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Unimedrol

Como Unimedrol funciona?

Unimedrol é um potente esteroide sintético (tipo de hormônio
produzido em laboratório) com função antiinflamatória (medicamento
que controla a reação do sistema de defesa a agressão) e
metabólica.

Contraindicação do Unimedrol

Você não deve usar Unimedrol

  • Se tiver hipersensibilidade (alergia) conhecida à
    metilprednisolona ou a qualquer componente da fórmula;
  • Se tiver infecções sistêmicas (no organismo) por fungos;
  • Para uso pelas vias de administração intratecal (diretamente no
    espaço onde corre o líquido espinhal) e epidural (espaço entre a
    dura-máter e a parede do canal raquidiano).

A administração de vacinas de micro-organismos vivos ou
atenuados (vivos, mas muito fracos) não é indicada se você estiver
recebendo doses imunossupressoras (que reduzem a atividade ou
eficiência do sistema de defesa) de corticosteroides (hormônio
esteroide).

Como usar o Unimedrol

Unimedrol só deve ser administrado por infusão endovenosa (EV,
ou seja, dentro do vaso sanguíneo) ou por injeção intramuscular
(IM, ou seja, dentro do músculo). Em emergências a infusão EV deve
ser a de escolha.

Unimedrol sempre será preparado e administrado por um médico ou
por um profissional de saúde especializado.

As instruções para administração, reconstituição, diluição e
infusão estão disponibilizadas na bula destinada aos profissionais
de saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde
especializado poderá preparar e administrar a medicação.

Seu médico determinará a duração do tratamento e a quantidade de
medicamento administrada por dia, e monitorará sua resposta e
condições. Em geral, a duração do tratamento deve ser baseada na
resposta clínica do paciente.

Recomenda-se o uso de seringas
descartáveis.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de
usar Unimedrol?

O plano de tratamento por via endovenosa (EV) e intramuscular
(IM) é definido pelo médico que acompanha o seu caso. Caso você
esqueça de aplicar Unimedrol no horário estabelecido pelo seu
médico, procure um profissional que o aplique assim que lembrar.
Porém, se o horário estiver muito próximo do da próxima dose
contate o médico para redefinir o plano de tratamento. Neste caso,
não aplique o medicamento duas vezes para compensar doses
esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer o resultado do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Unimedrol

Durante o tratamento com hormônios esteroides, como o Unimedrol,
em doses imunossupressoras, a pessoa não deve receber vacina com
vírus vivos ou atenuados. Não há problemas em receber vacinas de
microorganismos mortos ou inativados (sem capacidade de produzir
doenças), mas a resposta à vacina pode ser diminuída.

O uso de esteroides, medicamentos da classe do Unimedrol
podem

  • Aumentar o risco de infecções;
  • Reativar focos de tuberculose;
  • Desencadear transtornos psíquicos tais como euforia, insônia,
    oscilações do humor e da personalidade, depressão e importantes
    alterações do comportamento.

Pessoas com tendência a instabilidade emocional e distúrbios de
personalidade (psicose) têm mais chances de desenvolver esse
problema.

Deve-se usar Unimedrol com cautela em pacientes
com

  • Histórico de alergia a outros medicamentos;
  • Insuficiência renal (redução total da função dos rins);
  • Diabetes;
  • Miastenia grave (tipo de doença em que o corpo agride os
    músculos e nervos dele mesmo);
  • Pacientes com herpes simples ocular;
  • Insuficiência cardíaca congestiva (coração incapaz de bombear
    sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos);
  • Hipertensão (aumento da pressão do sangue);
  • Colite ulcerativa não específica (úlceras do intestino), com
    chances de perfuração iminente;
  • Diverticulite (aparecimento de “pequenos dedos” no intestino
    que inflamam);
  • Abscesso (cavidade com pus devido a infecção) ou outra infecção
    piogênica (que produz pus);
  • Anastomose intestinal recente (cirurgia recente que reconectou
    duas partes do intestino);
  • Úlcera péptica (lesão no estômago ativa ou latente);
  • Osteoporose (diminuição do cálcio dos ossos).

Foi relatada a ocorrência de trombose (entupimento de uma veia),
incluindo tromboembolismo venoso (entupimento de uma veia do pulmão
por um coágulo), com o uso de
corticosteroides. Consequentemente, os corticosteroides devem
ser usados com cautela em pacientes que apresentam ou estão
predispostos a distúrbios tromboembólicos (entupimento de veias e
artérias por formação de coágulos).

Altas doses de corticosteroides podem produzir pancreatite
aguda. Lesão hepática induzida por fármacos, tais como a hepatite
aguda pode resultar de uso da metilprednisolona pulsada cíclica
(geralmente em doses de 1 mg/dia). O tempo de início da hepatite
aguda pode ser várias semanas ou mais. A resolução do evento
adverso foi observado depois que o tratamento foi
descontinuado.

Crianças

Unimedrol contêm álcool benzílico que tem sido associado com
eventos adversos graves, incluindo a Síndrome de Gasping (alteração
do ritmo respiratório) e morte em pacientes pediátricos.

Gravidez e lactação

Só deve ser usado na gravidez quando os benefícios do seu uso
superam os riscos.

O succinato sódico de metilprednisolona é excretado pelo leite
humano.

Informe ao seu médico se você estiver grávida, ficar
grávida durante o tratamento ou logo após seu término, ou estiver
amamentando.

Interação medicamentosa

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma
quando ele for prescrever uma medicação nova.

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si
alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação
medicamentosa.

O uso de Unimedrol com medicamentos que induzem (aumentam a
capacidade de trabalhar) as enzimas do fígado (por exemplo,
anticonvulsivantes – fenobarbital, fenitoína e antibiótico
antituberculoso – rifampicina) pode reduzir a quantidade de
succinato sódico de metilprednisolona no sangue.

Já o uso com medicamentos que inibem as enzimas CYP3A4
(substâncias do fígado que transformam substâncias químicas, como
os medicamentos) podem aumentar a quantidade de succinato sódico de
metilprednisolona no sangue; são exemplos desse grupo: antibióticos
(isoniazida) e suco de grapefruit.

O uso de Unimedrol com anticoagulantes (medicamentos que impedem
a coagulação do sangue, por exemplo, varfarina) pode gerar
resultados variáveis – aumento ou diminuição da capacidade de
coagulação; por isso é recomendado que se monitore a capacidade de
coagulação do sangue se esses dois medicamentos forem usados
juntos.

O uso com anticonvulsivantes (carbamazepina), anticolinérgicos
(substâncias antagonistas da ação de fibras nervosas
parassimpáticas que liberam acetilcolina), anticolinesterásicos
(drogas que inibem a ação da enzima colinesterase), antidiabéticos,
antieméticos, antifúngicos, antivirais (inibidores da
HIV-protease), inibidor da aromatase (droga usada no tratamento do
câncer de mama e ovário), bloqueadores dos canais de cálcio
(diltiazem), contraceptivos orais (etinilestradiol, noretindrona),
imunossupressores (ciclofosfamida, tacrolimo), antibióticos da
classe dos macrolídeos (troleandomicina), anti-inflamatórios não
esteroidais (ácido acetilsalicílico) e agentes depletores de
potássio (drogas que aumentam a perda de potássio, como por
exemplo, diuréticos) pode aumentar ou diminuir a quantidade de
succinato sódico de metilprednisolona no sangue, o que poderá
resultar em alteração na posologia do medicamento, conforme
critério médico.

O uso conjunto com outros anti-inflamatórios como o ácido
acetilsalicílico pode aumentar o risco de desenvolvimento de
úlceras gastrintestinais.

A terapia com glicocorticoides pode mascarar os sintomas da
úlcera péptica de forma que perfuração ou hemorragia possa ocorrer
sem dor significativa.

Crise de feocromocitoma (crise de pressão alta e sintomas
sugestivos de ataque de pânico), que pode ser fatal, foi relatada
após a administração de corticosteroides sistêmicos.
Corticosteroides só devem ser administrados em pacientes com
suspeita de feocromocitoma (tumor raro da glândula adrenal) ou
feocromocitoma identificado após uma avaliação apropriada de
risco/benefício.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos
primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob
imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de
surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para
o diagnóstico precoce e tratamento.

Este medicamento pode causar
doping.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Unimedrol

O succinato sódico de metilprednisolona se relaciona às
seguintes reações adversas

Infecção oportunista (infecção que pode ocorrer quando o sistema
de defesa está debilitado), infecção, peritonite (inflamação no
peritônio); leucocitose (aumento do número de leucócitos no
sangue); hipersensibilidade a medicamentos (alergia, incluindo
reação alérgica grave), reação anafilática, reação anafilactoide
(reações alérgicas graves); cushingoide (aumento de peso, com
depósito específico de gordura em tronco e pescoço, face cheia,
pode haver aumento de pelos e espinhas), hipopituitarismo
(diminuição da função da glândula pituitária), síndrome de
abstinência de esteroide; acidose metabólica, retenção de sódio e
de fluidos, alcalose hipocalêmica (alcalinidade dos fluidos
corporais devido à redução do potássio sanguíneo), alteração do
colesterol, prejuízo da tolerância à glicose, aumento da
necessidade de insulina (ou medicamentos que reduzem a glicose no
sangue em pacientes diabéticos), lipomatose (acúmulo de gordura),
aumento de apetite (que pode resultar em aumento de peso);
transtorno afetivo (incluindo instabilidade afetiva, humor
deprimido, humor eufórico, dependência do medicamento e ideação
suicida), transtorno psicótico (incluindo mania, delírio,
alucinação, esquizofrenia), transtorno mental.

Assim como

Alteração de personalidade, confusão, ansiedade, oscilações de
humor, comportamento anormal, insônia, irritabilidade; lipomatose
epidural (deposição de gordura no espaço epidural da coluna
vertebral), aumento da pressão dentro do crânio, convulsão,
amnésia, transtorno cognitivo (p. ex.: esquecimento), tontura, dor
de cabeça; coriorretinopatia (doença que afeta a região central da
retina), catarata; glaucoma (aumento de pressão intraocular),
protusão dos olhos conhecida popularmente como esbugalhamento dos
olhos; vertigem; insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do
coração em bombear a quantidade adequada de sangue), arritmia
(alterações do ritmo cardíaco); trombose (entupimento de uma veia),
aumento ou queda da pressão sanguínea; embolia pulmonar
(entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo), soluços; úlcera
péptica (lesão no estômago) (com possível perfuração e
sangramento), perfuração intestinal, sangramento gástrico,
inflamação no pâncreas, inflamação no esôfago, dor e aumento do
volume abdominal, diarreia, má digestão, náusea; hepatite
(inflamação do fígado); angioedema (inchaço das partes mais
profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica),
hirsutismo (aumento de pelos), petéquia (hematomas puntiformes na
pele), equimose (manchas vinhosas na pele por sangramento), atrofia
da pele, vermelhidão da pele, aumento da sudorese; estria da pele,
erupção cutânea, coceira, urticária (alergia da pele), acne.

Podem ocorrer também

Hipopigmentação da pele; dor e fraqueza muscular, miopatia
(alteração da função dos músculos), diminuição de massa muscular,
osteoporose (diminuição do cálcio dos ossos), osteonecrose (morte
de células ósseas), fratura patológica (fratura sem causa
aparente), artropatia neuropática (doenças da articulação), dor nas
articulações, retardo do crescimento; menstruação irregular;
dificuldade de cicatrização, inchaço nas extremidades do corpo,
cansaço, indisposição, reação no local da injeção; aumento da
pressão dentro do olho, diminuição da tolerância a carboidrato,
diminuição de potássio no sangue, aumento de cálcio na urina,
aumento de enzimas do fígado e da fosfatase alcalina (enzima
encontrada em diversos órgãos e tecidos) no sangue, aumento da
ureia no sangue, supressão de reações em testes cutâneos; fratura
por compressão de vertebras, ruptura de tendão (parte do músculo
que o fixa ao osso).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Unimedrol

Cada frasco-ampola de 125 mg contém:

125 mg* de metilprednisolona.

*Na forma de succinato sódico de
metilprednisolona.

Excipiente:

Fosfato de sódio dibásico.

Cada ampola diluente de 2 mL contém:

Álcool benzílico, propilenoglicol e água para injetáveis.

Após reconstituição com 2 mL de diluente, cada mL de UNIMEDROL
contém o equivalente a 62,5 mg de metilprednisolona.

Cada frasco-ampola de 500 mg contém:

500 mg* de metilprednisolona.

*Na forma de succinato sódico de
metilprednisolona.

Excipiente:

Fosfato de sódio dibásico.

Cada ampola diluente de 8 mL contém:

Álcool benzílico, propilenoglicol e água para injetáveis.

Após reconstituição com 8 mL de diluente, cada mL de
Unimedrol contém o equivalente a 62,5 mg de metilprednisolona.

Reconstituir o produto apenas com o diluente que acompanha a
embalagem.

A quantidade de álcool benzílico em cada mL do diluente é de
9,45 mg.

Superdosagem do Unimedrol

Não há síndrome clínica da superdose aguda com corticosteroides.
Relatos de toxicidade aguda e/ou morte após superdose de
corticosteroides são raros. Em caso de superdose, não há antídoto
específico disponível; o tratamento é sintomático e de apoio. A
metilprednisolona é dialisável.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Unimedrol

A metilprednisolona é um substrato da enzima do citocromo P450
(CYP) sendo metabolizado principalmente pela enzima CYP3A. A CYP3A4
é a enzima dominante da subfamília CYP, mais abundante no fígado de
humanos adultos. Esta enzima catalisa a 6β-hidroxilação de
esteroides, o passo metabólico essencial da Fase 1 para ambos os
corticosteroides, endógenos e sintéticos. Muitos outros compostos
também são substratos da CYP3A4, alguns dos quais (bem como outras
drogas) mostraram alterar o metabolismo dos glicocorticoides por
indução (regulação crescente) ou inibição da enzima CYP3A4 (Tabela
1).

Inibidores da CYP3A4

Os medicamentos que inibem a atividade da CYP3A4 geralmente
diminuem o clearance hepático e aumentam a concentração
plasmática dos medicamentos que são substratos da CYP3A4, tal como
a metilprednisolona. Na presença de um inibidor CYP3A4, pode ser
necessário titular a dose de metilprednisolona para evitar a
toxicidade esteroide (Tabela 1).

Indutores CYP3A4

Os medicamentos que induzem a atividade CYP3A4 geralmente
aumentam o clearance hepático, resultando em concentração
plasmática diminuída de medicamentos que são substratos de CYP3A4.
A coadministração pode requerer o aumento da dose de
metilprednisolona para alcançar o resultado desejado (Tabela
1).

Substratos CYP3A4

Na presença de outro substrato CYP3A4, o clearance
hepático da metilprednisolona pode ser afetado, sendo requeridos
ajustes correspondentes da dose. É possível que os eventos adversos
associados ao uso de qualquer medicamento de forma isolada tenham
maiores probabilidades de ocorrer com a coadministração (Tabela
1).

Efeitos não CYP3A4 mediados

Outras interações e efeitos que ocorrem com a metilprednisolona
estão descritos na Tabela 1 abaixo. 

Tabela 1. Efeitos / interações importantes com
medicamentos ou substâncias com a metilprednisolona

Classe ou tipo de medicamento 

Medicamento ou substância

Interação ou efeito

Antibacteriano IsoniazidaInibidor CYP3A4. Além
disso, existe um efeito potencial da metilprednisolona para o
aumento da taxa de acetilação e clearance de
isoniazida.
Antibiótico,
antituberculose
RifampicinaIndutor CYP3A4
Anticoagulantes
(oral)
 O efeito da
metilprednisolona sobre os anticoagulantes orais é variável. Há
relatos de efeitos reforçados, bem como diminuídos dos
anticoagulantes quando administrados concomitantemente com
corticosteroides. Portanto, os índices de coagulação devem ser
monitorados para manter os efeitos anticoagulantes desejados.
AnticonvulsivanteCarbamazepinaIndutor CYP3A4 (e
substrato)
AnticonvulsivantesFenobarbital,
fenitoína
Indutores CYP3A4

Anticolinérgicos

Bloqueadores neuromusculares

Os corticosteroides podem influenciar o efeito dos
anticolinérgicos:

  1. Foi relatada miopatia aguda com o uso
    concomitante de altas doses de corticoides e anticolinérgicos, tais
    como medicamentos bloqueadores neuromusculares;
  2. O antagonismo dos efeitos bloqueadores
    neuromusculares de pancurónio e vecurónio foi relatado em pacientes
    que tomam corticosteroides. Esta interação pode ser esperada com
    todos os bloqueadores neuromusculares competitivos.
Anticolinesterásicos Os esteroides podem
reduzir o efeito dos anticolinesterásicos sobre a miastenia
grave
Antidiabéticos Como os corticosteroides
podem aumentar as concentrações de glicose no sangue, podem ser
necessários os ajustes de dose de agentes antidiabéticos.
AntieméticoAprepitanto,
fosaprepitanto
Inibidores CYP3A4 (e
substratos)
AntifúngicoItraconazol,
cetoconazol
Inibidor CYP3A4 (e
substrato)

Antivirais

Inibidores da protease
– HIV

Inibidor CYP3A4 (e substrato).

  1. Os inibidores de protease, tais como o
    indinavir e ritonavir, podem aumentar as concentrações plasmáticas
    de corticosteroides;
  2. Os corticosteroides podem induzir o
    metabolismo dos inibidores de protease do HIV, resultando em
    concentrações reduzidas de plasma.
Inibidor da
aromatase
AminoglutetimidaA supressão adrenal
induzida por aminoglutetimida pode intensificar as alterações
endócrinas causadas pelo tratamento prolongado com
glicocorticoides.
Bloqueador do canal de
cálcio
DiltiazemInibidor CYP3A4 (e
substrato)

Contraceptivos (oral)

Etinilestradiol/Noretindrona

Inibidor CYP3A4 (e
substrato)
Suco de
grapefruit
 Inibidor CYP3A4
ImunossupressorCiclosporina

Inibidor CYP3A4 (e substrato)

  1. A inibição mútua do metabolismo ocorre
    com o uso concomitante de ciclosprina e metilprednisolona, o que
    pode aumentar as concentrações plasmáticas de um ou de ambos os
    medicamentos. Portanto, é possível que os efeitos adversos
    associados ao uso de qualquer um dos medicamentos isoladamente
    ocorram com maior probabilidade após a coadministração.
  2. Foram relatadas convulsões com o uso
    concomitante de metilprednisolona e ciclosporina.
ImunossupressorCiclofosfamida,
tacrolimo
Substrato CYP3A4
Macrolídeo
antibacteriano
Claritromicina,
eritromicina
Inibidor CYP3A4 (e
substrato)
Macrolídeo
antibacteriano
TroleandomicinaInibidor CYP3A4
AINE’S (medicamentos
anti-inflamatórios não esteroides)
Alta-dose ácido
acetilsalicílico

Pode haver aumento da incidência de hemorragia gastrintestinal e
ulceração quando os corticosteroides são administrados com
AINEs.

A metilprednisolona pode aumentar o clearance de altas
doses de ácido acetilsalicílico, o que pode levar a uma diminuição
dos níveis séricos de salicilato. A interrupção do tratamento com
metilprednisolona pode levar a um aumento dos níveis séricos de
salicilato, o que poderá conduzir ao aumento do risco de toxicidade
com salicilato.

Agentes depletores de
potássio
 Quando os
corticosteroides são administrados concomitantemente com agentes
depletores de potássio (ou seja, diuréticos), os pacientes devem
ser observados cuidadosamente quanto ao desenvolvimento de
hipocalemia. Também há risco aumentado de hipocalemia com o uso
concomitante de corticosteroides com anfotericina B, xantenos ou
beta-2 agonistas.

Ação da Substância Unimedrol

Resultados de eficácia

Acetato de Metilprednisolona (substância ativa) mostrou-se
eficaz no tratamento da artrite reumatoide, inclusive da forma
juvenil e da artrite idiopática.

A metilprednisolona administrada em pulsos intravenosos foi
demonstrado ser efetivo no tratamento da artrite reumatoide,
incluindo a artrite juvenil idiopática.

Alguns estudos demonstraram que este tratamento pode trazer
grande benefício quando administrado com uma droga
antirreumatológica modificadora da doença (disease-modifying
antirheumatic drug:
DMARD), embora outros estudos tenham
demonstrado que a adição de metilprednisolona à uma terapia já
existente não teve efeito benéfico extra.

Uma baixa dose comparativamente de 100 mg foi demonstrada ser
tão efetiva quanto 1g, em um estudo.

Doses mensais de metilprednisolona por injeção intramuscular
também foram efetivas como terapia adjunta.

Um estudo preliminar em crianças encontrou que pulsos
intravenosos de metilprednisolona 30 mg/kg são efetivos no
tratamento da artrite juvenil idiopática.

Pulsos intravenosos de metilprednisolona imunossuprimem
pacientes com lesões de órgãos ou ameaça a vida devido ao Lúpus
eritematoso sistêmico.

Acetato de Metilprednisolona (substância ativa) apresentou
eficácia no tratamento das manifestações clínicas do lúpus
eritematoso sistêmico.

Acetato de Metilprednisolona (substância ativa) mostrou eficácia
no tratamento de distúrbios hematológicos, tais como: aplasia de
células vermelhas, hemangioma e síndrome de Kasabch-Merritt.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

A metilprednisolona é um potente anti-inflamatório
esteroide.

Tem maior potência anti-inflamatória do que prednisolona e menos
tendência do que prednisolona para induzir a retenção de sódio e
água.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Um estudo realizado internamente com oito voluntários determinou
a farmacocinética de uma dose única de 40 mg por via intramuscular
de Acetato de Metilprednisolona (substância ativa).

A média das concentrações plasmáticas individuais de pico foi de
14,8 ± 8,6 ng/mL, a média dos tempos individuais de pico foi de
7,25 ± 1,04 horas, e a média da área sob a curva (AUC) foi de
1354,2 ± 424,1 ng/mL x horas (Dia 1-21).

Distribuição

A metilprednisolona é distribuída amplamente nos tecidos,
atravessa a barreira hematoencefálica e é também excretada no leite
materno. Seu volume aparente de distribuição é de aproximadamente
1,4 L/kg. A ligação de metilprednisolona às proteínas plasmáticas
em humanos é de aproximadamente 77%.

Metabolismo

Em humanos, a metilprednisolona é metabolizada no fígado para
metabolitos inativos, os mais importantes são
20α-hidroximetilprednisolona e 20β-hidroximetilprednisolona. O
metabolismo no fígado ocorre principalmente através da enzima
CYP3A4.

A metilprednisolona, como muitos substratos da CYP3A4, também
pode ser um substrato para a glicoproteína-P, uma proteína
transportadora “fitas” de ligação de ATP, influenciando a
distribuição nos tecidos e as interações com outros
medicamentos.

Eliminação

A meia-vida de eliminação média para a metilprednisolona total
está na faixa de 1,8 a 5,2 horas. Seu clearance total é de
aproximadamente 5 a 6 mL/min/kg.

Dados de segurança pré-clínicos

Não foram identificados riscos inesperados com base nos estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de doses
repetidas.

As toxicidades observadas nos estudos de dose repetida são
aquelas cuja ocorrência é esperada com a exposição contínua a
esteroides adrenocorticais exógenos.

Potencial Carcinogênico

A metilprednisolona não foi formalmente avaliada em estudos de
carcinogenicidade em roedores.

Resultados variáveis vêm sendo obtidos com outros
glicocorticoides testados para a carcinogenicidade em camundongos e
ratos.

No entanto, após a administração oral com água filtrada a ratos
machos, os dados publicados indicam que vários glicocorticoides
relacionados, incluindo a budesonida, prednisolona e acetonido de
triamcinolona podem aumentar a incidência de adenomas e carcinomas
hepatocelulares.

Esses efeitos tumorigênicos ocorerram em doses menores que as
doses clínicas típicas na base de mg/m2.

Potencial Mutagênico

A metilprednisolona não foi formalmente avaliada para
genotoxicidade.

No entanto o sulfonato de metilprednisolona, que é
estruturalmente semelhante à metilprednisolona, não foi mutagênico
com ou sem ativação metabólica em Salmonela typhimurium a
250 até 2.000 µg/placa, ou em um ensaio de mutação genética e
células de mamíferos, usando células de ovário de hamster chinês a
2.000 até 10.000 µg/mL.

O suleptanato de metilprednisolona não induziu o DNA sintético
em hepatócitos primários de ratos a 5 ate 1.000 µg/mL. Além disso,
uma análise de dados publicados indica que a farnesilato de
prednisolona (PNF), o qual a estrutura molecular é similar a
metilprednisolona, não foi mutagênico com ou sem ativação
metabólica em Salmonella typhimurium e de Echerichia
coli
a 321 até 5.000 µ/placa.

Numa linha de células de fibroblastos de hamster chinês, a
FNP produziu um leve aumento na incidência de aberrações
cromossômicas estruturais com ativação metabólica na maior
concentração testada 1.500 µg/mL.

Toxicidade reprodutiva

Os corticosteroides demonstraram reduzir a fertilidade quando
administrados a ratos. Ratos machos foram administrados com doses
de corticosterona de 0, 10 e 25 mg/kg/dia, por injeção subcutânea
uma vez por dia por 6 semanas e acasalaram fêmeas não tratadas.

A dose mais elevada foi reduzida para 20 mg/kg/dia depois de 15
dias. Foram observadas diminuições tampões copulatórios, os quais
podem ser secundária à diminuição do peso dos órgãos
acessórios.

Os números de implantação e fetos vivos foram reduzidos.

Os corticosteroides mostraram ser teratogênicos em diversas
espécies ao serem ministrados em dosagens equivalentes às dosagens
humanas.

Em estudos sobre a reprodução animal, os glicocorticoides (como
a metilprednisolona) demonstraram o aumento do incidente de
malformações (fissuras palatinas, malformações ósseas), letalidade
embrionária fetal (por exemplo, aumento da reabsorção) e retardo do
crescimento intrauterino.

Cuidados de Armazenamento do Unimedrol

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em
temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da umidade.

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação
(vide cartucho).

Após a reconstituição, Unimedrol deverá ser mantido em
temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), utilizando-o no período de
48 horas.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Características organolépticas

Pó para solução injetável

Pó amorfo branco ou quase branco, inodoro, higroscópico.

Diluente

Líquido límpido, incolor e isento de partículas visíveis.

Após reconstituição

Solução límpida incolor a quase incolor, isenta de partículas
visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Dizeres Legais do Unimedrol

Registro MS – 1.0497.1132.

Farm. Resp.:

Florentino de Jesus Krencas
CRF-SP: 49136

União Química Farmacêutica Nacional S/A.

Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18.
Indústria Brasileira.

Fabricado na unidade fabril:

Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP CEP 06900-000
CNPJ 60.665.981/0001-18.
Indústria Brasileira.

Ou

Av. Pref. Olavo Gomes de Oliveira, 4.550
Bairro São Cristovão
Pouso Alegre – MG – CEP: 37550-000
CNPJ 60.665.981/0005-41
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Unimedrol, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.