, que auxilia na redução da
acne (espinhas) e do excesso de oleosidade da pele e dos
cabelos.

Contraindicação do Megy

Não use contraceptivo oral combinado se você tem
qualquer uma das condições descritas a seguir

Caso apresente qualquer uma destas condições, informe seu médico
antes de iniciar o uso de Megy. Ele pode lhe recomendar o uso de
outro contraceptivo oral ou de outro método contraceptivo (não –
hormonal).

  • História atual ou anterior de coágulo em uma veia da perna
    (trombose), do pulmão (embolia pulmonar) ou outras partes do
    corpo;
  • História atual ou anterior de ataque cardíaco ou derrame
    cerebral, que é causado por um coágulo ou por um rompimento de um
    vaso sanguíneo no cérebro;
  • História atual ou anterior de doenças que podem ser sinal
    indicativo de futuro ataque cardíaco (como angina pectoris
    que causa uma intensa dor no peito, podendo se irradiar para o
    braço esquerdo) ou de um derrame (como um episódio isquêmico
    transitório ou um pequeno derrame sem efeitos residuais);
  • Presença de um alto risco para a formação de coágulos arteriais
    ou venosos;
  • História atual ou anterior de um certo tipo de enxaqueca
    acompanhada por sintomas neurológicos focais tais como sintomas
    visuais, dificuldade para falar, fraqueza ou adormecimento em
    qualquer parte do corpo;
  • Diabetes mellitus com lesão de vasos sanguíneos;
  • História atual ou anterior de doença do fígado (cujos sintomas
    podem ser amarelamento da pele ou coceira do corpo todo) e seu
    fígado ainda não funciona normalmente;
  • História atual ou anterior de câncer que pode se desenvolver
    sob a influência de hormônios sexuais (p. ex., câncer de mama ou
    dos órgãos genitais);
  • Mau funcionamento dos rins (insuficiência renal grave ou
    insuficiência renal aguda);
  • Presença ou antecedente de tumor no fígado (benigno ou
    maligno);
  • Presença de sangramento vaginal sem explicação;
  • Ocorrência ou suspeita de gravidez;
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes de
    Megy. O que pode causar, por exemplo, coceira, erupção cutânea ou
    inchaço.

Se qualquer um destes casos ocorrer pela primeira vez enquanto
estiver tomando contraceptivo oral, descontinue o uso imediatamente
e consulte seu médico. Neste período, outras medidas contraceptivas
não-hormonais devem ser empregadas.

Como usar o Megy

Os contraceptivos orais são utilizados para prevenir a gravidez.
Quando utilizados corretamente e sem que nenhum comprimido seja
esquecido, ou outro fator como vômito dentro de 3 a 4 horas após a
ingestão de um comprimido ou diarreia intensa, bem como interações
medicamentosas, a chance de ocorrer gravidez é de
aproximadamente 1,0% (uma gestação a cada 100 mulheres por ano de
uso). A chance de ocorrer gravidez aumenta a cada comprimido
esquecido por você durante um ciclo menstrual ou quando o
contraceptivo oral é usado incorretamente.

Siga rigorosamente o procedimento indicado, pois o
não-cumprimento pode ocasionar falhas na obtenção dos
resultados.

A cartela de Megy contém 24 comprimidos revestidos, dispostos em
sequência numérica. Comece pelo comprimido de número 1, e continue
ingerindo um comprimido diariamente, seguindo a direção das setas
até a ingestão do último comprimido (24). Tome um comprimido por
dia, aproximadamente à mesma hora, com água se necessário.

Após haver tomado o primeiro comprimido revestido, aperte na
cartela o dia da semana correspondente à ingestão. Isso irá
auxiliá-la a relembrar o dia da semana em que iniciou o uso do
produto.

Siga a direção das flechas, até que tenha tomado todos os 24
comprimidos. Terminados os comprimidos da cartela, realize uma
pausa de 4 dias. Nesse período, cerca de 2 a 3 dias após a ingestão
do último comprimido de Megy, deve ocorrer um sangramento
semelhante ao menstrual (sangramento por privação
hormonal).

Inicie uma nova cartela no quinto dia, independentemente de ter
cessado ou não o sangramento. Isto significa que, em cada mês,
estará sempre iniciando uma nova cartela no mesmo dia da semana, e
que ocorrerá o sangramento por privação mais ou menos nos mesmos
dias da semana.

Início do uso de Megy

Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado
no mês anterior

Inicie o uso de Megy no primeiro dia de menstruação, isto é, no
primeiro dia de sangramento. Siga, então, a ordem dos dias. A ação
contraceptiva de Megy inicia-se imediatamente. Não é necessário
utilizar adicionalmente outro método contraceptivo.

Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel
vaginal ou adesivo transdérmico (contraceptivo) para
Megy

Comece a tomar Megy no dia seguinte ao término da cartela do
outro contraceptivo que você estava usando. Isso significa que não
haverá pausa entre as cartelas. Se o contraceptivo que estava
tomando apresenta comprimidos inativos, ou seja, sem princípio
ativo, inicie a tomada de Megy no dia seguinte à ingestão do último
comprimido ativo do contraceptivo. Caso não saiba diferenciar os
comprimidos ativos dos inativos, pergunte ao seu médico.

O uso de Megy também poderá ser iniciado mais tarde, no máximo,
até o dia seguinte após o intervalo de pausa do contraceptivo
que estava sendo utilizado ou no dia seguinte após ter tomado o
último comprimido inativo do contraceptivo anterior. Se
estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve
começar preferencialmente no dia da retirada do ultimo anel ou
adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a próxima
aplicação. Se seguir essas instruções, não será necessário utilizar
adicionalmente outro método contraceptivo.

Mudando da minipílula (contraceptivo contendo somente
progestógeno) para Megy

Nesse caso, você deve parar de usar a minipílula e começar a
tomar Megy no dia seguinte, no mesmo horário. Junto com Megy,
utilize um método contraceptivo de barreira (p.ex., preservativo)
caso você tenha relação sexual nos 7 primeiros dias de uso
Megy.

Mudando de contraceptivo injetável, de implante ou do
sistema intra-uterino (SIU) com liberação de progestógeno para
Megy

Inicie o uso de Megy na data prevista para a próxima injeção ou
no dia de extração (retirada) do implante ou do SIU.
Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira (p.ex.,
preservativo) caso tenha relação sexual nos 7 primeiros dias de uso
de Megy.

Megy e o pós-parto

No pós-parto, seu médico poderá aconselhá-la a esperar por um
ciclo menstrual normal antes de iniciar o uso de Megy. Às vezes,
você pode antecipar o uso de Megy com o consentimento do médico. Se
você estiver amamentando, fale primeiramente com seu médico.

Megy e o aborto

Consulte seu médico.

Informações adicionais para populações
especiais

Crianças

Megy é indicado apenas para uso após a menarca (primeira
menstruação).

Pacientes idosas

Megy não é indicado para uso após a menopausa.

Pacientes com insuficiência hepática

Megy é contraindicado em mulheres com doença hepática
grave. 

Pacientes com insuficiência renal

Megy é contraindicado em mulheres com insuficiência renal grave
ou insuficiência renal aguda.

O que devo fazer em caso de distúrbios gastrintestinais
(no estômago e nos intestinos), como vômito ou diarreia
intensa?

Se ocorrer vômito ou diarreia intensa, as substâncias ativas do
comprimido podem não ter sido absorvidas completamente. Se ocorrer
vômito no período de 3 a 4 horas após a ingestão do comprimido, é
como se tivesse esquecido de tomá-lo.

Portanto, siga o mesmo procedimento indicado no item “O que devo
fazer quando eu me esquecer de usar o Megy?”. Consulte seu médico
em quadros de diarreia intensa.

O que devo fazer em caso de sangramento
inesperado?

Como ocorre com todos contraceptivos orais, pode surgir, durante
os primeiros meses de uso, sangramento intermenstrual (gotejamento
ou sangramento de escape), isto é, sangramento fora da época
esperada. Neste caso, você pode usar absorventes higiênicos.
Continue a tomar os comprimidos normalmente, pois, em geral, o
sangramento intermenstrual cessa espontaneamente, uma vez que seu
corpo tenha se adaptado ao contraceptivo oral (geralmente, após 3
meses de tomada dos comprimidos).

Caso o sangramento não cesse, continue mais intenso ou reinicie,
consulte o seu médico.

O que devo fazer se não ocorrer o
sangramento?

Se você tiver tomado todos os comprimidos sempre no mesmo
horário e não ocorreu vômito, diarreia intensa ou uso concomitante
de outros medicamentos, é pouco provável que esteja grávida.
Continue tomando Megy normalmente.

Caso não ocorra sangramento por dois meses seguidos, você pode
estar grávida.

Consulte imediatamente seu médico. Não inicie nova cartela de
Megy até que a suspeita de gravidez seja afastada pelo seu médico.
Durante este período utilize medidas contraceptivas
não-hormonais.

Quando posso interromper o uso de Megy?

Você pode parar o uso de Megy a qualquer momento. Porém, não
pare de tomá-lo sem o conhecimento do seu médico.

Se você não quer engravidar após parar de usar Megy, consulte o
seu médico para que ele possa indicar outro método
contraceptivo.

Se desejar engravidar, recomenda-se que você espere por um ciclo
menstrual natural. Converse com o seu médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Megy?

Se houver um atraso de menos de 12 horas do horário habitual, a
proteção contraceptiva de Megy é mantida. Tome o comprimido que
você esqueceu assim que lembrar e tome o próximo comprimido no
horário habitual.

Se houver um atraso de mais de 12 horas do horário habitual, a
proteção contraceptiva de Megy pode ficar reduzida, especialmente
se o esquecimento da tomada ocorrer no começo ou no final da
cartela. Veja abaixo como proceder em cada caso específico.

Se você esquecer de tomar 1 comprimido entre o 1° e o 7°
dia

Tome o comprimido que você esqueceu, assim que lembrar
(inclui-se a possibilidade de tomar dois comprimidos de uma só vez)
e continue a tomar os próximos comprimidos no horário habitual.
Utilize método contraceptivo adicional (método de barreira – p.ex.,
preservativo) durante os próximos 7 dias. Se você teve relação
sexual na semana anterior ao esquecimento da tomada do comprimido,
há possibilidade de engravidar. Comunique o fato imediatamente ao
seu médico.

Se você esquecer de tomar 1 comprimido entre o 8° e o
14° dia

Tome o comprimido que você esqueceu assim que lembrar (inclui-se
a possibilidade de tomar dois comprimidos de uma só vez) e continue
a tomar os próximos comprimidos no horário habitual. A proteção
contraceptiva de Megy está mantida.

Não é necessário utilizar outro método contraceptivo
adicional.

Se você esquecer de tomar 1 comprimido entre o 15° e o
24° dia

Escolha uma das duas opções abaixo, sem a necessidade de
utilizar outro método contraceptivo adicional

  • Tome o comprimido que você esqueceu assim que lembrar
    (inclui-se a possibilidade de tomar dois comprimidos de uma só vez)
    e continue a tomar os próximos comprimidos no horário habitual.
    Inicie a nova cartela assim que terminar a atual, sem que haja
    pausa entre uma cartela e outra. É possível que o sangramento
    ocorra somente após o término da segunda cartela. No entanto, pode
    ocorrer sangramento do tipo gotejamento ou de escape ou;
  • Deixe de tomar os comprimidos da cartela atual, faça uma pausa
    de até 4 dias ou menos, contando inclusive o dia no qual esqueceu
    de tomar o comprimido e inicie uma nova cartela.

Se não ocorrer sangramento por privação durante o intervalo de
pausa de 4 dias sem a tomada de comprimidos, deve-se considerar a
possibilidade de gravidez.

Neste caso, consulte seu médico antes de iniciar uma nova
cartela.

Mais de 1 comprimido esquecido

Se não ocorrer sangramento por privação hormonal (semelhante à
menstruação) no intervalo de pausa de 4 dias, pode ser que esteja
grávida.

Consulte seu médico antes de iniciar uma nova cartela.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou do seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Megy

Antes de iniciar o uso converse com seu médico sobre os riscos e
os benefícios de Megy.

O uso de contraceptivo combinado requer cuidadosa supervisão
médica nas condições descritas abaixo.

Essas condições devem ser comunicadas ao médico antes do
início do uso de Megy

Fumo; diabetes; excesso de peso; pressão alta; alteração na
válvula cardíaca ou alteração do batimento cardíaco; inflamação das
veias (flebite superficial); veias varicosas; qualquer familiar
direto que já teve um coágulo (trombose nas pernas, pulmões
(embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do corpo); ataque
cardíaco ou derrame em familiar jovem; enxaqueca; epilepsia e,
adicionalmente, utilização de medicamentos diuréticos que podem
aumentar o nível sanguíneo de potássio (pergunte ao seu médico);
você ou algum familiar direto tem ou já apresentou níveis altos de
colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura) no sangue; algum
familiar direto que tem ou já teve câncer de mama; doença do fígado
ou da vesícula biliar; doença de Crohn ou colite ulcerativa (doença
inflamatória crônica do intestino); lupus eritematoso sistêmico
(doença do sistema imunológico); síndrome hemolítico-urêmica
(alteração da coagulação sanguínea que causa insuficiência renal);
anemia falciforme; condição que tenha ocorrido pela primeira vez,
ou piorado, durante a gravidez ou uso prévio de hormônios sexuais
como, por exemplo, perda de audição, porfiria (doença metabólica),
herpes gestacional (doença de pele), coreia de Sydenham (doença
neurológica); tem ou já apresentou cloasma (pigmentação marro à
amarelada da pele, especialmente a do rosto).

Neste caso, evite a exposição excessiva ao sol ou à radiação
ultravioleta; angioedema hereditário (estrogênios exógenos podem
induzir ou intensificar os seus sintomas).

Consulte seu médico imediatamente se você apresentar sintomas de
angioedema, tais como inchaço do rosto, língua e/ou faringe,
dificuldade para engolir ou urticária com dificuldade para
respirar.

Se algum destes casos ocorrer pela primeira vez, reaparecer ou
agravar-se enquanto você estiver tomando contraceptivo, fale com
seu médico.

Contraceptivos e a trombose

A trombose é a formação de um coágulo que pode interromper a
passagem do sangue nos vasos. Algumas vezes, a trombose ocorre
nas veias profundas das pernas (trombose venosa profunda). O
tromboembolismo venoso (TEV) pode se desenvolver se você estiver
tomando ou não uma pílula. Ele também pode ocorrer se você estiver
grávida.

O coágulo pode se soltar das veias onde foi formado e
deslocar-se para as artérias pulmonares, causando a embolia
pulmonar. Os coágulos sanguíneos também podem ocorrer raramente nos
vasos sanguíneos do coração (causando ataque cardíaco). Os coágulos
ou a ruptura de um vaso no cérebro pode causar o derrame. Estudos
de longa duração sugerem que pode existir uma ligação entre o uso
de pílula (também chamada de contraceptivo oral combinado ou pílula
combinada, pois contém dois diferentes tipos de hormônios femininos
chamados estrogênios e progestógenos) e um risco aumentado de
coágulos arteriais e venosos, embolia, ataque cardíaco ou derrame.
A ocorrência destes eventos é rara.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado
durante o primeiro ano de uso. Este aumento no risco está presente
em usuárias de primeira vez de contraceptivo combinado e em
usuárias que estão voltando a utilizar o mesmo contraceptivo
combinado utilizado anteriormente ou outro contraceptivo combinado
(após 4 semanas ou mais sem utilizar pílula). Dados de um grande
estudo sugerem que o risco aumentado está principalmente presente
nos 3 primeiros meses.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso em usuárias de
pílulas contendo baixa dose de estrogênio (lt;0,05 mg de
etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de
COCs que não estejam grávidas e permanece menor do que o risco
associado à gravidez e ao parto.

Muito ocasionalmente, os eventos tromboembólicos arteriais ou
venosos podem causar incapacidade grave permanente, podendo
inclusive ser fatais.

O tromboembolismo venoso se manifesta como trombose venosa
profunda e/ou embolia pulmonar e pode ocorrer durante o uso de
qualquer contraceptivo hormonal combinado.

Em casos extremamente raros, os coágulos sanguíneos também podem
ocorrer em outras partes do corpo incluindo fígado, intestino,
rins, cérebro ou olhos.

Se ocorrer qualquer um dos eventos mencionados a seguir,
interrompa o uso da pílula e contate seu médico imediatamente se
notar sintomas de

  • Trombose venosa profunda, tais como inchaço de uma perna
    ou ao longo de uma veia da perna, dor ou sensibilidade na perna que
    pode ser sentida apenas quando você estiver em pé ou andando,
    sensação aumentada de calor na perna afetada, vermelhidão ou
    descoloramento da pele da perna;
  • Embolia pulmonar, tais como início súbito de falta
    inexplicável de ar ou respiração rápida, tosse de início abrupto
    que pode levar a tosse com sangue, dor aguda no peito que pode
    aumentar com a respiração profunda, ansiedade, tontura severa ou
    vertigem, batimento cardíaco rápido ou irregular. Alguns destes
    sintomas (p.ex., falta de ar, tosse) não são específicos e podem
    ser erroneamente interpretados como eventos mais comuns ou menos
    graves (p.ex., infecções do trato respiratório);
  • Tromboembolismo arterial (vaso sanguíneo arterial bloqueado por
    um coágulo que se deslocou);
  • Derrame, tais como diminuição da sensibilidade ou da força
    motora afetando, de forma súbita a face, braço ou perna,
    especialmente em um lado do corpo, confusão súbita, dificuldade
    para falar ou compreender; dificuldade repentina para enxergar com
    um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura,
    perda de equilíbrio ou de coordenação, dor de cabeça repentina,
    intensa ou prolongada, sem causa conhecida, perda de consciência ou
    desmaio, com ou sem convulsão;
  • Coágulos bloqueando outros vasos arteriais, tais como dor
    súbita, inchaço e ligeira descoloração azul (cianose) de uma
    extremidade, abdome agudo;
  • Ataque cardíaco, tais como dor, desconforto, pressão,
    peso, sensação de aperto ou estufamento no peito, braço ou abaixo
    do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula,
    garganta, braços, estômago, saciedade, indigestão ou sensação
    de asfixia, sudorese, náuseas, vômitos ou tontura, fraqueza
    extrema, ansiedade ou falta de ar, batimentos cardíacos rápidos ou
    irregulares.

Seu médico irá verificar se, por exemplo, você possui um risco
maior de desenvolver trombose devido à combinação de fatores de
risco ou talvez um único fator de risco muito alto. No caso de uma
combinação de fatores de risco, o risco pode ser mais alto que uma
simples adição de dois fatores individuais. Se o risco for muito
alto, seu médico não irá prescrever o uso de pílula.

O risco de coágulo arterial ou venoso (p.ex., trombose
venosa profunda, embolia pulmonar, ataque cardíaco) ou derrame
aumenta

  • Com a idade;
  • Se você estiver acima do peso;
  • Se qualquer familiar direto seu teve um coágulo (trombose nas
    pernas, pulmão (embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do
    corpo), ataque cardíaco ou derrame em idade jovem, ou se você ou
    qualquer familiar tiver ou suspeitar de predisposição hereditária.
    Neste caso você deve ser encaminhada a um especialista antes de
    decidir pelo uso de qualquer contraceptivo hormonal combinado.
    Certos fatores sanguíneos que podem sugerir tendência para trombose
    venosa ou arterial incluem resistência a proteína C ativada,
    hiper-homocisteinemia, deficiência de antitrombina III, proteína C
    e proteína S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos
    anticardiolipina, anticoagulante lúpico);
  • Com imobilização prolongada (por exemplo, durante o uso de
    gessos ou talas em sua(s) perna (s), cirurgia de grande porte,
    qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma
    extenso. Informe seu médico. Nestas situações, é aconselhável
    descontinuar o uso da pílula – em casos de cirurgia programada você
    deve descontinuar o uso pelo menos 4 semanas antes e não
    reiniciá-lo até, pelo menos, duas semanas após o total
    restabelecimento;
  • Tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade,
    o risco torna-se ainda maior, especialmente em mulheres com idade
    superior a 35 anos). Descontinue o consumo de cigarros durante o
    uso de pílula, especialmente se tem mais de 35 anos de idade;
  • Se você ou alguém de sua família tem ou teve altos níveis de
    colesterol ou triglicérides;
  • Se você tem pressão alta. Se você desenvolver pressão alta
    durante o uso de pílula, seu médico poderá pedir que você
    descontinue o uso;
  • Se você tem enxaqueca;
  • Se você tem distúrbio da válvula do coração ou certo tipo de
    distúrbio do ritmo cardíaco.

Imediatamente após o parto, as mulheres têm risco aumentado de
formação de coágulos, portanto pergunte ao seu médico quando você
poderá iniciar o uso de pílula combinada após o parto.

Contraceptivos e o câncer

O câncer de mama é diagnosticado com uma frequência um pouco
maior entre as usuárias dos contraceptivos orais, mas não se sabe
se esse aumento é devido ao uso do contraceptivo. Pode ser que esta
diferença esteja associada à maior frequência com que as usuárias
de contraceptivos orais consultam seus médicos. O risco de câncer
de mama desaparece gradualmente após a descontinuação do uso do
contraceptivo hormonal combinado. É importante examinar as mamas
regularmente e contatar o médico se você sentir qualquer caroço nas
mamas.

Em casos raros, foram observados tumores benignos de fígado e,
mais raramente, tumores malignos de fígado nas usuárias de
contraceptivos orais. Em casos isolados esses tumores podem causar
hemorragias internas com risco para a vida da paciente. Consulte
imediatamente o seu médico, caso você sinta dor abdominal
intensa.

O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a
infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Alguns
estudos indicaram que o uso prolongado de pílula pode contribuir
para este risco aumentado, mas continua existindo a controvérsia
sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída a
outros fatores como, por exemplo, a realização de exame cervical e
o comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de
barreira.

Os tumores mencionados acima podem provocar risco para a vida do
paciente ou podem ser fatais.

Informações à paciente

Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante que você
leia as informações contidas na bula, verifique o prazo de
validade, o conteúdo e a integridade da embalagem. Mantenha a bula
do produto sempre em mãos para qualquer consulta necessária.

Leia com atenção as informações presentes na bula antes de usar
o produto, pois a bula contém informações sobre os benefícios e os
riscos associados ao uso de contraceptivos orais (pílulas que
previnem a gravidez). Você também encontrará informações sobre o
uso adequado do contraceptivo e sobre a necessidade de consultar
seu médico regularmente. Converse com seu médico para obter maiores
esclarecimentos sobre a ação e a utilização deste produto.

Advertências

Nesta bula estão descritas várias situações em que o uso do
contraceptivo oral deve ser descontinuado ou em que pode haver
diminuição da sua eficácia. Nestas situações, deve-se evitar
relação sexual ou, então, utilizar adicionalmente métodos
contraceptivos não-hormonais como, por exemplo, preservativo ou
outro método de barreira. Não use os métodos da tabelinha (do ritmo
ou Ogino-Knaus) ou da temperatura.

Esses métodos podem falhar, pois os contraceptivos hormonais
modificam as variações de temperatura e do muco cervical que
ocorrem durante o ciclo menstrual normal.

Megy, como todos os demais contraceptivos orais, não protege
contra as infecções causadas pelo HIV (AIDS), nem contra qualquer
outra doença sexualmente transmissível.

É recomendável consultar o médico regularmente para que ele
possa realizar os exames clínico geral e ginecológico de rotina e
confirmar se o uso de Megy pode ser continuado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Também informe a qualquer outro médico ou dentista, que
venha a lhe prescrever outro medicamento, que você está tomando
Megy. Pode ser necessário o uso adicional de outro método
contraceptivo e, neste caso, seu médico lhe dirá por quanto tempo
deverá usá-lo.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a saúde.

Reações Adversas do Megy

Como ocorre com todo medicamento, você pode ter reações
desagradáveis com o uso de Megy.

Reações adversas graves

As reações adversas graves associadas ao uso do contraceptivo,
assim como os sintomas relacionados, estão descritos nos itens
“Precauções”, “Contraceptivos e a trombose” e “Contraceptivos e o
câncer”. Leia estes itens com atenção e não deixe de conversar com
o seu médico em caso de dúvidas.

Observaram-se as seguintes reações adversas em estudos clínicos
com medicamentos contendo etinilestradiol 0,02 mg e drospirenona
3mg ou etinilestradiol 0,02mg, drospirenona 3mg e levomefolato de
cálcio 0,451 mg quando usados como contraceptivos orais e
medicamentos contendo etinilestradiol 0,02 mg e drospirenona 3
mg no tratamento da acne vulgaris moderada (espinha) em
mulheres que buscam adicionalmente proteção contraceptiva.

Reações adversas comuns (entre 1 e 10 em 100 usuárias
podem ser afetadas)

Instabilidade emocional (alterações de humor), depressão/estados
depressivos, enxaqueca, náuseas, dor nas mamas, sangramento uterino
inesperado (sangramento entre períodos menstruais), sangramento
vaginal (sangramento não especifico do trato genital).

Reações adversas incomuns (entre 1 e 10 em cada 1.000
usuárias podem ser afetadas)

Diminuição ou perda do desejo sexual (libido).

Reação adversa rara (entre 1 e 10 em cada 10.000
usuárias podem ser afetadas)

Eventos tromboembólicos artérias e venosos*.

*Frequência estimada a partir de estudos epidemiológicos
envolvendo um grupo de usuárias de contraceptivos orais
combinados.

A frequência foi limítrofe a muito rara.

Os termos eventos tromboembólicos arterial e venoso
abrangem

Qualquer bloqueio ou coagulo em uma veia periférica profunda,
coágulos que percorrem o sistema venoso no sangue (p.ex., no pulmão
é conhecido como embolia pulmonar ou como infarto pulmonar),
ataque cardíaco causado por coágulos, derrame causado por um
bloqueio do fornecimento de sangue para o cérebro ou no
cérebro.

Reações adversas relatadas com o uso da pílula, com
frequência desconhecida são:

Eritema multiforme (uma condição da pele caracterizada por
manchas vermelhas, coceira ou manchas na pele com áreas
inchadas).

Descrição das reações adversas selecionadas

As reações adversas com baixa frequência ou com início tardio
dos sintomas relatadas no grupo de usuárias de contraceptivo oral
combinado estão listadas abaixo, veja também itens
“Contraindicações” e “Precauções”.

Contraceptivos e o câncer

A frequência de diagnósticos de câncer de mama é ligeiramente
maior em usuárias de CO. Como o câncer de mama é raro em mulheres
abaixo de 40 anos o aumento do risco é pequeno em relação ao risco
geral de câncer de mama. A causalidade com uso de COC é
desconhecida.

Tumores no fígado (benigno e maligno).

Outras condições

  • Eritema nodoso (uma condição de pele caracterizada por nódulos
    vermelhos dolorosos);
  • Mulheres com hipertrigliceridemia (aumento de gordura no sangue
    resultando em um risco aumentado de pancreatite em usuárias de
    COCs);
  • Hipertensão;
  • Ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com
    o uso de COC não é conclusiva: Iicterícia (pigmentação
    amarelada da pele) e/ou prurido relacionado à colestase (fluxo
    biliar bloqueado); formação de cálculos biliares, uma condição
    metabólica chamada de porfiria, lúpus eritematoso sistêmico (uma
    doença crônica autoimune), síndrome hemolítico-urêmica, uma
    condição neurológica chamada Coreia de Sydenham, herpes gestacional
    (um tipo de condição de pele que ocorre durante a gravidez),
    otosclerose – relacionada à perda e audição;
  • Em mulheres com angioedema hereditário (caracterizado por
    inchaço repentino, por exemplo, dos olhos, boca, garganta, etc),
    estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de
    angioedema;
  • Distúrbios das funções do fígado;
  • Alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a
    resistência periférica à insulina;
  • Doença de Crohn, colite ulcerativa;
  • Cloasma;
  • Hipersensibilidade (incluindo sintomas como rash cutâneo da
    pele, urticária).

Interações

O uso de alguns medicamentos pode afetar a ação dos
contraceptivos orais, reduzindo a eficácia destes produtos ou pode
causar sangramentos inesperados (p.ex., medicamentos que contenham
Erva de São João ou medicamentos usados para o tratamento da
epilepsia, da tuberculose, da AIDS e de outras infecções).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Atenção: este produto é um medicamento que possui uma
nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado
e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico.

Em especial se essas reações forem graves ou
persistentes, ou se houver mudança no seu estado de saúde que possa
estar relacionado ao uso de Megy.

População Especial do Megy

Megy, a gravidez e a amamentação

Você não deve usar Megy quando há suspeita de gravidez ou
durante a gestação. Se você suspeitar da possibilidade de estar
grávida durante o uso de Megy, consulte seu médico o mais rápido
possível.

Categoria X (em estudos em animais e mulheres grávidas, o
fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência de risco
para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a
paciente).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

De modo geral, o uso de Megy durante a amamentação não é
recomendado. Se desejar usar contraceptivo oral durante a
amamentação, converse primeiramente com seu médico.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a
gravidez.

Composição do Megy

Cada comprimido revestido contém:

Drospirenona3 mg
Etnilestradiol0,02 mg

Excipientes: 

celulose microcristalina, crospovidona, lactose monoidratada,
povidona, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol, dióxido de
titânio, talco, óxido de ferro vermelho.

Superdosagem do Megy

Não existe ainda experiência clínica de superdose com Megy. Caso
você tome vários comprimidos de Megy podem ocorrer enjoos, vômitos
ou sangramento vaginal discreto. Se a ingestão acidental ocorrer
com uma criança, consulte um médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Em caso de intoxicação ligue para 0800
722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.

Interação Medicamentosa do Megy

Efeitos de outros produtos medicinais sobre drospirenona
+ etinilestradiol

As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos
indutores das enzimas microssomais o que pode resultar em aumento
da depuração dos hormônio sexuais e pode produzir sangramento de
escape e/ou diminuição da eficácia do contraceptivo oral.

Usuárias sob tratamento com qualquer uma dessas substâncias
devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo
de barreira ou escolher um outro método contraceptivo.

O método de barreira deve ser usado concomitantemente, assim
como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. Se a necessidade
de utilização do método de barreira estender-se além do final da
cartela do COC, a paciente deverá iniciar a cartela seguinte
imediatamente após o término da cartela em uso, sem proceder ao
intervalo de pausa habitual.

Substâncias que aumentam a depuração dos COCs (eficácia
dos COCs diminuída por indução enzimática), por
exemplo

Fenitoínas, barbuituricos, primidona, carbamazepina, rifampicina
e também possivelmente com oxcarbamazepina, topiramato, felbamato,
griseofulvina e produtos contendo Erva de São João.

Substâncias com efeito variável na depuração dos COCs,
por exemplo

Quando coadministrados com COCs, muitos inibidores das HIV/HCV
proteases e inibidores não nucleosídios da transcriptase reversa
aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas de estrogênios ou
progestógenos. Essas alterações podem ser clinicamente relevantes
em alguns casos.

Substâncias que diminuem a eficácia dos COCs
(antibióticos e indutores enzimáticos)

Inibidores potentes e moderados do CYP 3A4 tais como
antifúngicos azólicos (como por exemplo, itraconazol, voriconazol,
fluconazol), verapamil, macrolídeos (como por exemplo,
claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toranja
(grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas do
estrogênio ou progestógeno ou de ambos.

Em um estudo de múltiplas doses com uma combinação de
drospirenona (3 mg/dia)/etinilestradiol (0,02 mg/dia),
coadministrada com cetoconazol, um potente inibidor do CYP 3A4, por
10 dias, resultou em um aumento da ASC (0-24h) de 2,68 vezes
(90%IC: 2,44-2,95) para drospirenona e 1,40 vezes (90%IC:
1,31-1,49) para o etinilestradiol.

Doses de 60 a 120 mg/dia de etoricoxibe têm demonstrado aumento
na concentração plasmática de etinilestradiol de 1,4-1,6 vezes,
respectivamente, quando administrado concomitantemente com um
contraceptivo hormonal combinado contendo 0,035mg de
etinilestradiol.

Efeitos dos contraceptivos sobre outros produtos
medicinais

COCs podem interferir no metabolismo de outros fármacos;
consequentemente, as concentrações plasmáticas e tecidual podem
aumentar (p.ex, ciclosporina) ou diminuir (p.ex., lamotrigina).

A drospirenona, in vitro, é capaz de inibir fraca a
moderadamente enzimas do citocromo P450, CYP1A1, CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4.

Observou-se em estudos de interações in vivo, em
voluntárias que utilizavam omeprazol, sinvastatina ou midazolam
como substratos marcadores, que é pouco provável uma interação
clinicamente relevante da drospirenona, em doses de 3mg, com o
metabolismo de outros fármacos mediados pelo citocromo P450.

O etinilestradiol, in vitro, é um inibidor reversível
do CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2, bem como um inibidor, baseado no
mecanismo, do CYP3A4/5, CYP2C8 e CYP2J2. Em estudos clínicos, a
administração de contraceptivos hormonais contendo etinilestradiol
não levou a qualquer aumento ou somente um discreto aumento das
concentrações plasmáticas dos substratos do CYP3A4 (por exemplo,
midazolam) enquanto que as concentrações plasmáticas dos substratos
do CYP1A2 podem aumentar discretamente (por exemplo, teofilina) ou
moderadamente (por exemplo, melatonina e tizanidina).

Outras Interações

Potássio sérico

Existe um potencial teórico para aumento no potássio sérico em
usuárias de drospirenona + etinilestradiol que estejam tomando
outros medicamentos que podem aumentar os níveis séricos de
potássio.

Tais medicamentos incluem antagonistas do receptor de
angiotensina II, diuréticos poupadores de potássio e antagonistas
da aldosterona.

Entretanto, em estudos avaliando a interação da drospirenona
(combinada com estradiol) com um inibidor da enzima conversora de
angiotensina ou indometacina, nenhuma diferença clínica ou
estatisticamente significativa nas concentrações séricas de
potássio foi observada.

Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do
medicamento utilizado concomitantemente a fim de identificar
interações em potencial.

Alterações em exames laboratoriais

O uso de esteróides presentes nos contraceptivos pode
influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo
parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana, adrenal e
renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por
exemplo, globulina de ligação a corticosteróides e frações
lipídicas/lipoprotéicas; parâmetros do metabolismo de carboidratos
e parâmetros da coagulação e fibrinólise.

As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo
laboratorial considerado normal. A drospirenona provoca aumento na
aldosterona plasmática e na atividade da renina plasmática,
induzidos pela sua leve atividade antimineralocorticóide.

Interação Alimentícia do Megy

Não há relatos até o momento. 

Ação da Substância Megy

Resultados da eficácia

Os contraceptivos orais combinados (COCs) são utilizados para
prevenir a gravidez. Quando usados corretamente, o índice de falha
é de aproximadamente 1% ao ano. O índice de falha pode aumentar
quando há esquecimento de tomada dos comprimidos ou quando estes
são tomados incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de
3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido ou diarreia intensa,
bem como na vigência de interações medicamentosas.


Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

O efeito contraceptivo dos contraceptivos orais combinados
(COCs) baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que os
mais importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção
cervical.

Um grande estudo de coorte prospectivo, de 3 braços demonstrou
que a frequência de diagnóstico de TEV (Tromboembolismo Venoso)
varia entre 8 e 10 por 10.000 mulheres por ano que utilizam COC com
baixa dose de estrogênio (lt; 0,05 mg de etinilestradiol). Dados
mais recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de
aproximadamente 4,4 por 10.000 mulheres por ano não usuárias de
COCs e não grávidas. Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000
mulheres grávidas ou no pós-parto.

O risco aumentado de TEV associado ao uso de COC é atribuído ao
componente estrogênico.

Ainda há discussões científicas referentes a qualquer efeito
modulador do componente progestogênico dos COCs sob o risco de TEV.
Estudos epidemiológicos que compararam o risco de TEV associado ao
uso de etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 3mg ao risco do uso
de COCs contendo levonorgestrel relataram resultados que variam de
sem diferença no risco a aumento de três vezes no risco.

Dois estudos pós-aprovação foram concluídos especificamente para
etinilestradiol 0,03 mg /drospirenona 3mg. Em um deles, estudo
prospectivo de vigilância ativa, verificou-se que a incidência de
TEV em mulheres com ou sem outros fatores de risco para TEV, que
usaram etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 3mg, esta na mesma
faixa de usuárias de COCs com o componente levonorgestrel ou de
outros COCs (de várias outras marcas). O outro estudo prospectivo e
controlado, comparando usuárias de etinilestradiol 0,03 mg /
drospirenona 3mg a usuárias de outros COCS, também confirmou
incidência similar de TEV entre todas as coortes.

Além da ação contraceptiva, as combinações
estrogênio/progestógeno apresentam diversas propriedades positivas.
O ciclo menstrual torna-se mais regular, a menstruação apresenta-se
frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que,
neste último caso, pode reduzir a possibilidade de ocorrência de
deficiência de ferro.

Além da ação contraceptiva, a drospirenona apresenta outras
propriedades: atividade antimineralocorticoide, que pode prevenir o
ganho de peso e outros sintomas causados pela retenção de líquido;
neutraliza a retenção de sódio relacionada ao estrogênio,
proporcionando tolerabilidade muito boa e efeitos positivos na
síndrome pré-menstrual. Em combinação com o etinilestradiol, a
drospirenona exibe um perfil lipídico favorável caracterizado pelo
aumento do HDL. Sua atividade antiandrogênica produz efeito
positivo sobre a pele, reduzindo as lesões acneicas e a produção
sebácea. Além disso, a drospirenona não se contrapõe ao aumento das
globulinas de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) induzido pelo
etinilestradiol, o que auxilia a ligação e a inativação dos
andrógenos endógenos.

A drospirenona é desprovida de qualquer atividade androgênica,
estrogênica, glicocorticoide e antiglicocorticoide. Isto, em
conjunto com suas propriedades antimineralocorticoide e
antiandrogênica, lhe confere um perfil bioquímico e farmacológico
muito similar ao do hormônio natural progesterona. Além disso, há
evidência da redução do risco de ocorrência de câncer de endométrio
e de ovário. Os COCs de dose mais elevada (0,05 mg de
etinilestradiol) também diminuem a incidência de tumores
fibrocísticos de mama, cistos ovarianos, doença inflamatória
pélvica e gravidez ectópica. Ainda não existe confirmação de que
isto também se aplique aos contraceptivos orais de dose mais
baixa.

Farmacocinética

Drospirenona

Absorção:

A drospirenona é rápida e quase que totalmente absorvida quando
administrada por via oral.

Os níveis séricos máximos do fármaco, de aproximadamente 37
ng/ml, são alcançados 1 a 2 horas após a ingestão de uma dose
única. Sua biodisponibilidade está compreendida entre 76 e 85% e
não sofre influência da ingestão concomitante de alimentos.

Distribuição:

A drospirenona liga-se à albumina sérica e não à globulina de
ligação aos hormônios sexuais (SHBG) ou à globulina transportadora
de corticosteroides (CBG). Somente 3 a 5% das concentrações séricas
totais do fármaco estão presentes na forma de esteroides livres,
sendo que 95 a 97% encontram-se ligadas à albumina de forma
inespecífica. O aumento da SHBG induzido pelo etinilestradiol não
afeta a ligação da drospirenona às proteínas séricas. O volume
aparente de distribuição da drospirenona é de 3,7 a 4,2 l/kg.

Metabolismo:

A drospirenona é totalmente metabolizada após a administração
oral. No plasma, seus principais metabólitos são a forma ácida da
drospirenona, formada pela abertura do anel de lactona e o
4,5-diidro-drospirenona-3-sulfato, formado pela redução e
subsequente sulfatação. A drospirenona está também sujeita ao
metabolismo oxidativo catalisado pelo CYP3A4. A taxa de depuração
sérica da drospirenona é de 1,2 a 1,5 ml/min/kg.

Eliminação:

Os níveis séricos da drospirenona diminuem em duas fases. A fase
de disposição terminal é caracterizada por uma meia-vida de
aproximadamente 31 horas. A drospirenona não é eliminada na forma
inalterada. Seus metabólitos são eliminados pelas vias biliar e
urinária em uma proporção de aproximadamente 1,2 a 1,4. A meia-vida
de eliminação dos metabólitos pela urina e fezes é de cerca de 1,7
dias.

Condições no estado de equilíbrio:

A farmacocinética da drospirenona não é influenciada pelos
níveis de SHBG. Durante a ingestão diária, os níveis séricos do
fármaco aumentam cerca de 2 a 3 vezes, atingindo o estado de
equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de utilização.

Populações especiais:

Efeito na alteração renal:

Os níveis séricos da drospirenona no estado de equilíbrio, em
mulheres com alteração renal leve (depuração de creatinina CLcr, 50
a 80 ml/min), foram comparáveis àquelas mulheres com função renal
normal (CLcr, gt; 80 ml/min). Os níveis séricos da drospirenona
foram em média 37% mais elevados em mulheres com alteração renal
moderada (CLcr, 30 a 50 ml/min) comparado àquelas mulheres com
função renal normal. O tratamento com drospirenona foi bem tolerado
em todos os grupos e não mostrou qualquer efeito clinicamente
significativo na concentração sérica de potássio.

Efeito na alteração hepática:

Em mulheres com alteração hepática moderada, (Child-Pugh B) os
perfis de tempo da concentração sérica média da drospirenona foram
comparáveis àquelas mulheres com função hepática normal, durante as
fases de absorção/distribuição, com valores similares de Cmax. A
meia-vida terminal média da drospirenona foi 1,8 vezes maior nas
voluntárias com alteração hepática moderada do que nas voluntárias
com função hepática normal. Uma diminuição de aproximadamente 50%
na depuração oral aparente (CL/f) foi verificada nas voluntárias
com alteração hepática moderada quando comparada àquelas com função
hepática normal. A diminuição observada na depuração da
drospirenona em voluntárias com alteração hepática moderada,
comparada às voluntárias normais, não foi traduzido em qualquer
diferença aparente nas concentrações séricas de potássio entre os
dois grupos de voluntárias. Mesmo na presença de diabetes e
tratamento concomitante com espironolactona (dois fatores que podem
predispor a uma usuária a hipercalemia), não foi observado aumento
nas concentrações séricas de potássio, acima do limite permitido da
variação normal. Pode-se concluir que a drospirenona é bem tolerada
em pacientes com alteração hepática leve ou moderada (Child-Pugh
B).

Grupos étnicos:

O impacto de fatores étnicos na farmacocinética da
drospirenona e do etinilestradiol foi avaliado após administração
de doses orais únicas e repetidas a mulheres jovens e saudáveis,
caucasianas e japonesas. Os resultados mostraram que as diferenças
étnicas entre mulheres japonesas e caucasianas não tiveram
influência clinicamente relevante na farmacocinética da
drospirenona e do etinilestradiol.

Etinilestradiol

Absorção:

O etinilestradiol administrado por via oral é rápida e
completamente absorvido. Os níveis séricos máximos de 54 a 100
pg/ml são alcançados em 1 a 2 horas. Durante a absorção e
metabolismo de primeira passagem, o etinilestradiol é metabolizado
extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral média de
aproximadamente 45%, com ampla variação interindividual de cerca de
20 a 65%. A ingestão concomitante de alimentos reduziu a
biodisponibilidade do etinilestradiol em cerca de 25% dos
indivíduos estudados, enquanto nenhuma alteração foi observada nos
outros indivíduos.

Distribuição:

O etinilestradiol liga-se alta e inespecificamente à albumina
sérica (aproximadamente 98%) e induz aumento das concentrações
séricas de SHBG. Foi determinado o volume aparente de distribuição
de cerca de 2,8 a 8,6 l/kg.

Metabolismo:

O etinilestradiol está sujeito a um significativo metabolismo de
primeira passagem no intestino e fígado. O etinilestradiol e seus
metabólitos oxidativos são conjugados primariamente com
glicuronídios ou sulfato. A taxa de depuração metabólica do
etinilestradiol é de cerca de 2,3 a 7 ml/min/kg.

Eliminação:

Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de
disposição, caracterizadas por meias-vidas de cerca de 1 hora e 10
a 20 horas, respectivamente. O etinilestradiol não é eliminado na
forma inalterada; seus metabólitos são eliminados com meia-vida de
aproximadamente um dia. A proporção de excreção é de 4 (urina): 6
(bile).

Condições no estado de equilíbrio:

As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a
segunda metade de um ciclo de utilização, quando os níveis séricos
de etinilestradiol elevam-se em 40 a 110%, quando comparados com
dose única.

Dados de segurança pré-clínica:

Os dados pré-clínicos obtidos através de estudos convencionais
de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial
carcinogênico e toxicidade para a reprodução mostraram que não há
risco especialmente relevante para humanos.

No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem
estimular o crescimento de determinados tecidos e tumores
dependentes de hormônio.

Cuidados de Armazenamento do Megy

Manter à temperatura ambiente (entre 15° e 30°C). Proteger da
luz e manter em lugar seco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem
original.

Características Organolépticas

Comprimidos revestidos de cor rosa, circular e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Megy

Reg. MS: nº 1.6773.0417.

Farm.Resp.:

Dra. Maria Betânia Pereira
CRF – SP nº 37.788

Registrado por:

Legrand Pharma Indútria Farmacêutica LTDA
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay – Hortolândia/SP
CEP: 13.186-901
CNPJ: 05.044.984/0001-26
Indústria brasileira

Fabricado por:

EMS S.A.
São Bernardo do Campo – S.P.
SAC 0800 – 500 600

Megy, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.