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Lotar

Como o Lotar funciona?


Lotar reduz a pressão arterial através da ação de dois agentes:
um antagonista do receptor da angiotensina II (losartana potássica)
e um antagonista dos canais de cálcio (besilato de anlodipino). A
ação desses dois componentes se faz de maneira sinérgica, com a
losartana bloqueando as ações da angiotensina II, que tem uma
potente ação de vasoconstrição (contração dos vasos) e exerce
importante papel na regulação da pressão arterial pelo rim, e o
anlodipino que tem efeito de dilatação nos vasos arteriais da
circulação periférica. A ação conjunta dos dois medicamentos
contribui para reduzir a pressão arterial e mantê-la em níveis
normais.

Com administração oral diária crônica, a efetividade
anti-hipertensiva é mantida por pelo menos 24 horas.

Contraindicação do Lotar

O uso de Lotar é contraindicado se você apresenta
hipersensibilidade (alergia) ao anlodipino, à losartana potássica
ou aos demais componentes da fórmula.

Lotar é contraindicado em pacientes com hiperpotassemia
(elevação dos níveis de potássio no sangue), em pacientes que
necessitem de cirurgia com anestesia geral e em pacientes
portadores de estenose da artéria renal (estreitamento
significativo de uma ou ambas artérias dos rins, prejudicando a
circulação para os rins). A losartana potássica não deve ser
administrada com alisquireno em pacientes com diabetes.

Como usar o Lotar

Lotar pode ser administrado antes ou após as refeições, devendo
ser deglutido junto com um pouco de água.

Em geral, o tratamento inicial é feito com Lotar na menor dose
(2,5 mg + 50 mg) que será reajustada, conforme avaliação de seu
médico. Seu efeito máximo é observado em cerca de 3 a 6 semanas
após o início do tratamento.

Dependendo da resposta e do objetivo terapêutico, a dose poderá
ser alterada para Lotar 5 mg + 50mg/dia ou 5mg+100 mg/dia.

Insuficiência hepática

É recomendado cuidado ao se administrar Lotar, devido ao tempo
de efeito do anlodipino estar prolongado nestes casos e por um
aumento do tempo de efeito da losartana.

Se você sofre de disfunção renal deve informar esta situação ao
médico que fará o ajuste necessário de dosagem.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser aberto.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Lotar?


Caso você esqueça de tomar uma dose de Lotar, deverá fazer uso
da mesma assim que lembrar, salvo se o horário da próxima dose já
estiver muito próximo.

Em nenhuma hipótese a dose de Lotar deverá ser dobrada em função
do esquecimento de uma das tomadas. 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lotar

Deve-se ter precaução em pacientes com hipotensão (pressão
baixa) ou que possam estar propensos à hipotensão (por exemplo,
durante o uso de diuréticos).

É recomendado ter cuidado se você possui doença coronariana
grave (causada pela obstrução total ou parcial das artérias
impedindo a circulação sanguínea ideal, no coração), doença da
válvula aórtica do coração, doença que cursa com hipertrofia da
musculatura cardíaca (miocardiopatia hipertrófica) e/ou no caso de
ocorrência de cirurgia com anestesia, pois pode ocorrer queda
importante da pressão arterial.

Dirigir e operar máquinas

Não há dados que sugiram que losartana potássica e anlodipino
afeema a habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Reações Adversas do Lotar

Por se tratar de uma combinação, Lotar pode causar reações
adversas comuns a uma ou às duas substâncias desta combinação. Em
um estudo clínico realizado com o medicamento, as reações adversas
mais freqüentes foram o edema de membros inferiores e cefaléia (dor
de cabeça).

A seguir são listadas as reações adversas mais freqüentes com os
componentes de Lotar, conforme os seguintes parâmetros de
freqüência.

Anlodipino

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Inchaço periférico, rubor (vermelhidão).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Rubor facial (vermelhidão), edema periférico (comum na dose 2,5
mg por dia), rash (erupção na pele), dor abdominal,
anorexia, náusea, constipação gastrointestinal, dor muscular
(câimbras), falta de ar e tosse.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Palpitações, alterações na freqüência cardíaca, descoloração da
pele, vergões vermelhos na pele, pele seca, redução de pêlos,
dermatite ou sensação de pele fria, manchas vermelhas, dor nas
articulações, artrose, dor muscular (mialgia), apatia, amnésia,
agitação, perda de sensibilidade, dormência, tremor, vertigem,
insônia, sonhos anormais, visão anormal, dor no olho, conjuntivite,
visão dupla dos objetos, olho seco, alterações na acomodação
visual, sensação de ruído leve, frequência aumentada da urina,
urina noturna.

Reação rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hiperplasia gengival.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem
freqüências conhecidas: prurido generalizado, ginecomastia
(crescimento das mamas nos homens), dor de cabeça, tontura,
distúrbios do sono, ansiedade, depressão.

Losartana

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Tosse, congestão nasal, alteração da cavidade sinusal e
sinusite, diarréia, dor no estômago, dor nas costas, dor nas
pernas, câimbras musculares, dores musculares, fraqueza, tontura,
insônia.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Redução de pêlos ou cabelos, dermatite, pele seca, equimose,
eritema, rubor, sensibilidade a luz, coceira, sudorese, erupção na
pele, gota, efeitos gastrointestinais e digestivos, dor no braço,
dor no quadril, inchaço nas articulações, dor no joelho, dor no
ombro, rigidez, dor nas articulações, artrite, fibromialgia (dor
muscular com pontos sensíveis que dura longos períodos), fraqueza
muscular, falta de coordenação dos movimentos, confusão, dormência,
diminuição da memória, enxaqueca, sensações falsas da pele (perda
de sensibilidade), perda da sensação do toque, distúrbios do sono,
sonolência, tremor, vertigem, visão turva, ardor nos olhos,
conjuntivite, diminuição da nitidez da visão, ansiedade, depressão,
nervosismo, pânico, urina noturna, freqüência urinária, infecção
urinária, diminuição da libido, impotência, falta de ar, bronquite,
rinite, congestão respiratória e inchaço por baixo da pele.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem
freqüências conhecidas: anemia, redução do número de plaquetas no
sangue, hepatite, tontura, distúrbios do sono, aumento do potássio
sanguíneo e eliminação excessiva de sódio pela urina durante o
tratamento com Lotar.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Lotar

Uso na gravidez e lactação

Embora não haja experiência com a utilização de Lotar em
mulheres grávidas, estudos realizados com losartana potássica em
animais demonstraram danos e morte do feto e do recém-nascido;
acredita-se que isso ocorra por um mecanismo farmacologicamente
mediado pelos efeitos no sistema renina-angiotensina e este risco
aumenta se losartana potássica for administrado durante o segundo
ou o terceiro trimestre da gravidez.

Podem ocorrer potenciais complicações maternas como o
oligoidrâmnio (redução de líquido na bolsa amniótica) e fetais
como, deformação craniana, anúria (parada de eliminação de urina),
hipotensão, insuficiência renal e morte.

Quando houver suspeita ou confirmação de gravidez, deve-se
descontinuar o tratamento com Lotar o mais rapidamente
possível.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Foi demonstrado que anlodipino apresenta passagem para o leite
materno em pequenas quantidades. Se está amamentando ou a iniciará
a amamentação, você deve informar o seu médico antes de tomar
Lotar.

Uma vez que muitos fármacos são excretados no leite humano e
devido ao potencial de efeitos adversos no lactente, deve-se optar
por suspender a amamentação ou o tratamento com Lotar, levando-se
em consideração a importância do fármaco para a mãe.

Disfunção hepática

Se você possui histórico de disfunção hepática (fígado) informe
seu médico, pois em geral há necessidade de ajuste de doses.

Disfunção renal

Se você já apresentou ou faz tratamento para doenças que afetem
os rins, informe ao seu médico antes de iniciar o tratamento com
Lotar.

Composição do Lotar

Cada cápsula de Lotar 2,5 mg + 50 mg contém

Besilato de anlodipino*

3,472 mg

Losartana potássica

50 mg

*Equivalente a 2,5 mg de anlodipino base.

Excipientes:

lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose
sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio e corante amarelo FDC nº. 6
laca de alumínio.

Cada cápsula de Lotar 5 mg + 50 mg contém

Besilato de anlodipino*

6,944 mg

Losartana potássica

50 mg

**Equivalente a 5 mg de anlodipino base.

Excipientes:

lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose
sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio, corante azul FDC nº. 1 laca de
alumínio e corante amarelo FDC nº. 6 laca de alumínio.

Cada cápsula de Lotar 5 mg + 100 mg contém

Besilato de anlodipino*

6,944 mg

Losartana potássica

100 mg

*Equivalente a 5 mg de anlodipino base.

Excipientes:

lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose
sódica, amido, estearato de magnésio, álcool polivinílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio, corante amarelo FDC nº. 6 laca
de alumínio e corante azul FDC nº1 laca de alumínio.

Apresentação do Lotar


Cápsulas

Embalagem com 7 e 30 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Lotar

Em caso de superdosagem recente, recomenda-se procurar
imediatamente um serviço de emergência, informando, se possível, o
horário da utilização e o número de cápsulas ingeridas. Devido às
ações dos seus componentes podem ocorrer hipotensão grave e
taquicardia.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações sobre como proceder.

Interação Medicamentosa do Lotar

Lotar pode afetar ou ser afetado por outros medicamentos,
como rifampicina, eritromicina, claritromicina
(antibióticos).

Se você estiver utilizando outros medicamentos, podem ocorrer
interações entre as ações dos mesmos com gravidade variável.

Interações com Anlodipino

Gravidade: Maior

Dantrolene, droperidol:

Podem provocar alterações da frequência cardíacas, da condução
do estímulo cardíaco ou aumentar o risco de cardiotoxicidade.

Amiodarona, atazanavir:

Podem provocar hipercalemia (aumento dos níveis de
postássio).

Fentanil:

Podem provocar queda de pressão arterial.

Rifampicina, eritromicina, claritromicina
(antibióticos), Erva de São João (Hypericum perforatum),
telaprevir, claritromicina, sinvastatina, tegafur, carbamazepina,
dabarafenibe, clopidogrel, e domperidona:

Podem influenciar as concentrações plasmáticas dos medicamentos
com risco de aumento de efeitos adversos ou alteração de
eficácia.

Gravidade: Moderada

Betabloqueadores (ex: acebutolol, alprenolol,
amprenavir, atenolol, bisoprolol, bucindolol, buflomedil,
carvedilol, conivaptan, ciclosporina, dalfopristin, esmolol,
labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, pindolol, propranolol,
sotalol, timolol), dalfopristin:

Podem aumentar o risco de queda de pressão arterial ou redução
de frequência cardíaca.

Conivaptan, ciclosporina, dalfopristina, quinupristina,
fluconazol, cetoconazol, itraconazol, indinavir, delavirdina,
fosamprenavir, ritonavir, rifapentina, saquinavir, posaconazol,
voriconazol, ephedra (Ma Huang), óleo de menta, yoimbina, suco de
grapefruit (toranja):

Podem influenciar as concentrações plasmáticas e/ou aumentar o
risco de efeitos adversos.

Gravidade: Menor

Anti-inflamatórios não hormonais (ex: dexcetoprofeno,
diclofenaco, diflunisal, dipirona, ibuprofeno, indometacina,
cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato, meloxicam,
nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxifenbutazona, fenilbutazona,
piroxicam, sulindaco, tenoxicam):

Podem aumentar o risco de hemorragia gastrintestinal.

Interações com losartana

Gravidade: Maior

Inibidores da Enzima de conversão da Angiotensina I
(IECAs), alisquireno (contraindicado uso em conjunto):

Podem provocar maior risco de hipotensão, síncope, alterações de
função renal e hipercalemia.

Lítio, dabrafenibe, primidona, carbamazepina,
crizotinibe, piperacina:

Podem influenciar as concentrações plasmáticas e/ou aumentaro
risco de efeitos adversos.

Gravidade: Moderada

Celocoxibe, diclofenaco, diflunisal, dipirona,
ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam,
meloxicam, naproxeno, nimesulida, fenilbutazona, piroxicam,
rofecoxibe, tenoxicam, valdecoxibe:

Podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos e aumentar o risco
de insuficiência renal.

Eplerenona, potássio, espironolactona, triantereno,
amilorida, canrenoato:

Podem aumentar o risco de hipercalemia.

Fluconazol, indometacina, rifampicina, ácido
flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico, ácido
tiaprofênico:

Podem influenciar as concentrações plasmáticas dos
medicamentos.

Gravidade: Menor

Ephedra (Ma Huang), yoimbina, suco de
grapefruit (toranja):

Podem reduzir a da eficácia dos antagonistas dos receptores da
angiontesina II.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia do Lotar

Interaçãoes com Anlodipino

Gravidade Moderada

Efeito de interação:

Alimento:

Aumenta a concentração
sérica do anlodipino.
Suco de
Grapefruit (toranja).

Interações com losartana

Gravidade Menor

Efeito de interação:

Alimento:

Aumenta a meia-vida e diminui a Área
sob a Curva (AUC) do metabólito ativo da losartana (E3174).
Suco de Grapefruit
(toranja).

Ação da Substância Lotar

Resultados de eficácia

Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e comparativo
avaliou a eficácia e a tolerabilidade, em médio e longo prazos da
combinação fixa de anlodipino e losartana em pacientes hipertensos
primários estágios 1 e 2, comparando-os com esquemas terapêuticos
em monoterapia com anlodipino e losartana (Estudo LOTHAR:
Combinação de Anlodipino e Losartana no Tratamento da Hipertensão
Arterial)

A eficácia anti-hipertensiva foi avaliada através de dois
critérios diferentes de normalidade da pressão arterial: Pressão
Arterial Diastólica (PAD) ≤ 90 mmHg e PAD ≤ 85 mmHg, sendo esse
último utilizado como parâmetro para indicar titulação da dose dos
medicamentos em estudo. O efeito hipotensor dos três esquemas
terapêuticos foi avaliado tanto pela pressão de consultório como
pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Foi
avaliada também a influência desses tratamentos sobre o metabolismo
da glicose e dos lípides.

Foram selecionados 204 pacientes alocados nos três braços do
estudo e, 198 pacientes fizeram parte das análises de eficácia e
tolerabilidade, sendo 66 alocados a cada um dos braços do
estudo.

Após um período de três semanas de suspensão da medicação
anti-hipertensiva prévia (semana 0), pacientes hipertensos
primários estágio 1 e 2, de ambos os sexos, com idade entre 21 e 70
anos de idade, que obedeciam aos critérios de inclusão e exclusão
do estudo, foram alocados de forma randomizada e duplo-cega para
tratamento com a combinação fixa de anlodipino e losartana na dose
inicial de 2,5/50 mg /uma vez ao dia ou anlodipino 5 mg/dia, ou
ainda losartana 50 mg/dia durante seis semanas.

Ao final da sexta semana de tratamento, os pacientes que haviam
alcançado a meta de redução da pressão arterial (PAD ≤ 85 mmHg)
continuavam a receber a medicação na mesma dosagem por seis semanas
adicionais. Já pacientes com valores da PAD gt; 85 mmHg tiveram a
dosagem da medicação das próximas seis semanas de seguimento
aumentada para 5,0/100 mg no caso da combinação fixa, 10 mg no
grupo anlodipino isolado e 100 mg para os pacientes tratados apenas
com a losartana, sendo novamente reavaliados na 12a semana do
estudo.

Ao final da 12a semana de tratamento, somente os pacientes que
se beneficiaram do esquema terapêutico a que estavam submetidos
(obtiveram normalização pressórica definida como PAD ≤ 85 mmHg ou
apresentaram redução da PAD ≥ 10 mmHg) entraram de forma voluntária
na fase de extensão duplo- cega do estudo por mais quarenta
semanas, sendo avaliados a cada oito semanas no tocante à eficácia
anti-hipertensiva e tolerabilidade.

Eficácia anti-hipertensiva em médio prazo

A pressão arterial dos três grupos que era semelhante no período
basal reduziu-se significativamente já a partir da terceira semana
de tratamento nos três grupos (p lt; 0,001 versus semana 0) e
atingiu ao final da 12a semana valores semelhantes nos grupos
tratados com o anlodipino isolado e com a combinação fixa de
anlodipino e losartana (135,4 ± 12,2 / 85,7 ± 7,0 mmHg e 134,6 ±
15,0 / 86,2 ± 9,4 mmHg, respectivamente). Já nos pacientes tratados
somente com a losartana, a redução da pressão arterial, embora
significante, foi menor, atingindo ao final das doze semanas de
tratamento valores de 143,1 ± 15,3 / 91,3 ± 9,7 mmHg (p lt; 0,04
versus anlodipino + losartana). Na 12a semana de tratamento, a
média das doses de cada regime terapêutico era: 8,8 mg/dia; 91,1
mg/dia e 4,1+86,2 mg/dia, respectivamente, para os grupos
anlodipino, losartana e combinação fixa de anlodipino e losartana
(figura 1).

Dos 66 pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e
losartana, 48 (72,7%) alcançaram PAD lt; 90 mmHg ao final da 12a
semana do estudo, e desses em 35 (53%) a PAD foi inferior ou igual
a 85 mmHg.

À semelhança do observado na medida de consultório, a redução da
pressão arterial na Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial
(MAPA) nos pacientes tratados somente com a losartana, embora
significativa, foi menor (P lt; 0,001) que a observada nos dois
outros grupos do estudo.

O efeito anti- hipertensivo dos três regimes terapêuticos foi
adequado, mantido nas 24 horas, uma vez que a relação vale-pico
calculada foi superior a 50% nos três regimes, sendo,
respectivamente, 76,7% para a combinação fixa, 92,1% para o
anlodipino, e 60,1% para a losartana (figura 2).

Eficácia em longo prazo

Dos 198 pacientes que participaram da fase inicial do estudo,
120 foram considerados na análise de eficácia dos três regimes
terapêuticos em longo prazo, e desses, 109 completaram o estudo. A
redução da pressão arterial obtida com a combinação fixa de
anlodipino e losartana observada na fase inicial do estudo
manteve-se pelo período de um ano de seguimento, não diferindo do
comportamento da pressão arterial do grupo anlodipino isolada que
também se manteve igualmente reduzida nas 52 semanas de
tratamento.

À semelhança do observado na fase inicial do tratamento, a
redução da pressão arterial em longo prazo no grupo losartana
isolada foi significativamente menor que nos demais grupos.
Observou-se em longo prazo perda significativa da eficácia
anti-hipertensiva especialmente nos grupos tratados somente com
losartana (de 79,3% para 51,7%) ou anlodipino (de 97,7% para 75%).
Já nos pacientes tratados com a combinação fixa de anlodipino e
losartana, a perda de eficácia em longo prazo foi muito menor (de
93,6% para 87,2%) que a observada com os outros dois regimes
terapêuticos (figura 3).

O grau de redução das pressões arteriais sistólica e diastólica
durante as 24 horas, na vigília e durante o sono, observado após
doze semanas de tratamento, manteve-se no mesmo patamar nas MAPAs
realizadas nesses pacientes na 32a e na 52a semanas do estudo,
confirmando desse modo a manutenção do controle pressórico em longo
prazo.

A combinação fixa não alterou os metabolismos da glicose e dos
lípides tanto em médio quanto em longo prazos.

Características farmacológicas

Este medicamento é a combinação dos dois anti-hipertensivos, os
quais apresentam ações complementares e sinérgicas.

Farmacodinâmica

A losartana potássica é um antagonista do receptor (tipo AT1) da
angiotensina II. A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o
principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o maior
determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II
liga-se ao receptor AT1 encontrado em muitos tecidos (por exemplo,
músculo vascular liso, glândulas adrenais, rins e coração) e
desencadeia várias ações biológicas importantes, incluindo
vasoconstrição e liberação de aldosterona. A angiotensina II também
estimula a proliferação de células da musculatura lisa. Um segundo
receptor da angiotensina II foi identificado como subtipo AT2, mas
sua função na homeostase cardiovascular é desconhecida.

A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral.
Em bioensaios de ligação e farmacológicos, liga-se seletivamente ao
receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a
losartana quanto seu metabólito ácido carboxílico
farmacologicamente ativo (E-3174) bloqueiam todas as ações
fisiologicamente relevantes da angiotensina II, sem levar em
consideração sua fonte ou via de síntese. Diferentemente de alguns
antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não tem
efeitos agonistas.

A losartana liga-se seletivamente ao receptor AT1 e não se liga
ou bloqueia outros receptores de hormônios ou canais iônicos
importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a losartana
não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina.
Conseqüentemente, os efeitos não- relacionados diretamente ao
bloqueio do receptor AT1, como a potencialização dos efeitos
mediados pela bradicinina ou o desenvolvimento de edema (losartana:
1,7%; placebo: 1,9%), não estão associados à losartana.

O anlodipino é um antagonista dos canais de cálcio, quimicamente
diferente de sua classe (diidropiridínicos), caracterizado por sua
capacidade de associação e dissociação com o sítio de ligação do
receptor e conseqüente início gradual de ação. Atua diretamente na
musculatura lisa vascular, causando redução da resistência vascular
periférica e diminuição da pressão arterial. Como outros
antagonistas dos canais de cálcio, em pacientes com função
ventricular normal ocorre um discreto aumento na freqüência
cardíaca, sem influência significativa na pressão diastólica final
de ventrículo esquerdo. Estudos demonstraram que o anlodipino não
está associado a um efeito inotrópico negativo quando administrado
na dose terapêutica, mesmo co-administrado com bloqueadores. Não
produz alteração na função nodal sinoatrial ou
atrioventricular.

Farmacocinética

A losartana potássica, após a administração oral, é bem
absorvida e sofre metabolismo de primeira passagem, formando um
metabólito ativo do ácido carboxílico e outros metabólitos
inativos. A biodisponibilidade sistêmica dos comprimidos de
losartana é de aproximadamente 33%. As concentrações máximas médias
de losartana e de seu metabólito ativo são alcançadas em 1 hora e
em 3 a 4 horas, respectivamente. Não houve efeito clinicamente
significativo no perfil da concentração plasmática de losartana
quando o fármaco foi administrado com uma refeição padronizada.

O anlodipino é bem absorvido por via oral, atingindo picos
plasmáticos entre 6 e 9 horas. Liga-se em cerca de 93% às proteínas
plasmáticas. Sua biodisponibilidade absoluta é estimada entre 64 e
90%, não sendo alterada pela alimentação. Aproximadamente 90% do
anlodipino é convertido em metabólitos inativos, via metabolismo
hepático. Sua eliminação do plasma é bifásica, apresentando
meia-vida de eliminação de 35 a 50 horas. Os níveis plasmáticos
estabilizados são atingidos após o sétimo ou oitavo dia de
tratamento. Com administração oral diária crônica, a efetividade
anti-hipertensiva é mantida por pelo menos 24 horas.

Cuidados de Armazenamento do Lotar

Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15ºC e
30ºC). Proteger da luz e da umidade.

Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e
úmidos (ex.: banheiro, cozinha, carros, etc.).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Lotar 2,5 mg + 50 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa vermelho vinho
e corpo branco, contendo pó branco e comprimido revestido circular,
de cor laranja.

Lotar 5 mg + 50 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa azul e corpo
branco, contendo pó branco e comprimido revestido circular, de cor
verde.

Lotar 5 mg + 100 mg

Apresenta-se na forma de cápsula dura, com tampa verde escuro
opaco e corpo branco, contendo pó branco e comprimido revestido
circular, de cor verde.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto do medicamento, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lotar

Reg. MS n°- 1.1213.0323

Farmacêutico Responsável:

Alberto Jorge Garcia Guimarães
CRF-SP nº 12.449

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo – SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Lotar, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.