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Xalanoft

Como o Xalanoft funciona?


Xalanoft contém duas substâncias ativas: latanoprosta e maleato
de timolol. Esses dois componentes diminuem a pressão intraocular
elevada (PIO por diferentes mecanismos de ação. A latanoprosta
reduz a pressão intraocular aumentando a drenagem do humor aquoso
(líquido produzido pelo olho). O mecanismo da ação do maleato de
timolol ainda não está totalmente estabelecido, mas estudos sugerem
que sua ação pode estar relacionada à redução da formação do humor
aquoso.

Contraindicação do Xalanoft

Xalanoft não deve ser utilizado em pacientes que apresentam
hipersensibilidade (alergia) a latanoprosta, maleato de timolol ou
a qualquer componente do produto.

Xalanoft não deve ser utilizado em
pacientes:

  • Com história de quadros de broncoespasmo (reação onde os
    brônquios “se fecham”), incluindo asma (doença respiratória, onde a
    respiração é difícil, curta, ofegante e com chiado) e doença
    pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave;
  • Portadores de alterações do ritmo cardíaco, tais como
    bradicardia sinusal, síndrome do nó sinusal, bloqueio sino-atrial
    (disfunção elétrica do coração), bloqueio atrioventricular de
    segundo ou terceiro grau não controlado com marcapasso;
  • História de alterações da função do músculo do coração, tais
    como insuficiência cardíaca sintomática e choque cardiogênico.

Como usar o Xalanoft

Xalanoft contém cloreto de benzalcônio (um tipo de conservante
utilizado em medicamentos), que pode ser absorvido por lentes de
contato. Se você usa lentes de contato, remova-as antes de aplicar
colírio e só às recoloque após 15 minutos. Sempre lave muito bem as
mãos antes de aplicar o colírio.

  1. Retire o lacre externo do frasco de Xalanoft e desenrosque a
    tampa interna do frasco.
  2. Com o dedo indicador, puxe delicadamente a pálpebra inferior do
    olho para baixo, formando uma bolsa.
  3. Coloque a ponta do frasco conta-gotas perto do olho e aperte o
    frasco para que caia uma gota dentro do olho. Evite que a ponta do
    frasco toque a sua mão, a pálpebra ou os cílios.
  4. Feche os olhos cuidadosamente e com a ponta do indicador aperte
    levemente o canal lacrimal (região que fica no canto interno do
    olho sobre o nariz).
  5. Recoloque a tampa no frasco.

A dose recomendada é 1 gota de Xalanoft no(s) olho(s)
afetado(s), uma vez ao dia.

Não se deve exceder a dose de 1 gota de Xalanoft no olho afetado
por dia uma vez que foi demonstrado que administrações mais
frequentes diminuem os efeitos da redução da pressão
intraocular.

Este produto deve ser utilizado somente uma vez ao dia,
independente da idade do paciente.

Cada mililitro de Xalanoft equivale aproximadamente a 34 gotas.
Usando da forma correta e na dose recomendada o conteúdo do frasco
é suficiente para pelo menos 4 semanas.

Se você usa mais de um colírio diariamente a aplicação de cada
um desses colírios deve ser feita separadamente com um intervalo de
5 minutos entre a aplicação de cada um deles.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Xalanoft?


Caso você esqueça de usar Xalanoft no horário estabelecido pelo
seu médico, use-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver
perto do horário de usar a próxima dose, pule a dose esquecida e
use a próxima, continuando normalmente o esquema de doses
recomendado pelo seu médico. Neste caso, não use o medicamento 2
vezes para compensar doses esquecidas. Se você esquecer uma dose
você pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico,
de seu médico ou cirurgião-dentista.

Precauções do Xalanoft

Xalanoft é um colírio e há formas corretas de aplicá-lo, leia
atentamente a pergunta número 6 antes de usar.

A dose recomendada é 1 gota de Xalanoft no(s) olho(s)
afetado(s), uma vez ao dia.

Não se deve exceder a dose de uma gota de Xalanoft no olho
afetado por dia uma vez que foi demonstrado que administrações mais
frequentes diminuem os efeitos da redução da pressão
intraocular.

Xalanoft pode gradualmente aumentar o pigmento castanho da íris
(parte colorida dos olhos), na maioria dos casos de forma leve e
sem qualquer consequência na função visual. Se você usar a
medicação em apenas um dos olhos a alteração será mais evidente.
Também pode ser observado escurecimento da pele da pálpebra e
aumento do comprimento, grossura, pigmentação, quantidade dos
cílios e da lanugem da pálpebra (reversíveis após
descontinuação).

Recomenda-se cautela no uso de Xalanoft em pacientes sem o
cristalino natural (por exemplo, após cirurgia de catarata) ou com
cristalino rompido, pois há maior risco de acontecer edema macular
(inchaço de uma região da retina). Xalanoft deve ser utilizado com
cuidado em pacientes com histórico de ceratite herpética e deve ser
evitado em casos de ceratite em atividade causada pelo vírus da
herpes simples e em pacientes com histórico de ceratite herpética
recorrente especificamente associada com análogos da
prostaglandina.

Xalanoft deve ser usado com cuidado em pacientes com distúrbios
cardíacos graves para evitar insuficiência cardíaca (perda da
capacidade funcional do músculo do coração). Pacientes com bloqueio
cardíaco de primeiro grau, doenças circulatórias periféricas graves
(ex.: formas graves da doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud),
com doença pulmonar destrutiva crônica (DPOC) leve ou moderada ou
doenças da córnea devem ser tratados com cautela. Recomenda-se a
retirada gradual dos bloqueadores beta-adrenérgicos, classe a que
pertence o Xalanoft, antes de uma cirurgia, pois há risco de
prejuízos da reposta cardíaca a estímulos que podem aumentar os
riscos da anestesia.

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma
quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa
avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou
da outra; isso se chama interação medicamentosa. É especialmente
importante informar ao seu médico se estiver usando medicamentos
para hipertensão (‘pressão alta’), para controle de problemas
cardíacos (ex.: arritmias) e do diabetes.

Xalanoft, devido ao seu componente beta-bloqueador, pode
aumentar os efeitos das medicações usadas para reduzir os níveis de
glicose (açúcar) no sangue em pacientes diabéticos; o que pode
resultar em crises de hipoglicemia. Portanto, o uso de Xalanoft
deve ser cuidadoso em pacientes que usam insulina e/ou medicamentos
orais para o diabetes.

O componente beta-bloqueador pode também:

  • Mascarar sintomas de hipertiroidismo (aumento dos hormônios da
    tiroide);
  • Aumentar a intensidade de reações alérgicas;
  • Piorar os sintomas de fraqueza muscular em pacientes portadores
    de miastenia.

Como ocorre com outros colírios, caso sua visão fique embaçada
quando você usar o colírio pela primeira vez espere até que esse
efeito passe antes de dirigir ou operar máquinas.

Este medicamento pode causar
doping.

Reações Adversas do Xalanoft

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Catarata.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Dor de cabeça, distúrbios da córnea, ceratite (inflamação da
córnea), conjuntivite (inflamação da membrana que cobre o olho),
blefarite (inflamação da pálpebra), dor no olho, irritação do olho,
hiperemia (vermelhidão) do olho, hiperpigmentação (escurecimento)
da íris, hipertensão (pressão alta), infecção do trato respiratório
superior, defeito no campo visual, irritação ocular (sensação de
queimação, areia, coceira, pontada e corpo estranho), alteração dos
cílios e lanugem da pálpebra (aumento do comprimento, espessura,
pigmentação e número de cílios).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Distúrbios da conjuntiva (membrana que recobre o olho),
hipertricose (alteração dos cílios e lanugem da pálpebra, aumento
do comprimento, espessura, pigmentação e número de cílios),
fotofobia (intolerância à luz), rash (erupção cutânea),
distúrbios da pele, infecção, sinusite, diabetes mellitus,
hipercolesterolemia (colesterol alto), depressão, artrite, tontura,
edema macular (alteração/inchaço na retina que pode comprometer a
visão), incluindo edema macular cistoide (alteração/inchaço na
retina que pode comprometer a visão), uveíte (inflamação de uma
parte do olho: úvea), fotofobia (intolerância à luz), edema
(inchaço) de pálpebra, angina (dor no peito, por doença do
coração), palpitações (sensação de batimento do coração no peito),
asma, dispneia (falta de ar), mialgia (dor muscular), artralgia
(dor nas articulações), dor no peito.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Edema (inchaço) de córnea, irite (inflamação da íris), prurido
(coceira).

Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir
dos dados disponíveis):

Visão anormal, erros de refração (grau de óculos), ceratite
herpética (lesão na córnea provocado pelo vírus da herpes simples),
erosão da córnea, ceratite punctata (inflamação que machuca a
córnea), reação pseudopenfigoide da conjuntiva, triquíase (cílios
virados para dentro e que tocam o olho), visão turva, reação
cutânea localizada nas pálpebras, cisto na iris, alterações
periorbitais (ao redor dos olhos) e de pálpebra resultando em
aprofundamento do sulco da pálpebra, escurecimento da pele das
pálpebras, angina instável( dor forte no peito), ataques agudos de
asma, agravamento da asma. Reações adversas observadas com o
timolol (uma das substâncias ativas de Xalanoft sinais e sintomas
de reações alérgicas sistêmicas incluindo anafilaxia (reação
alérgica grave), angioedema (inchaço das partes mais profundas da
pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica), urticária
(alergia da pele), prurido (coceira) e rash (erupção
cutânea) generalizado e localizado, sintomas mascarados de
hipoglicemia em pacientes diabéticos, anorexia (falta de apetite,
alterações de comportamento e distúrbios psíquicos incluindo
confusão, alucinações, ansiedade, desorientação, nervosismo e perda
de memória, insônia, depressão e pesadelos, acidente vascular
cerebral (derrame no cérebro), isquemia cerebral (infarto no
cérebro), tontura, aumento dos sinais e sintomas de miastenia grave
(doença que causa fraqueza muscular), parestesia (dormência e
formigamento), sonolência, dor de cabeça e síncope (desmaio), edema
macular cistoide (alteração/inchaço na retina que pode comprometer
a visão), descolamento de coroide após cirurgia de filtração,
erosão da córnea, ceratite( inflamação da córnea), diplopia (visão
dupla), diminuição da sensibilidade da córnea, sinais e sintomas de
irritação ocular (por exemplo, queimação, pontadas, coceira,
lacrimejamento, vermelhidão), olhos secos, ptose (queda,
deslocamento de um órgão ou estrutura – no caso, da pálpebra
superior), blefarite (inflamação da pálpebra), distúrbios visuais,
incluindo alterações de refração (grau), visão turva, tinido
(zumbido no ouvido), parada cardíaca, insuficiência cardíaca,
bloqueio cardíaco, bloqueio atrioventricular, insuficiência
cardíaca congestiva, agravamento de angina de peito (dor forte no
peito), arritmia (alteração do ritmo do coração), bradicardia
(diminuição dos batimentos cardíacos), palpitação (sensação de
batimento do coração no peito), claudicação (dor nas pernas ao
andar por agravamento de alterações circulatórias), mãos e pés
frios, hipotensão (pressão baixa) e fenômeno de Raynaud (pontas dos
dedos ou extremidades tornam se arroxeadas quando expostas ao
frio), insuficiência respiratória, edema pulmonar (inchaço no
pulmão), broncospasmo (chiado no peito) (predominantemente em
pacientes com doença broncospasmódica pré-existente), tosse,
dispneia (falta de ar), congestão nasal (nariz entupido), fibrose
retroperitoneal (cicatrizes no abdome), dor abdominal, vômitos,
diarreia, boca seca, disgeusia (alteração do paladar), dispepsia
(má digestão), náusea (enjôo), rash (erupção cutânea),
rash psoriasiforme (vermelhidão que descama bastante),
pseudopenfigoide (doença bolhosa falsa), exacerbação da psoríase,
alopecia (perda de cabelo), mialgia (dor muscular), lúpus
eritematoso sistêmico (doença reumatológica autoimune), disfunção
sexual, diminuição da libido, impotência, doença de Peyronie
(angulação anormal do pênis), dor no peito, edema (inchaço),
astenia (fraqueza), fadiga (cansaço).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Xalanoft

Gravidez e amamentação

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas, sem orientação medica ou do
cirurgião-dentista.

Informe imediatamente o seu médico em caso de suspeita de
gravidez ou se estiver amamentando (os dois componentes da
medicação podem ser excretados no leite materno).

Composição do Xalanoft

Cada mL (34 gotas) da solução oftálmica
contém:

Latanoprosta

50mcg

Maleato de timolol

6,80mg*

*Equivalente a 5mg de timolol base.

Excipientes:

polissorbato 80, fosfato de sódio monobásico monoidratado,
fosfato de sódio dibásico, cloreto de sódio, cloreto benzalcônio e
água purificada.

Uma gota da solução contém aproximadamente 1,5mcg de
latanoprosta e 150mcg de timolol.

Apresentação do Xalanoft


Solução Oftálmica Estéril de 50mcg/mL + 5mg/mL – Embalagem
contendo 1 frasco gotejador com 2,5mL.

Uso oftálmico.

Uso adulto.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de
referência.

Superdosagem do Xalanoft

Além da irritação ocular e hiperemia conjuntival (vermelhidão da
parte branca do olho), não são conhecidos outros efeitos adversos
oculares no caso de superdosagem com a latanoprosta. Houve relatos
de superdosagem inadvertida com maleato de timolol solução
oftálmica resultando em efeitos no corpo parecidos aos observados
com os agentes bloqueadores betaadrenérgicos tomados por via oral
tais como tontura, dor de cabeça, deficiência respiratória
(dificuldade para respirar), bradicardia (diminuição dos batimentos
cardíacos), broncoespasmo (“fechamento” dos brônquios com
dificuldade de respirar e chiado) e parada cardíaca.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Xalanoft

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Xalanoft

Resultados de eficácia

Estudos Clínicos

Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão
ocular, que apresentem pressão intraocular maior ou igual a 25
mmHg, a associação de Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância
ativa) em dose fixa, utilizada uma vez ao dia promove maior redução
da pressão intraocular do que o uso de latanoprosta 0,0005% uma vez
ao dia individualmente ou concomitantemente com outros colírios
contendo uma única medicação redutora da pressão dentro dos
olhos.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A solução oftálmica de Latanoprosta + Maleato de Timolol
(substância ativa) contém duas substâncias ativas: Latanoprosta +
Maleato de Timolol (substância ativa). Esses dois componentes
diminuem a pressão intraocular elevada (PIO) por diferentes
mecanismos de ação e o efeito combinado resulta em uma redução da
PIO maior do que a proporcionada pelas duas substâncias
administradas isoladamente, e semelhante quando as duas drogas são
usadas concomitantemente.

Latanoprosta

A latanoprosta é uma análoga da prostaglandina F2α, uma agonista
seletiva do receptor prostanóide FP, que reduz a pressão
intraocular aumentando a drenagem do humor aquoso, principalmente
através da via uveoescleral e também da malha trabecular.

Estudos clínicos mostraram que a latanoprosta não tem efeito
significativo sobre a produção de humor aquoso, sobre a barreira
hemato-humoral aquosa ou sobre a circulação sanguínea intraocular.
A latanoprosta não induziu extravasamento de fluoresceína no
segmento posterior de olhos humanos pseudofácicos durante o
tratamento em curto prazo.

Não foram observados quaisquer efeitos farmacológicos
significativos sobre o sistema cardiovascular e respiratório com
doses clínicas de latanoprosta.

Não foram observados quaisquer efeitos farmacológicos
significativos sobre o sistema cardiovascular e respiratório com
doses clínicas de latanoprosta.

Maleato de Timolol

O maleato de timolol é um agente bloqueador do receptor beta-1 e
beta-2 adrenérgicos (não seletivo) que não apresenta significativa
atividade simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta
ou atividade anestésica local (estabilizadora de membrana).

Os bloqueadores dos receptores beta adrenérgicos reduzem o
rendimento cardíaco em ambos os indivíduos saudáveis e pacientes
com doenças cardíacas. Em pacientes com insuficiência da função
miocárdica, os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos podem
inibir o efeito estimulante do sistema nervoso simpático necessário
para manter a função cardíaca adequada.

da atividade parassimpática sem contraposição. Este efeito nos
pacientes com asma ou outras condições broncoespásticas é
potencialmente perigoso.

A solução oftálmica de maleato de timolol, quando aplicada
topicamente sobre o olho, tem a ação de reduzir a pressão
intraocular elevada e normal, se acompanhada ou não por glaucoma.
Pressão intraocular elevada é o principal fator de risco na
patogênese de perda do campo visual do glaucomatoso. Quanto maior o
nível de pressão intraocular, maior a probabilidade de perda do
campo visual do glaucomatoso e danos no nervo óptico.

O mecanismo preciso da ação hipotensiva ocular do maleato de
timolol não está totalmente estabelecido até o momento. Estudos de
tomografia e fluorofotometria em homens sugerem que sua ação
predominante pode estar relacionada à redução da formação do humor
aquoso. Contudo, em alguns estudos, um aumento leve no escoamento
do humor aquoso foi observado.

Efeitos Clínicos

Em estudos de dose, a Latanoprosta + Maleato de Timolol
(substância ativa) produziu uma redução significativa maior na
média diurna de PIO comparado a Latanoprosta + Maleato de Timolol
(substância ativa) administrado uma vez ao dia como
monoterapia.

Em dois estudos controlados, de seis meses, duplo-mascarados, o
efeito da redução da PIO da Latanoprosta + Maleato de Timolol
(substância ativa) foi comparado com monoterapia de Latanoprosta +
Maleato de Timolol (substância ativa) em pacientes com PIO de pelo
menos 25 mmHg ou mais. Após duas a quatro semanas de tratamento com
maleato de timolol (diminuição média na PIO de 5 mmHg, a partir da
inclusão do paciente no estudo), reduções adicionais na média
diurna de PIO de 3,1; 2,0 e 0,6 mmHg foram observadas após 6 meses
de tratamento com Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância
ativa), Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância ativa) (duas
vezes ao dia), respectivamente. O efeito da redução da PIO de
Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância ativa) foi mantido em
um período de extensão aberta de 6 meses, destes estudos.

O início da ação de Latanoprosta + Maleato de Timolol
(substância ativa) ocorre dentro de 1 hora e o efeito máximo ocorre
dentro de 6 a 8 horas. O efeito adequado da redução de PIO foi
observado estar presente até 24 horas após dose depois de
tratamentos múltiplos.

Propriedades Farmacocinéticas

Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância
ativa)

Não foram observadas interações farmacocinéticas entre a
latanoprosta e o timolol, embora houvesse uma tendência para o
aumento em aproximadamente duas vezes das concentrações do ácido de
latanoprosta no humor aquoso de 1 a 4 horas após a administração de
Latanoprosta + Maleato de Timolol (substância ativa) quando
comparado com a monoterapia.

Latanoprosta

Absorção

A latanoprosta é absorvida pela córnea onde o pró-fármaco do
éster isopropílico é hidrolisado a forma ácida e torna-se
biologicamente ativo. Estudos em humanos indicam que a concentração
máxima no humor aquoso é alcançada cerca de 2 horas após
administração tópica.

Distribuição

O volume de distribuição em humanos é 0,16 ± 0,02 L/kg. O ácido
de latanoprosta pode ser medido no humor aquoso durante as
primeiras quatro horas e no plasma somente durante a primeira hora
após administração local.

Metabolismo

A latanoprosta, um pró-fármaco do éster isopropílico, é
hidrolisado por estearases presentes na córnea ao ácido
biologicamente ativo. O ácido ativo de latanoprosta alcança a
circulação sistêmica e é principalmente metabolizado pelo fígado
para os metabólitos 1,2-dinor e 1, 2, 3,4-tetranor via β-oxidação
dos ácidos graxos.

Excreção

A eliminação do ácido de latanoprosta do plasma humano é rápida
(t1/2 = 17 min) após administração intravenosa e tópica. O
clearance sistêmico é de aproximadamente 7 mL/min/kg. Após
β-oxidação hepática, os metabólitos são eliminados principalmente
por via renal. Aproximadamente 88% e 98% da dose administrada é
recuperada na urina após administração tópica e intravenosa,
respectivamente.

Maleato de Timolol

A concentração máxima do maleato de timolol no humor aquoso é
alcançada em cerca de 1 hora após a administração tópica do
colírio. Uma parte dessa dose é absorvida sistemicamente e se obtém
uma concentração plasmática máxima de 1 ng/mL em 10-20 minutos após
a administração tópica de uma gota do colírio em cada olho, uma vez
ao dia (300 mcg/dia). A meia-vida do maleato de timolol no plasma é
de cerca de 6 horas. O maleato de timolol é extensivamente
metabolizado no fígado. Os metabólitos são excretados na urina
juntamente com o maleato de timolol inalterado.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

O perfil de segurança sistêmico e ocular dos componentes
individuais é bem estabelecido. Não foi observado efeito adverso
sistêmico ou ocular em coelhos tratados topicamente com a
combinação fixa ou com a administração concomitante de soluções
oftálmicas de latanoprosta e timolol. Os estudos farmacológicos de
segurança, de genotoxicidade e de carcinogenicidade de cada
substância não demonstraram risco especial para os humanos. A
latanoprosta não afetou a cicatrização da ferida corneal do olho do
coelho, enquanto que o timolol inibiu o processo do olho do coelho
e do macaco quando administrado com frequência maior que uma vez ao
dia.

Latanoprosta

Efeitos Sistêmicos/Oculares

A toxicidade ocular assim como a sistêmica de latanoprosta foi
investigada em várias espécies animais. Geralmente, a latanoprosta
é bem tolerada com uma margem de segurança entre a dose clínica
oftálmica e a toxicidade sistêmica de no mínimo 1.000 vezes. Altas
doses de latanoprosta, aproximadamente 100 vezes a dose clínica/kg
de peso corporal, administrada intravenosamente a macacos não
anestesiados aumentaram a frequência respiratória, refletindo
provavelmente uma broncoconstrição de curta duração. Nos macacos, a
latanoprosta foi infundida intravenosamente em doses de até 500
mcg/kg sem maiores efeitos sobre o sistema cardiovascular. Em
estudos animais, a latanoprosta não demonstrou propriedades
sensibilizantes.

Não foram detectados efeitos tóxicos nos olhos com doses de até
100 microgramas /olho/dia em coelhos ou macacos (a dose clínica é
de aproximadamente 1,5 microgramas /olho/dia). A latanoprosta não
produziu efeitos, ou os produziu de modo desprezível, sobre a
circulação sanguínea intraocular quando utilizada com doses
clínicas e estudada em macacos.

Em estudos de toxicidade ocular crônica, a administração de
latanoprosta na dose de 6 microgramas /olho/dia também mostrou
induzir aumento de fissura palpebral. Este efeito é reversível e
ocorre nas doses acima do nível de dose clínica. O efeito não foi
observado em humanos.

Carcinogenicidade

Estudos de carcinogenicidade em camundongos e ratos foram
negativos.

Mutagenicidade

A latanoprosta foi negativa em testes de mutação reversa em
bactérias, mutação genética em linfoma de camundongo e testes de
micronúcleo de camundongo. Foram observadas aberrações
cromossômicas in vitro com linfócitos humanos. Foram
observados efeitos similares com prostaglandinas F2α, uma
prostaglandina que ocorre naturalmente e indica que este é um
efeito de classe.

Estudos adicionais de mutagenicidade sobre a síntese de DNA não
esquematizada in vitro/in vivo em ratos foram
negativos e indicam que a latanoprosta não tem potencial
mutagênico.

Alterações na fertilidade

Não foi observado qualquer efeito sobre a fertilidade de machos
e fêmeas em estudos com animais. No estudo de embriotoxicidade em
ratos, não foi observado embriotoxicidade em doses intravenosas (5,
50 e 250 microgramas /kg/dia) de latanoprosta. Contudo, a
latanoprosta induziu efeitos letais em embriões de coelhos em doses
iguais ou superiores a 5 microgramas /kg/dia. Foi observado que a
latanoprosta pode causar toxicidade embrio-fetal em coelhos
caracterizada pelo aumento de incidências de aborto, reabsorção
tardia e peso fetal reduzido quando administrado em doses
intravenosas de aproximadamente 100 vezes a dose humana.

Teratogenicidade

Não foi detectado potencial teratogênico.

Maleato de Timolol

Carcinogenicidade

Em um estudo de dois anos de maleato de timolol administrado
oralmente a ratos, houve um aumento estatisticamente significativo
na incidência de feocromocitomas adrenais em ratos machos recebendo
300 mg/kg/dia (aproximadamente 42.000 vezes a exposição sistêmica
após a dose oftálmica humana máxima recomendada). Diferenças
similares não foram observadas em ratos recebendo doses orais
equivalentes a aproximadamente 14.000 vezes a dose oftálmica humana
máxima recomendada.

Em um estudo oral com camundongos vivos, houve um aumento
estatisticamente significativo na incidência de tumores pulmonares
malignos e benignos, pólipos uterinos benignos e adenocarcinomas
mamários em camundongos fêmeas na dose de 500 mg/kg/dia
(aproximadamente 71.000 vezes a exposição sistêmica após a dose
oftálmica humana máxima recomendada), mas não nas doses de 5 ou 50
mg/kg/dia (aproximadamente 700 ou 7.000 vezes a exposição sistêmica
após a dose oftálmica humana máxima recomendada). Em um estudo
subsequente com camundongos fêmeas, cujos exames pós-morte foram
limitados ao útero e pulmões, um aumento estatisticamente
significativo na incidência de tumores pulmonares foi novamente
observado com doses de 500 mg/kg/dia.

O aumento da ocorrência de adenocarcinomas mamários foi
associado com elevações de prolactina sérica que ocorreram em
camundongos fêmeas administrados com doses de 500 mg/kg/dia de
maleato de timolol oral, mas não nas doses de 5 ou 50 mg/kg/dia. Um
aumento na incidência de adenocarcinomas mamários em roedores foi
associado com a administração de vários outros agentes terapêuticos
que elevam a prolactina sérica, mas não foi estabelecida correlação
entre níveis de prolactina sérica e tumores mamários em
humanos.

Mutagenicidade

O maleato de timolol foi desprovido de potencial mutagênico
quando testado in vivo (camundongo) no teste de
micronúcleos e ensaios citogenéticos (doses de até 800 mg/kg) e
in vitro em ensaios de transformação de células
neoplásicas (até 100 mcg/mL). Nos testes de Ames, as concentrações
mais altas de maleato de timolol empregados, 5.000 ou 10.000
mcg/placa, foram associadas a elevações estatisticamente
significativas de revertentes observados com cepas de testes TA100
(em sete ensaios replicados), mas não nas três cepas remanescentes.
No ensaio com a cepa de teste TA100, não foi observada uma relação
de resposta consistente com a dose e a taxa de testes para
controlar os revertentes não alcançou a taxa 2. A taxa igual a 2 é
geralmente considerada o critério para um teste de Ames
positivo.

Alterações na fertilidade

Estudos de reprodução e fertilidade em ratos não demonstraram
efeitos adversos na fertilidade de machos ou fêmeas nas doses de
até 21.000 vezes a exposição sistêmica após a dose oftálmica humana
máxima recomendada.

Teratogenicidade

Estudos de teratogenicidade com maleato de timolol em
camundongos, ratos e coelhos com doses orais de até 50 mg/kg/dia
(7.000 vezes a exposição sistêmica que se segue após a dose
oftálmica humana máxima recomendada) não demonstraram evidências de
malformações fetais. Embora a ossificação fetal tardia tenha sido
observada com essa dose em ratos, não houve efeitos adversos no
desenvolvimento pós-natal da prole. Doses de 1.000 mg/kg/dia
(142.000 vezes a exposição sistêmica que se segue após a dose
oftálmica humana máxima recomendada) foram doses maternas tóxicas
em camundongos e resultou em um aumento do número de reabsorção
fetal. Foi observado também aumento da reabsorção fetal em coelhos
nas doses de 14.000 vezes a exposição sistêmica em relação a dose
oftálmica humana máxima recomendada, neste caso, sem toxicidade
materna aparente.

Cuidados de Armazenamento do Xalanoft

Xalanoft deve ser mantido sob refrigeração (entre 2 a 8ºC) e
protegido da luz. Após a abertura do frasco, o produto pode ser
conservado em temperatura ambiente (até 25ºC) por até 10
semanas.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas:

Xalanoft apresenta-se na forma de solução límpida, incolor e
isenta de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Xalanoft

Registro M.S. Nº 1.5423.0198

Farm. Resp.:

Rafaella C. A. Chimiti
CRF-GO n° 4262

Geolab Indústria Farmacêutica S/A

CNPJ: 03.485.572/0001-04
VP. 1B QD.08-B Módulos 01 A 08 – Daia
Anápolis – GO
Indústria Brasileira

SAC:

0800 701 6080

Venda sob prescrição médica.

Xalanoft, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.