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Intelence

Intelence, em associação com inibidores de protease
potencializados (inibidores de protease com ritonavir) e outros
medicamentos antirretrovirais, é indicado para o tratamento da
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana do tipo 1 (HIV-1) em
pacientes adultos com experiência no tratamento antirretroviral,
com evidência de replicação viral e que apresentem resistência a
inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos
(ITRNNs) e resistência a inibidores da protease (IPs).

O histórico do tratamento e, quando disponível, o teste de
resistência, deve orientar o uso de Intelence.

Intelence não é recomendado para uso em combinações contendo
apenas ITRNs em pacientes que apresentaram falha virológica com um
regime contendo um inibidor da transcriptase reversa não análogo de
nucleosídeo (ITRNN) e inibidor da transcriptase reversa análogo de
nucleosídeo/nucleotídeo (ITRN).

Como o Intelence funciona?


A etravirina é um novo fármaco, da classe de inibidores da
transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo (ITRNN) que inibe
a replicação do vírus da imunodeficiência humana do tipo 1 (HIV-1)
bloqueando a ação da enzima viral transcriptase reversa, essencial
para o ciclo vital do HIV-1.

O tempo médio para início da queda na carga viral com o uso de
Intelence é de 1 a 2 dias, baseando-se nos primeiros estudos
clínicos de Intelence.

Contraindicação do Intelence

Você não deve tomar Intelence se tiver hipersensibilidade à
etravirina ou a qualquer um dos excipientes do medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Como usar o Intelence

Intelence deve ser sempre administrado em associação a outros
medicamentos antirretrovirais.

Os comprimidos de Intelence devem ser tomados por via oral, duas
vezes ao dia, após uma refeição. Os pacientes devem ser informados
para engolir os comprimidos inteiros com líquidos, por exemplo, a
água. Os pacientes incapazes de engolir os comprimidos de Intelence
inteiros podem dissolvê-los em um copo de água. Uma vez dissolvidos
os comprimidos, os pacientes devem agitar bem o conteúdo e bebê-lo
imediatamente. Deve-se adicionar água ao copo várias vezes, e logo
após, deve-se ingerir todo o conteúdo para assegurar que toda a
dose seja consumida.

O uso de bebidas carbonatadas (por exemplo, refrigerantes) ou
aquecidas (gt;40°C) deve ser evitado.

Posologia do Intelence


Adultos

A dose recomendada de Intelence é de 200 mg (um comprimido de
200 mg ou dois comprimidos de 100 mg) administrados por via oral
duas vezes por dia (2x/dia), após uma refeição.

Crianças (menos de 12 anos) e adolescentes (12 a 17
anos)

Não se recomenda o tratamento com Intelence em crianças e
adolescentes. A segurança e a eficácia de Intelence nessas
populações ainda estão em estudo.

Idosos

Estão disponíveis poucas informações nessa população.

Gravidez

Nenhum ajuste de dose é necessário durante a gravidez e o
pós-parto. Dado o aumento da exposição de etravirina durante a
gravidez, cuidados devem ser tomados caso você necessite de
medicações concomitantes ou apresente comorbidades que podem
aumentar ainda mais a exposição à etravirina.

Insuficiência hepática

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência
hepática leve ou moderada. A farmacocinética de Intelence ainda não
foi estudada em pacientes com insuficiência hepática grave.

Insuficiência renal

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência
renal.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Intelence?


Se você esquecer de tomar uma dose de Intelence em até 6 horas
do horário que geralmente deveria ter sido tomado, você deve tomar
Intelence após uma refeição e depois, assim que possível, tomar a
dose seguinte no horário habitual. Se esquecer de tomar Intelence e
tiver passado mais de 6 horas depois do horário que geralmente
deveria ter sido tomado, você não deve tomar a dose esquecida.
Simplesmente retorne ao esquema de administração habitual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Intelence

Os pacientes devem ser avisados de que a terapia antirretroviral
atual não cura o HIV e de que ainda não se comprovou que ela
previne a transmissão do HIV a outras pessoas através do sangue ou
do contato sexual. As precauções adequadas devem continuar a ser
utilizadas.

Intelence ainda não é indicado no tratamento de pacientes
menores de 18 anos. Estão sendo conduzidos estudos clínicos em
crianças e adolescentes infectadas pelo HIV-1 na faixa etária entre
6 e 17 anos.

Estão sendo conduzidos estudos clínicos em crianças com idade
abaixo de 6 anos infectadas pelo HIV-1.

Reações cutâneas e de hipersensibilidade
graves

Foram relatadas reações cutâneas graves, fatais e potencialmente
fatais com o uso de Intelence. Os relatos de Síndrome de
Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (dois exemplos de
doenças graves da pele e das mucosas) foram raros (lt; 0,1%).
Reações de hipersensibilidade (alergias), incluindo erupção cutânea
ao medicamento com eosinofilia (aumento de células do sangue
chamadas eosinófilos) e sintomas sistêmicos, também foram relatadas
e caracterizadas como sendo erupção cutânea, sintomas
constitucionais e, em menor frequência, disfunção orgânica,
incluindo falência hepática. Procure orientação médica logo que
apareçam alterações na pele.

Interrompa o tratamento com Intelence imediatamente, se sinais
ou sintomas de reações cutâneas graves ou reações de
hipersensibilidade se desenvolverem (incluindo, mas não limitado a,
erupção cutânea grave ou erupção cutânea acompanhada de febre,
mal-estar generalizado, fadiga, dores musculares ou nas
articulações, bolhas, lesões orais, conjuntivite, hepatite e
eosinofilia). A avaliação clínica, incluindo transaminases
hepáticas, deve ser efetuada e o tratamento apropriado instituído.
A demora na interrupção do tratamento com Intelence após o início
da reação cutânea grave pode resultar em reações que colocam a vida
do paciente em risco.

Erupção Cutânea

Tem sido relatada erupção cutânea com uso de Intelence. Mais
frequentemente, a erupção cutânea foi de grau leve a moderado,
ocorrendo na segunda semana de tratamento, sendo pouco frequente
após a quarta semana. Na maioria das vezes a erupção cutânea foi
autolimitada e, em geral, apresentou resolução dentro de 1 a 2
semanas de tratamento contínuo. A incidência da erupção cutânea foi
maior em mulheres.

Redistribuição da Gordura

A terapia antirretroviral combinada vem sendo associada à
redistribuição da gordura do corpo (lipodistrofia) nos pacientes
infectados pelo HIV. As consequências em longo prazo desses eventos
são desconhecidas no momento. Um maior risco de lipodistrofia está
associado a fatores individuais, tais como idade avançada, e
fatores relacionados ao medicamento, como duração mais prolongada
do tratamento antirretroviral e distúrbios metabólicos associados.
O exame clínico deve incluir a avaliação de sinais físicos da
redistribuição da gordura.

Síndrome da reconstituição imunológica

Nos pacientes infectados com o HIV que apresentam deficiência
imunológica grave na ocasião da instituição da terapia
antirretroviral combinada, pode ocorrer uma reação inflamatória a
patógenos oportunistas assintomáticos ou residuais (síndrome de
reconstituição imune, que é a piora inicial como resposta a agentes
causadores de doença que já se encontram infectando o paciente),
que pode causar condições clínicas graves ou piora dos
sintomas.

Caracteristicamente, essas reações foram observadas nas
primeiras semanas ou meses do início da terapia antirretroviral
combinada. Exemplos relevantes são retinite por citomegalovírus,
infecções por micobactérias generalizadas e/ou focais e pneumonia
por Pneumocystis jirovecii. Todos os sintomas
inflamatórios devem ser avaliados e o tratamento deve ser
instituído quando necessário.

Doenças autoimunes, tais como a doença de Grave (doença na
glândula tireoide), também têm sido relatadas durante a
reconstituição imunológica. No entanto, o tempo de aparecimento é
mais variável, e pode ocorrer muitos meses após o início do
tratamento.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e
utilizar máquinas

Não foram conduzidos estudos para avaliar os efeitos de
Intelence sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas. Não há evidências de que o Intelence altere a capacidade
do paciente de dirigir veículos e operar máquinas, no entanto, o
perfil de reações adversas de Intelence deve ser levado em
consideração.

Amamentação

Não se sabe se a etravirina é excretada no leite humano. Devido
ao potencial de transmissão do HIV e ao potencial de eventos
adversos nos lactentes, as mães devem ser orientadas a não
amamentar se estiverem tomando Intelence.

Fertilidade

Não estão disponíveis dados do efeito da etravirina sobre a
fertilidade em humanos.

Reações Adversas do Intelence

Reações Adversas ocorridas em adultos

As reações adversas medicamentosas relatadas com maior
frequência de gravidade foram erupção cutânea, diarreia,
hipertrigliceridemia e náusea.

Mais frequentemente, erupção cutânea foi de grau leve a
moderado, geralmente macular (com manchas) a maculopapular (manchas
com saliências na pele) ou eritematosa (vermelhidão extensa), e
ocorreu principalmente na segunda semana de tratamento e foi
infrequente após a quarta semana. A erupção cutânea foi
principalmente autolimitada e, em geral, resolvida dentro de 1-2
semanas de tratamento contínuo.

Consulte seu médico imediatamente se sinais ou sintomas de
reações cutâneas graves ou reações de hipersensibilidade (alergia
na pele) se desenvolverem (incluindo, mas não limitado à erupção
cutânea grave ou erupção cutânea acompanhada de febre, mal-estar
generalizado, fadiga, dores musculares ou nas articulações, bolhas,
lesões orais, conjuntivite, hepatite e eosinofilia). Ele irá
orientá-lo como proceder se algum desses sintomas aparecerem e se
será necessário interromper Intelence. A avaliação clínica,
incluindo transaminases hepáticas, deve ser efetuada e o tratamento
apropriado instituído. A demora na interrupção do tratamento com
Intelence após o início da reação cutânea grave pode resultar em
reações que colocam a vida do paciente em risco.

A incidência de erupção cutânea (surgimento de problemas na
pele) foi maior em mulheres que em homens no grupo Intelence nos
estudos clínicos. Nos pacientes com história de erupção cutânea
relacionada aos ITRNN, não houve aumento do risco aparente de
desenvolvimento de erupção cutânea relacionada ao Intelence em
comparação aos pacientes sem histórico de erupção cutânea
relacionada à ITRNN.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizaram este medicamento)

Distúrbios cardíacos

Infarto do miocárdio.

Distúrbios no sangue e no sistema linfático

Anemia, trombocitopenia (redução do número de plaquetas no
sangue).

Distúrbios do sistema nervoso

Neuropatia periférica e cefaleia (dor de cabeça).

Distúrbios gastrintestinais

Diarreia, náusea, dor abdominal, vômitos, doença do refluxo
gastroesofágico, flatulência e gastrite.

Distúrbios renais e urinários

Insuficiência renal.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Erupção cutânea, lipoipertrofia (aumento de depósito de gordura)
e sudorese noturna.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hiperlipidemia,
hiperglicemia e diabetes mellitus.

Distúrbios vasculares

Hipertensão.

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Fadiga.

Transtornos psiquiátricos

Insônia e ansiedade.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizaram este medicamento)

Distúrbios cardíacos

Angina pectoris, fibrilação atrial (alteração do ritmo
do coração).

Distúrbios do sistema nervoso

Parestesia (formigamentos), sonolência, convulsão, hipoestesia
(perda de sensibilidade), amnésia, síncope (desmaio), distúrbio na
atenção, hipersonia (sono exagerado), tremor.

Distúrbios oculares

Visão turva (embaçada).

Distúrbios do ouvido e do labirinto

Vertigem.

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais

Dispneia (falta de ar) aos esforços, broncoespasmo.

Distúrbios gastrintestinais

Distensão abdominal, pancreatite, constipação, boca seca,
hematêmese (vômito de sangue), vômito, estomatite.

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Coceira, hiperidrose (suor excessivo), pele seca, inchaço
facial.

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Anorexia (distúrbio alimentar caracterizado pela perda de
apetite resultando em diminuição excessiva de peso), dislipidemia
(alteração dos níveis de gordura no sangue).

Distúrbios gerais e condições no local da
administração

Letargia (fraqueza generalizada).

Distúrbios do sistema imunológico

Hipersensibilidade a medicamento, síndrome da reconstituição
imunológica.

Distúrbios do fígado e vias biliares

Hepatomegalia, hepatite citolítica, esteatose hepática (gordura
no fígado), hepatite.

Distúrbios do sistema reprodutor e nas
mamas

Ginecomastia (aumento das mamas em homens).

Transtornos psiquiátricos

Distúrbios do sono, sonhos anormais, estado confusional,
desorientação, nervosismo, pesadelos.

Outras reações adversas medicamentosas de intensidade no mínimo
moderada observadas em outros estudos foram lipodistrofia
adquirida, edema angioneurótico, eritema multiforme e AVC
hemorrágico (derrame hemorrágico), cada um relatada em mais de 0,5%
dos pacientes. A Síndrome de Stevens Johnson foi relatada raramente
(lt; 0,1%) e a necrólise epidérmica tóxica foi relatada muito
raramente (lt; 0,01%) durante o desenvolvimento clínico de
Intelence.

Anormalidades laboratoriais

As anormalidades laboratoriais de graus 3 a 4 ocorridas durante
o tratamento relatadas em gt; 2% dos pacientes foram alterações dos
parâmetros laboratoriais, tais como, a amilase pancreática,
creatinina, lipase, contagem de células sanguíneas brancas,
colesterol total, lipoproteína de baixa densidade, triglicerídeos,
glicose e transaminases e neutrofilia.

Lipodistrofia

A terapia antirretroviral combinada é associada à redistribuição
da gordura corpórea (lipodistrofia) nos pacientes infectados pelo
HIV, incluindo perda da gordura subcutânea periférica e facial,
aumento da gordura intra-abdominal e visceral, hipertrofia mamária
e acúmulo de gordura dorso-cervical (giba).

Síndrome de Reconstituição Imunológica

Nos pacientes infectados pelo HIV com deficiência imunológica
grave na ocasião do início da terapia antirretroviral combinada,
pode ocorrer reação inflamatória às infecções oportunistas
assintomáticas ou residuais (síndrome de reconstituição
imunológica). Doenças autoimunes, tais como a doença de Grave,
também têm sido relatadas no contexto da Síndrome de Reconstituição
Imunológica.

Pacientes coinfectados pelo vírus da hepatite B e/ou da
hepatite C

A monitoração clínica padrão dos pacientes com hepatite crônica
é considerada adequada.

Reações Adversas ocorridas durante a experiência
Pós-comercialização com Intelence

Distúrbios do Sistema Imune

Reações de hipersensibilidade, incluindo DRESS (erupção cutânea
ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos) foram
relatadas e caracterizadas por erupção cutânea, sintomas
constitucionais e, menos frequentemente, disfunções orgânicas,
incluindo falência hepática (incidência desconhecida).

Distúrbios do Tecido Conectivo e
Musculoesquelético

Rabdomiólise (destruição das células musculares, dor nos
músculos e fraqueza) (incidência desconhecida).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Intelence

Idosos

A experiência em pacientes geriátricos é limitada. O tipo e a
incidência de eventos adversos nos pacientes acima de 55 anos foram
semelhantes aos observados nos pacientes mais jovens.

Doença hepática

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência
hepática leve ou moderada.

A farmacocinética do Intelence ainda não foi estudada em
pacientes com insuficiência hepática grave.

Doença renal

Como a depuração renal da etravirina é insignificante (lt;
1,2%), não é de se esperar a ocorrência de uma redução da depuração
corpórea total em pacientes com insuficiência renal. Não são
necessárias precauções especiais nem ajustes da dose em pacientes
com insuficiência renal. Como a etravirina apresenta alta taxa de
ligação a proteínas plasmáticas, é improvável que seja
significativamente removida por hemodiálise ou diálise
peritoneal.

Gravidez

Não há estudos adequados e bem-controlados com a etravirina em
mulheres grávidas.

Informe o seu médico se você estiver
grávida.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Intelence

Intelence 100 mg

Cada comprimido contém

100 mg de etravirina.

Excipientes:

celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de
silício coloidal, estearato de magnésio, hipromelose, lactose
monoidratada.

Intelence 200 mg

Cada comprimido contém

200 mg de etravirina.

Excipientes:

celulose microcristalina, celulose microcristalina silicificada,
croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de
magnésio, hipromelose.

Apresentação do Intelence


Comprimidos de 100 mg em frasco com 120 comprimidos.

Comprimidos de 200 mg em frasco com 60 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdosagem do Intelence

Caso você tenha tomado uma grande quantidade de medicamento de
uma só vez, procure o médico imediatamente.

Não há antídoto específico para a superdose de Intelence. O
conhecimento de superdosagem com Intelence em humanos é limitada. O
tratamento de superdose de Intelence consiste de condutas gerais de
suporte, incluindo monitoramento dos sinais vitais e observação do
estado clínico do paciente. Como a etravirina apresenta alta taxa
de ligação a proteínas, é improvável que a diálise resulte na
remoção significativa da substância ativa.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Intelence

Intelence pode interagir com outros medicamentos. Converse com
seu médico se você estiver usando ou tiver usado recentemente
qualquer outro medicamento, incluindo medicamentos sem prescrição
médica.

Na maioria dos casos, Intelence pode ser combinado com outros
medicamentos anti-HIV de qualquer outra classe. Entretanto, algumas
combinações ou associações não são recomendadas. Em alguns casos,
será necessário maior controle e/ou mudança na dose. Assim, sempre
informe seu médico quais são os outros medicamentos anti-HIV que
você está utilizando. Siga corretamente as instruções de seu médico
sobre quais medicamentos podem ser associados.

Não é recomendado utilizar Intelence com os seguintes
medicamentos:

  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína (medicamentos para a
    prevenção de convulsão);
  • Rifampicina e rifapentina (medicamentos para tratar algumas
    infecções como tuberculose);
  • Produtos que contenham Erva de São-João (Hypericum
    perforatum
    ) (um medicamento fitoterápico utilizado para
    depressão);
  • Elbasvir/grazoprevir, simeprevir (medicamentos para tratar
    infecção de Hepatite C).

Se você estiver utilizando qualquer um desses medicamentos, por
favor, converse com o seu médico.

Os efeitos de Intelence ou de outros medicamentos podem ser
influenciados se você utilizá-los concomitantemente.

Informe seu médico se você estiver utilizando qualquer
um dos seguintes medicamentos:

  • Amiodarona, bepridil, digoxina, disopiramida, flecainida,
    lidocaína, mexiletina, propafenona ou quinidina (medicamentos para
    tratar certos distúrbios do coração, exemplo, batimento cardíaco
    anormal);
  • Varfarina (um medicamento usado para reduzir a coagulação
    sanguínea). Seu médico deverá avaliar seu sangue;
  • Itraconazol, cetoconazol ou posaconazol (medicamentos para
    tratar infecções fúngicas);
  • Claritromicina (um antibiótico);
  • Artemisina/lumefantrina (antimalárico);
  • Rifabutina (medicamento para tratar algumas infecções como
    tuberculose);
  • Diazepam (medicamento para tratar problemas de insônia e/ou
    ansiedade);
  • Dexametasona (um corticosteroide utilizado em várias condições
    como inflamação e reações alérgicas);
  • Daclatasvir (medicamentos para tratar infecção de Hepatite
    C);
  • Atorvastatina, fluvastatina, lovastatina, pitavastatina,
    rosuvastatina ou sinvastatina (medicamentos para reduzir o
    colesterol);
  • Ciclosporina, sirolimo, tacrolimo (imunossupressores);
  • Sildenafila, vardenafila ou tadalafila (medicamentos para
    tratar a disfunção erétil e/ou hipertensão arterial pulmonar);
  • Clopidogrel (um medicamento para prevenir a coagulação do
    sangue);
  • Dolutegravir (um medicamento para tratamento da AIDS).
    Dolutegravir só deve ser usado com Intelence quando coadministrado
    com atazanavir/ritonavir, darunavir/ritonavir ou
    lopinavir/ritonavir.

Interações com álcool

A interação entre etravirina e álcool não foi avaliada.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Intelence

Resultados de Eficácia


Experiência clínica

Pacientes adultos previamente expostos a
tratamento

As evidências de eficácia de Etravirina (substância ativa)
baseiam-se nas análises dos dados de 48 semanas de dois estudos em
andamento de Fase 3 randomizados, duplo-cegos e controlados por
placebo (DUET-1 e DUET-2). Esses estudos tiveram desenhos idênticos
e foi observada eficácia semelhante de Etravirina (substância
ativa) em cada estudo. Os resultados a seguir são os dados
agrupados dos dois estudos.

Os pacientes infectados pelo HIV-1, previamente expostos a
tratamento que apresentavam no plasma carga viral gt; 5000
cópias/mL e tinham uma ou mais mutações associadas à resistência a
ITRNN na triagem ou em uma genotipagem prévia (ou seja, resistência
arquivada) foram admitidos. Esses pacientes também apresentavam
três ou mais das seguintes mutações primárias de IP: D30N, V32I,
L33F, M46I/L, I47A/V, G48V, I50L/V, V82A/F/L/S/T, I84V, N88S ou
L90M na triagem e recebiam um esquema antirretroviral estável por
pelo menos oito semanas. A randomização foi estratificada pelo
possível uso da enfuvirtida (ENF) no esquema de base (EB), uso
prévio de darunavir/ritonavir e pela carga viral na triagem. Essa
análise incluiu 612 pacientes no DUET-1 e 591 no DUET-2 que haviam
completado 48 semanas de tratamento ou descontinuado
previamente.

Na semana 48, a taxa de resposta virológica foi avaliada em
pacientes que receberam Etravirina (substância ativa) (200 mg
2x/dia) adicionada ao esquema de base versus pacientes que
receberam placebo adicionado ao esquema de base. O esquema de base
consistiu de darunavir/ritonavir 600/100 mg 2x/dia e, no mínimo,
dois outros agentes antirretrovirais selecionados pelo investigador
(ITRN com ou sem a ENF). 45,6% dos pacientes no grupo Etravirina
(substância ativa) e 46,9% dos pacientes no grupo placebo
utilizaram a ENF na terapia antirretroviral de base. 25,5% dos
pacientes no grupo Etravirina (substância ativa) utilizaram a ENF
pela primeira vez (de novo) em comparação a 26,5% dos pacientes no
grupo placebo. 20,0% dos pacientes no grupo Etravirina (substância
ativa) reutilizaram a ENF em comparação a 20,4% dos pacientes no
grupo placebo. A resposta virológica foi definida como a obtenção
de carga viral indetectável confirmada (carga viral lt;50
cópias/mL).

A tabela a seguir mostra os resultados de eficácia em 48
semanas dos pacientes no grupo Etravirina (substância ativa) e dos
pacientes no grupo placebo dos estudos agrupados DUET-1 e
DUET-2:

EB:

esquema de base.
1 Imputações de acordo com o algoritmo TLOVR.
2 Não completador é falha de imputação (NC = F):
pacientes que descontinuaram prematuramente são imputados com uma
alteração igual a zero em todos os pontos de tempo após a
descontinuação.
3 As diferenças de tratamento baseiam-se nas médias dos
Mínimos Quadrados de um modelo de ANCOVA incluindo os fatores de
estratificação, valor de P lt; 0,0001 para redução média da carga
viral; valor de P=0,0006 para alteração média da contagem de
células CD4.
4 Intervalo de confiança em torno da diferença observada
de taxas de resposta; valor de P lt; 0,0001 do modelo de regressão
logística, incluindo fatores de estratificação.
5 Intervalo de confiança em torno da diferença observada
de taxas de resposta, valor de P=0,0408.

Como houve um efeito de interação significativo entre o
tratamento e a ENF, a análise primária foi realizada para dois
estratos de ENF (pacientes em reuso ou não usando a ENF
versus pacientes usando a ENF de novo).

Os resultados na análise agrupada do DUET-1 e do DUET-2 na
semana 48 demonstraram que o grupo Etravirina (substância ativa)
foi superior ao grupo placebo independentemente se a ENF foi usada
pela primeira vez ou não. Na população de pacientes em reuso ou não
usando a ENF, a proporção de pacientes com carga viral lt; 50
cópias/mL foi de 57,0% no grupo Etravirina (substância ativa) e
33,0% no grupo placebo (uma diferença de 24,0%, plt;0,0001).

No grupo de pacientes que utilizaram a ENF pela primeira vez,
71,2% dos pacientes no grupo Etravirina (substância ativa)
atingiram carga viral lt; 50 cópias/mL em comparação a 58,5% no
grupo placebo (uma diferença de 12,7%, p = 0,0199).

Na semana 48, significativamente menos pacientes no grupo
Etravirina (substância ativa) (35 pacientes, 5,8%) atingiram um
desfecho clínico (doenças definidoras de AIDS ou morte) se
comparado ao grupo placebo (59 pacientes, 9,8%) (p = 0,0408).

Resultados relatados pelo paciente

Nos dados agrupados dos estudos clínicos DUET, os pacientes no
grupo Etravirina (substância ativa) demonstraram em 48 semanas uma
melhora estatisticamente significativa em relação à linha de base
na subescala de Bem-Estar Físico do questionário FAHI (avaliação
funcional da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana)
relatado pelo paciente. Essa melhora foi estatisticamente maior nos
pacientes do braço Etravirina (substância ativa) comparado à
pacientes no braço placebo. Para a subescala de Bem-Estar Funcional
e Global, nenhuma diferença estatística foi encontrada.

Genótipo ou fenótipo na linha de base e análise dos
resultados virológicos

No DUET-1 e no DUET-2, a presença na linha de base de três ou
mais das seguintes mutações: V90I, A98G, L100I, K101E, K101P,
V106I, V179D, V179F, Y181C, Y181I, Y181V, G190A e G190S (RAMs –
mutações associadas à resistência de Etravirina (substância ativa))
foi associada a uma diminuição da resposta virológica ao Etravirina
(substância ativa).

Essas mutações individuais ocorreram na presença de outras RAMs
de ITRNN.  A V179F nunca esteve presente sem a Y181C.

Proporção de Pacientes com carga viral lt; 50 cópias/mL
na semana 48 por Número de Mutações Associadas à Resistência ao
Etravirina (substância ativa) na Linha de Base da População de
Pacientes dos Estudos Agrupados DUET, excluídos os que
descontinuaram por não falha virológica:

Pacientes em reuso ou não usando a
enfuvirtida

Número de mutações associadas à resistência ao
Etravirina

Etravirina + EB %; (n/N)

Placebo + EB %; (n/N)

074,1% (117/158)

42,7% (61/143)

161,3% (73/119)

38,6% (59/153)

264,1% (41/64)

26,2% (16/61)

≥ 3

38,3% (23/60)

28,2% (11/39)

EB:

 esquema de base.

n:

 número de pacientes com observações.

N: 

Número total de pacientes.

A população analisada foi composta de todos os pacientes exceto
os que descontinuaram por razões diferentes de falha virológica
(excluídos os que descontinuaram por não falha virológica).

A K103N, que foi a mutação do ITRNN mais prevalente no DUET-1 e
no DUET 2 na linha de base, não foi identificada como uma mutação
associada à resistência ao Etravirina (substância ativa). A
presença dessa mutação não afetou a resposta no grupo Etravirina
(substância ativa).

Demonstrou-se que o fenótipo da Etravirina (substância ativa) na
linha de base (alteração da sensibilidade em relação à referência)
é um fator preditivo da resposta virológica. As taxas de resposta
avaliadas de acordo com o fenótipo da Etravirina (substância ativa)
na linha de base são mostradas na tabela a seguir. Esses grupos de
fenótipo na linha de base baseiam-se em algumas populações de
pacientes do DUET-1 e do DUET-2 e não se destinam a representar
pontos de corte de sensibilidade clínica definitivos para o
Etravirina (substância ativa). Os dados são fornecidos para dar aos
médicos informações sobre a probabilidade de sucesso virológico com
base na sensibilidade à Etravirina (substância ativa)
pré-tratamento em pacientes previamente expostos a tratamento.

Resposta ao Etravirina (substância ativa) segundo o
Fenótipo da Etravirina (substância ativa) na Linha de Base
– População de Pacientes dos Estudos DUET Agrupados, excluídos
os que descontinuaram por não falha virológica Pacientes em reuso
ou não usando a ENF:

EB:

esquema de base.

n:

 número de pacientes com observações.

N:

 Número total de pacientes.

A população analisada foi composta de todos os pacientes exceto
os que descontinuaram por razões diferentes de falha virológica
(excluídos os que descontinuaram por não falha virológica
pacientes).

Para a carga viral indetectável (lt;50 cópias/mL), a redução
absoluta do risco (RRA) é de aproximadamente 17,87, o que
corresponde, portanto, ao número necessário para tratar (NNT) de
aproximadamente 6.

Referências

1. Katlama C, Haubrich R, Lalezari
J. Efficacy and safety of etravirine in treatment-experienced,
HIV-1 patients: pooled 48 week analysis of two randomized,
controlled trials. AIDS 2009; 23, 17: 2289-2300.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A Etravirina (substância ativa) é um ITRNN do vírus da
imunodeficiência humana do tipo 1 (HIV-1). A Etravirina (substância
ativa) liga-se diretamente à transcriptase reversa (TR) e bloqueia
as atividades da DNA polimerase RNA dependente e DNA-dependente
através da quebra do sítio catalítico da enzima.

A Etravirina (substância ativa) pode ligar-se à transcriptase
reversa em pelo menos dois modos conformacionais distintos. Em um
determinado modo de ligação, a flexibilidade de torsão da
Etravirina (substância ativa) permite o acesso a numerosas
variantes conformacionais, enquanto o seu desenho compacto permite
o reposicionamento e reorientação (translação e rotação) dentro do
pocket. A Etravirina (substância ativa) não inibe as DNA
polimerases alfa, beta e gama humanas.

Atividade antiviral in vitro

A Etravirina (substância ativa) apresenta atividade contra cepas
de laboratório e de isolados clínicos do HIV-1 do tipo selvagem em
linhagens de células T agudamente infectadas, células mononucleares
do sangue periférico humano e monócitos/macrófagos humanos com
valores medianos de CE50 variando de 0,9 a 5,5 nM (ou seja, 0,4 a
2,4 ng/mL).

A Etravirina (substância ativa) demonstra atividade antiviral
in vitro contra um amplo painel de vírus HIV-1 do grupo M
(subtipos A, B, C, D, E, F, G) e isolados primários do grupo O com
CE50 variando de 0,7 a 21,7 nM. Esses valores de CE50 ficam bem
abaixo do intervalo de concentração de toxicidade celular de 50% de
15 a gt; 100 µM.

O valor de CE50 da Etravirina (substância ativa) para o HIV-1
aumenta com um fator mediano de 5,8 na presença de soro humano.

Não se observa antagonismo entre a Etravirina (substância ativa)
e qualquer dos antirretrovirais estudados. A Etravirina (substância
ativa) demonstra atividade antiviral aditiva em combinação com os
IPs amprenavir, atazanavir, darunavir, indinavir, lopinavir,
nelfinavir, ritonavir, tipranavir e saquinavir; os ITRNs
zalcitabina, didanosina, estavudina, abacavir e tenofovir; os
ITRNNs efavirenz, delavirdina e nevirapina; o inibidor de fusão
enfuvirtida; inibidor de integrase raltegravir e o antagonista de
CCR5 maraviroque. A Etravirina (substância ativa) demonstra
atividade antiviral aditiva à sinérgica em combinação aos ITRNs
entricitabina, lamivudina e zidovudina.

Resistência

Em um grupo de 65 cepas de HIV-1 com substituição da posição de
um único aminoácido da transcriptase reversa associado à
resistência ao ITRNN, incluindo a K103N e a Y181C que são as mais
frequentemente observadas, a Etravirina (substância ativa)
demonstra atividade antiviral potente contra 56 dessas cepas. As
substituições de aminoácidos, que resultam na maior resistência à
Etravirina (substância ativa) em cultura de células, são a Y181I
(fold change de 13 – em valor de CE50) e a Y181V
(fold change de 17 – em valor de CE50). A atividade
antiviral da Etravirina (substância ativa) em cultura de células
contra 24 cepas de HIV-1 com múltiplas substituições de aminoácidos
associada à resistência a ITRNs e/ou IPs é comparável à observada
contra o HIV-1 do tipo selvagem.

A seleção in vitro de cepas resistentes à Etravirina
(substância ativa) originárias do HIV-1 do tipo selvagem de
diferentes origens e subtipos, bem como do HIV-1 resistentes a
ITRNN, foi feita com altos e baixos inóculos virais. No inóculo
viral alto, o aparecimento de cepas resistentes do HIV-1 do tipo
selvagem foi retardado ou prevenido nas concentrações de 40 nM ou
200 nM. O mesmo foi observado com cepas resistentes que apresentam
as mutações únicas K103N e Y181C associadas à resistência a ITRNN.
Independentemente do desenho experimental e da cepa do HIV-1
original, o desenvolvimento de resistência contra a Etravirina
(substância ativa) necessita caracteristicamente de múltiplas
mutações na transcriptase reversa, entre as quais as seguintes
foram observadas mais frequentemente: L100I, E138K, E138G, V179I,
Y181C e M230I.

Nos estudos de Fase 3, DUET-1 e DUET-2, as mutações que se
desenvolveram com maior frequência nos pacientes com falha
virológica ao esquema contendo Etravirina (substância ativa) foram
V179F, V179I e Y181C, que geralmente apareceram no contexto de
várias outras mutações associadas à resistência (RAMs) a ITRNN.

Em todos os estudos conduzidos com Etravirina (substância ativa)
em pacientes infectados pelo HIV-1, as seguintes mutações
apareceram com maior frequência: L100I, E138G, V179F, V179I, Y181C
e H221Y.

Resistência cruzada

Foi observada limitada resistência cruzada entre a Etravirina
(substância ativa) e o efavirenz in vitro em 3 das 65
cepas mutantes de HIV-1 contendo uma mutação associada à
resistência a ITRNN. Para as outras cepas, as posições dos
aminoácidos associadas à diminuição da sensibilidade à Etravirina
(substância ativa) e ao efavirenz foram diferentes. A Etravirina
(substância ativa) continua com valor de CE50 lt; 10 nM contra 83%
dos 6.171 isolados clínicos resistentes a delavirdina, efavirenz
e/ou nevirapina. Não se recomenda o tratamento de pacientes com
delavirdina, efavirenz ou nevirapina após falha virológica de um
regime contendo Etravirina (substância ativa).

O tempo médio para início da queda na carga viral com o uso de
Etravirina (substância ativa) é de 1 a 2 dias, baseando-se nos
primeiros estudos clínicos de Etravirina (substância ativa) (por
exemplo: TMC125 C208).

Propriedades Farmacocinéticas

As propriedades farmacocinéticas da Etravirina (substância
ativa) foram avaliadas em adultos saudáveis e em pacientes adultos
infectados pelo HIV-1 previamente expostos a tratamento. A
exposição à Etravirina (substância ativa) foi um pouco menor nos
pacientes infectados pelo HIV-1 do que nos indivíduos
saudáveis.

Estimativa populacional da farmacocinética de Etravirina
(substância ativa) 200 mg duas vezes ao dia em paciente adultos
infectados por HIV-1- (dados integrados desde o estudo Fase 3 até a
semana 48)*:

Parâmetro

Etravirina 200 mg duas vezes ao dia – N =
575

ASC12h (ng•h/mL)

Média geométrica ± desvio padrão

4522 ± 4710

Mediana (intervalo)

4380 (458 – 59084)

C0h (ng/mL)

Média geométrica ± desvio padrão

297 ± 391

Mediana (intervalo)

298 (2 – 4852)

* Todos os pacientes recrutados infectados por HIV-1 no estudo
clínico Fase 3, receberam darunavir/ritonavir 600/100 mg duas vezes
ao dia como parte do esquema de base. Portanto, a estimativa do
parâmetro farmacocinético mostrado na tabela explica as reduções
nos parâmetros farmacocinéticos de Etravirina (substância ativa)
devido à coadministração de Etravirina (substância ativa) com
darunavir/ritonavir.

Nota:

A mediana de ligação de proteína EC50 ajustada para células
infectadas MT4 com HIV-1/IIIB in vitro = 4 ng/mL.

ASC12h:

área sob a curva de concentração plasmática-tempo ao longo de 12
horas em estado estacionário.

C0h:

concentração de vale em estado estacionário.

Absorção

Não existe disponível uma formulação intravenosa da Etravirina
(substância ativa), portanto, a biodisponibilidade absoluta de
Etravirina (substância ativa) é desconhecida. Após a administração
oral com alimentos, a concentração plasmática máxima da Etravirina
(substância ativa) é geralmente alcançada em 4 horas. Em indivíduos
saudáveis, a absorção da Etravirina (substância ativa) não é
afetada pela administração concomitante por via oral da ranitidina
ou do omeprazol, que são medicamentos conhecidos por aumentarem o
pH gástrico.

Efeito dos alimentos sobre a absorção

A exposição à Etravirina (substância ativa) é semelhante quando
administrada após uma refeição calórica normal padrão (561 kcal) ou
uma refeição de alto teor calórico com alto teor de gordura (1.160
kcal). Em comparação à administração após uma refeição calórica
normal padrão, as exposições diminuíram quando a Etravirina
(substância ativa) foi tomada antes de uma refeição calórica normal
padrão (17%), após um croissant (20%) ou em
jejum (51%). Portanto, para atingir a exposição ideal, Etravirina
(substância ativa) deve ser tomado após uma refeição.

Distribuição

A Etravirina (substância ativa) apresenta taxa de ligação a
proteínas plasmáticas de 99,9%, principalmente à albumina (99,6%) e
à glicoproteína ácida alfa1 (97,66%-99,02%) in vitro.
A distribuição da Etravirina (substância ativa) em outros
compartimentos além do plasma (por exemplo, fluido cerebroespinal,
secreções do trato genital) ainda não foi avaliada em humanos.

Metabolismo

Os experimentos in vitro com microssomas hepáticos
humanos (MHHs) indicam que a Etravirina (substância ativa) sofre
principalmente metabolismo oxidativo pelo sistema hepático do
citocromo P450 (CYP) 3A e, em menor extensão, pela família da CYP2C
seguido da glicuronidação.

Eliminação

Após a administração de uma dose de 14C-Etravirina (substância
ativa) radiomarcada, 93,7% e 1,2% da dose administrada da
14C-Etravirina (substância ativa) puderam ser recuperadas nas fezes
e na urina, respectivamente. A Etravirina (substância ativa)
inalterada representou nas fezes 81,2% a 86,4% da dose
administrada. A Etravirina (substância ativa) inalterada não foi
detectada na urina.

A meia-vida de eliminação terminal da Etravirina (substância
ativa) foi de aproximadamente 30-40 horas.

Populações especiais

Crianças e adolescentes:

A farmacocinética da Etravirina (substância ativa) em pacientes
pediátricos ainda está em estudo. Não há dados suficientes neste
momento para recomendar uma dose.

Idosos:

A análise de farmacocinética populacional em pacientes
infectados pelo HIV demonstrou que a farmacocinética da Etravirina
(substância ativa) não é consideravelmente diferente na faixa
etária avaliada (18 a 77 anos).

Sexo:

Não foram observadas diferenças farmacocinéticas significativas
entre homens e mulheres. Um número limitado de mulheres foi
incluído nos estudos.

Raça:

A análise de farmacocinética populacional da Etravirina
(substância ativa) em pacientes infectados pelo HIV indicou que a
raça não teve efeito aparente sobre a exposição à Etravirina
(substância ativa).

Insuficiência hepática:

A Etravirina (substância ativa) é metabolizada e eliminada
principalmente pelo fígado. Em um estudo que comparou 8 pacientes
com insuficiência hepática leve (pontuação A de
Child-Pugh) a 8 controles pareados e 8 pacientes com
insuficiência hepática moderada (pontuação B de
Child-Pugh) a 8 controles pareados, a disposição
farmacocinética de doses múltiplas da Etravirina (substância ativa)
não sofreu alteração em pacientes com insuficiência hepática leve a
moderada. Não é necessário ajustar a dose nos pacientes com
insuficiência hepática leve ou moderada. A farmacocinética de
Etravirina (substância ativa) não foi estudada em pacientes com
insuficiência hepática grave (pontuação C de
Child-Pugh).

Coinfecção pelos vírus da hepatite B e/ou hepatite
C:

A análise de farmacocinética populacional dos Estudos DUET-1 e
DUET-2 mostrou depuração reduzida de Etravirina (substância ativa)
nos pacientes infectados pelo HIV-1 com coinfecção pelos vírus da
hepatite B e/ou C. Com base no perfil de segurança, não é
necessário ajustar a dose em pacientes coinfectados pelos vírus da
hepatite B e/ou C.

Insuficiência renal:

A farmacocinética da Etravirina (substância ativa) ainda não foi
estudada em pacientes com insuficiência renal. Os resultados de um
estudo de equilíbrio de massa com 14C-Etravirina
(substância ativa) radioativa mostraram que lt;1,2% da dose
administrada da Etravirina (substância ativa) é excretada na urina.
O fármaco inalterado não foi detectado na urina, de forma que é de
se esperar que o impacto da insuficiência renal sobre a eliminação
da Etravirina (substância ativa) seja mínimo.

Por apresentar alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas, é
improvável que a Etravirina (substância ativa) seja
significativamente removida por hemodiálise ou diálise
peritoneal.

Gravidez e Pós-Parto:

A exposição total de Etravirina (substância ativa) após a
administração de Etravirina (substância ativa) 200 mg duas vezes ao
dia como parte de um regime antirretroviral foi geralmente maior
durante a gravidez comparado com o pós-parto. As diferenças foram
menos pronunciadas para a exposição de Etravirina (substância
ativa) não ligada.

Em mulheres recebendo Etravirina (substância ativa) 200 mg duas
vezes ao dia, valores de média maiores para Cmax,
AUC12h e Cmin foram observados durante a
gravidez comparado com o pós-parto. Durante o segundo e terceiro
trimestre da gravidez os valores médios desses parâmetros foram
comparáveis.

Resultados de farmacocinética do total de Etravirina
(substância ativa) após a administração de Etravirina (substância
ativa) 200 mg duas vezes ao dia como parte de um regime
antirretroviral, durante o segundo trimestre de gravidez, o
terceiro trimestre de gravidez e o pós-parto:

a

n:

9 para AUC12h.

Cada paciente serviu como seu próprio controle, e com uma
comparação intraindividual, os valores totais de Etravirina
(substância ativa) para Cmin, Cmax e
AUC12h foram 1,2; 1,4 e 1,4 vezes maiores,
respectivamente, durante o segundo trimestre de gravidez quando
comparado com o pós-parto, e 1,1; 1,4 e 1,2 vezes maiores,
respectivamente, baseado no terceiro trimestre de gravidez quando
comparado com o pós-parto.

Dados pré-clínicos de segurança

Foram conduzidos estudos de toxicologia em animais com a
Etravirina (substância ativa) em camundongos, ratos, coelhos e
cães. Em camundongos, os principais órgãos-alvo identificados foram
o fígado e o sistema de coagulação. A cardiomiopatia hemorrágica só
foi observada em camundongos machos e foi considerada secundária à
coagulopatia grave mediada pela via da vitamina K. Isso não é
considerado relevante em humanos. Em ratos, os principais
órgãos-alvo identificados foram o fígado, a tireóide e o sistema de
coagulação. A exposição em camundongos foi equivalente à exposição
em humanos, ao passo que em ratos foi abaixo da exposição clínica
na dose recomendada. Em cães, foram observadas alterações no fígado
e na vesícula biliar nas exposições aproximadamente oito vezes
maiores que a exposição humana observada na dose recomendada (200
mg 2x/dia).

Em um estudo conduzido em ratos, não houve efeitos sobre o
acasalamento ou a fertilidade com o tratamento com Etravirina
(substância ativa) até 500 mg/kg/dia e níveis de exposição
equivalentes aos observados em humanos na dose clinicamente
recomendada. Não houve teratogenicidade com a Etravirina
(substância ativa) em ratos (1.000 mg/kg) e coelhos (375 mg/kg) em
exposições equivalentes às observadas em humanos na dose clínica
recomendada. Em uma avaliação de desenvolvimento pré e pós-natal em
ratos, a Etravirina (substância ativa) não teve efeito sobre o
desenvolvimento dos filhotes durante a lactação ou após o desmame
quando a mãe recebeu até 500 mg/kg e nas exposições equivalentes às
observadas na dose clínica recomendada.

A Etravirina (substância ativa) foi avaliada para o potencial
carcinogênico pela administração oral por gavagem em camundongos e
ratos até a semana 104. Doses diárias de 50, 200 e 400 mg/Kg foram
administradas em camundongos e doses de 70, 200 e 600 mg/Kg foram
administradas em ratos. A Etravirina (substância ativa) não foi
carcinogênica em ratos e em camundongos machos.

Um aumento na incidência de adenomas hepatocelulares e
carcinomas foi observado em camundongos fêmeas. A administração de
Etravirina (substância ativa) não causou um aumento
estatisticamente significante na incidência de qualquer outra
neoplasia benigna ou maligna em camundongos ou ratos. Os achados
hepatocelulares observados em camundongos fêmeas são geralmente
considerados para serem específicos de roedores, associados com
indutor de enzima hepática e de relevância limitada aos humanos.
Nas mais altas doses testadas, a exposição sistêmica (baseada na
ASC) à Etravirina (substância ativa) foi 0,6 vezes (camundongos) e
entre 0,2 e 07 vezes (ratos), relativa àquela observada em humanos
na dose terapêutica recomendada (200 mg 2x/dia).

A Etravirina (substância ativa) foi negativa nos ensaios de
mutação reversa de Ames in vitro, aberração cromossômica
in vitro em linfócitos humanos e clastogenicidade in
vitro
em linfoma de camundongos, testada na ausência e na
presença de um sistema de ativação metabólica. A Etravirina
(substância ativa) não induziu dano cromossômico no teste de
micronúcleos in vivo em camundongos.

Cuidados de Armazenamento do Intelence

Conserve o frasco de Intelence em temperatura ambiente (entre
15ºC e 30ºC).

Armazenar os comprimidos no frasco original. Manter o frasco
hermeticamente fechado para proteger o produto da umidade. Não
remover os sachês de dessecante.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Intelence 100 mg: Após aberto, válido por 60
dias.

Intelence 200 mg: Após aberto, válido por 42
dias.

Características físicas

Intelence 100 mg

Os comprimidos são ovais e brancos a quase brancos.

Intelence 200 mg

Os comprimidos são oblongos biconvexos e brancos a quase
brancos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Intelence

Reg. MS – 1.1236.3391

Farm. Resp.:

Marcos R. Pereira
CRF-SP nº 12.304

Registrado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041
São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87

Fabricado por:

Janssen-Cilag SpA.
Latina – Itália

Importado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154
São José dos Campos – SP
CNPJ 51.780.468/0002-68

Ou

Fabricado por:

Janssen-Cilag SpA.
Latina – Itália

Importado e embalado (embalagem secundária)
por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154
São José dos Campos – SP
CNPJ. 51.780.468/0002-68

Venda sob prescrição médica.

Uso sob prescrição médica.

Atenção: o uso incorreto causa resistência do vírus da
Aids e falha no tratamento.

Intelence, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.