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Biconcor

Como o Biconcor funciona?

Biconcor consiste na associação de bisoprolol e
hidroclorotiazida. O bisoprolol pertence a um grupo de medicamentos
chamados betabloqueadores, sendo usado para baixar a pressão
sanguínea. A hidroclorotiazida é um diurético (substância que
estimula a eliminação de urina) que ajuda a baixar a pressão
sanguínea, uma vez que aumenta a quantidade de sal e água que se
perde na urina.

Contraindicação do Biconcor

Você não deve tomar Biconcor nas seguintes
situações:

  • Hipersensibilidade (alergia) ao bisoprolol, à
    hidroclorotiazida, a outras tiazidas, a sulfonamidas ou a
    qualquer outro componente da fórmula;
  • Insuficiência cardíaca aguda ou durante episódios de
    insuficiência cardíaca descompensada que requeiram tratamento
    intravenoso com medicamentos que aumentem a força de contração do
    coração;
  • Choque cardiogênico (condição cardíaca aguda grave que provoca
    queda da pressão e insuficiência circulatória);
  • Determinadas doenças cardíacas que provocam ritmo cardíaco
    muito lento ou batimentos cardíacos irregulares: bloqueio
    atrioventricular de segundo e terceiro graus (sem-marca passo),
    síndrome do nó sinusal, bloqueio sinoatrial;
  • Bradicardia sintomática (ritmo cardíaco lento, causando
    desconforto);
  • Asma brônquica grave;
  • Problemas graves da circulação sanguínea nos membros (tal como
    Síndrome de Raynaud), que pode fazer com que os dedos das mãos
    e dos pés fiquem dormentes, pálidos ou azuis;
  • Feomocromitoma não tratado (tumor raro da glândula
    suprarrenal);
  • Acidose metabólica, que é uma condição na qual o sangue está
    muito ácido, resultante de doenças graves;
  • Problemas graves do fígado ou rins;
  • Hipopotassemia refratária (concentração baixa de potássio no
    sangue, não respondendo a tratamento).

Este medicamento é contraindicado para uso em crianças
de qualquer idade.

Como usar o Biconcor

Tome o comprimido com um pouco de líquido de manhã, com ou sem
alimentos. O tratamento com Biconcor é habitualmente de longa
duração. Caso o tratamento com Biconcor tenha que ser interrompido,
o seu médico irá recomendar reduzir a dose gradualmente, uma vez
que, de outro modo, a sua doença poderá se agravar.

A dose inicial usual é de um comprimido de Biconcor 2,5/6,25 mg
uma vez ao dia. Se o efeito anti-hipertensivo for insuficiente,
pode-se aumentar a dose para um comprimido de Biconcor 5/6,25 mg ao
dia, ou ainda, para um comprimido de Biconcor 10/6,25 mg ao dia, se
o efeito continuar insuficiente.

Uso em crianças

Biconcor não é recomendado em crianças.

Uso em idosos

Normalmente não é necessário fazer ajustes da dose em
idosos.

Uso em pacientes com problemas no fígado ou
rins

Não são necessários ajustes de dose em pacientes com problemas
do fígado ou rins de leves a moderados.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Biconcor?

Tome a dose esquecida assim que se lembrar, no mesmo dia. Caso
contrário, tome a dose do dia seguinte na hora habitual. Não tome
uma dose dobrada para compensar uma dose que se esqueceu de
tomar.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Biconcor

Nunca interrompa o tratamento com Biconcor de determinados
distúrbios do coração (doença cardíaca isquêmica, por exemplo,
angina pectoris).

Se você apresentar alguma das seguintes condições,
informe o médico antes de iniciar tratamento com Biconcor, pois ele
poderá querer tomar alguns cuidados especiais (por exemplo,
administrar um tratamento adicional ou realizar controles com maior
frequência):

  • Diabetes com níveis extremamente flutuantes de glicose no
    sangue, uma vez que podem estar mascarados sintomas de glicose
    sanguinea marcantemente reduzida (hipoglicemia), como
    batimentos cardíacos acelerados, palpitações e suor excessivo;
  • Jejum rigoroso;
  • Quaisquer doenças do coração, como insuficiência cardíaca,
    distúrbios leves do ritmo cardíaco (bloqueio atrioventricular
    do primeiro grau) ou dor grave do peito em repouso (angina de
    Prinzmetal);
  • Problemas do fígado;
  • Problemas menos graves de circulação sanguínea nos seus
    membros;
  • Doenças brônquicas (asma ou doenças aéreas obstrutivas crônicas
    menos graves). Embora betabloqueadores cardiosseletivos
    (beta1) possam apresentar menos efeitos sobre a função pulmonar do
    que os betabloqueadores não-seletivos, como acontece com todos os
    betabloqueadores, estes devem ser evitados em pacientes com doenças
    obstrutivas das vias aéreas, a menos que existam razões clínicas
    relevantes para seu uso. Nessas situações, Biconcor pode ser usado
    com cautela;
  • Psoríase ou história familiar de psoríase (doença da pele em
    que aparecem manchas vermelhas, frequentemente com escamas de cor
    prateada);
  • Tumor da glândula suprarrenal (feocromocitoma);
  • Doenças da tiroide;
  • Hipovolemia (volume de sangue reduzido que causa pressão
    sanguínea muito baixa);
  • Hiperuricemia (excesso de ácido úrico no sangue), pois o risco
    de episódios de gota pode ser maior;
  • Podem ocorrer reações alérgicas à luz (fotossensibilidade).
    Neste caso, deve-se proteger as áreas expostas ao sol ou à luz UVA
    artificial. Em casos graves, pode ser necessário parar o
    tratamento.

Além disso, informe o médico se estiver em vias de ser
submetido a:

  • Terapia de dessensibilização (vacinas para alergias), uma vez
    que Biconcor pode aumentar a probabilidade de ter uma reação
    alérgica ou que essa reação seja mais grave;
  • Anestesia (por exemplo, para cirurgia), uma vez que Biconcor
    pode influenciar o modo como o seu organismo reage a esta
    situação.

Exames adicionais:

A hidroclorotiazida age influenciando o equilíbrio de sal e água
do corpo. Seu médico poderá solicitar-lhe exames periódicos, de
forma a poder detectar sinais de desequilíbrio nos líquidos
orgânicos ou nos eletrólitos. Isto é especialmente importante se
você tiver condições adicionais que podem agravar-se se o balanço
eletrolítico é perturbado. Seu médico também vai verificar
periodicamente os níveis de gordura, ácido úrico ou glicose no seu
sangue.

A hidroclorotiazida (um dos componentes do Biconcor), pode
causar uma reação idiossincrática, resultado numa miopia
transitória aguda e glaucoma de ângulo-fechado agudo. Os sintomas
incluem um início agudo da diminuição da acuidade visual ou dor
ocular e ocorrem normalmente dentro de horas a semanas após a
administração do medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Biconcor

Como todos os medicamentos, Biconcor pode causar algumas reações
desagradáveis; no entanto, estas não ocorrem em todas as pessoas.
Caso você tenha uma reação alérgica, deve parar de tomar o
medicamento.

As reações secundárias são informadas a seguir de acordo
com a frequência com que podem ocorrer:

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Sensação de frio ou dormência nas mãos ou nos pés; cansaço,
tonturas, dores de cabeça (estas reações ocorrem principalmente no
início do tratamento, sendo geralmente leves e  desaparecendo
após 1 a 2 semanas); problemas de estômago ou de intestinos como
náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Fraqueza muscular, cãibras musculares, sensação de fraqueza;
batimentos cardíacos diminuídos ou irregulares, agravamento da
insuficiência cardíaca, queda de pressão ao se levantar ou sentar;
perturbações do sono, depressão, perda de apetite; problemas
respiratórios em pacientes com asma brônquica ou doença pulmonar
crônica; dores abdominais; aumento dos níveis de creatinina ou
ureia no sangue; aumento dos níveis de amilase (enzima envolvida na
digestão); alteração no balanço de líquidos e eletrólitos; aumento
dos níveis de gordura, colesterol, ácido úrico ou açúcar no sangue,
aumento dos níveis de açúcar na urina.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Pesadelos, alucinações; reações do tipo alérgico como coceira,
rubor repentino da face ou erupção cutânea (também após exposição à
luz do sol); urticária, pequenas manchas vermelhas causadas por
sangramentos sob a pele (púrpura); aumento dos níveis de certas
enzimas do fígado, inflamação do fígado (hepatite), amarelecimento
da pele ou do branco dos olhos (icterícia); dificuldade de ereção;
problemas de audição; corrimento nasal alérgico, redução do fluxo
lacrimal, visão prejudicada; diminuição no número de glóbulos
brancos (leucopenia) ou de plaquetas (trombocitopenia); desmaio
(síncope).

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

Irritação e vermelhidão dos olhos (conjuntivite) queda de
cabelo; aparecimento ou agravamento de erupção cutânea com
descamação (psoríase), aparecimento de manchas escamosas espessas
(lúpus eritematoso cutâneo); dor no peito; redução grave do número
de glóbulos brancos (agranulocitose); inflamação do pâncreas;
alcalose metabólica (condição na qual o sangue está muito pouco
ácido).

Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis):

Doença pulmonar intersticial.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Biconcor

Gravidez e amamentação

Existe o risco da utilização de Biconcor durante a gravidez
poder ser prejudicial para o bebê.

Se você estiver grávida ou planejando engravidar, informe
imediatamente o médico. Ele decidirá se você pode tomar Biconcor
durante a gravidez. O uso de Biconcor não é recomendado durante a
gravidez.

O uso de Biconcor não é recomendado durante a amamentação, uma
vez que a hidroclorotiazida é excretada no leite materno em doses
mínimas e o bisoprolol também pode ser. Além, disso, a
hidroclorotiazida pode inibir a produção de leite.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Direção de veículos e operação de máquinas

Em geral, Biconcor não influencia a capacidade de dirigir e
operar máquinas. Entretanto, dependendo do modo como você tolera o
medicamento, essa capacidade pode ser afetada. Tenha um cuidado
especial no início do tratamento e quando a medicação é trocada,
assim como quando em combinação com bebidas alcoólicas.

Este medicamento pode causar
doping.

Composição do Biconcor

Cada comprimido revestido contém:

Biconcor 2,5/6,25 mg

Hemifumarato de bisoprolol2,5 mg
Hidroclorotiazida6,25 mg

Excipientes:

amido, crospovidona, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose
microcristalina, estearato de magnésio, hipromelose, polissorbato
80, macrogol, dióxido de titânio e óxido de ferro amarelo.

Biconcor 5/6,25 mg

Hemifumarato de bisoprolol5 mg
Hidroclorotiazida6,25 mg

Excipientes:

amido, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose
microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício,
hipromelose, polissorbato 80, macrogol, dióxido de titânio, óxido
de ferro amarelo e óxido férrico.

Biconcor 10/6,25 mg

Hemifumarato de bisoprolol10 mg
Hidroclorotiazida6,25 mg

Excipientes:

amido, fosfato de cálcio dibásico anidro, celulose
microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício,
hipromelose, polissorbato 80, macrogol e dióxido de titânio.

Superdosagem do Biconcor

Se você tomar mais comprimidos de Biconcor do que deveria fale
imediatamente com o seu médico. Dependendo de quão excessiva foi a
dose, ele decidirá quais são as medidas necessárias. Os sintomas de
uma dose excessiva podem incluir queda da pressão, batimento
cardíaco lento, problemas cardíacos súbitos, tonturas, sonolência,
problemas respiratórios repentinos, diminuição de açúcar no
sangue.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Biconcor

Associações não recomendadas

Lítio

Este medicamento pode intensificar os efeitos cardiotóxico e
neurotóxico do lítio através da redução da excreção do
mesmo.

Antagonistas de cálcio do tipo verapamil e, num menor
grau, do tipo diltiazem

Influência negativa na contratilidade e na condução
atrioventricular. A administração intravenosa de verapamil em
pacientes sob tratamento com betabloqueadores pode levar à
hipotensão profunda e bloqueio atrioventricular.

Agentes anti-hipertensivos com ação central (como
clonidina, metildopa, moxonodina, rilmenidina)

O uso concomitante pode levar a uma redução da frequência
cardíaca e do débito cardíaco, assim como à vasodilatação. A
retirada abrupta, especialmente se anterior à descontinuação do
betabloqueador, pode aumentar o risco de “hipertensão de
rebote”.

Associações a serem empregadas com cautela

Antagonistas de cálcio do tipo di-hidropiridinas (como
nifedipino, anlodipino)

O uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão. Não se
pode excluir um aumento do risco de deterioração da função de
bombeamento ventricular em pacientes com insuficiência
cardíaca.

Agentes anti-hipertensivos

O uso concomitante com medicamentos anti-hipertensivos, bem como
com outros fármacos com potencial para redução da pressão arterial
(como antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, fenotiazinas),
pode aumentar o risco de hipotensão.

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA)
(como captopril, enalapril), antagonistas de angiotensina
II

Risco de queda acentuada da pressão arterial e/ou insuficiência
renal aguda durante o início de tratamento com inibidores da ECA em
pacientes com depleção de sódio pré-existente (particularmente em
pacientes com estenose da artéria renal). Caso a terapia diurética
anterior tenha produzido depleção de sódio, deve-se interromper o
diurético três dias antes de se iniciar o tratamento com inibidores
da ECA ou iniciar o tratamento com inibidores da ECA em baixas
doses.

Antiarrítmicos classe I (como quinidina, disopiramida,
lidocaína, fenitoína, flecainida, propafenona)

O efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser
potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.

Agentes antiarrítmicos classe III (como
amiodarona)

O efeito sobre o tempo de condução atrioventricular pode ser
potencializado.

Agentes antiarrítmicos que podem induzir torsade de
pointes
(Classe IA, como quinidina, hidroquinidina,
disopiramida, e Classe III, como. amiodarona, sotalol, dofetilida,
ibutilida)

A hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de
torsades de pointes.

Agentes não antiarrítmicos que podem induzir torsade de
pointes (como astemizol, eritromicina iv, halofantrina,
pentamidina, esparfloxacino, terfenadina, vincamina)

A hipopotassemia pode facilitar a ocorrência de torsade de
pointes
.

Agentes parassimpatomiméticos

O uso concomitante pode aumentar o efeito sobre o tempo de
condução atrioventricular e o risco de bradicardia.

Betabloqueadores tópicos (como colírios para tratamento
de glaucoma)

Podem aumentar os efeitos sistêmicos do bisoprolol.

Insulina e antidiabéticos orais

Aumento do efeito hipoglicemiante. O bloqueio dos
beta-adrenoreceptores pode mascarar os sintomas de
hipoglicemia.

Anestésicos

Atenuação da taquicardia reflexa e aumento do risco de
hipotensão.

Glicosídeos cardíacos (digitálicos)

Aumento no tempo de condução atrioventricular, redução da
freqüência cardíaca. Se ocorrer hipopotassemia e/ou hipomagnesemia
durante o tratamento com este medicamento, o miocárdio pode
demonstrar sensibilidade aumentada aos glicosídeos cardíacos,
levando a um efeito aumentado e a eventos adversos
dos glicosídeos.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)

Podem reduzir o efeito hipotensor. Em pacientes que
desenvolvem hipovolemia, a administração concomitante de AINEs
pode desencadear insuficiência renal aguda.

Agentes beta-simpatomiméticos como isoprenalina,
dobutamina)

A associação com o bisoprolol pode reduzir o efeito de
ambos os fármacos.

Agentes simpaticomiméticos que ativam adrenorreceptores
alfa e beta (como norepinefrina, epinefrina)

A associação de bisoprolol pode desmascarar os
efeitos vasoconstritores mediados pelos alfa-adrenorreceptores
destes medicamentos, ocasionando aumento da pressão arterial e
exacerbação da claudicação intermitente. Tais interações são
consideradas mais prováveis com betabloqueadores não seletivos.

Medicamentos espoliadores de potássio (ex.:
corticosteroides, ACTH-hormônio adrenocorticotrópico,
carbenoxolona, anfotericina B, furosemida, laxantes)

O uso concomitante pode resultar no aumento da perda de
potássio.

Metildopa

Hemólise devido à formação de anticorpos para hidroclorotiazida
foi descrita em casos isolados.

Agentes redutores de ácido úrico

Seus efeitos podem ser atenuados com administração concomitante
deste medicamento.

Colestiramina, colestipol

Reduzem a absorção da hidroclorotiazida.

Associações a serem consideradas

Mefloquina

Aumento do risco de bradicardia.

Inibidores de monoamina oxidase (exceto inibidores
MAO-B)

Podem potencializar o efeito hipotensivo
dos betabloqueadores mas também o risco de crise
hipertensiva.

Corticosteroides

Efeito anti-hipertensivo reduzido (retenção de água e sódio
induzida por corticosteroides).

Rifampicina

Redução leve da meia-vida do bisoprolol possivelmente devida à
indução de enzimas hepáticas que metabolizam o medicamento.
Normalmente não há necessidade de ajuste da dose.

Derivados da ergotamina

Exacerbação dos distúrbios circulatórios periféricos.

Salicilatos

Na administração de altas doses de salicilatos, o efeito tóxico
dos salicilatos no sistema nervoso central pode ser
intensificado.

Interação Alimentícia do Biconcor

Alimentos e álcool

A ingestão com alimentos não prejudica a absorção do bisoprolol.
O medicamento não deve ser tomado com bebidas alcoólicas.

Ação da Substância Biconcor

Resultados de Eficácia

Os efeitos de bisoprolol e hidroclorotiazida foram aditivos no
que diz respeito às reduções das pressões diastólica e
sistólica.

A dose de hidroclorotiazida de 6,25 mg/dia produziu
significativamente menos hipopotassemia e menores aumentos do ácido
úrico que a dose de 25 mg/dia. A combinação de baixa dose de
bisoprolol e hidroclorotiazida reduziu a pressão arterial
diastólica a níveis inferiores a 90 mmHg em 61% dos pacientes e
demonstrou um perfil de segurança comparável ao placebo.

Não foram observadas alterações significativas nos níveis de
glicose, cálcio, colesterol ou triglicerídeos com bisoprolol,
hidroclorotiazida ou a combinação dos dois fármacos.

Características Farmacológicas

Este medicamento consiste na associação do bisoprolol, um
betabloqueador beta-1 seletivo, com a hidroclorotiazida, um
diurético tiazídico.

Estudos clínicos demonstraram os efeitos anti- hipertensivos
aditivos destes dois fármacos, bem como a eficácia da menor dose
(2,5 mg / 6,25 mg) no tratamento da hipertensão de leve a moderada.
Os efeitos farmacodinâmicos, incluindo hipopotassemia
(hidroclorotiazida), bradicardia, astenia e cefaleia (bisoprolol)
são dose-dependentes. A combinação dos dois fármacos objetiva
reduzir estes efeitos.

Farmacodinâmica

Bisoprolol

O bisoprolol é um bloqueador adrenérgico beta-1 altamente
seletivo sem atividade simpáticomimética intrínseca e sem atividade
estabilizadora de membrana significativa. Assim como outros
bloqueadores adrenérgicos beta-1, o mecanismo da ação
anti-hipertensiva do bisoprolol ainda não foi completamente
estabelecido. Entretanto, foi demonstrado que o bisoprolol produz
redução marcante da renina plasmática e redução do ritmo
cardíaco.

Hidroclorotiazida

A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico com atividade
anti-hipertensiva. Seu efeito diurético deve-se à inibição do
transporte ativo de Na+ dos túbulos renais para o sangue, afetando
a reabsorção de Na+.

Farmacocinética

Bisoprolol

Absorção

Tmax varia de 1-4 horas. A biodisponibilidade é
elevada (88%), com efeito de primeira passagem hepático muito
baixo. A absorção não é afetada pela presença de alimentos; A
cinética é linear para doses de 5-40 mg.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de 30% e o volume de
distribuição é elevado (aproximadamente 3 L/kg).

Biotransformação

40% da dose do bisoprolol é metabolizada no fígado. Os
metabólitos são inativos.

Eliminação

A meia-vida de eliminação plasmática é de 11 horas. As
depurações renal e hepática (clearance) são
aproximadamente comparáveis e metade da dose (inalterada), assim
como seus metabólitos, é excretada na urina. O clearance
total é de aproximadamente 15 L/h.

Hidroclorotiazida

Absorção

A biodisponibilidade da hidroclorotiazida mostra variabilidade
interindividual, variando de 60-80%. Tmax varia de 1,5-5
horas (média de aproximadamente 4 horas).

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de 40%.

Eliminação

A hidroclorotiazida não é metabolizada, sendo quase
completamente eliminada na forma inalterada por filtração
glomerular e secreção tubular ativa. A meia-vida terminal da
hidroclorotiazida é de aproximadamente 8 horas. O
clearance renal da hidroclorotiazida é reduzido e a
meia-vida de eliminação prolongada em pacientes com insuficiência
renal e/ou cardíaca. O mesmo se aplica aos pacientes idosos, os
quais também demonstram um aumento na Cmax. A
hidroclorotiazida atravessa a barreira hematoencefálica e é
excretada no leite humano.

Dados de segurança pré-clínica

O bisoprolol e a hidroclorotiazida não demonstraram ser
prejudiciais em humanos de acordo com os testes padrão de
toxicidade pré-clínica (testes de toxicidade a longo prazo, de
mutagenicidade, de genotoxicidade e de carcinogenicidade).

Tal como outros betabloqueadores, o bisoprolol em doses elevadas
demonstrou, em modelos animais, causar efeitos tóxicos na mãe
(diminuição da ingestão de alimentos e aumento de peso corporal) e
no embrião/feto (aumento da reabsorção tardia, diminuição do peso
ao nascimento, atraso no desenvolvimento físico até ao fim do
aleitamento). No entanto, tanto o bisoprolol como a
hidroclorotiazida não foram teratogênicos. Não houve aumento na
toxicidade quando ambos os fármacos foram dados em associação.

Cuidados de Armazenamento do Biconcor

Você deve conservar Biconcor em temperatura ambiente (entre 15°C
e 30°C), protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características

Biconcor  2,5/6,25 mg

Os comprimidos de Biconcor  2,5/6,25 mg são revestidos, de
cor amarela, redondos, com a inscrição 2,5 de um lado e o
desenho de um coração do outro.

Biconcor 5/6,25 mg

Os comprimidos de Biconcor 5/6,25 mg são revestidos, de cor
rosa, redondos, com a inscrição 5 de um lado e o desenho de um
coração do outro.

Biconcor 10/6,25 mg

Os comprimidos de Biconcor 10/6,25 mg são revestidos, de cor
branca, redondos, com a inscrição 10 de um lado e o desenho de um
coração do outro lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Biconcor

Venda sob prescrição médica.

M.S. 1.0089.0201

Farmacêutico Responsável:

Alexandre Canellas de Souza – CRF-RJ no 23277

Importado e embalado por:

Merck S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro – RJ – CEP 22710-571
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Altea Farmacéutica S.A
Bogotá – Colômbia

Biconcor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.