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Flucol

Como o Flucol funciona?


Flucol impede o crescimento de fungos por inibir que esses
microrganismos sintetizem compostos (esteroides) necessários à sua
sobrevivência. É bem absorvido por via oral (engolido) e atinge os
níveis no sangue de 0,5 hora (meia hora) a 6 horas. O tempo médio
para início do alívio dos sintomas após a administração de dose
única oral para o tratamento da candidíase vaginal é de 1 dia. A
variação do tempo para início do alívio dos sintomas é de 1 hora a
9 dias.

Contraindicação do Flucol

Flucol não deve ser utilizado se você tem hipersensibilidade
(alergia) ao fluconazol ou a compostos azólicos (classe química do
fluconazol) ou ainda, a qualquer componente da fórmula. Não tome
Flucol com terfenadina (medicamento antialérgico), cisaprida,
astemizol, eritromicina, pimozida e quinidina, porque pode ser
perigoso e provocar alterações do ritmo do coração.

Como usar o Flucol

O tempo de tratamento adequado deverá ser decisão do seu
médico.

Dermatomicoses (infecções causadas por fungos ou
micoses, na pele ou nos anexos do corpo, do pé, região da virilha –
crural) e infecções por Candida

1 dose oral (engolida) única por semana de 150 mg, em geral por
2 a 4 semanas, mas em alguns casos pode ser necessário um
tratamento de até 6 semanas.

Tinha ungueal (micose da unha ou
onicomicoses)

1 dose única semanal de Flucol até que a unha infectada seja
totalmente substituída pelo crescimento (o que demora de 3 a 6
meses nas mãos e de 6 a 12 meses nos pés, mas isso pode variar de
pessoa para pessoa). Mesmo após o tratamento as unhas podem
permanecer deformadas.

Candidíase vaginal (infecção vaginal por fungos do
gênero Candida) e balanite (infecção fúngica da região
conhecida popularmente como “cabeça do pênis”) por
Candida

1 dose única oral de Flucol.

Candidíase vaginal recorrente (de
repetição)

Dose única mensal de Flucol, de 4 a 12 meses. Algumas pacientes
podem necessitar de um regime de dose mais frequente.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal

O médico pode precisar ajustar a dose de acordo com a capacidade
de filtração dos rins.

Dose única de Flucol não é recomendada para crianças menores de
18 anos de idade e idosos (acima de 60 anos de idade), exceto sob
supervisão médica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Flucol?


Caso você esqueça-se de tomar Flucol no horário estabelecido
pelo seu médico, tomeo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver
perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e
tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses
recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome uma dose em dobro
para compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode
comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Flucol

Se você possui doenças graves, como problemas cardíacos, dos
rins e/ou fígado, comunique o seu médico antes de iniciar o
tratamento com Flucol.

Sempre avise ao seu médico sobre todas as medicações que você
toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa
avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou
da outra; isso se chama interação medicamentosa:

  • Anticoagulantes (por exemplo, varfarina) o uso com Flucol
    pode intensificar a ação dessas medicações aumentando o risco de
    sangramentos;
  • Benzodiazepínicos podem ter sua concentração no sangue
    aumentada, assim como seus efeitos psicomotores (na coordenação dos
    movimentos e no nível de consciência);
  • Cisaprida, astemizol, pimozida, quinidina, eritromicina e
    terfenadina são contraindicados para uso concomitante com Flucol.
    Podem gerar alterações do ritmo cardíaco;
  • Celecoxibe e ciclosporina podem ter sua concentração sanguínea
    (quantidade da medicação no sangue) aumentada;
  • Tacrolimo usado com Flucol pode resultar em nefrotoxicidade
    (lesões nos rins);
  • Hidroclorotiazida, teofilina, tofacitinibe, voriconazol,
    fenitoína, zidovudina, saquinavir, sirolimo, alcaloides da vinca,
    metadona, carbamazepina, antidepressivos tricíclicos,
    anti-inflamatórios não esteroidais, bloqueadores  o canal de
    cálcio, losartana, fentanila, halofantrina e outros medicamentos
    metabolizados (transformados) pelo fígado podem ter sua
    concentração sanguínea aumentada;
  • Ciclofosfamida usada com Flucol pode aumentar a quantidade de
    creatinina (substância produzida pelo rim) e bilirrubinas
    (substâncias produzidas pelo fígado);
  • Alfentanila usada com Flucol pode ter redução em sua
    eliminação;
  • Medicamentos inibidores da HMG-CoA redutase (p. ex.:
    sinvastatina, atorvastatina) usados com Flucol podem aumentar o
    risco do paciente evoluir com dor muscular (miopatia) e morte das
    células musculares (rabdomiólise);
  • Flucol aumenta o metabolismo da prednisona quando utilizados
    concomitantemente;
  • Vitamina A usada com Flucol aumenta o risco de pseudotumor
    intracraniano (aumento da pressão dentro do crânio, sem lesão), que
    reverte com a suspensão dos medicamentos;
  • Rifabutina usada com Flucol pode gerar lesões nos olhos
    chamadas uveítes;
  • Rifampicina pode reduzir a quantidade de Flucol no sangue;
  • Sulfonilureias (medicamento usado para reduzir a quantidade de
    glicose – açúcar – no sangue) usadas com Flucol podem ter o tempo
    de duração dos seus efeitos aumentados.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o
conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.

Reações Adversas do Flucol

Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados e relatados
durante o tratamento com fluconazol com as seguintes
frequencias:

  • Muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
    medicamento);
  • Muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados
    disponíveis).

Classe de sistema de órgãos

Categoria de frequência

Reações adversas

Distúrbios do sangue e
sistema linfático
RaraAgranulocitose
(desaparecimento da célula de defesa granulócito), leucopenia
(redução de células de defesa – leucócitos – no sangue),
neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue:
neutrófilos), trombocitopenia (diminuição das células de coagulação
do sangue: plaquetas)
Distúrbios do sistema
imunológico
RaraAnafilaxia (reação
alérgica grave), angioedema (inchaço das partes mais profundas da
pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica)
Distúrbios metabólicos e
nutricionais
RaraHipertrigliceridemia
(aumento da quantidade de triglicérides – um tipo de gordura – no
sangue), hipercolesterolemia (colesterol alto), hipocalemia
(redução da quantidade de potássio no sangue) 
Distúrbios
psiquiátricos
Incomum

Insônia, sonolência

Distúrbios do sistema nervosoComumCefaleia (dor de
cabeça)
IncomumConvulsões, tontura,
parestesia (dormência e formigamento), alteração do sabor
RaraTremores
Distúrbios auditivos e
do labirinto
IncomumVertigem (tontura)
Distúrbios
cardíacos
Rara

Torsade de pointes,
prolongamento QT (alterações do ritmo do coração)

Distúrbios gastrintestinaisComumDor abdominal, diarreia,
náuseas (enjoos), vômitos
IncomumDispepsia (má digestão),
flatulência (excesso de gases no estômago ou intestinos), boca
seca
Distúrbios hepatobiliaresComumAumento de algumas
substâncias do fígado no sangue (alanina aminotransferase,
aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina)
IncomumOlestase (parada ou
dificuldade da eliminação da bile), icterícia (coloração amarelada
da pele e mucosas por acúmulo de pigmentos biliares), aumento da
bilirrubina (substância produzida pelo fígado)
RaraToxicidade hepática (do
fígado), incluindo casos raros de fatalidades, insuficiência
hepática (falência da função do fígado), necrose hepatocelular
(morte de células do fígado), hepatite (inflamação do fígado),
danos hepatocelulares (lesões das células do fígado)
Distúrbios da pele e tecido subcutâneoComumRash
(vermelhidão da pele). Incomum: prurido (coceira), urticária
(alergia da pele), aumento da sudorese (transpiração), erupção
medicamentosa (aparecimento de lesões na pele devido ao uso do
medicamento)
RaraNecrólise epidérmica
tóxica (destruição e morte de células da pele), síndrome de
Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e
mucosas), pustulose exantematosa generalizada aguda (aparecimento
de lesões vermelhas e cheias de pús na pele), dermatite esfoliativa
(descamação da pele), edema facial (inchaço no rosto), alopecia
(perda de cabelo)
Distúrbios
musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos
Incomum

Mialgia (dor muscular)

Distúrbios gerais e
condições no local de admnistração
IncomumFadiga (cansaço),
mal-estar, astenia (fraqueza), febre

Pacientes portadores do vírus HIV têm mais chances de
desenvolver reações na pele e alergias. Caso apareça alguma lesão,
pare de tomar o medicamento e procure o médico.

Flucol é metabolizado (transformado para ser excretado) pelo
fígado, o que aumenta os riscos de problemas nesse órgão.

Se aparecerem sintomas como náuseas, vômitos e icterícia –
coloração amarelada da pele – avise imediatamente o seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Flucol

Gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.

Informe imediatamente o seu médico em caso de suspeita de
gravidez. Mulheres que têm potencial de engravidar devem usar um
método contraceptivo durante o uso de Flucol.

Flucol é encontrado no leite materno, portanto não deve ser
usado por mulheres que estejam amamentando sem orientação
médica.

Avise seu médico ou cirurgião-dentista se você estiver
amamentando ou vai iniciar amamentação durante o uso deste
medicamento.

Operar máquinas ou dirigir automóveis

Você pode operar máquinas ou dirigir automóveis. Sua habilidade
para essas tarefas não fica comprometida durante o tratamento com
Flucol.

Composição do Flucol

Apresentações

Cápsulas de 150 mg.

Embalagens contendo 1 ou 2 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Composição

Cada cápsula contém:

Fluconazol 150 mg.

Excipientes:

lactose monoidratada, amigoglicolato de sódio, dióxido de
silício, estearato de magnésio e laurilsulfato de sódio.

Superdosagem do Flucol

O uso de doses muito altas de fluconazol pode causar alucinações
e comportamento paranoide (sensação de perseguição).

Quando ocorrer uso de quantidade excessiva de Flucol procure
rapidamente socorro médico. O tratamento sintomático poderá ser
adotado, com medidas de suporte e lavagem do estômago, aumento da
intensidade da capacidade de urinar e hemodiálise (filtração do
sangue), se necessário.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Flucol

O uso concomitante com os fármacos a seguir é
contraindicado:

Cisaprida

Existem relatos de eventos cardíacos, incluindo Torsade de
Pointes em pacientes recebendo Fluconazol (substância ativa)
concomitantemente com cisaprida. Um estudo controlado concluiu que
o tratamento concomitante com Fluconazol (substância ativa) 200 mg
uma vez ao dia e 20 mg de cisaprida quatro vezes ao dia produziu um
aumento significante nos níveis plasmáticos de cisaprida e
prolongamento do intervalo QTc. A coadministração de Fluconazol
(substância ativa) e cisaprida é contraindicada em pacientes que
recebem Fluconazol (substância ativa).

Terfenadina

Foram realizados estudos de interação devido à ocorrência de
disritmias cardíacas sérias secundárias ao prolongamento do
intervalo QTc em pacientes recebendo antifúngicos azólicos
juntamente com terfenadina.

Um estudo na dose diária de 200 mg de Fluconazol (substância
ativa) não conseguiu demonstrar um prolongamento do intervalo QTc.
Um outro estudo na dose diária de 400 mg e 800 mg de Fluconazol
(substância ativa) demonstrou que Fluconazol (substância ativa)
tomado em doses de 400 mg/dia ou mais aumenta significativamente os
níveis plasmáticos de terfenadina quando tomada concomitantemente.
O uso combinado de Fluconazol (substância ativa) em doses de 400 mg
ou mais com terfenadina é contraindicado (vide item 4.
Contraindicações). A coadministração de Fluconazol (substância
ativa) em doses menores que 400 mg/dia com terfenadina deve ser
monitorada cuidadosamente.

Astemizol

A administração concomitante de Fluconazol (substância ativa)
com astemizol pode reduzir o clearance de astemizol. As
concentrações plasmáticas aumentadas de astemizol resultantes podem
levar ao prolongamento do intervalo QT e raras ocorrências de
Torsade de Pointes. A coadministração de Fluconazol (substância
ativa) e astemizol é contraindicada.

Pimozida

Apesar de não estudada in vitro ou in vivo, a administração
concomitante de Fluconazol (substância ativa) com pimozida pode
resultar em inibição do metabolismo de pimozida. Concentrações
plasmáticas aumentadas de pimozida podem levar a um prolongamento
do intervalo QT e a raras ocorrências de Torsade de Pointes. A
coadministração de Fluconazol (substância ativa) e pimozida é
contraindicada (vide item 4. Contraindicações).

Quinidina

Embora não estudada in vitro ou in vivo, a administração
concomitante de Fluconazol (substância ativa) com a quinidina pode
resultar na inibição do metabolismo da quinidina. O uso de
quinidina tem sido associado com prolongamento do intervalo QT e a
ocorrências raras de Torsade de Pointes. A administração
concomitante de Fluconazol (substância ativa) e quinidina é
contraindicada.

Eritromicina

O uso concomitante de Fluconazol (substância ativa) e
eritromicina tem o potencial de aumentar o risco de
cardiotoxicidade (intervalo QT prolongado, Torsade de Pointes) e,
consequentemente, morte cardíaca súbita. Esta combinação deve ser
evitada.

Uso concomitante que deve ser usado com
cautela:

Amiodarona

A administração concomitante de Fluconazol (substância ativa)
com amiodarona pode aumentar o prolongamento do intervalo QT.
Deve-se ter cautela se o uso concomitante de Fluconazol (substância
ativa) e amiodarona for necessário, especialmente com alta dose de
Fluconazol (substância ativa) (800 mg).

O uso concomitante com os fármacos a seguir requer
precauções e ajustes de dose:

Efeito de outros fármacos sobre o Fluconazol (substância
ativa):

Hidroclorotiazida

Em um estudo de interação farmacocinética, a coadministração de
doses múltiplas de hidroclorotiazida a voluntários saudáveis
recebendo Fluconazol (substância ativa) aumentou as concentrações
plasmáticas de Fluconazol (substância ativa) em 40%.

Um efeito desta magnitude não deve requerer uma mudança na
posologia de Fluconazol (substância ativa) em pacientes recebendo
diuréticos concomitantes.

Rifampicina

A administração concomitante de Fluconazol (substância ativa) e
rifampicina resultou numa redução de 25% na área sob a curva
concentração versus tempo (AUC) e uma meia-vida 20% menor de
Fluconazol (substância ativa). Em pacientes recebendo rifampicina
concomitante deve ser considerado um aumento da dose de Fluconazol
(substância ativa).

Efeito do Fluconazol (substância ativa) sobre outros
fármacos:

O Fluconazol (substância ativa) é um inibidor moderado das
isoenzimas 2C9 e 3A4 do citocromo P450 (CYP). O Fluconazol
(substância ativa) também é um inibidor da isoenzima CYP2C19. Além
das interações observadas/documentadas mencionadas abaixo, existe
um risco de aumento das concentrações plasmáticas de outros
compostos metabolizados pela CYP2C9, pela CYP2C19 e pela CYP3A4 que
sejam coadministrados com o Fluconazol (substância ativa). Por isto
deve-se ter cautela ao usar estas combinações e o paciente deve ser
monitorado com cuidado. O efeito inibidor enzimático do Fluconazol
(substância ativa) persiste por 4 a 5 dias após a descontinuação do
tratamento de Fluconazol (substância ativa) por causa da meia-vida
longa do Fluconazol (substância ativa).

Alfentanila

Um estudo observou uma redução do clearance e do volume de
distribuição, bem como um prolongamento do t1/2 da alfentanila após
tratamento concomitante com Fluconazol (substância ativa). Um
possível mecanismo de ação é a inibição da CYP3A4 pelo Fluconazol
(substância ativa). Pode ser necessário um ajuste da dose de
alfentanila.

Amitriptilina, nortriptilina

O Fluconazol (substância ativa) aumenta o efeito da
amitriptilina e da nortriptilina. 5-nortriptilina e/ou
S-amitriptilina podem ser determinadas no início do tratamento
combinado e após 1 semana. A dose da amitriptilina/nortriptilina
deve ser ajustada, se necessário.

Anfotericina B

A administração concomitante de Fluconazol (substância ativa) e
anfotericina B em camundongos infectados normais e em camundongos
imunodeprimidos apresentou os seguintes resultados: um pequeno
efeito antifúngico aditivo na infecção sistêmica por Candida
albicans
, nenhuma interação na infecção intracraniana com
Cryptococcus neoformans e antagonismo dos dois fármacos na
infecção sistêmica com Aspergillus fumigatus. O
significado clínico dos resultados obtidos nestes estudos é
desconhecido.

Anticoagulantes

Em um estudo de interação, o Fluconazol (substância ativa)
aumentou o tempo de protrombina (12%) após a administração de
varfarina em voluntários sadios do sexo masculino. Durante o
período pós-comercialização, assim como outros antifúngicos
azólicos, foram relatados eventos hemorrágicos (hematoma, epistaxe,
sangramento gastrintestinal, hematúria e melena) em associação ao
aumento no tempo de protrombina em pacientes recebendo Fluconazol
(substância ativa) concomitantemente com a varfarina. O tempo de
protrombina em pacientes recebendo anticoagulantes do tipo
cumarínicos ou indandiona deve ser cuidadosamente monitorado. Pode
ser necessário ajuste de dose desses anticoagulantes.

Azitromicina

Um estudo com três braços do tipo crossover, aberto, randomizado
em 18 voluntários saudáveis avaliou os efeitos da azitromicina,
1.200 mg em dose única oral, sobre a farmacocinética de Fluconazol
(substância ativa), 800 mg em dose única oral, assim como os
efeitos de Fluconazol (substância ativa) sobre a farmacocinética de
azitromicina. Não houve interações significativas entre a
farmacocinética de Fluconazol (substância ativa) e
azitromicina.

Benzodiazepínicos (ação curta)

Logo após a administração oral de midazolam, o Fluconazol
(substância ativa) resultou em um aumento substancial na
concentração e nos efeitos psicomotores do midazolam. Esse efeito
sobre o midazolam parece ser mais pronunciado após administração
oral de Fluconazol (substância ativa) quando comparado à
administração intravenosa. Se pacientes tratados com Fluconazol
(substância ativa) necessitarem de uma terapia concomitante com um
benzodiazepínico, deve ser considerada uma diminuição na dose do
benzodiazepínico e os pacientes devem ser apropriadamente
monitorados.

O Fluconazol (substância ativa) aumenta a AUC de triazolam (dose
única) em aproximadamente 50%, a Cmáx em 20% a 32% e aumenta a t1/2
em 25% a 50% devido à inibição do metabolismo de triazolam. Podem
ser necessários ajustes da dose de triazolam.

Carbamazepina

O Fluconazol (substância ativa) inibe o metabolismo da
carbamazepina e foi observado um aumento de 30% na carbamazepina
sérica. Existe o risco de desenvolvimento de toxicidade da
carbamazepina. Podem ser necessários ajustes da dose da
carbamazepina dependendo de determinações da
concentração/efeito.

Bloqueadores do canal de cálcio

Determinados antagonistas de canal de cálcio di-hidropiridínicos
(nifedipino, isradipino, anlodipino, verapamil e felodipino) são
metabolizados pela CYP3A4. O Fluconazol (substância ativa) possui o
potencial de aumentar a exposição sistêmica dos antagonistas do
canal de cálcio. É recomendado o monitoramento frequente de eventos
adversos.

Celecoxibe

Durante o tratamento concomitante com Fluconazol (substância
ativa) (200 mg diários) e celecoxibe (200 mg) a Cmáx e a AUC de
celecoxibe aumentaram em 68% e 134%, respectivamente. Pode ser
necessária a metade da dose de celecoxibe quando combinado com
Fluconazol (substância ativa).

Ciclosporina

O Fluconazol (substância ativa) aumenta significativamente a
concentração e a AUC da ciclosporina. Esta combinação pode ser
usada reduzindo a dose da ciclosporina, dependendo da concentração
da ciclosporina.
ciclofosfamida: o tratamento combinado de ciclofosfamida e
Fluconazol (substância ativa) resulta em um aumento da bilirrubina
sérica e da creatinina sérica. A combinação pode ser usada tendo
consideração maior para o risco de bilirrubina sérica e creatinina
sérica aumentadas.

Fentanila

Foi relatado um caso fatal de possível interação entre fentanila
e Fluconazol (substância ativa). O autor considerou que o paciente
faleceu de intoxicação por fentanila. Além disto, em um estudo
cruzado randomizado com 12 voluntários saudáveis, foi mostrado que
o Fluconazol (substância ativa) retardou significativamente a
eliminação da fentanila. A concentração elevada de fentanila pode
levar à depressão respiratória.

Halofantrina

O Fluconazol (substância ativa) pode aumentar a concentração
plasmática de halofantrina devido a um efeito inibitório sobre a
CYP3A4.

Inibidores da HMG-CoA redutase

Orisco de miopatia e rabdomiólise aumenta quando Fluconazol
(substância ativa) é coadministrado com inibidores da HMG-CoA
redutase metabolizados pela CYP3A4, como a atorvastatina e a
sinvastatina ou pela CYP2C9, como a fluvastatina. Se o tratamento
concomitante for necessário, o paciente deve ser observado em
relação a sintomas de miopatia e rabdomiólise e a creatina quinase
deve ser monitorada. Inibidores da HMG-CoA redutase devem ser
descontinuados se for observado um aumento marcante da creatina
quinase ou houver diagnóstico ou suspeita de
miopatia/rabdomiólise.

Losartana

Fluconazol (substância ativa) inibe o metabolismo de losartana a
seu metabólito ativo (E-31 74), que é responsável pela maior parte
do antagonismo do receptor de angiotensina II, que ocorre durante o
tratamento com losartana. Os pacientes devem ter a sua pressão
arterial monitorada continuamente.

Metadona

Fluconazol (substância ativa) pode aumentar a concentração
sérica da metadona. Pode ser necessário ajuste da dose de
metadona.

Fármacos anti-inflamatórios não esteroides

A Cmáx e a AUC de flurbiprofeno foram aumentadas em 23% e 81%,
respectivamente, quando coadministrado com Fluconazol (substância
ativa) comparado com a administração de flurbiprofeno sozinho. Do
mesmo modo, a Cmáx e a AUC do isômero farmacologicamente ativo
[S-(+)-ibuprofeno] foram aumentadas em 15% e 82%, respectivamente,
quando Fluconazol (substância ativa) foi coadministrado com
ibuprofeno racêmico (400 mg) comparado com a administração de
ibuprofeno racêmico sozinho.

Apesar de não estudado especificamente, o Fluconazol (substância
ativa) possui o potencial de aumentar a exposição sistêmica de
outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) que
são metabolizados pela CYP2C9 (p.ex., naproxeno, lomoxicam,
meloxicam, diclofenaco). Recomenda-se monitoramento frequente de
eventos adversos e da toxicidade relacionada aos AINEs. Pode ser
necessário ajuste da dose dos AINEs.

Olaparibe

Inibidores moderados de CYP3A4, tais como o Fluconazol
(substância ativa), aumentam as concentrações plasmáticas de
olaparibe. O uso concomitante não é recomendado. Se a combinação
não puder ser evitada, limitar a dose de olaparibe a 200 mg duas
vezes ao dia.

Contraceptivos orais

Dois estudos farmacocinéticos com um contraceptivo oral
combinado foram realizados usando doses múltiplas de Fluconazol
(substância ativa). Não houve efeitos relevantes no nível hormonal
no estudo de 50 mg de Fluconazol (substância ativa), enquanto que
com 200 mg diários, as AUCs de etinilestradiol e de levonorgestrel
aumentaram 40% e 24%, respectivamente. Assim, é improvável que
o uso de doses múltiplas de Fluconazol (substância ativa) nestas
doses tenha um efeito sobre a eficácia do contraceptivo oral
combinado.

Fenitoína

O Fluconazol (substância ativa) inibe o metabolismo hepático da
fenitoína. Na coadministração, os níveis da concentração sérica da
fenitoína devem ser monitorados para evitar a toxicidade pela
fenitoína.

Prednisona

Houve um relato de caso que um paciente com fígado transplantado
tratado com prednisona desenvolveu insuficiência adrenocortical
aguda quando um tratamento de 3 meses com Fluconazol (substância
ativa) foi descontinuado. A descontinuação de Fluconazol
(substância ativa) presumidamente causou uma atividade aumentada da
CYP3A4 que levou a um metabolismo aumentado da prednisona.
Pacientes em tratamento de longo prazo com Fluconazol (substância
ativa) e prednisona devem ser monitorados cuidadosamente para
insuficiência adrenocortical quando Fluconazol (substância ativa) é
descontinuado.

Rifabutina

Existem relatos de que há interação quando o Fluconazol
(substância ativa) é administrado concomitantemente com a
rifabutina, levando a níveis séricos aumentados de rifabutina de
até 80%. Existem relatos de uveíte em pacientes nos quais a
rifabutina e o Fluconazol (substância ativa) estavam sendo
coadministrados. Pacientes recebendo ambos os fármacos
concomitantemente devem ser cuidadosamente monitorados.

Saquinavir

Fluconazol (substância ativa) aumenta a AUC de saquinavir em
aproximadamente 50%, a Cmáx em aproximadamente 55% e diminui o
clearance de saquinavir em aproximadamente 50% por causa da
inibição do metabolismo hepático de saquinavir pela CYP3A4 e a
inibição da P-glicoproteína. Podem ser necessários ajustes da dose
de saquinavir.

Sirolimo

Fluconazol (substância ativa) aumenta as concentrações
plasmáticas de sirolimo presumivelmente por inibição do metabolismo
de sirolimo pela CYP3A4 e pela P-glicoproteína. Esta combinação
pode ser usada com um ajuste da dose de sirolimo dependendo das
determinações de efeito/concentração.

Sulfonilureias

Foi mostrado que o Fluconazol (substância ativa) prolonga a
meia-vida sérica de sulfonilureias orais administradas
concomitantemente (por exemplo, clorpropamida, glibenclamida,
glipizida, tolbutamida) em voluntários saudáveis.

Recomenda-se monitoramento frequente da glicemia e redução
adequada da dose de sulfonilureia durante a coadministração.

Tacrolimo

O Fluconazol (substância ativa) pode aumentar as concentrações
séricas de tacrolimo administrado por via oral em até 5 vezes por
causa da inibição do metabolismo do tacrolimo pela CYP3A4 no
intestino. Não foram observadas alterações farmacocinéticas
significativas quando tacrolimo é administrado por via intravenosa.
Níveis aumentados de tacrolimo foram associados com
nefrotoxicidade. A dose de tacrolimo administrado por via oral deve
ser reduzida dependendo da concentração de tacrolimo.

Teofilina

Em um estudo de interação placebo-controlado, a administração de
200 mg diários de Fluconazol (substância ativa) durante 14 dias
resultou numa redução de 18% na média da taxa do clearance
plasmático de teofilina. Pacientes que estejam recebendo altas
doses de teofilina, ou que estejam sob risco elevado de toxicidade
à teofilina, devem ser observados quanto aos sinais de toxicidade à
mesma enquanto estiverem recebendo Fluconazol (substância ativa).
Se houver aparecimento de sinais de toxicidade, deverá ser
instituída mudança na terapia.

Tofacitinibe

A exposição do tofacitinibe é aumentada quando o tofacitinibe é
coadministrado com medicamentos que resultam em inibição moderada
do CYP3A4 e inibição de CYP2C19 (por exemplo, o Fluconazol
(substância ativa)). Pode ser necessário um ajuste da dose de
tofacitinibe.

Alcaloides da vinca

Apesar de não estudado, o Fluconazol (substância ativa) pode
aumentar os níveis plasmáticos dos alcaloides da vinca (por
exemplo, vincristina e vimblastina) e levar à neurotoxicidade,
possivelmente por causa de um efeito inibitório na CYP3A4.

Vitamina A

Baseado em um relato de caso em um paciente recebendo tratamento
combinado com ácido retinoico todo-trans (uma forma ácida da
vitamina A) e Fluconazol (substância ativa), efeitos adversos
relacionados ao sistema nervoso central (SNC) se desenvolveram na
forma de um pseudotumor cerebral que desapareceu após a
descontinuação do tratamento com Fluconazol (substância ativa).
Esta combinação pode ser usada, mas a incidência de efeitos
indesejados relacionados ao SNC deve ser mantida em mente.

Voriconazol (inibidor da CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4)

A administração concomitante de voriconazol oral (400 mg a cada
12 horas durante 1 dia, seguida de 200 mg a cada 12 horas, durante
2,5 dias) e Fluconazol (substância ativa) oral (400 mg no Dia 1,
seguida de 200 mg a cada 24 horas por 4 dias) a 8 homens saudáveis
resultou em um aumento na Cmáx e AUCτ de voriconazol em uma média
de 57% (90% CI: 20%, 107%) e 79% (90% CI: 40%, 128%),
respectivamente. Em um estudo clínico follow-on que envolveu oito
homens saudáveis, a redução da dose e/ou frequência de voriconazol
e Fluconazol (substância ativa) não eliminou ou diminuiu este
efeito. A administração concomitante de voriconazol e Fluconazol
(substância ativa) em qualquer dose não é recomendada.

Zidovudina

O Fluconazol (substância ativa) aumenta a Cmáx e a AUC da
zidovudina em 84% e 74%, respectivamente, por causa de uma redução
de aproximadamente 45% no clearance da zidovudina oral. Da mesma
forma, a meia-vida da zidovudina foi prolongada em aproximadamente
128% após tratamento combinado com Fluconazol (substância ativa).
Pacientes recebendo esta combinação devem ser monitorados em
relação ao desenvolvimento de reações adversas relacionadas à
zidovudina. Pode ser considerada redução da dose de zidovudina.

Deve-se considerar que, embora estudos de interações
medicamentosas com outros fármacos não tenham sido realizados, tais
interações podem ocorrer.

Fonte: Bula do Profissional do medicamento
Zoltec.

Interação Alimentícia do Flucol

Exclusivo Cápsula de 50 mg, 100 mg e 150
mg

Estudos de interação demonstraram que quando Fluconazol
(substância ativa) é administrado por via oral concomitantemente
com alimentos, cimetidina, antiácidos ou após irradiação corporal
total devido a transplante de medula óssea, não ocorre alteração
clinicamente significativa na absorção deste agente

Fonte: Bula do Profissional do medicamento
Zoltec.

Ação da Substância Flucol

Resultados de Eficácia


Cápsula de 50 mg e 100 mg

Candidíase Orofaríngea

Em um estudo realizado em 73 pacientes com candidíase
orofaríngea após radioterapia devido à câncer de cabeça e pescoço,
foi observado que o Fluconazol (substância ativa) (50 mg/dia, 7
dias) foi mais efetivo que a anfotericina B (10 mg, oral, 4 vezes
ao dia, 14 dias). Após 14 dias, a taxa de resposta clínica e
micológica foi de 92% e 46% para o Fluconazol (substância ativa) e
de 72% e 31% para a anfotericina. Seis meses após o tratamento, 51%
dos pacientes que usaram Fluconazol (substância ativa) e 66% dos
que usaram anfotericina já apresentaram reinfecção.1

Em outro estudo randomizado, 268 pacientes receberam Fluconazol
(substância ativa) suspensão 50 mg/5 mL ou anfotericina B (0,5 g/5
mL) 5 mL, 3 vezes ao dia. A duração do tratamento foi de 10 dias
para ambas as medicações. A eficácia do Fluconazol (substância
ativa) foi maior do que a da anfotericina (taxa de cura de 48% e
35%, respectivamente), mas ao contrário do trabalho anterior, a
diferença não era estatisticamente significante.2

Em relação ao itraconazol, a eficácia do Fluconazol (substância
ativa) é equivalente. Um trabalho avaliou 179 pacientes com
candidíase orofaríngea associada ao HIV divididos em três grupos:
um que recebeu itraconazol 200 mg/dia, por 14 dias, o segundo
Fluconazol (substância ativa) 100 mg/dia, por 14 dias e o terceiro
itraconazol 200 mg/dia, por 7 dias. Após 14 dias do início do
tratamento as lesões tinham desaparecido completamente em 97%, 87%
e 86%, respectivamente.3 Outros trabalhos mostraram
resultados semelhantes4, porém um estudo observou que o
regime de 14 dias de Fluconazol (substância ativa) (100 mg/dia) e
de itraconazol (100 mg/dia) tem eficácia equivalente (90%), mas o
regime de 7 dias de itraconazol (100 mg/2 vezes ao dia) apresenta
menor eficácia (82%).5

O Fluconazol (substância ativa) (50 mg/dia) foi superior ao
cetoconazol (200 mg/dia) para o tratamento de candidíase
orofaríngea em pacientes portadores do vírus HIV em um estudo
randomizado, duplo-cego, controlado. Todos os pacientes que
receberam Fluconazol (substância ativa) apresentaram cura clínica
contra 75% dos que usaram cetoconazol (p lt; 0,05). A erradicação
do fungo (evidenciada através de cultura negativa ao final do
tratamento) foi observada em 87% e 69%, respectivamente, porém a
diferença não foi estatisticamente significativa.6 Em
pacientes com câncer e candidíase oral a eficácia de Fluconazol
(substância ativa) (100 mg/dia, oral) foi similar ao do cetoconazol
(400 mg/dia) segundo um estudo duplo-cego e randomizado, que também
observou que a recidiva do quadro ocorreu em tempo menor no grupo
tratado com cetoconazol.7

Em 46 crianças infectadas pelo HIV, o Fluconazol (substância
ativa) (3 mg/kg) foi tão efetivo quanto o cetoconazol (7 mg/kg)
para o tratamento de candidíase orofaríngea.8

O Fluconazol (substância ativa) (150 mg, dose única oral) é mais
efetivo que nistatina (500.000 UI, 4 vezes ao dia por 14 dias) para
o tratamento de candidíase oral segundo um estudo multicêntrico
realizado com 138 pacientes portadores do vírus HIV. A taxa de cura
com Fluconazol (substância ativa) foi de 87% e a de nistatina de
52% e a taxa de recorrência após 28 dias (44% vs 18%) também foi
estatisticamente significativa.9

Candidíase Sistêmica

O Fluconazol (substância ativa) (200 a 600 mg/dia) foi mais
efetivo e menos tóxico quando comparado a anfotericina B (0,3 a 1,2
mg/kg/dia) em 45 pacientes com câncer e candidíase hematogênica.
Após o final do tratamento (10 a 13 dias), a taxa de resposta foi
de 73% para pacientes tratados com Fluconazol (substância ativa) e
71% com anfotericina (p lt; 0,0001).10

Em pacientes com candidíase sistêmica, sem neutropenia, a
combinação entre anfotericina B e fluocitosina parece ser tão
efetiva quanto o Fluconazol (substância ativa). Em estudo
prospectivo, randomizado, realizado com 72 pacientes de uma unidade
de terapia intensiva, foram estudados 2 grupos: Fluconazol
(substância ativa) (400 mg no primeiro dia e 200 mg nos
subsequentes, via endovenosa) ou anfotericina (1 a 1,5 mg/kg em
dias alternados) e fluocitosina (7,5 mg/dia). Nenhuma diferença
significativa foi observada entre os dois grupos, tanto clinica
como microbiologicamente. Apesar da combinação
anfotericina/fluocitosina ter taxa de cura maior em casos de
peritonite, esta diferença não foi estatisticamente
significativa.11

Outro estudo similar em 153 pacientes comparou Fluconazol
(substância ativa) (400 mg/dia) e anfotericina (0,5 a 0,6
mg/kg/dia), ambos endovenosos, mantidos por 2 semanas após a última
cultura positiva ou resolução da infecção. Os pacientes que
receberam Fluconazol (substância ativa) após os primeiros 7 dias,
se clinicamente bem, passavam a receber o fármaco por via oral. Não
houve diferença estatística na taxa de cura entre os grupos (70% vs
79%, respectivamente).12

Candidíase Esofágica

O Fluconazol (substância ativa) (100 mg/2 vezes ao dia) mostrou
taxas de cura endoscópica maior que o itraconazol (100 mg/2 vezes
ao dia) após o primeiro episódio de candidíase esofágica em
pacientes portadores do vírus HIV (n = 120). Estes pacientes foram
randomizados e receberam as medicações por 3 semanas. A remissão
das lesões endoscópicas foi completa em 75%, e parcial em 25% dos
pacientes que receberam Fluconazol (substância ativa). Os pacientes
que receberam itraconazol apresentaram índices de 38% e 47%,
respectivamente, sendo que 4 pacientes não apresentaram cura
clínica.13 Outro estudo similar revelou que o Fluconazol
(substância ativa) é mais eficaz do que o itraconazol em curto
prazo, mas que esta vantagem se desfaz em longo prazo, quando a
eficácia torna-se igual.14

A eficácia do Fluconazol (substância ativa) (3 mg/kg) é igual a
do itraconazol (3 mg/kg) combinado com fluocitosina (100 mg/kg)
segundo um estudo randomizado, controlado por placebo e duplo-cego
que foi realizado em 85 pacientes com candidíase esofágica
relacionada ao HIV. O tratamento durava de 3 a 4 semanas. Após 3
meses do final do tratamento, a taxa de cura endoscópica do grupo
que usou Fluconazol (substância ativa) foi de 89% e do grupo que
usou a combinação 94% (p = 0,6), a taxa de cura foi de 94% e 97% (p
= 0,9), respectivamente. Nenhuma das diferenças foi
estatisticamente relevante.15 Um estudo anterior do
mesmo grupo já havia estudado de forma randomizada, duplo-cego e
placebo-controlada, Fluconazol (substância ativa) comparado a
fluocitosina isoladamente observando que o Fluconazol (substância
ativa) era mais eficaz.16

Cento e setenta e cinco pacientes com candidíase esofágica foram
randomizados e receberam de forma duplocega Fluconazol (substância
ativa) (200 mg/dia) ou caspofungina (50 mg/kg) via intravenosa por
7 a 21 dias. A taxa de resposta clínica e endoscópica combinadas, 5
e 7 dias após o final do tratamento, foi similar entre os 2 grupos:
85% para os que receberam caspofungina e 81% nos que receberam
Fluconazol (substância ativa). Após 4 semanas do final do
tratamento, 28% dos que usaram a caspofungina e 17% dos que usaram
Fluconazol (substância ativa) tinham recaído (p =
0,19).17

O Fluconazol (substância ativa) (100 mg/dia) é superior ao
cetoconazol (200 mg/dia) para o tratamento de esofagite por Candida
em pacientes portadores do vírus HIV. Cento e sessenta e nove
pacientes com a patologia endoscopicamente comprovada foram
incluídos em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego. A
taxa de cura clínica entre os pacientes avaliados (n = 143) foi de
91% e 52%, respectivamente.18

Meningite Criptocóccica

Em um estudo multicêntrico, randomizado, o Fluconazol
(substância ativa) foi tão efetivo quanto a anfotericina para
tratar meningite meningocócica em pacientes portadores do vírus
HIV. Foram avaliados 194 pacientes e nenhuma diferença
significativa foi observada em relação à mortalidade.19
Por outro lado, anfotericina (0,7 mg/kg endovenosa por 7 dias,
seguido da mesma dose 3 vezes por semana por 9 semanas) combinada à
fluocitosina (150 mg/kg/dia em 4 doses, na mesma frequência que a
anfotericina) mostrou-se significativamente superior ao Fluconazol
(substância ativa) (400 mg/dia por 10 semanas, seguido de 200
mg/dia como terapia de manutenção) para o tratamento de homens
portadores do vírus HIV e meningite criptocóccica. Dos 14 pacientes
que foram incluídos no grupo do Fluconazol (substância ativa), 8
apresentaram falha do tratamento, enquanto que no grupo da
anfotericina/fluocitosina, nenhum.20

Para a prevenção de meningite criptocóccica, o Fluconazol
(substância ativa) (200 mg/dia, via oral) foi superior a
anfotericina B semanal (1 mg/kg/dia, via intravenosa) em estudo
realizado em pacientes portadores do vírus HIV.21

O itraconazol está associado à taxa de recidiva maior do que o
Fluconazol (substância ativa) para o tratamento crônico de
manutenção de meningite criptocóccica em pacientes portadores do
vírus HIV. Foram estudados 118 pacientes que receberam por um ano
uma dose de 200 mg/dia da medicação randomizada. Este estudo foi
interrompido por um monitor independente porque o braço do
Fluconazol (substância ativa) apresentava superioridade muito
importante. A taxa de recidivas capturadas por culturas
liquóricas positivas foi de 4% (Fluconazol (substância ativa)) e
23% (itraconazol) (p = 0,006). A mortalidade não foi diferente
entre os grupos.22

Profilaxia de Infecções Fúngicas

O Fluconazol (substância ativa) (400 mg/dia) foi
estatisticamente mais eficaz que a anfotericina B (0,5 mg/kg 3
vezes por semana) para profilaxia de infecções fúngicas em 77
pacientes oncológicos.23 No mesmo ano um trabalho
semelhante24 obteve o mesmo resultado. Um terceiro, que
estudou 502 pacientes gravemente imunocomprometidos, mostrou a
superioridade do Fluconazol (substância ativa) sobre a anfotericina
e a nistatina nesta indicação.25

Um estudo randomizado comparou a efetividade do Fluconazol
(substância ativa) (100 mg/dia, 1,5 mg/kg se o paciente pesasse
menos de 40 kg) com clotrimazol (10 mg, 4 vezes ao dia) nos 100
dias seguintes a um transplante de medula em pacientes não
neutropênicos e sem infecção fúngica ativa (172 pacientes). Estes
pacientes apresentaram um risco de infecção fúngica superficial de
5% com Fluconazol (substância ativa) e 9% com clotrimazol (p =
0,43). As taxas de colonização foram de 13 e 18%, respectivamente,
ao longo de 3 meses. Não houve mortalidade significante mesmo na
reavaliação após 6 meses do tratamento.26

Dois estudos observaram que o itraconazol é menos efetivo e
melhor tolerado que o Fluconazol (substância ativa) para a
profilaxia antifúngica em pacientes com doenças hematológicas
malignas. O primeiro estudo randomizou 213 pacientes de forma
duplo-cega em grupos que receberam 2 vezes ao dia 50 mg de
Fluconazol (substância ativa) ou 100 mg de itraconazol associados
ao início da quimioterapia e mantidos até que a neutropenia tivesse
resolvido. Nenhuma diferença significativa foi observada em relação
a infecções definidas clínica e/ou microbiologicamente, febre de
origem desconhecida, necessidade de anfotericina endovenosa,
reações adversas ou mortalidade. O segundo trabalho (não-cego)
observou 445 pessoas que usaram itraconazol solução oral 2,5 mg/kg,
2 vezes ao dia ou Fluconazol (substância ativa) suspensão oral 100
mg/dia durante o período de neutropenia. Houve 1 e 6 casos,
respectivamente, de infecções fúngicas, sem significância
estatística.27,28

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Cápsula de 150 mg

Candidíase Vaginal

O Fluconazol (substância ativa) (150 mg, dose única oral) é tão
efetivo quanto o clotrimazol (200 mg, intravaginal, por 3 dias)
para o tratamento de candidíase vaginal, segundo estudo randomizado
que envolveu 369 mulheres. Após 16 dias a taxa de cura clínica foi
de 99% e 97% e de cura microbiológica de 85% e 81%,
respectivamente. Após 27 a 62 dias a taxa de cura
microbiológica também se manteve significantemente maior no grupo
que usou o Fluconazol (substância ativa) (72% vs
62%).1

Em outro trabalho, a eficácia do Fluconazol (substância ativa)
(150 mg, dose única oral) em comparação ao clotrimazol (500 mg,
intravaginal, dose única) também foi comprovada. Quarenta e três
pacientes com candidíase vaginal foram avaliadas e após 8 dias do
tratamento houve erradicação completa da Candida albicans em 87%
das que usaram Fluconazol (substância ativa) contra 75% das que
usaram clotrimazol. A reavaliação após 32 dias demonstrou a
manutenção da erradicação do fungo em 87% e 60%, respectivamente.
As pacientes tratadas com Fluconazol (substância ativa)
apresentaram alívio mais rápido dos sintomas.2

Resultado similar foi observado em um estudo que avaliou 471
mulheres com a posologia de Fluconazol (substância ativa) e
clotrimazol igual a do trabalho anterior. Após sete dias do final
do tratamento a taxa de cura foi de 82% com
Fluconazol (substância ativa) e 76% com clotrimazol. A reavaliação
após 28 dias mostrou taxas de 75% e 72%,
respectivamente.3

Um estudo envolvendo 229 mulheres observou taxa de cura
micológica similar entre Fluconazol (substância ativa) (150 mg
oral, dose única), itraconazol (200 mg, dose única oral) e
clotrimazol (creme vaginal a 1% ou supositório vaginal 500 mg).
Estas taxas foram de 83%, 96% e 95%,
respectivamente.4

Em comparação ao cetoconazol (200 mg/dia, 2 vezes ao dia,
durante 5 dias), a dose única de Fluconazol (substância ativa) (150
mg) por via oral mostrou mesma efetividade em um estudo duplo-cego
que envolveu 183 pacientes.5

Nenhuma diferença significativa de eficácia e segurança foi
identificada na comparação entre Fluconazol (substância ativa) (150
mg via oral, dose única) com miconazol (1.200 mg intravaginal) em
estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo realizado em
99 pacientes com vaginite por Candida.6

Em 556 mulheres com vaginite por Candida recorrente ou severa, o
Fluconazol (substância ativa) 300 mg por 3 dias é
significativamente mais eficaz do que 150 mg pelo mesmo
período.7

Dermatomicoses

O Fluconazol (substância ativa) oral (150 mg, dose única)
mostrou-se tão eficaz e seguro quanto o clotrimazol tópico (creme a
1%, 2 vezes ao dia por 2 a 4 semanas, ou 6 se Tinea pedis) em
infecções fúngicas superficiais (incluindo Tinea corporis, Tinea
cruris, Tinea pedis e candidíase cutânea) segundo estudo realizado
com 391 pacientes. A taxa de cura foi de 85% e 82%, respectivamente
para Tinea corporis, 90% e 88% para Tinea cruris, 81% e 72% para
Tinea pedis e de 100% nos dois grupos para candidíase cutânea. Após
1 mês da última dose as taxas de cura mantidas foram de 75% no
grupo com Fluconazol (substância ativa) e 80% no grupo com
clotrimazol para Tinea corporis, 90% e 100% para Tinea cruris, 79%
e 91% para Tinea pedis e de 100% e 71% para candidíase
cutânea.8

Em comparação com a griseofulvina (500 mg/dia por 4 a 6 semanas)
o Fluconazol (substância ativa) (150 mg dose única diária, semanal)
mostrou eficácia similar para o tratamento de 230 pacientes com
dermatomicoses. Após 6 semanas de tratamento de pacientes com Tinea
corporis e Tinea cruris a taxa de cura foi de 74% nos usuários de
Fluconazol (substância ativa) e 62% nos de
griseofulvina.9

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9. Faergemann J et al. A multicentre (double-blind) comparative
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ativa)e and griseofulvin in the treatment of tinea corporis and
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Fonte: Bula do Profissional do medicamento
Zoltec.

Caraterísticas Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico

Derivados triazólicos.

O Fluconazol (substância ativa), um agente antifúngico
triazólico, é um inibidor potente e específico da síntese fúngica
de esteroides.

A administração oral e intravenosa de Fluconazol (substância
ativa) demonstrou ter atividade em uma variedade de modelos animais
com infecção fúngica. Foi demonstrada atividade contra micoses
oportunistas, tais como infecções por Candida spp.,
incluindo candidíase sistêmica em animais imunocomprometidos; por
C. neoformans, incluindo infecções intracranianas; por
Microsporum spp. e por Trichophyton spp. O
Fluconazol (substância ativa) também se mostrou ativo em modelos
animais de micoses endêmicas, incluindo infecções com
Blastomyces dermatitidis, Coccidioides immitis, incluindo
infecções intracranianas e com Histoplasma capsulatum em
animais normais ou imunodeprimidos.

Foram relatados casos de superinfecção por outras espécies de
Candida, que não a C. albicans, as quais muitas vezes não
são suscetíveis ao Fluconazol (substância ativa) (por exemplo,
Candida krusei). Esses casos podem requerer terapia antifúngica
alternativa.

O Fluconazol (substância ativa) é altamente específico para as
enzimas dependentes do citocromo fúngico P450. Uma dose diária de
50 mg de Fluconazol (substância ativa) por até 28 dias demonstrou
não afetar as concentrações plasmáticas de testosterona nos homens
ou as concentrações de esteroides em mulheres em idade reprodutiva.
O Fluconazol (substância ativa) em doses de 200 mg a 400 mg diários
não afeta de modo clinicamente significativo os níveis de
esteroides endógenos ou a resposta estimulada do hormônio
adrenocorticotrófico (ACTH) em voluntários sadios do sexo
masculino. Estudos de interação com antipirina indicam que o
Fluconazol (substância ativa), em dose única ou doses múltiplas de
50 mg, não afeta o metabolismo da mesma.

Propriedades farmacocinéticas

As propriedades farmacocinéticas do Fluconazol (substância
ativa) são similares após administração por via intravenosa e oral.
Após administração oral, o Fluconazol (substância ativa) é bem
absorvido e os níveis plasmáticos (e biodisponibilidade
sistêmica) ingestão concomitante de alimentos. Em jejum, os
picos de concentração plasmática ocorrem entre 0,5 e 1,5 hora após
a dose, com meia-vida de eliminação plasmática de aproximadamente
30 horas. As concentrações plasmáticas são proporcionais à dose.
Após 4 a 5 dias com doses diárias, são alcançados 90% dos níveis de
equilíbrio (steady state).

A administração de uma dose de ataque (Dia 1), equivalente ao
dobro da dose diária usual, atinge níveis plasmáticos de
aproximadamente 90% dos níveis de equilíbrio (steady state) no Dia
2. O volume aparente de distribuição aproxima-se do volume total
corpóreo de água. A ligação às proteínas plasmáticas é baixa
(11%-12%).

O Fluconazol (substância ativa) apresenta boa penetração em
todos os fluidos corpóreos estudados. Os níveis de Fluconazol
(substância ativa) na saliva e escarro são semelhantes aos níveis
plasmáticos. Em pacientes com meningite fúngica, os níveis de
Fluconazol (substância ativa) no fluído cérebro-espinhal (FCE) são
aproximadamente 80% dos níveis plasmáticos correspondentes.

Altas concentrações de Fluconazol (substância ativa) na pele,
acima das concentrações séricas, foram obtidas no extrato córneo,
derme, epiderme e suor écrino. O Fluconazol (substância ativa)
acumula no extrato córneo. Durante o tratamento com dose única
diária de 50 mg, a concentração de Fluconazol (substância ativa)
após 12 dias foi de 73 mcg/g, e 7 dias depois do término do
tratamento a concentração foi de 5,8 mcg/g. Em tratamento com dose
única semanal de 150 mg, a concentração de Fluconazol (substância
ativa) no extrato córneo no Dia 7 foi de 23,4 mcg/g, e 7 dias após
a segunda dose, a concentração ainda era de 7,1 mcg/g.

A concentração de Fluconazol (substância ativa) nas unhas após 4
meses de dose única semanal de 150 mg foi de 4,05 mcg/g em unhas
saudáveis e de 1,8 mcg/g em unhas infectadas e o Fluconazol
(substância ativa) ainda era detectável em amostras de unhas 6
meses após o término do tratamento.

A principal via de excreção é a renal, com aproximadamente 80%
da dose administrada encontrada como fármaco inalterado na urina. O
clearance do Fluconazol (substância ativa) é proporcional ao
clearance da creatinina. Não há evidência de metabólitos
circulantes.

A meia-vida longa de eliminação plasmática serve de suporte para
a terapia de dose única para candidíase vaginal e dose única diária
ou semanal para outras indicações.

Um estudo farmacocinético em 10 lactantes, que pararam de
amamentar temporária ou permanentemente seus lactentes, avaliou as
concentrações de Fluconazol (substância ativa) no plasma e no leite
materno por 48 horas após uma dose única de 150 mg de Fluconazol
(substância ativa). O Fluconazol (substância ativa) foi detectado
no leite materno em uma concentração média de aproximadamente 98%
da do plasma materno. O pico médio da concentração de leite materno
foi de 2,61 mg/L às 5,2 horas pós-dose.

Farmacocinética em Idosos

Um estudo farmacocinético foi conduzido em 22 indivíduos com 65
anos de idade ou mais, recebendo dose única oral de 50 mg de
Fluconazol (substância ativa). Dez desses indivíduos receberam
diuréticos concomitantemente. A Cmáx foi de 1,54 μg/mL e ocorreu
1,3 horas após a administração. A AUC média foi de 76,4 ± 20,3
μg.h/mL e a meia-vida terminal média foi de 46,2 horas. Esses
valores dos parâmetros farmacocinéticos são maiores do que os
valores análogos relatados em voluntários jovens, normais e do sexo
masculino. A coadministração de diuréticos não alterou
significativamente a AUC ou a Cmáx. Além disso, o clearance de
creatinina (74 mL/min), a porcentagem de fármaco inalterado
recuperado na urina (0-24 horas, 22%) e o clearance renal de
Fluconazol (substância ativa) estimado (0,124 mL/min/kg) para os
indivíduos idosos geralmente foram menores do que aqueles
encontrados nos voluntários jovens. Assim, a alteração da
disposição de Fluconazol (substância ativa) em indivíduos idosos
parece estar relacionada à redução da função renal característica
deste grupo. Um comparativo da meia-vida de eliminação terminal
versus o clearance de creatinina de cada indivíduo, comparado à
curva prevista de meia-vida – clearance de creatinina derivado de
indivíduos normais e indivíduos com variação no grau de
insuficiência renal, indicou que 21 de 22 indivíduos caíram dentro
da curva prevista de meia-vida – clearance de creatinina (limite de
confiança de 95%). Esses resultados são consistentes com a hipótese
de que valores maiores para os parâmetros farmacocinéticos,
observados em pacientes idosos, comparados à voluntários jovens
normais do sexo masculino, são devidos à redução da função renal
que é esperada nos pacientes idosos.

Dados de segurança pré-clínicos

Carcinogênese

O Fluconazol (substância ativa) não apresentou evidência de
potencial carcinogênico em camundongos e ratos tratados por 24
meses com doses orais de 2,5; 5 ou 10 mg/kg/dia (aproximadamente
2-7 vezes maiores que a dose recomendada para humanos). Ratos
machos tratados com 5 e 10 mg/kg/dia apresentaram um aumento na
incidência de adenomas hepatocelulares.

Mutagênese

O Fluconazol (substância ativa), com ou sem ativação metabólica,
apresentou resultado negativo em testes para mutagenicidade em
quatro cepas de Salmonella typhimurium e na linhagem de linfoma
L5178Y de camundongos. Estudos citogenéticos in vivo (células da
medula óssea de murinos, seguido de administração oral de
Fluconazol (substância ativa)) e in vitro (linfócitos humanos
expostos a 1.000 μg/mL de Fluconazol (substância ativa)) não
demonstraram evidências de mutações cromossômicas.

Alterações na Fertilidade

O Fluconazol (substância ativa) não afetou a fertilidade de
ratos machos ou fêmeas tratados oralmente com doses diárias de 5
mg/kg, 10 mg/kg ou 20 mg/kg ou doses parenterais de 5 mg/kg, 25
mg/kg ou 75 mg/kg, embora o início do trabalho de parto tenha sido
levemente retardado com doses orais de 20 mg/kg. Em um estudo
perinatal intravenoso com ratos e doses de 5 mg/kg, 20 mg/kg e 40
mg/kg, foram observados distocia e prolongamento do parto em
algumas fêmeas com dose de 20 mg/kg (aproximadamente 5-15 vezes
maior que a dose recomendada para humanos) e 40 mg/kg, mas não com
5 mg/kg. Os distúrbios no parto foram refletidos por um leve
aumento no número de filhotes natimortos e redução da sobrevivência
neonatal nestes níveis de dose. Os efeitos no parto em ratos se
mostraram consistentes com a propriedade espécie-específica de
diminuir o estrógeno, produzida por altas doses de Fluconazol
(substância ativa). Esta modificação hormonal não foi observada em
mulheres tratadas com Fluconazol (substância ativa).

Exclusivo Cápsula de 50 mg e 100 mg e Solução para
infusão 2 mg/mL

Farmacocinética em Crianças

Os seguintes dados farmacocinéticos foram relatados em
crianças conforme Tabela 1:

Tabela 1: Dados de Farmacocinética em
Crianças

Idade estudada

Dose (mg/kg)

Meia-vida (horas)

AUC (μg .h/mL)

11 dias – 11 meses

Única – IV 3 mg/kg23,0

110,1

9 meses – 13 anos

Única – Oral 2 mg/kg25,0

94,7

9 meses – 13 anos

Única – Oral 8 mg/kg19,5

362,5

5 anos – 15 anos

Múltipla – IV 2 mg/kg17,4*

67,4*

5 anos – 15 anos

Múltipla – IV 4 mg/kg15,2*

139,1*

5 anos – 15 anos

Múltipla – IV 8 mg/kg17,6*

196,7*

Idade média de 7 anos

Múltipla – Oral 3 mg/kg15,5

41,6

*Referente ao último dia

Em recém-nascidos prematuros (em torno de 28 semanas de
gestação), foi administrada uma dose intravenosa de 6 mg/kg de
Fluconazol (substância ativa) a cada 3 dias, por um máximo de 5
doses, enquanto o recém-nascido prematuro se encontrava na unidade
de terapia intensiva. A meia-vida média (horas) foi de 74 (variando
entre 44-185) no Dia 1, diminuindo com o tempo para uma meia-vida
média de 53 (variando entre 30-131) no Dia 7 e 47 horas (variando
entre 27-68) no Dia 13.

A AUC (μg.h/mL) foi de 271 (variando entre 173-385) no Dia 1,
aumentando para um valor médio de 490 (variando entre 292-734) no
Dia 7 e diminuindo para um valor médio de 360 (variando entre
167-566) no Dia 13.

O volume de distribuição (mL/Kg) foi de 1.183 (variando entre
1.070-1.470) no Dia 1, aumentando com o tempo para um valor médio
de 1.184 mL/kg (variando entre 510-2.130) no Dia 7 e de 1.328 mL/kg
(variando entre 1.040-1.680) no Dia 13.

Fonte: Bula do Profissional do medicamento
Zoltec.

Cuidados de Armazenamento do Flucol

Flucol deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto

Cápsula dura de gelatina, tampa verde e corpo branco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Flucol

MS – 1.0571.0084

Farm. Resp.:

Rander Maia
CRF-MG nº 2546

Belfar LTDA.

Rua Alair Marques Rodrigues, 516
Belo Horizonte/MG – CEP: 31.560-220
CNPJ: 18.324.343/0001-77
Indústria Brasileira

SAC: 0800 031 0055

Venda sob prescrição médica.

Flucol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.