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Lanexat

Assim, é usado em anestesia e em unidades de terapia
intensiva nas seguintes indicações:

Em anestesiologia:

  • Para que o paciente recupere a consciência depois de anestesia
    geral induzida e mantida com benzodiazepínicos em pacientes
    internados;
  • Para anulação do efeito sedativo dos benzodiazepínicos usados
    para procedimentos diagnósticos e terapêuticos de curta duração em
    pacientes hospitalizados e de ambulatório.

Em terapia intensiva e para tratamento de perda de
consciência de causa desconhecida:

  • Para diagnóstico e tratamento de superdose com
    benzodiazepínicos;
  • Para determinar, em casos de perda de consciência de causa
    desconhecida, se o fármaco envolvido é um benzodiazepínico;
  • Para anular, especificamente, efeitos exercidos sobre o sistema
    nervoso central causados por doses excessivas de benzodiazepínicos
    (restabelecimento da respiração espontânea e da consciência, a fim
    de evitar a necessidade de entubação e posterior extubação).

Como o Lanexat funciona?


Lanexat é uma substância que age no sistema nervoso central
e tem efeito contrário ao dos medicamentos benzodiazepínicos. Os
efeitos hipnóticos (que induzem sono), sedativos (que acalmam) e de
inibição psicomotora (movimentos provocados por processos mentais)
dos benzodiazepínicos são rapidamente neutralizados, após
administração intravenosa de Lanexat (de 1 a 2 minutos).

Esses efeitos podem reaparecer em poucas horas, dependendo das
características das substâncias benzodiazepínicas utilizadas e da
relação existente entre as doses de benzodiazepínico e de
Lanexat administradas.

Contraindicação do Lanexat

Lanexat é contraindicado a pacientes com reconhecida
hipersensibilidade (alergia) a flumazenil ou a pacientes que
recebem medicamentos benzodiazepínicos para controle de condições
potencialmente fatais (por exemplo, controle de pressão
intracraniana ou controle da epilepsia com muitas convulsões).

Como usar o Lanexat

Lanexat deve ser administrado exclusivamente por via
intravenosa. É um medicamento de uso restrito a hospitais, e o
conteúdo das ampolas pode ser diluído em soluções para injeção ou
infusão intravenosa.

Existem alguns cuidados com relação ao modo correto do preparo,
manuseio e aplicação, que deverão ser respeitados. Por isso,
Lanexat deve ser administrado exclusivamente por
anestesiologista ou médico experiente.

O profissional de saúde saberá como preparar o
medicamento.

Dependendo da natureza de sua doença, de seu peso corpóreo e de
sua resposta individual ao tratamento que utiliza Lanexat, seu
médico prescreverá a dose adequada ao seu caso.

A duração do tratamento varia dependendo de sua doença e da sua
resposta individual ao tratamento. O tratamento tanto pode ser
único como ter a duração de alguns dias ou de várias semanas. Seu
médico saberá qual é a duração correta do tratamento que utiliza
Lanexat, para o seu caso.

Lanexat pode ser administrado por infusão i.v. diluído em
solução de glicose a 5%, solução de Ringer ou de cloreto de sódio a
0,9%, concomitantemente com outros procedimentos de reanimação. Se
Lanexat for aspirado para a seringa ou misturado com qualquer
uma das soluções citadas anteriormente, deve ser descartado após 24
horas. Para garantir a esterilidade ideal do produto, Lanexat deve
ser mantido na respectiva ampola até o momento de ser
utilizado.

A dose deve ser aumentada gradualmente até obter o efeito
desejado.

Posologia do Lanexat


Considerando que a duração da ação de alguns benzodiazepínicos
pode exceder a de Lanexat, poderão ser necessárias repetições da
dose se a sedação ocorrer novamente depois que o paciente
acordar.

Em anestesiologia

A dose inicial recomendada é de 0,2 mg, administrada por via
i.v., em 15 segundos. Se o grau desejado de consciência não for
atingido em 60 segundos, uma segunda dose (0,1 mg) pode ser
administrada. Doses subsequentes (0,1 mg) podem ser repetidas em
intervalos de 60 segundos, se necessário, até a dose total de 1 mg.
A dose usual é de 0,3 – 0,6 mg, mas a necessidade individual pode
variar, dependendo da dose e duração dos efeitos do
benzodiazepínico administrado e das características do
paciente.

A administração de Lanexat em pacientes tratados com
benzodiazepínicos durante várias semanas deve ser lenta, pois podem
surgir sintomas de abstinência. Em casos de surgimento desses
sintomas, deve-se administrar diazepam ou midazolam por via
intravenosa, lentamente, titulando-se a dosagem de acordo com a
resposta do paciente.

Em unidade de terapia intensiva ou abordagem de
inconsciência de causa desconhecida

A dose inicial recomendada é de 0,3 mg i.v. Se o grau desejado
de consciência não for atingido em 60 segundos, doses subsequentes
de Lanexat podem ser aplicadas até o paciente ficar desperto
ou até a dose total de 2 mg. Se a sonolência retornar, Lanexat pode
ser administrado sob a forma de injeção i.v., em bolus,
conforme descrito anteriormente, ou sob a forma de infusão de 0,1 –
0,4 mg/hora. A velocidade de infusão deve ser ajustada
individualmente até o desejável nível de despertar.

Caso uma melhora significativa no estado de consciência e na
função respiratória não seja obtida após doses repetidas de
Lanexat, deve-se pensar em uma etiologia não benzodiazepínica.

Em unidade de tratamento intensivo, não se observaram sintomas
de abstinência quando Lanexat foi administrado lentamente a
pacientes tratados utilizando-se elevadas doses de
benzodiazepínicos durante várias semanas. Se ocorrerem sintomas
inesperados, deve-se titular cuidadosamente diazepam ou midazolam
de acordo com a resposta do paciente.

Crianças gt; 1 ano de idade

Para reversão da sedação consciente induzida por
benzodiazepínicos em crianças gt; 1 ano de idade, a dose inicial
recomendada é de 0,01 mg/kg (até 0,2 mg) com administração
intravenosa em 15 segundos. Se o grau de consciência desejado não
for obtido após 45 segundos, nova dose de 0,01 mg/kg (até 0,2 mg)
pode ser administrada e repetida em intervalos de 60 segundos (até
no máximo 4 vezes mais) ou até dose total máxima de 0,05 mg/kg, ou
1 mg, aquela que for menor. A dose deve ser individualizada baseada
na resposta do paciente.

Não existem dados disponíveis de segurança e eficácia para a
administração repetida de Lanexat na ressedação de
crianças.

A meia-vida de eliminação em crianças acima de 1 ano de vida é
mais variável que em adultos, em média 40 minutos e, geralmente,
variando entre 20 – 75 minutos. O clearance e volume de
distribuição, normatizado por peso corpóreo, são os mesmos que os
de adultos. Entretanto, Lanexat deve ser usado com cuidado para a
reversão da sedação consciente em crianças menores que 1 ano, para
o tratamento de superdose em crianças, para a ressuscitação em
recém-nascidos e para a reversão dos efeitos sedativos dos
benzodiazepínicos usados para indução de anestesia geral em
crianças.

Pacientes com insuficiência hepática (do
fígado)

Uma vez que o flumazenil é essencialmente metabolizado pelo
fígado, recomenda-se cuidado no ajuste da dose em pacientes com
insuficiência hepática.

Uso em idosos

A farmacocinética da droga não é significantemente afetada em
idosos. Não há necessidade de ajuste das doses nessa faixa
etária.

Uso em pacientes com insuficiência do fígado ou dos
rins

Em indivíduos com função do fígado prejudicada, o tempo de
eliminação de eliminação de Lanexat é maior e o clearance
sanguíneo total (medida da eliminação do medicamento do organismo)
é menor que em indivíduos sadios.

A farmacocinética da droga não é significantemente afetada em
pacientes em hemodiálise ou insuficiência dos rins.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Lanexat?


Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de
Lanexat.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lanexat

Existem várias situações médicas que requerem cuidados
especiais na administração de Lanexat, e seu médico saberá
identificá-las, tomando as devidas precauções. Deve-se ter cuidado
no uso de Lanexat em:

  • Casos de intoxicações mistas, porque a anulação dos efeitos do
    benzodiazepínico pode permitir o aparecimento dos efeitos tóxicos
    (como convulsões ou arritmias cardíacas) desses fármacos associados
    à superdose (especialmente antidepressivos cíclicos);
  • Pacientes epilépticos que estejam recebendo tratamento
    benzodiazepínico há muito tempo. Apesar de apresentar leve efeito
    anticonvulsivante intrínseco, o uso de Lanexat não é recomendado a
    esses pacientes, uma vez que a supressão abrupta dos efeitos
    protetores de um agonista benzodiazepínico pode levar a quadros de
    convulsão em pacientes epilépticos;
  • Uso com determinadas substâncias, como bloqueadores
    neuromusculares, especialmente em anestesias. Quando
    Lanexat for usado com bloqueadores neuromusculares, ele não
    deve ser injetado até que os efeitos destes últimos estejam
    completamente revertidos;

Atenção: quando usado em anestesiologia ao final da
cirurgia, Lanexat não deve ser administrado antes do
desaparecimento do efeito miorrelaxante periférico.

  • Pacientes com traumatismo craniano que estejam utilizando
    benzodiazepínicos, pois Lanexat pode desencadear convulsões ou
    alterar o fluxo de sangue no cérebro;
  • Pacientes expostos a altas doses e/ou por longos períodos a
    benzodiazepínicos, até uma semana antes do uso de Lanexat. Injeções
    rápidas de Lanexat devem ser evitadas nesses pacientes, pois
    podem ser desencadeados sintomas de abstinência, incluindo
    agitação, ansiedade, labilidade emocional (oscilação entre sintomas
    de euforia e depressão), leve confusão e distorções
    sensoriais;
  • Casos de dependência a benzodiazepínicos e na síndrome de
    abstinência de benzodiazepínicos. Lanexat não é recomendado nessas
    situações;
  • Reversão da sedação consciente em crianças menores que 1 ano,
    no tratamento de superdose em crianças, na ressuscitação em
    recém-nascidos e na reversão dos efeitos sedativos de
    benzodiazepínicos usados para indução de anestesia geral em
    crianças, uma vez que a experiência com Lanexat para essa
    faixa etária é limitada;
  • Pacientes com insuficiência do fígado ou doenças importantes do
    fígado.

Os pacientes que recebem Lanexat para reversão dos efeitos de
benzodiazepínicos devem ser monitorados com relação à recorrência
da sedação, depressão respiratória ou outro efeito residual do
benzodiazepínico, por período apropriado, dependendo da dose e da
duração dos efeitos do benzodiazepínico empregado. Umavez que
pacientes que já possuem insuficiência hepática podem apresentar
efeitos tardios do benzodiazepínico (conforme descrito acima), um
período prolongado de observação pode ser necessário.

Até o momento, não há informações de que flumazenil possa causar
doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.

Principais interações medicamentosas

Pode haver interação entre Lanexat e outros medicamentos.
Assim, os efeitos de alguns deles podem ser bloqueados, como do
zopiclone e das triazolopiridazinas. Não foram observadas
interações com outros medicamentos depressores do sistema nervoso
central (SNC).

A farmacocinética dos agonistas benzodiazepínicos permanece
inalterada em presença de Lanexat e vice-versa.

Não há interação farmacocinética entre Lanexat e etanol,
midazolam ou diazepam.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Informações ao paciente

Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações
contidas na bula. Caso não esteja seguro a respeito de determinado
item, por favor, informe ao seu médico.

Reações Adversas do Lanexat

Pós-comercialização

Lanexat é bem tolerado em adultos e crianças. Em adultos, é
bem tolerado mesmo quando excede a dose recomendada.

Foram observadas reações de hipersensibilidade (alergia),
incluindo anafilaxia (reação alérgica generalizada,rápida e
severa).

Não foram comumente observadas queixas de ansiedade, palpitações
e medo após injeção rápida de Lanexat. Esses efeitos indesejáveis
geralmente não necessitam de tratamento específico.

Há relatos de crise convulsiva em pacientes epilépticos ou com
grave insuficiência do fígado, particularmente após longo período
de tratamento com benzodiazepínicos ou em caso de intoxicações
mistas.

Em casos de intoxicação mista, principalmente com
antidepressivo, podem surgir efeitos tóxicos (como convulsões e
arritmia cardíaca (batimentos cardíacos irregulares) na reversão
dos efeitos de benzodiazepínicos provocada por Lanexat.

Podem ocorrer sintomas de síndrome de abstinência após injeção
rápida de Lanexat em pacientes submetidos a longos tratamentos
com benzodiazepínicos, nas semanas anteriores ao uso de
flumazenil.

Há casos de ataque de pânico com o uso de Lanexat em
pacientes com história de síndrome do pânico.

Em alguns casos, foram relatadas ocorrências de náusea e/ou
vômitos durante o uso em anestesiologia.

Nenhuma alteração da função do fígado ou dos rins foi
observada.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Lanexat

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar
máquinas

Embora após administração intravenosa de Lanexat os
pacientes fiquem acordados e conscientes, eles devem ser alertados
para que não dirijam nem operem máquinas perigosas durante as
primeiras 24 horas após a administração, pois os efeitos dos
medicamentos benzodiazepínicos podem reaparecer.

Gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico se estiver grávida ou amamentando. A
segurança do uso de Lanexat durante a gestação em humanos não foi
estabelecida. Portanto, os benefícios do uso de Lanexat durante a
gestação devem ser considerados em relação aos possíveis riscos
para o feto. Deve-se observar o princípio médico de não se
administrar medicamentos nos primeiros meses da gravidez, exceto
quando absolutamente necessário.

A administração de Lanexat em situações de emergência não
está contraindicada durante a amamentação.

Composição do Lanexat

Apresentação

Solução injetável de 0,1 mg/mL. Caixa com 5 ampolas de 5 mL.

Via intravenosa.

Uso adulto e pediátrico a partir de 1 ano.

Composição

Cada ampola de 5 mL contém:

0,5 mg Flumazenil.

Excipientes:

Edetato dissódico, ácido acético glacial, cloreto de sódio,
hidróxido de sódio e água para injetáveis.

Superdosagem do Lanexat

Há experiência limitada de superdosagem aguda de Lanexat em
humanos. Não há um antídoto específico para superdosagem de
Lanexat. O tratamento deve consistir de medidas gerais de suporte,
incluindo monitoramento dos sinais vitais (pulso, pressão arterial
e temperatura) e observação do estado clínico do paciente.

Mesmo quando administrado em doses superiores às recomendadas,
não foram observados sintomas de superdose. Como podem aparecer
sintomas de abstinência dos medicamentos benzodiazepínicos, seu
médico estará preparado para adotar as medidas adequadas nessa
situação.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Lanexat

Flumazenil (substância ativa) bloqueia os efeitos centrais dos
benzodiazepínicos por interação competitiva no receptor. Os efeitos
de agonistas não benzodiazepínicos, tais como o zopiclone,
triazolopiridazinas e outros, são igualmente bloqueados por
Flumazenil (substância ativa).

Não foram observadas interações com outros depressores do
SNC.

A farmacocinética dos agonistas benzodiazepínicos permanece
inalterada em presença de Flumazenil (substância ativa) e
viceversa.

Não há interação farmacocinética entre Flumazenil (substância
ativa) e etanol, midazolam ou diazepam.

Ação da Substância Lanexat

Resultados da eficácia

Flumazenil (substância ativa) foi o primeiro antagonista dos
benzodiazepínicos disponível para uso clínico, e ele reverte todos
os efeitos dos benzodiazepínicos sem afetar sua biodisponibilidade.
No contexto clínico, Flumazenil (substância ativa) é usado para
antagonizar os seguintes efeitos dos benzodiazepínicos, em ordem
decrescente de ocupação de receptores: anestesia, hipnose e
relaxamento muscular (60% – 90% de ocupação), sedação intensa,
amnésia, redução de atenção e sedação leve (50% de ocupação),
anticonvulsivante e ansiolítico (20% – 25% de ocupação).

Além disso, Flumazenil (substância ativa) reverte os efeitos
fisiológicos adversos potencialmente perigosos dos
benzodiazepínicos, como a depressão respiratória e cardiovascular e
a obstrução das vias aéreas. Em vários estudos clínicos,
benzodiazepínicos foram injetados e mantidos em concentrações
plasmáticas constantes por infusão, e, em seguida, Flumazenil
(substância ativa) foi administrado por via intravenosa.
Demonstrou-se que este reverte rapidamente os efeitos depressores
de midazolam, diazepam, lorazepam ou flunitrazepam.

Em um estudo duplo-cego controlado com placebo, sobre a duração
de ação de várias doses de Flumazenil (substância ativa) (0,2 mg,
0,6mg, 1,0mg e 3,0mg) em voluntários, foi demonstrado que 3,0mg de
Flumazenil (substância ativa) produziram reversão da sedação com
midazolam (0,17mg/kg/h) de maior duração que as demais doses
testadas. Em outro estudo duplo-cego e aberto, que incluía 110
pacientes inconscientes com suspeita de superdose de
benzodiazepínicos de graus 2 a 4 na escala de coma de Matthew e
Lawson, Flumazenil (substância ativa) foi utilizado com o objetivo
de avaliar sua eficácia, utilidade e segurança.

Os primeiros 31 pacientes foram tratados de modo duplo-cego,
utilizando-se Flumazenil (substância ativa) (dose de até 1mg) ou
solução salina, enquanto os pacientes restantes foram tratados de
modo aberto, utilizando-se Flumazenil (substância ativa) até a
recuperação da consciência ou até atingir a dose máxima injetada de
2,5mg. Dos 17 pacientes da fase duplo-cega, 14 despertaram após a
média de 0,8 ± 0,3 (EP) mg versus 1 de 14 pacientes
tratados com placebo (p lt; 0,001). Setenta e cinco por cento dos
pacientes, controlados e não controlados considerados em conjunto,
despertaram do coma (cujos escores de 3,1 ± 0,6 passaram para 0,4 ±
0,5 (p lt; 0,01)) após a injeção de 0,7 ± 0,3 mg de Flumazenil
(substância ativa).

Esses pacientes apresentavam altas concentrações plasmáticas de
benzodiazepínicos. Vinte e cinco por cento (25%) dos pacientes não
recuperaram a consciência e apresentavam concentrações muito
elevadas de outras substâncias não benzodiazepínicas. Sessenta e
cinco por cento (65%) dos pacientes que responderam ao tratamento
que utilizava Flumazenil (substância ativa) e que tinham ingerido
principalmente benzodiazepínicos permaneceram despertos por 72 ± 37
min, após a injeção de Flumazenil (substância ativa), e 40%
voltaram a entrar em coma após 18 ± 7 min. Várias outras
substâncias depressoras do sistema nervoso central foram detectadas
no sangue, além dos benzodiazepínicos, 71% dos pacientes tinham
ingerido antidepressivos tricíclicos.

Setenta e oito por cento (78%) dos pacientes que responderam ao
tratamento que utilizava Flumazenil (substância ativa) continuaram
sendo tratados de forma eficaz e contínua durante ≤ 8 dias, 14
(25%) dos pacientes entubados foram extubados com segurança,
enquanto 12 pacientes que haviam apresentado insuficiência
respiratória aumentada recuperaram a função respiratória de modo
satisfatório após a injeção de Flumazenil (substância ativa). Os
autores concluíram que Flumazenil (substância ativa) se constitui
em um meio diagnóstico válido para distinguir a intoxicação pura
por benzodiazepínico da intoxicação mista ou do coma não induzido
por fármacos.

Em pacientes internados em unidades de terapia intensiva, um
estudo preliminar avaliou 7 pacientes (4 com síndrome do
desconforto respiratório agudo e 3 com doença pulmonar obstrutiva
crônica) que haviam recebido suporte ventilatório sob sedação que
utilizava benzodiazepínicos durante 2 e 21 dias. Flumazenil
(substância ativa) na dose total de 5mg foi administrado em bolus
na dose de 1mg, sendo o restante em infusão durante uma hora. Seis
dos sete pacientes despertaram dentro de 1 minuto; o paciente que
não respondeu permaneceu inconsciente após uma neurocirurgia.

Nos pacientes que responderam, a respiração espontânea retornou
dentro de 1 a 7 minutos após a injeção de Flumazenil (substância
ativa), e o suporte ventilatório foi substituído por um sistema de
pressão positiva de vias aéreas. Em outro estudo, Flumazenil
(substância ativa) administrado a pacientes submetidos à infusão
com midazolam, tanto em grandes cirurgias quanto como parte de seus
cuidados intensivos, permitiu a extubação endotraqueal, e todos os
pacientes permaneceram despertos, exceto um que voltou a apresentar
sedação.

Em uma revisão de 30 estudos sobre superdose administrada
intencionalmente pelos próprios pacientes, que envolvia 760
pacientes, nos quais Flumazenil (substância ativa) foi utilizado
como antagonista dos benzodiazepínicos, foram observados os
seguintes resultados: 10 dos estudos foram duplos-cegos, e os 20
restantes foram abertos.

O intervalo de doses de Flumazenil (substância ativa) usado
nesses estudos foi de 0,3 – 10mg. Nos estudos duplos-cegos, 94% dos
pacientes que receberam Flumazenil (substância ativa) recuperaram a
consciência em menos de 15 minutos, enquanto o despertar ocorreu em
apenas 10% dos pacientes que receberam placebo. Quando todos os
estudos foram agrupados, 84% dos pacientes que não haviam sofrido
intoxicação mista despertaram depois de ter recebido Flumazenil
(substância ativa). Nesses estudos, a entubação traqueal foi
necessária em 78 pacientes, e a extubação foi possível em 20
deles.

A entubação foi evitada em outros 14 pacientes que despertaram
quando Flumazenil (substância ativa) foi administrado.

Assim, por sua eficácia, a introdução de Flumazenil (substância
ativa) foi um importante avanço, pois aumentou a segurança da
sedação induzida por benzodiazepínicos, de modo que um dos seus
usos mais comuns é o encerramento da anestesia geral induzida e
mantida com benzodiazepínicos e sedação em procedimentos
diagnósticos e terapêuticos de curta duração, juntamente com o uso
no tratamento de superdose de benzodizepínicos e na sedação de
pacientes gravemente enfermos mantidos em unidades de terapia
intensiva. 

Características Farmacológicas

Farmacodinâmica

Flumazenil (substância ativa), um derivado da
imidazo-benzodiazepina, é um antagonista benzodiazepínico que
bloqueia especificamente, por inibição competitiva, os efeitos
centrais das substâncias que agem via receptores benzodiazepínicos.
Em estudos em animais de laboratório, os efeitos de compostos que
apresentam afinidade para os receptores de benzodiazepínicos foram
bloqueados.

Em voluntários sadios, Flumazenil (substância ativa)
administrado por via intravenosa antagonizou a sedação, amnésia e
alterações psicomotoras produzidas pelos agonistas
benzodiazepínicos.

Flumazenil (substância ativa) não influenciou, em experimentação
animal, os efeitos de substâncias que não apresentam afinidades
pelos receptores benzodiazepínicos, como barbitúricos, etanol,
meprobamato, GABA-miméticos e agonistas de receptores de adenosina.
Entretanto, são bloqueados os efeitos de agonistas não
benzodiazepínicos dos receptores benzodiazepínicos, tais como as
ciclopirrolonas (zopiclone, por exemplo) e as
triazolopiridazinas.

Os efeitos hipnótico, sedativo e de inibição psicomotora dos
benzodiazepínicos são rapidamente neutralizados após administração
intravenosa (1 a 2 minutos) de Flumazenil (substância ativa).

Esses efeitos podem reaparecer em poucas horas, dependendo da
meia-vida das substâncias benzodiazepínicas utilizadas e da relação
existente entre as doses administradas de agonista e
antagonista. Flumazenil (substância ativa) é bem tolerado mesmo em
doses elevadas.

Estudos toxicológicos em animais demonstraram que Flumazenil
(substância ativa) apresenta baixa toxicidade, sendo desprovido de
atividade mutagênica, teratogênica ou prejuízo à fertilidade.

Flumazenil (substância ativa) pode apresentar fraca atividade
agonista intrínseca, por exemplo, atividade anticonvulsivante.

Em animais tratados com elevadas doses de benzodiazepínicos
durante várias semanas, Flumazenil (substância ativa) provocou
sintomas de abstinência. Efeito similar foi observado em humanos
adultos.

Farmacocinética

A farmacocinética de Flumazenil (substância ativa) é dose
dependente até 100mg.

Distribuição

Flumazenil (substância ativa), base fraca lipofílica, apresenta
taxa de ligação às proteínas plasmáticas, da ordem de 50%. Cerca de
dois terços ligam-se à albumina.

Flumazenil (substância ativa) é extensivamente distribuído no
espaço extravascular. A concentração plasmática de Flumazenil
(substância ativa), durante a fase de distribuição, decresce com a
meia-vida de 4 – 11 minutos. O volume de distribuição no estado de
equilíbrio é de 0,9 – 1,1L/kg.

Metabolismo

Flumazenil (substância ativa) é extensivamente metabolizado no
fígado. O ácido carboxílico é seu principal metabólito no plasma
(forma livre) e na urina (forma livre e seu glucuronato). Esse
metabólito não apresenta atividade agonista nem antagonista de
benzodiazepínicos nos testes farmacológicos.

Eliminação

Flumazenil (substância ativa) é eliminado quase que
completamente (99%) por via extrarrenal.

Praticamente não ocorre excreção de Flumazenil (substância
ativa) inalterado na urina, sugerindo degradação completa do
fármaco. A eliminação do fármaco marcado por radioatividade é
essencialmente completa dentro de 72 horas, com 90% – 95% da
radioatividade que aparece na urina e 5% – 10% nas fezes. A
eliminação é rápida, como mostra sua baixa meia-vida de 40 – 80
minutos. O clearance plasmático total de Flumazenil
(substância ativa) é 0,8 – 1,0L/h/kg e pode ser atribuído quase
inteiramente ao clearance hepático.

O baixo índice de clearance renal sugere reabsorção
eficaz do fármaco após filtração glomerular.

Administração de alimentos durante uma infusão intravenosa de
Flumazenil (substância ativa) resultou em aumento de 50% do
clearance, principalmente devido ao incremento do fluxo
sanguíneo hepático que acompanha a refeição.

Farmacocinética em situações clínicas
especiais

Em indivíduos com função hepática prejudicada, a meia-vida de
eliminação de Flumazenil (substância ativa) é maior (1,3 horas em
insuficiência moderada e 2,4 horas em pacientes com insuficiência
grave), e o clearance sanguíneo total é menor que em
indivíduos sadios.

A farmacocinética do fármaco não é significativamente afetada
nos idosos, por sexo, em pacientes em hemodiálise ou insuficiência
renal.

A meia-vida de eliminação em crianças acima de 1 ano de vida é
mais variável que em adultos, em média 40 minutos e, geralmente,
variando entre 20 – 75 min.

O clearance e volume de distribuição, normatizado por
peso corpóreo, são os mesmos que os de adultos.

Cuidados de Armazenamento do Lanexat

Você deve conservar Lanexat em temperatura ambiente (entre
15°C e 30ºC).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Após preparo com soluções de glicose a 5%, Ringer
lactato ou cloreto de sódio a 0,9%, manter entre 15 e 30 °C, por 24
horas.

Se Lanexat for aspirado para a seringa ou misturado com
soluções de glicose a 5%, solução de Ringer ou de cloreto de sódio
a 0,9%, deve ser descartado após 24 horas. Para garantir a
esterilidade ideal do produto.

Lanexat deve ser mantido na respectiva ampola até o momento
de ser utilizado.

O profissional da saúde saberá como armazenar o medicamento
depois de aberto.

Característica física

A solução injetável contida nas ampolas de Lanexat é
límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lanexat

MS – 1.0100.0148

Farm. Resp.:

Tatiana Tsiomis Díaz
CRF-RJ nº 6942

Fabricado para:

F. Hoffmann-La Roche Ltd., Basileia, Suíça

Fabricado por:

Cenexi, Fontenay-Sous-Bois, França

Registrado, importado e distribuído no Brasil
por:

Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 – CEP 22775-109 – Rio de Janeiro/RJ
CNPJ 33.009.945/0023-39

Serviço Gratuito de Informações – 0800 7720
289

Lanexat, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.