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Marcoumar

Como o Marcouma funciona?


Marcoumar é um medicamento anticoagulante, isto é, utilizado
para evitar a coagulação do sangue dentro dos vasos sanguíneos.

O início da ação ocorre após um a dois dias, e a eficácia plena
de Marcoumar não é observada imediatamente, pois ocorre de 4 a 6
dias após o início do tratamento.

Contraindicação do Marcoumar

Marcoumar não deve ser utilizado em caso
de:

  • Hipersensibilidade à femprocumona ou a qualquer um dos
    excipientes de Marcoumar;
  • Gravidez.

Marcoumar também é contraindicado caso você tenha tendência a
sangramento exagerado, como diátese hemorrágica (tendência para
sangramento sem causa aparente), lesões graves do parênquima
hepático, insuficiência renal (mau funcionamento do rim), úlcera
gastrintestinal (lesão na parede do estômago e/ou duodeno com
destruição da mucosa), endocardite subaguda (infecção que atinge a
membrana mais interna do coração, o endocárdio), doenças em que
haja suspeita de lesão do sistema vascular associada (por exemplo,
arteriosclerose avançada ou hipertensão grave), ou após
intervenções neurocirúrgicas.

Angiografia (radiografia dos vasos sanguíneos) ou outros
procedimentos diagnósticos ou terapêuticos com potencial para
sangramentos fora de controle não devem ser realizados caso você
esteja sendo tratado com Marcoumar.

Sangramentos menstruais não são contraindicação para o uso de
Marcoumar.

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: X.

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Uma vez que Marcoumar, como outros medicamentos anticoagulantes,
pode estar associado ao nascimento de crianças com defeitos
físicos, não deve ser usado durante a gravidez.

Pacientes com possibilidade de engravidar tratadas com
Marcoumar devem utilizar métodos contraceptivos até 3 meses
depois da última dose.

Como usar o Marcoumar

Os comprimidos de Marcoumar devem ser administrados por via
oral, com um pouco de líquido (não alcoólico), sem dissolvê-los
previamente.

Este medicamento não deve ser mastigado.

Na presença de trombose aguda ou embolismo, a terapêutica
anticoagulante deve começar com a administração de heparina ou
outro anticoagulante.

Após a fase aguda (ou seja, de pelo menos dois dias, ou em casos
mais graves até dez dias ou mais), o tratamento deve continuar com
Marcoumar. No primeiro dia de transição, a dose de Marcoumar deve
ser dada juntamente com a heparina. Durante essa transição, os
parâmetros de coagulação devem ser monitorados com cuidado.

A duração da terapêutica com heparina depende do tempo
necessário até que o grau de anticoagulação desejado seja
atingido.

Posologia do Marcoumar


O esquema de tratamento com Marcoumar é determinado pelo médico,
de acordo com as suas necessidades clínicas.

A dose pode variar de 2 a 3 comprimidos por dia na fase aguda,
seguida da dose de manutenção de meio a 2 comprimidos por dia. O
tratamento pode ser mantido por meses ou anos.

O tratamento com Marcoumar pode geralmente ser descontinuado sem
a necessidade de medicação de auxílio.

Idosos

Idosos (especialmente acima de 75 anos), geralmente, necessitam
receber menores doses de Marcoumar que os pacientes jovens para
atingirem o mesmo valor de RNI (Razão Normalizada Internacional), a
medida utilizada para dosar a coagulação.

Pacientes com insuficiência renal

A insuficiência renal não tem efeito significativo na meia-vida
de eliminação.

Pacientes com insuficiência hepática

A insuficiência hepática não tem efeito significativo na
clearance de femprocumona, porém o médico deve considerar
a redução da dose e realizar o monitoramento com cautela.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usa o
Marcoumar?


O efeito anticoagulante de Marcoumar persiste além de 24 horas.
Caso você se esqueça de tomar a dose prescrita na hora programada,
a dose deverá ser administrada assim que possível, no mesmo dia. A
administração seguinte deve ser feita no horário habitual. Você não
deve dobrar a dose diária para compensar a(s) dose(s)
perdida(s).

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Marcoumar

O uso deste medicamento exige uma vigilância constante do
médico. Por isso, não tome Marcoumar por conta própria nem o ceda
ou recomende a outras pessoas.

Se você está sendo tratado com Marcoumar, como precaução, você
deve levar consigo vitamina K1 e instruções sobre
como usar, assim como uma declaração do médico informando que você
se encontra sob tratamento com anticoagulante. Essa medida pode ser
útil, particularmente em caso de emergência, como o aumento no
risco de hemorragia após traumas (resultantes de acidente, por
exemplo).

Se você já foi submetido a uma cirurgia de ressecção pulmonar
(retirada de um pulmão ou parte dele), cirurgias em órgãos
genitais, estômago ou de vesícula (ductos biliares) ou sofre de
insuficiência cardíaca (doença em que o coração tem dificuldade
para bombear o sangue e se dilata), arteriosclerose (placas
depositadas dentro dos vasos sanguíneos que podem obstruí-los),
hipertensão grave (pressão alta), ou alterações graves do
funcionamento do fígado, seu médico deverá monitorá-lo com maior
frequência.

O efeito do álcool é variável sobre Marcoumar. Alcoólatras
crônicos podem apresentar redução do efeito anticoagulante, apesar
do efeito estar aumentado na presença de doenças no fígado. A
função do fígado de pacientes que recebem tratamento prolongado com
Marcoumar deve ser cuidadosamente controlada.

É necessário realizar o monitoramento mais frequente dos
parâmetros de coagulação se forem feitas alterações nos
medicamentos utilizados durante o tratamento com Marcoumar.

Informe ao seu médico o surgimento de doenças concomitantes,
pois ele poderá reduzir a dose de Marcoumar durante doenças que
podem aumentar a ação do medicamento.

Deve-se tomar grande cuidado quando for necessário modificar a
dose do medicamento e encurtar o tempo de coagulação para
diagnóstico ou intervenções terapêuticas (por
exemplo, angiografia – exame radiográfico dos vasos
sanguíneos, punção lombar, pequenas cirurgias, extrações
dentárias).

Caso esteja em tratamento com Marcoumar, você não deve receber
injeções no músculo ou mesmo subcutâneas (debaixo da pele). Caso
surjam manchas arroxeadas ou sangramentos, avise imediatamente o
seu médico. Essas complicações ocorrem raramente após injeções
subcutâneas e administração intravenosa.

No início do tratamento pode ocorrer necrose cutânea (morte de
um pedaço do tecido da pele). Nesse caso, procure seu médico, pois
ele deve interromper a terapia com Marcoumar e instituir outras
medidas apropriadas.

Marcoumar contém lactose e não é recomendado em
pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência de lactase ou má absorção de
glicose-galactose.

Até o momento, não há informações de que Marcoumar
(femprocumona) possa causar doping.

Interações Medicamentosas

A femprocumona tem uma faixa de tratamento estreita e é
necessário cuidado com qualquer terapia iniciada conjuntamente.

Você deve comunicar o seu médico antes de iniciar ou finalizar
qualquer medicamento, sendo necessário controle estrito dos valores
da coagulação.

Medicamentos comumente prescritos junto com Marcoumar podem
aumentar ou reduzir seu efeito. Portanto, é importante a
monitoramento dos parâmetros da coagulação (por meio de exames de
sangue) após o início ou retirada de outros medicamentos enquanto
você estiver fazendo o uso de Marcoumar.

A femprocumona é metabolizada por algumas enzimas específicas.
Por esse motivo, o uso concomitante com substratos, indutores ou
inibidores dessas enzimas pode influenciar o efeito de Marcoumar.
Seu médico saberá a terapia mais indicada para o seu caso.

Efeitos de outras substâncias sobre
Marcoumar

Inibidores das enzimas responsáveis pela metabolização da
femprocumona ou substratos concorrentes podem aumentar o efeito
coagulante de Marcoumar.

Substâncias que podem intensificar o efeito de
Marcoumar:

Alopurinol (usado no tratamento da gota e alguns casos de
aumento do ácido úrico), amiodarona (para algumas arritmias do
coração), esteroides anabolizantes (em casos de desnutrição por
doenças crônicas), fibratos (para tratar aumento de
triglicerídeos), dissulfiram (para tratamento de alcoolismo
crônico), anti-inflamatórios (salicilatos e alguns
anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores da COX-2),
tamoxifeno (usado como auxiliar no tratamento de câncer de mama),
medicamentos para tratamento de problemas da tireoide (tiroxina),
glicosamina (para tratamento de osteoartrite), inibidores seletivos
da receptação de serotonina com a fluoxetina (para tratamento de
depressão e crises de ansiedade), estatinas como a sinvastatina
(para tratamento dos altos níveis de colesterol no sangue),
tramadol (analgésico) e alguns antimicrobianos, como a amoxilina
com ou sem ácido clavulânico, cotrimoxazol, tetraciclinas (por
exemplo: doxiciclina), cefalosporinas (por exemplo: ceftriaxona),
cloranfenicol, aminoglicosídeos, cloxacilina, diversas quinolonas
(por exemplo: levofloxacina), sulfonamidas, claritromicina,
derivados da eritromicina, lincosamida (por exemplo: clindamicina),
e derivados imidazólicos (por exemplo: cetoconazol) e derivados
triazólicos.

No caso da utilização concomitante de salicilatos (como o ácido
acetilsalicílico) ou antibióticos, são necessários exames de sangue
mais frequentes para controle da coagulação sanguínea. Outros
anticoagulantes como heparinas e agentes antiplaquetários, como o
clopidogrel, podem intensificar o efeito de Marcoumar e
aumentar o risco de hemorragias.

A toranja (também chamada de pomelo ou grapefruit)
interage com vários medicamentos, inclusive Marcoumar, retardando
sua eliminação e pode levar a um aumento no risco de
sangramento.

Recomenda-se cuidado quando o paciente for tratado com
antagonistas da vitamina K, como a femprocumona, e também consumir
a fruta Goji in natura ou o seu suco.

Alterações nos parâmetros de coagulação e/ou hemorragias têm
sido relatadas em pacientes sob tratamento com capecitabina (usada
no tratamento do câncer) concomitantemente a anticoagulantes como a
femprocumona. Esses eventos ocorrem em alguns dias a até alguns
meses após o início do tratamento com capecitabina e, em alguns
casos, em até um mês após a suspensão do tratamento com
capecitabina.

Substâncias que podem reduzir o efeito de
Marcoumar

Barbitúricos (usados principalmente no tratamento de
convulsões), carbamazepina (usada em casos de epilepsia),
colestiramina (resina usada principalmente para tratar a coceira
intensa nos casos em que a saída da bile está obstruída),
diuréticos (medicamentos para aumentar a quantidade de urina
eliminada), metformina (usada para o controle da diabetes),
corticosteroides (anti-inflamatórios hormonais), rifampicina
(antibiótico usado principalmente para tratamento de tuberculose),
vitamina K.

Redução no efeito e concentração do plasma foram relatadas
durante o tratamento com erva de São João (extrato de Hypericum
perforatum
), usada para tratamento de depressão. Isso pode ser
devido à indução de algumas enzimas do fígado que eliminam o
medicamento.

Em pacientes que recebem anticoagulantes orais, o tempo de
protrombina deve ser monitorado, rigorosamente, do início ao fim do
tratamento com a erva de São João.

Substâncias com efeitos variáveis sobre
Marcoumar

Anticoncepcionais que contêm estrogênios e progesterona (pílulas
anticoncepcionais em geral) podem aumentar a eliminação de
femprocumona sem alterar o seu efeito anticoagulante.

O efeito do álcool é variável sobre Marcoumar.

Fenilbutazona e derivados de oxifenbutazona (anti-inflamatórios
usados principalmente para casos de artrite) não devem ser
administrados a pacientes que recebem Marcoumar.

Efeitos de Marcoumar sobre outras
substâncias

Marcoumar pode intensificar o efeito de sulfonilureias
(medicamentos usados para tratamento oral da diabetes) quando
usados em conjunto (havendo risco de hipoglicemia, ou seja, de
diminuição exagerada dos níveis de açúcar no sangue).

Efeitos da ingestão de Marcoumar com alimento e
bebida

A absorção de Marcoumar, assim com a eliminação da femprocumona,
é ligeiramente reduzida pela administração concomitante de
alimentos. A administração concomitante de alimentos ricos em
vitamina K pode reduzir as propriedades concomitantes de
Marcoumar.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Marcoumar

Devido à natureza da femprocumona, existe a possibilidade de
sangramento em diferentes órgãos e especialmente hemorragias com
risco para a vida, envolvendo o sistema nervoso central
e sistema gastrintestinal.

As reações adversas relatadas para Marcoumar estão listadas a
seguir, por classe de sistemas de órgãos e frequência.

Distúrbios do sangue e sistema linfático

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Anemia causada por hemorragia (sangramento).

Distúrbios endócrinos

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

  • Hemorragia na região do pâncreas;
  • Glândulas adrenais (localizadas sobre os rins).

Distúrbios do sistema nervoso

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hemorragia na medula espinhal (parte do sistema nervoso que se
localiza dentro da coluna vertebral) e no cérebro.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Síndrome compressiva do nervo femoral resultante de hemorragia
retroperitoneal (área onde esse nervo se encontra).

Distúrbios oculares

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hemorragia na retina (parte interna do olho que é responsável
pela formação das imagens).

Distúrbios cardíacos

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hemorragia na região do pericárdio (camada que envolve o
coração).

Distúrbios vasculares (das artérias e
veias)

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Hematomas (manchas roxas).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

“Síndrome dos dedos roxos” (doença que causa dor e queimação nos
“dedões” dos pés), acompanhada de alteração da coloração dos
mesmos.

Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Sangramento no nariz.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hemorragia na região da cavidade pleural (espaço interno da
camada que envolve o pulmão).

Distúrbios gastrintestinais

Reação muito comum (gt;0,1%)

Sangramento na gengiva.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Hemorragia na parede intestinal (quadro de abdome agudo
    associado ao anticoagulante);
  • Hemorragia gastrintestinal (sangramento no estômago ou nos
    intestinos);
  • Hemorragia retroperitoneal (sangramento atrás da cavidade
    abdominal).

Reações com frequência desconhecida

Distúrbios gastrintestinais, como náusea, redução do apetite,
vômito e diarreia.

Distúrbios hepatobiliares

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

  • Hepatite com ou sem icterícia (inflamação do fígado);
  • Icterícia (“amarelão”);
  • Insuficiência hepática (funcionamento inadequado do fígado) por
    vezes, com desfecho fatal.

Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Queda de cabelo.

Reação com frequência desconhecida

  • Necrose grave da pele (morte celular de um pedaço da
    pele);
  • Purpura fulminans (em alguns casos, com desfecho fatal ou em
    incapacidade permanente);
  • Dermatite alérgica (inflamação na pele por reação alérgica de
    contato);
  • Reações alérgicas na pele.

Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos
conectivos

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

  • Hemorragia nas articulações e / ou músculos;
  • Hemorragia muscular.

Reação com frequência desconhecida

Osteopenia (deficiência de cálcio nos ossos) e osteoporose
(forma de deficiência de cálcio nos ossos mais grave do que na
osteopenia) durante o uso prolongado de Marcoumar.

Distúrbios do sistema renal e urinário

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Hematúria (perda de sangue na urina).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Marcoumar

Amamentação

Em mulheres que estejam amamentando, o componente ativo de
Marcoumar passa para o leite materno. No entanto, a quantidade é
tão pequena que há pouco risco de reações adversas para o
recém-nascido. Porém, recomenda-se de forma preventiva, a
administração de vitamina K1 à criança.

Fertilidade

Não há informações disponíveis sobre os efeitos de
Marcoumar ou outros antagonistas da vitamina K na
fertilidade.

Idosos

Em pacientes idosos. a medicação anticoagulante deve ser
monitorada com cuidadosamente.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Marcoumar não apresenta efeitos conhecidos sobre a capacidade de
dirigir e operar máquinas.

Composição do Marcoumar

Apresentações

Comprimidos de 3 mg em caixa com um frasco de vidro âmbar que
contém 25 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido contém

Femprocumona 3 mg.

Excipientes:

 lactose monoidratada, amido, talco e estearato de
magnésio.

Superdosagem do Marcoumar

A superdose manifesta-se como tempo de protrombina acima da
janela terapêutica pretendida e, possivelmente, como
hemorragia.

Caso, durante o tratamento com Marcoumar, o valor de RNI estiver
acima do limite terapêutico superior, o seu médico poderá diminuir
a dose e verificar o valor de coagulação novamente após 2 dias.

A redução temporária da dose ou pular uma dose são geralmentes
suficientes em casos de superdose leve de Marcoumar com hemorragia
clinicamente insignificante (como hemorragia transitória do nariz,
micro hematúria, pequenos hematomas isolados). Nesses casos, não é
recomendado administrar fitomenadiona (vitamina K1), pois essa
medida impossibilita a anticoagulação eficaz durante vários
dias.

Um efeito tóxico capilar acompanhado por edema cerebral (aumento
de líquidos no cérebro que promove aumento da pressão
intracraniana) é o principal sinal de superdose observado em
humanos nas primeiras 24 horas após a ingestão de grandes doses de
Marcoumar. Posteriormente, o valor RNI aumenta e ocorre
hemorragia.

A inconsciência pode ser um sintoma de hemorragia cerebral e
requer atendimento médico emergencial.

Dependendo do grau, outros sintomas de superdose podem incluir:
surgimento de hematúria, pequenas manchas hemorrágicas nos locais
de tensão mecânica, hemorragias espontâneas nas mucosas e / ou
pele, sangue nas fezes e estados de confusão que podem causar
desmaios.

Antidoto

A vitamina K1 (fitomenadiona) é capaz de reverter a atividade
anticoagulante de Marcoumar dentro de 24 horas.

Na maioria dos casos, hemorragias leves podem ser controladas
com a suspensão do agente anticoagulante. Todavia, caso seja
necessário o tratamento da hemorragia, o seu médico saberá a
conduta mais indicada para controlar a situação.

Dependendo da gravidade do sangramento, podem ser utilizadas
medicações por via oral ou até mesmo por via intravenosa.

Medidas de emergência e apoio

Em situações de emergência de hemorragia grave (como suspeita de
hemorragia intracraniana, hemorragia gastrintestinal maciça,
cirurgias de emergência), onde não é possível esperar pelo início
do efeito total da vitamina K1, o seu médico poderá normalizar os
fatores de coagulação pela administração de derivados do
sangue.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve aembalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.

Interação Medicamentosa do Marcoumar

A femprocumona tem um intervalo terapêutico estreito e é
necessário cuidado com qualquer terapia concomitante. A informação
individual do produto deve ser consultada para orientação
específica sobre o ajuste da dose de novas terapias e femprocumona,
bem como o monitoramento terapêutico. Se nenhuma informação é
fornecida, deve ser considerada a possibilidade de ocorrer
interação.

Considerar aumento da monitorização ao iniciar qualquer nova
terapia, caso haja dúvida quanto à extensão da interação.

A femprocumona é metabolizada principalmente pelas isoenzimas
3A4 e 2C9 do citocromo CYP 450. Por esse motivo, o uso concomitante
com substratos, indutores ou inibidores das enzimas CYP2C9 e CYP3A4
pode influenciar o efeito de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento).

Efeitos de outras substâncias sobre Femprocumona
(substância ativa deste medicamento)

Substâncias que podem intensificar o efeito dos
anticoagulantes orais

Inibidores CYP2C9 e CYP3A4 ou substratos concorrentes podem
potencializar o efeito coagulante de Femprocumona (substância ativa
deste medicamento).

Exemplos de medicamentos que podem potencializar o
efeito anticoagulante

Alopurinol, amiodarona, esteroides anabolizantes, fibratos,
dissulfiram, anti-inflamatórios (salicilatos e alguns
anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores da COX-2),
tamoxifeno, tiroxina, glicosamina, antidepressivos tricíclicos,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina, estatinas (por
exemplo: sinvastatina), tramadol e alguns antimicrobianos (como a
amoxilina com ou sem ácido clavulânico), cotrimoxazol,
tetraciclinas (por exemplo: doxiciclina), várias cefalosporinas
(como ceftriaxona, cloranfenicol, aminoglicosídeos, cloxacilina,
diversas quinolonas (por exemplo: levofloxacina), sulfonamidas,
claritromicina, derivados da eritromicina, lincosamida (por
exemplo: clindamicina), imidazólicos (por exemplo: cetoconazol) e
derivados triazólicos.

Medicamentos comumente prescritos podem potencializar ou
antagonizar o efeito dos cumarínicos. Portanto, é importante o
monitoramento dos parâmetros da coagulação após o início ou
retirada de outras drogas em pacientes em uso de anticoagulantes
orais. No caso da utilização concomitante de salicilatos ou
antibióticos, são necessários controles mais frequentes dos
parâmetros de coagulação sanguínea.

A fruta toranja (também chamada de grapefruit ou
pomelo) interage com vários medicamentos, incluindo a femprocumona.
Ela inibe o CYP3A4 e pode levar a um aumento no risco de
sangramento.

Recomenda-se cuidado quando o paciente for tratado com
antagonistas da vitamina K, como a femprocumona, e também consumir
a fruta Goji in natura ou o seu suco. O uso
concomitante da fruta Goji in natura ou do suco de Goji
tem sido relacionados ao aumento da atividade anticoagulante da
Varfarina; o mecanismo dessa interação ainda não é claro e uma
interação também não pode ser excluída para a Femprocumona.

Outros anticoagulantes como a heparina, heparinas de baixo peso
molecular, e agentes antiplaquetários, como o clopidogrel, podem
intensificar o efeito de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento) e aumentar o risco de hemorragias em decorrência do
efeito anticoagulante adicional. Quando necessário o uso
concomitante, recomenda-se um monitoramento mais frequente do tempo
da protrombina /RNI, especialmente durante o início ou
descontinuação do tratamento com a femprocumona.

Alterações nos parâmetros de coagulação e/ou hemorragias têm
sido relatadas em pacientes sob tratamento com capecitabina
concomitantemente com anticoagulantes derivados cumarínicos como
varfarina e femprocumona. Esses eventos ocorrem em alguns dias a
até alguns meses após o início do tratamento com capecitabina e, em
alguns casos, em até um mês após a suspensão do tratamento com
capecitabina.

Substâncias que podem reduzir o efeito dos
anticoagulantes:

Indutores de CYP2C19 ou CYP3A4 podem reduzir o efeito
anticoagulante de Femprocumona (substância ativa deste medicamento)
como, por exemplo, barbitúricos, carbamazepina, colestiramina,
diuréticos, metformina, corticosteroides, rifampicina, vitamina
K.

Redução no efeito e concentração plasmática de derivados
cumarínicos orais foram relatadas durante o tratamento com erva de
São João (extrato de Hypericum perforatum). Isto pode ser
devido à indução das isoenzimas do citocromo P450. Em pacientes que
recebem anticoagulantes orais, o tempo de protrombina deve ser
monitorado, rigorosamente, do início ao fim do tratamento com a
erva de São João.

Substâncias com efeitos variáveis sobre Femprocumona
(substância ativa deste medicamento)

O efeito do álcool é variável sobre Femprocumona (substância
ativa deste medicamento).

Anticoncepcionais que contêm estrogênios e progesterona podem
aumentar a depuração de femprocumona sem alterar o seu efeito
anticoagulante.

Fenilbutazona e derivados de oxifenbutazona não devem ser
administrados em pacientes que recebem Femprocumona (substância
ativa deste medicamento).

Efeitos de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento) sobre outras substâncias

Femprocumona (substância ativa deste medicamento) pode
intensificar o efeito de sulfonilureias quando usados
concomitantemente (havendo risco de hipoglicemia).

Interação Alimentícia do Marcoumar

A taxa de absorção de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento), assim com o clearance da femprocumona, é ligeiramente
reduzida pela administração concomitante de alimentos. A relevância
clínica parece ser pequena. Contudo, a administração concomitante
de alimentos ricos em vitamina K pode reduzir as propriedades
concomitantes de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento).

Ação da Substância Marcoumar

Resultados de eficácia

Femprocumona (substância ativa deste medicamento) é eficaz na
anticoagulação pós-infarto agudo do miocárdio e 80% dos pacientes
encontram-se na faixa adequada de anticoagulação no início do
tratamento, mas o monitoramento dos parâmetros de coagulação deve
ser contínuo.

A anticoagulação com Femprocumona (substância ativa deste
medicamento) reduziu o risco de eventos cerebrovasculares e
reinfarto nos pacientes infartados.

Em um estudo multicêntrico placebo controlado, 946 pacientes
foram randomizados 30 a 42 dias após o infarto agudo para receber
placebo, ácido acetilsalicílico ou Femprocumona (substância ativa
deste medicamento) e acompanhados durante 2 anos. Considerando os
pacientes do sexo masculino, o ácido acetilsalicílico reduziu em
56,4% as mortes por evento coronário quando comparado ao placebo e
Femprocumona (substância ativa deste medicamento), reduziu em
55,6%. Entretanto, eventos coronarianos como um todo (morte
coronária, infarto recorrente e não fatal) foram menos frequentes
no grupo do ácido acetilsalicílico.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Femprocumona (substância ativa) inibe a coagulação sanguínea de
forma específica, antagonizando a vitamina K nos sistemas
enzimáticos que atuam no fígado durante a formação de vários
fatores de coagulação (fator II = protrombina, fatores VII, IX e X)
e proteínas anticoagulantes C e S a partir de precursores inativos
dessas proteínas. Femprocumona (substância ativa deste medicamento)
pode ser considerado um antagonista da vitamina K.

Os fatores de coagulação já formados não são comprometidos por
Femprocumona (substância ativa deste medicamento). O efeito
anticoagulante de Femprocumona (substância ativa deste
medicamento), diferentemente da heparina, não é imediato. Este
efeito não é observado in vitro. O início de ação ocorre após um a
dois dias, e a eficácia plena é observada após quatro a seis dias
de tratamento. O aumento da dose de Femprocumona (substância ativa
deste medicamento) não reduz este tempo de latência.

A ação de Femprocumona (substância ativa deste medicamento)
sobre a coagulação é controlada através da determinação do tempo de
protrombina ou com métodos derivados desta determinação. Os tempos
de coagulação obtidos podem ser convertidos em valores de Quick,
taxas de protrombina ou, de preferência, em valores RNI (Razão
Normalizada Internacional).

Femprocumona (substância ativa deste medicamento) é
caracterizado por uma ação prolongada e regular que desaparece
progressivamente quando suspenso. Devido à ação específica,
exercida exclusivamente sobre os sistemas enzimáticos dependentes
da vitamina K, Femprocumona (substância ativa deste medicamento)
não apresenta efeitos tóxicos sobre o fígado.

Por essa razão, este produto está particularmente indicado nos
tratamentos de longa duração (meses ou anos).

Kanakion MM (fitomenadiona), produzido à base de vitamina
K1, é usado para anular o efeito anticoagulante de
Femprocumona (substância ativa deste medicamento).

Farmacocinética

Absorção

Femprocumona, princípio ativo de Femprocumona (substância ativa
deste medicamento), é rapidamente absorvida pelo trato
gastrintestinal.

Distribuição

Uma pequena fração constante de femprocumona sanguínea
encontra-se livre, sua forma farmacologicamente ativa. Cerca de 99%
da femprocumona está ligada às proteínas plasmáticas,
principalmente albumina, o que lhe confere uma função de depósito.
Devido à permanência prolongada da femprocumona ligada às proteínas
plasmáticas no organismo, o estado de equilíbrio só é alcançado
alguns dias depois da modificação da dose de manutenção.

Metabolismo

Femprocumona é metabolizada principalmente pelas isoenzimas 2C9
e 3A4 do citocromo CYP450. A femprocumona livre é hidroxilada no
fígado, produzindo metabólitos praticamente inativos.

Eliminação

Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 160 horas e seus
metabólitos são eliminados por via renal.

Farmacocinética em Situações Especiais

A insuficiência hepática não tem efeito significativo na
clearance de femprocumona.

A insuficiência renal não exerce influência significativa sobre
sua meia-vida de eliminação.

A eficácia de Femprocumona (substância ativa deste medicamento)
pode ser reduzida por indução metabólica (por barbitúricos, por
exemplo) ou aumentada devido à liberação do sítio de ligação
proteica (por anti-inflamatórios, por exemplo).

Cuidados de Armazenamento do Marcoumar

Marcoumar deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°
e 30 °C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Marcoumar comprimidos apresenta formato cilíndrico e
biplanar.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Marcoumar

Reg. MS-1.0100.0052

Farm. Resp.:

Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ nº 6942

Fabricado por

Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020
CEP 22775-109
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Indústria Brasileira

Distribuído por:

Meda Pharma Importação e Exportação de Produtos Farmacêuticos
Ltda.
São Paulo – SP

Serviço Gratuito de Informações

0800 7720 289

Marcoumar, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.