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Miranova


Como o Miranova funciona?

Miranova é um contraceptivo oral combinado. Cada drágea contém
uma combinação de dois hormônios femininos: o levonorgestrel
(progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio).

Devido às pequenas concentrações de ambos os hormônios, Miranova
é considerado um contraceptivo combinado de baixa dose.

Os hormônios contidos em Miranova previnem a gravidez por meio
de diversos mecanismos, sendo que os mais importantes são inibição
da ovulação e alterações na secreção cervical.

Outras características não-relacionadas com a prevenção
da gravidez

Os contraceptivos combinados reduzem a duração e a intensidade
do sangramento menstrual, diminuindo o risco de anemia por
deficiência de ferro. A cólica menstrual também pode se tornar
menos intensa ou desaparecer completamente.

Além disso, tem-se relatado que alguns distúrbios
ocorrem menos frequentemente em usuárias de contraceptivos contendo
0,05mg de etinilestradiol (“pílula de alta dose”), tais
como:

Doença benigna da mama, cistos ovarianos, infecções pélvicas
(doença inflamatória pélvica ou DIP), gravidez ectópica (quando o
feto se fixa fora do útero) e câncer do endométrio (tecido de
revestimento interno do útero) e dos ovários. Este também pode ser
o caso para os contraceptivos de baixa dose, mas até agora só foi
confirmada a redução da ocorrência de casos de câncer ovariano e de
endométrio.

Contraindicação do Miranova

Miranova não deve ser utilizado na presença das condições
descritas a seguir. Caso apresente qualquer uma destas condições,
informe seu médico antes de iniciar o uso de Miranova. Ele pode lhe
recomendar o uso de outro contraceptivo oral ou de outro método
contraceptivo (não-hormonal).

  • História atual ou anterior de coágulo em uma veia da perna
    (trombose), do pulmão (embolia pulmonar) ou outras partes do
    corpo;
  • História atual ou anterior de ataque cardíaco ou derrame
    cerebral, que é causado por um coágulo (de sangue) ou o rompimento
    de um vaso sanguíneo no cérebro; 
  • História atual ou anterior de doenças que podem ser sinal
    indicativo de ataque cardíaco (como angina pectoris que causa uma
    intensa dor no peito, podendo se irradiar para o braço esquerdo) ou
    de um derrame (como um episódio isquêmico transitório ou um pequeno
    derrame sem efeitos residuais);
  • Presença de um alto risco para formação de coágulos arteriais
    ou venosos;
  • História atual ou anterior de um certo tipo de enxaqueca
    acompanhada por sintomas neurológicos focais, tais como: sintomas
    visuais, dificuldades para falar, fraqueza ou adormecimento de
    qualquer parte do corpo;
  • Diabetes mellitus com lesão de vasos sanguíneos;
  • História atual ou anterior de doença do fígado (cujos sintomas
    podem seram arelamento da pele ou coceira do corpo todo) e enquanto
    seu fígado ainda não voltou a funcionar normalmente;
  • História atual ou anterior de doença do fígado (cujos sintomas
    podem ser amarelamento da pele ou coceira do corpo todo) e
    enquanto seu fígado ainda não voltou a funcionar
    normalmente;
  • História atual ou anterior de câncer que pode se desenvolver
    sob a influência de hormônios sexuais (p.ex., câncer de mama ou dos
    órgãos genitais);
  • Presença ou antecedente de tumor no fígado (benigno ou
    maligno);
  • Presença de sangramento vaginal sem explicação;
  • Ocorrência ou suspeita de gravidez;
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes de
    Miranova, o que pode causar, por exemplo, coceira, erupção cutânea
    ou inchaço.

Se qualquer um destes casos ocorrer pela primeira vez
enquanto estiver tomando contraceptivo oral, descontinue o uso
imediatamente e consulte seu médico. Neste período, outras
medidas contraceptivas não-hormonais devem ser
empregadas.

Como usar o Miranova

Quando usados corretamente, o índice de falha dos contraceptivos
orais é de aproximadamente 1% ao ano (uma gestação a cada 100
mulheres por ano de uso). O índice de falha pode aumentar quando há
esquecimento de tomada das drágeas ou quando estas são tomadas
incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de 3 a 4 horas
após a ingestão de uma drágea ou diarreia intensa, bem como
interações medicamentosas.

A cartela de Miranova contém 21 drágeas. Na cartela
encontra-se indicado o dia da semana no qual cada drágea deve ser
ingerida. Tome uma drágea por dia, aproximadamente à mesma hora,
com auxílio de um pouco de líquido, se necessário.

Siga a direção das flechas, seguindo a ordem dos dias da semana,
até que tenha tomado todas as 21 drágeas. Terminadas as drágeas da
cartela, realize uma pausa de 7 dias. Neste período, cerca de 2 a 3
dias após a ingestão da última drágea de Miranova, deve ocorrer
sangramento semelhante ao menstrual (sangramento por privação
hormonal).

Inicie nova cartela no oitavo dia, independentemente de ter
cessado ou não o sangramento. Isto significa que, em cada mês,
estará sempre iniciando uma nova cartela no mesmo dia da semana e
que ocorrerá o sangramento por privação mais ou menos nos mesmos
dias da semana.

Inicio do uso de Miranova

Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado
no mês anterior:

Inicie o uso de Miranova no primeiro dia de menstruação, ou
seja, tome a drágea indicada com o dia da semana correspondente ao
primeiro dia de sangramento. Por exemplo, se a sua menstruação
iniciar-se na sexta-feira, tome a drágea indicada “sexta-feira” na
cartela, seguindo a ordem dos dias. A ação contraceptiva de
Miranova inicia-se imediatamente. Não é necessário utilizar
adicionalmente outro método contraceptivo.

Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel
vaginal ou adesivo transdérmico (contraceptivo) para
Miranova:

Inicie a tomada de Miranova após o término da cartela do
contraceptivo que estava tomando. Isto significa que não haverá
pausa entre as cartelas. Se o contraceptivo que estava tomando
apresenta comprimidos inativos, ou seja, sem princípio ativo,
inicie a tomada de Miranova após a ingestão do último comprimido
ativo do contraceptivo. Caso não saiba diferenciar os comprimidos
ativos dos inativos, consulte seu médico.

O uso de Miranova também poderá ser iniciado mais tarde, no
máximo no dia seguinte ao último dia de pausa do contraceptivo
anterior, ou no dia seguinte após ter tomado o último comprimido
inativo do contraceptivo anterior. Se você estiver mudando de anel
vaginal ou adesivo transdérmico, deve começar preferencialmente no
dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo,
no dia previsto para a próxima aplicação. Se seguir essas
instruções, não será necessário utilizar adicionalmente um outro
método contraceptivo.

Mudando da minipílula para Miranova:

Neste caso, deve-se descontinuar o uso da minipílula e iniciar a
tomada de Miranova no dia seguinte, no mesmo horário.
Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira (por
exemplo, preservativo) caso tenha relação sexual nos 7 primeiros
dias de uso de Miranova.

Mudando de contraceptivo injetável, implante ou Sistema
Intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para
Miranova:

Inicie o uso de Miranova na data prevista para a próxima
injeção ou no dia de extração do implante ou do SIU.
Adicionalmente, utilize um método contraceptivo de barreira
(por exemplo, preservativo) caso tenha relação sexual nos 7
primeiros dias de uso de Miranova.

Miranova e o pós-parto:

No pós-parto, seu médico poderá aconselhá-la a esperar por um
ciclo menstrual normal antes de iniciar o uso de Miranova. Às
vezes, o uso de Miranova pode ser antecipado com o
consentimento do médico. Se após o parto você teve relação sexual
antes de iniciar o uso de Miranova, você precisa ter certeza de que
não está grávida ou esperar até o próximo período menstrual. Se
estiver amamentando, discuta primeiramente com seu médico.

Miranova e o pós-aborto:

Consulte seu médico.

Informações essenciais

O que devo fazer em caso de distúrbios gastrintestinais,
como vômitos ou diarreia intensa?

Se ocorrerem vômitos ou diarreia intensa, as substâncias ativas
da drágea podem não ter sido absorvidas completamente. Se ocorrerem
vômitos no período de 3 a 4 horas após a ingestão da drágea, é como
se tivesse esquecido de tomá-la.

Consulte seu médico em quadros de diarreia intensa.

O que devo fazer em caso de sangramento
inesperado?

Como ocorre com todos os contraceptivos orais, pode surgir,
durante os primeiros meses de uso, sangramento intermenstrual
(gotejamento ou sangramento de escape), isto é, sangramento fora da
época esperada, podendo ser necessário o uso de absorventes
higiênicos. Deve-se continuar a tomar as drágeas, pois, em geral, o
sangramento intermenstrual cessa espontaneamente, uma vez que seu
organismo tenha se adaptado ao contraceptivo oral (geralmente, após
3 meses de tomada das drágeas). Caso o sangramento não cesse,
torne-se mais intenso ou reinicie, consulte o seu médico.

O que devo fazer se não ocorrer o
sangramento?

Se todas as drágeas foram tomadas sempre no mesmo horário, não
houve vômito, diarreia intensa ou uso concomitante de outros
medicamentos, é pouco provável que esteja grávida. Continue tomando
Miranovanormalmente.

Caso não ocorra sangramento por dois meses seguidos, você pode
estar grávida. Consulte o seu médico imediatamente. Não inicie nova
cartela de Miranova até que a suspeita de gravidez seja afastada
pelo seu médico. Neste período use medidas contraceptivas
nãohormonais.

Quando posso descontinuar o uso de
Miranova?

O uso de Miranova pode ser descontinuado a qualquer
momento. Porém, não o faça sem o conhecimento do seu médico.

Se não deseja engravidar após descontinuar o uso de Miranova,
consulte o seu médico para que ele lhe indique outro método
contraceptivo.

Se desejar engravidar, é recomendado que espere por um ciclo
menstrual natural. Converse com o seu médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.


O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Miranova?

Se houver um atraso de menos de 12 horas do horário habitual, a
proteção contraceptiva de Miranova é mantida. Tome a drágea
esquecida assim que lembrar e tome a próxima drágea no horário
habitual.

Se houver um atraso de mais de 12 horas do horário habitual, a
proteção contraceptiva de Miranova pode ficar reduzida,
especialmente se o esquecimento da tomada ocorrer no começo ou no
final da cartela.

Veja abaixo como proceder em cada caso
específico:

Esquecimento de 1 drágea na primeira semana de
uso

Tome a drágea esquecida assim que lembrar (inclui-se a
possibilidade de tomar duas drágeas de uma só vez) e continue a
tomar as próximas drágeas no horário habitual. Utilize
de método contraceptivo adicional (método de barreira – por
exemplo, preservativo) durante os próximos 7 dias. Se teve
relação sexual na semana anterior ao esquecimento da tomada da
drágea, há possibilidade de engravidar. Comunique o fato
imediatamente ao seu médico.

Esquecimento de 1 drágea na segunda semana de
uso

Tome a drágea esquecida assim que se lembrar (inclui-se a
possibilidade de tomar duas drágeas de uma só vez) e continue
a tomar as próximas drágeas no horário habitual. A proteção
contraceptiva de Miranova está mantida. Não é necessário
utilizar método contraceptivo adicional.

Esquecimento de 1 drágea na terceira semana de
uso

Escolha uma das duas opções abaixo, sem a necessidade de
utilizar método contraceptivo adicional:

  1. Tome a drágea esquecida assim que se lembrar (inclui-se a
    possibilidade de tomar duas drágeas de uma só vez) e continue
    a tomar as próximas drágeas no horário habitual. Inicie a nova
    cartela assim que terminar a atual, sem que haja pausa entre uma
    cartela e outra. É possível que o sangramento ocorra somente
    após o término da segunda cartela. No entanto, pode ocorrer
    sangramento do tipo gotejamento ou de escape enquanto estiver
    tomando as drágeas.
  2. Deixe de tomar as drágeas da cartela atual, faça uma pausa de 7
    dias ou menos, contando inclusive o dia no qual esqueceu de tomar a
    drágea e inicie uma nova cartela. Caso deseje manter o mesmo
    dia da semana para início de tomada, a pausa pode ser menor do
    que 7 dias. Por exemplo: se a cartela foi iniciada em uma
    quarta-feira e esqueceu-se de tomar a drágea na sexta-feira da
    última semana, pode-se iniciar a nova cartela na quarta feira
    da semana seguinte ao esquecimento, praticando, desta forma, uma
    pausa de apenas 5 dias.

Veja esquema ilustrativo abaixo: 

Mais de 1 drágea esquecida

Se mais de uma drágea de uma mesma cartela for esquecida,
consulte seu médico. Quanto mais drágeas sequenciais forem
esquecidas, menor será o efeito contraceptivo.

Se não ocorrer sangramento por privação hormonal (semelhante à
menstruação) no intervalo de pausa de 7 dias, pode ser que esteja
grávida. Consulte seu médico antes de iniciar uma nova cartela.
 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Miranova

Informações ao paciente

Antes de iniciar o uso de um medicamento, é importante ler as
informações contidas na bula, verificar o prazo de validade, o
conteúdo e a integridade da embalagem Mantenha a bula do produto
sempre em mãos para qualquer consulta que se faça necessária Leia
com atenção as informações presentes na bula antes de usar o
produto, pois ela contém informações sobre os benefícios e os
riscos associados ao uso de contraceptivos orais Você também
encontrará informações sobre o uso adequado do contraceptivo e
sobre a necessidade de consultar o seu médico regularmente Converse
com o seu médico para obter maiores esclarecimentos sobre a ação do
produto e sua utilização.

Advertências e Precauções

Nesta bula, estão descritas várias situações em que o uso do
contraceptivo oral deve ser descontinuado ou em que pode haver
diminuição da sua eficácia. Nestas situações, deve-se evitar
relação sexual ou, então, utilizar adicionalmente métodos
contraceptivos não-hormonais como, por exemplo, preservativo ou
outro método de barreira. Não utilize os métodos da tabelinha (do
ritmo ou Ogino-Knaus) ou da temperatura. Estes métodos podem
falhar, pois os contraceptivos hormonais modificam as variações de
temperatura e do muco cervical que ocorrem durante o
ciclo menstrual normal.

Miranova, como todos os demais contraceptivos orais, não protege
contra infecções causadas pelo HIV (AIDS), nem contra qualquer
outra doença sexualmente transmissível.

É recomendável consultar o médico regularmente para que ele
possa realizar os exames clínicos geral e ginecológico de rotina e
confirmar se o uso de Miranova pode ser continuado.

Antes do início do tratamento converse com seu médico sobre os
riscos e os benefícios de Miranova.

O uso de contraceptivo combinado requer cuidadosa
supervisão médica na presença das condições descritas abaixo. Essas
condições devem ser comunicadas ao médico antes do início do uso de
Miranova:

  • Fumo;
  • Diabetes;
  • Excesso de peso;
  • Pressão alta;
  • Alteração na válvula cardíaca ou alteração do batimento
    cardíaco;
  • Inflamação das veias (flebite superficial);
  • Veias varicosas;
  • Qualquer familiar direto que já teve um coágulo (trombose nas
    pernas, pulmões (embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do
    corpo), ataque cardíaco ou derrame em familiar jovem;
  • Enxaqueca;
  • Epilepsia;
  • Você ou algum familiar direto tem, ou já apresentou, níveis
    altos de colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura) no
    sangue;
  • Algum familiar direto que tem ou já teve câncer de mama;
  • Se você tem doença do fígado ou da vesícula biliar;
  • Doença de Crohn ou colite ulcerativa (doença inflamatória
    crônica do intestino);
  • Lúpus eritematoso sistêmico (doença do sistema
    imunológico);
  • Síndrome hemolíticourêmica (alteração da coagulação sanguínea
    que causa insuficiência renal);
  • Anemia falciforme;
  • Condição que tenha surgido pela primeira vez, ou piorado,
    durante a gravidez ou uso prévio de hormônios sexuais como, por
    exemplo, perda de audição, porfiria (doença metabólica), herpes
    gestacional (doença de pele) e coreia de Sydenham (doença
    neurológica);
  • Tem, ou já apresentou, cloasma (pigmentação marrom-amarelada da
    pele, especialmente a do rosto). Neste caso, evite a exposição
    excessiva ao sol ou à radiação ultravioleta;
  • Angioedema hereditário (estrogênios exógenos podem induzir ou
    intensificar os seus sintomas).

Consulte seu médico imediatamente se você apresentar
sintomas de angioedema, tais como:

Inchaço do rosto, língua e/ou garganta, dificuldade para engolir
ou urticária junto com dificuldade para respirar.

Se algum destes casos ocorrer pela primeira vez,
reaparecer ou agravar-se enquanto estiver tomando contraceptivo,
consulte seu médico.

Contraceptivos e a trombose

A trombose é a formação de um coágulo sanguíneo que pode
interromper a passagem do sangue nos vasos. Algumas vezes, a
trombose ocorre nas veias profundas das pernas (trombose venosa
profunda). O tromboembolismo venoso (TEV) pode se desenvolver se
você estiver tomando ou não uma pílula. Ele também pode ocorrer se
você estiver grávida. Se o coágulo desprender-se das veias onde foi
formado, ele pode deslocar-se para as artérias pulmonares, causando
a embolia pulmonar. Os coágulos sanguíneos também podem ocorrer
muito raramente nos vasos sanguíneos do coração (causando o ataque
cardíaco). Os coágulos ou a ruptura de um vaso no cérebro podem
causar o derrame.

Estudos de longa duração sugerem que pode existir uma ligação
entre o uso de pílula (também chamada de contraceptivo oral
combinado ou pílula combinada, pois contém dois diferentes tipos de
hormônios femininos chamados estrogênios e progestógenos) e um
risco aumentado de coágulos arteriais e venosos, embolia, ataque
cardíaco ou derrame. A ocorrência destes ventos é rara.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado
durante o primeiro ano de uso. Este aumento no risco está presente
em usuárias de primeira vez de contraceptivo combinado e em
usuárias que estão voltando a utilizar o mesmo contraceptivo
combinado utilizado anteriormente ou outro contraceptivo combinado
(após 4 semanas ou mais sem utilizar pílula). Dados de um grande
estudo sugerem que o risco aumentado está principalmente presente
nos 3 primeiros meses.

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso em usuárias de
pílulas contendo baixa dose de estrogênio (lt;0,05mg de
etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de
COCs, que não estejam grávidas e permanece menor do que o risco
associado à gravidez e ao parto.

Muito ocasionalmente, eventos tromboembólicos arteriais ou
venosos, podem causar incapacidade grave permanente, podendo
provocar risco para a vida da paciente ou podendo inclusive ser
fatais.

O tromboembolismo venoso se manifesta como trombose venosa
profunda e/ou embolia pulmonar e pode ocorrer durante o uso de
qualquer contraceptivo hormonal combinado.

Em casos extremamente raros, os coágulos sanguíneos também podem
ocorrer em outras partes do corpo incluindo fígado, intestino,
rins, cérebro ou olhos.

Se ocorrer qualquer um dos eventos mencionados a seguir,
interrompa o uso da pílula e contate seu médico imediatamente se
notar sintomas de:

  • Trombose venosa profunda, tais como:

    inchaço de uma perna ou ao longo de uma veia da perna; dor ou
    sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando você
    estiver em pé ou andando, sensação aumentada de calor na perna
    afetada, vermelhidão ou descoloramento da pele da perna;

  • Embolia pulmonar, tais como:

    início súbito de falta inexplicável de ar ou respiração rápida;
    tosse de início abrupto que pode levar a tosse com sangue; dor
    aguda no peito que pode aumentar com a respiração profunda;
    ansiedade; tontura grave ou vertigem; batimento cardíaco rápido ou
    irregular. Alguns destes sintomas (por exemplo, falta de ar, tosse)
    não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como
    eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do
    trato respiratório);

  • Derrame, tais como:

    diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de
    forma súbita a face, braço ou perna, especialmente em um lado do
    corpo; confusão súbita, dificuldade para falar ou compreender;
    dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos;
    súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou
    de coordenação; dor de cabeça repentina, intensa ou prolongada, sem
    causa conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem
    convulsão;

  • Coágulos bloqueando outros vasos arteriais, tais
    como:

    dor súbita, inchaço e ligeira coloração azulada (cianose) de uma
    extremidade; abdome agudo;

  • Ataque cardíaco, tais como:

    dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou
    estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno; desconforto que
    se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braço, estômago;
    saciedade, indigestão ou sensação de asfixia; sudorese, náuseas,
    vômitos ou tontura; fraqueza extrema, ansiedade ou falta de ar;
    batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.

  • Tromboembolismo arterial (vaso sanguíneo arterial bloqueado por
    um coágulo que se deslocou).

Seu médico irá verificar se, por exemplo, você possui um risco
maior de desenvolver trombose devido à combinação de fatores de
risco ou talvez um único fator de risco muito alto. No caso de uma
combinação de fatores de risco, o risco pode ser mais alto que uma
simples adição de dois fatores individuais. Se o risco for muito
alto, seu médico não irá prescrever o uso da pílula.

O risco de coagulo arterial ou venoso (por exemplo,
trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ataque cardíaco) ou
derrame aumenta:

  • Com a idade;
  • Se você estiver acima do peso;
  • Se qualquer familiar direto seu teve um coágulo (trombose nas
    pernas, pulmão (embolia pulmonar) ou qualquer outra parte do
    corpo), ataque cardíaco ou derrame em idade jovem, ou se você ou
    qualquer familiar tiver ou suspeitar de predisposição hereditária.
    Neste caso você deve ser encaminhada a um especialista antes de
    decidir pelo uso de qualquer contraceptivo hormonal combinado.
    Certos fatores sanguíneos que podem sugerir uma tendência para
    trombose venosa ou arterial incluem resistência à proteína C
    ativada, hiper-homocisteinemia, deficiência de antitrombina III,
    proteína C e proteína S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos
    anticardiolipina, anticoagulante lúpico);
  • Com imobilização prolongada (por exemplo, durante o uso de
    gessos ou talas em sua(s) perna(s)), cirurgia de grande porte,
    qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma
    extenso. Informe seu médico. Nestas situações, é aconselhável
    descontinuar o uso da pílula (em casos de cirurgia programada você
    deve descontinuar o uso pelo menos 4 semanas antes) e não
    reiniciá-lo até, pelo menos, duas semanas após o total
    restabelecimento;
  • Se você fuma (com consumo elevado de cigarros e aumento da
    idade, o risco torna-se ainda maior, especialmente em mulheres com
    idade superior a 35 anos). Descontinue
    o consumo de cigarros durante o uso de pílula, especialmente se tem
    mais de 35 anos de idade;
  • Se você ou alguém de sua família tem ou teve altos níveis de
    colesterol ou triglicérides (um tipo de gordura);
  • Se você tem pressão alta. Se você desenvolver pressão alta
    durante o uso de pílula, seu médico poderá pedir que você
    descontinue o uso;
  • Se você tem enxaqueca;
  • Se você tem distúrbio da válvula do coração ou certo tipo de
    distúrbio do ritmo cardíaco.

Imediatamente após o parto, as mulheres têm risco
aumentado de formação de coágulos, portanto pergunte ao seu médico
quando você poderá iniciar o uso de pílula combinada após o
parto.

Contraceptivos e o câncer

O câncer de mama é diagnosticado com frequência um pouco maior
entre as usuárias dos contraceptivos orais, mas não se sabe se esse
aumento é devido ao uso do contraceptivo. Pode ser que esta
diferença esteja associada à maior frequência com que as usuárias
de contraceptivos orais consultam seus médicos. O risco de câncer
de mama desaparece gradualmente após a descontinuação do uso do
contraceptivo hormonal combinado. É importante examinar as mamas
regulamente e contatar o médico se você sentir qualquer caroço nas
mamas.

Em casos raros, foram observados tumores benignos de fígado e,
mais raramente, tumores malignos de fígado nas usuárias de
contraceptivos orais. Em casos isolados, estes tumores podem causar
hemorragias internas com risco para a vida da paciente. Em caso de
dor abdominal intensa, consulte o seu médico imediatamente.

O fator de risco mais importante para o câncer cervical (câncer
de colo uterino) é a infecção persistente por HPV (papilomavírus
humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso
prolongado de contraceptivos orais pode contribuir para este risco
aumentado, mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em
que esta ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes,
por exemplo, da realização de exame cervical (papanicolaou) e do
comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de
barreira.

Os tumores mencionados acima podem provocar risco para a vida da
paciente ou podem ser fatais.

Reações Adversas do Miranova

Como ocorre com todo medicamento, podem surgir reações
desagradáveis com o uso de Miranova.

Reações graves

As reações graves associadas ao uso do contraceptivo, não
deixe de conversar com o seu médico em caso de dúvidas, ou
imediatamente quando achar apropriado.

Outras possíveis reações

As seguintes reações têm sido observadas em usuárias de
contraceptivos orais combinados:

Reações adversas comuns (entre 1 e 10 em cada 100
usuárias podem ser afetadas):

Náuseas, dor abdominal, aumento de peso corporal, dor de cabeça,
depressão ou alterações de humor, dor nas mamas incluindo
hipersensibilidade.

Reações adversas incomuns (entre 1 e 10 em cada 1.000
usuárias podem ser afetadas):

Vômitos, diarreia, retenção de líquido, enxaqueca, diminuição do
desejo sexual, aumento do tamanho das mamas, erupção cutânea,
urticária.

Reações adversas raras (entre 1 e 10 em cada 10.000
usuárias podem ser afetadas):

Intolerância a lentes de contato, reações alérgicas
(hipersensibilidade), diminuição de peso corporal, aumento do
desejo sexual, secreção vaginal, secreção nas mamas, eritema nodoso
ou multiforme (doenças de pele), distúrbios tromboembólicos
arteriais e venosos (formação de coágulos)*.

*Frequência estimada a partir de estudos epidemiológicos
envolvendo um grupo de usuárias de contraceptivos orais combinados.
Os termos “distúrbios tromboembólicos arteriais e venosos”
abrangem: qualquer bloqueio ou coágulo em uma veia periférica
profunda, coágulos que percorrem o sistema venoso do sangue (p.ex.,
no pulmão é conhecido como embolia pulmonar ou como infarto
pulmonar), ataque cardíaco causado por coágulos, derrame causado
por um bloqueio do fornecimento de sangue para o cérebro ou no
cérebro.

As reações adversas com frequência muito baixa ou com
início tardio dos sintomas relatadas no grupo de usuárias de
contraceptivo oral combinado estão listadas abaixo:

Contraceptivos e o câncer:

  • A frequência de diagnósticos de câncer de mama é ligeiramente
    maior em usuárias de CO. Como o câncer de mama é raro em mulheres
    abaixo de 40 anos, o aumento do risco é pequeno em relação ao
    risco geral de câncer de mama. A causalidade com uso de COC é
    desconhecida;
  • Tumores no fígado (benigno e maligno)

Outras condições:

  • Mulheres com hipertrigliceridemia (aumento de gordura no sangue
    resultando em um risco aumentado de pancreatite em usuárias de
    COCs);
  • Hipertensão;
  • Ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com
    o uso de COC não é conclusiva: icterícia (pigmentação amarelada da
    pele) e/ou prurido relacionado à colestase (fluxo biliar
    bloqueado); formação de cálculos biliares; uma condição metabólica
    chamada de porfiria, lúpus eritematoso sistêmico (uma doença
    crônica autoimune); síndrome hemolítico-urêmica (alteração da
    coagulação sanguínea); uma condição neurológica chamada Coreia de
    Sydenham; herpes gestacional (um tipo de condição de pele que
    ocorre durante a gravidez); perda de audição relacionada à
    otosclerose;
  • Em mulheres com angioedema hereditário (caracterizado por
    inchaço repentino, por exemplo, dos olhos, boca, garganta, etc),
    estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de
    angioedema;
  • Distúrbios das funções do fígado;
  • Alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a
    resistência periférica à insulina;
  • Doença de Crohn, colite ulcerativa;
  • Cloasma (pigmentação marrom-amarelada da pele, especialmente a
    do rosto).

População Especial do Miranova

Gravidez e amamentação

Miranova não deve ser usado quando há suspeita de gravidez
ou durante a gestação. Se suspeitar da possibilidade de gravidez
durante o uso de Miranova consulte seu médico o mais rápido
possível. Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes não
revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças
nascidas de mulheres que tenham utilizado COC antes da gestação.
Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da
ingestão acidental de COCs no início da gestação.

Categoria X

— Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou
anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que
é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

De modo geral, o uso de Miranova durante a
amamentação não é recomendado. Se desejar tomar contraceptivo oral
durante a amamentação, converse primeiramente com seu
médico.

Crianças

Miranova é indicado apenas para uso após a menarca
(primeira menstruação).

Pacientes idosas

Miranova não é indicado para uso após a menopausa.

Pacientes com insuficiência hepática

Miranova é contraindicado em mulheres com doença hepática
grave.

Pacientes com insuficiência renal

Fale com seu médico. Dados disponíveis não sugerem alteração no
tratamento desta população de pacientes.

Composição do Miranova

Cada drágea de Miranova contém 0,10mg de levonorgestrel e
0,02mg de etinilestradiol

Excipientes:

lactose, amido, povidona, talco, estearato de magnésio,
sacarose, macrogol, carbonato de cálcio, glicerol, dióxido de
titânio, pigmento de óxido de ferro amarelo, pigmento de óxido de
ferro vermelho e cera montanglicol.

Superdosagem do Miranova

Não foram observados efeitos nocivos graves após a ingestão de
várias drágeas de Miranova de uma única vez. Caso isto ocorra,
podem aparecer náuseas, vômitos ou sangramento vaginal. Se a
ingestão acidental ocorrer com uma criança, consulte o médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Miranova

Efeitos de outros medicamentos sobre Etinilestradiol +
Levonorgestrel (substância ativa)

As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos
indutores das enzimas microssomais o que pode resultar em aumento
da depuração dos hormônios sexuais e pode produzir sangramento de
escape e/ou diminuição da eficácia do contraceptivo oral.

A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de
tratamento.

Geralmente, a indução enzimática máxima é verificada dentro de
poucas semanas. Após a interrupção da administração do medicamento
a indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas.

Usuárias sob tratamento com qualquer uma destas substâncias
devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo
de barreira ou escolher um outro método contraceptivo. O método de
barreira deve ser usado concomitantemente, assim como nos 28 dias
posteriores à sua descontinuação. Se a necessidade de utilização do
método de barreira estender-se além do final da cartela do COC, a
usuária deverá iniciar a cartela seguinte imediatamente após o
término da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa
habitual.

Substâncias que aumentam a depuração dos COCs (eficácia
dos COCs diminuída por indução enzimática)

Por exemplo, fenitoína, barbitúricos, primidona,
carbamazepina, rifampicina e também possivelmente com
oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos
contendo Erva de São João.

Substâncias com efeito variável na depuração dos
COCs

Por exemplo, Quando coadministrado com COCs, muitos
inibidores HIV/HCV protease e inibidores não nucleosídios da
transcriptase reversa podem aumentar ou diminuir as concentrações
plasmáticas de estrogênios ou progestógenos. Estas alterações podem
ser clinicamente relevantes em alguns casos.

Substâncias que reduzem a depuração dos COCs (inibidores
enzimáticos)

Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, como antifúngicos
azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, fluconazol),
verapamil, antibióticos macrolídeos (como, claritromicina,
eritromicina), diltiazem e suco de toronja (grapefruit) podem
aumentar as concentrações plasmáticas de estrogênio ou de
progestógeno ou ambos. Doses de 60 a 120 mg/dia de etoricoxibe têm
demonstrado aumentar as concentrações plasmáticas de
etinilestradiol 1,4 a 1,6 vezes, respectivamente, quando
administradas concomitantemente com um contraceptivo hormonal
combinado contendo 0,035 mg de etinilestradiol.

Efeitos dos COCs sobre outros medicamentos

Contraceptivos orais podem afetar o metabolismo de alguns outros
fármacos. Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual
podem aumentar (por exemplo, ciclosporina) ou diminuir (por
exemplo, lamotrigina). O etinilestradiol, in vitro, é um
inibidor reversível do CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2, assim como
inibidor baseado no mecanismo do CYP3A4/5, CYP2C8 e CYP2J2. Em
estudos clínicos, a administração de contraceptivos hormonais
contendo etinilestradiol não levou a qualquer aumento ou, somente
um discreto aumento, nas concentrações plasmáticas dos substratos
do CYP3A4 (por exemplo, midazolam), enquanto as concentrações
plasmáticas dos substratos da CYP1A2 podem aumentar fracamente (por
exemplo, teofilina) ou moderadamente (por exemplo, melatonina e
tizanidina).

Interações farmacodinâmicas

A coadministração de medicamentos contendo etinilestradiol com
medicamentos antivirais de ação direta contendo ombitasvir,
paritaprevir ou dasabuvir e combinações desses, tem demonstrado
estar associada ao aumento dos níveis de ALT em mais de 20 vezes o
limite superior normal para usuárias sadias e usuárias infectadas
por HCV.

Deve-se avaliar também as informações contidas na bula
do medicamento utilizado concomitantemente a fim de identificar
interações em potencial.

Ação da Substância Miranova

Resultados de Eficácia


Os contraceptivos orais combinados (COCs) são utilizados para
prevenir a gravidez. Quando usados corretamente, o índice de falha
é de aproximadamente 1% ao ano. O índice de falha pode aumentar
quando há esquecimento de tomada das drágeas ou quando estas são
tomadas incorretamente, ou ainda em casos de vômito dentro de 3 a 4
horas após a ingestão de uma drágea ou diarreia intensa, bem como
interações medicamentosas.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

O efeito anticoncepcional dos contraceptivos orais combinados
(COCs) baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que os
mais importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção
cervical.

Estudos de segurança pós-comercialização (PASS) demonstraram que
a frequência de diagnóstico de TEV (Tromboembolismo Venoso) varia
entre 7 e 10 por 10.000 mulheres por ano que utilizam COC com baixa
dose de estrogênio (lt;0,05 mg de etinilestradiol). Dados mais
recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de
aproximadamente 4 por 10.000 mulheres por ano não usuárias de COCs
e não grávidas. Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000 mulheres
grávidas ou no pós-parto.

Além da ação contraceptiva, os COCs apresentam diversas
propriedades positivas. O ciclo menstrual torna-se mais regular, a
menstruação apresenta-se frequentemente menos dolorosa e o
sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a
possibilidade de ocorrência de deficiência de ferro. Além disso, há
evidência da redução do risco de ocorrência de câncer de endométrio
e de ovário. Os COCs de dose mais elevada (0,05 mg de
etinilestradiol) também demonstraram diminuir a incidência de
cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica, doença benigna da
mama e gravidez ectópica. Ainda não existe confirmação de que isto
também se aplique aos contraceptivos orais de dose mais baixa.

Farmacocinética

Levonorgestrel

Absorção

O levonorgestrel é rápida e completamente absorvido quando
administrado por via oral. As concentrações séricas máximas de
levonorgestrel, de 2,3 ng/mL, são atingidas aproximadamente uma
hora após o início do uso de Etinilestradiol + Levonorgestrel
(substância ativa) . Após ingestão de dose única de 0,125 mg de
levonorgestrel associado a 0,03 mg de etinilestradiol (que
representa a combinação com o maior teor de levonorgestrel da
formulação trifásica), foram alcançadas concentrações séricas
máximas de 4,3 ng/mL em aproximadamente uma hora após a ingestão de
dose única. O levonorgestrel é quase que completamente
biodisponível após administração oral.

Distribuição

O levonorgestrel liga-se à albumina sérica e à globulina de
ligação aos hormônios sexuais (SHBG). Apenas 1,4% da concentração
sérica total do fármaco está presente como esteroide livre, 55%
estão ligadas especificamente à SHBG e aproximadamente 44% estão
ligadas de forma inespecífica à albumina. O aumento da SHBG
induzido pelo etinilestradiol influencia a proporção de
levonorgestrel ligado às proteínas séricas, promovendo um aumento
da fração ligada à SHBG e uma diminuição da fração ligada à
albumina. O volume aparente de distribuição de levonorgestrel é de
aproximadamente 128 L após administração única por via oral da dose
mais elevada de levonorgestrel do Etinilestradiol + Levonorgestrel
(substância ativa).

Metabolismo

O levonorgestrel é extensivamente metabolizado. Os principais
metabólitos no plasma são as formas conjugadas e não conjugadas de
3α,5β-tetrahidrolevonorgestrel. Baseado em estudos in
vitro
 e in vivo, a CYP3A4 é a principal enzima
envolvida no metabolismo do levonorgestrel. A taxa de depuração
sérica do levonorgestrel é de aproximadamente 1,3 a 1,6
mL/min/kg.

Eliminação

Os níveis séricos de levonorgestrel diminuem em duas fases. A
fase de disposição terminal é caracterizada por uma meia-vida de
aproximadamente 22 horas. O levonorgestrel não é excretado na forma
inalterada. Seus metabólitos são excretados pelas vias urinária e
biliar em uma proporção de aproximadamente 1:1. A meia-vida de
excreção de metabólitos é de aproximadamente um dia.

Condições no estado de equilíbrio

A farmacocinética do levonorgestrel é influenciada pelos níveis
de SHBG, os quais são aumentados em cerca de duas vezes durante os
21 dias do período de uso de Etinilestradiol + Levonorgestrel
(substância ativa) . Após ingestão diária, os níveis séricos do
fármaco aumentam aproximadamente 4 vezes, alcançando as condições
de estado de equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de
utilização. No estado de equilíbrio, o volume de distribuição e a
taxa de depuração são reduzidas para 52 L e 0,5 mL/min/kg,
respectivamente.

Etinilestradiol

Absorção

O etinilestradiol administrado por via oral é rápida e
completamente absorvido. Os níveis séricos máximos, de
aproximadamente 116 pg/mL, são alcançados em 1,3 horas. Durante
absorção e metabolismo de primeira passagem, o etinilestradiol é
metabolizado extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral
média de aproximadamente 45%, com ampla variação interindividual de
cerca de 20 – 65%.]

Distribuição

O etinilestradiol liga-se alta e inespecificamente à albumina
sérica (aproximadamente 98%) e induz aumento das concentrações
séricas de SHBG. Foi determinado o volume aparente de distribuição
de aproximadamente 2,8 – 8,6 L/kg.

Metabolismo

O etinilestradiol está sujeito à conjugação pré-sistêmica tanto
na mucosa do intestino delgado quanto no fígado. É metabolizado
primariamente por hidroxilação aromática, mas com formação de de
diversos metabólitos hidroxilados e metilados que estão presentes
nas formas livre e conjugada com glicuronídios e sulfato. A taxa de
depuração do etinilestradiol é de cerca de 2,3 – 7 mL/min/kg.

Eliminação

Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de
disposição, caracterizadas por meias-vidas de aproximadamente 1
hora e 10 – 20 horas, respectivamente. Não se observa excreção da
droga na forma inalterada. Seus metabólitos são excretados pelas
vias urinárias e biliar na proporção de 4:6. A meia-vida de
eliminação dos metabólitos é de aproximadamente um dia.

Condições no estado de equilíbrio

Considerando a variação da meia-vida da fase de disposição
terminal do soro e a ingestão diária, os níveis séricos de
etinilestradiol no estado de equilíbrio são alcançados após cerca
de uma semana. No final do ciclo de ingestão, a concentração máxima
de etinilestradiol, de aproximadamente 132 pg/mL, é alcançada após
cerca de 1,3 horas.

Dados de segurança pré-clínica

Os dados pré-clínicos obtidos através de estudos convencionais
de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial
carcinogênico e toxicidade para a reprodução mostraram que não há
risco especialmente relevante para humanos. No entanto, deve-se ter
em mente que esteroides sexuais podem estimular o crescimento de
determinados tecidos e tumores dependentes de hormônio.

Cuidados de Armazenamento do Miranova

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre
15°C e 30°C). Proteger da umidade.

Características Organolépticas

Drágeas rosadas, sem cheiro (odor) ou gosto característico.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Dizeres Legais do Miranova

MS – 1.7056.0067

Farm. Resp.:

Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF-SP nº 16532

Fabricado por:

Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.
São Paulo – SP

Registrado por:

Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100
04779-900 – Socorro – São Paulo – SP
C.N.P.J. nº 18.459.628/0001-15
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Miranova, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.