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Risperdal Consta

Risperdal Consta é eficaz na manutenção da melhora clínica,
durante o tratamento de manutenção em pacientes que tenham
apresentado uma resposta inicial ao tratamento com a risperidona
por via oral.

Risperdal Consta é indicado para tratamento de manutenção do
transtorno bipolar tipo I em monoterapia.

Risperdal Consta é indicado para tratamento de manutenção do
transtorno bipolar como terapia adjuvante em pacientes com
transtorno bipolar com recaídas frequentes.

Como Risperdal consta funciona?

Risperdal Consta é um medicamento antipsicótico, com uma
formulação de liberação controlada de risperidona, para uso
intramuscular. Como a risperidona é liberada gradualmente no
organismo, você necessitará apenas de uma injeção a cada 2 semanas.
Durante as primeiras 3 semanas de tratamento, é necessário o
tratamento adicional com medicamento antipsicótico por via oral,
pois a primeira injeção de Risperdal Consta não tem efeito
imediato.

A risperidona é um antagonista seletivo de monoaminas, com
propriedades peculiares. Tem elevada afinidade por receptores
serotoninérgicos 5HT2 e dopaminérgicos D2. A risperidona liga-se
também a receptores alfa-1 adrenérgicos e, com menor afinidade, a
receptores histaminérgicos H1 e alfa-2 adrenérgicos.

A risperidona não tem afinidade por receptores colinérgicos.
Apesar da risperidona ser um antagonista D2 potente, a que se
atribui a melhora dos sintomas positivos da esquizofrenia, ela
produz menos depressão da atividade motora e indução de catalepsia
do que os neurolépticos convencionais.

O antagonismo equilibrado serotoninérgico e dopaminérgico
central pode reduzir a possibilidade de desenvolvimento de efeitos
colaterais extrapiramidais e ampliar a atividade terapêutica a
sintomas negativos e afetivos da esquizofrenia.

Contraindicação do Risperdal Consta

Não utilize Risperdal Consta se você for alérgico a este
medicamento ou a qualquer componente de sua fórmula. A alergia pode
ser reconhecida, por exemplo, por erupção da pele, coceira,
encurtamento da respiração ou inchaço da face. Na ocorrência de
qualquer um destes sintomas, contate seu médico imediatamente.

Como usar o Risperdal Consta

Risperdal Consta requer muita atenção ao passo a passo descrito
no Modo de usar, para garantir a administração correta e evitar
dificuldades no manuseio do kit.

As microesferas de liberação prolongada contidas no frasco de
Risperdal Consta deverão ser reconstituídas somente com o diluente
que acompanha a embalagem e devem ser administradas somente com a
agulha apropriada, fornecida no kit, para administração glútea (2
polegadas) ou deltoide (1 polegada). Não substitua nenhum dos
componentes da embalagem.

Para garantir a administração completa da dose de risperidona,
todo o conteúdo do frasco deve ser administrado.

A administração parcial do conteúdo pode ocasionar diminuição da
dose administrada de risperidona.

Recomenda-se administrar imediatamente após a
reconstituição.

Remova a embalagem de Risperdal Consta da geladeira e aguarde
até que atinja a temperatura ambiente por aproximadamente 30
minutos antes da reconstituição.

Conteúdo da embalagem:

  • 1 frasco-ampola com pó injetável de risperidona;
  • 1 dispositivo (SmartSite) para auxiliar na reconstituição;
  • 1 seringa preenchida contendo o diluente para
    reconstituição;
  • 2 agulhas para aplicação no paciente. A agulha 21G UTW 1
    polegada para administração deltoide e 20G TW 2 polegadas para
    administração na região glútea.
  1. Retire a tampa plástica colorida do frasco-ampola de Risperdal
    Consta. Não remova a tampa de borracha cinza. Limpe-a com álcool e
    espere secar.

  1. Abra a embalagem do dispositivo SmartSite e remova-o segurando
    entre a extremidade branca e a capa protetora.Não toque na
    extremidade de metal em hipótese alguma.

  1. É muito importante que o dispositivo SmartSite seja
    colocado corretamente no frasco, pois o diluente pode vazar durante
    a transferência para o frasco.

    Fixe o frasco numa superfície dura. Segure a base do frasco.
    Oriente o dispositivo de acesso sem agulha SmartSite verticalmente
    sobre o frasco de forma que a ponta do perfurador esteja no centro
    da tampa de borracha do frasco.

Pressione a extremidade do perfurador do dispositivo SmartSite
através da tampa de borracha do frascoampola até que o dispositivo
se encaixe com segurança.

Correto

Incorreto

  1. Segure a base do frasco e desinfete o ponto de conexão (círculo
    azul) do dispositivo SmartSite com álcool e espere secar antes de
    fixar a seringa ao dispositivo.

  1. A seringa preenchida possui uma ponta branca que consiste de
    duas partes: um anel branco para travar o êmbolo e uma tampa branca
    lisa. Para abrir a seringa, segure-a pelo anel branco e quebre a
    tampa branca da seringa partindo-a (

    Não gire ou corte a tampa branca

    ). Remova a tampa branca com a ponta da borracha interna.

Para todas as etapas de montagem da seringa, segure-a somente
pelo anel branco localizado na sua ponta.

Segurar o anel branco ajudará a prevenir que ele se
destaque e garante que permaneça conectado à seringa.

Cuidado para não apertar demais os componentes ao montar.
Apertar demais as conexões pode fazer com que as peças se soltem da
seringa.

  1. Enquanto estiver segurando o anel branco da seringa, insira e
    pressione a ponta da seringa no círculo azul do dispositivo
    SmartSite e gire em sentido horário para garantir que a seringa se
    encaixe com segurança no dispositivo (evite girar a seringa mais do
    que o necessário). Segure a capa protetora do dispositivo SmartSite
    durante o encaixe para prevenir que este gire.

  1. Injete o conteúdo total da seringa que contém diluente no
    frasco-ampola.

  1. Agite o frasco-ampola

    vigorosamente

    durante pelo menos 10 segundos (segurando a haste do êmbolo para
    baixo com o polegar). A mistura estará completa quando a suspensão
    estiver uniforme, espessa, com coloração leitosa e o pó estiver
    completamente disperso. As microesferas ficarão visíveis no
    líquido, porém não restará nenhuma seca.

Não guarde o frasco após a reconstituição, pois a
suspensão irá depositar.

  1. Inverta o conjunto e aspire

    lentamente

     toda a suspensão com a seringa. Destaque a parte do rótulo
    na linha picotada e cole-a na seringa com o objetivo de
    identificá-la.

  1. Segurando o

    anel branco

    da seringa, desconecte a seringa do dispositivo
    SmartSite.Descarte o frascoampola e o dispositivo
    adequadamente.

  1. Abra o sachê e pegue a agulha apropriada fornecida no kit.

    Não 

    toque a conexão da agulha, somente a parte transparente da capa
    protetora da mesma. Para administração na região Glútea, selecione
    a agulha 20G TW 2 polegadas (agulha mais comprida com conector
    amarelo). Para administração na região do Deltoide, selecione a
    agulha 21G UTW 1 polegada (agulha mais curta com conector
    verde).

  1. Para prevenir a contaminação, tenha cuidado para não tocar no
    conector laranja do dispositivo de segurança. Enquanto estiver
    segurando o anel branco da seringa, encaixe o conector laranja na
    seringa girando suavemente em sentido horário.

  1. Mantendo o

    anel branco

    da seringa apertado, segure a ponta transparente da agulha e
    coloque-a firmemente no dispositivo de proteção laranja,
    pressionando-a e girando-a em sentido horário.

    Encaixar a agulha garantirá uma conexão segura entre a
    agulha e o dispositivo de segurança laranja durante todas as etapas
    a seguir.

  1. A ressuspensão de Risperdal Consta será necessária antes
    da administração, pois, com o tempo, ocorrerá a precipitação após a
    reconstituição do medicamento. Agite vigorosamente pelo tempo
    necessário para ressuspender as microesferas.

  2. Mantendo o

    anel branco

    da seringa apertado, retire a tampa transparente da agulha sem
    torcer, pois a agulha pode se soltar do dispositivo de proteção.
    Não gire a tampa, pois o conector pode se soltar.

  1. Bata levemente na seringa para que as bolhas de ar subam à
    superfície. Remova o ar da seringa apertando o êmbolo cuidadosa e
    lentamente enquanto mantém a agulha na posição vertical. Injete
    imediatamente o conteúdo total da seringa via intramuscular no
    músculo glúteo ou deltoide do paciente. A injeção glútea deve ser
    feita no quadrante superior externo da região glútea.

    Não administre por via intravenosa.

Advertência:

Para evitar ferimento com agulha contaminada:

  • Não use uma só mão para pressionar o dispositivo de segurança
    sobre a agulha;
  • Não tente desmontar o dispositivo de segurança
    intencionalmente;
  • Não tente desentortar a agulha ou encaixar o dispositivo de
    segurança se a agulha estiver torta ou danificada;
  • Não use incorretamente o dispositivo de segurança, pois o mesmo
    pode projetar a agulha do dispositivo.
  1. Depois de a injeção aplicada, pressione a agulha para dentro do
    dispositivo de segurança laranja usando a técnica de mão única.
    Execute a técnica de mão única pressionando

    suavemente 

    o dispositivo de segurança laranja contra uma superfície plana.
    Conforme o dispositivo de seurança for pressionado, a agulha se
    prenderá firmemente nele.. Confirme visualmente que a agulha está
    totalmente encaixada dentro do dispositivo de segurança laranja
    antes de descartar. Descarte a agulha corretamente. Descarte também
    a outra agulha (não utilizada) fornecida no kit.

Não reutilize:

dispositivos médicos exigem características específicas do
material para agirem conforme o planejado. Essas características
foram verificadas somente para uso único. Qualquer tentativa de
reprocessar o dispositivo quanto a uma subsequente reutilização
pode afetar de forma adversa a integridade do dispositivo ou levar
à deterioração no desempenho.

Posologia

Adultos

A dose recomendada é 25 mg em injeção intramuscular a cada duas
semanas. Alguns pacientes podem se beneficiar de doses maiores, de
37,5 mg ou 50 mg.

Doses maiores que 50 mg por duas semanas não são
recomendadas.

Seu médico poderá prescrever Risperdal oral para as primeiras 3
semanas, após a sua primeira injeção. A dose não deve ser aumentada
com frequência maior do que uma vez a cada 4 semanas.

O efeito do ajuste da dose não deve ser esperado antes de 3
semanas após o aumento da dose. Seu médico decidirá qual é a melhor
dose para você.

Pacientes Idosos

A dose recomendada é de 25 mg em injeção intramuscular a cada 2
semanas.

Pacientes com insuficiência renal ou
hepática

Risperdal Consta não foi estudado em pacientes com problemas no
fígado e rins.

Se você apresenta uma destas condições, a dose recomendada para
iniciar o tratamento é de 0,5 mg de risperidona, por via oral, duas
vezes ao dia, durante a primeira semana. Na segunda semana, pode-se
administrar 1 mg duas vezes ao dia ou 2 mg uma vez ao dia.

Crianças

Risperdal Consta não foi avaliado em pacientes com idade
inferior a 18 anos.

Interrupção do tratamento

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Pacientes com esquizofrenia podem descontinuar o tratamento com
Risperdal Consta por diversas razões. Os médicos devem escolher
tratamentos antipsicóticos posteriores baseando-se na reavaliação
da condição clínica do paciente e na análise de
risco-benefício.

Deve-se notar que as concentrações plasmáticas de Risperdal
Consta estão presentes no paciente por aproximadamente 4-6 semanas
após a última injeção.

Portanto, os médicos devem considerar esse fato, além do nível
dos sintomas do paciente, antes de decidir a dose e quando iniciar
qualquer terapia antipsicótica alternativa, após a descontinuação
de Risperdal Consta.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
medicamento sem o conhecimento do seu médico.

O que eu devo fazer quando eu me esquecer de usar
Risperdal Consta?

Se você perder uma injeção, contate seu médico, pois a mesma
deverá ser administrada o mais breve possível.

Em caso de dúvida procure orientação do farmacêutico ou
do seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Risperdal Consta

Estudos em pacientes idosos com demência demonstraram que
Risperdal administrado isoladamente ou com furosemida está
associado a um maior índice de óbito. Informe seu médico se você
estiver tomando furosemida.

A furosemida é um medicamento utilizado para o tratamento de
pressão alta, alguns problemas do coração ou inchaço de partes do
corpo pelo acúmulo de excesso de fluido. Não houve aumento na
incidência de mortalidade entre pacientes recebendo outros
diuréticos concomitantemente à risperidona.

Independentemente do tratamento, a desidratação foi um fator
geral de risco para a mortalidade e deve, portanto, ser evitada
cuidadosamente em pacientes idosos com demência.

Em pacientes idosos com demência, alterações repentinas no
estado mental, fraqueza repentina ou paralisia daface, braços ou
pernas, especialmente de um lado, ou casos de fala arrastada têm
sido observados. Se algum destes sintomas ocorrer, mesmo que
durante um curto período de tempo, procure seu médico
imediatamente.

O uso do Risperdal Consta com medicamentos para o tratamento de
pressão alta pode resultar em queda da pressão. Portanto, se você
precisar usar Risperdal Consta e medicamentos para reduzir a
pressão arterial,consulte o seu médico.

Diga a seu médico se você ou alguém em sua família tem histórico
de coágulos no sangue. Estes coágulos foram encontrados nos pulmões
e pernas de pacientes que utilizam Risperdal Consta. Coágulos de
sangue nos pulmões podem ser fatais.

Se você nunca tomou Risperdal Consta, deverá iniciar o
tratamento por via oral, para verificar sua tolerância ao
medicamento, antes de utilizar Risperdal Consta.

Durante tratamento prolongado, Risperdal Consta pode causar
movimentos musculares involuntários (discinesia tardia),
predominantemente no rosto. Se isto acontecer, consulte seu
médico.

Muito raramente, pode ocorrer um estado de confusão mental,
redução do nível de consciência, febre alta e contrações musculares
(Síndrome Neuroléptica Maligna). Neste caso, atendimento médico
deve ser procurado com urgência.

Como números perigosamente baixos de um certo tipo de células
brancas do sangue, necessárias no combate a infecções no seu
sangue, foram observados muito raramente em pacientes tratados com
Risperdal Consta, seu médico deverá verificar sua contagem de
células brancas.

Diga a seu médico se você sabe que já apresentou níveis baixos
de células brancas no passado (que podem ou não ter sido causados
por outros medicamentos).

Aumento de açúcar no sangue tem sido relatado muito raramente.
Procure seu médico se você apresentar sintomas como sede excessiva
ou aumento da vontade de urinar.

O Risperdal Consta deve ser usado com cuidado se você tiver
problemas de coração, particularmente ritmo cardíaco irregular e
anormalidades da atividade elétrica do coração (síndrome do
intervalo QT longo) ou se você usar medicamentos que podem alterar
a atividade elétrica do coração. Nestes casos o produto deverá ser
utilizado apenas após consulta com o seu médico.

Durante uma operação nos olhos por turvação do cristalino
(catarata), a pupila (círculo preto no meio do olho) pode não
aumentar de tamanho conforme o necessário. Além disso, durante a
cirurgia, a íris (parte colorida do olho) pode se tornar flácida,
provocando danos nos olhos.

Informe seu médico e o oftalmologista que você está fazendo o
uso deste medicamento caso esteja planejando uma operação nos
olhos.

Alguns medicamentos (bloqueadores alfa-adrenérgicos) provocam
ereção prolongada e dolorosa do pênis, a qual foi relatada, também,
com Risperdal no período de vigilância pós comercialização.

Risperdal apresenta efeito antiemético (inibição do vômito) que
pode mascarar os efeitos e sintomas da superdosagem com certos
medicamentos ou de condições como obstrução intestinal, síndrome de
Reye e tumor cerebral.

Como ocorre com outros antipsicóticos, Risperdal deve ser usado
com cautela em pacientes com história de convulsões ou outras
condições que potencialmente reduzam o limiar de convulsão.
Portanto, informe ao médico se você tem ou já teve convulsões no
passado ou outras condições que potencialmente reduzam o limiar de
convulsão.

Agentes antipsicóticos podem comprometer a capacidade do corpo
de reduzir a temperatura central. Portanto, informe ao médico se
você realiza exercícios intensos, se expõe a calor intenso, exerce
atividades que causam desidratação ou faz uso concomitante de
medicamentos com atividade colinérgica.

Reações alérgicas

Mesmo que você tenha tolerado a risperidona por via oral, podem
ocorrer muito raramente reações alérgicas após as injeções de
Risperdal Consta. Procure atendimento médico imediatamente se você
apresentar rash, inchaço da garganta, coceira ou problemas
para respirar, uma vez que estes podem ser sinais de reação
alérgica grave.

Ganho de peso

Tente comer moderadamente, pois Risperdal Consta pode induzir
ganho de peso.

Doenças cardiovasculares, Diabetes, Doença de Parkinson,
Demência com Corpos de Lewy ou Epilepsia

Informe seu médico se você tiver uma destas doenças. Supervisão
médica cuidadosa pode ser necessária durante o tratamento com
Risperdal Consta e a posologia talvez tenha que ser ajustada.

Insuficiência renal ou hepática

Informe seu médico se você tiver uma destas condições. Não há
experiência com o uso de Risperdal Consta em pacientes com
comprometimento da função dos rins ou do fígado.

Pacientes idosos

Devem ser tratados com a menor dose (25 mg) de Risperdal®
Consta.

Crianças

Não há experiência com o uso de Risperdal Consta em pacientes
com idade inferior a 18 anos.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Risperdal Consta pode afetar sua atenção ou capacidade para
dirigir. Durante o tratamento, você não deve dirigir veículos ou
operar máquinas antes de seu médico avaliá-lo, pois sua capacidade
e atenção podem estar prejudicadas.

Gravidez e Amamentação

Gravidez

Informe a seu médico se você está grávida ou pretende
engravidar. Ele decidirá se você pode ou não usar Risperdal
Consta.

Amamentação

Informe seu médico se você está amamentando. Risperdal Consta
não deve ser utilizado durante a amamentação.

Tremores, rigidez muscular e/ou fraqueza, sonolência, agitação,
problemas respiratórios e dificuldade na alimentação podem ocorrer
nos recém-nascidos de mães que utilizaram Risperdal Consta no
último trimestre de sua gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgiãodentista.

Ingestão concomitante com outras
substâncias

Informe seu médico se você estiver tomando qualquer outro
medicamento. Ele decidirá quais os medicamentos que você pode
utilizar junto ao Risperdal Consta.

Risperdal Consta pode interferir com a ação de alguns
medicamentos usados para tratar a Doença de Parkinson (agonistas
dopaminérgicos, como a levodopa).

Se você estiver tomando medicamentos para pressão alta, consulte
o seu médico, uma vez que, tomar esses medicamentos com Risperdal
Consta pode fazer com que a pressão arterial caia demais.

Risperdal Consta deve ser usado com cuidado quando em uso
concomitante com medicamentos que alteram a atividade elétrica do
coração, como os seguintes, entre outros: medicamentos para
malária, distúrbios do ritmo cardíaco, alergias, outros
antipsicóticos, antidepressivos, diuréticos ou outros medicamentos
que afetem os eletrólitos no organismo (sódio, potássio,
magnésio).

Alguns medicamentos, quando tomados com Risperdal
Consta, podem aumentar ou diminuir o nível de Risperdal Consta no
sangue. Portanto, informe ao médico se você iniciar ou interromper
o uso dos seguintes medicamentos, pois pode ser necessário ajustar
a dose:

Medicamentos que podem aumentar o nível de Risperdal
Consta no sangue:

  • Fluoxetina e paroxetina, medicamentos utilizados principalmente
    no tratamento da depressão e outros distúrbios da ansiedade;
  • Itraconazol e cetoconazol, medicamentos para tratar infecções
    causadas por fungos;
  • Certos medicamentos usados no tratamento da AIDS, tais como o
    ritonavir;
  • Verapamil, um medicamento usado para tratar pressão alta e/ou
    ritmo anormal do coração;
  • Sertralina e fluvoxamina, medicamentos usados para tratar
    depressão e outros transtornos psiquiátricos.

Medicamentos que podem diminuir o nível de Risperdal
Consta no sangue:

  • Carbamazepina, um medicamento usado principalmente para tratar
    a epilepsia ou a neuralgia do trigêmeo (crises de dor intensa na
    face);
  • Rifampicina, um medicamento para tratar algumas infecções.

É improvável que os seguintes medicamentos alterem o
efeito do Risperdal Consta:

  • Cimetidina e ranitidina, dois medicamentos para redução da
    acidez estomacal, podem aumentar levemente a quantidade de
    Risperdal Consta no sangue, mas é improvável que possam alterar os
    efeitos de Risperdal Consta;
  • Eritromicina, um antibiótico, não apresenta efeito sobre o
    nível de Risperdal Consta no sangue;
  • Topiramato, um medicamento utilizado para tratar epilepsia e
    enxaqueca, não apresenta um efeito significativo no nível de
    Risperdal Consta no sangue;
  • Galantamina e donepezila, medicamentos utilizados no tratamento
    da demência, não apresentam efeitos sobre o Risperdal Consta.

É improvável que Risperdal Consta altere o efeito dos
seguintes medicamentos:

  • Risperdal Consta não parece interagir com lítio ou valproato,
    dois medicamentos utilizados no tratamento da mania, ou com
    digoxina, um medicamento para o coração.

Interação com álcool

Risperdal Consta pode intensificar o efeito do álcool e de
medicamentos que reduzem a capacidade para reagir
(‘tranquilizantes’ e certos tipos de analgésicos potentes,
anti-histamínicos e antidepressivos).

Assim, não tome bebidas alcoólicas e evite outros medicamentos,
usando-os apenas se forem prescritos pelo médico.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Risperdal Consta

Ao longo deste item, são apresentadas as reações adversas.
Reações adversas são eventos adversos que foram considerados
razoavelmente associados com o uso de risperidona baseado em
avaliação abrangente das informações disponíveis de eventos
adversos.

Assim como todos os medicamentos, Risperdal Consta pode causar
efeitos adversos. As reações adversas relacionadas ao tratamento
com Risperdal Consta estão listadas a seguir. Se você tiver algum
desses sintomas,consulte seu médico.

Dados de Estudos Clínicos

A seguir listamos as reações adversas observadas em estudos
clínicos com a administração de Risperdal Consta em pacientes com
esquizofrenia e para o tratamento adjuvante de manutenção de
pacientes com transtorno bipolar I (que estavam recebendo, também,
diferentes estabilizadores do humor, antidepressivos e/ou
ansiolíticos) e em monoterapia para o tratamento de manutenção do
transtorno bipolar I. A maioria das reações foi de gravidade leve a
moderada.

Pacientes com esquizofrenia

As seguintes reações adversas foram relatadas por ≥ 2% dos
pacientes tratados com Risperdal Consta:

Infecções e Infestações:

Infecção do trato respiratório superior.

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Dor de cabeça, Parkinsonismo* (movimento lento ou comprometido,
sensação de rigidez ou tensão dos músculos, tornando seus
movimentos irregulares, e, algumas vezes, até mesmo a sensação de
movimento “congelado” e depois reiniciando.

Outros sinais de parkinsonismo incluem maneira de andar lenta e
embaralhada, tremor em descanso, aumento da saliva e/ou baba, e
perda da expressão do rosto), tontura, acatisia* (incapacidade de
permanecer sentado, inquietação motora e sensação de tremor
muscular), sonolência, tremores, sedação, síncope (desmaio),
hipoestesia (sensibilidade diminuída ao estímulo).

Distúrbios Oftalmológicos:

Visão turva.

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Tosse, congestão sinusal.

Distúrbios Gastrintestinais:

Constipação, boca seca, dispepsia, náusea, dor de dente,
hipersecreção salivar (secreção excessiva de saliva).

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo:

Acne, pele seca.

Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido
Conjuntivo:

Dor nas extremidades.

Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração:

Fadiga, astenia (fraqueza), edema periférico, dor, febre.

Testes:

Ganho de peso, perda de peso.

*

Parkinsonismo inclui:

distúrbio extrapiramidal, rigidez musculoesquelética, rigidez
muscular e bradicinesia.

Acatisia inclui:

acatisia e agitação.

As seguintes reações adversas foram relatadas por ≥ 4%
dos pacientes que receberam tratamento adjuvante de manutenção com
Risperdal Constaa:

Infecções e Infestações:

Infecção do trato respiratório superior.

Distúrbios Metabólicos e Nutricionais:

Diminuição do apetite, aumento do apetite.

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Tremor, Parkinsonismob, discinesiab (movimentos
involuntários dos músculos, podendo incluir movimentos repetitivos,
espásticos ou contorcidos ou contorções), sedação, distúrbio de
atenção.

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Tosse.

Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido
Conjuntivo:

Artralgia (dor nas articulações).

Distúrbios do Sistema Reprodutor e das
Mamas:

Amenorreia (ausência de menstruação).

Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração:

Marcha anormal.

Testes:

Aumento do peso.

a Pacientes que receberam Risperdal Consta ou placebo
de maneira duplo-cega em adição ao seu tratamento prévio, o qual
incluiu estabilizadores de humor, antidepressivos e/ou
ansiolíticos.
bParkinsonismo inclui: rigidez muscular, hipocinesia,
rigidez da roda denteada e bradicinesia. Discinesia inclui:
contração muscular e discinesia.

Outros Dados de Estudos Clínicos

A seguir listamos as reações adversas adicionais observadas em
pacientes com esquizofrenia tratados em estudos clínicos com
risperidona e/ou paliperidona (composto resultante do metabolismo
da risperidona).

As seguintes reações adversas adicionais foram relatadas
com risperidona e/ou paliperidona por ≥ 2% dos pacientes com
esquizofrenia tratados com Risperdal Consta:

Distúrbios Psiquiátricos:

Agitação, ansiedade, depressão, insônia*.

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Acatisia*, Parkinsonismo.

Distúrbios Cardíacos:

Taquicardia (batimentos acelerados do coração).

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Congestão nasal.

Distúrbios Gastrintestinais:

Desconforto abdominal, diarreia, vômitos.

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo:

Erupção cutânea.

Distúrbios do Tecido Conjuntivo e
Musculoesquelético:

Dor nas costas, espasmos musculares, dor musculoesquelética.

Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração:

Edema*.

*

Insônia inclui:

insônia inicial, insônia média; Acatisia inclui: hipercinesia
(movimento involuntário e frequente), síndrome das pernas
inquietas, inquietação; Parkinsonismo inclui: acinesia,
bradicinesia, rigidez em roda denteada, hipersalivação (secreção
excessiva de saliva), sintomas extrapiramidais, reflexo glabelar
anormal, rigidez muscular, tensão muscular, rigidez
musculoesquelética. 

Edema inclui:

edema generalizado, edema periférico, edema depressível.

As seguintes reações adversas foram relatadas com
risperidona e/ou paliperidona por lt; 2% dos pacientes com
esquizofrenia tratados com Risperdal Consta.

Infecções e Infestações:

Infecção de ouvido, infecção, gripe, sinusite.

Distúrbios do Sistema Imunológico:

Hipersensibilidade (alergia).

Distúrbios Metabólicos e Nutricionais:

Redução do apetite, aumento do apetite.

Distúrbios Psiquiátricos:

Estado confusional, redução da libido, pesadelo.

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Tontura postural, disartria (dificuldade da fala), discinesia*,
parestesia (sensação de formigamento, pontadas ou adormecimento da
pele).

Distúrbios Oftalmológicos:

Fotofobia (hipersensibilidade dolorosa à luz).

Distúrbios do Ouvido e Labirinto:

Dor de ouvido.

Distúrbios Cardíacos:

Bradicardia (batimentos cardíacos lentos), transtorno de
condução, eletrocardiograma anormal, eletrocardiograma com QT
prolongado, palpitações (percepção do batimento cardíaco).

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Dispneia (falta de ar), dor faringolaríngea, chiado.

Distúrbios Hepatobiliares:

Aumento da gama-glutamiltransferase, aumento das enzimas
hepáticas.

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo:

Prurido (coceira), dermatite seborreica, transtorno da pele.

Distúrbios do Tecido Conjuntivo e
Musculoesquelético:

Rigidez articular, fraqueza muscular.

Distúrbios Renais e Urinários:

Incontinência urinária.

Distúrbios do Sistema Reprodutor e das
Mamas:

Desconforto das mamas, transtorno da ejaculação, disfunção
erétil, galactorreia (produção anormal de leite).

Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração:

Desconforto no peito, sensação anormal, reação no local de
injeção.

*Discinesia inclui:

atetose (movimentos involuntários anormais), coreia (movimentos
involuntários arrítmicos, rápidos, não repetitivos e com
distribuição variável), coreoatetose, transtorno do movimento,
contração muscular, mioclonia (contrações repentinas,
incontroláveis e involuntárias de um músculo).

As seguintes reações adversas foram relatadas com
risperidona e/ou paliperidona em outros estudos clínicos, mas não
foram relatadas por pacientes com esquizofrenia tratados com
Risperdal Consta (25 mg ou 50 mg):

Infecções e Infestações:

Acarodermatite (inflamação da pele causada por ácaros),
bronquite, celulite, cistite (inflamação da bexiga), infecção no
olho, infecção localizada, onicomicose (micose nas unhas),
pneumonia, infecção no trato respiratório, abscesso subcutâneo,
tonsilite (amigdalite), infecção no trato urinário, infecção
viral.

Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático:

Anemia, contagem aumentada de eosinófilos, redução do
hematócrito, neutropenia, contagem reduzida de células brancas do
sangue.

Distúrbios do Sistema Imunológico:

Reação anafilática (reação alérgica grave que resulta em
dificuldade de respirar e choque).

Distúrbios Endócrinos:

Presença de glicose na urina, hiperprolactinemia (secreção
excessiva de prolactina, cujos sintomas podem incluir, nos homens,
inchaço das mamas, dificuldade em obter ou manter ereções ou outra
disfunção sexual, e, em mulheres, ausência de ciclos menstruais ou
outros problemas com o ciclo menstrual).

Distúrbios Metabólicos e Nutricionais:

Anorexia (perda do apetite), aumento do colesterol sanguíneo,
aumento do triglicérides sanguíneo, hiperglicemia (aumento do
açúcar no sangue), hiperinsulinemia (aumento da insulina no
sangue), polidipsia (sede excessiva).

Distúrbios Psiquiátricos:

Anorgasmia (incapacidade de atingir o orgasmo), embotamento
afetivo (dificuldade em expressar emoções e sentimentos),
transtorno do sono.

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Transtorno do equilíbrio, acidente vascular cerebral (perda
súbita do suprimento de sangue para o cérebro), transtorno vascular
cerebral (problemas nos vasos sanguíneos do cérebro), convulsão*,
coordenação anormal, nível reduzido de consciência, coma diabético
(coma devido à diabetes não controlada), distonia* (contrações
musculares involuntárias lentas e prolongadas, incluindo movimentos
anormais dos olhos, boca, língua ou mandíbula), instabilidade da
cabeça, perda da consciência, síndrome neuroléptica maligna
(confusão, redução ou perda da consciência, febre alta, e rigidez
muscular grave), hiperatividade psicomotora, discinesia tardia
(contraturas musculares involuntárias, predominantemente no rosto),
ausência de resposta a estímulos.

Distúrbios Oftalmológicos:

Conjuntivite, olhos secos, transtorno do movimento dos olhos,
crise oculógira (movimento espástico dos olhos para uma posição
fixa, geralmente para cima), crosta na margem da pálpebra, glaucoma
(aumento da pressão dentro do globo ocular), aumento do
lacrimejamento, hiperemia ocular (olho avermelhado).

Distúrbios de Ouvido e Labirinto:

Zumbido, vertigem.

Distúrbios Cardíacos:

Bloqueio atrioventricular (interrupção da condução entre a parte
superior e inferior do coração), síndrome da taquicardia postural
ortostática, arritmia sinusal.

Distúrbios Vasculares:

Rubor (vermelhidão), hipotensão (pressão baixa), hipotensão
ortostática (pressão baixa ao ficar em pé).

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Disfonia (rouquidão), epistaxe (sangramento nasal),
hiperventilação, pneumonia por aspiração, congestão pulmonar,
estertores (respiração ruidosa), transtornos respiratórios,
congestão do trato respiratório.

Distúrbios Gastrintestinais:

Queilite (eritema e ulceração no canto da boca), disfagia
(dificuldade de engolir), incontinência fecal, fecaloma (fezes
endurecidas), flatulência (gases), gastroenterite, obstrução
intestinal, inchaço da língua.

Distúrbios Hepatobiliares:

Aumento das transaminases.

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo:

Erupção medicamentosa, eczema, eritema (vermelhidão da pele),
hiperqueratose (endurecimento da pele), descoloração da pele, lesão
da pele, urticária.

Distúrbios do Tecido Conjuntivo, Musculoesquelético e
Ossos:

Aumento da creatina fosfoquinase sanguínea, edema articular, dor
no pescoço, postura anormal, rabdomiólise (destruição das fibras
musuculares e dor nos músculos).

Distúrbios Renais e Urinários:

Disúria (dificuldade ou dor para urinar), polaciúria (micção
frequente com pouco volume).

Distúrbios do Sistema Reprodutor e das
Mamas:

Secreção nas mamas, ingurgitamento das mamas, aumento das mamas,
ginecomastia (crescimento das mamas em homens), transtorno
menstrual*, atraso na menstruação, disfunção sexual, secreção
vaginal.

Distúrbios Gerais e Condições no Local de
Administração:

Redução da temperatura do corpo, aumento da temperatura do
corpo, calafrios, desconforto, síndrome de abstinência (retirada do
medicamento), edema de face, endurecimento, mal-estar, frieza nas
extremidades, sede.

Lesões, Envenenamento e Complicações
Posturais:

Queda, dor do procedimento.

* Convulsão inclui:

convulsão do tipo grande mal; Distonia inclui: blefaroespasmo
(contrações involuntárias da pálpebra), espasmo cervical,
emprostótono (espasmo tetânico que faz curvar o corpo para frente),
espasmo facial, hipertonia (tensão extrema dos músculos),
laringoespasmo, contrações musculares involuntárias, miotonia
(diminuição da velocidade de relaxamento muscular), crise
oculógira, opistótono (espasmo tetânico que faz curvar o corpo para
trás), espasmo orofaríngeo, pleurotótono (espasmo tetânico que faz
curvar o corpo para um dos lados), riso sardônico, tetania,
paralisia da língua, espasmo da língua, torcicolo, trismo
(contratura dolorosa da musculatura da mandíbula).

Transtorno da menstrução inclui:

menstruação irregular, oligomenorreia (menstruação infrequente
ou muito leve).

Dados Pós-comercialização

As reações adversas observadas com a risperidona e/ou
paliperidona durante a experiência após o início da comercialização
de Risperdal Consta estão descritas a seguir.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento), incluindo relatos
isolados:

Distúrbios do Sangue e do Sistema
Linfático:

Agranulocitose, trombocitopenia (redução das plaquetas, células
do sangue que auxiliam na interrupção do sangramento).

Distúrbios Endócrinos:

Secreção inapropriada do hormônio antidiurético (hormônio que
controla o volume de urina).

Distúrbios Metabólicos e Nutricionais:

Diabetes mellitus, cetoacidose diabética (complicações
da diabetes não controlada que podem ser fatais), hipoglicemia
(diminuição do nível de açúcar no sangue), intoxicação por
água.

Distúrbios Psiquiátricos:

Mania (humor elevado).

Distúrbios do Sistema Nervoso:

Disgeusia (diminuição do paladar).

Distúrbios Oftalmológicos:

Oclusão da artéria retiniana, Síndrome de Íris Flácida
(Intraoperatória), uma condição que pode ocorrer durante a cirurgia
de catarata em pacientes que utilizam ou já utilizaram
Risperdal.

Distúrbios Cardíacos:

Fibrilação atrial (ritmo anormal do coração).

Distúrbios Vasculares:

Trombose de veia profunda (coágulos de sangue nas pernas),
embolia pulmonar (coágulos de sangue nos pulmões).

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do
Mediastino:

Síndrome da apneia do sono (dificuldade para respirardurante o
sono).

Distúrbios Gastrintestinais:

Pancreatite (inflamação do pâncreas), íleo (obstrução do
intestino).

Distúrbios Hepatobiliares:

Icterícia (pele e dos olhos amarelados).

Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo:

Alopecia (queda de cabelo), angioedema (reação alérgica grave
caracterizada por febre, inchaço da boca, face, lábio ou língua,
falta de ar, coceira, erupção cutânea e, algumas vezes, queda na
pressão arterial).

Distúrbios Renais e Urinários:

Retenção urinária.

Gravidez, Puerpério e Condições Perinatais:

Síndrome de abstinência neonatal (síndrome de retirada do
medicamento que ocorre em recém-nascidos).

Distúrbios do Sistema Reprodutor e das
Mamas:

Priapismo (ereção prolongada e dolorosa do pênis).

Distúrbios Gerais:

Hipotermia (redução da temperatura do corpo), reação no local da
injeção, incluindo abscesso; celulite, cisto, hematoma, necrose,
úlcera.

Muito raramente, casos de reações anafiláticas após aplicação de
Risperdal Consta foram relatados durante o período
pós-comercialização, em pacientes que apresentaram tolerância
prévia à risperidona oral.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Risperdal Consta

Risperdal Consta 25 mg:

Cada frasco-ampola contém

25 mg de risperidona.

Excipiente:

polímero lactídio-coglicolídio.

Risperdal Consta 37,5 mg:

Cada frasco-ampola contém

37,5 mg de risperidona.

Excipiente

: polímero lactídio-coglicolídio.

Risperdal Consta 50 mg:

Cada frasco-ampola contém

50 mg de risperidona.

Excipiente:

polímero lactídio-coglicolídio.

Cada seringa de diluente contém:

Ácido cítrico anidro, água para injetáveis, carmelose sódica,
cloreto de sódio, fosfato de sódio dibásico, hidróxido de sódio e
polissorbato 20.

Superdosagem do Risperdal Consta

Embora a ocorrência de superdose seja menos provável com a
administração parenteral do que com a oral, são apresentadas as
informações referentes à superdose por via oral.

Risperdal Consta deve ser aplicado por profissional da área da
saúde através de injeção glútea ou deltóide, e não pelo paciente
como no caso do tratamento oral. Portanto, dentro destas
circunstâncias, o risco de superdose com Risperdal Consta é
considerado insignificante.

Sinais e Sintomas

Na eventualidade improvável de uma dose excessiva de Risperdal
Consta ser administrada, um ou mais dos seguintes sintomas podem
ocorrer: redução da atenção, sonolência, tremor excessivo, rigidez
muscular excessiva, alteração da frequência cardíaca e redução da
pressão arterial. Casos de anormalidade na condução elétrica
cardíaca (prolongamento do intervalo QT) e convulsões foram
relatados.

A superdose pode ocorrer se você tomar outro medicamento com
Risperdal.

Procure seu médico se você apresentar algum dos sintomas
acima.

Tratamento

Em caso de dose excessiva seu médico deverá estabelecer e manter
as vias respiratórias abertas, se você estiver inconsciente.

Além disso, se a sua pressão tiver baixa, seu médico
administrará agentes chamados simpatomiméticos. Por fim, seu médico
monitorará a atividade elétrica do seu coração.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Risperdal Consta

Interações relacionadas à farmacodinâmica

Medicamentos com ação central e álcool

Devido a seus efeitos primários sobre o SNC, Risperidona
(substância ativa) deve ser administrada com cautela em associação
com outros medicamentos com ação central ou álcool.

A levodopa e agonistas dopaminérgicos

Risperidona (substância ativa) pode antagonizar o efeito da
levodopa e de outros agonistas dopaminérgicos.

Medicamentos com efeito hipotensor

Hipotensão clinicamente significativa foi observada, após a
comercialização, com o uso concomitante da Risperidona (substância
ativa) e de tratamento anti-hipertensivo.

Medicamentos que prolongam o intervalo QT

Recomenda-se cuidado ao prescrever Risperidona (substância
ativa) com medicamentos que sabidamente prolongam o intervalo
QT.

Interações relacionadas à farmacocinética

Inibidores potentes da CYP2D6

A administração concomitante de Risperidona (substância ativa) e
de um inibidor potente da CYP2D6 pode aumentar as concentrações
plasmáticas da Risperidona (substância ativa), mas menos da fração
antipsicótica ativa. Doses maiores de um inibidor potente da CYP2D6
podem elevar as concentrações da fração antipsicótica ativa da
Risperidona (substância ativa) (por exemplo, paroxetina). Quando a
paroxetina ou outro inibidor potente da CYP2D6, especialmente em
doses altas, forem iniciados concomitantemente ou descontinuados, o
médico deve reavaliar a posologia da Risperidona (substância
ativa).

Inibidores da CYP3A4 e/ou da P-gp

A administração concomitante de Risperidona (substância ativa) e
de um inibidor potente da CYP3A4 e/ou P-gp pode aumentar
substancialmente as concentrações plasmáticas da fração
antipsicótica ativa da Risperidona (substância ativa). Quando a
administração concomitante de itraconazol ou outro inibidor potente
da CYP3A4 e/ou da P-gp for iniciada ou descontinuada, o médico deve
reavaliar a posologia da Risperidona (substância ativa).

Indutores da CYP3A4 e/ou da P-gp

A administração concomitante de Risperidona (substância ativa) e
de um indutor potente da CYP3A4 e/ou P-gp pode diminuir as
concentrações plasmáticas da fração antipsicótica ativa da
Risperidona (substância ativa). Quando a administração concomitante
de carbamazepina ou outro indutor potente da CYP3A4 e/ou P-gp for
iniciada ou descontinuada, o médico deve reavaliar a posologia da
Risperidona (substância ativa).

Medicamentos com alta ligação às proteínas

Quando Risperidona (substância ativa) é tomada junto a
medicamentos com alto índice de ligação proteica, não há um
deslocamento das proteínas plasmáticas clinicamente relevantes em
nenhum deles. Quando estes medicamentos forem administrados
concomitantemente, consultar as respectivas bulas sobre a via de
metabolismo e a possível necessidade de ajustar as doses.

População pediátrica

Os estudos de interação foram realizados apenas em adultos. A
relevância dos resultados destes estudos para os pacientes
pediátricos é desconhecida.

Exemplos de medicamentos com potencial para interação ou
que não apresentaram interação com a Risperidona

Antibacterianos

A eritromicina, um inibidor moderado da CYP3A4, não altera a
farmacocinética da Risperidona (substância ativa) e da fração
antipsicótica ativa.

A rifampicina, um indutor forte da CYP3A4 e indutor da P-gp,
diminuiu as concentrações plasmáticas da Risperidona (substância
ativa) e da fração antipsicótica ativa.

Inibidores da colinesterase

A galantamina e a donepezila, ambas substratos de CYP2D6 e
CYP3A4, não mostraram efeito clinicamente relevante na
farmacocinética da Risperidona (substância ativa) e da fração
antipsicótica ativa.

Antiepiléticos

A carbamazepina, um indutor forte da CYP3A4 e indutor da P-gp,
diminui os níveis plasmáticos da fração antipsicótica ativa de
Risperidona (substância ativa).

O topiramato reduziu ligeiramente a biodisponibilidade da
Risperidona (substância ativa), mas não da fração antipsicótica
ativa. Portanto, esta interação provavelmente não apresenta
significância clínica. A Risperidona (substância ativa) não
demonstra efeito clinicamente significante na farmacocinética do
valproato ou do topiramato.

Antifúngicos

O itraconazol, um inibidor forte da CYP3A4 e inibidor da P-gp,
na dose de 200 mg/dia, aumentou as concentrações plasmáticas da
fração antipsicótica ativa em cerca de 70%, com doses de
Risperidona (substância ativa) de 2 mg/dia a 8 mg/dia.

O cetoconazol, um inibidor forte da CYP3A4 e inibidor da P-gp,
na dose de 200 mg/dia, aumentou as concentrações plasmáticas da
Risperidona (substância ativa) e diminuiu as concentrações
plasmáticas da 9-hidróxi-Risperidona (substância ativa).

Antipsicóticos

Os fenotiazínicos podem aumentar as concentrações plasmáticas da
Risperidona (substância ativa), mas não da fração antipsicótica
ativa.

O aripiprazol, um substrato de CYP2D6 e CYP3A4 a
Risperidona (substância ativa), na forma de comprimidos ou
injetável, não afetou a farmacocinética da soma do aripiprazol e de
seu metabólito ativo, de-hidroaripiprazol.

Antivirais

Inibidores de protease:

Não há dados disponíveis de estudos formais. No entanto, como o
ritonavir é um inibidor forte de CYP3A4 e um inibidor fraco de
CYP2D6, o ritonavir e inibidores de protease potencializados com
ritonavir podem aumentar as concentrações da fração antipsicótica
ativa da Risperidona (substância ativa).

Betabloqueadores

Alguns betabloqueadores podem aumentar as concentrações
plasmáticas da Risperidona (substância ativa), mas não da fração
antipsicótica ativa.

Bloqueadores de canal de cálcio

O verapamil, um inibidor moderado de CYP3A4 e um inibidor de
P-gp, aumenta a concentração plasmática de Risperidona (substância
ativa) e da fração antipsicótica ativa.

Glicosídeos digitálicos

A Risperidona (substância ativa) não demonstra efeito
clinicamente significativo na farmacocinética da digoxina.

Diuréticos

Furosemida:

Aumento da mortalidade em pacientes idosos com demência que
estão recebendo tratamento concomitante com furosemida.

Medicamentos gastrintestinais

Antagonistas de receptor H2:

A cimetidina e a ranitidina, ambas inibidores fracos de CYP2D6 e
CYP3A4, aumentaram a biodisponibilidade da Risperidona (substância
ativa), mas apenas marginalmente aquela da fração antipsicótica
ativa.

Lítio

A Risperidona (substância ativa) não demonstra efeito
clinicamente relevante sobre a farmacocinética do lítio.

Antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da
recaptação de serotonina

A fluoxetina, um inibidor forte da CYP2D6, aumenta a
concentração plasmática da Risperidona (substância ativa), mas
menos da fração antipsicótica ativa.

A paroxetina, um inibidor forte da CYP2D6, aumenta a
concentração plasmática da Risperidona (substância ativa), mas, em
doses de até 20 mg/dia, menos da fração antipsicótica ativa.
Entretanto, doses maiores de paroxetina podem elevar a concentração
da fração antipsicótica ativa da Risperidona (substância
ativa).

Os antidepressivos tricíclicos podem aumentar as concentrações
plasmáticas da Risperidona (substância ativa), mas não aquelas da
fração antipsicótica ativa. A amitriptilina não afeta a
farmacocinética da Risperidona (substância ativa) ou da fração
antipsicótica ativa.

A sertralina, um inibidor fraco de CYPD26 e a fluvoxamina, um
inibidor fraco de CYP3A4, em doses de até 100 mg/dia, não estão
associadas com alterações clinicamente significativas da fração
antipsicótica ativa da Risperidona (substância ativa). Entretanto,
doses superiores a 100 mg/dia de sertralina ou fluvoxamina podem
aumentar as concentrações da fração antipsicótica ativa da
Risperidona (substância ativa).

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Risperdal.

Interação Alimentícia do Risperdal Consta

Os alimentos não afetam a absorção de Risperidona (substância
ativa).

A Risperidona (substância ativa) é metabolizada principalmente
através da CYPD26 e, em menor extensão, através da CYP3A4. Tanto a
Risperidona (substância ativa) como seu metabólito ativo
9-hidróxi-Risperidona (substância ativa) são substratos da
glicoproteína-P (P-gp). As substâncias que modificam a atividade da
CYP2D6 ou as substâncias que inibem ou induzem fortemente a
atividade da CYP3A4 e/ou da glicoproteína-P podem influenciar a
farmacocinética da fração antipsicótica da Risperidona (substância
ativa).

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Risperdal.

Ação da Substância Risperdal Consta

Resultados de Eficácia


Esquizofrenia

A evidência de eficácia de curto prazo com Risperidona
(substância ativa) oral no tratamento de esquizofrenia é
proveniente de 3 estudos clínicos duplo-cegos, comparados com
ativo, que no total envolveram mais de 2.200 pacientes com
esquizofrenia. Dois dos 3 estudos também tiveram um braço placebo.
A eficácia da Risperidona (substância ativa) oral no tratamento de
manutenção da esquizofrenia foi demonstrada em 2 estudos
duplo-cegos, comparados com ativo; 1 estudo com uma duração de
12 meses e 1 estudo com uma duração de 1 a 2 anos.

Para estabelecer a segurança e a eficácia do tratamento com
Risperidona (substância ativa) oral em um regime de dose única
diária, 3 estudos duplo-cegos foram conduzidos. Um destes 3 estudos
incluiu um braço placebo. Um total de 815 pacientes nestes estudos
foram tratados com Risperidona (substância ativa), dos quais 328
receberam um regime posológico de duas doses diárias e 487 um
regime posológico de uma dose diária. Ambos os estudos de curta e
longa duração, e os estudos de regime posológico de dose única
diária, incluíram pacientes adultos com um diagnóstico de
esquizofrenia de acordo com o critério do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais.

Um estudo aberto de 12 semanas foi conduzido para avaliar a
segurança e tolerabilidade da Risperidona (substância ativa) oral
em pacientes idosos com idade de 65 anos ou mais com um diagnóstico
DSM de esquizofrenia.

Os estudos mencionados anteriormente utilizaram diversos
instrumentos para avaliar os sinais e sintomas psiquiátricos,
incluindo a Escala das Síndromes Positiva e Negativa (PANSS), a
Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve (BPRS), a Escala de
Impressão Clínica Global de Mudança (CGI-C) e Gravidade (CGI-S), e
a Escala de Avaliação de Sintomas Negativos (SANS).

Transtorno bipolar I

A evidência da eficácia e segurança da Risperidona (substância
ativa) em monoterapia no tratamento da mania do transtorno bipolar
I é baseada nos resultados de 3 estudos randomizados, duplo-cegos,
controlados por placebo. Dois destes estudos foram estudos de 3
semanas de duração e avaliaram a eficácia e segurança da
Risperidona (substância ativa) versus placebo. Todos os
pacientes que completaram estes estudos puderam entrar em um estudo
de extensão, aberto, de 9 semanas.

Um estudo teve um período de tratamento duplo-cego de 3 semanas
(Risperidona (substância ativa), haloperidol ou placebo), seguido
por um período de manutenção de 9 semanas, com tratamento tanto
duplo-cego (Risperidona (substância ativa) ou haloperidol) quanto
aberto (Risperidona (substância ativa)). Um braço de haloperidol
foi incluído como uma referência interna em ambos os períodos
– a fase aguda de três semanas e o período de manutenção
consecutivo de nove semanas.

O desenho do estudo RIS-INT-69 para estabelecer a manutenção do
efeito seguiu de maneira próxima o desenho que consistiu em uma
comparação direta dos braços de tratamento ativo (produto teste e
comparador ativo) cobrindo um período de 12 semanas. Os pacientes
do grupo placebo que permaneceram no período duplo-cego após três
semanas receberam Risperidona (substância ativa). As comparações
estatísticas de 12 semanas incluíram apenas aqueles pacientes
randomizados destinados à Risperidona (substância ativa) ou ao
haloperidol no início do estudo. Pacientes do grupo placebo que
mudaram para Risperidona (substância ativa) não foram incluídos
nesta análise.

Dois estudos foram executados para avaliar a eficácia e a
segurança da Risperidona (substância ativa) em combinação com
estabilizadores de humor (lítio ou valproato; e lítio, valproato e
carbamazepina) versus placebo em combinação com
estabilizadores de humor no tratamento de pacientes com episódios
de mania do transtorno bipolar. O estudo também incluiu um braço de
haloperidol apenas como uma referência interna para avaliar a
validade do desenho e para facilitar a interpretação correta dos
resultados dos estudos. Ambos os estudos incluíram um fase
duplo-cega de 3 semanas, seguida por uma fase aberta, não
controlada, de dez semanas.

Todos os estudos clínicos foram conduzidos em pacientes que
tiveram transtorno bipolar I de acordo com os critérios do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª edição
(DSM-IV). Os estudos RIS-INT-69 e RIS-USA-239 incluíram apenas
pacientes com episódios de mania. Os estudos RIS-IND-2, RIS-USA-102
e RIS-INT-46 também incluíram pacientes com episódios mistos, ou
seja, episódios de mania com sintomas concomitantes de depressão
maior por ao menos sete dias.

Em todos os estudos clínicos, a Risperidona (substância ativa)
foi administrada em uma faixa de dose flexível de 1 a 6 mg.

Transtornos do comportamento em pacientes com
demência

A Risperidona (substância ativa) demonstrou sua segurança e
eficácia no tratamento de um ou mais Sintomas Comportamentais e
Psicológicos de Demência (BPSD) em três estudos duplo-cegos,
controlados por placebo, em pacientes idosos com demência. A
análise agrupada da eficácia destes estudos representa dados de
1.150 pacientes idosos internados em instituição (722 tratados com
Risperidona (substância ativa)). Dados de segurança de longo prazo
(até 12 meses) com Risperidona (substância ativa) em pacientes
idosos com demência também estão disponíveis. A população em cada
um destes estudos era de pacientes que estavam internados em uma
casa de repouso ou hospital e apresentavam distúrbios
comportamentais que foram pelo menos problemas moderados para os
cuidadores ou perigosos para eles próprios.

Os estudos incluíram pacientes com uma ampla faixa de BPSD,
baseado na pontuação total na BEHAVE-AD; o estudo RIS-AUS-5
especificamente considerou pacientes exibindo comportamento
agressivo, baseado em uma pontuação mínima de agressão total na
subscala do Inventário de Agitação de Cohen-Mansfield (CMAI). Os
pacientes foram recrutados de um espectro completo de gravidade de
demência e debilitação cognitiva e apresentavam demência de
Alzheimer, demência vascular ou diagnóstico misto de acordo com os
critérios do DSM-IV. Pacientes com demências de Lewy-body foram
excluídos do RIS-AUS-5. Pacientes com outras demências ou outras
condições neurológicas, as quais diminuem as funções cognitivas,
foram excluídos de todos os estudos, assim como pacientes com
outros distúrbios psicológicos.

Nos estudos controlados de fase 3, a eficácia foi avaliada por
meio da BEHAVE-AD e CMAI para avaliar a gravidade e a frequência
dos sintomas, respectivamente. A relevância das mudanças na escala
de comportamento foi avaliada usando a escala CGI. Dois estudos
adicionais, controlados por placebo, duplo-cegos, foram conduzidos
em um subgrupo de pacientes com BPSD, no caso, pacientes com
psicose na Doença de Alzheimer.

Autismo em crianças e adolescentes

A evidência de eficácia de Risperidona (substância ativa) oral
em crianças e adolescentes diagnosticadas com autismo, conforme
definido pelos critérios DSM-IV, foi baseada principalmente em dois
estudos duplo-cego, controlados por placebo, com duração de 8
semanas, em crianças e adolescentes com autismo ou outros
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID). Um dos estudos era
randomizado, duplo-cego, com grupo-paralelo, dose flexível, com
duração de 8 semanas, de segurança e eficácia de Risperidona
(substância ativa) em crianças e adolescentes (com idade de 5 a 17
anos e 2 meses) com autismo. O estudo foi conduzido por uma rede de
unidades de pesquisa de psicofarmacologia pediátrica e patrocinado
pelo Instituto Nacional de Doenças Mentais.

Outro estudo era duplo cego, randomizado, com grupo-paralelo,
controlado por placebo, dose flexível, de 8 semanas, de segurança e
eficácia da Risperidona (substância ativa) em crianças com idade
entre 5 a 12 anos com autismo ou outros TIDs. A variável primária
de eficácia em ambos estudos foi a mudança frente a linha de base
no desfecho final na subescala de irritabilidade coprimária ou
secundária de eficácia nestes estudos.

Os estudos demonstraram que a Risperidona (substância ativa), a
uma dose oral mediana modal de 2,0 mg/dia, melhora
significativamente os sintomas de autismo em crianças e
adolescentes entre 5 e 17 anos. A melhora foi observada na semana 2
e foi mantida nas semanas 4, 6 e 8. Os resultados do estudo
indicaram que uma dose oral mediana modal de 0,04 mg/kg/dia de
Risperidona (substância ativa) melhora significativamente os
sintomas de autismo ou outros TIDs em crianças com idade de 5 a 12
anos.

Uma melhora clinicamente significativa com Risperidona
(substância ativa) foi observada nas subescalas ABC que
correspondem aos sintomas do autismo, incluindo os sintomas
principais de prejuízo na interação social, prejuízo na
comunicação, comportamentos repetitivos e esteriotipados,
interesses e atividades associadas aos sintomas de hiperatividade,
falta de atenção, agressividade para com os outros e consigo mesmo,
e acessos de raiva. A eficácia foi observada independente dos
subgrupos demográficos (idade/raça/sexo), presença/ausência de
sonolência como um evento adverso, ou quociente de
inteligência.

A Risperidona (substância ativa) oral foi significativamente
superior ao placebo para reduzir irritabilidade e melhorou
significativamente os sintomas de autismo, conforme demonstrado por
alterações nas diferenças dos quadrados mínimos da linha de base
para todas as subescalas ABC (irritabilidade, letargia e reclusão
social, comportamento estereotipado, hiperatividade e discurso
inapropriado) e 3 subgrupos de subescalas ABC em autismo
(irritabilidade, letargia e reclusão social, comportamento
estereotipado, hiperatividade). Os resultados clínicos mensurados
pela CGI-C confirmam que as alterações na ABC (mensuradas pelos
pais ou cuidador) são clinicamente relevantes e a porcentagem de
pacientes que foram responsivos à CGI-C (“muita melhora” ou
“extrema melhora”) foi significativa com a Risperidona (substância
ativa) – aproximadamente mais 64,0% e 32,4% (subgrupo autismo)
pacientes foram CGI-C responsivos com Risperidona (substância
ativa) do que com placebo. Aproximadamente mais 40,1% e 26,1%
(subgrupo autismo) pacientes foram ABC responsivos com Risperidona
(substância ativa) do que com o placebo (diminuição ou melhora ≥
50% da linha de base em pelo menos 2 subescalas ABC e nenhuma ABC
demonstrou aumento ou piora ≥ 10%).

Referências

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in schizophrenia. Psychopharmacol Bull. 1992; 28(2):213.
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haloperidol in the treatment of chronic schizophrenic patients. J
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November 2004. Risperidone in the Treatment of Disruptive
Behavioral Symptoms in Children with Autistic and Other Pervasive
Developmental Disorders.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Risperdal.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A Risperidona (substância ativa) é um antagonista seletivo das
monoaminas cerebrais, com propriedades únicas. Ela tem uma alta
afinidade pelos receptores serotoninérgicos 5-HT2 e
dopaminérgicos D2. A Risperidona (substância ativa)
liga-se igualmente aos receptores alfa-1 adrenérgicos e, com menor
afinidade, aos receptores histaminérgicos H1 e
adrenérgicos alfa-2. A Risperidona (substância ativa) não tem
afinidade pelos receptores colinérgicos. Apesar de a Risperidona
(substância ativa) ser um antagonista D2 potente, o que
é considerado como ação responsável pela melhora dos sintomas
positivos da esquizofrenia, o seu efeito depressor da atividade
motora e indutor de catalepsia é menos potente do que os
neurolépticos clássicos.

O antagonismo balanceado serotoninérgico e dopaminérgico central
pode reduzir a possibilidade de desenvolver efeitos extrapiramidais
e estende a atividade terapêutica sobre os sintomas negativos e
afetivos da esquizofrenia.

Propriedades Farmacocinéticas

A solução oral e os comprimidos revestidos de Risperidona
(substância ativa) são bioequivalentes.

Absorção

A Risperidona (substância ativa) é completamente absorvida após
administração oral, alcançando um pico de concentrações plasmáticas
em 1 a 2 horas. A absorção não é alterada pela alimentação, e,
portanto, a Risperidona (substância ativa) pode ser ingerida
durante as refeições ou não.

Distribuição

A Risperidona (substância ativa) é rapidamente distribuída. O
volume de distribuição é de 1-2 L/kg. No plasma, a Risperidona
(substância ativa) se liga à albumina e à alfa1 glicoproteína
ácida. A ligação da Risperidona (substância ativa) à proteína
plasmática é de 88% e 77% para a 9-hidróxi-risperidona.

Uma semana após a administração, 70% da dose é excretada na
urina e 14% nas fezes. Na urina, a Risperidona (substância ativa)
mais 9-hidróxi-risperidona representam 35-45% da dose. O restante
são metabólitos inativos.

Metabolismo

A Risperidona (substância ativa) é metabolizada pela CYP2D6 em
9-hidróxi-risperidona, que apresenta uma atividade farmacológica
similar à Risperidona (substância ativa). A fração antipsicótica
ativa é assim formada pela Risperidona (substância ativa) e pela
9-hidróxi-risperidona juntas. Outra via metabólica da Risperidona
(substância ativa) é a N-desalquilação.

Eliminação

Após administração oral a pacientes psicóticos, a Risperidona
(substância ativa) é eliminada com uma meia-vida de 3 horas. A meia
vida de eliminação da 9-hidróxi-risperidona e da fração
antipsicótica ativa é de 24 horas.

Proporcionalidade de dose

O estado de equilíbrio é alcançado em um dia para a Risperidona
(substância ativa) e em 4-5 dias para a 9-hidróxi-risperidona, na
maioria dos pacientes.

As concentrações plasmáticas de Risperidona (substância ativa)
são proporcionais à dose, dentro da faixa terapêutica.

Populações especiais

Pacientes pediátricos:

A farmacocinética da Risperidona (substância ativa), da
9-hidróxi-risperidona e da fração antipsicótica ativa em crianças é
similar àquela em adultos.

Insuficiência renal e hepática:

Um estudo com dose única mostrou concentrações plasmáticas
ativas mais altas e uma diminuição na depuração plasmática da
fração antipsicótica ativa de 30% em idosos e 60% em pacientes com
insuficiência renal. As concentrações plasmáticas de Risperidona
(substância ativa) foram normais em pacientes com insuficiência
hepática, mas a média da fração livre de Risperidona (substância
ativa) no plasma aumentou em cerca de 35%.

Dados pré-clínicos

Em estudos de toxicidade (sub)crônica, nos quais a administração
foi iniciada em ratos e cães sexualmente imaturos, efeitos
dose-dependentes estavam presentes no trato genital de machos e
fêmeas e na glândula mamária. Estes efeitos estavam relacionados
com os níveis aumentados de prolactina sérica, resultantes da
atividade da Risperidona (substância ativa) de bloqueio do receptor
dopaminérgico D2.

Em um estudo de toxicidade juvenil em ratos, observou-se o
aumento na mortalidade dos filhotes e o atraso no desenvolvimento
físico.

Em um estudo de 40 semanas em cães jovens, a maturação sexual
foi atrasada em cães jovens. O crescimento de ossos longos não foi
afetado em uma dose semelhante à dose máxima para adolescentes
humanos (6 mg/dia).

Efeitos foram observados em uma dose 4 vezes (com base na AUC)
ou 7 vezes (com base em mg/m2) a dose máxima em
adolescentes humanos.

Fonte: Bula do Profissional do
Medicamento Risperdal.

Cuidados de Armazenamento do Risperdal
Consta

Risperdal Consta deve ser conservado sob refrigeração
(temperatura entre 2°C e 8°C). Proteger da luz.

Este medicamento tem validade de 36 meses a partir da data de
sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Caracterísitca física

Risperdal Consta é um pó branco a quase branco. O diluente é uma
solução aquosa límpida e incolor. Quando misturada apropriadamente,
a suspensão fica uniforme, espessa e com coloração leitosa.

Não Guarde o frasco após a reconstituição, pois a
suspensão irá se depositar.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.Caso ele
esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Risperdal Consta

MS – 1.1236.0031

Farm. Resp.:

Marcos R. Pereira-CRF/SP n° 12.304

Registrado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rua Gerivatiba, 207, São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87

Fabricado por:

Pó injetável: Alkermes Inc., Wilmington, Ohio – EUA
Diluente: Cilag AG, Hochstrasse, Schaffhausen – Suíça
Embalado por: Cilag AG, Hochstrasse, Schaffhausen – Suíça

Importado por:

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, Km 154
São José dos Campos -SP
CNPJ 51.780.468/0002-68

SAC 0800.7011851

Risperdal-Consta, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.