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Dipirona Sódica Cloridrato de Adifenina Cloridrato de
Prometazina Prati Donaduzzi

Contraindicação do Dipirona Sódica + Cloridrato de
Adifenina + Cloridrato de Prometazina –
Prati-Donaduzzi

Contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a
qualquer componente da fórmula do produto.

Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes que
apresentam problemas renais, hipertensão arterial, doenças
cardíacas e nos vasos sanguíneos, no fígado e alterações
específicas do sangue tais como agranulocitopenia e a deficiência
genética da glicose-6-fosfodeidrogenase.

Pacientes com presença de úlcera gastroduodenal não devem fazer
uso deste medicamento.

Também está contraindicado nos caso de hipersensibilidade aos
derivados pirazolônicos (como fenilbutazona) ou ao ácido
acetilsalicílico, particularmente, naqueles pacientes nos quais o
ácido acetilsalicílico precipita crises de asma, urticária ou
rinite aguda; história de agranulocitose independente da origem;
deficiência de G-6-PD (risco de hemólise); porfiria.

Durante a gestação e aleitamento:

É desaconselhável o seu uso durante a gravidez devido aos riscos
de efeitos sobre o sistema cardiovascular fetal, principalmente no
terceiro trimestre de gravidez e durante a lactação.

Perguntar à paciente se está amamentando.

No período de amamentação, só utilize medicamentos com o
conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns
medicamentos, inclusive este, são excretados no leite materno,
podendo causar reações indesejáveis para o bebê.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Dipirona + Cloridrato de Prometazina + Cloridrato de
Adifenina (substância ativa) solução oral: Este medicamento é
contraindicado para menores de 2 anos.

Como usar o Dipirona Sódica + Cloridrato de Adifenina +
Cloridrato de Prometazina – Prati-Donaduzzi

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 2 anos.

Posologia

Solução Gotas

Dose média para adultos:

33 a 66 gotas, a intervalos mínimos de 6 horas. Doses maiores, a
critério médico.

Dose máxima diária recomendada:

264 gotas/dia.

Dose média para crianças acima de 2 anos de
idade:

9 a 18 gotas, a intervalos mínimos de 6 horas.

Doses maiores a critério médico.

Dose máxima diária recomendada:

70 gotas/dia.

Comprimido

Uso oral.

Uso adulto e pediatrico acima de 12 anos.

Crianças acima de 12 anos de idade:

Tomar 1 comprimido, em intervalos mínimos de 6 horas, com um
pouco de água e sem mastigar, sempre a critério médio.

Dose recomendada:

Tomar 1 a 2 comprimidos, em intervalos mínimos de 6 horas, com
um pouco de água e sem mastigar.

Dose máxima diária recomendada:

8 comprimidos/dia de Dipirona + Cloridrato De Prometazina +
Cloridrato De Adifenina (substância ativa).

Solução injetável

Uso intramuscular.

Uso adulto.

Dose Media:

½ a 1 ampola por via intramuscular, a intervalos mínimos de 6
horas. Doses maiores ou mais próximas devem ser cuidadosamente
controladas pelo médico.

Por conter a substância cloridrato de prometazina, a injeção
intramuscular deste medicamento deve ser profunda, sempre uma
solução de 25 ou 50mg/mL. A dose usual parenteral para todas as
indicações, além de náuseas e vômitos é de 25 até 50mg. Uma dose
não deve exceder l00mg. Doses de 12,5 até 25mg repetidas num
intervalo não menor do que 4 horas, são adequadas para o tratamento
de náuseas e vômitos, embora não mais do que l00mg devam ser
usualmente utilizados em um período de 24 horas.

Dipirona + Cloridrato De Prometazina + Cloridrato De Adifenina
(substância ativa) solução injetável deve ser aplicado lentamente e
não devem ser misturados outros medicamentos na mesma
seringa.

Dipirona + Cloridrato de Prometazina + Cloridrato de Adifenina
(substância ativa) não deve ser administrado em altas doses, ou por
períodos prolongados, sem controle médico.

Este medicamento não é de uso contínuo. Se após 3 dias de uso,
persistirem os sintomas de febre e dores, deve ser procurado
orientação médica. Longos períodos de uso deste medicamento,
somente através de orientação médica.

Precauções do Dipirona Sódica + Cloridrato de Adifenina
+ Cloridrato de Prometazina – Prati-Donaduzzi

Em tratamentos prolongados, recomenda- se o controle periódico
do quadro laboratorial hematológico. A dipirona pode inibir a
função plaquetária e prolongar o tempo de sangramento, sendo este
efeito reversível. Assim, deve-se ter cautela em pacientes
portadores de doenças intrínsecas da coagulação ou em uso de
anticoagulantes.

Agranulocitose:

induzida pela dipirona, é um evento raro de origem
imunoalérgica, com duração de no mínimo uma semana. Esta reação é
muito rara, mas pode ser fatal. A agranulocitose não é dose
dependente e pode ocorrer a qualquer momento durante o
tratamento.

Os pacientes devem ser alertados para suspender a medicação e
consultar imediatamente seu médico caso apareça algum dos seguintes
sinais ou sintomas que podem estar relacionados com a neutropenia:
febre, calafrios, inflamação da garganta, ulcerações na cavidade
oral. No caso ele neutropenia (lt; 1.500 neutrófilos/mm3) o
tratamento deve ser descontinuado e o hemograma realizado
prontamente, para controlar e monitorar o quadro até o retomo à
normalidade.

Choque anafilático:

esta reação ocorre principalmente em indivíduos sensíveis.
Portanto, a dipirona deve ser prescrita com cuidado a pacientes
asmáticos ou atópicos.

Em pacientes com insuficiência renal grave, a posologia deve ser
diminuída. A administração de dipirona nos casos de amigdalite ou
outras afecções do bucofaringe merece cuidado especial, pois as
alterações pré-existentes podem mascarar os sintomas iniciais da
angina agranulocítica.

Utilizar a dipirona com cuidado em hipotensos ou pacientes com
instabilidade circulatória. A dipirona eleve ser usada com cautela
em pacientes com asma pré-existente.

Em pacientes com insuficiência renal ou hepática,
desaconselha-se o uso de altas doses de dipirona sódica, visto que
a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Os pacientes com
insuficiência cardíaca, usuários de diuréticos e idosos possuem
maior risco ele toxicidade renal. O uso do medicamento nestes
pacientes deve ser cauteloso e os pacientes monitorados
adequadamente.

A prometazina é um anti-histamínico, ou seja, um antialérgico
que deve ser utilizado com cuidado.

A segurança do uso em crianças menores de 2 anos de idade não
está estabelecida. Embora não esteja confirmado, a ingestão
concomitante da prometazina com sedativos fenotizínicos pode
provocar a Síndrome da morte súbita infantil, por isso este
medicamento não deve ser utilizado neste grupo de pacientes.

Pessoas portadoras de epilepsia devem tomar este medicamento com
cuidado, devido ao possível aumento da potência dos medicamentos
para epilepsia provocada pela prometazina.

Durante a gestação e aleitamento.

É desaconselhável o seu uso durante a gravidez devido aos riscos
de efeitos sobre o sistema cardiovascular fetal, principalmente no
terceiro trimestre de gravidez e durante a lactação.
Perguntar à paciente se está amamentando.

A amamentação deve ser evitada durante e até 48 horas após o uso
deste medicamento devido a possível excreção pelo leite
materno.

Gravidez – Categoria de risco C:

Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres
grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não
existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.

Este medicamento é absolutamente contraindicado nos três
primeiros meses de gravidez e após esse período, só deve ser
empregado nos casos de absoluta necessidade e sob orientação
médica.

Durante o período de aleitamento materno ou doação de leite
humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou
cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados
no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.

É desaconselhável o seu uso durante a gravidez devido aos riscos
de efeitos sobre o sistema cardiovascular fetal (fechamento do
Ductus arteriosus), principalmente no terceiro trimestre de
gravidez e durante a lactação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Durante o tratamento, recomenda-se evitar a ingestão de bebidas
alcoólicas. A ação irritante do álcool no estômago é aumentada
quando é ingerido com este medicamento, podendo aumentar o risco de
úlcera e sangramento. Pacientes com intolerância ao álcool, ou
seja, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de
certas bebidas alcoólicas, apresentando sintomas como espirros,
lacrimejamento e rubor pronunciado da face, demonstram que podem
ser portadores de síndrome de asma analgésica prévia não
diagnosticada.

Durante o tratamento com este medicamento, por conter dipirona
sódica, pode-se observar uma coloração avermelhada na urina, devido
à excreção do metabólito rubazônico, porém, isto não tem nenhuma
implicação clínica ou toxicológica.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Reações Adversas do Dipirona Sódica + Cloridrato de
Adifenina + Cloridrato de Prometazina –
Prati-Donaduzzi

Reações Comuns

Reações cutâneas:

Prurido na pele ou erupções.

Queda da pressão arterial.

Outras:

Algumas vezes a urina com pH ácido pode apresentar coloração
avermelhada. Este fato pode ser decorrente da presença do ácido
rubazônico, metabólito presente em baixa concentração, fato sem
significado clínico ou toxicológico. Perda de apetite, náuseas,
desconforto epigástrico e constipação ou diarreia, secura na boca,
vias respiratórias (às vezes induzindo a tosse), retenção e
frequência urinária, disúria, pirose, febre, vermelhidão cutânea,
glaucoma, paralisia da pupila do globo ocular, dores de cabeça,
pele seca.

Reações de sonolência e dificuldades
motoras:

O efeito mais frequente dos antagonistas H1 de primeira geração
(prometazina) é a sedação. Embora a sedação possa ser um adjuvante
desejável no tratamento de alguns pacientes, ela pode interferir
nas atividades diurnas. A ingestão concomitante com álcool
compromete as habilidades motoras. Outras ações adversas centrais
incluem tontura, tinido, cansaço, falta de coordenação, fadiga,
visão borrada, diplopia, euforia, nervosismo, insônia e
tremores.

Reações Raras

Reações alérgicas:

Choque anafilático.

Reações gástricas:

Náuseas, vômitos, diarreia. Dor de garganta, inflamação da boca,
dificuldades de engolir, mal estar e calafrios.

Asma:

Têm sido reportados casos de crise asmática, particularmente em
pacientes com intolerância ao ácido acetilsalicílico.

Reações Muito Raras

Efeitos colaterais renais:

Insuficiência renal aguda, nefropatia.

Reações hematológicas:

Agranulocitose; anemia e trombocitopenia.

Riscos do Dipirona Sódica + Cloridrato de Adifenina + Cloridrato
de Prometazina – Prati-Donaduzzi

Não use este medicamento durante a gravidez e em
crianças menores de três meses de idade.

Interação Medicamentosa do Dipirona Sódica + Cloridrato
de Adifenina + Cloridrato de Prometazina –
Prati-Donaduzzi

Dipirona aumenta a ação de:

Anti-inflamatórios não hormonais:

Quando associados a medicamentos com efeito potencial
significativo de redução da protrombina, número e função
plaquetária, têm efeito aditivo sobre tais medicamentos, levando à
redução do tempo de coagulação e/ou risco de sangramento, como por
exemplo, o naproxeno, cetoprofeno, ibuprofeno, piroxicam,
tenoxicam, meloxicam, diclofenaco, aceclofenaco, sulindac,
nimesulida, fentiazac.

Anticoagulantes orais:

Aumenta a atividade dos anticoagulantes orais como os
cumarínicos (varfarina e a fenindiona) podendo acentuar o efeito da
dipirona sobre a mucosa gástrica.

Hipoglicemiantes orais:

A atividade hipoglicemiante das sulfonilureias (glimepirida) é
aumentada.

Clorpromazina:

Provocam o aumento elas reações adversas da clorpromazina, um
antipsicótico, apresentando como principal efeito da interação a
hipotermia, visão turva ou qualquer alteração na visão, movimentos
de torção do corpo por efeitos extrapiramidais distônicos,
hipotensão arterial, obstipação, enjoos, sonolência, secura na boca
e congestão nasal.

Dipirona diminui a ação de:

Ciclosporina:

A dipirona sódica pode causar redução dos níveis plasmáticos de
ciclosporina. Deve-se, portanto, realizar um monitoramento das
concentrações de ciclosporina quando da administração concomitante
de dipirona sódica.

Prometazina pode aumentar a ação de:

  • Metadona.
  • Clonidina.

Tranquilizantes ou Barbitúricos:

Tais como o Fenobarbita1, etc. Pode ocorrer a
potencialização da atividade sedativa.

Analgésicos narcóticos:

Morfina, codeína, hidroxicodona, fentanil e tramadol.

Antitussígenos:

Codeína.

Hipnóticos:

Clordiazepóxido, diazepam, clonazepam e outros.

Antidepressivos tricíclicos: 

Lítio.

Prometazina pode aumentar as reações indesejáveis
de:

Disopiramida.

Antidepressivos imipramínicos: 

Lítio.

Antiparkinsonianos:

Levodopa, seleginina, triexifenidil.

Anticolinérgicos:

Biperideno, benzidamina, diciclomina, hyoscyamus niger
(meimendro) belladona.

Neurolépticos fenotiazínicos:

Maleato de levomepromazina.

Adifenina:

Não são conhecidas reações de interação medicamentosa com a
adifenina. Por ter ações similares às da atropina, pode-se ter um
aumento das reações indesejáveis quando este é associado a
anticolinérgicos tais como a benzidamina, diciclomina, meimendro e
a belladona.

Ação da Substância Dipirona Sódica + Cloridrato de Adifenina +
Cloridrato de Prometazina – Prati-Donaduzzi

Resultados de eficácia

A associação das três substâncias – dipirona, cloridrato de
prometazina e cloridrato de adifenina – justifica-se, pois, ao lado
da ação analgésica, antiespasmódica e antipirética da dipirona,
destacam-se as ações de relaxante da musculatura lisa da adifenina,
que reforça a ação antiespasmódica da dipirona e as ações sedativa,
colinérgica, antiemética e anti-histamínica da prometazina, A
associação destas drogas permite uma potencialização dos efeitos,
observando-se resposta rápida.

O uso da dipirona na dor severa foi documentado em volumosa
quantidade de estudos clínicos, existindo consenso geral de que a
dipirona pode frequentemente substituir a morfina, sendo às vezes,
até mesmo superior aos opiáceos. Sua eficácia analgésica vem sendo
confirmada pelo seu amplo uso clínico por mais de 60 anos no
tratamento da dor de intensidade moderada ou severa, no
pósoperatório, na cólica renal, biliar e no pós-parto.

Um estudo clínico foi realizado com a associação Dipirona +
Cloridrato de Prometazina + Cloridrato de Adifenina (substância
ativa) via oral na síndrome complexa dolorosa regional do membro
inferior tratada com bloqueio venoso regional com clonidina +
lidocaína. A clonidina por via venosa regional foi eficaz para o
tratamento da síndrome complexa dolorosa regional (SCDR) em membro
inferior. Em adição, foi recentemente publicado que na SCDR existe
uma resposta inflamatória local exagerada, secundária à lesão
tissular.

Este estudo visou avaliar a eficácia da associação da dipirona
(analgesia/ bloqueio direto de receptores da PGE2 na hiperalgesia
inflamatória) + adifenina (antiespasmódica) + prometazina (sedação)
por via Xoral com a clonidina/ lidocaína via locorregional em
pacientes portadores de SCDR em membro inferior. Participaram do
estudo 20 pacientes com (SCDR) em membro inferior de forma
prospectiva, duplamente encoberta e aleatória, divididos em dois
grupos de 10 pacientes cada. O grupo controle (GC) recebeu 30µg de
clonidina + 1mg/kg de lidocaína + salina para volume final 20mL por
via locorregional. O grupo de estudo (GE) recebeu por via oral, de
6 em 6 horas por dia, durante l semana, 01 dose (dipirona 500mg +
adifenina 10mg + prometazina 5mg) em adição ao bloqueio semelhante
ao do GC. Os bloqueios foram realizados semanalmente, por três
semanas consecutivas. Foi avaliada analgesia pela escala analógica
numérica de dor (VAS) e consumo de analgésico de resgate. Plt;0,05
foi considerado significativo.

Como resultado, apenas o GE apresentou menor consumo diário de
cetoprofeno 7, como analgésico de resgate e 14 dias após a
realização do primeiro procedimento. A comparação entre os grupos
demonstrou que o GE apresentou menor consumo analgésico de
cetoprofeno no sétimo dia de avaliação, comparado com o GC, o que
permaneceu até o final do período do estudo (plt;0,05). Com base
nos resultados, conclui-se que a administração oral da associação
dipirona + adifenina+ prometazina foi eficaz no controle da dor em
SCDR de membro inferior após a primeira aplicação, indicando que
quando foi feita a opção da realização de apenas 3 bloqueios
semanais, a associação acima é indicada.

A morfina é a droga de escolha para pacientes com dor crônica de
origem oncológica, porém o seu uso crônico e doses crescentes estão
relacionados com o surgimento de efeitos colaterais. Um estudo foi
realizado com a associação (Dipirona + Cloridrato de Prometazina +
Cloridrato de Adifenina (substância ativa)) em 20 pacientes com dor
crônica de origem neoplásica em uso de morfina. O objetivo deste
estudo foi avaliar se a administração por via oral da associação
dipirona (analgesia e anti-inflamatória através do bloqueio direto
de receptores da PGE2 na hiperalgesia inflamatória) + adifenina
(antiespasmódica) + prometazina (sedação) em pacientes de dor
crônica de origem oncológica em uso de morfina seria capaz
de proporcionar uma melhor qualidade da analgesia e a redução
da dose empregada de opioide.

A dose mínima usada de morfina foi de 60mg/dia , durante 1
semana em pacientes avaliados em uma Clínica de Dor do HC-FMRP-USP.
Os pacientes receberam por via oral, no período de 6h em 6 horas, 1
dose da associação (dipirona 500mg + adifenina 10mg + prometazina
5mg) diária pelo período de 1 semana, mantendo uso da morfina por
via oral na dose necessária e requerida pelo paciente; a dose da
morfina, assim como o valor do VAS (Escala Analógica Visual) para a
quantificação da intensidade da dor, foram analisados no início e
no final do período. No início do período, a dose diária média de
morfina foi de x= 73,5mg/dia (dose máx. 120mg/dia e mínima
60mg/dia).

Ao final do período, 7 pacientes estavam em uso da mesma dose
inicial de morfina (6 com dose de 60mg/dia e 1 com dose de
90mg/dia); porém 13 pacientes apresentaram redução da dose inicial,
com dose média final de X=50,5mg/dia (dose máxima de 90mg/dia e
mín. 20mg/dia). Quanto ao valor de VAS, todos os pacientes
apresentaram quedas dos valores iniciais; o valor medido inicial
foi de X=8,85 (máx. 10 e mín. 6), sendo que o valor médio final foi
de x=3,45 (máx. 8 e mín. 0), onde 05 desses com valor em torno de
VAS=3 e apenas 02 pacientes referiram pouca melhora da dor (com
valores de VAS reduzidos de 10p/ e de 09 p08), porém com redução da
dose de morfina. Com base nos resultados conclui-se que a
administração conjunta da associação Dipirona + Cloridrato de
Prometazina + Cloridrato de Adifenina (substância ativa) por 1
semana em pacientes sofrendo de dor crônica de origem neoplásica em
uso de morfina, resultou em melhora da eficácia analgésica, com
possibilidade de redução da dose deopioide.

Características Farmacológicas

Dipirona

A dipirona ou metamizol é um analgésico bastante eficaz sendo
utilizado em praticamente todo o espectro de queixas
dolorosas. Além de seu efeito analgésico apresenta efeito
antipirético, antiespasmódico e anti-inflamatório devido à sua ação
inibitória sobre a COX-2. Apresenta índice terapêutico bastante
alto que parcialmente explica a ocorrência rara de quadros de
intoxicação por superdose ou efeitos indesejáveis
dose-dependente.

Seus efeitos antipirético e analgésico são devidos à ação
periférica e central sendo seu efeito antiinflamatório relacionado
à inibição da COX-2.

Indicação terapêutica

A dipirona proporciona ação analgésica, antiespasmódica,
anti-inflamatória e antipirética.

Vários métodos em diversas espécies animais foram usados para
demonstrar o efeito analgésico da dipirona. Em um modelo, por
exemplo, foram comparados os efeitos analgésicos de
diversas substâncias sobre a dor provocada por estímulo
elétrico na polpa dental de cães. Todas as drogas foram
administradas por via subcutânea. A dipirona foi o analgésico mais
eficaz. Em outro modelo foram usados coelhos. O estímulo
elétrico foi aplicado na polpa dental dos dentes, dos
dentes anteriores.

Neste estudo somente a dose mais elevada da dipirona igualou-se
à da antipirina. Usando estímulo elétrico na base da cauda de
ratos como modelo de dor, o efeito analgésico da dipirona
foi comparável ao obtido por narcóticos. Outros estudos
revelaram resultados semelhantes em camundongos, confirmando a
eficaz ação analgésica da dipirona.

Nestes estudos demonstrando-se que a dose eficaz média (DE-50)
da dipirona foi de 267,5mg/Kg que relacionada com a dose
letal média (DL-50), revelou índice terapêutico de 9,1 (DE-50/
DL-50). A Dose letal média da dipirona foi de 49mg/Kg (39 –
61mg/Kg), sendo muito menos tóxica que de outros analgésicos usados
na comparação (aminopirina, antipirina e isopropil
antipirina)

O efeito espasmolítico da dipirona foi observado in vitro
utilizando-se cólon de cavalos e útero de coelhos e cobaias.
Em alguns estudos, a dipirona demonstrou efeito bronqueolítico. Em
todos os estudos a Dipirona foi de 10 a 20 vezes menos tóxica
que as drogas de comparação (aminopirina e fenilbutazona). A
atividade anti-inflamatória da dipirona foi bastante investigada.
Dose oral de 750mg/kg inibiu o edema da pata do rato produzido
por formalina, dextram, serotonina e clara de ovo. A dose
eficaz média para a inibição do edema provocado por Kaolin foi de
400mg/Kg com índice terapêutico similar ao dos
anti-inflamatórios não hormonais utilizados (salicilato de
sódio, fenilbutazona e aminopirina).

Outros estudos confirmaram os efeitos anti-inflamatórios da
dipirona, tendo também sido observada ação inibitória sobre a
permeabilidade capilar do vaso sanguíneo. O efeito
antipirético da dipirona foi demonstrado em diversos modelos de
experimentação animal, variando a dose eficaz de acordo com as
condições do teste; coelhos; 300mg/kg; ratos (via oral), 20
e 40mg/kg; coelhos, retomo da temperatura aos níveis normais
após 2 horas.

Prometazina

A prometazina possui efeitos anti-histamínico, sedativo,
antiemético e anticolinérgico. Como um antihistamínico, atua por
antagonismo competitivo, mas não bloqueia a liberação de histamina.
A prometazina antagoniza em vários graus, mas não em todos, os
efeitos farmacológicos da histamina.

A prometazina é um agente bloqueador dos receptores Hl. Em
adição à ação anti-histamínica, comprovou ser clinicamente útil
como sedativo e antiemético. Na dose terapêutica, a prometazina não
produz efeitos significativos no sistema cardiovascular. A
prometazina é bem absorvida pelo trato gastrintestinal. Os efeitos
clínicos são aparentes em 20 minutos após administração oral e
geralmente durante de 4 a 6 horas. A prometazina é metabolizada
pelo fígado em vários compostos; os sulfóxidos d e prometazina e
N-dimetilprometazina são os metabólitos predominantes aparecendo na
urina.

Indicação terapêutica

As indicações terapêuticas da prometazina são as ações
anti-histamínicas preventivas em alergias, controle de náuseas e
vômitos, controle da profilaxia da cinetose, controle na dor pelo
efeito de sedação quando em associação com meperidina, dipirona ou
outros analgésicos. No pré e pós-operatório e sedação
obstétrica.

Na terapia adjunta com outros analgésicos para controle da dor
pós-operatória.

Adifenina

A adifenina tem como propriedades farmacológicas os efeitos
antiespasmódico e parassimpatolítico. A adifenina foi reivindicada
por ter efeitos periféricos fracos similares àqueles da atropina
junto com uma ação antiespasmódica direta e uma ação anestésica
local e é usada para o alívio de espasmos viscerais. Sua ação
relaxante da musculatura lisa se deve a um mecanismo competitivo
antagonista não específico da acetilcolina pelo receptor de
atropina e sua ação na musculatura lisa intestinal é explicada por
um efeito anestésico local, o qual interrompe os reflexos locais
regulando, assim o tônus e a motilidade intestinais.

Em doses terapêuticas, a ação no tubo digestivo não compromete
os mecanismos secretórios do intestino.

Indicação terapêutica

Entre as indicações terapêuticas da adifenina estão a disfagia
espástica, os espasmos gastrintestinais, a gastrite, a úlcera
gástrica, a úlcera duodenal, a colite espasmódica, a cólica
hepática, a discinesia biliar e a cólica nefrótica.

Farmacocinética e Metabolismo

Dipirona

Estudos farmacocinéticos revelam que sua meia-vida é de 6, 8
horas sendo sua eliminação por via renal. Cerca de 90% da dose oral
tem absorção gastrintestinal sob forma inalterada e sob forma de
seus metabólitos 4-aminoantipirina. A concentração plasmática
máxima ocorre em 60 a 90 minutos. Sua distribuição é feita em todo
o organismo. Seu metabolismo é hepático. Sua tolerabilidade é muito
boa.

A dipirona foi administrada a ratos e cães por via intravenosa,
oral e retal. Após administração intravenosa de doses de 50mg/Kg de
dipirona C, a radioatividade desapareceu muito rapidamente do
sangue. Após cinco minutos da administração, o teor sanguíneo era
de apenas 7% (ratos) e 13% (cães).

A absorção oral em ratos e cães foi rápida, uniforme e
virtualmente completa após administração de 50mg/kg de dipirona C,
A radioatividade desapareceu muito rapidamente do sangue. Após 5
minutos da administração, os níveis sanguíneos foram de 60% a 80%
da concentração máxima. Supositórios contendo 1000mg de dipirona
foram administrados por via retal a cães. A absorção da droga foi
mais lenta e menos uniforme do que o observado com a via oral.
Apesar da dose ser mais elevada a concentração máxima plasmática
foi a metade da obtida por via oral.

No período de 2 a 8 horas após a administração os níveis
sanguíneos mantiveram em platô. Após este período, a concentração
caiu de modo similar à administração oral e intravenosa. As
comparações das AUCs para as três vias demonstraram que a absorção
retal foi 50 a 60% menor que a oral. A meia-vida de eliminação do
sangue foi de 3 horas para o rato e de 5 horas para o cão. Com um a
dois dias após a dose, a concentração caiu 1% a 3% da concentração
máxima. Numa subsequente fase de eliminação lenta, a concentração
caiu com uma meia-vida de 10 dias para o rato e 4 dias para o cão.
Cerca de 90% da dose foi eliminada pela urina.

No momento em que se atingiu a concentração máxima plasmática, a
distribuição da radioatividade nos órgãos e tecidos foi muito
semelhante no rato e no cão. Assim, nos órgãos de excreção, a
excreção foi de apenas 20 a 60% menos do que no plasma. Em outros
tecidos a concentração foi até de 50% mais baixa do que no
plasma. Como a eliminação é rápida, as concentrações em órgãos e
tecidos foram mínimas 1 semana após a administração. Níveis
mensuráveis só foram detectados no fígado de cães, numa
concentração de 2,4µg/g correspondente a 0,2% da radioatividade
administrada.

Em ratos, 70% da dipirona administrada excretada pelos rins,
consiste de 4-N- acetilaminoantipirina, 4-metilaminoantipirina e
4-aminoantipirina. A estrutura de outros metabólitos não foi
identificada. Após a administração oral de dipirona, o principal
metabólito identificado foi o 4-Nacetilaminoantipirina; após a
administração intravenosa foi detectado o 4-aminoantipirina. O
metabólito acetilado não foi encontrado no cão e os outros
metabólitos ocorreram em menor quantidade. Entre 50 e 70% da
radioatividade excretada por via renal permaneceram na origem do
cromatograma de camada fina. Após incubação desta porção com
beta-glicouronidase, o metabólito mais importante foi a
4-hidroxiantipirina. Metabólitos como antipirilureia, ácido
rubazônico e ácido metil-rubazônico identificados anteriormente,
não foram identificados no rato e cão.

Prometazina

A prometazina é bem absorvida por via oral ou intramuscular. O
pico das concentrações plasmáticas é atingido cerca de 2 a 3 horas
após a administração. Embora a biodisponibilidade por via oral seja
menor que a sistêmica. Ela atravessa a barreira placentária e
hematoencefálica e há a excreção pelo leite materno. A ligação às
proteínas plasmáticas chega a ser de 76 a 96% no sangue. A
prometazina é metabolizada por sulfóxido de prometazina e também
para N-desmethylpromethazina. É excretada pela urina e pela bile,
assim como os seus metabólitos. A meia-vida da prometazina é de 5 a
14 horas conforme têm sido reportado.

Difenina

A adifenina possui efeitos periféricos similares aos da atropina
junto com uma ação antiespasmódica direta e uma ação anestésica
local e é usada para o alívio de espasmos viscerais. Sua ação
relaxante da musculatura lisa se deve a um mecanismo competitivo
antagonista não específico da acetilcolina pelo receptor de
atropina e sua ação na musculatura lisa intestinal é explicada por
um efeito anestésico local, o qual interrompe os reflexos locais
regulando, assim o tônus e a motilidade intestinais.

Dipirona-Sodica-Cloridrato-De-Adifenina-Cloridrato-De-Prometazina-Prati-Donaduzzi, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.