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Soliqua

Como o Soliqua funciona?


Soliqua combina dois agentes anti-hiperglicêmicos (substâncias
que impedem o aumento da glicemia) com mecanismos de ação
complementares. A insulina glargina, um análogo (forma alterada) da
insulina basal, e a lixisenatida, um agonista do receptor de GLP-1,
[medicamentos que tem como alvo a glicemia em jejum – FPG e
glicemia pós-prandial (glicemia até duas horas após a alimentação –
PPG)] para melhorar o controle glicêmico em pacientes com diabetes
tipo 2, enquanto minimiza o ganho de peso e o risco de hipoglicemia
(diminuição da taxa de açúcar no sangue).

Contraindicação do Soliqua

Soliqua é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade
(alergia ou intolerância) conhecida à lixisenatida, insulina
glargina ou a qualquer um dos componentes da fórmula.

Como usar o Soliqua

Preparação e manuseio

Inspecionar a caneta Soliqua antes do uso. Soliqua somente deve
ser utilizado se a solução estiver límpida, incolor, sem a presença
de partículas visíveis. Uma vez que Soliqua é uma solução, não é
necessária a ressuspensão antes do uso.

Antes do primeiro uso a caneta deve ser armazenada sob
temperatura ambiente por 1 a 2 horas. Soliqua não deve ser
misturado ou diluído com qualquer outra insulina. A mistura ou
diluição pode alterar o perfil de tempo/ação e a mistura pode
causar precipitação.

Uma nova agulha deve ser sempre conectada antes de cada uso. As
agulhas não podem ser reutilizadas. O paciente deve descartar a
agulha após cada injeção.

Caso a agulha esteja entupida, os pacientes devem seguir as
instruções descritas no “Manual de Instruções” que acompanham a
embalagem. As canetas vazias não devem nunca ser reutilizadas e
devem ser descartadas apropriadamente.

Para evitar a transmissão de doenças, cada caneta deve ser
utilizada por apenas um paciente.

O rótulo deve ser sempre verificado antes de cada injeção para
evitar erros de medicação entre Soliqua e outros medicamentos
antidiabéticos injetáveis, incluindo as duas canetas diferentes de
Soliqua. Antes de utilizar Soliqua, devem ser lidas com cuidado as
instruções descritas no “Manual de Instruções” que acompanham a
embalagem.

Administração

A administração de Soliqua é por injeção subcutânea no abdome,
braço ou na coxa. A taxa de absorção e, consequentemente início e
duração de ação, podem ser afetados por exercício e outras
variáveis, como o estresse, doenças intercorrentes, ou mudanças nos
medicamentos coadministrados ou padrões de refeição.

Os locais de injeção deverão ser alternados dentro da mesma
região (abdome, coxa ou braço) de uma injeção para a próxima, para
reduzir o risco de lipodistrofia (alteração na distribuição de
gordura no subcutâneo, neste caso, causado pela aplicação da
medicação repetidas vezes no mesmo local).

Não há estudos dos efeitos de Soliqua administrado por vias não
recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via
subcutânea.

Incompatibilidade

Este medicamento não deve ser misturado com outros
medicamentos.

Instruções para uso

Leia estas instruções cuidadosamente antes de usar Soliqua,
Caneta Solostar.

Informações sobre a caneta Soliqua, Caneta
Solostar

Soliqua, Caneta Solostar é apresentada na forma de uma
combinação de insulina glargina e lixisenatida em uma proporção
fixa. A combinação do medicamento nesta caneta é para uma injeção
diária de 10 a 40 unidades de insulina glargina e de 5 a 20
microgramas de lixisenatida, ou de 30 a 60 unidades de
insulina glargina e de 10 a 20 microgramas de lixisenatida
(converse com seu médico para saber qual das duas você deve
usar).

Nunca reutilize as agulhas. Se você fizer isso, pode não obter a
dose desejada (subdosagem) ou obter uma dose maior (superdosagem),
devido ao risco das agulhas ficarem obstruídas.

Nunca use uma seringa para remover a insulina a partir de sua
caneta. Se fizer isso, você pode não obter a quantidade correta da
medicação. Guarde este folheto para futura consulta.

Informações importantes:

  • Nunca compartilhe a sua caneta – ela é apenas para uso
    pessoal;
  • Nunca use sua caneta se estiver danificada ou se você não tem
    certeza de que ela está funcionando adequadamente;
  • Sempre faça um teste de segurança;
  • Sempre tenha uma caneta e agulhas de reserva para o caso de
    você perdê-las ou elas se danificarem.

Aprendendo a usar:

  • Antes de utilizar a caneta, converse com seu médico sobre a
    forma de injetá-la apropriadamente;
  • Peça ajuda se você encontrar problemas em manejar a caneta, por
    exemplo, se você tiver problemas com a sua visão;
  • Leia todas as instruções antes de utilizar a sua caneta. Se
    você não seguir todas as instruções, você poderá obter uma dose
    muito maior ou menor de medicação.

Se você precisar de ajuda:

Se você tiver quaisquer dúvidas sobre Soliqua, Caneta Solostar
ou sobre o diabetes, consulte o seu médico ou entre em contato com
o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sanofi pelo telefone
0800-7030014 ou sac.brasil@sanofi.com.

Itens extras que você pode precisar:

  • Uma nova agulha estéril;
  • Um algodão com álcool;
  • Um recipiente resistente à perfurações ou conforme indicado por
    um profissional de saúde.

Sobre sua caneta Soliqua:

Soliqua, Caneta Solostar 10-40:

* Você não verá o êmbolo até que você tenha injetado algumas
doses.

Soliqua, Caneta Solostar 30-60:

* Você não verá o êmbolo até que você tenha injetado algumas
doses.

Atenção: as imagens a seguir serão representadas pela
Caneta Solostar 10-40, mas as etapas também serão válidas para a
Caneta Solostar 30-60. Caso a informação seja diferente, será
especificado e a etapa de ambas será explicada.

1ª Etapa: verificação da sua caneta

  1. Retire a sua nova caneta da geladeira pelo menos 1 hora antes
    da injeção. A medicação fica mais dolorida quando está gelada.
  • Verifique o nome e data de validade no rótulo da sua
    caneta.
  • Não use a caneta após a data de validade estar vencida.

Caneta Solostar 10-40:

Certifique-se de que está com a medicação correta. A Caneta
Solostar 10-40 preenchida é de cor pêssego com um botão de injeção
cor de laranja.

Não use a caneta de cor pêssego, se você precisa de uma dose
diária inferior a 10 unidades ou superior a 40 unidades. Converse
com o seu médico qual caneta é adequada para suas necessidades

Caneta Solostar 30-60:

A Caneta Solostar 30-60 preenchida é de cor verde oliva com um
botão de injeção cor marrom.

Não use a caneta de cor verde oliva, se você precisa de uma dose
diária inferior a 30 unidades ou superior a 60 unidades. Converse
com o seu médico qual caneta é adequada para suas necessidades.

  1. Retire a tampa da caneta.

  1. Verifique a aparência de sua medicação. Não use a caneta se a
    medicação parecer turva, colorida ou contenha partículas.

  1. Limpe o lacre de borracha com um algodão embebido em
    álcool.

Obs:

Se você tiver outras canetas injetoras, especialmente neste
caso, certifique-se de que a medicação utilizada é a correta.

2ª Etapa: afixando a nova agulha

Sempre use uma nova agulha estéril para cada aplicação. Isso
ajuda a prevenir contaminação, infecção e possíveis entupimentos da
agulha. Não reutilize agulhas.

Sempre utilize agulhas compatíveis ao uso de Soliqua, Caneta
Solostar.

Antes de utilizar a agulha, leia cuidadosamente as “Instruções
de uso” que acompanham as agulhas.

  1. Pegue uma agulha nova e retire o lacre de proteção.

  1. Alinhe a agulha com a caneta ainda com sua tampa protetora e
    mantenha-a em linha reta até que se consiga fixá-la (rosqueie ou
    empurre dependendo do tipo de agulha). Não aperte demais.

  1. Retire a tampa exterior da agulha. Guarde-a para utilizá-la
    mais tarde.

  1. Retire a proteção interior da agulha e descarte-a.

Manuseio de agulhas:

Tenha cuidado ao manusear agulhas para evitar ferimentos e
infecção cruzada.

3ª Etapa: teste de segurança

Sempre faça o teste de segurança antes de aplicar cada
injeção para:

  • Verificar se a caneta e a agulha estão funcionando
    corretamente;
  • Certificar-se de que você obtenha a dose correta.
  1. Selecione a dose de 2 unidades, girando o seletor de dose até
    que o ponteiro da dose esteja marcando 2.

  1. Pressione o botão de injeção até o final. Quando a
    medicação sair da ponta da agulha, sua caneta estará funcionando
    corretamente.

Se o líquido não aparecer:

  • Pode ser necessário repetir esta etapa por até 3 vezes até
    aparecer a medicação;
  • Se nenhuma medicação aparecer após a terceira tentativa, pode
    ser que agulha esteja entupida. Se isso acontecer, troque de agulha
    (vide 2ª e 6ª Etapa). Em seguida, repita o teste de segurança (3ª
    Etapa);
  • Não use sua caneta, se ainda não aparecer medicamento na ponta
    da agulha. Use uma nova caneta;
  • Não use uma seringa para retirar a medicação de sua caneta. Se
    você observar bolhas de ar.

Se você observar bolhas de ar:

Você pode observar bolhas de ar na medicação. Isso é normal,
elas não vão prejudicá-lo.

4ª Etapa: seleção da dose

  • Só use a caneta de cor pêssego para injetar uma dose única
    diária de 10 – 40 unidades;
  • Só use a caneta de cor verde oliva para injetar uma dose única
    diária de 30 – 60 unidades;
  • Nunca selecione uma dose ou pressione o botão de injeção sem
    uma agulha acoplada. Isso poderá danificar sua caneta.
  1. Certifique-se de que a agulha está acoplada e a dose esteja
    ajustada em ‘0’

  1. Selecione a sua dosagem, girando o seletor de dose até que as
    linhas do ponteiro de dose estejam alinhadas com a sua
    dosagem.
  • Se você ajustar uma dose maior que a necessária, você pode
    girar no sentido contrário até ajustar sua dosagem;
  • Se não houver unidades suficientes na sua caneta para a sua
    dose, o seletor de dose vai parar no número de unidades que está
    disponível;
  • Cada caneta contém mais de 1 dose.

Exclusivo Caneta Solostar 10-40:

Se não for possível selecionar a sua dose total prescrita, use
uma nova caneta ou injete as unidades restantes e use uma nova
caneta para completar a sua dose. Apenas neste caso pode injetar
uma dose parcial de menos de 10 unidades. Sempre use uma outra
caneta de 10 a 40 para completar a sua dose e nenhuma outra
caneta.

Como ler a janela da dose

Não utilize a caneta se a sua dose
única diária for inferior a 10 unidades, mostradas em números
brancos sobre um fundo preto

Unidades de medicação em sua caneta

Sua caneta contém um total de 300
unidades. Você pode selecionar sua dose em intervalos de 1
unidade

Não use esta caneta se você precisa de
uma dose única diária que é inferior a 10 unidades, ou mais de 40
unidades

Exclusivo Caneta Solostar 30-60:

Se não for possível selecionar a sua dose total prescrita, use
uma nova caneta ou injete as unidades restantes e use uma nova
caneta para completar a sua dose. Apenas neste caso pode injetar
uma dose parcial de menos de 10 unidades. Sempre use uma outra
caneta de 30 – 60 para completar a sua dose e nenhuma outra
caneta.

Como ler a janela da dose

Não utilize a caneta se a sua dose
única diária for inferior a 30 unidades, mostradas em números
brancos sobre um fundo preto

Unidades de medicação em sua caneta

Sua caneta contém um total de 300
unidades. Você pode selecionar sua dose em intervalos de 1
unidade

Não use esta caneta se você precisa de
uma dose única diária que é inferior a 30 unidades, ou mais de 60
unidades

5ª Etapa: injetando a dose

Não force o botão de injeção, pois isso pode quebrar a sua
caneta. Se você achar que é difícil pressionar o botão de injeção,
consulte a seção abaixo.

  1. Escolha um lugar para injetar:

  1. Introduza a agulha na pele, como demonstrado pelo profissional
    de saúde e na figura abaixo. Não toque no botão de injeção
    ainda.

  1. Coloque o polegar no botão de injeção. Em seguida, pressione o
    botão até o final e segure. Não pressione só de um lado do botão. O
    seu polegar poderia bloquear o seletor de dose para viragem.

  1. Mantenha o botão de injeção pressionado até você observar o ‘0’
    na janela da dose, então, mantendo a pressão, conte lentamente até
    10. Isso garantirá que você obtenha a sua dose completa.

  1. Depois de apertar e lentamente, ter contado até 10, solte o
    botão de injeção. Em seguida, retire a agulha de sua pele.

Se você achar que está difícil pressionar o botão de
injeção:

  • Troque a agulha (vide 2ª e 6ª Etapa), e em seguida, faça
    novamente o teste de segurança (3ª Etapa);
  • Se você ainda achar que está difícil pressionar, obtenha uma
    nova caneta;
  • Não use uma seringa para remover a medicação de sua
    caneta.

6ª Etapa: remoção e descarte da agulha

  • Tenha cuidado ao manusear a agulha para evitar ferimentos e
    infecção cruzada;
  • Nunca coloque a proteção interior da agulha de volta.
  1. Recoloque a tampa externa na agulha, mantendo-a em linha reta
    com a agulha. Em seguida, empurre firmemente. A agulha pode
    perfurar a tampa, se não for tampada em linha reta.

  1. Aperte a parte mais larga da tampa exterior da agulha. Gire sua
    caneta várias vezes com a outra mão para remover a agulha. Tente
    novamente se a agulha não sair na primeira vez.

  1. Descarte a agulha usada em um recipiente resistente a
    perfurações.

  1. Recoloque a tampa na caneta.
  2. Não coloque a caneta de volta na geladeira.

Obs:

Só use sua caneta por até 14 dias após a primeira
utilização.

Como conservar a sua caneta

Antes da primeira utilização:

  • Mantenha a nova caneta na geladeira entre 2°C e 8°C;
  • Não congele.

Após a primeira utilização:

  • Mantenha a sua caneta sob temperatura ambiente (temperatura até
    30ºC);
  • Não coloque a sua caneta de volta na geladeira;
  • Não guarde a caneta com a agulha acoplada;
  • Guarde a caneta com a sua tampa colocada.

Como cuidar de sua caneta

  • Manusear a caneta com cuidado;
  • Não deixe a caneta cair ou bater contra superfícies duras;
  • Se você acha que a caneta pode estar danificada, não tente
    consertá-la. Use uma nova caneta;
  • Proteja a sua caneta de poeira. Você pode limpar a parte
    externa da sua caneta limpando-a com um pano úmido (somente água).
    Não molhe, lave ou lubrifique a caneta. Isso pode danificá-la.

Descartando sua caneta:

  • Remova a agulha antes de descartar sua caneta;
  • Descarte a caneta usada como indicado pelo profissional de
    saúde.

Posologia do Soliqua


Soliqua é titulável e está disponível em duas canetas,
oferecendo diferentes opções de dosagem.

A diferenciação entre as concentrações das canetas
baseia-se na variação de doses de cada caneta:

Soliqua 100 unidades/mL e 50 mcg/mL; caneta
10-40

  • 1 unidade de Soliqua contém 1 unidade de insulina glargina e
    0,5 mcg de lixisenatida;
  • Permite doses diárias entre 10 e 40 unidades de Soliqua (10 a
    40 unidades de insulina glargina em combinação com 5 a 20 mcg de
    lixisenatida).

Soliqua 100 unidades/mL e 33 mcg/mL; caneta
30-60

  • 1 unidade de Soliqua contém 1 unidade de insulina glargina e
    0,33 mcg de lixisenatida;
  • Permite que doses diárias entre 30 e 60 unidades de Soliqua (30
    a 60 unidades de insulina glargina/10 a 20 mcg de
    lixisenatida).

Para evitar erros de medicação, certifique-se da correta caneta
de Soliqua, (10-40) ou (30-60), como descrito na prescrição médica.
A dose diária máxima de Soliqua é de 60 unidades de Soliqua (60
unidades de insulina glargina e 20 mcg de lixisenatida).

Soliqua deve ser administrado por via subcutânea uma vez ao dia
dentro de 1 hora antes de qualquer refeição.

É preferível que a injeção prandial de Soliqua seja aplicada
antes da mesma refeição todos os dias, quando a refeição mais
conveniente for escolhida. Se uma dose de Soliqua for perdida, esta
deve ser injetada dentro de uma hora antes da próxima refeição.

A dose de Soliqua deve ser individualizada com base na resposta
clínica e ser titulada com base na necessidade de insulina para o
paciente. A dose de lixisenatida é aumentada ou diminuída,
juntamente com a dose de insulina glargina e também depende de qual
caneta for utilizada.

Seu médico te orientará a fazer o ajuste da quantidade ou o
momento da administração de Soliqua. Portanto, você deve fazê-lo
somente sob orientação médica e com monitorização adequada da
glicose.

Dose inicial de Soliqua

A dose inicial de Soliqua é selecionada com base no
tratamento antidiabético anterior e para não exceder a dose inicial
recomendada de lixisenatida de 10 mcg:

* Unidades de insulina glargina (100 unidades/mL)/mcg de
lixisenatida
** Se uma insulina basal diferente foi feita duas vezes ao dia para
insulina basal ou Toujeo, a dose diária total previamente utilizada
deve ser reduzida em 20% para escolher a dose inicial de Soliqua,
ou para qualquer outra insulina basal a mesma regra para a insulina
glargina (U100) deve ser aplicada.

Titulação de dose de Soliqua

Soliqua deve ser administrado de acordo com as necessidades
individuais de insulina. Recomenda-se a otimizar o controle
glicêmico através de ajuste de dose com base na glicemia de jejum
automonitorizada.

É recomendado um monitoramento próximo da glicose no início do
tratamento e nas semanas seguintes.

  • Se o paciente iniciar com a caneta Soliqua (10-40), a dose pode
    ser titulada até 40 unidades com esta caneta;
  • Para doses diárias totais gt; 40 unidades/dia substituir para
    Soliqua caneta (30-60);
  • Se o paciente iniciar com a caneta Soliqua (30-60), a dose pode
    ser titulada até 60 unidades com esta caneta;
  • Para doses diárias totais gt; 60 unidades/dia, não utilize
    Soliqua.

Populações especiais

Crianças

A segurança e a eficácia de Soliqua em pacientes pediátricos com
idade inferior a 18 anos não foram estabelecidas.

Idosos (≥ 65 anos de idade)

Soliqua pode ser utilizado em pacientes idosos. A dose deve ser
ajustada de forma individual, com base na monitorização da glicose.
A experiência terapêutica em pacientes ≥ 75 anos de idade é
limitada.

Insuficiência hepática (redução da função do
fígado)

O efeito da insuficiência hepática sobre a farmacocinética de
Soliqua não foi estudado. A lixisenatida é eliminada principalmente
pelo rim; não é esperado que a disfunção hepática afete a
farmacocinética de lixisenatida. Em pacientes com insuficiência
hepática, a necessidade de insulina pode estar diminuída, devido à
redução da capacidade para a gliconeogênese e metabolismo da
insulina reduzido.

Pode ser necessário o monitoramento frequente da glicose e o
ajuste de dose para Soliqua em pacientes com insuficiência
hepática.

Insuficiência renal (redução da função dos
rins)

Não existe experiência terapêutica com uso de lixisenatida em
pacientes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina
inferior a 30 mL/min) ou doença renal terminal e, portanto, não é
recomendado o uso de lixisenatida nestas populações. Em pacientes
com insuficiência renal, a necessidade de insulina pode estar
diminuída devido ao metabolismo da insulina. Pode ser necessário o
monitoramento frequente da glicose e o ajuste de dose para Soliqua
em pacientes com insuficiência renal.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Soliqua?


Se você esquecer de aplicar uma dose de Soliqua, esta deve ser
aplicada dentro de uma hora antes da próxima refeição.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Soliqua

Hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no
sangue)

Hipoglicemia foi a reação adversa mais frequentemente relatada
observada durante o tratamento com Soliqua.

A hipoglicemia pode ocorrer quando a dose de Soliqua for maior
do que o necessário. A presença de fatores que aumentam a
suscetibilidade à hipoglicemia requer monitoração particularmente
cuidadosa e pode necessitar ajuste da dose.

Estes incluem:

  • Alteração da área da injeção;
  • Aumento na sensibilidade à insulina (por exemplo: remoção de
    fatores de estresse);
  • Atividade física aumentada ou prolongada ou falta de hábito no
    exercício físico;
  • Doenças intercorrentes (por exemplo: vômito, diarreia);
  • Ingestão inadequada de alimentos;
  • Pular refeições;
  • Consumo de álcool;
  • Certos distúrbios endócrinos não compensados (por exemplo:
    hipotireoidismo e insuficiência na pituitária anterior ou
    adrenocortical);
  • Uso concomitante de outros medicamentos.

A dose de Soliqua deve ser individualizada com base na resposta
clínica e ser titulada com base na necessidade do paciente à
insulina.

O efeito prolongado da insulina glargina subcutânea pode
retardar a recuperação de uma hipoglicemia.

Utilização em pacientes com gastroparesia grave (retardo
crônico do esvaziamento gástrico) grave

O uso de agonistas do receptor de GLP-1 pode estar associado com
reações adversas gastrintestinais. Soliqua não foi estudado em
pacientes com doença gastrintestinal grave, incluindo gastroparesia
grave e, portanto, o uso de Soliqua não é recomendado nestes
pacientes.

Insuficiência renal (redução da função dos
rins)

Não há experiência terapêutica em pacientes com insuficiência
renal grave (depuração da creatinina inferior a 30 mL/min) ou com
doença renal terminal. O uso não é recomendado em pacientes com
insuficiência renal grave ou com doença renal terminal.

Medicamentos concomitantes

O atraso do esvaziamento gástrico com lixisenatida pode reduzir
a taxa de absorção dos medicamentos administrados por via oral.
Soliqua deve ser usado com cautela em pacientes recebendo
medicamentos orais que necessitem de uma rápida absorção
gastrintestinal, exigem uma monitorização clínica cuidadosa ou ter
um intervalo terapêutico limitado.

Desidratação (baixa concentração de água, sais minerais
e líquidos orgânicos no corpo)

Os pacientes tratados com Soliqua devem ser avisados sobre o
potencial risco de desidratação em relação a reações adversas
gastrintestinais e tomar precauções para evitar a depleção (perda)
de fluido.

Formação de anticorpos (proteínas usadas pelo
sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) para
identificar e neutralizar corpos estranhos em nosso
corpo)

A administração de Soliqua pode causar a formação de anticorpos
contra a insulina glargina e/ou lixisenatida.

Em casos raros, a presença de tais anticorpos pode requerer o
ajuste de dose de Soliqua, a fim de corrigir uma tendência para
hiper ou hipoglicemia.

Este medicamento pode causar
doping.

Advertências do Soliqua


Você não deve utilizar Soliqua se tiver diabetes
mellitus tipo 1 ou para tratar cetoacidose diabética
(condição grave que ocorre por falta de insulina e pode resultar em
coma ou até mesmo em morte e acontece quando os níveis de açúcar no
sangue encontram-se muito elevados e deve ser corrigida em ambiente
hospitalar).

Risco de pancreatite (inflamação no
pâncreas)

Pancreatite aguda, incluindo pancreatite hemorrágica fatal e não
fatal ou pancreatite necrotizante, foram relatadas em doentes
tratados com agonistas do receptor GLP-1, após a comercialização.
Em ensaios clínicos com lixisenatida, um componente de Soliqua,
foram relatados 21 casos de pancreatite entre pacientes tratados
com lixisenatida e 14 casos em doentes tratados com comparador
(taxa de incidência de 21 por 10.000 doentes-ano).

Os casos de Lixisenatida foram relatados como pancreatite aguda
(n = 3), pancreatite (n = 12), pancreatite crônica (n = 5) e
pancreatite edematosa (n = 1). Alguns pacientes apresentaram
fatores de risco para pancreatite, como história de colelitíase ou
abuso de álcool. Os pacientes devem ser informados sobre os
sintomas característicos da pancreatite aguda: dor abdominal grave
a persistente. Se houver suspeita de pancreatite, Soliqua deve ser
descontinuado.

Caso haja confirmação de pancreatite aguda, o tratamento com
Soliqua não deve ser reiniciado. Caso você tenha histórico de
pancreatite recomenda-se cautela no uso de Soliqua.

Reações Adversas do Soliqua

  • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam
    este medicamento);
  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
    utilizam este medicamento);
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
    utilizam este medicamento).

Insulina glargina e lixisenatida

Resumo do perfil de segurança

Estudos clínicos com Soliqua fase 3 incluíram 834 pacientes
tratados com Soliqua.

As reações adversas mais frequentemente relatadas durante o
tratamento com Soliqua foram hipoglicemia e reações adversas
gastrintestinais.

Lista tabulada de reações adversas:

Hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no
sangue)

Ataques hipoglicêmicos graves, especialmente quando recorrentes,
podem levar a danos neurológicos. Episódios de hipoglicemia
prolongados ou graves podem ser fatais.

Em muitos pacientes, os sinais e sintomas de neuroglicopenia são
precedidos de sinais de contrarregulação adrenérgica. Geralmente,
quanto maior e mais rápida for a queda dos níveis de glicemia, mais
evidente é o fenômeno de contrarregulação e seus sintomas.

Distúrbios gastrintestinais (alterações no estômago
e intestino)

Reações adversas gastrintestinais (náuseas, vômito e diarreia)
foram frequentemente relatadas como reações adversas durante o
período de tratamento. Em pacientes tratados com Soliqua, a
incidência de relatos de náusea, diarreia e vômito foi de 8,4%,
2,2% e 2,2%, respectivamente. Reações adversas gastrintestinais
foram em sua maioria leves e de natureza transitória. Em pacientes
tratados com lixisenatida, a incidência de relatos de náusea,
diarreia e vômito foi de 22,3%, 3% e 3,9%, respectivamente.

Lipodistrofia (alteração na distribuição de gordura
no subcutâneo)

A administração subcutânea de medicamentos injetáveis contendo
insulina pode resultar em lipoatrofia (depressão na pele) ou
lipo-hipertrofia (alargamento e espessamento do tecido) no local da
injeção. Os locais de injeção deverão ser alternados dentro da
mesma região (abdome, coxa ou braço) de uma injeção para a próxima
para reduzir o risco de lipodistrofia.

Distúrbios do sistema imunológico

Reações alérgicas (urticária), possivelmente relacionados com
Soliqua, foram relatadas em 0,3% dos pacientes. Casos de reação
alérgica generalizada incluindo reação anafilática e angioedema
foram relatados durante a comercialização da insulina glargina e
lixisenatida.

Reações no local da injeção

Alguns pacientes sob tratamento contendo insulina, incluindo
Soliqua apresentaram eritema, edema local e prurido no local da
injeção. Estas condições foram geralmente autolimitantes.

Atenção:

este produto é um medicamento que possui nova associação no país
e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse
caso, informe seu médico.

População Especial do Soliqua

Gravidez e lactação

Não há dados clínicos sobre grávidas expostas a partir de
estudos clínicos controlados com uso de Soliqua, insulina glargina
e lixisenatida.

O risco potencial em humanos é desconhecido. Soliqua não deve
ser utilizado durante a gravidez. Se uma paciente deseja
engravidar, ou ficar grávida, o tratamento com Soliqua deve ser
descontinuado.

Os estudos em animais com lixisenatida ou insulina glargina, não
indicam efeitos prejudiciais diretos na gravidez.

Insulina glargina

Um amplo número de dados sobre gestantes (mais de 1.000
resultados de gravidez) com a insulina glargina indicam que não há
efeitos adversos específicos da insulina glargina em gestantes e em
específica malformação nem toxicidade da insulina glargina em
fetos/recém-nascidos. Os dados em animais não indicam toxicidade
reprodutiva com insulina glargina.

Lixisenatida

Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva.

Estudos em animais com lixisenatida e insulina glargina não
indicam efeitos prejudiciais diretos em relação à fertilidade.

Não é conhecido se Soliqua é excretado no leite humano. Devido à
falta de experiência, Soliqua não deve ser administrado durante a
amamentação.

Nenhum efeito metabólico da insulina glargina ingerida no
recém-nascido/criança amamentada são antecipados uma vez que a
insulina glargina como sendo um peptídeo é digerida em aminoácidos
no trato gastrintestinal humano.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Como resultado de hipoglicemia, hiperglicemia ou visão
prejudicada, a habilidade de concentração e reação pode ser
afetada, possivelmente constituindo risco em situações onde estas
habilidades são de particular importância.

Os pacientes devem ser aconselhados a tomarem precauções para
evitarem hipoglicemia enquanto dirigem. Isso é particularmente
importante naqueles que reduziram ou que não conhecem os ‘sintomas
de aviso’ de hipoglicemia ou que têm episódios frequentes de
hipoglicemia. A prudência no dirigir deve ser considerada nessas
circunstâncias.

Composição do Soliqua

Apresentações

Solução injetável (100 U/mL e 50 mcg/mL)

Embalagem contendo 1 caneta descartável preenchida (Solostar)
10-40 unidades contendo 3 mL de solução injetável.

Solução injetável (100 U/mL e 33 mcg/mL)

Embalagem contendo 1 caneta descartável preenchida (Solostar)
30-60 unidades contendo 3 mL de solução injetável.

Uso subcutâneo.

Uso adulto.

Composição

Cada mL de Soliqua caneta descartável preenchida 10-40
contém

Insulina glargina equivalente a 100U
de insulina glargina

3,64 mg

Lixisenatida

50 mcg

Uma caneta preenchida contém 3 mL equivalentes a 300 unidades de
insulina glargina e 150 mcg de lixisenatida.

Cada unidade da caneta preenchida de Soliqua contém 1 unidade de
insulina glargina e 0.5 mcg de lixisenatida.

Cada mL de Soliqua caneta descartável preenchida 30-60
contém

Insulina glargina equivalente a 100U
de insulina glargina

3,64 mg

Lixisenatida

33 mcg

Uma caneta preenchida contém 3 mL equivalentes a 300 unidades de
insulina glargina e 100 mcg de lixisenatida.

Cada unidade da caneta preenchida de Soliqua contém 1 unidade de
insulina glargine e 0.33 mcg de lixisenatida.

Excipientes:

metacresol, glicerol, levometionina, ácido clorídrico, hidróxido
de sódio, cloreto de zinco e água para injetáveis.

Superdosagem do Soliqua

Sinais e sintomas

Dados clínicos limitados estão disponíveis em relação à
superdose de Soliqua.

Hipoglicemia e reações adversas gastrintestinais podem se
desenvolver se o paciente receber mais Soliqua do que é
necessário.

Insulina glargina

Excesso de insulina, em relação a ingestão de alimentos, gasto
de energia ou ambos, podem levar a uma hipoglicemia grave, por
vezes prolongada e com risco de vida.

Lixisenatida

Durante os estudos clínicos, doses de até 60 mcg de lixisenatida
foram administrados a pacientes diabéticos tipo 2 em um estudo de
13 semanas. Elas foram bem toleradas e apenas foi observado um
aumento da incidência de doenças gastrintestinais.

Tratamento

Insulina glargina

Os episódios leves de hipoglicemia podem habitualmente ser
tratados com carboidratos orais. Ajustes na posologia do
medicamento, no padrão das refeições ou exercícios podem ser
necessários.

Os episódios mais graves que acarretaram coma, convulsões ou
perturbações neurológicas, podem ser tratados com glucagon
intramuscular/subcutâneo ou glicose concentrada intravenosa.
Ingestão de carboidrato sustentado e observação poderão ser
necessárias porque a hipoglicemia pode reaparecer após remissão
clínica aparente.

Tratamento de suporte apropriado deve ser iniciado de acordo com
os sinais e sintomas clínicos do paciente e a dose de Soliqua deve
ser reduzida para a dose prescrita.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Soliqua

Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com
Soliqua.

Várias substâncias afetam o metabolismo da glicose e podem
requerer ajuste da dose de Soliqua.

Insulina glargina

Várias substâncias afetam o metabolismo da glicose e podem
requerer ajuste da dose de insulina e particularmente monitorização
cuidadosa.

Substâncias que podem aumentar o efeito redutor de
glicose no sangue e a suscetibilidade à hipoglicemia

Medicamentos antidiabéticos orais, inibidores da ECA,
salicilatos, disopiramida; fibratos; fluoxetina, inibidores da MAO;
pentoxifilina; propoxifeno; antibióticos sulfonamídicos.

Substâncias que podem reduzir o efeito redutor de
glicose no sangue

Corticosteroides; danazol; diazóxido; diuréticos; agentes
simpaticomiméticos (tais como a epinefrina, salbutamol,
terbutalina); glucagon; isoniazida; derivados de fenotiazina;
somatropina; hormônios da tireoide; estrógenos, progestágenos (por
exemplo em contraceptivos orais), os inibidores da protease e
medicamentos antipsicóticos atípicos (por exemplo, olanzapina e
clozapina).

Betabloqueadores, clonidina, sais de lítio e álcool podem
potencializar ou enfraquecer a ação hipoglicemiante da insulina. A
pentamidina pode causar hipoglicemia, a qual pode por vezes ser
seguida por hiperglicemia.

Além disso, sob a influência de medicamentos simpaticolíticos,
tais como betabloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os
sinais da contrarregulação adrenérgica podem estar reduzidos ou
ausentes.

Lixisenatida

A lixisenatida é um peptídeo e não é metabolizada pelo citocromo
P450. Em estudos in vitro, a lixisenatida não afetou a
atividade de isoenzimas do citocromo P450 ou transportadores
humanos testados.

Efeito do esvaziamento gástrico em medicamentos
orais

A lixisenatida retarda o esvaziamento gástrico, que pode reduzir
a taxa de absorção dos medicamentos administrados por via oral.
Deve-se ter cautela na coadministração de medicamentos por via oral
com um intervalo terapêutico limitado, ou que necessitam de
monitorização clínica cuidadosa. Caso tais medicamentos devam ser
administrados com alimentos, os pacientes devem ser aconselhados a
utilizá-los com uma refeição ou um lanche quando a lixisenatida for
administrada.

Para medicamentos administrados por via oral que são
particularmente dependentes do limiar de concentração para sua
eficácia, tais como antibióticos, devem ser administrados pelo
menos 1 hora antes ou 11 horas depois da injeção de Soliqua.

Paracetamol (acetaminofeno)

Com base em resultados de estudos, não é necessário ajuste da
dose para o paracetamol (acetaminofeno).

Contraceptivos orais

Com base em resultados de estudos, não é necessário ajuste de
dose para contraceptivos orais. Recomenda-se que os contraceptivos
orais sejam administrados pelo menos 1 hora antes, ou pelo menos 11
horas após a administração Soliqua.

Atorvastatina

De acordo com estudos não é necessário ajuste de dose para a
atorvastatina quando coadministrada com Soliqua. No entanto, devido
ao atraso no tmáx, pacientes utilizando atorvastatina
devem ser aconselhados a tomar a atorvastatina, pelo menos, 1 hora
antes ou 11 horas após a administração de Soliqua.

Varfarina e outros derivados cumarinicos

Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o
ajuste de dose da varfarina quando coadministrada com Soliqua.

Digoxina

Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o
ajuste de dose da digoxina quando coadministrada com Soliqua.

Ramipril

Com base em resultados de estudos, não se faz necessário o
ajuste de dose do ramipril quando coadministrado com Soliqua.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Soliqua

Resultados de Eficácia


Resumo dos Estudos Clínicos

A segurança e eficácia de Lixisenatida + Insulina Glargina
(substância ativa) no controle da glicemia foram avaliadas em dois
estudos clínicos randomizados em pacientes com diabetes
mellitus tipo 2, em combinação a antidiabéticos orais
(virgens de insulina) e substituição à insulina basal.

Em cada um dos estudos controlados com ativos, o tratamento com
Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa) proporcionou
melhora clínicas e estatística significativas na hemoglobina A1c
(HbA1c).

Alcançar níveis mais baixos de HbA1c e alcançar uma maior
redução de HbA1c não aumentou as taxas de hipoglicemia com o
tratamento combinado versus a insulina glargina
isolada

No estudo clínico de combinação com a metformina, a dose inicial
foi de 10 unidades. No estudo clínico de substituição à insulina
basal, a dose inicial foi de 20 ou 30 unidades, dependendo da dose
anterior de insulina. Em ambos estudos, a dose foi titulada uma vez
por semana, com base na média dos valores automonitorizados da
glicemia de jejum a partir dos últimos 3 dias, de acordo com a
Tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – Algoritmo de titulação da dose de
Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa):

Glicemia de jejum automonitorizada (mg/dL)
[mol/L]

Alteração da dose (unidades/dia)

gt; 140 [gt; 7,77]

+ 4

gt; 100 e ≤ 140 [gt; 5,55 e ≤
7,77]

+ 2

lt; 80 a 100 [4,44 a 5,55]

Sem alteração

lt; 80 [lt; 4,44]

– 2

Estudo clínico em pacientes com diabetes tipo 2 não
controlada com tratamento antidiabético oral

Em combinação com antidiabéticos orais (virgens de
insulina)

Um total de 1.170 pacientes com diabetes tipo 2 foram
randomizados em um estudo aberto, de 30 semanas, controlado com
ativo, para avaliar a eficácia e segurança de Lixisenatida +
Insulina Glargina (substância ativa) em comparação aos componentes
individuais, insulina glargina (100 unidades/mL) e
lixisenatida.

Os pacientes com diabetes tipo 2, tratados com metformina
isoladamente ou metformina e um segundo tratamento com
antidiabético oral que poderia ser uma sulfonilureia ou uma glinida
ou um inibidor de cotransportador-2 sódio glicose (SGLT-2) ou um
inibidor de dipeptidil-peptidase-4 (DPP-4), e que não foram
adequadamente controlados com este tratamento (variação de HbA1c de
7,5% a 10% para pacientes previamente tratados com metformina
isoladamente e 7,0% a 9% para pacientes previamente tratados com
metformina e um segundo tratamento antidiabético oral) entraram em
tratamento (run-in) por um período de 4 semanas.

Durante esta fase (run-in), o tratamento com metformina
foi otimizado e quaisquer outros antidiabéticos orais foram
descontinuados. No final deste período (run-in), os
pacientes que permaneceram inadequadamente controlados (HbA1c entre
7% e 10%) foram randomizados para Lixisenatida + Insulina Glargina
(substância ativa), insulina glargina ou lixisenatida. No total,
58% dos pacientes na triagem receberam um segundo antidiabético
oral.

A população com diabetes tipo 2 apresentava as seguintes
características:

  • A idade média era de 58,4 anos;
  • 50,6% era do sexo masculino;
  • 90,1% era caucasiano;
  • 6,7% era negro ou afro-americano;
  • 19,1% era hispânico.

A média do IMC no início do estudo foi de 31,7 kg/m2. A duração
média do diabetes era de aproximadamente 9 anos.

Na Semana 30, Lixisenatida + Insulina Glargina (substância
ativa) proporcionou uma melhora estatisticamente significativa na
HbA1c (valor de p lt; 0,0001) em comparação aos componentes
individuais. Em uma análise pré-especifica de desfecho primário, as
diferenças observadas foram consistentes em relação à HbA1c na
linha basal (lt; 8% ou ≥ 8%) ou a utilização de antidiabéticos
orais no início do tratamento (metformina isolada ou metformina
mais um segundo antidiabético oral).

Tabela 2 – Resultados em 30 semanas – Estudo
clínico de combinação com a metformina (população mITT (intenção de
tratamento)):

* Glicose de 2 horas pós-prandial menos o valor da glicose
pré-refeição.

Figura 1 – HbA1c média (%) no início da
triagem, ponto de randomização e em cada ponto de tempo (concluído)
e na Semana 30 (LOCF*) – população mITT:

*LOCF = última observação realizada.

Os pacientes do grupo o qual fez uso de Lixisenatida + Insulina
Glargina (substância ativa) relataram diminuição estatisticamente
significativa maior no perfil médio de 7 pontos SMPG a partir do
início do tratamento até a Semana 30 (-60,36 mg/dL [-3,35 mmol/L])
em comparação aos pacientes do grupo que fez uso de insulina
glargina (-47,87 mg/dL [-2,66 mmol/L]); diferença de 12,49 mg/dL
[-0,69 mmol/L]) e ao grupo de pacientes que fez uso de lixisenatida
(-35,11 mg/dL; diferença de 25,24 mg/dL) [(-1,95 mmol/L; diferença
-1,40 mmol/L)] (p lt; 0,0001 para ambas comparações). Em todos os
pontos de tempo, os valores médios da glicemia em 30 semanas foram
mais baixos no grupo o qual fez uso de Lixisenatida + Insulina
Glargina (substância ativa) do que, tanto no grupo insulina
glargina quanto no grupo lixisenatida, com uma única exceção do
valor antes do café da manhã, que foi similar entre o grupo o qual
fez uso de Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa) e o
grupo que fez uso de insulina glargina.

Estudos clínicos em pacientes com diabetes tipo 2 não
controlados com insulina basal

Em substituição à insulina basal

Um total de 736 pacientes com diabetes tipo 2 participou de um
estudo randomizado, de 30 semanas, controlado com ativo, aberto,
com 2 braços de tratamento, grupos paralelos, multicêntrico, para
avaliar a eficácia e segurança de Lixisenatida + Insulina Glargina
(substância ativa) em comparação à insulina glargina (100
unidades/mL).

Os pacientes triados que apresentavam diabetes tipo 2 foram
tratados com insulina basal por pelo menos 6 meses, recebendo uma
dose diária estável entre 15 e 40 unidades isoladamente ou em
combinação com 1 ou 2 antidiabéticos orais (metformina ou uma
sulfonilureia ou uma glinida ou um inibidor de SGLT-2 ou um
inibidor de DPP-4), que apresentavam HbA1c entre 7,5% e 10% e
glicemia em jejum inferior ou igual a 180 mg/dL [9,99 mmol/L] ou
200 mg/dL [11,1 mmol/L] dependendo do tratamento antidiabético
prévio do paciente.

Após a triagem, os pacientes elegíveis (n=1.018) entraram em uma
fase de tratamento (run-in) de 6 semanas, onde os pacientes
permaneceram ou passaram por substituição para a insulina glargina,
no caso deles utilizarem outra insulina basal, e tiveram a sua dose
de insulina titulada/estabilizada enquanto continuaram com a
metformina (se utilizada anteriormente). Quaisquer outros
antidiabéticos orais foram descontinuados.

No final do período de tratamento (run-in), os pacientes com
HbA1c entre 7 e 10%, glicemia em jejum ≤ 140 mg/dL [7,77 mmol/L] e
dose diária de insulina glargina de 20 a 50 unidades, foram
randomizados para Lixisenatida + Insulina Glargina (substância
ativa) (n=367) ou para insulina glargina (n=369).

A população com diabetes tipo 2 apresentava as seguintes
características:

  • Idade média de 60 anos;
  • 46,7% do sexo masculino;
  • 91,7% caucasiano;
  • 5,2% negro ou afro-americano;
  • 17,9% hispânico.

A média de IMC na triagem foi de aproximadamente 31
kg/m2.

A duração média da diabetes era de aproximadamente 12 anos.

Na Semana 30, Lixisenatida + Insulina Glargina (substância
ativa) proporcionou uma melhora estatisticamente significativa na
HbA1c (valor p lt; 0,0001) em comparação à insulina glargina.

Tabela 3 – Resultados em 30 semanas – Estudo com
diabetes tipo 2 não controlada com insulina basal (população
mITT):

Lixisenatida + Insulina Glargina (substância
ativa)

Insulina glargina

Número de indivíduos (mITT)

366

365

HbA1c (%)

Na triagem (média)

8,5

8,5

Linha Basal (média;após tratamento run
in)

8,1

8,1

Final do Tratamento (média)

6,9

7,5

Alteração LS basal (média)

-1,1

-0,6

Diferença vs insulina glargina (média)
[95% IC] (valor p)

-0,5 [-0,6, -0,4] (lt; 0,0001)

Pacientes [n (%)] atingindo HbA1c lt;
7% na Semana 30

201 (54,9%)

108 (29,6%)

Glicemia em jejum (mg/dL) (mmol/L)

Linha Basal (Média)

132,0 [7,33]

132,0 [7,32]

Final do tratamento
(Média)
122,1 [6,78]

120,5 [6,69]

Alteração LS basal (média)

-6,3 [-0,35]

-8,3 [-0,47]

Glicose de 2 horas pós-prandial (mg/dL) [mmol/L]
[variação de glicose de 2 h* (mg/dL) {mmol/L}]

Alteração LS basal por 30 semanas
(média)

-85,1 [-4,72] [-70,2
{-3,90}]

-25,1 [-1,39] [-8,4 {-0,47}]

Média de peso corporal (kg)

Linha Basal (média)87,8

87,1

Alteração LS basal (média)

-0,7

0,7

Comparação vs insulina
glargina [95% IC] (valor p)

-1,4 [-1,8 a -0,9] (lt; 0,0001)

Número de pacientes (%) atingindo
HbA1c lt; 7,0% sem ganho de peso corporal na Semana 30

125 (34,2%)

49 (13,4%)

Diferença na proporção vs insulina
glargina [95% IC] (valor p)

20,8 [15,0 to 26,7] (lt; 0,0001)

Dose diária de insulina glargina

Linha Basal (Média)

35,0

35,2

Desfecho (média)

46,7

46,7

Alteração LS na dose de insulina na
Semana 30 (média)

10,6

10,9

* Glicose de 2 h pós-prandial menos o valor da glicose
pré-refeição.

Figura 2 – HbA1c média (%) no início da triagem, na
randomização e em cada ponto de tempo (concluído) e na Semana 30
(LOCF*) – população mITT:

*LOCF = última observação realizada.

Resultados de Estudos Cardiovasculares

A segurança cardiovascular da insulina glargina e da
lixisenatida foi estabelecida nos estudos clínicos Origin e Elixa,
respectivamente. Nenhum resultado de estudo cardiovascular
exclusivo foi realizado com Lixisenatida + Insulina Glargina
(substância ativa).

Insulina glargina

O estudo Origin (Outcome Reduction with Initial Glargine
Intervention
– Desfecho da redução com intervenção inicial com
glargina) foi um estudo aberto, randomizado, com 12.537 pacientes
que comparou Lantus com o tratamento padrão no momento para a
ocorrência de um evento cardiovascular adverso maior (Mace). Mace
foi definido como a composição de morte cardiovascular, infarto
não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal. A
incidência de Mace foi semelhante entre Lantus e o tratamento
padrão no estudo Origin [HR (95% IC) para Mace; 1,02 (0,94,
1,11)].

No estudo Origin, a incidência total de câncer (todos os tipos
combinados) [Hazard Ratio (95% IC); 0,99 (0,88, 1,11)] ou morte por
câncer [Hazard Ratio (95% IC); 0,94 (0,77, 1,15)] também foi
semelhante entre os grupos de tratamento.

Lixisenatida

O estudo Elixa foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado
por placebo, multinacional, que avaliou resultados cardiovasculares
(CV) durante o tratamento com lixisenatida em pacientes (n=6068)
com diabetes mellitus tipo 2 após uma recente síndrome
coronária aguda. A composição do desfecho de eficácia primário foi
o tempo para a primeira ocorrência de qualquer dos seguintes
eventos declarados positivamente pelo Comitê de Adjudicação de
Eventos Cardiovasculares: morte cardiovascular, infarto não-fatal
do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal, ou
hospitalização por angina instável. Os desfechos secundários
cardiovasculares incluíram a composição do desfecho primário, ou
hospitalização por insuficiência cardíaca ou revascularização
coronariana.

Mudanças na razão albumina/creatinina urinária em 108 semanas
foi também um desfecho secundário pré-especificado.

A duração média do tratamento foi de 22,4 meses no grupo
lixisenatida e 23,3 meses no grupo placebo, e a duração média do
estudo de acompanhamento foi de 25,8 e 25,7 meses, respectivamente.
A HbA1c média (± DP) nos grupos lixisenatida e placebo foi de 7,72
(± 1,32)% e 7,64 (± 1,28) % no início do tratamento e 7,46 (±
1,51)% e 7,61 (±1,48) % aos 24 meses, respectivamente.

A incidência do desfecho primário foi semelhante entre os grupos
lixisenatida e placebo; o hazard ratio (HR) para lixisenatida
versus placebo foi de 1,017, com um intervalo de confiança
associado de 95% (IC) de 0,886 a 1,168.

Porcentagens semelhantes entre os tratamentos também foram
observadas para os desfechos secundários e para todos os
componentes individuais dos desfechos compostos. Os percentuais de
pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca foram de 4,0% e
4,2% nos grupos lixisenatida e placebo, respectivamente (HR [IC
95%] = 0,96 [0,75-1,23]).

Foi observado um aumento menor na razão albumina/creatinina
urinária do início do tratamento até a Semana 108 com lixisenatida
em comparação ao placebo (-10,04% ± 3,53%; IC 95% = -16,95%,
-3,13%).

Referências bibliográficas

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Diaz, R.D. et al. Lixisenatide in Patients with Type 2 Diabetes and
Acute Coronary Syndrome. N Engl J Med 2015; 373: 2247-57.
2. The Origin Trial Investigators. Basal Insulin and Cardiovascular
and Other Outcomes in Dysglycemia. N Engl J Med 2012; 367:
319-28.
3. Aroda V.R., Rosenstock J., Wysham C. et al. Efficacy and Safety
of LixiLan, a Titratable Fixed-Ratio Combination of Insulin
Glargine Plus Lixisenatide in Type 2 Diabetes Inadequately
Controlled on Basal Insulin and Metformin: The LixiLan-L Randomized
Trial. Diabetes Care 2016; 39: 1972–1980.
4. Rosenstock J., Aronson R., Grunberger G. et al. Benefits of
LixiLan, a Titratable Fixed-Ratio Combination of Insulin Glargine
Plus Lixisenatide, Versus Insulin Glargine and Lixisenatide
Monocomponents in Type 2 Diabetes Inadequately Controlled With Oral
Agents: The LixiLan-O Randomized Trial. Diabetes Care. 2016 Nov;
39(11): 2026-2035.

Características Farmacológicas


Mecanismo de ação

Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa) combina dois
agentes anti hiperglicêmicos com mecanismos de ação complementares:
insulina glargina, um análogo de insulina basal, e lixisenatida, um
agonista do receptor de GLP-1, que tem como alvo a glicemia em
jejum (FPG) e glicemia pós prandial (PPG) para melhorar o controle
glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, enquanto minimiza o
ganho de peso e o risco de hipoglicemia.

Insulina glargina

A atividade primária da insulina, incluindo a insulina glargina,
consiste na regulação do metabolismo da glicose.

A insulina e os seus análogos diminuem a glicose no sangue,
estimulando a captação da glicose periférica, especialmente pelo
músculo esquelético e tecido adiposo, e através da inibição da
produção de glicose hepática.

A insulina inibe a lipólise e proteólise, e aumenta a síntese de
proteínas.

Lixisenatida

A lixisenatida é um agonista do receptor de peptídeo semelhante
ao glucagon (GLP-1). O receptor GLP-1 é um alvo para o GLP-1
nativo, um hormônio endógeno com atividade incretina que
potencializa a secreção de insulina glicose-dependente pelas
células beta e suprime o glucagon de células alfa no pâncreas.

Semelhante ao GLP-1 endógeno, a ação de lixisenatida é mediada
via interação especifica com os receptores GLP-1, incluindo aqueles
em células alfa e beta pancreáticas.

Após uma refeição, a lixisenatida ativa as seguintes
respostas fisiológicas individuais:

  • Aumenta a secreção de insulina pelas células beta;
  • Retarda o esvaziamento gástrico;
  • Suprime a secreção de glucagon pelas células alfa.

A lixisenatida estimula a secreção de insulina dependente de
glicose. Em paralelo, a secreção de glucagon é suprimida. A
lixisenatida também retarda o esvaziamento gástrico reduzindo assim
a taxa de glicose que aparece na circulação e é absorvida derivada
da alimentação. A lixisenatida foi apresentada para preservar a
função de células beta e prevenir a morte celular (apoptose) em
células isoladas de ilhotas pancreáticas humanas.

Propriedades farmacodinâmicas

A combinação de insulina glargina e lixisenatida não apresenta
impacto sobre a farmacodinâmica da insulina glargina. O impacto da
combinação de insulina glargina e lixisenatida sobre a
farmacodinâmica de lixisenatida não foi avaliado em estudos de fase
1.

Consistente com um perfil de concentração/tempo relativamente
constante da insulina glargina ao longo de 24 horas com nenhum pico
pronunciado quando administrado isoladamente, o perfil da
taxa/tempo de utilização da glicose foi semelhante, nenhum pico
pronunciado, quando administrado na combinação insulina
glargina/lixisenatida.

O tempo de ação das insulinas, incluindo Lixisenatida + Insulina
Glargina (substância ativa), pode variar entre indivíduos e no
mesmo indivíduo.

Insulina glargina

Em estudos clínicos com insulina glargina (100 unidades/mL) o
efeito de redução da glicose em uma base molar (isto é, quando
administrados nas mesmas doses) de insulina glargina intravenosa é
aproximadamente o mesmo que o descrito para a insulina humana.

Lixisenatida

Em um estudo controlado por placebo de 28 dias em pacientes com
diabetes tipo 2 para avaliar os efeitos de doses de 5 a 20 mcg de
lixisenatida, uma ou duas vezes ao dia, sobre a glicemia induzida
por uma refeição padrão de café da manhã, 10 e 20 mcg uma ou duas
vezes ao dia de lixisenatida melhorou o controle glicêmico através
dos efeitos da diminuição das concentrações de glicose pós-prandial
e em jejum em pacientes com diabetes tipo 2. A lixisenatida
administrada neste estudo pela manhã na dose diária de 20 mcg
manteve reduções estatisticamente significativas na glicemia
pós-prandial após o café da manhã, almoço e jantar.

Glicemia pós-prandial

Em um estudo de tratamento de 4 semanas em pacientes com
diabetes tipo 2, em combinação com metformina e em um estudo de
tratamento de 8 semanas em combinação com insulina glargina com ou
sem metformina, a lixisenatida 20 mcg uma vez ao dia administrada
antes do café da manhã, demonstrou redução da glicemia pósprandial
(AUC 0:30-4:30h) após um teste com refeição. O número de pacientes
com níveis pós-prandiais de 2 h de glicose abaixo de 140 mg/dL
(7,77 mmol/L) foi de 69,3% após 28 dias e 76,1% após 56 dias.

Secreção de insulina

Em um estudo em monoterapia, a lixisenatida isoladamente
restaura a primeira fase de secreção de insulina em pacientes com
diabetes tipo 2 de uma maneira dependente da glicose em 2,8 vezes
(IC 90%, 2,5-3,1) e aumenta a secreção de insulina na segunda fase
em 1,6 vezes (IC 90%, 1,4 1,7) em comparação ao placebo, como
medido através da AUC.

Esvaziamento gástrico

Após um teste com refeição padronizada, a lixisenatida retarda o
esvaziamento gástrico, diminuindo assim o ritmo de absorção da
glicose pós-prandial. Após tratamento de 28 dias com lixisenatida
isoladamente, o efeito do retardamento de esvaziamento gástrico é
mantido em pacientes com diabetes tipo 2.

Secreção de glucagon

A lixisenatida 20 mcg uma vez ao dia isoladamente demonstrou
diminuir os níveis de glucagon pós-prandial versus o basal
após um teste com refeição em pacientes com diabetes tipo 2. Em um
estudo hipoglicêmico controlado por placebo com indivíduos
saudáveis avaliando o efeito de uma única injeção de 20 mcg de
lixisenatida na resposta ao glucagon, a resposta contrarreguladora
do glucagon foi preservada sob condições de hipoglicemia, na
presença de concentrações plasmáticas de lixisenatida eficazes.

Eletrofisiologia cardíaca (QTc)

O efeito de lixisenatida na repolarização cardíaca foi testado
em um estudo QTc (1,5 vez a dose de manutenção aprovada) o qual não
indicou nenhum impacto relevante de lixisenatida na repolarização
ventricular.

Frequência cardíaca

Nenhum aumento na frequência cardíaca média foi observado com
Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa) em estudos de
fase 3 controlados por placebo.

Propriedades farmacocinéticas

A relação insulina glargina/lixisenatida não apresenta impacto
relevante sobre a farmacocinética da insulina glargina em
Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa).

Em comparação à administração de lixisenatida isoladamente, a
Cmáx é menor enquanto a AUC é geralmente comparável
quando administrada como Lixisenatida + Insulina Glargina
(substância ativa). As diferenças observadas na farmacocinética da
lixisenatida quando administrada como Lixisenatida + Insulina
Glargina (substância ativa) ou isoladamente não são consideradas
clinicamente relevantes.

Absorção

Após a administração subcutânea da combinação de insulina
glargina/lixisenatida em pacientes com diabetes tipo 1, a insulina
glargina não mostrou pico pronunciado. A exposição à insulina
glargina variou de 86%a 101% em comparação à administração de
insulina glargina isoladamente.

Após a administração subcutânea da combinação de insulina
glargina/lixisenatida em pacientes com diabetes tipo 1, o
tmáx médio da lixisenatida variou de 2,5 a 3,0 horas.
Houve uma pequena diminuição na Cmáx da lixisenatida de
22-34% em comparação à administração simultânea separada de
insulina glargina e lixisenatida, o que não é provável que seja
clinicamente significativa.

Não há diferenças clinicamente significativas na taxa de
absorção quando a lixisenatida é administrada por via subcutânea no
abdome, coxa ou braço.

Distribuição

Lixisenatida:

A lixisenatida apresenta um nível moderado de ligação (55%) às
proteínas humanas.

Metabolismo e Eliminação

Insulina glargina:

Um estudo de metabolismo em seres humanos que receberam insulina
glargina isoladamente indicou que a insulina glargina é
parcialmente metabolizada no terminal carboxílico da cadeia B no
depósito subcutâneo para formar dois metabólitos ativos com uma
atividade in vitro semelhante à da insulina humana, M1
(21A-Gliinsulina) e M2 (21A-Gli-des-30B- Tir insulina). O fármaco
inalterado e os produtos de degradação também estão presentes na
circulação.

Lixisenatida:

Como um peptídeo, a lixisenatida é eliminada através da
filtração glomerular, seguida por reabsorção tubular e subsequente
degradação metabólica, resultando em peptídeos menores e
aminoácidos, os quais são reintroduzidos no metabolismo
proteico.

Populações especiais

Idade, Raça e Sexo (insulina glargina):

Insulina glargina

Lixisenatida

O efeito da idade, raça e sexo na
farmacocinética da insulina glargina não foi avaliado. Em estudos
clínicos controlados em adultos com insulina glargina (100
unidades/mL), análises de subgrupo baseadas na idade, raça e sexo
não mostraram diferenças na segurança e eficácia

Com base na análise farmacocinética
populacional, idade, peso corporal, sexo e raça não apresentam
efeitos clinicamente significativos na farmacocinética de
lixisenatida

Obesidade:

O efeito do Índice de Massa Corporal (IMC) na farmacocinética de
Lixisenatida + Insulina Glargina (substância ativa) não foi
avaliado.

Insuficiência renal:

Um estudo de dose única, aberto avaliou a farmacocinética de
lixisenatida 5 mcg em indivíduos com diferentes graus de
insuficiência renal (classificados utilizando a fórmula de
Cockcroft-Gault para a depuração da creatinina (CLcr)) em
comparação com indivíduos saudáveis.

Não houve diferenças relevantes na Cmáx e AUC médias
de lixisenatida entre indivíduos com função renal normal e em
indivíduos com insuficiência renal leve (CLcr 60-90 mL/min). Em
indivíduos com insuficiência renal moderada (CLcr 30-60 mL/min) a
AUC foi aumentada em cerca de 51% e em indivíduos com insuficiência
renal grave (CLcr 15-30 mL/min) a AUC foi aumentada em
aproximadamente 87%.

Insuficiência hepática (lixisenatida):

Uma vez que a lixisenatida é eliminada principalmente pelo rim,
nenhum estudo farmacocinético foi realizado em pacientes com
insuficiência hepática aguda ou crônica. Não é esperado que a
disfunção hepática afete a farmacocinética de lixisenatida.

Dados de segurança pré-clínicos:

Não foram realizados estudos em animais com insulina glargina e
lixisenatida combinadas para avaliar carcinogênese, mutagênese e
insuficiência da fertilidade.

Insulina glargina

Lixisenatida

Os dados pré-clínicos para a insulina
glargina não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de
dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade
reprodutiva

Em um estudo de carcinogenicidade
subcutânea de dois anos de duração, tumores de tireoide de células
C não letais foram observados em ratos e camundongos e são
considerados como sendo causados por um mecanismo GLP-1 não
genotóxico mediado por receptor ao qual os roedores são
particularmente sensíveis. Hiperplasia de células C e adenoma foram
observados em todas as doses em ratos e nenhum efeito adverso de
nível (NOEL) pôde ser definido. Em camundongos, estes efeitos
ocorreram em razão de exposição acima de 9,3 vezes quando comparado
com a exposição humana na dose terapêutica. Nenhum carcinoma de
célula C foi observado em camundongos e, ocorreu carcinoma de
células C em ratos na razão relativa de exposição a uma dose
terapêutica de exposição humana de cerca de 900 vezes. Estudos em
animais não indicam quaisquer efeitos prejudiciais diretos em
relação à fertilidade em ratos machos e fêmeas. Lesões testiculares
e do epidídimo reversíveis foram observadas em cães tratados com
lixisenatida. Nenhum efeito relacionado à espermatogênese foi
observado em homens saudáveis. Em estudos de desenvolvimento
embriofetal, foram observadas malformações, retardo no crescimento,
retardo de ossificação e efeitos esqueléticos em ratos em todas as
doses (5 vezes a taxa de exposição em comparação à exposição
humana) e em coelho com doses elevadas (32 vezes a taxa de
exposição em comparação à exposição humana) de lixisenatida. Em
ambas as espécies, houve uma toxicidade materna ligeira consistindo
de baixo consumo de alimentos e redução do peso corporal. O
crescimento neonatal foi reduzido em ratos machos expostos a
elevadas doses de lixisenatida durante a gestação e lactação
tardia, com um ligeiro aumento da mortalidade da prole
observada

Cuidados de Armazenamento do Soliqua

Antes do primeiro uso

Soliqua deve ser conservado sob refrigeração (temperatura entre
2 e 8°C). Proteger da Luz.

Não congelar ou colocar em contato direto com o compartimento do
congelador ou bolsas térmicas congeladas. Manter a caneta em sua
embalagem original.

Após o primeiro uso

Soliqua deve ser mantido em temperatura de até 30ºC. As canetas
em uso não devem ser armazenadas na geladeira. Não congelar.

A caneta não deve ser armazenada com a agulha.

Após aberto, válido por 14 dias, protegido da luz e do calor.
Apenas remover a tampa da caneta no momento de uso do produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Soliqua é uma solução límpida, incolor a quase incolor e livre
de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Soliqua

Reg. MS 1.1300.1164

Farm. Resp.:

Silvia Regina Brollo
CRF-SP n° 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200
São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Deutschland GmbH
Brüningstrasse 50, Industriepark Höchst 65926
Frankfurt am Main – Alemanha

Importado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413
Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23

Venda sob prescrição médica.

Soliqua, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.