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Propofol

Propofol (substância ativa) pode também ser usado para a sedação
de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de
terapia intensiva.

Propofol (substância ativa) pode também ser usado para sedação
consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico.

Contraindicação do Propofol

Você não deve utilizar propofol (substância ativa deste
medicamento) nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua
    fórmula;
  • Sedação em crianças menores de 3 anos de idade com infecção
    grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo;
  • Sedação de crianças de todas as idades com difteria ou
    epiglotite recebendo tratamento intensivo.

Propofol (substância ativa) é contraindicado para
menores de 3 anos.

Propofol (substância ativa) não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.

Como usar o Propofol

Propofol (substância ativa) é uma emulsão óleo em água, branca
para injeção intravenosa. Geralmente, além de Propofol (substância
ativa), são necessários agentes analgésicos suplementares.

Propofol (substância ativa) foi usado em associação com
anestesia espinhal e epidural, com pré-medicação normalmente usada,
bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios e agentes
analgésicos. Nenhuma incompatibilidade farmacológica foi
encontrada. Doses menores de Propofol (substância ativa) podem ser
necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como
um adjunto às técnicas anestésicas regionais.

Propofol (substância ativa) não contém conservantes
antimicrobianos, assim, pode apresentar desenvolvimento de
microorganismo. Assim sendo, imediatamente após a abertura da
ampola, a aspiração do produto deve ser feita assepticamente para
uma seringa estéril ou para o equipamento de infusão.

A administração de Propofol (substância ativa) deve ser iniciada
sem demora. Os cuidados de assepsia devem ser observados até o
término da infusão, tanto na manipulação de Propofol (substância
ativa) como do equipamento em uso.

Quaisquer infusões de fluídos adicionados à linha de infusão de
Propofol (substância ativa) devem ser administrados próximo do
local da cânula. Propofol (substância ativa) não deve ser
administrado através de filtro microbiológico. As ampolas de
Propofol (substância ativa) devem ser agitadas antes do uso e
qualquer porção não utilizada deve ser descartada.

Propofol (substância ativa) destina-se a um único uso em apenas
um paciente. De acordo com as orientações para a administração de
outras emulsões lipídicas, uma infusão única (não diluída) de
Propofol (substância ativa) não deve exceder 12 horas. No final do
procedimento cirúrgico tanto o reservatório de Propofol (substância
ativa) como o equipamento de infusão devem ser descartados e
substituídos de maneira apropriada.

Propofol (substância ativa) pode ser usado para infusão, sem
diluição, em seringas plásticas ou frascos de vidro para infusão.
Quando Propofol (substância ativa) é usado sem diluição na
manutenção da anestesia, recomenda-se que seja sempre utilizado um
equipamento tal como bomba de seringa ou bomba volumétrica para
infusão, a fim de controlar as velocidades de infusão.

Propofol (substância ativa) pode também ser administrado diluído
somente em infusão intravenosa de dextrose a 5%, em bolsas de
infusão de PVC ou frascos de vidro de infusão. As diluições, que
não devem exceder a proporção de 1:5 (2 mg de Propofol/mL), devem
ser preparadas assepticamente imediatamente antes da
administração.

A diluição pode ser usada com várias técnicas de controle de
infusão, porém um determinado tipo de equipo usado sozinho não
evitará o risco de infusão acidental incontrolada de grandes
volumes de Propofol (substância ativa) diluído. Uma bureta,
contador de gotas ou uma bomba volumétrica devem ser incluídos na
linha de infusão. O risco de infusão incontrolada deve ser
considerado durante a decisão da quantidade máxima de diluição na
bureta.

Propofol (substância ativa) pode ser administrado via equipo em
Y próximo ao local da injeção, em infusões intravenosas de dextrose
a 5%, em infusão intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% ou de
dextrose a 4% com infusão intravenosa de cloreto de sódio a
0,18%.

Propofol (substância ativa) pode ser pré-misturado com injeções
contendo 500 mcg/mL de alfentanila na velocidade de 20:1 a 50:1
v/v. As misturas devem ser preparadas usando técnicas estéreis.

A fim de reduzir a dor da injeção inicial, Propofol (substância
ativa) usado para indução pode ser misturado com injeção de
lidocaína em uma seringa plástica na proporção de 20 partes de
Propofol (substância ativa) com até 1 parte de injeção de lidocaína
0,5% ou 1% (ver tabela de diluições) imediatamente antes da
administração.

Propofol (substância ativa) pode ser misturado com glicose 5% em
bolsas de infusão de PVC ou frascos de vidro para infusão ou
injeção de lidocaína ou alfentanila em seringas plásticas.

As diluições, que não devem exceder a proporção de 1:5 (2 mg de
Propofol/mL), devem ser preparadas assepticamente imediatamente
antes da administração.

Diluição e co-administração de Propofol (substância
ativa) com outros fármacos ou fluidos de infusão

Importante: ampola com ponto de corte. Veja instruções
abaixo.

Segure a ampola com o ponto de corte marcado no gargalo voltado
para sua direção e quebre no sentido oposto.

Orientação sobre as concentrações alvo de Propofol (substância
ativa) é fornecida a seguir. Em razão da variabilidade da
farmacocinética e farmacodinâmica do Propofol (substância ativa),
tanto em pacientes pré-medicados quanto nos pacientes não
pré-medicados, a concentração alvo de Propofol (substância ativa)
deve ser titulada de acordo com a resposta do paciente a fim de se
atingir a profundidade de anestesia ou sedação consciente
desejada.

Posologia do Propofol


Sistema de Classificação do Estado Físico de acordo com
a Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA):

Grau

Classificação

P1

Paciente Normal

P2

Paciente com doença sistêmica de leve
a moderada

P3

Paciente com doença sistêmica
grave

P4

Paciente com doença sistêmica grave
que limita atividades diárias

P5

Paciente moribundo que não é esperada
a sobrevivência sem cirurgia

P6

Paciente com morte cerebral declarada
cujos órgãos serão removidos para propósitos de doação

Adultos

Indução de anestesia geral

Propofol (substância ativa) pode ser usado para induzir
anestesia através de infusão ou injeção lenta em
bolus.

Em pacientes com ou sem pré-medicação, recomenda-se que Propofol
(substância ativa) seja titulado de acordo com a resposta do
paciente. Administrar aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em
adulto razoavelmente saudável por injeção em bolus ou por
infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da
anestesia. A maioria dos pacientes adultos com menos de 55 anos
possivelmente requer de 1,5 a 2,5 mg/kg de Propofol (substância
ativa).

A dose total necessária pode ser reduzida pela diminuição da
velocidade de administração (20 – 50 mg/min). Acima desta idade, as
necessidades serão geralmente menores. Em pacientes de Graus P 3 e
4 deve-se usar velocidade de administração menor (aproximadamente
20 mg a cada 10 segundos).

Manutenção de anestesia geral

A profundidade requerida da anestesia pode ser mantida pela
administração de Propofol (substância ativa) por infusão contínua
ou por injeções repetidas em bolus.

Infusão contínua:

Propofol (substância ativa) pode ser usado. A velocidade
adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes,
mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h, normalmente mantêm a
anestesia satisfatoriamente.

Injeções repetidas em bolus:

Propofol (substância ativa) pode ser usado. Se for utilizada a
técnica que envolve injeções repetidas em bolus, podem ser
administrados aumentos de 25 mg (2,5 mL) a 50 mg (5 mL), de acordo
com a necessidade clínica.

Sedação na UTI 

Quando utilizado para promover sedação em pacientes adultos
ventilados na UTI, recomenda-se que Profolen seja administrado
por infusão contínua.

As taxas de infusão entre 0,3 e 4,0 mg/kg/h atingem a sedação de
forma satisfatória na maioria dos pacientes adultos. A
administração de Propofol (substância ativa) para sedação na UTI em
pacientes adultos não deve exceder a 4 mg/kg/h, a menos que os
benefícios para o paciente superem os riscos.

Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de
diagnóstico

Para promover a sedação em procedimentos cirúrgicos e de
diagnóstico, as velocidades de administração devem ser
individualizadas e tituladas de acordo com a resposta clínica.

A maioria dos pacientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por
aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação.

A manutenção da sedação pode ser atingida pela titulação da
infusão de Propofol (substância ativa) até o nível desejado de
sedação – a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5
mg/kg/h.

Adicional à infusão, a administração em bolus de 10 a
20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na
profundidade da sedação. Em pacientes Graus P 3 e 4, a velocidade
de administração e a dosagem podem necessitar de redução.

Crianças

Não se recomenda o uso de Propofol (substância ativa) em
crianças menores de 3 anos de idade.

Indução de anestesia geral

Quando usado para induzir anestesia em crianças, recomenda-se
que Propofol (substância ativa) seja administrado lentamente, até
que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia.

A dose deve ser ajustada em relação à idade e/ou ao peso. A
maioria dos pacientes com mais de 8 anos provavelmente irá
necessitar de aproximadamente 2,5 mg/kg de Propofol (substância
ativa) para a indução da anestesia. Entre 3 e 8 anos de idade, a
necessidade pode ser ainda maior. Doses mais baixas são
recomendadas para crianças com Graus P 3 e 4.

Manutenção da anestesia geral

A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela
administração de Propofol (substância ativa) por infusão ou por
injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente
Propofol (substância ativa) seja usado se forem usadas injeções
repetidas em bolus. A velocidade necessária de
administração varia consideravelmente entre os pacientes, no
entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normalmente produz anestesia
satisfatória.

Sedação consciente para procedimentos de diagnóstico e
cirúrgicos

Propofol (substância ativa) não é recomendado para sedação
consciente em crianças uma vez que a segurança e eficácia não foram
demonstradas.

Sedação na UTI

Propofol (substância ativa) não é recomendado para sedação em
crianças, uma vez que a segurança e a eficácia não foram
demonstradas. Apesar de não ter sido estabelecida nenhuma relação
causal, reações adversas sérias (incluindo fatalidades) foram
observadas através de relatos espontâneos sobre o uso não aprovado
em UTI.

Esses eventos foram mais frequentes em crianças com infecções do
trato respiratório e que receberam doses maiores que aquelas
recomendadas para adultos.

Idosos

Em pacientes idosos, a dose de Profolen necessária para a
indução de anestesia é reduzida. Esta redução deve levar em conta a
condição física e a idade do paciente. A dose reduzida deve
ser administrada mais lentamente e titulada conforme a
resposta.

Quando Propofol (substância ativa) é usado para manutenção da
anestesia ou sedação, a taxa de infusão ou “concentração alvo”
também deve ser diminuída. Pacientes com Graus P 3 e 4 necessitarão
de reduções adicionais na dose e na velocidade de administração. A
administração rápida em bolus (único ou repetido) não deve
ser utilizada no idoso, pois pode levar à depressão
cardiorrespiratória.

Reações Adversas do Propofol

Podem ocorrer as seguintes reações adversas:

Reação muito comum (ocorreu em 10% dos pacientes que
utilizaram este medicamento):

Dor no local da injeção.

Reação comum (ocorreu entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizaram este medicamento):

Queda da pressão, queda da frequência cardíaca, parada
respiratória transitória durante a indução da anestesia, enjôo e
vômito durante a fase de recuperação da anestesia, dor de cabeça
durante a fase de recuperação da anestesia, sintomas de abstinência
em crianças e vermelhidão em crianças.

Reação incomum (ocorreu entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizaram este medicamento):

Trombose (formação de coágulo dentro de um vaso sanguíneo ou
cavidade cardíaca) e inflamação das veias.

Reação rara (ocorreu entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizaram este medicamento):

Movimentos epileptiforme (que se assemelham à epilepsia),
incluindo convulsões e contração dos músculos das costas com
extensão da cabeça e membros inferiores para trás, durante a
indução, manutenção e recuperação da anestesia, euforia.

Reação muito rara (ocorreu em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizaram este medicamento):

Lesão muscular, inflamação do pâncreas, febre pós-operatória,
descoloração da urina após administração prolongada, reação
alérgica (pode incluir angloedema (inchaço), broncoespasmo
(contração dos brônquios), vermelhidão e queda da pressão),
desinibição sexual, edema pulmonar (entrada de líquido nos
pulmões), inconsciência pós-operatória.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Interação Medicamentosa do Propofol

Propofol foi usado em associação com anestesia espinhal e
epidural, com pré-medicação normalmente usada, bloqueadores
neuromusculares, agentes inalatórios e agentes analgésicos.

Nenhuma incompatibilidade farmacológica foi encontrada.
Entretanto, recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares
atracúrio e mivacúrio, não devem ser administrados na mesma via IV
antes de se eliminar os indícios de Propofol (substância
ativa).

Doses menores de Propofol (substância ativa) podem ser
necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como
um adjunto às técnicas anestésicas regionais.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Precauções do Propofol

Propofol (substância ativa) deve ser administrado por pessoal
treinado em técnicas de anestesia (ou quando apropriado, por
médicos treinados em cuidados de pacientes em terapia
intensiva).

Os pacientes devem ser constantemente monitorados e devem estar
disponíveis facilidades para manter as vias aéreas abertas,
ventilação artificial, enriquecimento de oxigênio e outras
facilidades ressuscitatórias. Propofol (substância ativa) não deve
ser administrado pela pessoa que conduziu o procedimento
diagnóstico ou o procedimento cirúrgico.

Quando Propofol (substância ativa) é administrado para sedação
consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes
devem ser continuamente monitorados para sinais precoces de
hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de
oxigênio.

Assim como outros agentes sedativos, quando Propofol (substância
ativa) é usado para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem
ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante
procedimentos que requerem imobilidade, esses movimentos podem ser
perigosos para o local cirúrgico.

A liberação do paciente da sala de recuperação requer atenção
especial de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia
geral. Muito raramente o uso de Propofol (substância ativa) pode
estar associado ao desenvolvimento de um período de inconsciência
pós-operatória, o qual pode ser acompanhado por um aumento no
tônus muscular. Isto pode ou não ser precedido por um período de
vigília. Apesar da recuperação ser espontânea, deve-se ter um
cuidado apropriado ao paciente inconsciente.

Assim como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se
tomar cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca,
respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou
debilitados.

Propofol (substância ativa) não possui atividade vagolítica e
tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente
profunda) e também assístole. Deve-se considerar a administração
intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução ou
durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em
que haja probabilidade de predominância do tônus vagal ou quando
Propofol (substância ativa) for associado a outros agentes com
potencial para causar bradicardia.

Quando Propofol (substância ativa) for administrado a um
paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão.

Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções
no metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram
cautela na utilização de emulsões lipídicas.

Caso se administre Propofol (substância ativa) a pacientes que
estejam sob risco de acumular gordura, recomenda-se que os níveis
sanguíneos de lipídeos sejam controlados.

A administração de Propofol (substância ativa) deve ser ajustada
adequadamente se o controle indicar que a gordura não está sendo
bem eliminada. Se o paciente estiver recebendo concomitantemente
outro lipídeo por via intravenosa, sua quantidade deve ser
reduzida, levando-se em consideração que a fórmula de Propofol
(substância ativa) contém lipídeos (1,0 mL de Propofol (substância
ativa) contém aproximadamente 0,1 g de lipídeo).

Foram recebidos relatos muito raros de acidose metabólica, de
rabdomiólise, de hipercalemia, alterações no ECG* e/ou de falha
cardíaca, em alguns casos com um resultado fatal, em pacientes
seriamente doentes recebendo Propofol (substância ativa) para
sedação na UTI.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento destes
eventos são: diminuição na liberação de oxigênio para os tecidos;
lesão neurológica grave e/ou sepse; altas doses de um ou mais
agentes farmacológicos como seguem: vasoconstritores, esteroides,
inotrópicos e/ou Propofol (substância ativa).

Todos sedativos e agentes terapêuticos usados na UTI (incluindo
Propofol (substância ativa)) devem ser titulados para manter uma
liberação de oxigênio ótima e parâmetros hemodinâmicos.

*Elevação do segmento ST (similar às alterações de ECG na
síndrome de Brugada).

Propofol (substância ativa) não é recomendado para uso
em neonatos para a indução e manutenção da anestesia.

Não há dados que dão suporte ao uso de Propofol (substância
ativa) em sedação para neonatos prematuros, recebendo tratamento
intensivo. Não há dados de estudos clínicos que dão suporte ao uso
de Propofol (substância ativa) em sedação de crianças com difteria
ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Os pacientes devem ser alertados de que o desempenho para
tarefas que exijam atenção, tais como, dirigir veículos e operar
máquinas pode estar comprometido durante algum tempo após o uso de
Propofol (substância ativa).

Uso durante a gravidez e a lactação

Categoria de risco na gravidez: B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

A segurança para o neonato, quando do uso de Propofol
(substância ativa) em mulheres que estejam amamentando, não foi
estabelecida.

Propofol (substância ativa) não deve ser usado durante a
gravidez.

Propofol (substância ativa) atravessa a placenta e pode
estar associado à depressão neonatal. O produto não deve ser
utilizado em anestesia obstétrica.

Ação do Propofol

Resultados de Eficácia


Agente anestésico de curta duração: indução e
manutenção

Em estudos comparativos de óxido nitroso-sevoflurano com óxido
nitroso-propofol para indução e manutenção da anestesia, foi
determinada a taxa de recuperação para cada anestésico.

Cinquenta pacientes, P 1 ou 2 na faixa etária de 18 a 70 anos,
submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos com duração de 1 a 3
horas, foram distribuídos de maneira randomizada e receberam
sevoflurano (grupo A) ou propofol (grupo B).

Para a indução da anestesia:

No grupo A o sevoflurano foi administrado em concentrações
crescentes (até 3,5%) com o paciente em respiração espontânea, no
grupo B o propofol foi administrado na dose de 2-2,5 mg/kg em 60
segundos com o paciente em respiração espontânea com oxigênio a
100%.

A manutenção da anestesia no grupo A foi realizada com
sevoflurano 0,3% a 1,8% e no grupo B com infusão de 50 a 200
mcg/kg/min de propofol. O óxido nitroso 60-70% foi administrado em
todos os pacientes e fentanila na dose de 1-3 mcg/kg foi
administrado em bolus como suplemento anestésico nos dois
grupos.

Ao final da cirurgia foi interrompida a administração dos
agentes anestésicos e instaurado um fluxo de oxigênio a 100% (6
L/min). Os resultados demonstraram que indução no grupo B foi mais
rápida quando comparada com o grupo A (0,8 vs. 2,0 minutos
respectivamente).

A facilidade de indução e o tempo necessário para o despertar
foram similares nos dois grupos. Dentre os efeitos indesejáveis, no
grupo A, 13 pacientes apresentaram náuseas e 5 apresentaram
vômitos, enquanto que no grupo B a incidência de náuseas foi de 3
pacientes. A incidência de tremores e dor foi similares nos dois
grupos.

Reves et al., descrevem o uso do propofol como agente
anestésico para indução-manutenção da anestesia, assim como o seu
uso em sedação para procedimentos cirúrgicos e em pacientes sob
ventilação mecânica em UTI devido a sua eficácia e segurança.
(Reves J. G. et al. Anesthesia Fourth Edition 1994, 1(11):
272).

Estudos comparativos do uso do propofol em infusão manual com o
uso pela bomba de infusão alvo controlada (IAC) foram realizados em
160 pacientes (P 1-3 com idade ≥ a 18 anos), submetidos a
procedimentos cirúrgicos. Os dados analisados foram: aceitabilidade
da técnica, eficácia e segurança. O grupo IAC apresentou doses de
indução menores e taxa de infusão de manutenção maiores.

Na avaliação dos anestesistas envolvidos, a facilidade de
controle e o uso da bomba de IAC foi considerada melhor. Foi
concluído que o sistema de IAC é efetivo e seguro, tendo melhor
aceitabilidade do que a técnica de infusão manual. (Mazzarella B.
et al. Minerva Anestesiologica 1999;65 (10):701).

Sedação para procedimentos
cirúrgicos/diagnósticos

Charles J. Coté estabelece o uso de propofol em pediatria para
sedação intermitente ou em infusão constante nos procedimentos
radiológicos devido à sua eficácia na prática clínica. (Coté C. J.
Anesthesia Fourth Edition 1994, 2(63):2104).

Foi reportado um estudo prospectivo e randomizado, comparando
propofol e midazolam para sedação em colangiopancreatografia
retrógrada via endoscópica.

Foram selecionados 200 pacientes P 3 e 4 com idade entre 28-88
anos. Estes pacientes receberam de forma randomizada midazolam 2,5
mg para indução seguido de doses repetidas de acordo com a
necessidade ou propofol 40-60 mg de dose inicial conforme o peso
corporal seguido de 20 mg em doses repetidas.

Do total dos pacientes, três foram excluídos devido a presença
de carcinoma (2 pacientes no grupo midazolam e 1 paciente no grupo
propofol). Os resultados demonstraram um tempo de início médio de
ação da sedação menor no grupo propofol do que no grupo midazolam
(3 min vs. 6 min), assim como um tempo médio de recuperação menor
no grupo tratado com propofol em relação ao grupo tratado com
midazolam (19 min vs. 29 min).

Foi concluído que a sedação endovenosa com propofol para
colangiopancreatografia retrógrada via endoscópica é mais efetiva
que midazolam, associada com recuperação rápida e segura desde que
haja monitorização adequada.

Sedação UTI

Barrientos et al., realizaram um estudo comparativo
entre propofol 2% e midazolam, onde analisaram a eficácia, tempo
para extubação e custo. Neste estudo foram selecionados 78
pacientes submetidos à cirurgia que necessitaram de ventilação
controlada mecânica e sedação prolongada na unidade de terapia
intensiva.

Após distribuição randomizada, 40 pacientes receberam propofol
2% e 38 midazolam. A dose média de propofol 2% foi de 1-6 mg/kg/h e
de midazolam 0,05-0,4 mg/kg/h. Nenhum bloqueador neuromuscular foi
utilizado e a duração média da sedação foi de 141,2 h para o grupo
propofol 2% e 140,5 h para o grupo midazolam.

Os resultados demonstraram que a eficácia foi similar nos dois
grupos, sendo que, no grupo propofol 2%, 2,5% dos pacientes
apresentaram hipertrigliceridemia.

O tempo necessário para extubação foi significativamente menor
no grupo propofol 2% quando comparado com o grupo midazolam o que
levou os autores a acreditarem que o custo benefício do propofol 2%
é melhor.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O propofol (2,6-diisopropilfenol) é um agente de anestesia geral
de curta duração com rápido início de ação de aproximadamente 30
segundos. A recuperação da anestesia geralmente é rápida. O
mecanismo de ação, assim como com todos os anestésicos gerais, é
pouco conhecido. Entretanto, propofol é conhecido por produzir
efeito sedativo e anestésico pela modulação positiva da função
inibitória do neurotransmissor GABA através do receptor GABAA
ativado por ligante.

Em geral, queda na pressão arterial e leves mudanças na
frequência cardíaca são observadas quando Propofol é administrado
para indução e manutenção da anestesia.

Entretanto, os parâmetros hemodinâmicos normalmente permanecem
relativamente estáveis durante a manutenção e a incidência de
alterações hemodinâmicas adversas é baixa.

Apesar da possibilidade de ocorrência de depressão ventilatória
após administração de Propofol, quaisquer efeitos são
qualitativamente similares àqueles causados por outros agentes
anestésicos intravenosos e são prontamente gerenciados na prática
clínica.

Propofol reduz o fluxo sanguíneo cerebral, a pressão
intracranial e o metabolismo cerebral. A redução na pressão
intracranial é maior em pacientes com uma linha de base elevada
para pressão intracranial.

A recuperação da anestesia geralmente é rápida e sem efeitos
residuais, com baixa incidência de dor de cabeça, náusea e vômitos
pós-operatórios.

Em geral, há menos náusea e vômitos pós-operatórios após
anestesia com Propofol que com agentes anestésicos inalatórios. Há
evidência de que isso possa estar relacionado ao efeito antiemético
do propofol.

Nas concentrações atingidas clinicamente, Propofol não inibe a
síntese de hormônios adrenocorticais.

Propriedades farmacocinéticas

O declínio das concentrações de propofol após uma dose em bolus
ou após o final de uma infusão pode ser descrito por um modelo
tricompartimental aberto. A primeira fase é caracterizada por uma
distribuição muito rápida (meia-vida de 2-4 minutos), seguido por
rápida eliminação (meia-vida de 30 a 60 minutos) e uma fase final
mais lenta, representativa da redistribuição do propofol por
tecidos pouco perfundidos.

O propofol é amplamente distribuído e rapidamente eliminado do
corpo (depuração total: 1,5-2 L/minuto).

A depuração ocorre através de processos metabólicos,
principalmente no fígado, para formar conjugados inativos de
propofol e seu quinol correspondente, os quais são excretados na
urina.

Quando Propofol é usado para manter a anestesia, as
concentrações sanguíneas de propofol aproximam-se assintoticamente
do valor do estado de equilíbrio para a dada velocidade de
administração. A farmacocinética de Propofol é linear ao longo da
faixa recomendada de velocidades de infusão.

Dados de segurança pré-clínica

O propofol é um fármaco com extensa experiência clínica.

Propofol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.