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Dipifarma

Como o Dipifarma funciona?


Dipifarma é um medicamento à base de dipirona, utilizado no
tratamento da dor e febre. Tempo médio de início de ação: 30 a 60
minutos após a administração e geralmente duram por aproximadamente
4 horas.

Contraindicação do Dipifarma

Dipifarma não deve ser utilizada caso você
tenha:

  • Alergia ou intolerância à dipirona ou a qualquer um dos
    componentes da formulação ou a outras pirazolonas ou pirazolidinas
    (ex.: fenazona, propifenazona, fenilbutazona e oxifembutazona)
    incluindo, por exemplo, experiência prévia de agranulocitose
    (diminuição acentuada na contagem de glóbulos brancos do sangue)
    com uma destas substâncias;
  • Função da medula óssea prejudicada (ex.: após tratamento
    citostático) ou doenças do sistema hematopoiético (responsável pela
    produção das células sanguíneas);
  • Desenvolvido broncoespasmo (contração dos brônquios levando a
    chiado no peito) ou outras reações anafilactoides, como urticária
    (erupção na pele que causa coceira), rinite (irritação e inflamação
    da mucosa do nariz), angioedema (inchaço em região subcutânea ou em
    mucosas) depois do uso de medicamentos para dor (ex.: salicilatos,
    paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina e
    naproxeno);
  • Porfiria hepática aguda intermitente (doença metabólica que se
    manifesta através de problemas na pele e/ou com complicações
    neurológicas) – pelo risco de indução de crises de porfiria;
  • Deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase
    (G6PD), pelo risco de hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos,
    o que pode levar à anemia);
  • Gravidez e amamentação

Este medicamento é contraindicado para menores de 3
meses ou pesando menos de 5kg.

Dipifarma não deve ser aplicada por via intravenosa, em crianças
com idade entre 3 e 11 meses ou pesando menos de 9 Kg.

Dipifarma não deve ser aplicada por via parenteral em pacientes
com hipotensão (pressão baixa) ou hemodinâmica instável (problemas
do sistema circulatório).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe
imediatamente ao seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Como usar o Dipifarma

Dipifarma pode ser administrada por via intravenosa ou
intramuscular.

Para assegurar que a administração injetável de dipirona possa
ser interrompida ao primeiro sinal de reação
anafilática/anafilactóide (reação alérgica grave e imediata que
pode levar à morte) e para minimizar o risco de reações
hipotensivas (pressão baixa) isoladas, é necessário que os
pacientes estejam deitados e sob supervisão médica. Além disto, a
administração intravenosa deve ser muito lenta, a uma velocidade de
infusão que não exceda 1 mL (500 mg de dipirona)/minuto, para
prevenir reações hipotensivas.

Incompatibilidades/compatibilidades

Dipifarma pode ser diluída em solução de glicose a 5%, solução
de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de Ringer-lactato.
Entretanto, tais soluções devem ser administradas imediatamente,
uma vez que suas estabilidades são limitadas.

Devido à possibilidade de incompatibilidade, a solução de
dipirona não deve ser administrada juntamente com outros
medicamentos injetáveis.

A escolha da dose e da via de administração deve ser feita
exclusivamente sob orientação médica e em função do efeito
analgésico desejado e das condições do paciente. Em muitos casos, a
administração oral (dipirona comprimidos, solução oral ou gotas) ou
retal (dipirona supositórios) é suficiente para obter analgesia
satisfatória.

Quando for necessário um efeito analgésico de início rápido ou
quando a administração por via oral ou retal é contraindicada,
recomenda-se a administração de Dipifarma por via intravenosa ou
intramuscular.

O tratamento pode ser interrompido a qualquer instante sem
provocar danos ao paciente, inerentes à retirada da medicação.

Quando da escolha da via de administração, deve-se considerar
que a via parenteral está associada com maior risco de reações
anafiláticas/anafilactóides.

Caso a administração parenteral de dipirona seja considerada em
crianças entre 3 e 11 meses de idade, devese utilizar apenas a via
intramuscular.

Visto que reações de hipotensão após administração da forma
injetável podem ser dose-dependentes, a indicação de doses únicas
maiores do que 1 g de dipirona por via parenteral deve ser
cuidadosamente considerada.

Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito
analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida respeitando-se o
modo de usar e a dose máxima diária, conforme descrito abaixo.

Posologia do Dipifarma


Adultos e adolescentes acima de 15 anos

Em dose única de 2 a 5 mL (intravenosa e intramuscular); dose
máxima diária de 10 mL.

Crianças e lactentes (que estão sendo
amamentadas)

Em crianças com idade inferior a 1 ano, Dipifarma deve ser
administrada somente pela via intramuscular.

As crianças devem receber Dipifarma conforme seu peso
segundo a orientação deste esquema:

Peso

Intravenosa (IV)

Intramuscular (IM)

Lactentes de 5 a 8 kg

0,1 – 0,2 mL

Crianças de 9 a15 kg

0,2 – 0,5 mL

Crianças de 16 a 23 kg

0,3 – 0,8 mL

Crianças de 24 a 30 kg

0,4 – 1,0 mL

Crianças de 31 a 45 kg

0,5 – 1,5 mL

Crianças de 46 a 53 kg

0,8 – 1,8 mL

Caso necessário, Dipifarma pode ser administrada até 4 vezes ao
dia.

Não há estudos dos efeitos de Dipifarma administrada por vias
não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela
via intravenosa ou intramuscular, conforme recomendado pelo
médico.

Populações especiais

Pacientes com insuficiência nos rins ou no fígado, recomenda-se
que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma vez que a
taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para
tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose. Não
existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em
pacientes com insuficiência nos rins ou no fígado.

Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a
possibilidade das funções do fígado e dos rins estarem
prejudicadas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Dipifarma?


Caso se esqueça de aplicar uma dose, aplique-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da próxima
dose, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Não usar o medicamento em dobro para
compensar doses esquecidas.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Dipifarma

Agranulocitose

(Diminuição do número de granulócitos, que são tipos de glóbulos
brancos, em consequência de um distúrbio na medula óssea) induzida
pela dipirona é uma ocorrência de origem imunoalérgica, que pode
durar pelo menos 1 semana. Essas reações são raras, e podem ser
graves, com risco à vida e em alguns casos fatais. Interrompa o uso
da medicação e consulte seu médico imediatamente se alguns dos
seguintes sinais ou sintomas ocorrerem: febre, calafrios, dor de
garganta e lesão na boca.

Pancitopenia [diminuição global das células do sangue
(glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas)]

Interrompa o tratamento imediatamente e procure o seu
médico se ocorrerem alguns dos seguintes sinais ou
sintomas:

Mal estar geral, infecção, febre persistente, equimoses (manchas
roxas), sangramento e palidez.

Choque anafilático (reação alérgica grave)

Ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a
dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem
alergia atópica ou asma.

Reações cutâneas graves

Foram relatadas reações cutâneas graves, com o uso de dipirona,
como síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica
caracterizada por bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo) e
Necrólise Epidérmica Tóxica ou síndrome de Lyell (quadro grave,
onde uma grande extensão de pele começa a apresentar bolhas e
evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura).
Se você desenvolver algum desses sinais ou sintomas como erupções
cutâneas muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa, o tratamento
deve ser interrompido imediatamente e não deve ser retomado.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Para as doses recomendadas, nenhum efeito adverso na habilidade
de se concentrar e reagir é conhecido. Entretanto, pelo menos com
doses elevadas, deve-se levar em consideração que as habilidades
para se concentrar e reagir podem estar prejudicadas, constituindo
risco em situações onde estas habilidades são de importância
especial (por exemplo, operar carros ou máquinas), especialmente
quando álcool foi consumido.

Reações anafiláticas/anafilactóides (reação alérgica
grave e imediata que pode levar à morte)

Quando da escolha da via de administração, deve-se considerar
que a via parenteral (via intravenosa ou intramuscular) está
associada a um maior risco de reações
anafiláticas/anafilactóides.

Caso você esteja em alguma das situações abaixo, converse com
seu médico, pois estas situações apresentam risco especial para
possíveis reações anafiláticas graves relacionadas à dipirona.

  • Asma brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite
    poliposa (processo inflamatório no nariz e seios da face com
    formação de pólipos) concomitante;
  • Urticária crônica;
  • Intolerância ao álcool, por exemplo, pessoas que reagem até
    mesmo a pequenas quantidades de bebidas alcoólicas, apresentando
    sintomas como espirros, lacrimejamento e vermelhidão acentuada da
    face;
  • Intolerância a corantes ou a conservantes (ex.: Tartrazina e/ou
    benzoatos).

Se você tem alguma alergia, informe ao seu médico e use
Dipifarma somente sob orientação.

Reações hipotensivas (de pressão baixa)
isoladas

A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas
isoladas. Essas reações são possivelmente dose-dependentes e
ocorrem com maior probabilidade após administração injetável.

  • Para evitar as reações hipotensivas graves desse tipo
  • A injeção deve ser administrada lentamente;
  • Reverter a hemodinâmica (problemas do sistema circulatório) em
    pacientes com hipotensão pré-existente, em pacientes com redução
    dos fluidos corpóreos ou desidratação, ou com instabilidade
    circulatória ou insuficiência circulatória incipiente;
  • Deve-se ter cautela em pacientes com febre alta.

Nestes pacientes, a dipirona deve ser utilizada com extrema
cautela e a administração de Dipifarma em tais circunstâncias deve
ser realizada sob cuidadosa supervisão médica. Podem ser
necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação)
para reduzir o risco de reação de queda da pressão sanguínea.

A dipirona só deve ser utilizada sob cuidadoso monitoramento
hemodinâmico em pacientes nos quais a diminuição da pressão
sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença cardíaca
coronariana grave (doença grave no coração) ou obstrução dos vasos
sanguíneos que irrigam o cérebro.

Caso você tenha insuficiência dos rins ou do fígado,
recomenda-se que o uso de altas doses de dipirona seja evitado, uma
vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes casos.

A injeção intravenosa deve ser administrada muito lentamente
(sem exceder 1 mL/minuto) para assegurar que a injeção possa ser
interrompida ao primeiro sinal de reação anafilática/anafilactóide
e para minimizar os riscos de reações hipotensivas isoladas.

Sensibilidade cruzada

Pacientes que apresentam reações anafilactóides à dipirona podem
apresentar risco especial para reações semelhantes a outros
analgésicos não narcóticos. Pacientes que apresentam reações
anafiláticas ou outras imunologicamente-mediadas, ou seja, reações
alérgicas (ex.: agranulocitose) à dipirona podem apresentar um
risco especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou
pirazolidinas.

Reações Adversas do Dipifarma

As frequências das reações adversas estão listadas a
seguir de acordo com a seguinte convenção:

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento).
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

Distúrbios cardíacos

Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos
coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactóides. Engloba
conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).

Distúrbios do sistema imunológico

A dipirona pode causar choque anafilático, reações
anafiláticas/anafilactóides que podem se tornar graves com risco à
vida e, em alguns casos, serem fatais. Estas reações podem ocorrer
mesmo após Dipifarma ter sido utilizada previamente em muitas
ocasiões sem complicações.

Estas reações medicamentosas podem desenvolver-se durante a
injeção de dipirona ou horas mais tarde; contudo, a tendência
normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a
administração.

Normalmente, as reações anafiláticas/anafilactóides leves
manifestam-se na forma de sintomas na pele ou nas mucosas (como:
coceira, ardor, vermelhidão, urticária e inchaço), falta de ar e,
menos frequentemente, doenças/queixas gastrintestinais. Estas
reações leves podem progredir para formas severas com coceira
generalizada, angioedema grave (inchaço em região subcutânea ou em
mucosas, geralmente de origem alérgica até mesmo envolvendo a
laringe), broncoespasmo grave, arritmias cardíacas (descompasso dos
batimentos do coração), queda da pressão sanguínea (algumas vezes
precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque circulatório
(colapso circulatório em que existe um fluxo sanguíneo inadequado
para os tecidos e células do corpo).

Em pacientes com síndrome da asma analgésica, reações de
intolerância aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos
(falta de ar).

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Além das manifestações de pele e mucosas, de reações
anafiláticas/anafilactóides mencionadas acima, podem ocorrer
ocasionalmente erupções medicamentosas fixas; raramente exantema [i
(erupções na pele)], e, em casos isolados, síndrome de
Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por
bolhas em mucosas e em grandes áreas do corpo) ou síndrome de Lyell
(doença bolhosa grave que causa morte da camada superficial da pele
e mucosas, deixando um aspecto de queimaduras de grande extensão).
Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos
suspeitos.

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Anemia aplástica (doença onde a medula óssea produz em
quantidade insuficiente os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas), agranulocitose e pancitopenia, incluindo casos fatais,
leucopenia (redução dos glóbulos brancos) e trombocitopenia
(diminuição no número de plaquetas).

Estas reações podem ocorrer mesmo após Dipifarma ter sido
utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.

Os sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias
na mucosa (ex.: orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na
garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente).
Entretanto, em pacientes recebendo tratamento com antibiótico, os
sinais típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de
sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que
o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.

Os sinais típicos de trombocitopenia incluem uma maior tendência
para sangramento e aparecimento de pontos vermelhos na pele e
membranas mucosas.

Distúrbios vasculares

Reações hipotensivas isoladas

Podem ocorrer ocasionalmente após a administração reações
hipotensivas transitórias isoladas; em casos raros, estas reações
apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea. A
administração intravenosa rápida pode aumentar o risco de reações
hipotensivas.

Distúrbios renais e urinários

Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico
de doença nos rins, pode ocorrer piora súbita ou recente da função
dos rins (insuficiência renal aguda), em alguns casos com
diminuição da produção de urina, redução muito acentuada da
produção de urina ou perda aumentada de proteínas através da urina.
Em casos isolados, pode ocorrer nefrite intersticial aguda (um tipo
de inflamação nos rins).

Distúrbios gerais e no local da
administração

Reações locais e dor podem aparecer no local da injeção,
incluindo flebites (inflamação de uma veia). Uma coloração
avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina.

Distúrbios gastrointestinais

Foram reportados casos de sangramento gastrointestinal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Dipifarma

Gravidez e amamentação

Recomenda-se não utilizar Dipifarma durante os primeiros 3 meses
da gravidez. O uso durante o segundo trimestre da gravidez só deve
ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo
médico. Dipifarma não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses
da gravidez. A amamentação deve ser evitada durante e por até 48
horas após o uso de Dipifarma. A dipirona é eliminada no leite
materno.

Pacientes idosos

Deve-se considerar a possibilidade das funções do fígado e rins
estarem prejudicadas.

Crianças

Menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem
ser tratadas com Dipifarma. Crianças menores de 1 ano ou pesando
menos de 9 Kg não devem ser tratadas com Dipifarma por via
intravenosa.

Riscos do Dipifarma

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Composição do Dipifarma

Cada mL da solução injetável contém:

500 mg de dipirona monoidratada.

Excipientes:

edetato dissódico, metabissulfito de sódio e água para
injetáveis.

Apresentação do Dipifarma


Solução injetável 500mg/mL

Caixa com 50 ampolas de vidro âmbar com 1mL.

Caixa com 50 ampolas de vidro âmbar com 2mL (Embalagem
Hospitalar).

Caixa com 100 ampolas de vidro âmbar com 2mL (Embalagem
Hospitalar).

Uso intravenoso – Uso adulto e pediátrico acima de 1
ano.

Uso intramuscular – Uso adulto e pediátrico acima de 3
meses.

Superdosagem do Dipifarma

Sintomas

Enjoo, vômito, dor abdominal, deficiência da função dos
rins/insuficiência aguda dos rins (ex.: devido à nefrite
intersticial), mais raramente, sintomas do sistema nervoso central
(tontura, sonolência, coma e convulsões) e queda da pressão
sanguínea (algumas vezes progredindo para choque) bem como
arritmias cardíacas (taquicardia). Após o uso de doses muito
elevadas, a excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico)
pode provocar coloração avermelhada na urina.

Tratamento

Não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Se a
ingestão foi feita por apenas um local de administração, poderão
ser realizadas medidas para diminuir a absorção sistêmica dos
ingredientes ativos através de desintoxicação primária (ex.:
lavagem gástrica) ou diminuir a absorção (carvão ativado). O
principal metabólito da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode
ser eliminado por hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou
filtração plasmática.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Dipifarma

Medicamento-medicamento

A dipirona pode causar redução dos níveis de ciclosporina no
sangue. As concentrações da ciclosporina devem, portanto, ser
monitoradas quando a dipirona é administrada concomitantemente.

A administração concomitante de dipirona com metotrexato pode
aumentar a toxicidade sanguínea do metotrexato particularmente em
pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.

A dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na
agregação plaquetária (união das plaquetas que atuam na
coagulação), quando administrados concomitantemente. Portanto, essa
combinação deve ser usada com precaução em pacientes que tomam
baixa dose de ácido acetilsalicílico para cardioproteção.

A dipirona pode causar a redução na concentração sanguínea de
bupropiona. Portanto, recomenda-se cautela quando a dipirona e a
bupropiona são administradas concomitantemente.

Medicamento-alimentos

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e dipirona.

Medicamento-exames laboratoriais

Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que
utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis
séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico)
em pacientes utilizando dipirona.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Interação Alimentícia do Dipifarma

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e Dipirona monoidratada (substância ativa).

Ação da Substância Dipifarma

Resultados de Eficácia


Comprimido efervescente / Comprimido simples 500mg e
1g

A ação analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa)
oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico
multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por
placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca com ou sem
aura, selecionados para receber 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) via oral ou placebo. A intensidade da dor foi
medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24h após o
tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com Dipirona
monoidratada (substância ativa), comparativamente ao placebo em
todos os pontos medidos. As percentagens de ‘alívio da dor’ obtidas
1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) variaram de 42% a 57,1% versus 19,6% a
28,6% para o placebo (plt;0,001) (Tulunay et al,
2004).

Doses orais únicas de Dipirona monoidratada (substância ativa)
500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram
comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e
comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional
episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média
ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os
episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de
Dipirona monoidratada (substância ativa), 1g de AAS e placebo,
respectivamente (p lt;0,0001 para ambos os grupos Dipirona
monoidratada (substância ativa) e p lt;0,0150 para AAS
versus placebo). Observou-se uma tendência para início
mais precoce de alívio da dor mais profunda com Dipirona
monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g sobre 1g de AAS. Todos
os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín
et al, 2001).

Exclusivo Comprimido simples 500mg e 1g

A ação antipirética e analgésica da Dipirona monoidratada
(substância ativa) oral foi avaliada em estudos clínicos
duplo-cego. Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre
tifóide, 25 pacientes receberam 500 mg de Dipirona monoidratada
(substância ativa) VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A
temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada
30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) e paracetamol aos 30 e 60
minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva
tempo-temperatura tanto para a Dipirona monoidratada (substância
ativa) (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença
entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa). O total de
antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de
redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação,
que foi maior que 300 para os pacientes recebendo Dipirona
monoidratada (substância ativa) e menor que 300 para os pacientes
que receberam paracetamol (p lt; 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).

Gotas

Pacientes pediátricos

Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado,
duplo-cego, comparou a eficácia antipirética de Dipirona
monoidratada (substância ativa), paracetamol e ibuprofeno em 628
crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três
fármacos foram eficazes em baixar a temperatura em 555 pacientes
que completaram o estudo. Taxas de normalização de temperatura no
grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e ibuprofeno (82% e
78%, respectivamente) foram significativamente maiores do que no
grupo paracetamol (68%, p = 0,004). Depois de 4 a 6 horas, a
temperatura média no grupo da Dipirona monoidratada (substância
ativa) foi significativamente menor que os demais grupos,
demonstrando maior normalização da temperatura com a Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Wong et al, 2001). Em
outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada Dipirona
monoidratada (substância ativa) oral na dose de 10-15 mg/kg cada
6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes
pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (gt; 38,5ºC). Resposta
boa ou satisfatória foi observada em 92% dos pacientes (Izhar T,
1999).

Pacientes adultos

Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos,
controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de
Dipirona monoidratada (substância ativa) solução oral 500 mg/mL
(gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo
em 108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por
tratamento) com dor pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos
foram significativamente superiores ao placebo para várias medidas
de analgesia, incluindo 4-horas e 6-hora SPID e pontuações TOTPAR.
A avaliação global foi considerada como ‘bom’ ou ‘excelente’ por
mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado
com 7,4% dos pacientes no grupo placebo (Olson et al,
1999).

Xarope

A eficácia da Dipirona monoidratada (substância ativa) xarope
foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de
paracetamol em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos.
Infecções virais do trato respiratório foram as principais queixas
e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos
(38,4°C para a Dipirona monoidratada (substância ativa) e 39,3°C
para o paracetamol). Trinta minutos após uma única dose foi
observada redução acentuada na febre com ambas as drogas. A
Dipirona monoidratada (substância ativa) pareceu ser
significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a
ingestão da droga. O início da ação foi a mesma com ambas as
drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a Dipirona
monoidratada (substância ativa). A faixa de dose foi 13,2-22,3
mg/kg de Dipirona monoidratada (substância ativa) e 15,0-39,2 mg/kg
de paracetamol. Altas doses de paracetamol não resultaram em um
maior efeito antipirético (Adam, 1994).

Solução injetável

A Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável foi
comparada com placebo em estudos clínicos. Um estudo comparou
Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV versus
placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes. Os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) mostraram uma
melhora estatisticamente significante da dor (p lt; 0,05) comparada
com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho
terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60 minutos, com
resultados significativamente superiores para Dipirona monoidratada
(substância ativa). Foram observadas reduções significativas na
reincidência (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 25%,
placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (Dipirona monoidratada
(substância ativa) = 20%, placebo = 47,6%) para o grupo Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Bigal ME, 2002). Outro estudo
comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV com
placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem
aura. Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e
uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e
fonofobia.

Os pacientes sem aura que receberam Dipirona monoidratada
(substância ativa) demonstraram uma melhora estatisticamente
superior com 30 minutos (29,5% no grupo Dipirona monoidratada
(substância ativa) versus 10% no grupo placebo) e 60
minutos (65,9% com Dipirona monoidratada (substância ativa) e 16,7%
com placebo) (p lt; 0,05). Os pacientes que apresentavam aura
tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 3,3% no
grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para
Dipirona monoidratada (substância ativa) e placebo, respectivamente
com 60 minutos (p lt; 0,05). Houve melhora também em todos os
sintomas associados quando comparados com indivíduos controle
(Bigal ME, 2002).

Supositório

Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo
cego, 300 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa)
supositório foi comparada com 100 mg de nimesulida supositório no
controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade entre 4 e 8
anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48
kg). Após 1 dia de tratamento com Dipirona monoidratada (substância
ativa), a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes
e 29% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de
tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior,
estavam livres de sintomas.

Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como
nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda
reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 75% das
crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de
sintomas. A eficácia do tratamento foi avaliada pelo observador
como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu Dipirona
monoidratada (substância ativa) e em 66% dos casos no grupo que
recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao
controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem
tolerados, não tendo sido reportadas reações locais (Scharli et
al
, 1990).

Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com
idade entre 1 a 12 anos foram avaliados quanto ao efeito
antipirético da apresentação supositório (300 mg) de Dipirona
monoidratada (substância ativa), buscando-se determinar a
velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose
terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os pacientes receberam uma
única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise
comparativa, três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica
administrada (=21 mg/kg). Os dados obtidos permitiram concluir-se
por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C
obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180
minutos, duração de efeito antipirético superior a 6 horas e dose
terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou – 1,6 mg/kg)
(Almeida et al, 1986).

Referências bibliográficas:

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fever in childhood. Eur J Pediatr 1994; 153: 394-402.

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tension-type headache: a randomized, double-blind, placebo- and
active-controlled, multicentre study. Cephalalgia. 2001
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Scharli AF, Brulhart K, Monti T.
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eficaz de Dipirona monoidratada (substância ativa)/supositório no
tratamento de hiperpirexia em pediatria / Indirect evaluation of
the bioavailability and effective therapeutic dosage of
dipyrone/suppository in the treatment of hyperpyrexia in
pediatrics. Pediatric mod 1986; 21(7): 400-6.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é um derivado
pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e
espasmolítico.

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma pró-droga cuja
metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais
há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA)
e o 4-amino-antipirina (4-AA).

Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou
ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo,
outros mecanismos alternativos foram propostos, tais
como:

Inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no
sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no
nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso
central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de
que a Dipirona monoidratada (substância ativa) inibiria uma outra
isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.

Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a
60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4
horas.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética da Dipirona monoidratada (substância
ativa) e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas
as seguintes informações podem ser fornecidas:

Após administração oral, a Dipirona monoidratada (substância
ativa) é completamente hidrolisada em sua porção ativa,
4-Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA
é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração
oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a
Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente a alimentos.

Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA),
contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA
constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os
metabólitos 4-Nacetilaminoantipirina (AAA) e
4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os
metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue
a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O
acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em
tratamentos de curto prazo.

O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA,
48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.

Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de
aproximadamente 14 minutos para a Dipirona monoidratada (substância
ativa). Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada
por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes,
respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única,
obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e
23% ± 4% para FAA.

Após administração oral de dose única de 1g de Dipirona
monoidratada (substância ativa), o clearance renal foi de
5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min
para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas
correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas
para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.

Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em
pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose
única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas),
enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.

Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente
estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a
eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

As doses mínimas letais de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de
peso corporal por via oral, aproximadamente 2300mg de Dipirona
monoidratada (substância ativa) por kg de peso corporal ou 400mg de
MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de
intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.

Toxicidade crônica

As injeções intravenosas de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em ratos (peso corporal 150mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram
toleradas.

Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao
longo de um período de 6 meses em ratos e cães:

Doses diárias de até 300mg de peso corporal/kg em ratos e
até 100mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais
de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram
alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço,
também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula
óssea.

Mutagenicidade

Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem
como negativos. No entanto, estudos in vitro e in
vivo
com material específico grau Hoechst não deu indicação de
um potencial mutagênico.

Carcinogenicidade

Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a
Dipirona monoidratada (substância ativa) não mostrou efeitos
cancerígenos.

Toxicidade reprodutiva

Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial
teratogênico.

Cuidados de Armazenamento do Dipifarma

Dipifarma deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C). Proteger da luz, calor e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após abertas, as ampolas de Dipifarma devem ser
utilizadas imediatamente. A solução remanescente após o uso deve
ser descartada.

Características do medicamento

Solução límpida e amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Dipifarma

M.S.: 1.1085.0018

Responsável Técnico:

Dr. A. F. Sandes
CRF-CE n° 2797

Farmace Indústria Químico-Farmacêutica Cearense
Ltda.

Rod. Dr. Antônio Lírio Callou, KM 02.
Barbalha – CE
CEP 63.180-000
CNPJ. 06.628.333/0001-46
Indústria Brasileira

SAC:

0800-2802828

Venda sob prescrição médica.

Dipifarma, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.