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Vitatonus

Contraindicação do Vitatonus

Em pacientes com reconhecida hipersensibilidade à tiamina e à
lidocaína, à dexametasona, demais vitaminas da fórmula ou a
qualquer um dos excipientes.

O uso é também contraindicado para pacientes com história de
úlcera péptica, hipertensão arterial, diabetes, insuficiência
cardíaca, bloqueio átrio-ventricular, bradicardia, infecção
micótica sistêmica e em pacientes parkinsonianos em uso de levodopa
isolada.

Este medicamento é contraindicado em crianças de
qualquer faixa etária.

Como usar o Vitatonus

A posologia usual é de uma injeção a cada dois ou três dias.
Aspirar, para uma seringa com capacidade mínima de 3 ml, os
conteúdos das ampolas I e II, injetando a mistura lentamente por
via intramuscular profunda, de preferência nas nádegas. Sempre que
possível, as injeções devem ser aplicadas pela manhã, para
acompanhar o ritmo circadiano de produção endógena dos
corticosteroides.

Modo de quebrar a ampola:

Duração do tratamento

Na maioria dos casos são suficientes três injeções.

Uso em crianças

Fosfato Dissódico de Dexametasona + Cloridrato de Tiamina +
Cloridrato de Piridoxina + Cianocobalamina (substância ativa) não é
recomendado em crianças.

Uso em idosos

Os efeitos adversos comuns dos corticosteroides sistêmicos podem
estar associados a consequências mais graves em pacientes idosos,
especialmente osteoporose, hipertensão, hipopotassemia, diabetes,
susceptibilidade à infecção e adelgaçamento da espessura da
pele.

Pacientes idosos devem, portanto, utilizar a menor posologia
capaz de produzir os efeitos terapêuticos desejados, pelo menor
tempo possível.

Precauções do Vitatonus

Não se deve interromper abruptamente o uso de medicamentos
contendo dexametasona em pacientes sob tratamento há mais de três
semanas. Nos pacientes com anemia macrocítica, causada por
deficiência de fator intrínseco ou gastrectomia, o tratamento
também não deve ser interrompido bruscamente.

Após alcançar valores hemáticos normais, a dose de manutenção
deverá ser estabelecida individualmente, observando-se controle
contínuo através de hemograma. Nos casos com comprometimento do
sistema nervoso as doses iniciais poderão ser mantidas, mesmo após
normalização do quadro sanguíneo, até que se obtenha melhora do
estado neurológico.

Não se devem administrar vacinas a pessoas com a resposta
imunológica deprimida, uma vez que a resposta dos anticorpos a
outras vacinas pode se encontrar diminuída. A vacinação com vacinas
vivas, como varicela, é particularmente preocupante, uma vez que
esta doença, normalmente menor, pode ser fatal em doentes
imunodeprimidos.

Ao se confirmar o diagnóstico de varicela, são necessários
cuidados especializados e tratamento urgente. O tratamento com
corticosteroides não deve ser interrompido podendo, inclusive, ser
necessário o aumento da dose.

É necessária cautela e acompanhamento clínico do paciente quando
se considera a utilização de corticosteroides sistêmicos em
presença das seguintes situações: osteoporose (particularmente em
mulheres na pós-menopausa); problemas psiquiátricos; antecedentes
de tuberculose; glaucoma (ou antecedentes familiares de glaucoma);
miopatia prévia induzida por corticosteroides; insuficiência
hepática; epilepsia.

Pacientes que durante o tratamento sistêmico enfrentam situações
de estresse tais como traumatismos, cirurgias ou infecções e que
estão em risco de insuficiência suprarrenal devem receber uma dose
de dexametasona sistêmica adicional durante estes períodos. Isto
inclui pacientes que terminaram tratamento com dexametasona
sistêmica com a duração inferior a três semanas antes da situação
de estresse. Há relatos de neuropatia induzida pela vitamina B6
quando utilizada em doses diárias superiores a 50 mg durante uso
prolongado (6-12 meses); assim, recomenda-se monitoramento regular
em tratamentos de longa duração.

A cianocobalamina não deve ser usada em pacientes com Atrofia
Óptica Hereditária de Leber, uma vez que tem sido reportada uma
atrofia rápida do nervo ótico na administração a estes pacientes.
Pacientes com suspeita de estado carencial desta vitamina devem ser
submetidos a um diagnóstico preciso antes de serem submetidos a um
tratamento com este medicamento.

Doses superiores a 10 mcg/dia de cianocobalamina podem produzir
respostas hematológicas em pacientes com deficiência de folatos, ao
ponto de que o uso indiscriminado de cianocobalamina pode mascarar
um diagnóstico preciso. O uso de ácido fólico no tratamento de
anemia megaloblástica pode resultar numa recuperação hematológica,
mas pode mascarar uma deficiência contínua de vitamina B12 e
permitir o desenvolvimento ou progresso de uma lesão
neurológica.

Gravidez e lactação

Categoria de risco C.

Não são conhecidos riscos associados ao uso de vitaminas do
complexo B durante a gestação, nas doses recomendadas. Já os
corticosteroides têm se mostrado teratogênicos em muitas espécies
quando administrado em doses equivalentes à dose humana. Estudos
com administração de corticosteroides em fêmeas grávidas de
camundongos ratos e coelhos produziram um aumento da incidência de
fenda palatina nas crias. Não existem estudos adequados e
controlados em mulheres grávidas.

Dessa forma, os corticosteroides devem ser usados durante a
gravidez somente se o benefício potencial para a mãe justificar o
potencial risco para o feto. Bebês nascidos de mães que receberam
doses substanciais de corticosteroide durante a gravidez devem ser
cuidadosamente observados para sinais de hipoadrenalismo.

Lactação: as vitaminas B1, B6 e B12 são secretadas para o leite
materno, porém não são conhecidos riscos de superdose para a
criança. Em casos individuais, altas doses de vitamina B6
(superiores a 600 mg dia) podem inibir a produção de leite. O
fosfato de dexametasona é eliminado pelo leite materno e pode
provocar efeitos indesejados no lactente. Devido ao potencial de
reações adversas graves nos lactentes, deve-se decidir entre
interromper a amamentação ou suspender o tratamento, levando-se em
consideração a importância do medicamento para a mãe.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

As vitaminas do complexo B não influenciam a capacidade de
dirigir e operar máquinas. Os corticosteroides podem causar
alterações no humor (como euforia ou depressão) ou perturbações na
visão. Se o paciente for afetado por estes sintomas, deverá dirigir
e utilizar máquinas com cautela.

Este medicamento pode causar
doping.

Reações Adversas do Vitatonus

Em relação à frequência, as reações adversas são
classificadas de acordo com os seguintes parâmetros

  • Reação muito comum: gt; 1/10 (gt; 10%);
  • Reação comum: 1/100 e lt; 1/10 (gt; 1% e lt; 10%);
  • Reação incomum: 1/1.000 e lt; 1/100 (gt; 0,1% e lt; 1%);
  • Reação rara: 1/10.000 e lt; 1/1.000 (gt; 0,01% e lt;
    0,1%);
  • Reação muito rara: lt; 1/10.000 (lt; 0,01%);
  • Frequência não conhecida: não pode ser estimada a partir dos
    dados disponíveis.

A injeção de Fosfato Dissódico de Dexametasona + Cloridrato de
Tiamina + Cloridrato de Piridoxina + Cianocobalamina (substância
ativa) pode provocar dor e irritação no local de aplicação.

Dexametadona

Uso sistêmico

Muito comuns

Insônia, nervosismo, apetite aumentado, indigestão.

Comuns

Hirsutismo, diabetes mellitus, artralgia, catarata,
epistaxe.

Incomuns

Distensão abdominal, acne, amenorreia, supressão do crescimento
ósseo, síndrome de Cushing, delírio, euforia, alucinações,
hiperglicemia, hiperpigmentação, reações de hipersensibilidade,
pancreatite, convulsões, retenção de sódio e água, esofagite
ulcerativa e atrofia da pele.

Foram associadas ao tratamento de curto prazo com
corticosteroides as seguintes reações adversas

Hipersensibilidade, incluindo anafilaxia e reações alérgicas
cutâneas; ulceração gastroduodenal, com possíveis hemorragias.

Foram associadas ao tratamento prolongado com
corticosteroides as seguintes reações adversas

Endócrinas/metabólicas

Depressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, supressão do
crescimento no período de lactação, infância, e adolescência,
irregularidades menstruais e amenorreia. Fáscie cushingóide,
hirsutismo, aumento de peso, aumento de apetite e tolerância
diminuída dos hidratos de carbono com necessidade aumentada de
terapia antidiabética.

Balanço negativo das proteínas e cálcio.

Efeitos anti-inflamatórios/imunodepressores

Aumento da susceptibilidade às infecções e da sua gravidade, com
supressão dos sinais e sintomas clínicos, infecções oportunistas e
recorrência de tuberculose latente. Risco de desenvolvimento de
varicela grave com possível desfecho fatal.

Músculo-esqueléticas

Osteoporose, fraturas vertebrais e dos ossos longos,
osteonecrose avascular, ruptura de tendões e miopatia proximal.

Distúrbios no equilíbrio hidroeletrolítico

Retenção de sódio e água, edema, hipertensão, perda de potássio
e alcalose hipocalêmica.

Neuropsiquiátricas 

Nervosismo, euforia, distúrbios psíquicos, depressão, insônia e
agravamento da esquizofrenia. Aumento da pressão intracraniana com
papiloedema em crianças (pseudotumor cerebral), normalmente após a
interrupção. Agravamento da epilepsia.

Oftálmicas

Aumento da pressão intraocular, glaucoma, papiloedema, cataratas
posteriores subcapsulares, adelgaçamento da córnea e da
esclerótica, exacerbação de doenças oftálmicas virais ou
fúngicas.

Gastrintestinais

Dispepsia, ulceração péptica com perfuração e hemorragia,
pancreatite aguda e candidíase.

Dermatológicas

Cicatrização diminuída, atrofia da pele, feridas,
telangiectasia, estrias e acne.

Gerais

Leucocitose e tromboembolismo.

A inibição das suprarrenais e da hipófise é minimizada pela
administração dos corticosteroides em dose única, pela manhã,
ocasião em que ocorre o pico máximo de secreção endógena de
corticosteroide.

Vitaminas B1, B6 E B12

Distúrbios do sistema imunológico

Muito raras

Choque anafilático.

Frequência não conhecida

Reações de hipersensibilidade, tais como sudação, taquicardia e
reações cutâneas com prurido e urticária.

Distúrbios gastrintestinais

Frequência não conhecida

Distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e
dor abdominal.

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Frequência não conhecida

Casos individuais de acne ou eczema foram relatados após doses
parenterais elevadas de vitamina B12.

Distúrbios gerais e condições no local da
aplicação

Frequência não conhecida

Reações no local da injeção.

Observações

Existem relatos isolados de reações secundárias à administração
parenteral a longo prazo de tiamina e de cianocobalamina,
provavelmente devido a casos raros de hipersensibilidade. Em
pessoas com reconhecida hipersensibilidade à tiamina podem ocorrer
fenômenos alérgicos, caracterizados por eritema, prurido, náuseas,
vômitos e reação anafilática. Esses fenômenos são raros, parecendo
estar mais relacionados à administração endovenosa de tiamina
pura.

A administração de tiamina associada a outras vitaminas do
complexo B parece reduzir o risco dessas reações. A administração
de megadoses de piridoxina pode produzir certas síndromes
neuropáticas sensoriais; contudo, estudos histopatológicos não
demonstraram o relacionamento destas síndromes com degeneração
neuronal em nenhum grau. Com a suspensão do uso da piridoxina, a
função neuronal melhora gradativamente até a completa recuperação
do paciente.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia
e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Vitatonus

Com o fosfato de dexametasona

Rifampicina, rifabutina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína,
primidona e aminoglutetimida potenciam o metabolismo dos
corticosteroides e os efeitos terapêuticos podem ser reduzidos. Os
efeitos de agentes hipoglicemiantes (incluindo insulina),
antihipertensivos e diuréticos são antagonizados pelos
corticosteroides. O uso concomitante de diuréticos espoliadores de
potássio (como a acetazolamida, diuréticos de alça, diuréticos
tiazídicos ou carbenoxolona) e corticosteroides pode resultar em
hipopotassemia grave.

A eficácia dos anticoagulantes cumarínicos pode ser
potencializada pelo emprego concomitante com corticosteroides,
sendo necessário o acompanhamento rigoroso do tempo de protrombina,
de forma a evitar hemorragias espontâneas. A depuração renal dos
salicilatos é aumentada pelos corticosteroides e a interrupção do
tratamento com esteróides pode resultar em intoxicação por
salicilatos.

O uso concomitante de salicilatos e anti-inflamatórios pode
aumentar a ação ulcerogênica da dexametasona. Anticoncepcionais
orais podem inibir o metabolismo hepático do corticosteroide.

Com as vitaminas do complexo B

Existem relatos de que a tiamina pode aumentar o efeito de
bloqueadores neuromusculares, desconhecendo-se seu significado
clínico. A piridoxina reforça a descarboxilação periférica da
levodopa e reduz sua eficácia no tratamento da doença de Parkinson.
A administração concomitante de carbidopa com levodopa previne este
efeito. O cloridrato de piridoxina não deve ser administrado em
doses superiores a 5 mg por dia em pacientes sob tratamento com
levodopa unicamente.

A administração de 200 mg ao dia de cloridrato de piridoxina
durante um mês produz diminuição das concentrações séricas de
fenobarbital e de fenitoína em até 50%. Antagonistas da piridoxina
(isoniazida, ciclosserina, penicilamina, hidralazina) podem
diminuir a eficácia da vitamina B6. A administração da piridoxina
reduz os efeitos secundários neuronais decorrentes do uso destes
fármacos. A utilização prolongada de penicilamina pode causar
deficiência de vitamina B6.

A piridoxina pode diminuir as concentrações plasmáticas da
ciclosporina, quando administradas simultaneamente. A administração
concomitante de cloranfenicol e de vitamina B12 pode antagonizar a
resposta hematopoiética à vitamina. Diuréticos de alça podem
reduzir o nível sanguíneo da tiamina. 

Ação da Substância Vitatonus

Resultados de eficácia

Foi realizada uma avaliação da combinação das vitaminas B1, B6,
e B12 com fosfato de dexametasona no tratamento dos sinais e
sintomas de neuropatia inflamatória dos membros superiores e
inferiores, em um estudo clínico aberto com 61 pacientes de ambos
os sexos e diferentes etnias, com idade entre 18 e 65 anos. Os
pacientes foram submetidos a um período de tratamento de nove dias
com três doses do medicamento do estudo em intervalos de três dias,
junto com uma série de avaliações clínicas e laboratoriais, antes
da primeira dose do medicamento do estudo e em cada uma das
seguintes três visitas ao centro do estudo.

As avaliações de eficácia em cada visita do estudo incluíram uma
escala de dor de 100mm e questionários da condição global e da
satisfação realizadas pelo paciente e o médico investigador. As
avaliações de eficácia incluíram uma comparação de alterações aos
exames laboratoriais em cada visita, bem como a incidência,
severidade, duração e resultado de eventos adversos.

Foi incluído na pesquisa um total de sessenta e um pacientes.
Uma melhora clinicamente significativa foi observada em todas as
medidas de eficácia utilizadas, do pré-tratamento até as avaliações
de final de estudo. Não foram observadas alterações clinicamente
significativas nas avaliações clínicas realizadas durante o período
de tratamento.

Com base nos resultados desta pesquisa clínica, conclui-se que a
combinação de dexametasona com as vitaminas B é segura e eficaz no
tratamento dos sinais e sintomas de neuropatia inflamatória.

Características Farmacológicas

A dexametasona, presente no Fosfato Dissódico de Dexametasona +
Cloridrato de Tiamina + Cloridrato de Piridoxina + Cianocobalamina
(substância ativa) na forma de fosfato de dexametasona, é um
corticosteroide sintético com potente ação anti-inflamatória, capaz
de inibir tanto os fenômenos iniciais da inflamação (edema,
deposição de fibrina, dilatação capilar, migração dos leucócitos
para a área inflamada e atividade fagocítica), quanto os tardios
(proliferação capilar, proliferação fibroblástica, deposição de
colágeno e cicatrização). A ação antiinflamatória da dexametasona,
como a dos demais corticosteroides, parece fundamentar-se
principalmente em sua capacidade de inibir a mobilização de
neutrófilos e macrófagos para a área afetada.

Os corticosteroides inibem a síntese da enzima responsável pela
formação da fibrinolisina, substância que, por hidrolisar a fibrina
e outras proteínas, facilita a entrada de leucócitos na área de
inflamação. Os corticosteroides induzem a síntese de uma proteína
inibidora da fosfolipase A2, com consequente redução na liberação
de ácido araquidônico a partir de fosfolipídios. Em decorrência, há
diminuição na formação de prostaglandinas, leucotrienos e
tromboxane, substâncias importantes para a quimiotaxia e o processo
inflamatório.

A potência anti-inflamatória relativa da dexametasona é cerca de
25 vezes superior à da hidrocortisona. Sua meia-vida biológica é
longa, cerca de 36 a 72 horas, o que permite seu emprego em
intervalos de dois a três dias. Antagonizando as reações
inflamatórias, a dexametasona proporciona rápido alívio da dor em
processos de origem reumática ou traumática.

As vitaminas B1, B6, B12 têm uma importância fundamental no
metabolismo do sistema nervoso central e periférico, não só pelo
papel que cada uma delas desempenha individualmente, mas também
pelas ligações bioquímicas entre si, que justificam a sua
utilização em associação. O efeito da tiamina, piridoxina e
cianocobalamina na regeneração dos nervos tem sido estudado em
investigação animal, utilizando estas vitaminas tanto isoladamente
como em associação.

Após lesão nervosa induzida experimentalmente, a administração
de vitaminas do complexo B levou a uma recuperação funcional do
nervo e reinervação muscular. O efeito das três vitaminas (tiamina,
piridoxina e cianocobalamina) administradas em associação foi
superior ao efeito de cada uma delas administrada isoladamente. No
rato, após lesão nervosa induzida pelo frio, a administração das
vitaminas B1, B6 e B12 levou a uma melhoria significativa dos
processos de regeneração dos nervos lesados. Na neuropatia
diabética induzida pelo aloxano, estas vitaminas do complexo B
promoveram a regeneração dos nervos lesados.

O modelo de neuropatia induzida pela estreptozotocina demonstra
que a administração destas três vitaminas em associação impede a
deterioração das propriedades funcionais, tais como a velocidade de
condução do nervo.

Doses elevadas de vitaminas B1, B6 e B12 exercem efeito
antiálgico em casos de neuropatias dolorosas, além de favorecerem a
regeneração das fibras nervosas lesadas. Combinando a ação
anti-inflamatória da dexametasona com as ações neurorregeneradora e
antiálgica das vitaminas B1, B6 e B12, Fosfato Dissódico de
Dexametasona + Cloridrato de Tiamina + Cloridrato de Piridoxina +
Cianocobalamina (substância ativa) permite alívio rápido da
inflamação e da dor em processos reumáticos, traumáticos e
neuríticos. A lidocaína proporciona ação analgésica local, visando
diminuir a dor no local da aplicação.

Propriedades farmacocinéticas

Após administração intramuscular da dexametasona, o ínicio de
ação é rápido, sofrendo metabolismo hepático. A dexametasona se
liga às proteínas plasmáticas – principalmente albumina – na ordem
de 77%. Ocorre uma elevada captação de dexametasona pelo fígado,
rins e glândulas adrenais.

O metabolismo hepático é lento e a excreção ocorre
principalmente pela urina, na maior parte como esteroides não
conjugados. A meia-vida plasmática é de 3,5- 4,5h; porém, como os
efeitos ultrapassam as concentrações plasmáticas significativas, a
meia-vida plasmática é de pouca relevância, sendo melhor aplicável
o uso de meia-vida biológica. A meia-vida biológica da dexametasona
é de 36-54h, com um pico em 8h; desta forma, a dexametasona é
especialmente adequada àquelas condições nas quais é desejável ação
glicocorticoide contínua e a meia-vida de eliminação em presença de
função renal normal se situe entre 1,8-3,5h.

A absorção da cianocobalamina (vitamina B12) ocorre por meio de
dois mecanismos – formação de complexo vitamina B12/fator
intrínseco e difusão passiva na corrente sanguínea. Aproximadamente
90% da cobalamina no plasma liga-se às proteínas. A maior parte da
vitamina B12 não encontrada no plasma é armazenada no fígado. A
excreção se dá principalmente pelo trato biliar e a maior parte é
reabsorvida através da circulação enterohepática.

A absorção da tiamina (vitamina B1) ocorre nas células
epiteliais após fosforilação. Assumese que um mecanismo de
transporte esteja envolvido na passagem através da parede
intestinal.

Após absorção intestinal, a vitamina é transportada pelo trato
biliar para a circulação porta.

No fígado, a vitamina é fosforilada em pirofosfato e trifosfato
de tiamina pela tiaminaquinase. A vitamina B1 é excretada com
meia-vida de uma hora para fase beta. Os principais produtos
excretados são: ácido carboxílico da tiamina, piramina, tiamina e
diversos metabólitos ainda não identificados (excreção renal). A
maior parte da tiamina inalterada é excretada por via renal no
período de 4 a 6h após administração.

Aproximadamente 80% do fosfato de piridoxina liga-se às
proteínas. A vitamina B6 passa para o líquido cefalorraquidiano; é
excretada no leite materno e atravessa a placenta. O principal
produto de excreção é o ácido 4-piridóxico e a quantidade
relaciona-se com a dose de vitamina administrada.

Não é esperado que a administração combinada das vitaminas B1,
B6 e B12 acarretem um efeito negativo sobre as farmacocinéticas
individuais das vitaminas. Além disso, não foram relatadas
interações farmacocinéticas entre as três vitaminas e a
dexametasona.

Vitatonus, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.