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Valpakine Comprimido

Generalizadas primárias

Pequeno mal, grande mal, epilepsias mioclônicas.

Generalizadas secundárias

West (síndrome epilética), Lennox-Gastaut.

Parciais

De sintomatologia simples e/ou complexa (formas
psicossensoriais, psicomotoras), bem como as epilepsias parciais
benignas.

Formas mistas

Valpakine também é indicado nos distúrbios do comportamento
ligados à epilepsia, no tratamento das convulsões febris na
infância, em casos de alto risco e que já tenham apresentado
convulsões.

Como o Valpakine Comprimido funciona?


Valpakine é um medicamento que possui em sua fórmula o valproato
de sódio, substância que atua na eliminação dos sintomas da
epilepsia.

Contraindicação do Valpakine Comprimido

Valpakine não deve ser utilizado caso você seja alérgico ao
valproato de sódio.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes
com:

  • Hepatite (inflamação do fígado) aguda ou crônica;
  • Antecedente pessoal ou familiar de hepatite severa (inflamação
    do fígado), especialmente medicamentosa;
  • Doença rara chamada porfiria hepática;
  • Doença mitocondrial causada por mutações no gene nuclear que
    codifica a enzima mitocondrial polimerase γ (POLG, por exemplo,
    síndrome Alpers Huttenlocher) e em crianças menores de dois anos de
    idade com suspeita de ter um distúrbio relacionado com POLG;
  • Distúrbio conhecido do ciclo da ureia (ciclo de reações das
    enzimas do organismo).

Como usar o Valpakine Comprimido

Valpakine deve ser ingerido preferencialmente durante ou logo
após as refeições para reduzir as chances de
ocorrer náusea.

Você deve tomar os comprimidos de Valpakine com líquido,
por via oral.

Posologia do Valpakine Comprimido


A posologia diária deve ser ajustada de acordo com a idade e
peso corporal. A correlação entre a dose diária, concentração no
sangue e eficácia não foi totalmente estabelecida e a dose ideal
deve ser baseada principalmente na resposta clínica.

A dose diária deve ser dividida em 2 ou mais vezes, de
preferência durante as refeições:

Uso em adolescentes e adultos

Valpakine 500 mg: a dose diária é de 20 a 30 mg/kg.

Início do tratamento com Valpakine

No início do tratamento você receberá uma dose pequena. Isso
porque alguns pacientes necessitam de doses menores de Valpakine
que outros pacientes para controlar suas convulsões. Seu médico
aumentará a dose até que sua condição esteja controlada e a dose
ótima seja obtida em aproximadamente uma semana.

Caso você já esteja em tratamento com outros antiepilépticos,
seu médico irá orientá-lo a iniciar progressivamente o uso de
Valpakine de modo a atingir a dose ótima em aproximadamente duas
semanas. A seguir, reduzir as terapêuticas associadas de acordo com
o controle obtido.

Em se tratando de paciente que não esteja tomando outro
antiepiléptico à ascensão da posologia deverá ser feita por
aumentos sucessivos a cada 2 ou 3 dias de maneira a obter a dose
ótima em aproximadamente uma semana.

Importante:

não interrompa o tratamento com Valpakine sem primeiro conversar
com o seu médico, mesmo se você estiver se sentindo melhor, uma vez
que a interrupção repentina pode ocasionar a volta das convulsões.
Não há estudos dos efeitos de Valpakine administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral
conforme recomendado pelo médico.

Populações especiais

Em pacientes com insuficiência renal, seu médico poderá
prescrever uma dose menor de Valpakine.

Crianças e adolescentes do sexo feminino mulheres em
idade fértil e gestantes

Valpakine deve ser iniciado e supervisionado por um médico com
experiência no tratamento de epilepsia. O tratamento só deve ser
iniciado se outros tratamentos forem ineficazes ou não tolerados e
os benefícios e riscos devem ser cuidadosamente reconsiderados nas
consultas de acompanhamento do tratamento. Preferencialmente,
Valpakine deve ser prescrito em monoterapia e na dose eficaz mais
baixa, se possível, com a formulação de liberação prolongada. A
dose diária deve ser dividida em pelo menos duas doses únicas
durante a gravidez.

Medicamentos contendo estrógeno

O valproato não reduz a eficácia dos contraceptivos hormonais.
No entanto, os medicamentos contendo estrógeno, incluindo os
contraceptivos hormonais que contenham estrógeno, podem resultar na
diminuição da concentração no sangue do valproato e potencialmente
na diminuição da eficácia do valproato.

Os médicos prescritores devem monitorar a resposta clínica
(controle de convulsões ou controle de humor) ao iniciar ou
descontinuar medicamentos contendo estrógeno.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Valpakine Comprimido?


Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que
possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo
determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas
doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Valpakine Comprimido

Antes do início e durante os primeiros 6 meses de tratamento, o
acompanhamento da função do fígado deverá ser feito periodicamente,
principalmente em pacientes com risco. Deve-se assinalar que, como
ocorre com a maior parte dos antiepiléticos, pode surgir no início
do tratamento uma leve elevação, isolada e transitória das enzimas
hepáticas, sem sinais clínicos. Nesse caso, recomenda-se realizar
uma avaliação mais completa.

Aconselha-se efetuar exame de sangue (contagem de células
sanguíneas, inclusive plaquetas, tempo de sangramento e tempo de
coagulação) antes de iniciar o tratamento, antes de qualquer
cirurgia e na ocorrência de hematoma ou sangramento espontâneo.

Antes de iniciar o tratamento com Valpakine verifique
com seu médico caso você:

  • Tenha uma doença chamada lúpus (lúpus eritematoso
    sistêmico);
  • Você apresente deficiência enzimática no ciclo da ureia,
    levando ao risco de hiperamonemia (excesso de amônia no organismo)
    com valproato.

Seu médico irá orientá-lo sobre o risco de ganho de peso no
início da terapia, já que ganho de peso é um fator de risco para
síndrome do ovário policístico e estratégias apropriadas devem ser
adotadas para minimizar esse risco.

Alterações no ciclo menstrual também devem ser monitoradas.

Se você tiver deficiência basal de carnitina palmitoil
transferase (CPT) tipo II seu médico deve adverti-lo sobre o risco
maior de rabdomiólise (lesão muscular que pode levar a
insuficiência renal aguda) quando estiverem em tratamento com
Valpakine.

Pacientes com problema nos rins

Caso você apresente algum problema nos rins o médico poderá
prescrever uma dose menor de Valpakine.

Precaução especial: Consulte seu médico antes de tomar
Valpakine caso você seja portador do vírus HIV (AIDS).

Advertências do Valpakine Comprimido


Lesões severas no fígado

Condições de ocorrência

Lesões severas no fígado foram excepcionalmente relatadas. A
experiência demonstra que, especialmente em casos de terapia
anticonvulsivante múltipla, neonatos e crianças com menos de 3 anos
de idade com epilepsia grave, principalmente epilepsia associada a
lesões cerebrais, retardo mental e/ou doença metabólica congênita
ou degenerativa, possuem maior risco de lesões hepáticas severas. A
partir de 3 anos de idade, a incidência diminui de forma
significativa, progressivamente com a idade. Na grande maioria dos
casos, esses comprometimentos hepáticos foram observados durante os
6 primeiros meses de tratamento.

Sinais sugestivos

O diagnóstico precoce de dano hepático ou pancreático baseia-se
principalmente nos sintomas clínicos.

Particularmente convém considerar (especialmente nos
pacientes que apresentam risco), dois tipos de manifestações que
podem preceder a icterícia (pele amarelada):

  • Sintomas não específicos, geralmente de aparecimento súbito,
    como astenia (fraqueza), anorexia (redução ou perda de apetite),
    letargia (torpor ou entorpecimento), sonolência, são geralmente
    acompanhados de vômitos repetidos e dores abdominais;
  • Em pacientes com epilepsia, recorrência de crises
    epilépticas.

Caso você apresente esses sintomas procure o médico
imediatamente para que ele possa fazer além do exame clínico, a
execução imediata de uma avaliação laboratorial da função do seu
fígado.

Detecção

Antes do início e durante os primeiros 6 meses de tratamento, o
acompanhamento da função do fígado deverá ser feito
periodicamente.

Inflamação no pâncreas

Inflamação severa do pâncreas foi raramente reportada. As
crianças possuem um risco particular que diminui com o aumento da
idade. Crises epilépticas severas, problemas neurológicos ou
terapia anticonvulsivante podem ser fatores de risco. Disfunções
hepáticas com pancreatite aumentam o risco de consequências
fatais.

Caso você apresente dor abdominal aguda você deve procurar
imediatamente avaliação médica. Em caso de pancreatite
diagnosticada, Valpakine deve ser descontinuado.

Medicamentos contendo estrógeno

O valproato não reduz a eficácia dos contraceptivos hormonais.
No entanto, os medicamentos contendo estrógeno, incluindo os
contraceptivos hormonais que contenham estrógeno, podem resultar na
diminuição da concentração no sangue do valproato e potencialmente
na diminuição da eficácia do valproato. Os médicos prescritores
devem monitorar a resposta clínica (controle de convulsões ou
controle de humor) ao iniciar ou descontinuar medicamentos contendo
estrógeno.

O médico deve garantir que o paciente tenha recebido informações
completas sobre os riscos.

Especificamente, o médico deve garantir que a paciente
compreenda:

  • A natureza e a magnitude dos riscos da exposição durante a
    gravidez, em particular os riscos teratogênicos e os riscos de
    distúrbios do desenvolvimento;
  • A necessidade de utilizar métodos contraceptivos eficazes;
  • A necessidade de reavaliação periódica do tratamento;
  • A necessidade de consultar imediatamente o médico caso esteja
    pensando em engravidar ou se houver uma possibilidade de
    gravidez.

Em mulheres que planejam engravidar todos os esforços devem ser
feitos para mudar para um tratamento alternativo adequado antes da
concepção, se possível. A terapia com valproato somente deverá
ser continuada depois de uma reavaliação dos benefícios e riscos do
tratamento com valproato para o paciente por um médico com
experiência no controle da epilepsia.

Comportamentos e intenções suicidas

Os pacientes que apresentam sinais de comportamentos ou
intenções suicidas devem ser monitorados, e tratamento apropriado
deve ser considerado. Os pacientes (e seus responsáveis) devem
procurar orientação médica imediatamente caso surjam sinais de
comportamentos ou intenções suicidas.

Agentes carbapenêmicos (uma classe de antibióticos de
uso hospitalar)

O uso concomitante de valproato de sódio e agentes
carbapenêmicos não é recomendado.

Pacientes com doença mitocondrial conhecida ou
suspeita

O valproato pode desencadear ou agravar sinais clínicos de
doenças mitocondriais subjacentes causadas por mutações do DNA
mitocondrial, bem como o gene nuclear codificado POLG. Em
particular, insuficiência hepática aguda e as mortes relacionadas
com o fígado têm sido associados ao tratamento com valproato numa
taxa mais elevada em pacientes com síndromes neurometabólicas
hereditárias causadas por mutações no gene da enzima mitocondrial
polimerase γ (POLG; por exemplo, Síndrome de
Alpers-Huttenlocher).

Distúrbios relacionados ao POLG devem ser investigados em
pacientes com histórico familiar ou sintomas sugestivos deste
distúrbio, incluindo, mas não limitado a encefalopatia sem
explicação, epilepsia refratária (focal, mioclônica), estado
epiléptico, atrasos de desenvolvimento, regressão psicomotora,
neuropatia axonal sensitivo-motora, ataxia cerebelar (miopatia),
oftalmoplegia, ou enxaqueca complicada com aura occipital. Teste de
mutação POLG deve ser realizado de acordo com a prática clínica
atual para a avaliação diagnóstica de tais distúrbios.

Agravamento das convulsões

Assim como ocorre com outros medicamentos antiepilépticos,
alguns pacientes podem apresentar, em vez de uma melhora, um
agravamento reversível da frequência e da severidade das convulsões
(incluindo o estado epiléptico), ou o aparecimento de novos tipos
de convulsões com uso de valproato. No caso de agravamento das
convulsões, você deve consultar imediatamente o seu médico.

Reações Adversas do Valpakine Comprimido

Informe seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis
com o uso de Valpakine.

As frequências das reações adversas estão listadas a
seguir de acordo com a seguinte convenção:

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação desconhecida (não pode ser estimada pelos dados
    disponíveis).

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Comum

Anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue),
trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue).

Incomum

Pancitopenia (diminuição global de elementos celulares no sangue
– glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas), leucopenia (diminuição
do número de glóbulos brancos no sangue).

Rara

Deficiência na medula óssea, incluindo aplasia (falta de
desenvolvimento) pura de glóbulos vermelhos, agranulocitose
(diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue
como basófilos, eosinófilos e neutrófilos), anemia
macrocítica (diminuição da quantidade e aumento do tamanho dos
glóbulos vermelhos), macrocitose (aumento no tamanho dos glóbulos
vermelhos).

Investigações

Rara

Redução dos fatores de coagulação (pelo menos um), testes
anormais de coagulação (como aumento do tempo da protrombina,
aumento do tempo da tromboplastina parcial, aumento no tempo da
trombina, aumento do INR), deficiência
de biotina/deficiência de biotinidase (biotina é uma vitamina
do complexo B).

Distúrbios do sistema nervoso 

Muito comum

Tremor.

Comum

Distúrbios extrapiramidais (relacionados à coordenação e
controle dos movimentos), torpor* (sensibilidade reduzida),
sonolência, convulsão* (contrações súbitas e involuntárias dos
músculos secundárias a descargas elétricas cerebrais),
comprometimento da memória, dor de cabeça, nistagmo (movimento
involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular).

Incomum

Coma* (estado mórbido de sonolência profunda ou de
inconsciência), encefalopatia* (disfunção do sistema nervoso
central), letargia* (sonolência), parkinsonismo reversível, ataxia
(falta de coordenação dos movimentos), parestesia (sensação
anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele e
sem motivo aparente),agravamento das convulsões.

Rara

Demência reversível associada à atrofia cerebral reversível,
distúrbios cognitivos (alterações de conhecimento).

*Torpor e letargia (sonolência) podendo levar ao coma
transitório (encefalopatia).

Distúrbios oculares

Desconhecida

Diplopia (visão dupla).

Distúrbios do labirinto e audição 

Comum

Surdez.

Distúrbios respiratórios, torácicos e
mediastinais

Incomum

Derrame pleural (acúmulo de líquido na pleura).

Distúrbios gastrintestinais (do estômago e do
intestino)

Muito comum

Náusea (enjoo).

Comum

Vômito, distúrbio da gengiva (principalmente hiperplasia
gengival), estomatite, dor na parte superior do abdome e diarreia
ocorrem frequentemente em alguns pacientes no início do tratamento,
mas desaparecem em geral, em alguns dias, mesmo
sem interrupção do tratamento.

Incomum

Pancreatite (inflamação no pâncreas), algumas vezes letal.

Distúrbios renais e urinários

Incomum

Insuficiência renal.

Rara

Enurese (incontinência urinária), nefrite tubulointersticial,
(inflamação do rim), Síndrome de Fancioni (distúrbio raro da função
excretora renal) reversível, mas o mecanismo de ação não é
conhecido.

Distúrbios da pele e tecidos
subcutâneos 

Comum

Hipersensibilidade (reações alérgicas), alopecia (queda de
cabelo) transitória e/ou dose relacionada, alterações no leito
ungueal (parte abaixo das unhas) e unhas.

Incomum

Angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas,
geralmente de origem alérgica), rash (erupção cutânea),
distúrbio capilar (tais como textura capilar anormal,
alteração na cor do cabelo, crescimento anormal do cabelo).

Rara

Necrólise epidérmica tóxica (doença grave na pele),
síndrome de Stevens-Johnson (doença grave na pele), eritema
multiforme (reação imunológica das mucosas e da pele), síndrome
DRESS (síndrome relacionada ao medicamento caracterizada por
sintomas cutâneos e sistêmicos).

Distúrbios músculoesqueléticos e do tecido
conjuntivo

Incomum

Diminuição da densidade óssea podendo levar a osteopenia ou
osteoporose e fraturas em pacientes com terapia prolongada com
Valpakine. O mecanismo pelo qual o valproato afeta o metabolismo
ósseo não está elucidado.

Rara

Lúpus sistêmico eritematoso (doença multissistêmica autoimune),
rabdomiólise [lesão muscular que pode levar a insuficiência
renal aguda (redução da função dos rins)].

Distúrbios endócrinos (conjunto de glândulas que
produzem hormônios)

Incomum

Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH (hormônio antidiurético
que promove reabsorção de água no rim) – SIADH, hiperandrogenismo
[hirsutismo (crescimento excessivo de pelos), virilismo
(aparecimento de características masculinas, como por
exemplo, pelo em mulheres nas áreas características de
distribuição masculina), acne, alopecia (perda de cabelos e pelos)
com padrão masculino e/ou aumento de andrógeno].

Rara

Hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônio pela glândula
tireóide).

Distúrbios do metabolismo e nutrição

Comum

Hiponatremia (desequilíbrio na concentração de sódio), ganho de
peso. O aumento de peso deve ser cuidadosamente monitorado uma vez
que é um fator de risco para a síndrome de ovário policístico).

Rara

Hiperamonemia (aumento dos níveis de amônia no sangue),
obesidade.

Neoplasmas (tumores) benignos, malignos e inespecíficos
(incluindo cistos e pólipos)

Rara

Síndrome mielodisplástica (grupo de doenças que apresentam
redução de uma ou mais linhagens de células do sangue).

Distúrbios vasculares

Comum

Hemorragia (perda de sangue).

Incomum

Vasculite (inflamação nos vasos sanguíneos).

Distúrbios gerais

Incomum

Hipotermia (baixa da temperatura corporal), edema (inchaço)
periférico não severo.

Distúrbios do fígado

Comum

Lesão do fígado.

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário

Comum

Dismenorreia (cólica menstrual).

Incomum

Amenorreia (ausência de menstruação).

Rara

Infertilidade masculina, ovários policísticos.

Distúrbios psiquiátricos

Comum

Estado confusional, alucinação, agressividade*, agitação*,
distúrbio de atenção*.

Rara

Comportamento anormal*, hiperatividade psicomotora*, distúrbio
de aprendizagem*.

*Estas reações adversas são principalmente observadas na
população pediátrica.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Valpakine Comprimido

Crianças e adolescentes do sexo feminino, mulheres em
idade fértil e gestantes

Valpakine não deve ser utilizado em crianças e adolescentes do
sexo feminino em mulheres em idade fértil e gestantes a menos que
tratamentos alternativos tenham sido ineficazes ou não tolerados,
em razão de seu potencial teratogênico alto (que causa malformação
congênita) e risco de distúrbios do desenvolvimento em crianças
expostas ao valproato no útero. O benefício e risco devem ser
cuidadosamente reconsiderados nas consultas de acompanhamento do
tratamento, na puberdade e, com urgência, quando uma mulher em
idade fértil tratada com Valpakine planejar uma gravidez ou caso
fique grávida.

As mulheres em idade fértil devem utilizar um método
contraceptivo eficaz durante o tratamento e serem informadas sobre
os riscos associados com o uso de Valpakine durante a gravidez.

Gravidez e amamentação

Risco ligado às crises epiléticas:

Durante a gravidez, convulsões tônico-clônicas (contrações com
movimentos musculares involuntários) e estado epiléptico com
hipóxia (baixa concentração de oxigênio), são um potencial de risco
de morte da mãe ou do bebê.

Riscos ligados ao valproato de sódio:

Estudos em animais demonstraram efeito teratogênico (malformação
do feto).

Malformações congênitas:

Em humanos: Dados disponíveis sugerem um aumento na incidência
de malformações no feto, incluindo, em particular, defeitos do tubo
neural, defeitos crânio-faciais, malformação dos membros,
malformação cardiovascular, hipospadia (malformação no canal
urinário) e múltiplas anomalias envolvendo vários sistemas
corporais em descendentes de mães com epilepsia tratadas com
valproato, quando comparadas à incidência para outras drogas
antiepilépticas. Dados de meta-análise (incluindo registros e
estudos cohort) têm mostrado uma incidência de malformação
congênita em descendentes de mães epiléticas expostas à monoterapia
com valproato durante a gravidez de 10,73% (95% CI: 8,16 – 13,29).
Este risco de malformações maiores é maior do que para a população
geral, para os quais o risco é de cerca de 2-3%. O risco é
dependente da dose, mas uma dose limiar menor, que não ofereça
risco, não pode ser estabelecida.

Transtornos de desenvolvimento:

Os dados mostraram que a exposição ao valproato no útero pode
ter efeitos adversos sobre o desenvolvimento mental e físico das
crianças expostas. O risco parece ser dependente da dose, mas uma
dose limiar menor, que não ofereça risco, não pode ser estabelecida
com base nos dados disponíveis. O período gestacional exato de
risco para estes efeitos é incerto e a possibilidade de um risco ao
longo de toda a gravidez não pode ser excluída.

Estudos em crianças com idade pré-escolar expostas ao valproato
no útero mostram que até 30-40% apresentaram atrasos no início do
desenvolvimento, tais como falar e andar mais tarde, habilidades
intelectuais mais baixas, competência linguística pobre (falar e
entender) e problemas de memória.

O quociente de inteligência (QI) medido em crianças em idade
escolar (de 6 anos), com uma história de exposição ao valproato no
útero foi em média de 7-10 pontos mais baixo do que as crianças
expostas a outros antiepilépticos. Embora a função dos fatores de
confusão não possa ser excluída, existem evidências em crianças
expostas ao valproato de que o risco de comprometimento intelectual
pode ser independente do QI materno.

Há dados limitados sobre os resultados a longo prazo.

Há dados que mostram que crianças expostas ao valproato no útero
estão em maior risco de transtorno do espectro autista (estimado
risco maior de 3 a 5 vezes), incluindo autismo infantil.

Dados limitados sugerem que as crianças expostas ao valproato no
útero podem ser mais propensas a desenvolver sintomas de déficit de
atenção / hiperatividade (TDAH).

Tanto monoterapia (tratamento com um único medicamento) como a
politerapia (tratamento com mais de um medicamento) com o valproato
são associadas à gravidez anormal. Dados disponíveis sugerem que a
politerapia antiepilética incluindo valproato é associada a um
maior risco de resultar em uma gravidez anormal que a monoterapia
com valproato.

Em vista dos dados relativos à gravidez, as seguintes
recomendações devem ser consideradas:

Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez e em
mulheres em idade fértil, a menos que seja estritamente necessário
(ex.: situações onde outros tratamentos são ineficazes ou não
tolerados). Esta avaliação deve ser realizada antes da primeira
prescrição de Valpakine, ou quando uma mulher em idade fértil sob
tratamento com Valpakine planeja engravidar. Mulheres em idade
fértil devem utilizar medidas contraceptivas eficazes durante o
tratamento.

O valproato não reduz a eficácia dos contraceptivos hormonais.
No entanto, os medicamentos contendo estrógeno, incluindo os
contraceptivos hormonais que contenham estrógeno, podem resultar na
diminuição da concentração no sangue do valproato e potencialmente
na diminuição da eficácia do valproato. Os médicos prescritores
devem monitorar a resposta clínica (controle de convulsões ou
controle de humor) ao iniciar ou descontinuar medicamentos contendo
estrógeno. Mulheres em idade fértil devem ser informadas sobre os
riscos e benefícios do tratamento com valproato durante a
gravidez.

Em uma mulher epiléptica em tratamento com valproato de sódio, a
ocorrência de gravidez deve levar em conta a relação
risco-benefício.

Se a gravidez é programada, ou se a mulher engravidar durante o
tratamento, o uso de valproato de sódio deve ser reavaliado
qualquer que seja sua indicação.

Em epilepsia, a terapia com valproato não deve ser descontinuada
sem a reavaliação dos riscos-benefícios. Se, após cuidadosa
avaliação dos riscos e benefícios, o tratamento não for
interrompido durante a gravidez, convém administrar a dose diária
mínima eficaz dividida em diversas tomadas. O uso de uma formulação
de liberação prolongada é mais indicado. Adicionalmente, se
necessário, deve-se administrar suplemento de folato antes da
gravidez e na dose pertinente (5 mg/dia) para diminuir o risco de
anomalias do tubo neural. Entretanto, a evidência disponível não
sugere que isto previna os defeitos congênitos ou malformações
devido à exposição ao valproato.

Um acompanhamento pré-natal especializado deve ser instituído
para registrar o eventual aparecimento de anomalias do tubo neural
ou outras malformações.

Risco no neonato:

Casos excepcionais de síndrome hemorrágica foram relatados em
neonatos cujas mães utilizaram valproato de sódio durante a
gravidez. Essa síndrome hemorrágica está relacionada com
hipofibrinogenemia e afribinogenemia (alterações de uma proteína,
fibrinogênio, envolvida na coagulação do sangue) e pode ser fatal.
Essas hipofibrinogenemias possivelmente estão associadas com a
diminuição de fatores de coagulação. O médico deve fazer uma
investigação em neonatos. Então, deve-se investigar a contagem de
plaquetas, níveis de fibrinogênio plasmático, testes de coagulação
e os fatores de coagulação em neonatos.

Foram reportados casos de hipoglicemia em neonatos cujas mães
utilizaram valproato durante o terceiro trimestre da gravidez.

Casos de hipotireoidismo foram reportados em neonatos cujas mães
utilizaram o valproato durante a gravidez.

Síndrome de abstinência [tais como, em particular, agitação,
irritabilidade, hiperexcitabilidade, nervosismo, hipercinesia
(presença de movimentos excessivos, intensos), distúrbios de
tonicidade, tremor, convulsão e distúrbios nutricionais] pode
ocorrer em neonatos cujas mães estavam em tratamento com valproato
durante o último trimestre da gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Fertilidade

Amenorreia, ovários policísticos e aumento dos níveis de
testosterona têm sido relatados em mulheres que usam valproato.
Administração de valproato também pode comprometer a fertilidade em
homens. Relatos de casos indicam que as disfunções da fertilidade
são reversíveis após a descontinuação do tratamento.

A excreção do valproato no leite materno é pequena, atingindo
concentrações de 1 a 10% do nível sérico.

Com base na literatura e na experiência clínica, a amamentação
pode ser considerada, levando-se em conta o perfil de segurança de
Valpakine, especialmente os distúrbios hematológicos.

Crianças

Nas crianças com menos de 3 anos aconselha-se utilizar Valpakine
em monoterapia. Antes do início do tratamento, o médico avaliará o
benefício terapêutico em relação ao risco de danos no fígado ou
inflamação no pâncreas nos pacientes dessa idade.

O uso concomitante de salicilatos deve ser evitado em crianças
com menos de 3 anos de idade devido ao risco de toxicidade no
fígado.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Os pacientes que sofrem de epilepsia não devem dirigir veículos
ou operar máquinas perigosas. Para Valpakine essas recomendações
são reforçadas, pois alguns pacientes podem apresentar confusão
mental ou aumento das crises convulsivas. Informe seu médico caso
você faça parte deste grupo de risco.

Composição do Valpakine Comprimido

Apresentação

Comprimidos revestidos 500 mg:

Embalagem com 40 comprimidos.

Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de
idade.

Uso oral.

Composição

Cada comprimido revestido contém

500 mg de valproato de sódio.

Excipientes:

silicato de cálcio, povidona k30, talco, estearato de magnésio,
hipromelose, macrogol, ácido cítrico anidro, dióxido de titânio,
eudragit, citrato de trietila, polissorbato 80, dimeticona.

Superdosagem do Valpakine Comprimido

Os seguintes efeitos podem ocorrer:

Coma, com hipotonia muscular (músculos fracos), hiporreflexia
(reflexos lentos), miose (diminuição do tamanho da pupila),
problemas respiratórios e problemas de metabolismo, hipotensão
(pressão baixa) e colapso/choque circulatório. Também foram
reportados crises epiléticas e casos de hipertensão intracraniana
relacionados a edema cerebral.

A presença de sódio nas formulações de valproato pode levar a
hipernatremia (excesso de sódio no sangue) quando administrados em
superdose.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Valpakine
Comprimido

Associações que necessitam precauções de
uso

Interações com medicamentos

Neurolépticos; inibidores da MAO; antidepressivos e
benzodiazepínicos:

O valproato de sódio pode potencializar a ação de outros
psicotrópicos como os neurolépticos, inibidores da MAO,
antidepressivos e benzodiazepínicos.

Lítio:

Valpakine não apresenta efeito sobre os níveis séricos de
lítio.

Fenobarbital:

Valpakine aumenta as concentrações plasmáticas de fenobarbital,
com aparecimento de sedação, particularmente em crianças.

Primidona:

Valpakine aumenta os níveis plasmáticos da primidona, com
acentuação dos seus efeitos indesejáveis (como sedação). Após uso
prolongado, esses efeitos cessam.

Fenitoína:

Valpakine diminui a concentração plasmática total da fenitoína.
Além disso, o valproato de sódio aumenta a concentração da forma
livre de fenitoína, podendo produzir sinais de superdosagem.

Carbamazepina:

Foi relatada toxicidade clínica após administração de valproato
de sódio em conjunto com carbamazepina. O valproato pode
potencializar o efeito tóxico da carbamazepina.

Etosuximida:

Aumento da concentração plasmática de etosuximida. Recomenda-se
monitorização da concentração plasmática da etosuximida durante
terapia combinada com valproato.

Nimodipina:

O tratamento concomitante de nimodipino com ácido valproico pode
aumentar a concentração plasmática de nimodipino em 50%.

Lamotrigina:

Valpakine reduz o metabolismo da lamotrigina e aumenta sua
meia-vida em quase duas vezes. Esta interação pode levar ao aumento
da toxicidade da lamotrigina, particularmente em relação ao
rash cutâneo.

Zidovudina:

O valproato pode aumentar a concentração plasmática de
zidovudina levando a um aumento de sua toxicidade.

Felbamato:

O ácido valproico pode diminuir o clearance médio de
felbamato em até 16%.

Olanzapina:

O ácido valproico pode diminuir a concentração plasmática da
olanzapina.

Rufinamida:

O ácido valproico pode levar a um aumento no nível plasmático da
rufinamida. Este aumento depende da concentração do ácido
valproico. Deve-se ter cuidado, em particular nas crianças, já que
este efeito é maior nesta população.

Propofol:

O ácido valproico pode levar a um aumento do nível sanguíneo de
propofol. Quando coadministrado com valproato, deve ser considerada
a redução da dose de propofol.

A monitorização clínica é recomendável e o ajuste de dose deve
ser realizado sempre que necessário.

Efeito dos outros antiepilépticos sobre o valproato de
sódio:

Os antiepilépticos com efeito indutor enzimático (incluindo
fenitoína, fenobarbital, carbamazepina) diminuem as concentrações
séricas do ácido valpróico. Em caso de terapia combinada, deve-se
ajustar as doses de acordo com a resposta clínica e níveis
sanguíneos.

A combinação de felbamato e valproato diminui o
clearance de ácido valproico entre 22 e 50% e,
consequentemente, aumenta sua concentração plasmática. Portanto, a
dose de valproato deve ser monitorizada.

O nível de metabólitos do ácido valproico pode aumentar em caso
de administração concomitante com fenitoína ou fenobarbital. Assim,
os pacientes tratados com esses dois medicamentos devem ser
cuidadosamente monitorados quanto aos sinais e sintomas de
hiperamonemia (excesso de amônia no organismo).

Mefloquina aumenta o metabolismo do ácido valproico e tem um
efeito convulsivo. Por isso, crises epiléticas podem ocorrer em
casos de terapia combinada.

Em caso de uso concomitante de valproato e agentes de alta
ligação proteica (ácido acetilsalicílico), pode ocorrer o aumento
dos níveis séricos de ácido valproico livre.

Monitorização da taxa de protrombina deve ser executada em caso
de uso concomitante de fator anticoagulante dependente de vitamina
K.

Em caso de uso concomitante com cimetidina ou eritromicina, os
níveis séricos de ácido valproico podem aumentar (como resultado da
redução do metabolismo hepático).

Clonazepam:

Existem alguns relatos de crises de ausência após uso
concomitante de clonazepam e valproato de sódio.

Carbapenêmicos (panipenem, meropenem, imipenem
etc.):

Diminuições nos níveis sanguíneos de ácido valproico foram
reportadas quando coadministrados com agentes carbapenêmicos,
algumas vezes associada às convulsões. Devido ao início rápido e à
extensão da diminuição, deve ser evitada administração concomitante
de agentes carbapenêmicos em pacientes estabilizados com ácido
valproico.

A rifampicina pode diminuir os níveis do ácido valproico no
sangue resultando em uma deficiência do efeito terapêutico.
Portanto, o ajuste da posologia de Valpakine pode ser necessário
quando coadministrado com rifampicina.

Os inibidores de protease:

Os inibidores de protease, tais como lopinavir, ritonavir,
diminuem o nível plasmático de valproato, quando
coadministrados.

Colestiramina:

A colestiramina pode levar a uma diminuição no nível plasmático
de valproato, quando coadministrados.

Medicamentos contendo estrógeno:

Os medicamentos contendo estrógeno, incluindo os anticonceptivos
hormonais que contenham estrógeno, podem resultar na diminuição da
concentração no sangue do valproato e potencialmente na diminuição
da eficácia do valproato. O valproato não reduz a eficácia de
agentes estroprogestativos em mulheres recebendo contraceptivos
hormonais.

Outras interações

Informe seu médico se você estiver em tratamento com topiramato
ou acetazolamida uma vez que o uso concomitante desse medicamento
com Valpakine está associado com encefalopatia e/ou
hiperamonemia.

Quetiapina:

A coadministração de valproato e quetiapina pode aumentar o
risco de neutropenia/leucopenia (diminuição do número de
neutrófilos no sangue/ redução dos glóbulos brancos no sangue).

Interações com substâncias químicas

Álcool:

O valproato de sódio pode potencializar os efeitos sedativos de
substâncias que afetam o Sistema Nervoso Central.

A ingestão de álcool não é recomendada durante o tratamento com
valproato de sódio.

Interações em testes laboratoriais e de
diagnóstico

Uma vez que o valproato é excretado principalmente através dos
rins, em parte, sob a forma de corpos cetônicos, o teste de
excreção de corpos cetonicos nos pacientes diabéticos pode gerar
resultados falsos positivos.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Interação Alimentícia do Valpakine Comprimido

Não deve ser ingerido com bebidas alcoólicas.

Ação da Substância Valpakine Comprimido

Resultados de eficácia

Os estudos descritos neste item foram conduzidos com divalproato
de sódio oral.

Resultados da eficácia na Epilepsia

Crises Parciais Complexas (CPC)

A eficácia do divalproato de sódio na redução da incidência de
crises parciais complexas (CPC) que ocorrem de forma isolada ou em
associação com outros tipos de crises foi estabelecida em dois
ensaios controlados usando divalproato de sódio comprimidos
revestidos.

Em um estudo multiclínico, placebo-controlado, empregado como
terapia adjuvante, 144 pacientes que continuaram a apresentar oito
ou mais CPCs durante oito semanas, por um período de oito semanas
de monoterapia com doses de fenitoína ou carbamazepina suficientes
para assegurar as concentrações plasmáticas no ‘intervalo
terapêutico’, foram randomizados para receber, em adição às suas
medicações antiepiléticas originais, divalproato de sódio ou
placebo.

Pacientes foram escolhidos ao acaso para prosseguir os estudos
por um total de 16 semanas. A Tabela 1 descreve os achados.

Tabela 1. Estudo de Terapia Adjuvante
— Incidência Média de CPC por 8 semanas

*Redução estatisticamente significativa no início maior para
divalproato de sódio do que em placebo no nível p ≤ 0,05.

A Figura 1 apresenta a proporção de pacientes (eixo X) cuja
porcentagem de redução das taxas de crises parciais complexas no
início foi pelo menos tão elevada quanto a indicada no eixo Y no
estudo de tratamento adjuvante. Uma redução percentual positiva
indica uma melhora (ou seja, redução na frequência das crises),
enquanto que uma redução percentual negativa indica uma piora.

Deste modo, em uma exposição deste tipo, a curva que demonstra
um tratamento efetivo é deslocada para a esquerda da curva do
placebo. O resultado demonstrou que a proporção de pacientes que
atingiram um determinado nível de melhoria com divalproato de sódio
foi consistentemente maior do que os pacientes que usaram placebo.
Por exemplo, 45% dos pacientes tratados com divalproato de sódio
tiveram uma redução na taxa de CPCs maior ou igual a 50%, comparado
a 23% de melhoria para os pacientes que usaram placebo.

Figura 1

O segundo estudo avaliou a capacidade do divalproato de sódio em
reduzir a incidência de CPCs como monoterapia antiepilética. O
estudo comparou a incidência de CPCs entre os pacientes
randomizados para receber altas ou baixas doses de tratamento. Os
pacientes foram selecionados para participarem dos estudos somente
se:

  • Apresentaram duas ou mais CPCs por quarto semanas, durante um
    período de oito a doze semanas de monoterapia com doses adequadas
    de antiepiléticos (fenitoína, carbamazepina, fenobarbital,
    primidona); 
  • E pacientes que passaram por uma transição de duas semanas bem
    sucedida para divalproato de sódio.

Os pacientes foram então submetidos à ingestão das doses
determinadas, com diminuição gradual da medicação antiepilética
concomitante, por um período de 22 semanas. Porém, menos de 50% dos
pacientes finalizaram os estudos. Nos pacientes convertidos à
monoterapia com divalproato de sódio, a média total das
concentrações de valproato durante a monoterapia foram de 71 e 123
mcg/ml para a dose baixa e dose alta, respectivamente. A Tabela 2
apresenta os achados para todos os pacientes randomizados que
passaram por pelo menos uma avaliação pós-randomização.

Tabela 2. Estudo Monoterápico — Incidência
Média de CPC em 8 semanas

*Redução estatisticamente significativa no início maior para a
dose alta do que para a dose baixa no nível p lt; 0,05.

A Figura 2 apresenta a proporção de pacientes (eixo X) cuja
porcentagem de redução nas taxas de crises parciais complexas no
início foi pelo menos tão elevada quanto a indicada no eixo Y do
estudo monoterápico. Uma redução percentual positiva indica uma
melhora (ou seja, redução na frequência das crises), enquanto que
uma redução percentual negativa indica uma piora. Deste modo, em
uma exposição deste tipo, a curva que demonstra um tratamento mais
efetivo é deslocada para a esquerda da curva que demonstra um
tratamento menos efetivo.

Os resultados mostraram que a redução na incidência de CPCs foi
significantemente maior quando administrada altas doses de
divalproato de sódio. Por exemplo, quando da alteração da
monoterapia de carbamazepina, fenitoína, fenobarbital ou primidona
para administração de doses elevadas de divalproato de sódio como
monoterapia, 63% dos pacientes sofreram nenhuma alteração ou uma
redução de taxas de epilepsia parcial complexa, em comparação com
54% dos pacientes que receberam doses mais baixas de divalproato de
sódio.

Figura 2


Características farmacológicas

Farmacodinâmica

O Ácido Valproico (substância ativa) se dissocia no íon
valproato no trato gastrointestinal. Seu mecanismo de ação ainda
não foi estabelecido, mas sua atividade parece estar relacionada
com o aumento dos níveis do ácido gama-aminobutírico (GABA) no
cérebro.

Farmacocinética

Absorção e biodisponibilidade

Doses orais equivalentes dos produtos divalproato de sódio
e cápsulas (Ácido Valproico (substância ativa)) liberam
quantidades equivalentes de íon valproato sistemicamente. Embora a
taxa de absorção do íon valproato possa variar de acordo com a
formulação administrada (líquida, sólida ou sprinkle), as condições
de uso (jejum ou pós-prandial) e métodos de administração (isto é,
se o conteúdo das cápsulas é espalhado nos alimentos ou se as
cápsulas são ingeridas intactas), estas diferenças poderão ter uma
menor importância clínica sob as condições do estado de equilíbrio
alcançado em uso crônico no tratamento da epilepsia. No entanto, é
possível que as diferenças entre os vários produtos de valproato no
Tmáx e Cmáx possam ser importantes no início
do tratamento. Por exemplo, em estudos de dose única, o efeito dos
alimentos tem uma maior influência na taxa de absorção do
comprimido (aumento em Tmáx de 4 para 8 horas) do que na
absorção de cápsulas sprinkle (aumento em Tmáx de 3,3
para 4,8 horas). Enquanto a taxa de absorção a partir do trato
gastrointestinal e a flutuação das concentrações plasmáticas de
valproato variam com o regime de dose e formulação, a eficácia do
valproato como anticonvulsivante em uso crônico não é afetada.

Experiências empregando regimes de doses de uma a quatro vezes
ao dia, assim como estudos em modelos de epilepsias em primatas
envolvendo taxas constantes de infusão, indicam que a
biodisponibilidade sistêmica diária total (extensão de absorção) é
o principal determinante do controle da convulsão e que as
diferenças nas taxas de pico-vale plasmático entre as formulações
de valproato não tem consequências conhecidas do ponto de vista
clínico. Não é conhecido se as taxas de absorção influenciam a
eficácia do valproato no tratamento da mania ou no tratamento da
enxaqueca. A coadministração de produtos contendo valproato com
alimentos e a substituição entre as várias formas farmacêuticas de
divalproato de sódio e Ácido Valproico (substância ativa)
provavelmente não causam problemas clínicos no manejo de pacientes
com epilepsia. No entanto, algumas mudanças na administração de
doses, na adição ou descontinuidade de medicamentos concomitantes,
devem ser habitualmente acompanhadas de uma rigorosa monitorização
do estado clínico e concentração plasmática do valproato.

Distribuição

Ligação às proteínas

A ligação do valproato a proteínas plasmáticas é dependente da
concentração e a fração livre aumenta de aproximadamente 10% com
concentração de 40 mcg/ml para 18,5% com concentração de 130
mcg/ml. A ligação proteica do valproato é reduzida em idosos, em
pacientes com doenças hepáticas crônicas, em pacientes com
insuficiência renal e na presença de outros medicamentos (por
exemplo, ácido acetilsalicílico). Por outro lado, o valproato pode
deslocar algumas drogas ligadas às proteínas (por exemplo:
fenitoína, carbamazepina, varfarina e tolbutamida).

Distribuição no SNC

As concentrações de valproato no fluido cerebroespinhal
aproximam-se das concentrações de valproato não ligado às proteínas
no plasma (aproximadamente 10% da concentração total).

Metabolismo

Valproato é metabolizado quase totalmente pelo fígado. Em
pacientes adultos sob o regime de monoterapia, 30-50% de uma dose
administrada aparece na urina como conjugado glucoronídeo.
Beta-oxidação mitocondrial é outra via metabólica importante,
contribuindo tipicamente com mais de 40% da dose. Usualmente, menos
de 15 a 20% da dose é eliminada por outros mecanismos oxidativos.
Menos de 3% de uma dose administrada é excretada de forma
inalterada pela urina. A relação entre dose e concentração total de
valproato não é linear, a concentração não aumenta
proporcionalmente com a dose, mas aumenta numa extensão menor,
devido às proteínas plasmáticas de ligação que se saturam. A
cinética do medicamento não ligado é linear.

Eliminação

A eliminação do divalproato de sódio e de seus metabólitos
ocorre principalmente na urina, em uma menor quantidade nas fezes e
no ar expirado. Uma pequena quantidade de medicamento não
metabolizado é excretado na urina. A média da depuração plasmática
e do volume de distribuição para o valproato total são de 0,56
L/h/1,73 m2 e 11 L/1,73 m2, respectivamente.
As médias da depuração plasmática e do volume de distribuição para
o valproato livre são de 4,6 L/h/1,73 m2 e 92 L/1,73
m2, respectivamente.

A meia vida terminal média para a monoterapia com valproato,
varia de 9 a 16 horas após a administração oral de 250 a 1000 mg.
As estimativas citadas aplicam-se principalmente a pacientes que
não estão recebendo medicamentos que afetam os sistemas de
metabolização de enzimas hepáticas. Por exemplo, pacientes tomando
medicamentos antiepilépticos indutores de enzimas (carbamazepina,
fenitoína e fenobarbital) eliminarão o valproato mais rapidamente.
Devido a essas alterações na depuração do valproato, a
monitorização das concentrações dos antiepilépticos deverá ser mais
rigorosa sempre que um outro antiepiléptico for introduzido ou
retirado.

Populações especiais

Neonatos

Crianças nos dois primeiros meses de vida tem uma marcada
diminuição na capacidade de eliminação de valproato, quando
comparadas com crianças mais velhas e adultos. Isto é um resultado
da depuração reduzida (talvez devido ao desenvolvimento tardio de
glucuronosiltransferase e outros sistemas de enzimas envolvendo a
eliminação do valproato), assim como o volume aumentado de
distribuição (em parte devido à diminuição das proteínas de ligação
plasmáticas). Por exemplo, em um estudo, a meia-vida em crianças
abaixo de dez dias variou de 10 a 67 horas em comparação com uma
variação de 7 a 13 horas em crianças maiores que dois meses.

Crianças

Pacientes pediátricos (entre 3 meses e 10 anos) tem depurações
50% mais altas em relação aos adultos, expressas em peso (isto é,
ml/min/kg). Acima dos 10 anos de idade, as crianças tem parâmetros
farmacocinéticos que se aproximam dos adultos.

Idosos

Pacientes idosos (entre 68 e 89 anos) tem uma capacidade
diminuída de eliminação de valproato quando comparada com adultos
jovens (entre 22 a 26 anos). A depuração intrínseca é reduzida em
39%; a fração livre de valproato aumenta em 44%; portanto, a
dosagem inicial deverá ser reduzida em idosos.

Gênero

Não há diferenças no clearance da droga não ligada
quando se ajusta a área de superfície corporal ente homens e
mulheres (4,8 + 0,17 e 4,7 + 0,07 L/h/1,73m2,
respectivamente).

Etnia

Os efeitos da etnia sobre a cinética do valproato não foram
estudados.

Doenças hepáticas

Doenças hepáticas diminuem a capacidade de eliminação de
valproato. Em um estudo, a depuração de valproato livre foi
diminuída em 50% em sete pacientes com cirrose e em 16% em quatro
pacientes com hepatite aguda, comparada com seis indivíduos
saudáveis. Nesse estudo, a meia-vida de valproato foi aumentada de
12 para 18 horas. Doenças hepáticas estão também associadas com o
decréscimo das concentrações de albumina e com grandes frações
não-ligadas de valproato (aumento de 2 a 2,6 vezes). A
monitorização das concentrações totais pode ser enganosa, uma vez
que as concentrações livres podem estar substancialmente elevadas
nos pacientes com doença hepática enquanto que as concentrações
totais podem parecer normais.

Doenças renais

Uma pequena redução (27%) na depuração de valproato não ligado
foi relatada em pacientes com insuficiência renal (depuração de
creatinina lt; 10 ml/minuto). No entanto, a hemodiálise tipicamente
reduz as concentrações de valproato em torno de 20%. Portanto,
ajustes de doses não são necessários em pacientes com insuficiência
renal. A ligação proteica nestes pacientes está substancialmente
reduzida; assim, a monitorização das concentrações totais pode ser
enganosa.

Níveis plasmáticos e efeitos clínicos

A relação entre concentração plasmática e resposta clínica não
está totalmente esclarecida. Um fator contribuinte é a concentração
não linear de valproato ligado à proteína, o qual afeta a depuração
da substância. Então, o monitoramento do valproato sérico total não
pode estabelecer um índice confiável das espécies bioativas de
valproato. Por exemplo, tendo em vista que a concentração de
valproato é dependente das proteínas de ligação plasmáticas, a
fração livre aumenta de aproximadamente 10% em 40 mcg/ml para 18,5%
em 130 mcg/ml. Frações livres maiores do que as esperadas podem
ocorrer em idosos, pacientes hiperlipidêmicos e em pacientes com
doenças hepáticas e renais.

Epilepsia

O intervalo terapêutico na epilepsia é comumente considerado
entre 50 e 100 mcg/ml de valproato total, embora alguns pacientes
possam ser controlados com menores ou maiores concentrações
plasmáticas.

Cuidados de Armazenamento do Valpakine
Comprimido

Valpakine comprimidos revestidos deve ser mantido em temperatura
ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Comprimido branco, redondo, biconvexo revestido, com gravação V
na face superior e lisa na face inferior.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança
no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Valpakine Comprimido

Reg. MS 1.1300.1053

Farm. Resp:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200
São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com
retenção da receita.

Valpakine-Comprimido, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.