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Cytos

A Citarabina (substância ativa) pode ser utilizada sozinha ou em
combinação com outros agentes antineoplásicos; frequentemente, os
melhores resultados são obtidos na terapia combinada. Têm sido
curtas as remissões induzidas pela Citarabina (substância ativa) e
não acompanhadas por terapias de manutenção.

Em regimes de altas doses com ou sem agentes quimioterápicos
adicionais, Citarabina (substância ativa) mostrou-se efetiva para o
tratamento de leucemia de alto risco, leucemia refratária e
leucemia recidivante aguda.

A Citarabina (substância ativa) sozinha ou em combinação com
outros fármacos (metotrexato, succinato sódico de hidrocortisona) é
utilizada por via intratecal para profilaxia e tratamento da
leucemia com infiltração meníngea.

Contraindicação do Cytos

A Citarabina (substância ativa) é contraindicado a pacientes
hipersensíveis à Citarabina (substância ativa) ou a qualquer
componente do produto.

Como usar o Cytos

A Citarabina (substância ativa) não é ativa por via oral. A
posologia e o método de administração variam de acordo com o
esquema terapêutico a ser utilizado. A Citarabina (substância
ativa) pode ser administrada por infusão ou por injeção
intravenosa, por via subcutânea ou intratecal.

Em alguns pacientes ocorreu tromboflebite no local da injeção ou
da infusão; raramente relatou-se dor e inflamação nos locais da
injeção subcutânea. Na maioria dos casos, entretanto, a medicação
foi bem tolerada.

Os pacientes podem tolerar doses totais maiores quando recebem o
medicamento por injeção intravenosa rápida quando comparado por
infusão lenta. Esse fenômeno está relacionado com a rápida
inativação da Citarabina (substância ativa) e com a curta exposição
das células normais e neoplásicas susceptíveis a níveis
significativos do medicamento, após injeção rápida. Células normais
e neoplásicas respondem aparentemente de modo paralelo a esses
diferentes modos de administração; nenhuma vantagem clínica
expressiva foi demonstrada para qualquer um deles.

Posologia

Doses Convencionais

Na terapia de indução de leucemia não-linfocítica aguda, a dose
habitual de Citarabina (substância ativa) em combinação com outros
agentes quimioterápicos antineoplásicos é de 100
mg/m2/dia por infusão intravenosa contínua (dias 1 – 7)
ou 100 mg/m2 IV a cada 12 horas (dias 1 – 7).

Doses Altas

2-3 g/m2 por infusão intravenosa a cada 12 horas por
1-3 horas durante 2-6 dias com ou sem agentes quimioterápicos
adicionais. Se for usada terapia de alta dose, não use diluentes
contendo álcool benzílico.

Doses Subcutâneas

Em geral a dose é 20-100 mg/m2 dependendo da
indicação do tratamento e do regime posológico utilizado.

A literatura deve ser consultada sobre as recomendações atuais
para o uso em leucemia.

Uso intratecal para leucemia meníngea

Ao preparar a Citarabina (substância ativa) para uso intratecal,
não utilizar diluentes contendo álcool benzílico. Muitos médicos
realizam a reconstituição com cloreto de sódio 0,9% livre de
conservantes para injeção e a utilizam imediatamente.

A Citarabina (substância ativa) tem sido utilizada por via
intratecal em leucemia aguda em doses que variam de 5
mg/m2 a 75 mg/m2 de superfície corpórea. A
frequência de administração variou de uma vez ao dia por 4 dias a
uma vez a cada 4 dias. A dose mais frequentemente usada foi de 30
mg/m² a cada 4 dias até que os achados no líquido cérebro-espinhal
fossem normais, seguida por um tratamento adicional.

O regime de doses é usualmente determinado pelo tipo e gravidade
das manifestações no sistema nervoso central e pela resposta à
terapia prévia.

A Citarabina (substância ativa) tem sido utilizada por via
intratecal em associação com succinato sódico de hidrocortisona e
metotrexato, ambos como profilaxia em crianças recém-diagnosticadas
com leucemia linfocítica aguda, bem como no tratamento de leucemia
com infiltração meníngea.

Sullivan reportou que a terapia profilática tripla preveniu
doenças do sistema nervoso central tardias apresentando índices de
cura e sobrevida global similares aos daqueles pacientes nos quais
a radiação no sistema nervoso central e o metotrexato por via
intratecal foram usados com profilaxia inicial do sistema nervoso
central.

As doses utilizadas nesta terapia foram 30 mg/m2 de
Citarabina (substância ativa), 15 mg/m2 de succinato
sódico de hidrocortisona e 15 mg/m2 de metotrexato (uma
dose única máxima absoluta de 15 mg de metotrexato). O médico deve
estar ciente deste regime de dose e notar que a dosagem de
metotrexato em pacientes pediátricos é diferente com base na idade
ao invés de área de superfície corporal.

A terapia profilática tripla após tratamento bem-sucedido do
episódio meníngeo agudo pode ser útil.

O médico deve estar familiarizado com a literatura atual antes
de instituir este programa.

O uso de Citarabina (substância ativa) por via intratecal pode
causar toxicidade sistêmica, recomendando-se um cuidadoso
monitoramento do sistema hemopoiético. Pode ser necessária a
alteração da terapia antileucêmica. Raramente ocorre toxicidade
significativa. Quando Citarabina (substância ativa) é administrada
por ambas as vias intratecal e intravenosa num período de poucos
dias, existe um risco aumentado de toxicidade espinal; entretanto,
quando existe doença associada a risco de morte, o médico deve, a
seu critério, decidir sobre o uso concomitante de Citarabina
(substância ativa) por via intratecal e intravenosa.

O envolvimento leucêmico focal do sistema nervoso central pode
não responder à Citarabina (substância ativa) por via intratecal,
podendo ser melhor o tratamento com radioterapia.

A experiência clínica acumulada até agora sugere que o sucesso
com Citarabina (substância ativa) depende mais da competência em
modificar, dia a dia, a dosagem para obter o máximo de extermínio
das células leucêmicas com toxicidade tolerável, do que no
esquematerapêutico básico escolhido no início da terapia. Quase
sempre ocorre toxicidade, exigindo alteração da dosagem. Alguns
esquemas terapêuticos relativamente bem-sucedidos, prevendo esta
alteração, fornecem ao medicamento na dose máxima tolerada, durante
5 dias, a cada duas semanas, e permitindo que os 9 dias
intermediários sirvam para descanso e recuperação.

Os estudos em animais, nos quais esses esquemas são baseados,
indicam que os maiores índices de respostas favoráveis
apresentam-se quando o tratamento é feito com ciclos múltiplos de
administração de quantidades concentradas, resultam da capacidade
do animal portador de tolerar a maior dose total do fármaco com um
extermínio mais completo das células leucêmicas.

Se empregado por via intratecal, Citarabina (substância ativa)
100 mg não deve ser diluído com o diluente que acompanha a
embalagem e nem com outros contendo conservantes. A reconstituição
com cloreto de sódio a 0,9% sem conservantes é muito empregada,
devendo a solução ser utilizada imediatamente, com descarte
imediato do excedente.

Compatibilidades a medicamentos

A Citarabina (substância ativa) é compatível com os
seguintes medicamentos, em concentrações específicas, em glicose 5%
em água durante 8 horas

Citarabina (substância ativa) 0,8 mg/ml e cefalotina sódica 1,0
mg/ml; Citarabina (substância ativa) 0,4 mg/ml e fosfato sódico de
prednisolona 0,2 mg/ml; Citarabina (substância ativa) 16 mcg/ml e
sulfato de vincristina 4 mcg/ml. A Citarabina (substância ativa)
também é fisicamente compatível com metotrexato.

Uso em Crianças

Semelhante ao uso em adultos.

Uso em Idosos

Não são conhecidas até o momento recomendações especiais para os
pacientes idosos, aplicando-se as informações técnicas já
descritas.

Precauções do Cytos

A Citarabina (substância ativa) deve ser utilizada apenas por
médicos experientes em quimioterapia antineoplásica.

Na terapia de indução, devem estar à disposição do paciente e da
equipe médica recursos laboratoriais e de suporte adequados para
monitorar a tolerabilidade ao fármaco, proteger e manter pacientes
comprometidos pela toxicidade da medicação. O principal efeito
tóxico de Citarabina (substância ativa) é a supressão da medula
óssea, com leucopenia, trombocitopenia e anemia. A toxicidade menos
grave inclui náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, ulceração
oral e disfunção hepática.

O médico deve considerar os possíveis benefícios ao paciente em
relação aos conhecidos efeitos tóxicos da Citarabina (substância
ativa).

Antes de decidir quanto à terapia ou iniciar o
tratamento, o médico deve se familiarizar com as informações
seguintes

Efeitos hematológicos

A Citarabina (substância ativa) é um potente supressor da medula
óssea; o grau da supressão depende da dose e do esquema terapêutico
adotado. A terapia deve ser iniciada com cautela em pacientes com
supressão da medula óssea preexistente induzida por medicamentos.
Pacientes que receberem esse fármaco devem estar sob rigorosa
supervisão médica e, durante a terapia de indução, a contagem de
leucócitos e plaquetas deve ser feita diariamente.

Devem ser realizados, frequentemente, exames da medula óssea
após o desaparecimento dos blastos da circulação periférica.
Deve-se considerar a suspensão ou modificação do tratamento se a
depressão da medula óssea induzida por medicamento resultar em
contagem plaquetária inferior a 50.000, ou se a contagem dos
granulócitos polimorfonucleares chegar a níveis inferiores a
1.000/mm3

As contagens de elementos figurados do sangue periférico podem
continuar diminuindo após a suspensão do medicamento e alcançar
valores mais baixos após períodos de 12 a 24 dias de interrupção do
tratamento. Quando indicado, reiniciar a terapia quando aparecerem
sinais definitivos de recuperação medular. Devem estar à disposição
do paciente os recursos para o tratamento de eventuais
complicações, possivelmente fatais, advindas da supressão da medula
óssea (infecção resultante da granulocitopenia e outras defesas
orgânicas prejudicadas, bem como hemorragia secundária devido à
trombocitopenia).

Ocorreram reações anafiláticas durante o tratamento com
Citarabina (substância ativa). Relatou-se anafilaxia que resultou
em parada cardiopulmonar aguda e exigiu ressuscitação. Esse fato
ocorreu imediatamente após a administração intravenosa de
Citarabina (substância ativa).

Terapia com altas doses

Após terapia com altas doses de Citarabina (substância ativa)
(2-3 g/m2) relatou-se toxicidade pulmonar,
gastrintestinal e do sistema nervoso central, grave, por vezes
fatal (diferente daquela observada com os regimes terapêuticos
convencionais de Citarabina (substância ativa)). Essas reações
incluem toxicidade reversível de córnea e conjuntivite hemorrágica,
que podem ser evitadas ou diminuídas através da administração
profilática de colírio de corticosteroide; disfunção cerebral e
cerebelar, geralmente reversível, incluindo alterações de
personalidade, sonolência, convulsão e coma; ulceração
gastrintestinal grave, incluindo pneumatose cistoide intestinal
levando à peritonite, sepse e abscesso hepático; edema pulmonar;
lesão hepática com hiperbilirrubinemia aumentada; necrose de alças
intestinais e colite necrosante.

Ocorreram casos graves e alguns fatais de toxicidade pulmonar,
síndrome da angústia respiratória em adultos e edema pulmonar com
esquemas terapêuticos com altas doses de Citarabina (substância
ativa). Foi observada uma síndrome de angústia respiratória súbita,
que progrediu rapidamente a edema pulmonar com cardiomegalia
pronunciada radiologicamente após terapia experimental com altas
doses de Citarabina (substância ativa) empregada no tratamento da
recaída de leucemia.

Casos de cardiomiopatia com morte subsequente foram relatados
após terapia experimental com altas doses de Citarabina (substância
ativa) em combinação com ciclofosfamida, na preparação para
transplante de medula óssea. Isso pode ser dependente do esquema
posológico.

Ocorreram neuropatias periféricas motoras e sensoriais após a
combinação de altas doses de Citarabina (substância ativa),
daunorrubicina e asparaginase em pacientes adultos com leucemia
não-linfocítica aguda. Deve-se observar o surgimento de neuropatias
em pacientes tratados com altas doses de Citarabina
(substância ativa) uma vez que alterações no esquema terapêutico
podem ser necessárias para evitar disfunções neurológicas
irreversíveis.

Raramente, rash cutâneo severo levando à descamação foi
relatado. Alopecia total é mais comumente observada com terapia de
altas doses do que com esquemas convencionais de tratamento com
Citarabina (substância ativa).

Quando o medicamento é administrado rapidamente em altas doses
por via intravenosa, os pacientes frequentemente
sentem náuseas e podem vomitar por várias horas após a
injeção. Esse problema tende a ser menos grave se o medicamento for
administrado por infusão.

Terapias com doses convencionais

Dor abdominal (peritonite) e colite guáiaco-positiva, com
neutropenia e trombocitopenia concomitantes, foram relatadas por
pacientes tratados com doses convencionais de Citarabina
(substância ativa) em combinação com outros medicamentos. Estes
pacientes responderam a medidas terapêuticas não cirúrgicas. Foram
relatados casos de paralisia ascendente progressiva tardia
resultando em morte em crianças com leucemia mieloide aguda (LMA)
tratadas com Citarabina (substância ativa), em doses convencionais,
por via intratecal e intravenosa em combinação com outros
medicamentos.

Função hepática e/ou renal

O fígado humano, aparentemente, metaboliza parte substancial da
dose administrada de Citarabina (substância ativa).
Especialmente pacientes com função renal ou hepática prejudicada
podem apresentar uma probabilidade mais alta de toxicidade do
sistema nervoso central após tratamento com altas doses de
Citarabina (substância ativa). A Citarabina (substância ativa) deve
ser utilizada com cautela e, se possível, em doses reduzidas, nos
pacientes com função hepática ou renal prejudicada.

Devem-se realizar avaliações periódicas das funções medular,
hepática e renal em pacientes sob tratamento com Citarabina
(substância ativa).

Neurológicos

Casos de reações adversas neurológicas severas que variaram de
cefaleia à paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC foram
relatados, principalmente em jovens e adolescentes aos quais foi
administrado Citarabina (substância ativa) por via intravenosa em
combinação com metotrexato por via intratecal.

Síndrome da lise tumoral

Como outros medicamentos citotóxicos, a Citarabina (substância
ativa) pode induzir hiperuricemia secundária à rápida lise de
células neoplásicas. O clínico deve monitorar os níveis sanguíneos
de ácido úrico em seu paciente e estar alerta para o uso das
medidas de suporte e farmacológicas necessárias para controlar o
problema.

Pancreatite

Foi relatada pancreatite aguda em pacientes tratados com
Citarabina (substância ativa) em combinação com outros
fármacos.

Efeitos imunossupressores/aumento da suscetibilidade às
infecções

A administração de vacinas com antígenos vivos ou atenuados em
pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo
Citarabina (substância ativa), pode resultar em
infecções graves ou fatais. A vacinação com antígenos vivos
deve ser evitada em pacientes recebendo Citarabina (substância
ativa). Vacinas com antígenos mortos ou inativos podem ser
administradas, no entanto a resposta à vacina pode estar
diminuída.

Uso em Crianças

As advertências e precauções para as crianças são as mesmas
daquelas descritas para pacientes adultos.

Uso durante a gravidez

Não existem estudos sobre o uso de Citarabina (substância ativa)
em mulheres grávidas. A Citarabina (substância ativa) é
teratogênica em algumas espécies animais. O uso do medicamento em
mulheres que estão grávidas ou que podem engravidar deve ser
realizado apenas após serem considerados o benefício potencial e os
danos potenciais tanto para mãe quanto para o feto. Mulheres
potencialmente férteis devem ser orientadas para evitar a
gravidez.

Filhos de mães expostas a Citarabina (substância ativa) durante
a gravidez (monoterapia ou em combinação com outros medicamentos)
nasceram normais; alguns deles nasceram prematuros ou com baixo
peso. Algumas das crianças normais foram acompanhadas desde a
6ª semana até 7 anos após a exposição, não mostrando
anormalidade. Uma criança aparentemente normal faleceu aos 90 dias
de vida devido à gastroenterite.

Anormalidades congênitas foram relatadas, particularmente em
casos nos quais o feto foi exposto à Citarabina (substância ativa)
durante o primeiro trimestre da gravidez. Isso inclui defeitos nos
membros distais superiores e inferiores e deformidades nas
extremidades e nas orelhas.

Relatos de pancitopenia, leucopenia, anemia, trombocitopenia,
anormalidades nos eletrólitos, eosinofilia transitória, aumento nos
níveis de IgM e hiperpirexia, sepse e morte ocorreram durante o
período neonatal com crianças expostas à Citarabina (substância
ativa) in útero. Algumas destas crianças também eram
prematuras.

Foram realizados abortos terapêuticos em mulheres em terapia com
Citarabina (substância ativa). Foram relatados casos de fetos
normais e de fetos com baço aumentado e trissomia de cromossomo C
no tecido coriônico.

Devido ao perigo potencial de ocorrer anomalias durante a
terapia citotóxica, principalmente durante o primeiro trimestre
de gravidez, a paciente que estiver grávida ou engravidar
durante o tratamento com Citarabina (substância ativa) deve ser
orientada quanto ao risco potencial para o feto e a conveniência da
continuidade da gravidez. Existe um risco definido, embora
consideravelmente reduzido, se o tratamento é iniciado durante o
segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Embora tenham nascido
crianças normais de pacientes tratadas com Citarabina (substância
ativa) durante os três trimestres de gravidez, recomenda-se o
acompanhamento dessas crianças.

A Citarabina (substância ativa) é um medicamento classificado na
categoria D de risco de gravidez, portanto, este medicamento não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Uso durante a lactação

Não é conhecido se este medicamento é excretado no leite humano.
Como muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao
risco potencial de reações adversas graves devido à Citarabina
(substância ativa) em lactentes, deve-se decidir entre descontinuar
a amamentação ou a medicação, levando-se em conta a importância da
medicação para a mãe.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar
Máquinas

O efeito da Citarabina (substância ativa) na habilidade de
dirigir ou operar máquinas não foi avaliado sistematicamente.

Reações Adversas do Cytos

Resumo do perfil de segurança

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Como a Citarabina (substância ativa) é um supressor da medula
óssea, pode ocorrer anemia, leucopenia, trombocitopenia,
megaloblastose e redução de reticulócitos como resultado de sua
administração. A gravidade dessas reações depende da dose e do
esquema terapêutico. Pode-se esperar a ocorrência de alterações
celulares na morfologia de esfregaços de medula óssea e de sangue
periférico.

Após infusões constantes por 5 dias ou injeções agudas de 50
mg/m2 a 600 mg/m2, a depressão das células
brancas segue um curso bifásico. Independente da contagem inicial,
do nível de dosagem ou esquema terapêutico, existe uma queda
inicial nas primeiras 24 horas, com nadir nos dias 7-9. Segue-se
uma ligeira elevação que atinge seu pico próximo ao décimo segundo
dia. 

Uma segunda e mais profunda queda atinge seu nadir nos dias
15-24. Ocorre, então, uma rápida elevação acima da linha de base
nos 10 dias seguintes. A depressão plaquetária é notada em 5 dias,
com o pico de depressão ocorrendo entre os dias 12-15.

A partir daí, uma rápida elevação acima dos valores basais
ocorre nos 10 dias seguintes.

Infecções e infestações

Infecções virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias ou
saprofíticas, em qualquer local do corpo, podem estar associadas ao
uso de Citarabina (substância ativa) sozinha ou combinada com
outros agentes imunossupressores após doses imunossupressoras que
afetem a imunidade celular ou humoral. Essas infecções podem ser
leves, mas também podem ser graves e, às vezes, fatais.

Distúrbios dos tecidos musculoesquelético e
conjuntivo

Síndrome da Citarabina (substância ativa)

A síndrome da Citarabina (substância ativa) foi descrita por
Castleberry. Esta se caracteriza por febre, mialgia, dor óssea,
ocasionalmente dor torácica, rash maculopapular,
conjuntivite e mal-estar.

Geralmente ocorre 6-12 horas após a administração do
medicamento. Os corticosteroides mostraram ser benéficos no
tratamento ou prevenção dessa síndrome. Se os sintomas forem
considerados tratáveis, o uso de corticosteroides deve ser
considerado, assim como a continuação da terapia com Citarabina
(substância ativa).

As reações adversas relatadas são listadas abaixo pela
Classe de Sistema de Órgãos MedDRA e por frequência. As
frequências são definidas como

  • Muito comuns (≥10%);
  • Comuns (≥1%, lt; 10%);
  • Incomuns (≥0,1%, lt; 1%);
  • Raras (≥0,01%, lt; 0,1%);
  • Frequência não conhecida (não podem ser estimadas a partir dos
    dados disponíveis).

Tabela de Reações Adversas (Terapia convencional e em
altas doses):

Classe de sistema de órgãos

Categoria de frequência

Reações adversas

Infecções e InfestaçõesMuito comunsSepse, pneumonia,
infecçãoa.
Frequência não
conhecida
Celulite no local da
injeção.
Distúrbios dos Sistemas
Sanguíneo e Linfático
Muito comunsInsuficiência da medula
óssea, trombocitopenia, anemia, anemia megaloblástica, leucopenia,
diminuição na contagem de reticulócitos.
Distúrbios do Sistema
Imunológico
Frequência não
conhecida
Reação anafilática,
edema alérgico.
Distúrbios da Nutrição e
Metabolismo
Frequência não
conhecida
Diminuição do
apetite.
Distúrbios do Sistema
Nervoso
Frequência não
conhecida
Neurotoxicidade,
neurite, tontura, cefaleia.
Distúrbios OcularesFrequência não
conhecida
Conjuntiviteb.
Distúrbios
Cardíacos
Frequência não
conhecida
Pericardite.
Distúrbios
Vasculares
Frequência não
conhecida
Tromboflebite.
Distúrbios
Respiratórios, Torácicos e Mediastinais
Frequência não
conhecida
Dispneia, dor
orofaríngea.
Distúrbios GastrintestinaisMuito comunsEstomatite, ulceração da
boca, úlcera anal, inflamação anal, diarreia, vômito, náusea, dor
abdominal.
Frequência não
conhecida
Pancreatite, úlcera
esofágica, esofagite.
Distúrbios HepatobiliaresMuito comunsFunção hepática
anormal.
Frequência não
conhecida
Icterícia.
Distúrbios da Pele e Tecido SubcutâneoMuito comunsAlopecia, rash
cutâneo.
ComumÚlcera da pele.
Frequência não
conhecida
Síndrome
eritrodisestesia palmo-plantar, urticária, prurido, efélides.
Distúrbios dos tecidos
musculoesquelético e conjuntivo
Muito comumSíndrome da Citarabina
(substância ativa).
Distúrbios Renais e
Urinários
Frequência não
conhecida
Insuficiência renal,
retenção urinária.
Distúrbios Gerais e Condições do Local da AdministraçãoMuito comumPirexia.
Frequência não
conhecida
Dor torácica, reações no
local da injeçãoc.
InvestigaçõesMuito comunsBiópsia de medula óssea
anormal, teste de esfregaço sanguíneo anormal.

a Pode ser leve, mas pode ser severa e por vezes
fatal.
b Pode ocorrer com um rash cutâneo e pode
ser hemorrágica com a terapia de dose elevada.
c Dor e inflamação no local da injeção
subcutânea.

Reações adversas relatadas em associação com terapia em
altas doses são incluídas na seguinte tabela

Tabela de Reações Adversas (Terapia em Altas
Doses):

Classe de sistema de órgãos

Categoria de frequência

Reações adversas

Infecções e
Infestações
Frequência não
conhecida
Abcesso do fígado.
Distúrbios
Psiquiátricos
Frequência não
conhecida
Mudança de
personalidadea.
Distúrbios do Sistema NervosoMuito comunsDisfunções cerebrais,
disfunção cerebelar, sonolência.
Frequência não
conhecida
Coma, convulsão,
neuropatia periférica motora, neuropatia sensorial periférica.
Distúrbios OcularesMuito comumDistúrbios da
córnea.
Distúrbios
Cardíacos
Frequência não
conhecida
Cardiomiopatiab.
Distúrbios Respiratório,
Torácico e Mediastinal
Muito comunsSíndrome de angústia
respiratória aguda, edema pulmonar.
Distúrbios GastrintestinaisComunsColite necrosante.
Frequência não
conhecida
Necrose gastrintestinal,
úlcera gastrintestinal, pneumatose intestinal, peritonite.
Distúrbios
Hepatobiliares
Frequência não
conhecida
Dano hepático,
hiperbilirrubinemia.
Distúrbios da Pele e
Tecido Subcutâneo
ComumEsfoliação da pele.

a Mudança de personalidade foi relatada em associação
com disfunção cerebral e cerebelar.
b Com morte subsequente.

Outras Reações Adversas

Uma pneumonite intersticial difusa, sem causa evidente, que pode
ter sido relacionada à Citarabina (substância ativa) foi relatada
por pacientes tratados com doses experimentais intermediárias de
Citarabina (substância ativa) (1 g/m2) com e sem outros
agentes quimioterápicos (metaAMSA, daunorrubicina, VP-16).

Relatou-se uma síndrome de angústia respiratória súbita
rapidamente progredindo para edema pulmonar e cardiomegalia
radiograficamente pronunciada, após a administração experimental de
Citarabina (substância ativa) em altas doses, no tratamento de
recidiva de leucemia; resultados fatais foram relatados.

Uso Intratecal

As reações adversas mais frequentemente reportadas após a
administração intratecal foram náusea, vômito e febre; estas
reações foram leves e autolimitadas. Foi reportado ainda
paraplegia. Foi relatada leucoencefalopatia necrosante com ou sem
convulsão; em alguns destes casos os pacientes estavam sendo
tratados com metotrexato e/ou hidrocortisona também via intratecal,
bem como irradiação do sistema nervoso central.

Neurotoxidade isolada foi relatada. Ocorreu cegueira em 2
pacientes em remissão, cujos tratamentos consistiam da combinação
sistêmica de quimioterápicos, irradiação profilática do sistema
nervoso central e uso de Citarabina (substância ativa) por via
intratecal.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Cytos

Digoxina

Foram observados decréscimos reversíveis nas concentrações
plasmáticas de digoxina no estado de equilíbrio e na excreção renal
de glicosídeos em pacientes recebendo beta-acetildigoxina e
esquemas quimioterápicos contendo ciclofosfamida, vincristina e
prednisona com ou sem Citarabina (substância ativa) ou
procarbazina.

Não houve alterações aparentes nas concentrações plasmáticas de
digitoxina no estado de equilíbrio. Portanto, recomenda-se o
monitoramento dos níveis plasmáticos de digoxina em pacientes
recebendo esquemas quimioterápicos combinados similares. A
utilização de digitoxina por tais pacientes pode ser uma
alternativa.

Gentamicina

Em estudo de interação in vitro entre gentamicina e
Citarabina (substância ativa) mostrou um antagonismo relacionado à
Citarabina (substância ativa) quanto à susceptibilidade de cepas de
K. pneumoniae. Esse estudo sugere que, em
pacientes tratados com Citarabina (substância ativa) e recebendo
gentamicina devido a uma infecção por K. pneumoniae, a
ausência de uma resposta terapêutica imediata pode indicar a
necessidade de uma reavaliação do tratamento antibacteriano.

Fluorocitosina

Evidências clínicas mostraram uma possível inibição da eficácia
da terapia com fluorocitosina pela Citarabina (substância ativa).
Isto possivelmente ocorre devido a potencial inibição competitiva
de sua captação.

Metotrexato

Citarabina (substância ativa) administrada via intravenosa
concomitantemente com metotrexato via intratecal pode aumentar o
risco de reações adversas neurológicas graves como dor de cabeça,
paralisia, coma e episódios semelhantes a AVC.

Ação da Substância Cytos

Resultados de eficácia

Leucemia Mieloide Aguda

A Citarabina (substância ativa) é um dos agentes individuais
mais eficazes no tratamento da leucemia não-linfocítica aguda ou
leucemia mieloide aguda (LMA). A Citarabina (substância ativa) faz
parte da maioria dos regimes de indução em LMA e as doses comumente
empregadas são 100-200 mg/m2 e pode ser coadministrada
com outras drogas/quimioterápicos. Até 80% de remissão completa
(RC) foi alcançada em pacientes com menos de 40 anos de idade.
Apesar da terapia de manutenção, muitos destes pacientes tiveram
uma recaída e apenas 20% – 30% dos pacientes obtiveram sobrevida em
5 anos. Assim livre de doença, o desafio é erradicar a doença
subclínica em remissão.

A eficácia pode ser melhorada pelo emprego de doses superiores a
100-200 mg/m2, particularmente em pacientes que não
respondem a regimes de dose padrão ou naqueles que tem recaída.
Altas doses de Citarabina (substância ativa) (HDARAC), de 1-3
g/m2, foram empregadas para superar resistência aos
medicamentos e penetrar no SNC. A Citarabina (substância ativa)
pode ser administrada sozinha como um tratamento de indução ou em
combinação com antraciclinas, ansacrina ou L-asparaginase (ASP).
Foram observadas taxas RC de 25% – 84%.

Altas doses de Citarabina (substância ativa) em combinação com
etoposídeo e daunorrubicina são eficazes no tratamento de LMA.
Taxas de RC 82,4% e 74,8% foram observadas em pacientes com idade
mais jovens do que 46 anos e para os pacientes com idade de 46 anos
e mais velhos, respectivamente. Uma alta dose de Citarabina
(substância ativa) em regime de consolidação produziu resultados
superiores em pacientes com LMA com idade acima de 60 anos com
citogenética de risco intermediário.

A Citarabina (substância ativa) em combinação com análogos da
purina e antraciclinas foi eficaz em pacientes com LMA que recaíram
ou que não foram tratados previamente. Altas doses de Citarabina
(substância ativa) também foram administradas no tratamento
pós-remissão de leucemias e observaram-se melhorias na duração
média da remissão e sobrevida livre de doença. Em sua pesquisa,
Schiller et al utilizou Citarabina (substância ativa) numa
dose de 200-500 mg/m2 por via intravenosa em 2-3 cursos,
intermitente ou continuamente até 7 dias, em 123 pacientes adultos.
O período de acompanhamento médio de 4,8 anos mostrou que 40
pacientes ficaram vivos (28 em RC), com uma duração mediana de 12,8
meses e a sobrevida livre de doença aos 5 anos de 26% ± 8%. Eles
sugeriram que a idade acima de 45 anos e sexo masculino foram
fatores prognósticos negativos.

A Citarabina (substância ativa) foi eficaz em combinação com
fludarabina e ansacrina, seguida de regimes de condicionamento de
intensidade reduzida e transplante alogênico de células
hematopoiéticas estaminais em pacientes com LMA refratária ou
recidivante.

A Citarabina (substância ativa) em combinação com inibidores da
topoisomerase (ansacrina, mitoxantrona), análogos da purina e do
fator estimulante de colônia granulócitos, demostraram atividade
encorajadora no tratamento da LMA. 

Estudos combinando gentuzumabe ozogamicina, homoharringtonina,
antraciclinas, vorinostate e Citarabina (substância ativa)
encontraram resultados eficazes no tratamento da LMA.

O uso de uma dose intermediária de Ara-C (1g/m2 de 12
h × 12h) verificou-se ser eficaz no tratamento principalmente da
falha e recaída da LMA, leucemia linfocítica aguda (LLA) e linfoma
não-Hodgkin linfoblástico.

A Citarabina (substância ativa) em baixas doses (LD-AraC) é
considerada como o padrão de tratamento em doentes idosos com
leucemia mieloide aguda (LMA) que não podem receber quimioterapia
intensiva. Entre 2000 e 2014, 60 pacientes receberam 20 mg uma ou
duas vezes ao dia por via subcutânea durante 10 dias consecutivos a
cada 4-6 semanas. Taxa de remissão completa com LD-AraC foi de 7%
versus 56% com quimioterapia intensiva e 21% com agentes
de hipometilação. Sobrevida global (SG) mediana dos pacientes
tratados com LD-AraC foi de 9,6 meses com SG de 12% em 3 anos.

Sobrevida com LD-AraC foi melhor do que com apenas os melhores
cuidados de suporte – BSC (P = 0,001). Apesar de não ser
estatisticamente significativa, agentes quimioterápicos e
hipometilantes em dose intensa tendem a ser melhor do que LD-AraC
em termos de SG (mediana: 12,4 meses e 16,1 meses,
respectivamente). Apesar de uma tendência a favor de esquemas
intensivos de agentes quimioterápicos e hipometilantes sobre
LD-AraC, nenhuma vantagem real foi demonstrada, enquanto LD-AraC
mostrou uma vantagem significativa comparativamente ao BSC.

Ciclos de altas doses de Citarabina (substância ativa) (HDC)
foram associados com maior sobrevida livre de falhas e sobrevida
global do que 1 curso de HDC. Os pacientes incluídos no estudo –
CALGB – com leucemia mieloide aguda e o cariótipo t (8; 21) foram
analisados retrospectivamente para determinar o desfecho após 1 (n
= 29), 3 ou 4 ciclos (n = 21) de HDC. A terapia de indução
consistiu em Citarabina (substância ativa) e daunorrubicina.
Terapia de intensificação incluía um curso ou até 4 cursos de
Citarabina (substância ativa). Todos os pacientes obtiveram uma
resposta completa após a terapia de indução.

Apenas 4 pacientes tiveram uma recaída da LMA após 3 ou mais
cursos de HDC. A sobrevida livre de doença em 5 anos e sobrevida
global em 5 anos foram de 38% e 44% após um curso de HDC,
respectivamente, e 71% e 76% após 3 ou mais cursos de HDC,
respectivamente.

Altas doses de Citarabina (substância ativa) foram eficazes
quando usada com o transplante autólogo de medula óssea (TMO) em um
estudo de 60 pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Os
pacientes com LMA em remissão foram primeiramente tratados com dose
elevada de Citarabina (substância ativa) 3g/m2 como
terapia de consolidação. Após a recuperação hematopoiética e
avaliação da medula óssea, 44 pacientes foram submetidos ao TMO. A
probabilidade cumulativa de 2 anos de sobrevida livre de doença foi
de 49% para todos os pacientes que entraram no estudo, e 61% para
os pacientes que receberam TMO autólogo. A probabilidade de recaída
para todos os pacientes foi de 44%, e 33% para os pacientes que
foram submetidos à TMO.

Em uma análise ITT de adolescentes e adultos não tratados
previamente (idade entre 16 e 55 anos) com leucemia
mieloide aguda (LMA) que receberam quimioterapia de indução
padrão, não houve diferenças significativas na sobrevida livre
de doença entre os pacientes randomizados para receber altas
doses de Citarabina (substância ativa) (n = 117) ou aqueles que se
submeteram ao transplante autólogo de medula óssea (n = 116), ou
aqueles elegíveis que se submeteram ao transplante alogênico de
medula (n = 113). Sobrevida pós-remissão no grupo que se submeteu a
altas doses de Citarabina (substância ativa) foi melhor do que no
grupo de transplante autólogo de medula (p = 0,05) ou o grupo de
transplante alogênico de medula (p = 0,04). A sobrevida global pode
ter sido afetada por um maior número de transplante alogênico de
medula no grupo submetido à Citarabina (substância ativa) em dose
elevada. 

O regime FLAG (fludarabina, Citarabina (substância ativa) e
filgrastim) provocou uma taxa de remissão completa de 56% em uma
coorte de 41 pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) de
má-prognóstico (resistente, reincidente ou secundária). Os
indivíduos receberam um curso de indução única de FLAG, seguido por
um curso de consolidação se bem sucedida. O início mediano e
duração da remissão completa foram 27 dias e 15 meses,
respectivamente. Não foram observadas diferenças significativas de
gênero ou relacionadas com a idade nas taxas de resposta. As
toxicidades de FLAG foram toleráveis, com uma notável ausência de
neurotoxicidade. A sobrevida global mediana desta coorte foi de 11
meses.

O regime de CAT (ciclofosfamida, Citarabina (substância ativa),
e topotecana) resultou na remissão completa em 17% dos pacientes
com leucemia aguda recidivante ou refratária. 52 pacientes tinham
leucemia mieloide aguda (LMA – 12 refratárias, 40 recidivantes) e
11 pacientes tiveram leucemia linfocítica aguda (LLA – 3
refratárias, 8 recidivantes). A remissão completa (RC) foi
alcançada em 11 pacientes (10 pacientes com LMA, 1 paciente com
LLA). A duração média da RC foi de 9 semanas e sobrevida média foi
de 10 semanas; 10% dos pacientes ainda estavam vivos aos 12
meses.

Altas doses de Citarabina (substância ativa) em associação com
mitoxantrona foram eficazes no tratamento da leucemia mieloide
aguda (LMA) e pacientes com anemia refratária com excesso de
blastos em transformação (RAEBIT – n = 47). Remissão completa
ocorreu em 45% dos pacientes (11 de 14 com LMA em primeira recaída,
4 de 8 com RAEBIT; e 4 de 6 pacientes com LMA) idosos não tratados
anteriormente. Após re-indução, 8 dos 9 doentes com LMA (menos de
60 anos de idade) foram capazes de submeterse a terapia intensiva
(ou seja, transplante de medula óssea) com recuperação hematológica
bem sucedida.

A terapia de combinação com altas doses de etoposídeo e
Citarabina (substância ativa) (sem uma antraciclina) resultou em
remissão completa em 26 de 41 pacientes (63%) com leucemia mieloide
aguda recidiva ou refratária. A remissão completa também foi
observada em 10 dos 18 pacientes (56%) com leucemia linfocítica
aguda refratária ou recidivante. Em 9 pacientes com leucemia
reincidente após o transplante de medula óssea alogênico, maus
resultados foram alcançados em apenas 2 pacientes que atingiram
remissão completa de curta duração. Foram observadas 7 mortes
relacionadas com o tratamento. Este estudo indica que a taxa de
resposta elevada pode ser conseguida em pacientes com leucemia
mieloide aguda recidivante ou refratária, sem a utilização de uma
antraciclina.

Doses intermediárias de Citarabina (substância ativa), a uma
taxa de infusão moderada ao longo de um período de tempo prolongado
demonstrou alta eficácia e baixa mortalidade relacionada ao
tratamento (leucemia mieloide aguda /n = 40). Foram utilizadas três
estratégias de dosagem variantes. No geral, 32 dos 40 pacientes
(80%) obtiveram remissão completa (RC) após o tratamento de indução
(27 após um único curso e 5 depois de um segundo curso de
indução).

2 indivíduos alcançaram remissão parcial e 5 não tiveram
resposta. Aos 3 anos, a taxa de sobrevida global estimada foi de
56%, com 47% de todos os pacientes livres de falha do tratamento.
10 dos 32 que alcançaram RC tiveram uma recaída, enquanto 59%
daqueles que atingiram RC estavam livres de leucemia após 2 anos.
Coleta de células tronco foi bem sucedida em 71% dos elegíveis para
altas doses de quimioterapia. A mortalidade relacionada com o
tratamento ocorreu em 1 paciente (2,5%).

A adição de Citarabina (substância ativa) em dose elevada e
mitoxantrona (HAM) para o tratamento de crianças com leucemia
mieloide aguda de alto risco (LMA; n = 310) produziu uma taxa de
remissão completa de 78% e uma probabilidade de sobrevida livre de
eventos em 5 anos (SLE) de 44%. Pacientes recém-diagnosticados com
LMA com idades entre 0 e 17 anos (n = 471) foram randomizados para
terapia de indução com Citarabina (substância ativa) (Ara-C),
daunorrubicina, e etoposídeo (ADE) ou Citarabina (substância
ativa), idarrubicina e etoposídeo (AIE) imediatamente após o
diagnóstico. Após a terapia de indução, os pacientes foram
randomizados de acordo com o nível de risco.

Pacientes de alto risco (n = 310) receberam HAM seguido de
terapia de consolidação ou terapia de consolidação seguido de HAM.
Os doentes aleatorizados para HAM precoce (n = 98) atingiram uma RC
de 88% e uma probabilidade de SLE em 5 anos de 52% e os doentes
randomizados para HAM tardiamente (n = 98) atingiram uma RC de 85%
e uma SLE em 5 anos de 45%. Houve uma melhora significativa na RC e
na SLE em 5 anos em pacientes de alto risco no presente estudo em
comparação com controles históricos de pacientes de alto risco que
receberam dois ciclos de intensificação após o tratamento de
consolidação com Citarabina (substância ativa) em altas doses e
etoposídeo, mas não receberam HAM (CR = 78% versus 68%; p
= 0,007; 5 anos EFS = 44% versus 33%; p = 0,01).

A fludarabina seguida por Citarabina (substância ativa) com
fator estimulador de colônias de granulócitos (regime FLAG)
provocou remissão completa em 70% de 19 crianças (média de idade de
6,4 anos) com leucemia mieloide aguda reincidente ou refratária
(LMA) ou leucemia linfocítica aguda (LLA). 20% e 10% foram
classificados como respondedores parciais e não respondedores,
respectivamente. 13 pacientes receberam transplante de medula
óssea.

Em uma média de 11,7 meses de seguimento após a terapia FLAG, a
taxa de sobrevivência foi de 37%. Os investigadores concluíram que
o esquema FLAG é um regime aceitável em termos de eficácia e
tolerabilidade nesta população de alto risco, especialmente quando
a quimioterapia intensiva prévia predispõe cardiotoxicidade
relacionada com a antraciclina.

Remissão completa foi alcançada em 11 de 22 crianças com
leucemia mieloide aguda após 2 ciclos de Citarabina (substância
ativa) com daunorrubicina. A terapia de consolidação consistiu de 3
cursos de Citarabina (substância ativa) mais tioguanina e 1 curso
de ciclofosfamida. A quimioterapia intensiva, incluindo a
daunorrubicina, como parte do regime de indução e tratamento, foi
semelhante ao transplante autólogo de medula óssea (TMO) na
sobrevida livre de eventos em crianças com leucemia mieloide aguda
(LMA).

As crianças com LMA passaram por duas sessões de
quimioterapia de indução que consistia no seguinte
esquema

Daunorrubicina 45mg/ m2 nos dias 1, 2 e 3; Citarabina
(substância ativa) 100mg/m2 através de infusão contínua
nos dias 1 a 7; tioguanina via oral 100 mg/m2 nos dias 1
a 7; altas doses de Citarabina (substância ativa) 3g/m2
em infusão de 3 horas a cada 12 horas em 6 doses; Citarabina
(substância ativa) intratecal de 40 mg/m2 nos dias 1 e
8.

O segundo ciclo foi repetido no dia 15, mas sem a Citarabina
(substância ativa).

Os pacientes que estavam em remissão foram então randomizados
para quimioterapia intensiva ou transplante de medula óssea (TMO).
Todos os pacientes foram submetidos à etoposídeo e terapia de
consolidação com azacitidina. Quimioterapia intensiva de
consolidação consistiu de vários agentes, incluindo a
daunorrubicina, a Citarabina (substância ativa), tioguanina,
etoposídeo, e azacitidina.

Dos pacientes elegíveis para a randomização (n = 232), a taxa de
sobrevivência livre de eventos em 3 anos foi de 36% para o grupo
que realizou quimioterapia intensiva e 38% para o grupo de TMO. No
entanto, o grupo TMO apresentou uma menor taxa de recaída (31%
versus 58%, p inferior a 0,05), mas uma maior taxa de
mortalidade relacionada ao tratamento (15% versus 2,7%, p
inferior a 0,05) do que o grupo que recebeu quimioterapia.

Leucemia Mieloide Crônica

A Citarabina (substância ativa) em alta dose foi um regime
eficaz para o tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC) na fase
blástica. Regimes de tratamento com vindesina – prednisolona (VDSP)
ou citosina – arabinosídeo – vindesina – prednisolona (VDS-CP) ou
citosina-arabinosideo-vindesina-prednisolona-mercaptopurina-6,
devem ser os tratamentos de escolha em pacientes com crise blástica
da leucemia mieloide crônica também com morfologia linfoide ou
mieloide. 

A daunorrubicina combinada com doses fixas de mesilato de
imatinibe e Citarabina (substância ativa), seguidos pelo
transplante de células tronco ou terapia de manutenção com agente
único foi bem tolerado e apresentou uma alta taxa de resposta. Mais
de 55% dos pacientes obtiveram resposta completa hematológica
(RCH).

A adição de Citarabina (substância ativa) ao imatinibe como uma
terapia inicial para doentes com LMC foi associada a uma elevada
taxa de resposta molecular completa. As taxas de sobrevida livre de
progressão e as taxas de sobrevida global em 5 anos foram de 92% e
96%, respectivamente.

Em pacientes com LMC, a combinação de interferon alfa com
Citarabina (substância ativa) demonstrou uma melhora na resposta
hematológica completa, resposta citogenética superior e taxas de
sobrevida superiores em 3 e 5 anos em comparação com interferon
alfa isolado.

A combinação de duas vezes por dia de fludarabina e Citarabina
(substância ativa) parece ser ativa, com uma taxa de resposta
global de 26% em pacientes com LMA refratária/recidivante, síndrome
mielodisplásica de alto risco e na fase blástica da LMC.

A homoharringtonina combinada com Citarabina (substância ativa)
também foi um tratamento eficaz da crise blástica da LMC.

Num estudo de pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) (n =
538), não houve diferença significativa na sobrevivência de 5 anos
e a resposta hematológica completa (RHC) aos 6 meses, nos doentes
que receberam interferon alfa-2a e baixa dose de Citarabina
(substância ativa) e aqueles que receberam interferon alfa-2a
isoladamente; sobrevida de 5 anos foi de 68% e 65%,
respectivamente, e RHC aos 6 meses foi de 62% e 55%,
respectivamente.

Houve uma diferença significativa na resposta citogenética (MCgR
– 66% a 100% para o cromossoma Filadélfia (Ph) metáfases-negativo)
entre o interferon alfa-2a em associação com Citarabina (substância
ativa) versus e-2A alfa isoladamente aos 12 meses (21%
contra 13%; p = 0,014) e 24 meses (28% e 18%; = 0,003).

12 pacientes com menos de 18 anos de idade foram incluídos no
estudo randomizado CML 91. Após a aleatorização, 6 doentes
receberam interferon (IFN) e Citarabina (substância ativa) (ARA-C
20 mg/m2 durante 10 dias de cada mês) e 6 pacientes
receberam interferon isolado. 6 meses após o início do tratamento,
a resposta hematológica completa foi obtida em todos os pacientes
do grupo de IFN mais Ara-C e em 4 pacientes do grupo de IFN
isolado. Uma resposta citogenética superior foi observada em 3
pacientes do grupo de IFN mais Ara-C e em 2 doentes do grupo de IFN
isolado. A combinação de IFN e Ara-C induz resposta hematológica
completa e respostas citogenéticas superiores e é bem tolerado em
pacientes com menos de 18 anos de idade com LMC.

Esta combinação pode oferecer uma alternativa ao transplante de
medula óssea em crianças na fase crônica da LMC, sem um doador
histocompatível.

Leucemia Linfocítica Aguda

Aos 5 anos, observou-se uma taxa de sobrevida global de 35%, com
a administração de um curso de indução de VP16-213 (etoposídeo),
ansacrina, dose intermediária de aracitina durante 6 dias,
prednisona e metotrexato intratecal, seguido por um ciclo de
consolidação com vincristina, ansacrina, alta dose de Ara-C durante
4 dias, prednisona e metotrexato intratecal. A sobrevida livre de
doença foi de 45% em 5 anos. A sobrevivência em longo prazo para
pacientes com leucemia linfocítica aguda tipo B ou T foi de
aproximadamente 60% em comparação com 15% para aqueles com LLA
pré-B.

Os adultos com LLA e translocação (1; 19) teve um excelente
prognóstico com ciclofosfamida hiperfracionada, vincristina,
doxorrubicina e dexametasona alternadas com metotrexato e altas
doses de Citarabina (substância ativa). Todos os pacientes (n = 12)
conseguiram RC, e a taxa de sobrevivência em 3 anos foi de 73%.

Sequenciamento de fludarabina, Citarabina (substância ativa),
ansacrina, globulina anti-timócitos (GAT-Fresenius) e regime
fracionado de irradiação total de corpo foi eficaz em pacientes com
LLA refratária ou de alto risco representando uma alternativa
viável à ciclofosfamida/irradiação total do corpo especialmente
para adultos mais jovens.

A combinação de fludarabina com Citarabina (substância ativa),
fator estimulante de colônias de granulócitos (FLAG) e
doxorrubicina lipossomal não peguilada foi usada em um grupo de
muito alto risco de crianças para o tratamento da leucemia aguda
recidivante ou refratária e resultou num regime eficaz com uma
remissão encorajadora.

A irradiação total do corpo em associação com ciclofosfamida e
Citarabina (substância ativa) em dose elevada foi um plano
exequível e eficaz de condicionamento para pacientes adultos com
LLA, tanto em remissão com em estágios avançados, com uma resposta
completa de 63,6%.

Altas doses de Citarabina (substância ativa) (3g/m2)
a cada 12 horas – 8 doses, seguidas de um segundo ciclo de 4 doses
a partir do dia 21, foi eficaz no tratamento de leucemia meníngea
em doentes de alto risco com leucemia linfocítica aguda (LLA) e
linfoma nãoHodgkin. Todos os pacientes que atingiram remissão do
sistema nervoso central e da medula óssea receberam consolidação em
doses mensais com altas doses de Citarabina (substância ativa). A
remissão completa foi observada em 13 dos 20 pacientes (65%),
incluindo um adulto com leucemia granulocítica crônica em crise
blástica linfoide.

31 doentes receberam um regime de indução de dose intensa de
Citarabina (substância ativa) por dia (3g/m2) durante 5
dias; mitoxantrona (80mg/m2), no dia 3, e G-CSF. A
resposta completa foi alcançada em 31 pacientes (84%), com uma
duração de remissão mediana de 17 meses e a sobrevida média de 20
meses. Toxicidade aceitável foi relatada, no entanto, todos os
doentes tiveram neutropenia febril e necessitaram de antibióticos.
Os autores sugeriram que este regime se comparou favoravelmente ao
esquema incluindo 4-vincristina, prednisona, ciclofosfamida e
doxorrubicina.

Remissão com toxicidade tolerável foi relatada em 66 pacientes
adultos com recidiva ou LLA refratária. A terapia consistia de:
primeira fase – vindesina, daunorrubicina, erwinia-asparaginase e
prednisona; segunda fase – Citarabina (substância ativa) e
etoposídeo. 64% dos doentes em primeira recidiva teve uma remissão
completa. Sobrevida global mediana para o estudo foi de 6,6
meses.

Em um estudo realizado pela Southwest Oncology Group
(SWOG), uma taxa de resposta completa (RC) de 68% foi alcançada em
pacientes com leucemia linfocítica aguda (LLA), utilizando um
esquema quimioterápico intensivo; a taxa de RC foi de 35% em
pacientes acima de 50 anos de idade e 79% em pacientes com menos de
50 anos de idade. A duração média de remissão, sobrevida livre de
recidiva e sobrevida global foram 22.9, 20.9 e 17.7 meses,
respectivamente. Para doentes que atingiram remissão após a
indução, a consolidação consistiu de 3 ciclos de Citarabina
(substância ativa) e metotrexato alternando com 3 ciclos de
Citarabina (substância ativa) e tioguanina. Os pacientes receberam
também vincristina, prednisona, e asparaginase seguido por
ciclofosfamida; metotrexato intratecal também foi administrado.

Leucemia Meníngea

A utilização de um regime de quimioterapia intratecal
intensificada com metotrexato, hidrocortisona e Citarabina
(substância ativa) reduziu o risco de recidiva do sistema nervoso
central (SNC) em pacientes pediátricos com leucemia linfocítica
aguda. Os pacientes (n = 165) com 18 anos de idade ou mais jovens,
receberam tratamento inicial com metotrexato, seguido de terapia de
indução da remissão com prednisona, vincristina, daunorrubicina,
asparaginase, etoposídeo e Citarabina (substância ativa).

Após a remissão completa, todos os pacientes receberam terapia
de consolidação com o metotrexato em altas doses e mercaptopurina.
Foi realizada terapia intratecal com doses adequadas à idade como
indução da remissão. 163 dos 165 pacientes obtiveram remissão
completa. O risco cumulativo de uma recaída no SNC isolado em 5
anos pós-remissão foi de 1,2% e de qualquer recaída no SNC foi de
3,2%. Os autores atribuem a baixa incidência de recaída no SNC à
intensificação precoce da terapia intratecal. A estimativa de
sobrevida livre de eventos em 5 anos foi de 80,2%.

A Citarabina (substância ativa) intratecal tem atividade
terapêutica nos casos de leucemia meníngea e foi tolerada por
crianças em uma dosagem de 70 mg/m2 de superfície
corporal.

Altas doses de Citarabina (substância ativa) (HDARAC) foram
eficazes por via intratecal na profilaxia e tratamento de leucemia
ou linfoma das meninges, eliminando a necessidade de irradiação
craniana.

Uma RC de 65% foi alcançada em um subgrupo de pacientes de
prognóstico reservado extensivamente pré-tratado onde a dose
elevada de Citarabina (substância ativa) (HDara-C) foi útil numa
abordagem relativamente bem tolerada no tratamento de leucemia
meníngea, bem como na doença sistêmica em adultos com LLA e linfoma
não-Hodgkin.

O tratamento com dose elevada de Citarabina (substância ativa)
(HiDAC)/ASP resultou no completo clareamento do líquor em 6 (86%)
de 7 pacientes com doença meníngea.

A combinação de metotrexato intraventricular e Citarabina
(substância ativa) demonstrou uma taxa de resposta completa de mais
de 90% em doentes até os 21 anos de idade com leucemia ou linfoma
meníngeo recidivante. Os pacientes receberam ambas as drogas
através de um cateter Ommaya em 3 fases (indução, consolidação e
manutenção) por até 43 meses. 19 pacientes (n = 21) ficaram livres
de doença meníngea por uma média de 15 meses. Em geral, o regime
foi bem tolerado, com pacientes que experimentam aracnoidite
química (6), dor de cabeça leve (6), náusea (2), e confusão
(1).

Características Famracológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

A Citarabina (substância ativa), um nucleosídeo análogo da
pirimidina, é um agente antineoplásico que inibe a síntese do ácido
desoxirribonucleico. Também apresenta propriedades antivirais e
imunossupressoras.

Estudos detalhados do mecanismo de citotoxicidade in
vitro
sugerem que a ação primária da Citarabina (substância
ativa) é a inibição da síntese da desoxicitidina, entretanto, a
inibição das citidina quinases e incorporação de um composto nos
ácidos nucleicos podem também ser responsáveis pelas ações
citostáticas e citocidas do medicamento.

Propriedades Farmacocinéticas

A Citarabina (substância ativa) é desaminada a arabinofuranosil
uracila no fígado e rins. Após administração intravenosa em
humanos, apenas 5,8% da dose administrada é excretada
inalterada na urina após 12-24 horas; 90% da dose é excretada na
forma de produto desaminado. A Citarabina (substância ativa)
parece ser metabolizada rapidamente, principalmente no fígado e
eventualmente nos rins. Após uma alta dose única intravenosa,
os níveis sanguíneos caem para níveis imensuráveis em 15 minutos na
maioria dos pacientes.

Alguns pacientes demonstraram níveis imensuráveis do fármaco
circulante 5 minutos após a injeção.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

A principal toxicidade dose-limitante da Citarabina (substância
ativa) observada nas espécies testadas foi mielossupressão,
manifestada por megaloblastose, reticulocitopenia, leucopenia e
trombocitopenia. Outros órgãos afetados foram o fígado, os rins e o
cérebro.

A Citarabina (substância ativa) produziu dano cromossômico
extenso, incluindo quebras cromatoides e transformação maligna de
células de roedores in vitro. A Citarabina (substância
ativa) é embriotóxica, teratogênica e apresentou toxicidade peri e
pós-natal em várias espécies.

Nenhum estudo formal de fertilidade foi reportado, entretanto,
anormalidades na cabeça dos espermatozoides foram observadas
durante o tratamento com Citarabina (substância ativa) em
camundongos.

Cytos, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.