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Micardis Anlo

Como o Micardis Anlo funciona?

Micardis Anlo combina a ação da telmisartana e do anlodipino com
mecanismos complementares para controlar a pressão arterial em
pacientes com pressão alta. A telmisartana impede a ação da
angiotensina II, uma substância presente no organismo que provoca
aumento da pressão arterial. O anlodipino relaxa a musculatura dos
vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial. Assim, a combinação
destas substâncias reduz a pressão arterial em grau maior do que os
componentes sozinhos.

Contraindicação do Micardis Anlo

Você não deve usar Micardis Anlo se

Tiver alergia à telmisartana, aos derivados diidropiridínicos
(como anlodipino) ou aos demais componentes da fórmula; for
gestante entre os 4 e 9 meses (segundo e terceiro trimestres);
estiver amamentando; apresentar obstrução das vias que conduzem a
bile e problemas graves de funcionamento do fígado; estiver com
volume sanguíneo diminuído devido a problemas cardíacos; tiver
intolerância hereditária rara à frutose; tiver diabetes
mellitus ou problemas nos rins (taxa de filtração
glomerular lt; 60 mL/min/1,73m2) e estiver fazendo uso
de alisquireno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Micardis Anlo

Tomar o comprimido com um pouco de água ou outro líquido, por
via oral, com ou sem alimentos, uma vez ao dia.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Posologia

Micardis Anlo é um medicamento de uso contínuo e deve ser tomado
diariamente na dose prescrita pelo seu médico.

Se você faz tratamento com 10 mg de anlodipino e apresenta
quaisquer reações adversas relacionadas à dose, tais como edema,
seu médico poderá substituí-lo por Micardis Anlo 40/5 mg uma vez ao
dia, reduzindo a dose de anlodipino sem reduzir a eficácia
esperada.

Seu médico poderá indicar Micardis Anlo como tratamento inicial
caso seja provável que você precise de vários medicamentos para
atingir a pressão arterial ideal e a dose inicial usual é 40/5 mg
uma vez ao dia; caso você precise de uma redução maior na pressão
arterial, a dose inicial é 80/5 mg uma vez ao dia.

Se for necessária redução adicional da pressão arterial após
pelo menos 2 semanas de terapia, a dose pode ser aumentada pelo seu
médico até o máximo de 80/10 mg uma vez ao dia.

Micardis Anlo pode ser administrado com outros fármacos
anti-hipertensivos.

Não há necessidade de ajustes de dose em pacientes com problemas
renais ou que fazem hemodiálise. Micardis Anlo deve ser
administrado com cautela em pacientes com problemas leves ou
moderados do fígado e nestes casos a dose de telmisartana não deve
exceder 40 mg uma vez ao dia. Não é necessário ajustar a dose em
pacientes idosos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de
usar o Micardis Anlo?

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário
habitual. Não duplique a dose na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico,
do seu médico, ou do cirurgião-dentista.

Precauções do Micardis Anlo

Micardis Anlo deve ser usado com cautela em pacientes com a
função anormal dos rins, fígado ou vias que conduzem a bile.

Se você tem pressão alta causada por estreitamento da artéria
que leva sangue para os rins, poderá ter maior risco de queda
acentuada da pressão arterial e insuficiência renal.

Você poderá ter queda da pressão arterial, especialmente após a
primeira dose, se estiver em tratamento com diuréticos, se fizer
restrição rigorosa de sal e se estiver com diarreia ou vômitos.
Você deve recuperar-se antes de iniciar o tratamento com Micardis
Anlo.

Se você é portador de insuficiência cardíaca congestiva grave
(comprometimento grave do funcionamento do coração) ou doença
renal, pode ocorrer queda abrupta da pressão arterial, acúmulo de
ureia no sangue, diminuição da produção de urina, podendo acarretar
em, falha grave do funcionamento dos rins.

Se você tem problemas nos rins, no coração, toma diuréticos que
levam a menor excreção de potássio ou outros medicamentos que podem
aumentar seus níveis (como heparina, por exemplo), usa
suplementação de potássio ou substitutos do sal comum ricos em
potássio, poderá ter aumento dos níveis de potássio no sangue,
devendo ter cautela ao utilizar Micardis Anlo.

Pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões com o uso de
anlodipino em pacientes com comprometimento grave do funcionamento
do coração.

A redução excessiva da pressão arterial em pacientes com doença
do coração ou dos vasos sanguíneos por problemas no fluxo de sangue
(isquemia) pode resultar em infarto ou derrame cerebral.

Se você tem diabetes mellitus, sempre informe o seu
médico, pois ele precisará avaliar os vasos do seu coração
(coronárias) antes de iniciar o tratamento com Micardis Anlo para
detecção e tratamento adequado da doença arterial coronária (DAC).
Mesmo sem sintomas ou queixas, o paciente não diagnosticado pode
apresentar maior risco de infarto e morte de causa cardíaca
inesperada quando tratado com essa classe de
anti-hipertensivos.

Se você apresenta intolerância hereditária à frutose, Micardis
Anlo não deverá ser utilizado pois contém 337,28 mg de sorbitol na
dose diária máxima recomendada.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode
ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Micardis Anlo

Este medicamento pode causar algumas reações desagradáveis
inesperadas.

Reações adversas relatadas com Micardis
Anlo

Reações comuns

Tontura, inchaço nas pernas e pés.

Reações incomuns

Sonolência, enxaqueca, dor de cabeça, sensações de frio, calor e
formigamento, vertigem (tontura), batimentos cardíacos lentos,
palpitações, queda da pressão arterial, queda da pressão e tontura
ao se levantar, rubor, tosse, dor abdominal, diarreia, náuseas,
coceira, dor nas juntas, espasmo muscular, dor nas costas, dor
muscular, problemas de ereção, sensação de fraqueza, dor no peito,
cansaço, inchaço, aumento das enzimas do fígado.

Reações raras 

Cistite (ardência ou dor ao urinar), depressão, ansiedade,
insônia, desmaio, neuropatia periférica (formigamento nas
extremidades), perda ou diminuição da sensibilidade, alteração de
paladar, tremor, vômitos, aumento do volume da gengiva, indigestão,
boca seca, descamação e vermelhidão da pele, dor nas
extremidades (dor nas pernas), aumento da quantidade de urina
durante a noite, indisposição, aumento do ácido úrico no
sangue.

Inchaço nas pernas e pés, um reconhecido efeito colateral
dose-dependente do anlodipino, foi geralmente observado em
incidência menor nos pacientes que receberam a combinação
telmisartana/anlodipino, do que naqueles que receberam anlodipino
sozinho.

Reações adversas com telmisartana sozinha

Reações incomuns

Infecções do trato urinário e do trato respiratório superior,
anemia, aumento do potássio no sangue, falta de ar, gases, aumento
da produção de suor, mau funcionamento dos rins, aumento da
creatinina no sangue. 

Reações raras

Infecção generalizada que pode levar à morte, eosinofilia,
diminuição das plaquetas no sangue, reação alérgica grave, alergia,
diminuição do nível de açúcar no sangue (em pacientes diabéticos),
distúrbios visuais, batimentos cardíacos acelerados, desconforto
estomacal, alteração do funcionamento do fígado, inchaço da face,
língua e garganta (com risco de morte), coceira, erupção induzida
pelo medicamento, erupção relacionada à toxicidade pelo
medicamento, dor nos tendões (semelhante à tendinite), mal-estar
tipo gripal, diminuição da hemoglobina, aumento da creatinina
fosfoquinase no sangue.

Reações adversas com anlodipino sozinho

Reações com frequência desconhecida

Diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas no sangue, alergia,
aumento do nível de glicose no sangue, alteração do humor, confusão
mental, desordens extrapiramidais (alterações na coordenação dos
movimentos), comprometimento da visão, zumbido, infarto, arritmia
cardíaca, taquicardia ventricular, fibrilação atrial, vasculite,
falta de ar, rinite, mudança do hábito intestinal, inflamação no
pâncreas, gastrite, hepatite, coloração amarelada da pele e
mucosas, elevações de enzimas do fígado (na maior parte das vezes
com redução do fluxo da bile colestase), inchaço da face, língua e
garganta, aumento da produção de suor, coceira, queda de cabelo,
púrpura, descoloração da pele, erupções bolhosas da pele e
mucosa, dermatite esfoliativa (inflamação de toda a pele
com vermelhidão extrema e descamação), síndrome de
Stevens-Johnson (reação cutânea grave com formação de bolhas e
desprendimento da pele), reação de sensibilidade da pele à luz,
problemas para urinar, aumento do número de micções, crescimento
das mamas em homens, aumento ou perda de peso.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Micardis Anlo

Gravidez e Amamentação

Não se recomenda o uso de Micardis Anlo durante os três
primeiros meses de gravidez e não deve ser iniciado durante a
gravidez. Se você engravidar, o tratamento deve ser interrompido
imediatamente e se você pretende engravidar, deve procurar
orientação do seu médico para uma possível substituição do
tratamento. O uso durante o segundo e terceiro trimestres da
gestação é contraindicado. O uso de anlodipino durante a gravidez
poderá levar ao risco de retardamento do trabalho de parto.

Não se sabe se telmisartana e/ou anlodipino são excretados no
leite humano. Devido às potenciais reações adversas em bebês
lactentes, o uso de Micardis Anlo não é recomendado durante a
amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Composição do Micardis Anlo

Micardis Anlo 40/5 mg

Cada comprimido contém:

40 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino, correspondentes a
6,9 mg de besilato de anlodipino.

Micardis Anlo 80/5 mg

Cada comprimido contém:

80 mg de telmisartana e 5 mg de anlodipino, correspondentes a
6,9 mg de besilato de anlodipino.

Micardis Anlo 80/10 mg

Cada comprimido contém:

80 mg de telmisartana e 10 mg de anlodipino, correspondentes a
13,9 mg de besilato de anlodipino.

Excipientes:

hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de
magnésio, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, amido
de milho, dióxido de silício, mistura de pigmentos (óxido de ferro
preto, óxido de ferro amarelo, laca de alumínio azul brilhante
FCF), estearato de magnésio.

Superdosagem do Micardis Anlo

Poderá ocorrer queda da pressão arterial, aumento ou diminuição
dos batimentos cardíacos, dilatação acentuada dos vasos das
extremidades com taquicardia reflexa; também poderá ocorrer queda
acentuada e prolongada da pressão arterial que pode levar à
morte.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Micardis Anlo

Nenhuma interação entre os dois fármacos desta combinação em
dose fixa foi observada em estudos clínicos.

Interações comuns à combinação 

Nenhum estudo de interação medicamentosa foi realizado com
Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa) e outros
medicamentos. 

Deve-se considerar no uso concomitante

Outros agentes anti-hipertensivos

O efeito de redução da pressão arterial de Telmisartana +
Besilato de Anlodipino (substância ativa) pode ser aumentado pelo
uso concomitante de outros medicamentos
anti-hipertensivos. 

Agentes com potencial para redução da pressão
arterial

Com base em suas propriedades farmacológicas, baclofeno e
amifostina podem potencializar os efeitos hipotensores de todos os
anti-hipertensivos incluindo Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa). Além disso, a hipotensão ortostática pode ser
agravada por álcool, barbitúricos, narcóticos ou
antidepressivos. 

Corticosteroides (sistêmicos)

Redução do efeito anti-hipertensivo. 

Interações relacionadas à
telmisartana 

A telmisartana pode aumentar o efeito hipotensor de outros
agentes anti-hipertensivos. Não foram identificadas outras
interações de significância clínica. 

A coadministração de telmisartana não resultou em interações
clinicamente significativas com digoxina, varfarina,
hidroclorotiazida, glibenclamida, ibuprofeno, paracetamol,
sinvastatina e anlodipino. No caso da digoxina, observou-se um
aumento de 20% ( e um único caso de 39%) na média das
concentrações plasmáticas mínimas de digoxina, devendo-se
considerar a monitoração dos seus níveis. 

Em um estudo, a coadministração de telmisartana e ramipril levou
a um aumento de até 2,5 vezes na AUC0-24 e Cmax
de ramipril e ramiprilato. Desconhece-se a relevância clínica
desta observação. 

Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de
lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com
inibidores da ECA. Relataram-se também casos de interação com BRAs,
incluindo telmisartana. Portanto, é aconselhável monitorar os
níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.

Em pacientes com desidratação, o tratamento com AINEs (por
exemplo, AAS como anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs
não seletivos) é associado a um potencial para desenvolver
insuficiência renal aguda. Fármacos que atuam no sistema
renina-angiotensina, como telmisartana, podem ter efeitos
sinérgicos. Pacientes em tratamento com AINEs e telmisartana devem
ser adequadamente hidratados e ter sua função renal monitorada no
início do tratamento combinado. 

Foi relatada uma redução do efeito de fármacos
anti-hipertensivos, como telmisartana, pela inibição de
prostaglandinas vasodilatadoras, durante tratamento combinado com
AINEs. 

Interações relacionadas ao anlodipino 

Uso concomitante requerendo cautela

Inibidores da CYP3A4

Um estudo em pacientes idosos mostrou que diltiazem inibe o
metabolismo do anlodipino, provavelmente via CYP3A4 (concentração
plasmática aumenta em aproximadamente 50% e o efeito do anlodipino
é aumentado). A possibilidade de que inibidores mais potentes da
CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, ritonavir)
possam aumentar a concentração plasmática do anlodipino numa
extensão maior que diltiazem não pode ser excluída. 

Indutores da CYP3A4 (agentes anticonvulsivantes [por
exemplo, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, fosfenitoína,
primidona], rifampicina, Hypericum
perforatum
)

A coadministração pode levar a concentrações plasmáticas
reduzidas de anlodipino. É indicado o monitoramento clínico, com
possível ajuste de dose do anlodipino durante o tratamento com o
indutor e após sua retirada. 

Uso concomitante a ser considerado

Sinvastatina

A coadministração de doses múltiplas de anlodipino com
sinvastatina 80 mg aumentou a exposição da sinvastatina em até 77%
em comparação à sinvastatina isoladamente. Portanto, nesses casos
deve-se limitar a dose de sinvastatina em 20 mg ao dia. 

Imunossupressores

O anlodipino pode aumentar a exposição sistêmica da ciclosporina
e tacrolimo quando administrados concomitantemente. Frequente
monitoramento dos níveis sanguíneos da ciclosporina e tacrolimo e
ajuste de dose são recomendados, quando necessário. 

Em monoterapia, o anlodipino foi administrado de forma segura
com diuréticos tiazídicos, betabloqueadores, inibidores da ECA,
nitratos de ação prolongada, nitroglicerina sublingual, AINEs,
antibióticos e hipoglicemiantes orais. Quando anlodipino e
sildenafila foram usados em combinação, cada agente exerceu
independentemente seu próprio efeito de redução da pressão
arterial. 

Informação adicional

A coadministração com atorvastatina, digoxina ou varfarina não
teve efeito significativo sobre a farmacocinética ou
farmacodinâmica destes. A coadministração com cimetidina não teve
efeito significativo sobre a farmacocinética do anlodipino.

Interação Alimentícia do Micardis Anlo

Pomelo (grapefruit) e suco de pomelo (suco de
grapefruit)

Um estudo em 20 voluntários sadios com dose oral única de 10 mg
de anlodipino e 240 ml de suco de pomelo (suco de
grapefruit) não se demonstrou efeito significativo sobre
as propriedades farmacocinéticas do anlodipino. Porém, o uso
concomitante não é recomendado, pois pode haver aumento da
biodisponibilidade do anlodipino em certos pacientes, aumentando
seu efeito hipotensor. 

Ação da Substância Micardis Anlo

Resultados de eficácia

Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa) combina
dois compostos anti-hipertensivos com mecanismos complementares
para controlar a pressão arterial em pacientes com hipertensão
essencial: um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II –
telmisartana) e um bloqueador de canais de cálcio diidropiridínico
(anlodipino). A combinação destas substâncias tem um efeito
anti-hipertensivo aditivo, reduzindo a pressão arterial para um
grau maior do que os fármacos sozinhos. Telmisartana + Besilato de
Anlodipino (substância ativa) uma vez ao dia reduz a pressão
arterial de forma consistente e eficaz na faixa terapêutica ao
longo das 24 horas. 

Telmisartana 

Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase
completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela
angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e
pode ser detectado após 48 horas. Após a administração da primeira
dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva
gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas. A redução máxima
da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da
terapêutica, mantendo-se durante o tratamento de longa
duração. 

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas
após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima
dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão
arterial. Este fato é confirmado pelas proporções vale-pico
consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg
de telmisartana em estudos clínicos controlados com
placebo. 

Há uma aparente tendência para uma relação entre a dose e o
tempo de restabelecimento da pressão arterial sistólica (PAS)
basal. Com relação à pressão arterial diastólica (PAD), os dados de
referência são inconsistentes. 

Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão
arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca.
A eficácia anti-hipertensiva da telmisartana é comparável a dos
fármacos anti-hipertensivos tais como anlodipino, atenolol,
enalapril, hidroclorotiazida, losartana, lisinopril, ramipril e
valsartana

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a
pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao
tratamento, ao fim de vários dias sem evidências de
efeito-rebote.

Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com telmisartana
está associado a reduções estatisticamente significativas de massa
do ventrículo esquerdo e índice de massa do ventrículo esquerdo em
pacientes hipertensos portadores de Hipertrofia Ventricular
Esquerda. 

Estudos clínicos (incluindo comparações com losartana, ramipril
e valsartana) demonstraram que o tratamento com telmisartana está
associado a reduções estatisticamente significativas da proteinúria
(incluindo microalbuminúria e macroalbuminúria) em pacientes com
hipertensão e nefropatia diabética. 

A incidência de tosse seca foi significantemente menor em
pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com
inibidores da enzima conversora de angiotensina em estudos clínicos
comparando diretamente os dois tratamentos
anti-hipertensivos. 

Prevenção de mortalidade e lesão
cardiovascular 

O estudo ONTARGET comparou os efeitos da telmisartana, ramipril
e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os desfechos
cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a
55 anos, com história de doença arterial coronariana, acidente
vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus
associada à evidência de dano a órgão-alvo (por exemplo,
retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou
microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes
com alto risco cardiovascular. 

Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes
grupos de tratamento: telmisartana 80 mg (n=8.542), ramipril 10 mg
(n=8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg
(n=8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A
população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática
e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos.

Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam
hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e
mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90
mmHg. No início, 38% do total de pacientes tinham história médica
de diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada. A
terapia de início incluía ácido acetilsalicílico (76%), estatinas
(62%), betabloqueadores (57%), bloqueadores dos canais de cálcio
(34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%). 

O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma
composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio,
acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por
insuficiência cardíaca congestiva. 

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para
ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a
população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao
tratamento com um inibidor da ECA. A análise dos eventos adversos
que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos
adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos
frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do
que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente
relatada com telmisartana. 

A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do
objetivo primário de avaliação (desfecho primário), com ocorrências
similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e
com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A proporção de
risco para telmisartana vs. ramipril foi de 1,01 [IC 97,5%,
0,93-1,10, p (não-inferioridade) =0,0019]. O efeito do tratamento
mostrou persistir após correções para diferenças na pressão
arterial sistólica de início e ao longo do tempo. Não houve
diferença nos resultados do objetivo primário de avaliação
(desfecho primário) com base na idade, sexo, raça, terapia basal ou
doença subjacente. 

A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril
em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma
composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio
e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo
de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril vs.
placebo. A proporção de risco da telmisartana vs. ramipril para
este desfecho no ONTARGET foi de 0,99 [IC 97,5%, 0,90-1,08, p
(não-inferioridade)=0.0004]. 

A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou
benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além
disso, houve uma incidência significativamente maior de
hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da
combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana e
ramipril não é recomendado nesta população. 

Anlodipino 

Em pacientes com hipertensão, a dose única diária promove
reduções clinicamente significativas da pressão arterial em ambas
as posições, deitado e em pé, ao longo de um intervalo de 24 horas.
Devido ao lento início de ação, hipotensão aguda não é uma
característica da administração de anlodipino. 

Em pacientes hipertensos com função renal normal, doses
terapêuticas de anlodipino resultaram na redução
da resistência vascular renal e no aumento na taxa de
filtração glomerular e fluxo plasmático renal efetivo, sem
alteração na fração de filtração ou proteinúria. 

O anlodipino não foi associado a quaisquer efeitos metabólicos
adversos ou alterações nos lipídeos plasmáticos e é adequado para
uso em pacientes com asma, diabetes e gota. 

Uso em pacientes com insuficiência
cardíaca 

Estudos hemodinâmicos e ensaios clínicos controlados baseados em
exercícios em pacientes com insuficiência cardíaca NYHA Classe
II-IV demonstraram que o anlodipino não leva à piora clínica,
conforme medido pela tolerância a exercícios, fração de ejeção
ventricular esquerda e sintomatologia clínica. 

Um estudo controlado por placebo (PRAISE), desenhado para
avaliar pacientes com insuficiência cardíaca NYHA Classes III-IV
que recebiam digoxina, diuréticos e inibidores da ECA, mostrou que
o anlodipino não leva a um aumento no risco de mortalidade ou
mortalidade e morbidade com insuficiência cardíaca. 

Em um estudo de acompanhamento, de longa duração e controlado
por placebo (PRAISE-2) de anlodipino em pacientes com insuficiência
cardíaca NYHA Classes III e IV, sem sintomas clínicos ou achados
objetivos, nem doença isquêmica sugerida ou subjacente, e que
recebiam doses estáveis de inibidores da ECA, digitálicos e
diuréticos, o anlodipino não teve efeito sobre a mortalidade
cardiovascular total. Nesta mesma população, associou-se anlodipino
ao aumento de relatos de edema pulmonar, apesar da diferença não
significativa na piora da insuficiência cardíaca em comparação a
placebo. 

Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância
ativa) 

Em um estudo fatorial de 8 semanas, multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, controlado por placebo e de grupos paralelos,
1.461 pacientes com hipertensão leve a grave (pressão arterial
diastólica média na posição sentada ≥95 e lt;110 mmHg) foram
submetidos a um período introdutório com placebo de 3-4 semanas, a
fim de eliminar todos os medicamentos anti-hipertensivos antes da
randomização para um tratamento duplo-cego ativo. O tratamento com
cada uma das dosagens de Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) resultou em reduções significativamente maiores
da pressão arterial diastólica e sistólica e taxas de controle mais
elevadas, em comparação às respectivas monoterapias. 

As combinações telmisartana/anlodipino mostraram
reduções dose-dependentes das pressões
arteriais sistólica/diastólica (PAS/PAD) em toda faixa de dose
terapêutica: 

  • 21,8/-16,5 mmHg com 40/5 mg;
  • 22,1/-18,2 mmHg com 80/5 mg;
  • 24,7/-20,2 mmHg com 40/10 mg e;
  • 26,4/-20,1 mmHg com 80/10 mg. 

As proporções de pacientes que obtiveram uma PAD lt;90
mmHg com a combinação telmisartana/anlodipino foram:

  • 71,6% com 40/5 mg;
  • 74,8% com 80/5 mg;
  • 82,1% com 40/10 mg e;
  • 85,3% com 80/10 mg. 

Um subgrupo de 1.050 pacientes no estudo com desenho fatorial
teve hipertensão moderada a grave (PAD ≥100 mmHg). Nestes pacientes
com maior probabilidade de precisar de mais de um agente
anti-hipertensivo para atingir a pressão arterial ideal, as
alterações médias observadas nas PAS/PAD com uma terapia combinada
contendo 5 mg de anlodipino (-22,2/-17,2 mmHg com 40/5 mg;
-22,5/-19,1 mmHg com 80/5 mg) foram comparáveis ou maiores que com
10 mg de anlodipino (-21,0/-17,6 mmHg).

Adicionalmente, a terapia combinada mostrou taxas de edema
notavelmente menores (1,4% com 40/5 mg; 0,5% com 80/5 mg; 17,6% com
anlodipino 10 mg). 

A maior parte do efeito anti-hipertensivo foi atingida dentro de
2 semanas após o início da terapia. 

O monitoramento ambulatorial automatizado da pressão arterial
desenvolvido em um subgrupo de 562 pacientes confirmou os
resultados verificados na clínica, com reduções nas PAS e PAD,
consistentemente ao longo de todo o período de 24 horas.

Em outro estudo multicêntrico, duplo-cego, com controle-ativo,
um total de 1.097 pacientes com hipertensão leve a grave, que não
tinham controle adequado com anlodipino 5 mg receberam Telmisartana
+ Besilato de Anlodipino (substância ativa) (40/5 mg ou 80/5 mg) ou
anlodipino em monoterapia (5 mg ou 10 mg). Após 8 semanas de
tratamento, cada uma das combinações mostrou-se estatística e
significativamente superiores a ambas as doses de anlodipino em
monoterapia na redução das PAS e PAD:

  • 13,6/-9,4 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
    (substância ativa) 40/5 mg;
  • 15,0/-10,6 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
    (substância ativa) 80/5 mg;
  • 6,2/-5,7 mmHg com anlodipino 5 mg e;
  • 11,1/-8,0 mmHg com anlodipino 10 mg. 

As proporções de pacientes com normalização da pressão arterial
(PAD na posição sentada lt;90 mmHg ao final do estudo) foram de
56,7% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa)
40/5 mg e 63,8% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) 80/5 mg em comparação a 42,0% com anlodipino 5
mg e 56,7% com anlodipino 10 mg. 

Eventos relacionados a edema (edema periférico, edema
generalizado e edema) foram significativamente menos frequentes nos
pacientes que receberam Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) (40/5 mg ou 80/5 mg), em comparação aos
pacientes que receberam anlodipino 10 mg (4,4% vs. 24,9%,
respectivamente). 

Em outro estudo multicêntrico, duplo-cego, com controle-ativo,
um total de 947 pacientes com hipertensão leve a grave que não
tinham controle adequado com anlodipino 10 mg receberam
Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa) (40/10 mg
ou 80/10 mg) ou anlodipino sozinho (10 mg). Após 8 semanas, cada um
dos tratamentos combinados mostrou-se estatística e
significativamente superior ao anlodipino em monoterapia na redução
das PAD e PAS: 

  • 11,1/-9,2 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
    (substância ativa) 40/10 mg;
  • 11,3/-9,3 mmHg com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
    (substância ativa) 80/10 mg e;
  • 7,4/-6,5 mmHg com anlodipino 10 mg. 

As proporções de pacientes com normalização da pressão arterial
(PAD na posição sentada lt;90 mmHg ao final do estudo) foram de
63,7% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa)
40/10 mg e 66,5% com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) 80/10 mg em comparação a 51,1% com anlodipino 10
mg. 

Em dois estudos correspondentes de acompanhamento, abertos e de
longa duração desenvolvidos ao longo de outros 6 meses, o efeito de
Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa) foi
mantido por todo o período do estudo. 

Em pacientes que não tinham controle adequado com anlodipino 5
mg, pode-se obter com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) um controle da pressão arterial similar (40/5
mg) ou melhor (80/5 mg) ao anlodipino 10 mg, com significativamente
menos edema. 

Em pacientes com controle adequado com anlodipino 10 mg, mas que
apresentaram edema inaceitável, pode-se obter controle similar da
pressão arterial com Telmisartana + Besilato de Anlodipino
(substância ativa) 40/5 mg ou 80/5 mg e com menos edema. 

O efeito anti-hipertensivo de Telmisartana + Besilato de
Anlodipino (substância ativa) foi similar, independentemente da
idade e sexo, e em pacientes com e sem diabetes. 
Telmisartana + Besilato de Anlodipino (substância ativa) não foi
estudado em qualquer outra população de pacientes a não ser
hipertensos. A telmisartana foi estudada em um grande estudo de
desfechos, realizado com 25.620 pacientes sob elevado risco
cardiovascular (ONTARGET). O anlodipino foi estudado em
pacientes com angina crônica estável, angina vasoespástica e doença
arterial coronariana documentada angiograficamente.

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica 

Telmisartana

É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina II
(tipo AT1), eficaz por via oral, que desloca com afinidade muito
elevada a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor
AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina
II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista
parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores;
esta ligação é de longa duração. A telmisartana não apresenta
afinidade por outros receptores, incluindo AT2 e outros receptores
AT menos caracterizados.

A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da
possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são
aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática
são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina
plasmática humana nem bloqueia canais iônicos; não possui efeito
inibitório sobre a ECA (quininase II), que também degrada a
bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos
adversos mediados pela bradicinina. 

Anlodipino

É um inibidor do influxo de íons cálcio do grupo das
diidropiridinas (bloqueadores lentos de canal ou antagonistas do
íon cálcio) e inibe o influxo transmembrana de íons cálcio para
dentro da musculatura lisa cardíaca e vascular. O mecanismo de sua
ação anti-hipertensiva é devido ao efeito relaxante direto sobre a
musculatura lisa vascular, levando a reduções na resistência
vascular periférica e na pressão arterial. Dados experimentais
indicam que o anlodipino se liga a ambos os sítios de ligação,
diidropiridínicos e não-diidropiridínicos. O anlodipino é
relativamente vaso-seletivo, com um efeito maior sobre a
musculatura lisa vascular do que sobre a musculatura
cardíaca. 

Farmacocinética 

A taxa e extensão da absorção de Telmisartana + Besilato de
Anlodipino (substância ativa) são equivalentes à biodisponibilidade
da telmisartana e do anlodipino administrados em comprimidos
individuais. 

Telmisartana

Absorção

É rápida, embora a quantidade absorvida varie. A
biodisponibilidade absoluta média é cerca de 50%. Quando a
telmisartana é administrada com alimentos, a redução na AUC varia
de aproximadamente 6% (dose de 40 mg) a 19% (dose de 160 mg). Após
3 horas da administração as concentrações plasmáticas são
similares, seja a telmisartana administrada em jejum ou com
alimentos. Não se espera que a pequena redução na AUC cause uma
redução na eficácia terapêutica. 

Distribuição

Liga-se amplamente às proteínas plasmáticas (gt;99,5%),
principalmente albumina e glicoproteína ácida alfa-1. O volume de
distribuição médio aparente no estado de equilíbrio (Vss) é de
aproximadamente 500L.

Metabolismo

É metabolizada por conjugação para o glucuronídeo do composto de
origem, para o qual não foi demonstrada nenhuma atividade
farmacológica. 

Eliminação

É caracterizada por farmacocinética com diminuição
bi-exponencial, com meia-vida de eliminação terminal gt;20 horas. A
concentração plasmática máxima (Cmax) e, em menor extensão a AUC,
aumentam desproporcionalmente com a dose. Não há evidência de
acúmulo de telmisartana clinicamente relevante. Após administração
oral (e intravenosa), a telmisartana é quase exclusivamente
excretada com as fezes, unicamente como composto inalterado. A
excreção urinária cumulativa é lt;2% da dose. O clearance
plasmático total (CLtot) é elevado (cerca de 900 mL/minuto) em
comparação ao fluxo sanguíneo hepático (cerca de 1.500
mL/minuto). 

Anlodipino

Absorção

Após administração oral de doses terapêuticas de anlodipino
sozinho, os picos de concentração plasmática são atingidos em 6-12
horas. A biodisponibilidade absoluta calculada foi entre 64% e 80%
e não é afetada pela ingestão de alimentos. 

Distribuição

O volume de distribuição é de aproximadamente 21L/kg. Estudos in
vitro mostram que aproximadamente 97,5% do fármaco circulante
ligam-se às proteínas plasmáticas nos pacientes
hipertensos. 

Metabolismo

É extensamente (aproximadamente 90%) metabolizado pelo fígado
para metabólitos inativos. Eliminação: é bifásica, com uma
meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 30 a 50 horas.
Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são atingidos após
administração contínua por 7-8 dias. Dez por cento do anlodipino
original e 60% dos metabólitos do anlodipino são excretados na
urina. 

Pacientes pediátricos (menores de 18 anos)

Não estão disponíveis dados farmacocinéticos para a população
pediátrica.

Influência do sexo

Foram observadas diferenças entre os sexos nas concentrações
plasmáticas da telmisartana, sendo 

Cmax e AUC aproximadamente 3 e 2 vezes mais elevadas,
respectivamente, nas mulheres em comparação a homens,
sem influência relevante sobre a eficácia. 

Pacientes idosos

A farmacocinética da telmisartana não difere entre pacientes
jovens e idosos. O tempo até o pico das concentrações plasmáticas
de anlodipino é similar em pacientes jovens e idosos. Em pacientes
idosos, o clearance do anlodipino tende a diminuir, levando a
aumentos na AUC e na meia-vida de eliminação. 

Pacientes com disfunção renal

Foram observadas concentrações plasmáticas menores de
telmisartana em pacientes com insuficiência renal que fazem
diálise. A telmisartana é altamente ligada às proteínas plasmáticas
em indivíduos com insuficiência renal e não pode ser removida
por diálise. A meia-vida de eliminação não se altera nestes
pacientes. 

A farmacocinética do anlodipino não é significativamente
influenciada pela disfunção renal. 

Pacientes com disfunção hepática

Estudos farmacocinéticos em pacientes com disfunção hepática
mostraram um aumento na biodisponibilidade absoluta da
telmisartana até cerca de 100%. A meia-vida de eliminação não é
alterada nestes pacientes. Pacientes com insuficiência hepática têm
clearance reduzido do anlodipino, resultando em aumento na AUC de
aproximadamente 40-60%. 

Cuidados de Armazenamento do Micardis Anlo

Mantenha em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC) e na embalagem
original para proteger da luz e da umidade. O produto é sensível à
umidade, só retirar o comprimido do blister quando for tomá-lo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

O comprimido de Micardis Anlo é oval, biconvexo, com uma camada
azul lisa e outra camada branca ou esbranquiçada marcada com o
símbolo da empresa Boehringer Ingelheim e um destes símbolos: A1
(40/5 mg), A3 (80/5 mg) ou A4 (80/10 mg).

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Micardis Anlo

MS – 1.0367.0166

Farm. Resp.:

Dímitra Apostolopoulou
CRF-SP 08828

Importado por:

Boehringer Ingelheim do Brasil Quím. e Farm. Ltda.
Rod. Régis Bittencourt, km 286
Itapecerica da Serra – SP
CNPJ 60.831.658/0021-10

Fabricado por:

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH amp; Co. KG
Ingelheim am Rhein – Alemanha
SAC 0800-7016633

Venda sob prescrição médica.

Micardis-Anlo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.