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Algirona

Contraindicação do Algirona

– Hipersensibilidade à dipirona sódica ou a qualquer um dos
componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex.: fenazona,
propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.: fenilbutazona,
oxifembutazona) incluindo, por exemplo, caso anterior de
agranulocitose em relação a um destes medicamentos;
– Em certas doenças metabólicas tais como: porfiria hepática aguda
intermitente (risco de indução de crises de porfiria) e deficiência
congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase (risco de
hemólise);
– Função da medula óssea insuficiente (ex.: após tratamento
citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
– Asma analgésica ou intolerância analgésica do tipo
urticária-angioedema, ou seja, em pacientes com desenvolvimento
anterior de broncospasmo ou outras reações anafilactoides (ex.:
urticária, rinite, angioedema) provocadas por salicilatos,
paracetamol ou outros analgésicos não narcóticos (ex.: diclofenaco,
ibuprofeno, indometacina, naproxeno);
– Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5
kg;
– Durante os três primeiros e três últimos meses de gravidez.

Como usar o Algirona

Crianças:

– 5 a 8 kg (3 a 11 meses): 2 a 5 gotas.

– 9 a 15 kg (1 a 3 anos): 3 a 10 gotas.

– 16 a 23 kg (4 a 6 anos): 5 a 15 gotas.

– 24 a 30 kg (7 a 9 anos): 8 a 20 gotas.

– 31 a 45 kg (10 a 12 anos): 10 a 30 gotas.

– 46 a 53 kg (13 a 14 anos): 15 a 35 gotas.

Solução oral:

– Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 10 a 20 mL em
administração única ou até o máximo de 20 mL, 4 vezes ao dia.

– Crianças: 10 mg por kg de peso corporal, até 4 doses por
dia.

Injetável: 500 a 700 mg por dose, até 4 doses por dia.

Supositórios: 1000 mg por dose, até 3 vezes ao dia.

Precauções do Algirona

Em caso de ocorrência de sinais sugestivos de agranulocitose ou
trombopenia, deve-se interromper o tratamento com Algirona
imediatamente e realizar contagem de células sanguíneas (incluindo
contagem diferencial de leucócitos). A interrupção do tratamento
com Algirona não deve ser adiada até que os resultados dos testes
laboratoriais estejam disponíveis.
A administração de dipirona sódica pode causar reações hipotensivas
isoladas. Essas reações são possivelmente dose-dependentes e
ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral.
Além disto, o risco de reações hipotensivas graves desse tipo é
aumentado: se a administração parenteral não for realizada
lentamente; em pacientes que apresentam hipotensão pré-existente;
em pacientes com depleção volumétrica ou desidratação,
instabilidade circulatória ou insuficiência circulatória
incipiente; bem como em pacientes com febre excepcionalmente alta
(hiperpirexia).
Nestes pacientes, a dipirona sódica deve ser indicada com extrema
cautela e a administração de Algirona em tais circunstâncias deve
ser realizada sob supervisão médica. Podem ser necessárias medidas
preventivas (como estabilização da circulação) para reduzir o risco
de reação de hipotensão.
É recomendada supervisão médica quando se administra em crianças
com mais de 3 meses e crianças pequenas.

Reações Adversas do Algirona

– Reações anafiláticas/anafilactoides:
Raramente a dipirona sódica pode causar reações
anafiláticas/anafilactoides que, em casos muito raros, podem se
tornar graves e com risco de vida. Estas reações podem ocorrer
mesmo após Algirona® ter sido utilizada previamente em muitas
ocasiões sem complicações.
Tais reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após
a administração de dipirona sódica sob a forma de comprimidos ou
horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos
ocorram na primeira hora após a administração.
Tipicamente, reações anafiláticas/anafilactoides leves
manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou nas mucosas (tais
como: prurido, ardor, rubor, urticária, inchaço), dispneia e, menos
frequentemente, sintomas gastrintestinais.
Estas reações leves podem progredir para formas graves com
urticária generalizada, angioedema grave (até mesmo envolvendo a
laringe), broncospasmo grave, arritmias cardíacas, queda da pressão
sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão
sanguínea) e choque circulatório.
Em pacientes com síndrome da asma analgésica, estas reações
aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos.

– Outras reações cutâneas e de mucosas:
Além das manifestações cutâneas e de mucosas de reações
anafiláticas/anafilactoides mencionadas acima, podem ocorrer
ocasionalmente erupções fixadas por medicamentos; raramente,
exantema; e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson ou
síndrome de Lyell.

– Reações hipotensivas isoladas:
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações
hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação
farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações
anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações
apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão
sanguínea.

– Reações hematológicas:
Podem desenvolver-se raramente leucopenia e, em casos muito raros,
agranulocitose ou trombocitopenia. Estas reações são consideradas
imunológicas e podem ocorrer mesmo após Algirona® ter sido
utilizada previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Agranulocitose pode representar risco de vida.
Sinais típicos de agranulocitose incluem lesões inflamatórias na
mucosa (ex.: orofaríngea, anorretal, genital), inflamação na
garganta, febre (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente).
Entretanto, em pacientes recebendo antibioticoterapia, os sinais
típicos de agranulocitose podem ser mínimos. A taxa de sedimentação
eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de
nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.
Sinais típicos de trombopenia incluem uma maior tendência para
sangramento e aparecimento de petéquias na pele e membranas
mucosas.

– Outras reações adversas:
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com história de
doença renal, pode ocorrer piora aguda da função renal
(insuficiência renal aguda), em alguns casos com oligúria, anúria
ou proteinúria. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite
intersticial aguda.

População Especial do Algirona

– Gravidez:
Recomenda-se não utilizar Algirona durante os primeiros 3 meses da
gravidez. O uso de Algirona durante o segundo trimestre da gravidez
só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial
risco/benefício pelo médico.
Algirona, entretanto, não deve ser utilizada durante os 3 últimos
meses da gravidez, visto que, embora a dipirona sódica seja uma
fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de
fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais
devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do
recém-nascido não pode ser excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez: categoria C.

– Lactação:
A lactação deve ser evitada durante e até 48 horas após o uso de
Algirona, devido à excreção dos metabólitos da dipirona sódica no
leite materno.

• Pacientes idosos
Em pacientes idosos deve-se considerar a possibilidade de
desenvolvimento de insuficiência hepática e renal.

• Crianças
Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não
devem ser tratadas com Algirona®.
É recomendada supervisão médica quando se administra a crianças com
mais de 3 meses e crianças pequenas.

– Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona
sódica podem apresentar um risco especial para reações semelhantes
a outros analgésicos não narcóticos.
– Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras
imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.:
agranulocitose) à dipirona sódica, podem apresentar um risco
especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou
pirazolidinas.

Riscos do Algirona

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Superdosagem do Algirona

– Sintomas:
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas,
vômito, dor abdominal, deficiência da função renal/ insuficiência
renal aguda (ex.: devido à nefrite intersticial) e, mais raramente,
sintomas do sistema nervoso central (vertigem, sonolência, coma,
convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes progredindo
para choque) bem como arritmias cardíacas (taquicardia). Após a
administração de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito
inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada
na urina.

– Tratamento:
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona sódica. Em
caso de administração recente, deve-se limitar a absorção sistêmica
adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de
desintoxicação, como lavagem gástrica ou aqueles que reduzem a
absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal metabólito da
dipirona sódica (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por
hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração
plasmática.

Interação Medicamentosa do Algirona

Ciclosporinas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar redução
dos níveis plasmáticos de ciclosporina. As concentrações da
ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a Dipirona
monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente.

Metotrexato

A administração concomitante da Dipirona monoidratada
(substância ativa) com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade
do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta
combinação deve ser evitada.

Ácido acetilsalicílico

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode reduzir o efeito
do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando
administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser
usada com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido
acetilsalicílico para cardioproteção.

Bupropiona

A Dipirona monoidratada (substância ativa) pode causar a redução
na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomendase
cautela quando a Dipirona monoidratada (substância ativa) e a
bupropiona são administradas concomitantemente.

Medicamento-exames laboratoriais

Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que
utilizam reações de Trinder (por exemplo: testes para medir níveis
séricos de creatinina, triglicérides, colesterol HDL e ácido úrico)
em pacientes utilizando Dipirona monoidratada (substância
ativa).

Interação Alimentícia do Algirona

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre
alimentos e Dipirona monoidratada (substância ativa).

Ação da Substância Algirona

Resultados de Eficácia


Comprimido efervescente / Comprimido simples 500mg e
1g

A ação analgésica da Dipirona monoidratada (substância ativa)
oral versus placebo foi avaliada em estudo clínico
multicêntrico, randomizado, duplo-cego, cruzado, controlado por
placebo, envolvendo 73 pacientes com crise de enxaqueca com ou sem
aura, selecionados para receber 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) via oral ou placebo. A intensidade da dor foi
medida através da escala verbal de dor antes e 1, 2, 4 e 24h após o
tratamento. Melhora significativa da dor foi observada com Dipirona
monoidratada (substância ativa), comparativamente ao placebo em
todos os pontos medidos. As percentagens de ‘alívio da dor’ obtidas
1, 2 e 4 horas após a ingestão oral de 1g de Dipirona monoidratada
(substância ativa) variaram de 42% a 57,1% versus 19,6% a
28,6% para o placebo (plt;0,001) (Tulunay et al,
2004).

Doses orais únicas de Dipirona monoidratada (substância ativa)
500mg e 1g versus ácido acetilsalicílico (AAS) 1g foram
comparadas em estudo clínico multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, de grupos paralelos, controlado com placebo e
comparador ativo, envolvendo 417 pacientes com cefaleia tensional
episódica. O intervalo de tempo resultante da soma da média
ponderada da diferença de intensidade da dor sobre ambos os
episódios chegou a 12,20, 12,64, 10,56 e 8,10 para 500mg e 1g de
Dipirona monoidratada (substância ativa), 1g de AAS e placebo,
respectivamente (p lt;0,0001 para ambos os grupos Dipirona
monoidratada (substância ativa) e p lt;0,0150 para AAS
versus placebo). Observou-se uma tendência para início
mais precoce de alívio da dor mais profunda com Dipirona
monoidratada (substância ativa) 500mg e 1g sobre 1g de AAS. Todos
os medicamentos foram seguros e bem tolerados (Martínez-Martín
et al, 2001).

Exclusivo Comprimido simples 500mg e 1g

A ação antipirética e analgésica da Dipirona monoidratada
(substância ativa) oral foi avaliada em estudos clínicos
duplo-cego. Em um estudo duplo-cego com pacientes com febre
tifóide, 25 pacientes receberam 500 mg de Dipirona monoidratada
(substância ativa) VO e 28 receberam 500 mg de paracetamol VO. A
temperatura retal e os registros de pulso foram monitorados a cada
30 minutos. Efeitos antipiréticos foram observados no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) e paracetamol aos 30 e 60
minutos respectivamente. Foram calculadas a área sob a curva
tempo-temperatura tanto para a Dipirona monoidratada (substância
ativa) (148ºC·h) quanto para o paracetamol (128ºC·h), a diferença
entre as áreas foi significativamente maior para os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa). O total de
antipirese nos dois grupos foi calculado pelos escores das somas de
redução de temperatura até 6 horas após administração da medicação,
que foi maior que 300 para os pacientes recebendo Dipirona
monoidratada (substância ativa) e menor que 300 para os pacientes
que receberam paracetamol (p lt; 0,05) (Ajgaonkar VS, 1988).

Gotas

Pacientes pediátricos

Estudo clínico comparativo, multinacional, randomizado,
duplo-cego, comparou a eficácia antipirética de Dipirona
monoidratada (substância ativa), paracetamol e ibuprofeno em 628
crianças com febre, com idade entre 6 meses a 6 anos. Os três
fármacos foram eficazes em baixar a temperatura em 555 pacientes
que completaram o estudo. Taxas de normalização de temperatura no
grupo Dipirona monoidratada (substância ativa) e ibuprofeno (82% e
78%, respectivamente) foram significativamente maiores do que no
grupo paracetamol (68%, p = 0,004). Depois de 4 a 6 horas, a
temperatura média no grupo da Dipirona monoidratada (substância
ativa) foi significativamente menor que os demais grupos,
demonstrando maior normalização da temperatura com a Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Wong et al, 2001). Em
outro estudo clínico aberto, não comparativo foi usada Dipirona
monoidratada (substância ativa) oral na dose de 10-15 mg/kg cada
6-8 horas para avaliar a redução de temperatura em 93 pacientes
pediátricos (3 meses a 12 anos) com febre (gt; 38,5ºC). Resposta
boa ou satisfatória foi observada em 92% dos pacientes (Izhar T,
1999).

Pacientes adultos

Em estudo clínico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos,
controlado por placebo, foi comparada a eficácia analgésica de
Dipirona monoidratada (substância ativa) solução oral 500 mg/mL
(gotas), cetoprofeno formulação líquida (25 mg ou 50 mg) e placebo
em 108 pacientes com idade acima de 18 anos (26 a 28 pacientes por
tratamento) com dor pós episiotomia. Todos os tratamentos ativos
foram significativamente superiores ao placebo para várias medidas
de analgesia, incluindo 4-horas e 6-hora SPID e pontuações TOTPAR.
A avaliação global foi considerada como ‘bom’ ou ‘excelente’ por
mais de 75% dos pacientes nos grupos de tratamento ativo comparado
com 7,4% dos pacientes no grupo placebo (Olson et al,
1999).

Xarope

A eficácia da Dipirona monoidratada (substância ativa) xarope
foi avaliada em um estudo clínico comparando com xarope de
paracetamol em 120 crianças febris com idade entre 4 e 10 anos.
Infecções virais do trato respiratório foram as principais queixas
e as temperaturas de base foram comparáveis em ambos os grupos
(38,4°C para a Dipirona monoidratada (substância ativa) e 39,3°C
para o paracetamol). Trinta minutos após uma única dose foi
observada redução acentuada na febre com ambas as drogas. A
Dipirona monoidratada (substância ativa) pareceu ser
significativamente superior ao paracetamol, 1,5 h a 6 h após a
ingestão da droga. O início da ação foi a mesma com ambas as
drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo com a Dipirona
monoidratada (substância ativa). A faixa de dose foi 13,2-22,3
mg/kg de Dipirona monoidratada (substância ativa) e 15,0-39,2 mg/kg
de paracetamol. Altas doses de paracetamol não resultaram em um
maior efeito antipirético (Adam, 1994).

Solução injetável

A Dipirona monoidratada (substância ativa) injetável foi
comparada com placebo em estudos clínicos. Um estudo comparou
Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV versus
placebo para cefaleia tensional em 60 pacientes. Os pacientes que
receberam Dipirona monoidratada (substância ativa) mostraram uma
melhora estatisticamente significante da dor (p lt; 0,05) comparada
com o placebo aos 30 minutos após administração. O ganho
terapêutico foi de 30% em 30 minutos e 40% em 60 minutos, com
resultados significativamente superiores para Dipirona monoidratada
(substância ativa). Foram observadas reduções significativas na
reincidência (Dipirona monoidratada (substância ativa) = 25%,
placebo = 50%) e uso de medicação de resgate (Dipirona monoidratada
(substância ativa) = 20%, placebo = 47,6%) para o grupo Dipirona
monoidratada (substância ativa) (Bigal ME, 2002). Outro estudo
comparou Dipirona monoidratada (substância ativa) 1 g IV com
placebo para o alívio da cefaleia tipo migrânea com aura e sem
aura. Foram utilizados sete parâmetros de avaliação analgésica e
uma escala analógica para avaliar náuseas, fotofobia e
fonofobia.

Os pacientes sem aura que receberam Dipirona monoidratada
(substância ativa) demonstraram uma melhora estatisticamente
superior com 30 minutos (29,5% no grupo Dipirona monoidratada
(substância ativa) versus 10% no grupo placebo) e 60
minutos (65,9% com Dipirona monoidratada (substância ativa) e 16,7%
com placebo) (p lt; 0,05). Os pacientes que apresentavam aura
tiveram comportamento semelhante com 30% de melhora no grupo
Dipirona monoidratada (substância ativa) versus 3,3% no
grupo placebo com 30 minutos e 63,3% versus 13,3% para
Dipirona monoidratada (substância ativa) e placebo, respectivamente
com 60 minutos (p lt; 0,05). Houve melhora também em todos os
sintomas associados quando comparados com indivíduos controle
(Bigal ME, 2002).

Supositório

Em um estudo clínico fase II, prospectivo, randomizado e duplo
cego, 300 mg de Dipirona monoidratada (substância ativa)
supositório foi comparada com 100 mg de nimesulida supositório no
controle da dor pós-operatória em 45 crianças com idade entre 4 e 8
anos e peso corporal entre 16,5 e 62,5 kg (mediana 29,12 +/- 10,48
kg). Após 1 dia de tratamento com Dipirona monoidratada (substância
ativa), a dor foi avaliada como nula ou média em 71% dos pacientes
e 29% dos pacientes ainda reportavam dor moderada. Após 2 dias de
tratamento, 67% das crianças que ainda tiveram dor no dia anterior,
estavam livres de sintomas.

Após 1 dia de tratamento com nimesulida, a dor foi avaliada como
nula ou média em 73% dos pacientes e 27% dos pacientes ainda
reportavam dor moderada. Após 2 dias de tratamento, 75% das
crianças que ainda tiveram dor no dia anterior, estavam livres de
sintomas. A eficácia do tratamento foi avaliada pelo observador
como boa e muito boa em 75% dos casos no grupo que recebeu Dipirona
monoidratada (substância ativa) e em 66% dos casos no grupo que
recebeu nimesulida. Não houve diferença estatística quanto ao
controle da dor nos dois grupos. Ambos os tratamentos foram bem
tolerados, não tendo sido reportadas reações locais (Scharli et
al
, 1990).

Em outro estudo clínico aberto, 70 pacientes pediátricos com
idade entre 1 a 12 anos foram avaliados quanto ao efeito
antipirético da apresentação supositório (300 mg) de Dipirona
monoidratada (substância ativa), buscando-se determinar a
velocidade de absorção, pico de ação, duração de efeito e dose
terapêutica eficaz (mg/kg peso). Todos os pacientes receberam uma
única dose de apresentação estabelecendo-se, para efeito de análise
comparativa, três faixas de dosagem quanto à dose terapêutica
administrada (=21 mg/kg). Os dados obtidos permitiram concluir-se
por boa velocidade de absorção pela mucosa retal (queda de 1,5-C
obtida entre 90 e 120 minutos), pico de ação ao final de 180
minutos, duração de efeito antipirético superior a 6 horas e dose
terapêutica eficaz entre 15 e 20 mg/kg peso (17,9 + ou – 1,6 mg/kg)
(Almeida et al, 1986).

Referências bibliográficas:

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Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é um derivado
pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e
espasmolítico.

A Dipirona monoidratada (substância ativa) é uma pró-droga cuja
metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais
há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA)
e o 4-amino-antipirina (4-AA).

Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou
ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo,
outros mecanismos alternativos foram propostos, tais
como:

Inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no
sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores
periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no
nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso
central seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de
que a Dipirona monoidratada (substância ativa) inibiria uma outra
isoforma da ciclo-oxigenase, a COX-3.

Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a
60 minutos após a administração e geralmente duram cerca de 4
horas.

Propriedades farmacocinéticas

A farmacocinética da Dipirona monoidratada (substância
ativa) e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas
as seguintes informações podem ser fornecidas:

Após administração oral, a Dipirona monoidratada (substância
ativa) é completamente hidrolisada em sua porção ativa,
4-Nmetilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA
é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração
oral quando comparada à administração intravenosa. A
farmacocinética da MAA não se altera em qualquer extensão quando a
Dipirona monoidratada (substância ativa) é administrada
concomitantemente a alimentos.

Principalmente a MAA, mas também a 4-aminoantipirina (AA),
contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA
constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os
metabólitos 4-Nacetilaminoantipirina (AAA) e
4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito
clínico. São observadas farmacocinéticas não-lineares para todos os
metabólitos. São necessários estudos adicionais antes que se chegue
a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O
acúmulo de metabólitos apresenta pequena relevância clínica em
tratamentos de curto prazo.

O grau de ligação às proteínas plasmáticas é de 58% para MAA,
48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.

Após administração intravenosa, a meia-vida plasmática é de
aproximadamente 14 minutos para a Dipirona monoidratada (substância
ativa). Aproximadamente 96% e 6% da dose radiomarcada administrada
por via intravenosa foram excretadas na urina e fezes,
respectivamente. Foram identificados 85% dos metabólitos que são
excretados na urina, quando da administração oral de dose única,
obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e
23% ± 4% para FAA.

Após administração oral de dose única de 1g de Dipirona
monoidratada (substância ativa), o clearance renal foi de
5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min
para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas
correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas
para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.

Em pacientes idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em
pacientes com cirrose hepática, após administração oral de dose
única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas),
enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.

Os pacientes com insuficiência renal não foram extensivamente
estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a
eliminação de alguns metabólitos (AAA e FAA) é reduzida.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

As doses mínimas letais de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em camundongos e ratos são: aproximadamente 4000mg/kg de
peso corporal por via oral, aproximadamente 2300mg de Dipirona
monoidratada (substância ativa) por kg de peso corporal ou 400mg de
MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os sinais de
intoxicação foram sedação taquipneia e convulsões pré-morte.

Toxicidade crônica

As injeções intravenosas de Dipirona monoidratada (substância
ativa) em ratos (peso corporal 150mg/kg por dia) e cães (50mg/kg de
peso corporal por dia) durante um período de 4 semanas foram
toleradas.

Foram realizados estudos de toxicidade oral crônica ao
longo de um período de 6 meses em ratos e cães:

Doses diárias de até 300mg de peso corporal/kg em ratos e
até 100mg/kg de peso corporal de peso em cães não causaram sinais
de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas espécies causaram
alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço,
também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula
óssea.

Mutagenicidade

Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem
como negativos. No entanto, estudos in vitro e in
vivo
com material específico grau Hoechst não deu indicação de
um potencial mutagênico.

Carcinogenicidade

Em estudos em ratos e camundongos NMRI em tempo de vida, a
Dipirona monoidratada (substância ativa) não mostrou efeitos
cancerígenos.

Toxicidade reprodutiva

Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial
teratogênico.

Dizeres Legais do Algirona

Marcelo Ramos – CRF-SP nº 16.440

Algirona, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.