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Mioflex

Também indicado como analgésico e como relaxante muscular.

Como Mioflex funciona?

Este medicamento atua através de suas propriedades
antirreumática, anti-inflamatória, analgésica, antipirética e
miorrelaxante.

Desta forma, age promovendo o alívio da dor muscular, da dor
proveniente de outros processos inflamatórios, auxiliando na
redução da febre.

O alívio da dor e o relaxamento muscular são observados cerca de
1 hora após a ingestão do produto e duram cerca de 6 horas.

O efeito anti-inflamatório pode ser sentido após 1 ou 2 dias de
uso.

Contraindicação do Mioflex

Este medicamento é contraindicado para pacientes predispostos a
dispepsias (indigestão) ou sabidamente portadores de alguma lesão
da mucosa gástrica (úlceras).

É contraindicado para pacientes com intolerância gástrica ao
ácido acetilsalicílico, para portadores de lesão hepática grave e a
pacientes hemofílicos (problemas de coagulação sanguínea).

Deve-se tomar cuidado em pacientes com função renal
comprometida, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial grave,
problemas com a glândula tireoide, pacientes que sofrem da Síndrome
de Sjögren (cujos sintomas mais característicos são a secura da
boca e dos olhos, adicionalmente pode haver secura da pele, da
mucosa nasal e vaginal).

É contraindicado para pacientes nos quais os acessos de asma,
urticária (coceira), ou rinite aguda são desencadeados pelo ácido
acetilsalicílico.

É também contraindicado em casos de porfiria aguda intermitente
(doença genética rara).

Como todo medicamento, é absolutamente contraindicado nos três
primeiros meses de gravidez e, após esse período, só deve ser
empregado nos casos de absoluta necessidade e sob orientação
médica.

Embora, ao contrário de vários outros medicamentos
anti-inflamatórios não esteroides, não se tenha constatado relação
causal entre a fenilbutazona e o fechamento prematuro do ducto
arterioso no feto, a medicação não deverá ser administrada nos 3
últimos meses de gravidez.

Este medicamento é contraindicado para menores de 14
anos.

Como usar o Mioflex

Uso oral.

Uso adulto.

Para as doenças reumáticas, como norma, podem ser
recomendadas as seguintes doses

Tomar 2 comprimidos, de 6 em 6 horas ou de 8 em 8 e depois 2 a 3
comprimidos por dia, (1 comprimidos a cada 12 horas ou 1 comprimido
a cada 8 horas), com um pouco de água e sem mastigar.

O prazo para esta alteração na posologia ficará a critério
médico.

Como analgésico e relaxante muscular

Tomar 2 comprimidos por vez, no máximo 3 vezes ao dia.

Recomenda-se individualizar a posologia, adaptando-se em
particular ao quadro clínico, bem como à idade do paciente e às
suas condições gerais.

Devem ser utilizadas as doses mínimas eficazes.

Mioflex não deve ser administrado em altas doses, ou por
períodos prolongados, sem controle médico.

Não ultrapassar o limite de 4000 mg de paracetamol por dia e a
não consumir álcool durante o uso deste medicamento, pois ele
aumenta o risco de dano hepático.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários,
as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Mioflex?

Não há motivos significativos para se preocupar caso esqueça-se
de utilizar o medicamento.

Caso necessite utilizá-lo novamente, retome o seu uso da maneira
recomendada, respeitando os intervalos e horários estabelecidos,
não devendo dobrar a dose porque se esqueceu de tomar a
anterior.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Mioflex

Este medicamento deverá ser usado no máximo durante uma
semana.

Em tratamentos prolongados, recomenda-se o controle periódico do
quadro sanguíneo através de seu médico.

Este medicamento, por conter a substância fenilbutazona pode
inibir a função plaquetária e prolongar o tempo de sangramento em
casos de hemorragia, sendo este efeito reversível.

Pode também ocorrer a diminuição da contagem de leucócitos e/ou
plaquetas, ou do hematócrito, diante de tal quadro deve-se
suspender a medicação.

Pacientes portadores de doenças intrínsecas da coagulação ou que
fazem uso de anticoagulantes, tais como os cumarínicos (warfarina)
devem ter cautela.

O uso deste medicamento deve ser interrompido pelo menos 2
semanas antes de qualquer procedimento cirúrgico.

A possibilidade de reativação de úlceras pépticas requer
cuidadosa observação médica, mesmo em se tratando de casos remotos
de dispepsias (indigestão), hemorragias gastrintestinais ou úlceras
pépticas.

Atenção especial deve ser dada para pacientes que
possuem

  • Insuficiência cardíaca;
  • Doenças cardiovasculares, devido à possibilidade da retenção de
    sódio e edema;
  • Lúpus eritematoso disseminado, pois a fenibultazona pode
    agravar ou exacerbar o quadro;
  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Problemas hematológicos (do sangue) e tomam
    anticoagulantes;
  • Portadores de úlcera péptica;
  • Problemas renais com prejuízo da função renal;
  • Problemas hepáticos;
  • Hipersensibilidade aos anti-inflamatórios não esteroidais ou ao
    ácido acetilsalicílico;
  • Asma.

Observando-se reações alérgicas, febre, dor de garganta,
sialoadenites (tumores da glândula salivar), icterícia (coloração
amarelada de pele e mucosas) ou sangue nas fezes, esta medicação
deverá ser suspensa imediatamente.

Deverão ser tomados cuidados especiais nos pacientes idosos,
geralmente mais sensíveis aos medicamentos.

Não use outro medicamento que contenha paracetamol.

Durante o tratamento, recomenda-se evitar a ingestão de bebidas
alcoólicas.

A ação irritante do álcool no estômago é aumentada quando é
ingerido com este medicamento, podendo aumentar o risco de úlcera e
sangramento.

Pacientes com intolerância ao álcool, ou seja, pacientes que
reagem até mesmo a pequenas quantidades de certas bebidas
alcoólicas, apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e
rubor pronunciado da face, demonstram que podem ser portadores de
síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada.

Por conter a substância carisoprodol (um relaxante muscular)
pode provocar a sedação, portanto, recomenda-se ao paciente que
durante o tratamento ele não dirija veículos ou opere máquinas,
pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.

Interações medicamentosas

Fenilbutazona pode aumentar a atividade de

  • Anticoagulantes orais, que aumentam a atividade dos
    anticoagulantes orais como os cumarínicos (warfarina e a
    fenindiona) e a heparina. Os anticoagulantes podem acentuar o seu
    efeito hemorrágico;
  • Antidiabéticos orais (glibenclamida, clorpropamida,
    repaglinida, nateglinida, acarbose, rosiglitazona, pioglitazona,
    sitagliptina e vildagliptina);
  • Fenitoína (anticonvulsivante que pode ter sua degradação
    metabólica diminuída, aumentando seu efeito);
  • Insulina;
  • Lítio (a fenilbutazona causa aumento de reabsorção tubular
    deste elemento, elevando, portanto, sua concentração sérica quando
    tomados juntamente);
  • Metotrexato (aumenta a atividade e os efeitos tóxicos desta
    substância);
  • Esteroides adrenocorticoides, tais como a hidrocortisona e
    a aldosterona, proporcionam o aumento da irritação e sangramento
    estomacal;
  • Anti-inflamatórios não hormonais, como por exemplo o
    naproxeno, cetoprofeno, ibuprofeno, piroxicam, tenoxicam,
    meloxicam, diclofenaco, aceclofenaco, sulindac, nimesulida,
    fentiazac, indometacina, cetorolaco, etc., podem aumentar os
    efeitos colaterais;
  • Álcool;
  • Cloroquina;
  • Ciclosporina, pois pode aumentar o efeito nefrotóxico;
  • Sulfonamidas (sulfametazol, sulfametoxazol, sulfadiazina,
    etc).

Fenilbutazona pode acelerar o metabolismo
de

Dicumarol, aminofenazona, digitoxina, e a cortisona através da
indução de enzimas microssomais hepáticas.

Fenilbutazona tem sua duração e/ou efeito diminuídos
com

  • Barbitúricos (fenobarbital, tiopental, tiamilal, metohexital,
    secobarbital, pentobarbital);
  • Clorofenamina;
  • Rifampicina;
  • Prometazina;
  • Prednisona;
  • Colestiramina (reduz a absorção entérica da fenilbutazona,
    aumentando a sua eliminação).

Fenilbutazona tem sua duração e/ou concentração
aumentada com

  • Metilfenidato (a concentração sérica da oxifenbutazona se eleva
    e a meia-vida de eliminação da fenilbutazona é prolongada, quando
    as duas substâncias são tomadas juntamente);
  • Esteroides anabólicos tais como o anadrol, oxadrin e durabolin
    (aumentam a concentração da oxifenbutazona).

Medicamentos que aumentam a hepatotoxicidade do
paracetamol

  • Probenecida, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e
    sulfimpirazona;
  • Barbitúricos (fenobarbital, tiopental, tiamilal, metohexital,
    secobarbital, pentobarbital);
  • Antibióticos tais como a Rifampicina e algumas quinolonas
    (ciprofloxacino, norfloxacino, por exemplo) pois podem se
    associar ao paracetamol e provocar uma lesão de fígado.

Carisoprodol tem sua ação aumentada com

  • Álcool (aumenta a sonolência);
  • Depressores centrais (aumentam a sonolência);
  • Indutores do sono, hipnóticos, ou barbitúricos, tais como o
    Fenobarbital;
  • Ansiolíticos (diazepam, lorazepam);
  • Opiáceos ou narcóticos (morfina, heroína, codeína,
    meperidin);
  • Inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores, etc).

Alimentos

A administração de paracetamol com alimentos retarda a absorção
do fármaco.

A ingestão crônica e excessiva de álcool pode aumentar a
hepatotoxicidade potencial do paracetamol.

Exames de laboratório

  • A fenilbutazona desloca o hormônio tireoidiano (T3, T4 e TSH)
    das suas ligações com as proteínas do soro e pode, desta maneira,
    dificultar a interpretação das provas da função da tireoide;
  • O paracetamol pode interferir nos exames de glicemia em fitas
    reagentes diminuindo em até 20% os valores médios de glicose;
  • A bentiromida fica invalidada nos resultados dos testes da
    função pancreática, a menos que o uso de paracetamol seja
    descontinuado três dias antes da realização do exame;
  • Na determinação do ácido úrico no sangue, o paracetamol pode
    produzir valores falsamente aumentados, quando for utilizado o
    método de tungstato;
  • O paracetamol pode produzir falsos resultados positivos na
    determinação qualitativa do ácido-5-hidroxiindolacético, um
    metabólito de serotonina, quando for utilizado o reagente
    nitrozonaftol. Durante a coleta deve ser evitado o consumo de
    alimentos ricos em serotonina, tais como o leite e seus derivados,
    carne de peru, requeijão, carne, peixe, banana, tâmara, amendoim,
    ovos, fígado, soja, grãos integrais e levedo de cerveja, vegetais
    verdes, frutos do mar e castanha do Pará, todos os alimentos ricos
    em proteínas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Mioflex

Reações adversas leves

  • Reação alérgica e ressecamento da pele (raras), irritação
    estomacal, náuseas, vômitos, vertigem e cefaleia;
  • Edema (inchaço) por retenção de líquidos.

Reações adversas sérias

  • Choque anafilático (urticária/coceira, inchaço dos lábios e
    olhos, congestão nasal, tontura, dificuldade de respirar);
  • Hemorragia silenciosa no estômago e intestinal;
  • Estomatites;
  • Recorrência da úlcera péptica com ou sem hemorragia;
  • Hepatite;
  • Pancreatite;
  • Insuficiência renal, nefrite, principalmente em pacientes que
    dependem das prostaglandinas para o funcionamento renal;
  • Danos ao miocárdio (coração);
  • Febre medicamentosa;
  • Vermelhidão com elevações na pele;
  • Asma (têm sido reportados casos de crise asmática,
    particularmente em pacientes com intolerância ao ácido
    acetilsalicílico);
  • Bócio;
  • Distúrbios da visão;
  • Sialoadenites (inflamação das glândulas salivares).

Reações adversas raras

  • Síndrome de Stevens-Johnson;
  • Síndrome de Lyell;
  • Leucopenia;
  • Trombocitopenia;
  • Agranulocitose;
  • Anemia aplástica;
  • Metahemoglobinemia;
  • Anemia hemolítica.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Mioflex

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Embora suas substâncias ativas passem para o leite materno em
pequenas quantidades, as lactantes deverão suspender a amamentação
ou o tratamento.

Composição do Mioflex

Cada comprimido contém

Carisoprodol150 mg
Fenilbutazona75 mg
Paracetamol300 mg
Excipientes*1 comprimido

*Amido, povidona, amidoglicolato de sódio, talco, estearato de
magnésio e amido pré-gelatinizado.

Superdosagem do Mioflex

Quando a posologia recomendada tiver sido sensivelmente
excedida, podem ocorrer as seguintes complicações

Náusea, ânsia de vômito, dores gastrointestinais ou ulcerações,
depressão respiratória, hipotensão, coma, convulsões, insuficiência
hepática e renal, alterações no sangue (trombocitopenia, leucopenia
e elevação dos valores das transaminases).

O órgão mais atingido pelo paracetamol é o fígado e as
evidências de toxicidade podem aparecer de 40 a 72 horas após a
ingestão.

O antídoto, N-acetilcisteína, deve ser administrado com urgência
e dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para obter bons
resultados.

Os cuidados apropriados de suporte devem ser realizados apenas
por profissional devidamente habilitado.

Tratamento a ser seguido pelo profissional
habilitado

Proceder à indução do vômito e/ou lavagem gástrica.

Administrar carvão ativado e, se necessário, purgativo salino,
respiração artificial e medidas de suporte da circulação,
anticonvulsivantes (diazepam I.V.) e hemodiálise.

A determinação da concentração sérica de paracetamol deve ser
obtida o mais rápido possível, mas não antes de 4 horas após a
ingestão.

A determinação da função hepática deve ser obtida inicialmente e
a seguir a cada 24 horas.

O antídoto, N-acetilcisteína, deve ser administrado com urgência
e dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para obter bons
resultados.

O seguinte esquema pode ser utilizado, usando
N-acetilcisteína injetável

Dose inicial de 150 mg/kg de peso, intravenosa por 15 minutos,
seguida de infusão de 50mg/kg de peso em 500 mL de Dextrose 5% por
4 horas e a seguir 100 mg/kg de peso em 1 litro de Dextrose 5% nas
próximas 16 horas (totalizando 300 mg/kg de peso em 20 horas).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Mioflex

Fenilbutazona pode aumentar a atividade de

Anticoagulantes orais

Aumenta a atividade dos anticoagulantes orais como os
cumarínicos (warfarina e a fenindiona) e a heparina. Os
anticoagulantes podem acentuar o seu efeito hemorrágico.

Antidiabéticos orais

Glibenclamida, clorpropamida, repaglinida, nateglinida,
acarbose, rosiglitazona, pioglitazona, sitagliptina e
vildagliptina.

Fenitoína

Anticonvulsivante que pode ter sua degradação metabólica
diminuída, aumentando seu efeito.

Lítio

A fenilbutazona causa aumento de reabsorção tubular deste
elemento, elevando, portanto, sua concentração sérica quando
tomados juntamente.

Metotrexato

Aumenta a atividade e os efeitos tóxicos desta substância.

Esteroides adrenocorticoides

Tais como a hidrocortisona e a aldosterona, proporcionam o
aumento da irritação e sangramento estomacal.

Anti-inflamatórios não hormonais

Como por exemplo, o naproxeno, cetoprofeno, ibuprofeno,
piroxicam, tenoxicam, meloxicam, diclofenaco, aceclofenaco,
sulindac, nimesulida, fentiazac, indometacina, cetorolaco, etc.,
podem aumentar os efeitos colaterais.

Ciclosporina

Pode aumentar o efeito nefrotóxico.

Sulfonamidas 

Sulfametazol, sulfametoxazol, sulfadiazina.

Fenilbutazona pode acelerar o metabolismo
de

Dicumarol, aminofenazona, digitoxina, e a cortisona através da
indução de enzimas microssomais hepáticas.

Fenilbutazona tem sua duração e/ou efeito diminuídos
com

Barbitúricos (fenobarbital, tiopental, tiamilal, metohexital,
secobarbital, pentobarbital);
Clorofenamina; Rifampicina; Prometazina; Prednisona.

A meia-vida de eliminação da fenilbutazona (normalmente cerca de
75h) se reduz para aproximadamente 57 h.

Colestiramina

Reduz a absorção entérica da fenilbutazona, aumentando a sua
eliminação.

Fenilbutazona tem sua duração e/ou concentração
aumentada com

Metilfenidato

A concentração sérica da oxifenbutazona se eleva e a meia-vida
de eliminação da fenilbutazona é prolongada, quando as duas
substâncias são tomadas juntamente.

Esteroides anabólicos tais como anadrol, oxadrin e
durabolin

Aumentam a concentração da oxifenbutazona.

Medicamentos que aumentam a hepatotoxicidade do
paracetamol

  • Probenecida, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e
    sulfimpirazona;
  • Barbitúricos (fenobarbital, tiopental, tiamilal, metohexital,
    secobarbital, pentobarbital);
  • Antibióticos tais como a rifampicina e algumas quinolonas, como
    o ciprofloxacino: podem se associar ao paracetamol e provocar uma
    lesão de fígado.

Carisoprodol tem sua ação aumentada com

Álcool

Aumenta a sonolência.

Depressores centrais

Aumentam a sonolência.

Indutores do sono, hipnóticos ou barbitúricos, tais
como

Fenobarbital.

Ansiolíticos

Diazepam, lorazepam.

Opiáceos ou narcóticos

Morfina, heroína, codeína, meperidina.

Inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores e
outros).

 Exames de laboratório

  • A fenilbutazona desloca o hormônio tireoidiano (T3, T4 e TSH)
    das suas ligações com as proteínas do soro e pode, desta maneira,
    dificultar a interpretação das provas da função da tireoide;
  • O paracetamol pode interferir nos exames de glicemia em fitas
    reagentes diminuindo em até 20% os valores medidos médios de
    glicose;
  • A bentiromida fica invalidada nos resultados dos testes da
    função pancreática, a menos que o uso de paracetamol seja
    descontinuado três dias antes da realização do exame;
  • Na determinação do ácido úrico no sangue, o paracetamol pode
    produzir valores falsamente aumentados, quando for utilizado o
    método de tungstato;
  • O paracetamol pode produzir falsos resultados positivos na
    determinação qualitativa do ácido-5-hidroxiindolacético, um
    metabólito de serotonina, quando for utilizado o reagente
    nitrozonaftol.

Interação Alimentícia do Mioflex

Alimentos

A administração de paracetamol com alimentos retarda a absorção
do fármaco. A ingestão crônica e excessiva de álcool pode aumentar
a hepatotoxicidade potencial do paracetamol.

Durante a coleta deve ser evitado o consumo de alimentos ricos
em serotonina, como por ex. o leite e seus derivados, carne de
peru, requeijão, carne, peixe, banana, tâmara, amendoim, ovos,
fígado, soja, grãos integrais e levedo de cerveja, vegetais verdes,
frutos do mar e castanha do Pará, todos os alimentos ricos em
proteínas.

Fenilbutazona pode aumentar a atividade de Álcool.

Ação da Substância Mioflex

Resultados de eficácia

Carisoprodol + Fenilbutazona + Paracetamol (substância ativa) é
uma associação constituída de três substâncias carisoprodol,
fenilbutazona e paracetamol. A fenilbutazona tem sido empregada na
prática clínica desde 1948 como antiflogístico e com efeitos
analgésico e antipirético em segundo plano, fundamentando esse
emprego em inúmeros ensaios experimentais.

A fenilbutazona, derivado pirazólico, é um anti-inflamatório não
esteroide, inibidor da enzima ciclooxigenase, diminuindo a síntese
de prostaglandinas, interfere nos mecanismos de complexos da
inflamação, inibindo a reação imediata (hiperemia), diminuindo a
permeabilidade exagerada das paredes capilares presente nos estados
inflamatórios, bloqueando a ação da bradicinina e calicidina. Seu
efeito analgésico propriamente dito, menor que o antiflogístico,
foi demonstrado laboratorialmente em cães e coelhos, por meio da
inibição dolorosa da irritação elétrica da polpa dental.

O paracetamol apresenta ação analgésica superior aos analgésicos
comuns. É rapidamente absorvido, oferecendo níveis plasmáticos
imediatos e é eliminado totalmente pela via urinária em 4 horas. O
paracetamol tem ainda propriedades antipiréticas e não intervém na
contratilidade de vasos sanguíneos, nem modifica a frequência do
ritmo cardíaco.

O carisoprodol é um relaxante muscular esquelético com ação
central, cujo mecanismo de ação ainda não está totalmente
esclarecido, mas deve estar relacionado aos seus efeitos
sedativos.

Associação Paracetamol e Fenilbutazona

A eficácia da associação é comprovada em vários estudos
realizados em afecções reumáticas de motoristas profissionais, em
angiologia, em traumatologia, em reumatologia, e nas artroses
da coluna no alívio da dor. 

A associação paracetamol e fenilbutazona tem ação analgésica
superior quando comparada aos ativos utilizados isoladamente e
promove uma nítida potencialização dos efeitos, possibilitando uma
ação mais rápida no combate da dor. Essa potencialização se dá
uma vez que a fenilbutazona retarda o metabolismo de certos
grupos químicos entre os quais incluem-se os derivados da
acetanilida (paracetamol). Este retardamento na metabolização de
uma substância associada, não apenas potencializa o efeito
terapêutico da mesma como também diminui significativamente a
incidência de efeitos secundários, tendo em vista a possibilidade
da utilização de menor quantidade da substância potencializada e
potencializadora como ocorre com a presente associação.

Estudo farmacocinético da associação demonstrou que não ocorre
acúmulo de metabólitos tanto no sangue quanto nos órgãos.

Associação de carisoprodol e
fenilbutazona 

Estudo clínico comparativo da associação de carisoprodol e
fenilbutazona no tratamento da síndrome da disfunção da articulação
temporomandibular, demonstrou que essa associação atua como
relaxante muscular com efeito sedativo e analgésico. Além disso,
foi eleito o produto de escolha e o mais eficaz no alívio da
dor.

Associação carisoprodol e paracetamol 

Esta associação demonstrou ser uma boa combinação, pois une o
efeito relaxante do carisoprodol com o efeito analgésico do
paracetamol. O carisoprodol atua centralmente na formação reticular
e bloqueia os impulsos nervosos eferentes. Além do efeito relaxante
muscular, observam-se também um efeito analgésico e um leve efeito
antipirético.

Para melhorar o efeito analgésico, o carisoprodol foi combinado
com uma substância cujo efeito analgésico aparece antes que o
efeito relaxante – o paracetamol. A conclusão do estudo foi que
devido aos efeitos favoráveis e a boa tolerabilidade,
essa associação é muito útil em casos onde outros analgésicos
falharam na obtenção do efeito terapêutico desejado.

Carisoprodol + Fenilbutazona + Paracetamol é indicado nas formas
agudas de reumatismo articular e extra-articular, por curto período
de tratamento, destaca-se pela adequada combinação dos princípios
ativos, utilizados isolados ou em associação em diversos
países. 

Características Farmacológicas

Propriedades

Este medicamento possui propriedades anti-reumática,
anti-inflamatória, analgésica, antipirética e
miorrelaxante. 

A fenilbutazona exerce ação uricosúrica pela redução da
reabsorção tubular do ácido úrico. 

No mecanismo de ação da fenilbutazona, a inibição da
ciclooxigenase (prostaglandina-sintetase) representa o fator
principal, restringindo a produção das prostaglandinas
(principalmente as séries “E” e “F”), as quais participam do
desenvolvimento da reação inflamatória, dolorosa e febril. Em
condições experimentais, a fenilbutazona também inibe as funções
leucocitárias (quimiotaxia, liberação/atividade de enzimas
lisossômicas). 

O paracetamol é um analgésico e antipirético cujo mecanismo de
ação parece ser ao mesmo tempo central e periférico. 

O carisoprodol é um miorrelaxante de ação central. 

Farmacocinética

Fenilbutazona 

A fenilbutazona é rápida e completamente absorvida no trato
gastrintestinal. 

Após a administração oral, as concentrações séricas máximas são
atingidas em 2 horas aproximadamente. Em seguida às doses repetidas
de 100, 200 ou 300 mg diariamente, as concentrações séricas médias
são de 52, 83 e 95 mcg/mL, respectivamente. 

As medidas das áreas sob as curvas das concentrações séricas
mostram que, das doses administradas, 63% circulam no plasma como
fenilbutazona não modificada, 23% como oxifenbutazona e cerca de
2,5% na forma de outros hidroximetabólitos. É de 98,99% a
percentagem de fenilbutazona ligada às proteínas séricas. 

A fenilbutazona distribui-se no organismo em diversos tecidos e
líquidos, por exemplo, o líquido sinovial. Sua meia-vida plasmática
é de aproximadamente 75 horas, sendo prolongada nos pacientes
geriátricos para cerca de 105 horas. 

A fenilbutazona é extensamente metabolizada no fígado, sendo
excretada quase inteiramente sob a forma de metabólitos,
aproximadamente ¾ na urina (cerca de 40% como C-glicuronídeo de
fenilbutazona e aproximadamente 10-15% como C-glicuronídeo de
hidroxifenilbutazona) e cerca de ¼ nas fezes. 

Paracetamol 

O paracetamol é rapidamente absorvido pelo trato
gastrintestinal. 

O pico de concentração plasmática é atingido em ½ a 1 hora e a
meia-vida plasmática é de 3 horas aproximadamente. 

A ação analgésica ocorre através de dois mecanismos de ação.

Periférico

Capacidade de modular os receptores (efeito ligeiro do
paracetamol). A ação analgésica é fraca. 

Central

(Medula espinhal e tronco cerebral) o efeito do paracetamol na
transmissão nociceptiva; mesmo em caso de inflamação,
mantém-se.

A ação antipirética deve-se à molécula de anilina, que é uma
amina aromática muito tóxica, que apenas serve para a introdução de
radicais na estrutura, de forma a diminuir a toxicidade do composto
base. É devido a esta ação que o paracetamol é usado como terapia
de escolha no tratamento da febre. 

A ação anti-inflamatória é fraca ou inexistente. A reação
inflamatória é composta por eventos que ocorrem nos tecidos em
resposta à uma agressão ao organismo, que pode ser de diferentes
naturezas. Consiste em reações imunologicamente específicas e em
reações inatas sem base imunológica (vasculares e celulares) que
inibem as enzimas do hipotálamo.

O paracetamol não é capaz de inibir a COX quando existem
peróxidos (H2X2) e radicais livres em concentrações elevadas. É de
notar que, nos locais de inflamação normalmente existem grandes
concentrações de peróxidos produzidos pelos leucócitos. Quando há
peróxidos e radicais livres indicadores de inflamação (mensageiros
pós-inflamatórios) a COX fica ativada e produz prostaglandinas. Há
fármacos que competem com eles controlando o processo
inflamatório.

Ao contrário de outros AINEs (como o AAS), o
paracetamol

  • Não interfere com a agregação plaquetária; 
  • Não interfere com a ação dos anticoagulantes orais; 
  • Não tem ações metabólicas apreciáveis; 
  • Não modifica o equilíbrio ácido-base; 
  • Não modifica a eliminação do ácido úrico; 
  • Não está associado à Síndrome de Reye em crianças; 

O paracetamol é total e rapidamente absorvido por via oral e
liga-se a proteínas plasmáticas.

Farmacocinética e metabolismo 

O paracetamol é rapidamente e quase completamente absorvido a
partir do trato gastrintestinal. O paracetamol tem uma distribuição
relativamente uniforme ao longo da maior parte dos fluidos
orgânicos. 

Biotransformação do paracetamol 

O paracetamol não inibe a ativação dos neutrófilos tal como o
fazem os outros AINEs.

Doses terapêuticas únicas ou repetidas de paracetamol não têm
efeitos nos sistemas respiratório e cardiovascular. Não provoca
variações no equilíbrio ácido-base e não produz irritação gástrica,
erosão ou sangramento, que podem ocorrer pela administração de
salicilatos. Também não tem efeitos sobre as plaquetas, tempo de
coagulação ou na excreção de ácido úrico.

É quase completamente metabolizado no organismo pelas enzimas
microssomais hepáticas (o paracetamol é o substrato para a
isoenzima CYPIA2-cit. P450). 

Durante a permanência do paracetamol no organismo este vai ser
biotransformado/metabolizado, ou seja, a sua molécula vai sofrer a
ação de enzimas que pertencem a sistemas enzimáticos que mantêm o
metabolismo normal do organismo, que modificam a sua estrutura e
consequentemente as suas características físico-químicas e
farmacológicas, podendo resultar moléculas mais simples ou mais
complexas. 

Os metabólitos são mais hidrossolúveis do que os fármacos que
lhes deram origem porque normalmente contêm maior número de grupos
funcionais hidrofílicos, ou porque apresentam frações da molécula
relativamente poucas lipofóbicas. Estes tendem a estar, em regra,
mais ionizados em pHs fisiológicos formando sais hidrossolúveis
(havendo exceções), para tornar os metabólitos mais facilmente
excretáveis do que os fármacos originais que, por sua vez são
demasiadamente lipofílicos para serem absorvidos. 

A biotransformação nem sempre implica na perda total ou parcial
da atividade farmacodinâmica; também pode originar metabólitos
ativos, tóxicos ou inativos. 

A biotransformação dos fármacos faz-se frequentemente por várias
reações químicas simultâneas ou sucessivas, dependendo da formação
dos metabólitos das reações enzima/substrato existentes no
momento. 

Após doses terapêuticas, 90% a 100% do fármaco pode ser
recuperado na urina durante o 1º dia, primariamente após conjugação
hepática com o ácido glucurônico (±60%), ácido sulfúrico (±35%) ou
cisteína (±3%). Pequenas quantidades dos metabólitos hidroxilados e
acetilados também podem ser detectados. 

As crianças têm menor capacidade de glucuronidação do fármaco,
do que os adultos. 

Uma pequena porção de paracetamol é metabolizada pelo citocromo
P450, ocorrendo hidroxilação para formar NAPQI
(N-acetil-benzoquinoneimina), um intermediário altamente reativo.
Este metabólito normalmente reage com grupos sulfidrila da
glutationa. No entanto, após a ingestão de altas doses de
paracetamol, o metabólito é formado em quantidades suficientes para
depletar a glutationa hepática. 

Um exemplo de um intermediário reativo tóxico é um metabólito do
paracetamol, que é muito reativo e que se liga a nucleófilos tais
como a glutationa. 

Quando a glutationa celular é depletada, o metabólito liga-se a
macromoléculas celulares, mecanismo pelo qual se manifesta a
toxicidade hepática do paracetamol. 

O paracetamol é mais tóxico, quando as enzimas do citocromo P450
estão aumentadas, tal como após a exposição ao etanol ou ao
fenobarbital, uma vez que estes são responsáveis pela produção de
metabólitos tóxicos. 

A biotransformação dos fármacos pode ter lugar em diversos
órgãos: rim, intestino (incluindo a via biliar) e pulmão. 

O fígado é o órgão mais importante, devido à sua diversidade
enzimática e, tem importância quantitativa resultante da sua massa,
retículo endoplasmático e citosol. 

Carisoprodol 

O carisoprodol também é bem absorvido por via oral, sofre
metabolismo no fígado e é excretado por via renal sob a forma de
metabólitos. O seu modo de ação é através do bloqueio da atividade
interneuronal na formação reticular descendente e na medula
espinhal. 

A absorção oral alcança níveis efetivos em 30 min; pico
plasmático de 4 hs com duração de ação de 4 a 6 hs e meia-vida de
eliminação de 8 hs. Metabolismo hepático com menos de 1% de
excreção renal.

Cuidados de Armazenamento do Mioflex

Evitar calor excessivo (temp. superior à 40ºC).

Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Comprimido circular, plano e branco a levemente amarelado com a
marca “F” em uma das faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda
esteja no prazo de validade, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Mioflex

Registro M.S. nº 1.7817.0075

Farm. Responsável:

Fernando Costa Oliveira
CRF-GO nº 5.220

Registrado por:

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Fabricado por:

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Venda sob prescrição médica.

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