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Warfarin

Como o Warfarin funciona?

A varfarina sódica, princípio ativo de Warfarin, é um
anticoagulante que age na inibição dos fatores de coagulação
dependentes da vitamina K. 

O objetivo da terapia com anticoagulante é reduzir a capacidade
de coagulação do sangue, de modo a evitar a trombose e, ao mesmo
tempo, evitar a ocorrência de sangramento espontâneo. 

A varfarina é rápida e completamente absorvida após a
administração oral de Warfarin. Seu início de ação anticoagulante,
no entanto, só se verifica 24 a 72 horas após a administração oral,
e seu efeito anticoagulante máximo pode ocorrer em 72 a 96 horas. A
duração da ação de uma única dose de Warfarin é de 2 a 5 dias.

Contraindicação do Warfarin

Você não deve utilizar Warfarin nas seguintes
situações

  • Primeiras 24 horas antes ou após cirurgia ou parto; 
  • Gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre, devido à
    possibilidade de má formação fetal. A administração a gestantes em
    estágios mais avançados está associada à hemorragia fetal e aumento
    na taxa de aborto; 
  • Aborto incompleto; 
  • Doenças hepáticas ou renais graves; 
  • Hemorragias; 
  • Hipertensão arterial grave não controlada; 
  • Endocardite bacteriana (inflamação da camada mais interna do
    coração causada por bactérias que entraram na circulação
    sanguínea); 
  • Aneurisma cerebral ou aórtico; 
  • Hemofilia; 
  • Doença ulcerativa ativa do trato gastrintestinal; 
  • Feridas ulcerativas abertas; 
  • Hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes da
    fórmula.

Gravidez 

Se administrado no primeiro trimestre da gravidez, Warfarin pode
causar pontilhado ósseo no feto e anormalidades faciais e do
sistema nervoso central, que também podem se desenvolver após
administração no segundo e terceiro trimestres. A administração a
gestante, em estágios mais avançados da gravidez, está associada à
hemorragia fetal e aumento da taxa de aborto. 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento. 

A varfarina é reconhecidamente
teratogênica.

Como usar o Warfarin

A posologia de Warfarin deve ser individualizada para cada
paciente, de acordo com a resposta de TP/INR (valores obtidos
através de exames de sangue) do paciente ao medicamento. 

Dosagem inicial 

Recomenda-se que a terapia com Warfarin seja iniciada com uma
dose de 2,5 mg a 5 mg ao dia, com ajustes posológicos baseados nos
resultados de TP/INR. 

Manutenção 

Na maioria dos pacientes, a resposta é satisfatoriamente mantida
com uma dose de 2,5 a 10 mg ao dia. A flexibilidade da dosagem pode
ser obtida partindo-se os comprimidos ao meio. 

A duração da terapia para cada paciente deve ser
individualizada. De modo geral, a terapia com anticoagulante deve
ser continuada até que o risco de trombose e embolia seja
eliminado. 

Este medicamento foi prescrito pelo médico para você. Por isso,
nunca o administre a outra pessoa, pois pode ser prejudicial a ela,
ainda que os sintomas sejam iguais. 

A dose do medicamento depende dos resultados de exames de sangue
que você deverá fazer periodicamente, orientado por seu
médico. 

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico. 

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Warfarin?

O efeito anticoagulante de Warfarin persiste por mais de 24
horas. Caso você se esqueça de tomar a dose prescrita de Warfarin
no horário marcado, tomar no mesmo dia, assim que possível. No dia
seguinte, a dose esquecida não deve ser adicionalmente ingerida e o
tratamento deve ser seguido normalmente. A dose nunca deve ser
duplicada. 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Warfarin

Warfarin não deve ser administrado a pacientes que apresentem
sangramento ativo e, em geral, o médico não deve prescrever a
pacientes com risco de hemorragia, embora possa ser usado com
extrema precaução.

Os idosos e pacientes com deficiência de vitamina K requerem
cuidado especial, assim como aqueles com
hipertireoidismo. 

Se ocorrerem complicações hemorrágicas graves, deve-se
interromper imediatamente a administração de Warfarin. 

Em caso de suspeita de alteração do efeito de Warfarin, seu
médico deverá monitorar, cuidadosamente, a sua atividade
anticoagulante, a fim de se aumentar ou diminuir a sua dose, se
necessário. 

Se houver perda ou ganho de peso, o médico deve ser informado, a
fim de verificar a necessidade de ajuste de dosagem. 

Caso ocorra qualquer indisposição ou sintoma de causa
desconhecida, o paciente deverá entrar em contato imediatamente com
o médico. 

Uso em idosos 

A administração de varfarina em idosos deve ser realizada com
muita cautela e monitoramento frequente.

Uso durante a lactação (amamentação) 

Embora a varfarina não tenha sido detectada no leite humano, a
possibilidade de um efeito indesejável deste medicamento no
lactente (criança que está sendo amamentada) não pode ser
descartada. 

Caso você esteja amamentando, informe ao seu médico, pois as
crianças devem ser monitoradas quanto ao aparecimento de hematomas
e sangramentos. 

Informe ao seu médico se estiver amamentando. 

Interações medicamentosas 

Interações medicamento-medicamento 

Deve-se ter cautela no uso de qualquer outro medicamento durante
o tratamento com Warfarin. 

A varfarina interage com diversos grupos de medicamentos,
diminuindo ou potencializando seus efeitos. Recomenda-se solicitar
orientação médica para a utilização de qualquer medicamento de
venda livre, como, por exemplo, ácido acetilsalicílico,
analgésicos, antitérmicos, etc. 

A atividade da varfarina pode ser potencializada por esteroides
anabólicos (como: etilestranol, metandrostenolona, noretrandolona),
amiodarona, amitriptilina/nortriptilina, azapropazona, aztreonam,
benzafibrato, cefamandol, cloranfenicol, hidrato de coral,
cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, cotrimoxazol, danazol,
destropropoxifeno, destrotiroxina, dipiridamol, eritromicina,
neomicina, feprazona, fluconazol, glucagon, metronidazol,
miconazol, oxifenilbutazona, fenformina, fenilbutazona,
feniramidol, quinidina, salicilatos, tolbutamida, sulfonamidas (ex:
sulfafenazol, sulfinpirazona), tamoxifeno, triclofos, diflunisal,
flurbiprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, piroxicam, sulindaco
e, possivelmente, outros analgésicos anti-inflamatórios,
cetoconazol, ácido nalidíxico, norfloxacino, tetraciclinas e outros
antibióticos de largo espectro, alopurinol, dissulfiram,
metilfenidato, paracetamol, fármacos para tratamento de disfunções
da tireoide e qualquer fármaco potencialmente tóxico ao
fígado. 

Mulheres em uso de varfarina devem consultar o médico antes do
uso concomitante de creme vaginal ou supositório de miconazol, pois
pode haver potencialização do efeito anticoagulante.

Tanto a potencialização quanto a inibição do efeito
anticoagulante têm sido relatadas com fenitoína, ACTH e
corticosteroides. 

A colestiramina e o sulcralfato acarretam diminuição da
atividade da varfarina. A colestiramina pode também diminuir a
absorção de vitamina K sem, no entanto, aumentar a atividade
anticoagulante da varfarina. O efeito anticoagulante pode ser
diminuído pela administração de vitamina K, inclusive como
constituinte de alguns alimentos, como saladas verdes. 

A atividade anticoagulante da varfarina pode ser inibida por
alguns fármacos, tais como: aminoglutetimida, barbiturato,
carbamazepina, etclorvinol, glutatimida, griseofulvina,
dicloralfenazona, primidona, rifampicina e contraceptivos
orais. 

Interação medicamento-substância 

A atividade anticoagulante pode ser aumentada com grandes
quantidades ou ingestão crônica de álcool, particularmente em
pacientes com insuficiência hepática. Não se deve ingerir álcool
durante o tratamento com Warfarin. 

Interação medicamento-alimento 

Alimentos contendo vitamina K alteram a eficácia
anticoagulante. 

Interação medicamento-exame
laboratorial 

Com exceção dos exames relacionados aos fatores da coagulação
dependentes da vitamina K, que são deprimidos pela varfarina, não
há referência de interferência significativa com outros exames
laboratoriais. 

Informe seu médico ou cirurgião-dentista se você estiver
fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o
conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua
saúde.

Reações Adversas do Warfarin

Hemorragia de menor ou maior intensidade pode ocorrer durante a
terapia com Warfarin, em qualquer tecido ou órgão, manifestando-se
como sangramento externo ou interno, associado a sintomas e
complicações dependentes do órgão ou sistema afetado. 

Pode ocorrer também necrose da pele e de outros tecidos, êmbolos
aterotrombóticos sistêmicos e microêmbolos de colesterol. 

Algumas complicações hemorrágicas podem apresentar sinais e
sintomas que não são imediatamente identificados como resultantes
da hemorragia. Estas reações adversas estão marcadas na tabela
abaixo com um asterisco (*).

Classe de sistemas de órgãos 

Termo do MedDRA 

Desordens do sistema linfático e
sanguíneo 

Anemia* 

Desordens cardíacas 

Dor no peito*, hemorragia
pericárdica 

Desordens endócrinas 

Hemorragia da suprarrenal 

Desordens oculares 

Hemorragia ocular 

Desordens gastrintestinais 

Distensão abdominal, dor abdominal*,
diarreia, disgeusia, disfagia*, flatulência, sangramento gengival,
hematêmese, hematoquezia, melena, hemorragia retal, hemorragia
retroperitonial, vômito 

Desordens gerais e condições no local
de administração 

Astenia*, calafrios, fadiga*,
mal-estar*, dor*, palidez*, inchaço* 

Desordens hepatobiliares 

Hemorragia hepática,
hepatite 

Desordens do sistema imune 

Reação anafilática,
hipersensibilidade 

Sistema musculoesquelético, tecido
conjuntivo e desordens ósseas 

Artralgia*, hemartrose,
mialgia* 

Desordens do sistema nervoso 

Tonturas*, cefaleias*, hemorragia
intracraniana, parestesia*, paralisia*, hematoma espinhal 

Desordens psiquiátricas 

Letargia 

Desordens urinárias 

Hematúria 

Desordens do sistema reprodutor e
mama 

Menorragia, hemorragia
vaginal 

Desordens respiratórias, torácicas e
mediastinais 

Epistaxe, dispneia*, hemoptise,
hemotórax, hemorragia pulmonar alveolar, calcificação
pulmonar 

Desordens do tecido subcutâneo e
pele 

Alopecia, dermatite, dermatite
bolhosa, petéquias, prurido, erupção cutânea, necrose da pele,
urticária 

Desordens vasculares 

Síndrome dos dedos roxos*, embolismo
arterial, embolia gordurosa, hemorragia, hipotensão*, necrose,
choque*, síncope*, vasculite 

(*) Sintomas ou condições médicas resultantes de complicações
hemorrágicas. 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Warfarin

Cada comprimido contém: 

Varfarina sódica 5 mg.

Excipientes:

amido, lactose monoidratada, corante vermelho ponceau 4R,
estearato de magnésio e água purificada.

Superdosagem do Warfarin

Em caso de superdose deve-se procurar orientação médica, através
de seu médico ou de algum serviço hospitalar
imediatamente. 

Um dos sintomas que pode ocorrer após uma superdose é hemorragia
de qualquer tecido ou órgão. Os sinais e sintomas variam de acordo
com a localização e extensão do sangramento. 

A possibilidade de hemorragia deve ser considerada em qualquer
paciente sob terapia anticoagulante que sofra quedas, quando não
houver um diagnóstico óbvio. 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Warfarin

Interação medicamento-medicamento

Deve-se ter cuidado no uso em conjunto de qualquer fármaco em
pacientes recebendo tratamento com anticoagulante oral.

A atividade da Varfarina Sódica (substância ativa) pode
ser potencializada por:

Esteroides anabólicos (como: etilestranol,
metandrostenolona, noretrandolona), amiodarona,
amitriptilina/nortriptilina, azapropazona, aztreonam,
benzafibrato, cefamandol, cloranfenicol, hidrato de
coral, cimetidina, ciprofloxacino, clofibrato, cotrimoxazol,
danazol, destropropoxifeno, destrotiroxina, dipiridamol,
eritromicina, neomicina, feprazona, fluconazol, glucagon,
metronidazol, miconazol, oxifenilbutazona, fenformina,
fenilbutazona, feniramidol, quinidina, salicilatos,
tolbutamida, sulfonamidas (ex: sulfafenazol, sulfinpirazona),
tamoxifeno, triclofos, diflunisal, flurbiprofeno, indometacina,
ácido mefenâmico, piroxicam, sulindaco e, possivelmente,
outros analgésicos anti-inflamatórios, cetoconazol, ácido
nalidíxico, norfloxacino, tetraciclinas e outros antibióticos de
largo espectro, alopurinol, dissulfiram, metilfenidato,
paracetamol, fármacos para tratamento de disfunções da tireoide e
qualquer fármaco potencialmente tóxico ao fígado.

Mulheres em uso de Varfarina Sódica (substância ativa) devem
consultar o médico antes do uso concomitante de creme vaginal
ou supositório de miconazol, pois pode haver potencialização do
efeitoanticoagulante.

Tanto a potencialização quanto a inibição do efeito
anticoagulante têm sido relatadas com fenitoína, ACTH e
corticosteroides.

A colestiramina e o sulcralfato acarretam diminuição da
atividade da Varfarina Sódica (substância ativa). A colestiramina
pode também diminuir a absorção de vitamina K sem, no entanto,
aumentar a atividade anticoagulante da Varfarina Sódica (substância
ativa). O efeito anticoagulante pode ser diminuído
pela administração de vitamina K, inclusive como constituinte
de alguns alimentos, como saladas verdes.

A atividade anticoagulante da Varfarina Sódica
(substância ativa) pode ser inibida por alguns fármacos, tais
como:

Aminoglutetimida, barbiturato, carbamazepina, etclorvinol,
glutatimida, griseofulvina, dicloralfenazona, primidona,
rifampicina e contraceptivos orais.

Interação medicamento-substância

A atividade anticoagulante pode também ser aumentada com grandes
quantidades ou ingestão crônica de álcool, particularmente em
pacientes com insuficiência hepática.

Interação medicamento-exame laboratorial

Com exceção dos exames relacionados aos fatores da coagulação
dependentes da vitamina K, que são deprimidos pela Varfarina Sódica
(substância ativa), não há referência de interferência
significativa com outros exames laboratoriais.

Interação Alimentícia do Warfarin

Alimentos contendo vitamina K alteram a eficácia
anticoagulante.

Ação da Substância Warfarin

Resultados de eficácia

Fibrilação Atrial (FA)

Em cinco estudos clínicos prospectivos, randomizados e
controlados, envolvendo 3.711 pacientes com FA não reumática,
a Varfarina Sódica (substância ativa) sódica reduziu
significativamente o risco de tromboembolismo sistêmico, incluindo
acidente vascular cerebral (vide Tabela 1). A redução do risco
variou de 60% a 86% em todos os estudos clínicos, exceto em um
(CAFA: 45%), que foi interrompido prematuramente devido aos
resultados positivos publicados de dois desses estudos. A
incidência de sangramentos importantes nesses estudos clínicos
variou de 0,6 a 2,7% (vide Tabela 1).

Tabela 1: Estudos clínicos sobre a Varfarina Sódica
(substância ativa) sódica em pacientes com FA não
reumática*:

*Todos os resultados dos estudos com a Varfarina Sódica
(substância ativa) versus controle se basearam na análise
por intenção-de-tratar; incluíram acidente vascular cerebral
sistêmico e tromboembolismo sistêmico e excluíram acidente vascular
cerebral hemorrágico e ataque isquêmico transitório.
PTR = (prothrombin ratio, relação de protrombina); RNI = Razão (ou
Índice) de Normalização Internacional.

Estudos em pacientes com FA e estenose mitral sugerem um
benefício anticoagulante com o uso de Varfarina Sódica
(substância ativa).

Infarto do Miocárdio

O estudo WARIS (Estudo de Recidiva de Infarto com Varfarina
Sódica (substância ativa)) foi um estudo duplo-cego, randomizado,
envolvendo 1.214 pacientes, em duas a quatro semanas após o
infarto, tratados com Varfarina Sódica (substância ativa) até
uma RNI-alvo de 2,8 a 4,8. O desfecho primário foi uma combinação
entre a mortalidade total e a recidiva de infarto. Foi avaliado um
desfecho secundário de eventos vasculares cerebrais. O tempo
médio de acompanhamento dos pacientes foi de trinta e sete
meses. Os resultados de cada desfecho separadamente, incluindo
uma análise de morte vascular, são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Análise dos desfechos de eventos
separados:

RR = Risco Relativo; Redução do risco = (1-RR); IC = Intervalo
de Confiança; IM = Infarto do Miocárdio; pa = pacientes-ano.

Válvulas Cardíacas Mecânicas e
Bioprotéticas

Em um estudo prospectivo, randomizado, aberto e de controle
positivo, envolvendo 254 pacientes com válvulas cardíacas
mecânicas e protéticas, o intervalo sem ocorrência
de tromboembolismo foi considerado significantemente maior nos
pacientes tratados com Varfarina Sódica (substância ativa)
sódica isoladamente, em comparação aos pacientes tratados com a
associação dipiridamol ácido acetilsalicílico (plt;0,005) e
pentoxifilina/ácido acetilsalicílico (plt;0,05) (vide Tabela
3). 

Tabela 3 – Estudo clínico prospectivo, randomizado,
aberto e de controle positivo, de Varfarina Sódica (substância
ativa) sódica em pacientes com válvulas cardíacas mecânicas
protéticas:

Pa = paciente por ano​.

Em um estudo clínico prospectivo aberto, comparando a terapia de
intensidade moderada (RNI de 2,65) versus a terapia
de alta intensidade (RNI de 9,0) com Varfarina Sódica (substância
ativa) sódica, em 258 pacientes portadores de válvulas cardíacas
mecânicas protéticas, os casos de tromboembolismo ocorreram
com frequência semelhante nos dois grupos (4,0 e
3,7 eventos/100 pacientes-ano, respectivamente). O sangramento
importante foi mais comum no grupo de alta intensidade (vide Tabela
4).

Tabela 4 – Estudo clínico prospectivo e aberto de
Varfarina Sódica (substância ativa) em pacientes com
válvulas cardíacas mecânicas protéticas

Evento

Terapia de intensidade moderada com Varfarina
Sódica (substância ativa) (RNI 2,65)

Terapia de alta intensidade com Varfarina Sódica
(substância ativa) (RNI 9,0)

Tromboembolismo4,0/100 pa3,7/100 pa
Sangramento
importante
0,95/100 pa2,1/100 pa

Pa = paciente por ano.

Em um estudo clínico randomizado com 210 pacientes, comparando
dois tratamentos de intensidades diferentes com Varfarina
Sódica (substância ativa) sódica (RNI de 2,0 a 2,25 versus
RNI 2,5 a 4,0) por um período de três meses após a substituição do
tecido da válvula cardíaca, os casos de tromboembolismo ocorreram
com uma frequência semelhante nos dois grupos
(eventos embólicos importantes 2,0% versus 1,9%,
respectivamente, e eventos embólicos menores 10,8% versus
10,2%, respectivamente). Hemorragias importantes ocorreram em 4,6%
dos pacientes na terapia de maior intensidade, quando
comparadas a nenhuma complicação na terapia de menor
intensidade.


Características farmacológicas

Farmacodinâmica

A Varfarina Sódica (substância ativa) atua inibindo a síntese de
fatores de coagulação dependentes da vitamina K, incluindo os
fatores II, VII, IX e X, e as proteínas anticoagulantes C e S. A
vitamina K é um cofator essencial para a síntese
pós-ribossômica dos fatores de coagulação dependentes dela. A
vitamina K promove a biossíntese de resíduos do ácido
gama-carboxiglutâmico nas proteínas que são essenciais para a
atividade biológica. Supõe-se que a Varfarina Sódica (substância
ativa) interfira na síntese do fator de coagulação através da
inibição, redução e regeneração da vitamina K1-epóxido.

O efeito de anticoagulação geralmente ocorre em vinte e quatro
horas após a administração de Varfarina Sódica (substância
ativa) sódica. No entanto, a ocorrência do efeito anticoagulante
máximo pode demorar de setenta e duas a noventa e seis horas.
A duração da ação de uma dose única de Varfarina Sódica
(substância ativa) é de dois a cinco dias. Seus efeitos podem se
tornar mais evidentes com a manutenção do tratamento, de acordo com
a sobreposição dos efeitos de cada dose administrada.

O efeito da Varfarina Sódica (substância ativa) sódica depende
diretamente das meias-vidas dos fatores de coagulação
dependentes de vitamina K e proteínas anticoagulantes afetadas:
Fator II: sessenta horas, VII: quatro a seis horas, IX: vinte e
quatro horas e X: quarenta e oito a setenta e duas horas, e
proteínas C e S são de, aproximadamente, oito e trinta horas,
respectivamente.

Farmacocinética

Absorção

A Varfarina Sódica (substância ativa) é praticamente absorvida
por completo após a administração oral, sendo a concentração
sérica máxima geralmente atingida nas primeiras quatro horas.

Distribuição

A Varfarina Sódica (substância ativa) tem um volume de
distribuição aparente relativamente pequeno, de 0,14L/kg
aproximadamente. A fase de distribuição, que dura de seis a doze
horas, pode ser percebida após a administração oral de uma solução
aquosa. Aproximadamente 99% da droga é ligada às proteínas
plasmáticas.

Metabolismo

A Varfarina Sódica (substância ativa) é estereosseletivamente
metabolizada por enzimas microssômicas hepáticas do citocromo P-450
(CYP450) em metabólitos hidroxilados inativos (via predominante), e
por redutases em metabólitos reduzidos (álcoois de Varfarina Sódica
(substância ativa)), com atividade anticoagulante mínima. Os
metabólitos da Varfarina Sódica (substância ativa) identificados
incluem a d-hidro Varfarina Sódica (substância ativa), dois
álcoois diastereoisômeros e 4-, 6-, 7-, 8- e
10-hidroxiVarfarina Sódica (substância ativa). As isoenzimas do
citocromo P-450 envolvidas no metabolismo da Varfarina Sódica
(substância ativa) incluem a 2C9, 2C19, 2C8, 2C18, 1A2 e 3A4.
O CYP2C9, uma enzima polimórfica, é provavelmente a principal
forma do P-450 hepático humano que modula a atividade
anticoagulante in vivo da Varfarina Sódica (substância
ativa). Pacientes com uma ou mais variações dos alelos da
isoenzima 2C9 apresentam um clearance da S-Varfarina
Sódica (substância ativa) diminuído.

Excreção

A meia-vida terminal da Varfarina Sódica (substância ativa) após
uma dose única é, aproximadamente, uma semana. No entanto, a
meia-vida efetiva varia de vinte a sessenta horas, com uma média de
aproximadamente quarenta horas. O clearance da R-Varfarina
Sódica (substância ativa) é geralmente metade
do clearance da S-Varfarina Sódica (substância
ativa). Assim, uma vez que os volumes de distribuição são
semelhantes, a meia-vida da R-Varfarina Sódica (substância ativa) é
maior que a da S-Varfarina Sódica (substância ativa). A meia-vida
da R-Varfarina Sódica (substância ativa) varia de trinta e
sete a oitenta e nove horas, ao passo que a meia-vida da
S-Varfarina Sódica (substância ativa) varia de vinte e uma a
quarenta e três horas. Estudos com a droga marcada radioativamente
demonstraram que até 92% da dose administrada por via oral é
recuperada na urina, principalmente sob a forma de
metabólitos. Uma quantidade muito pequena de Varfarina Sódica
(substância ativa) não metabolizada é excretada na urina. A
excreção urinária ocorre na forma de metabólitos.

Pacientes Idosos

Os pacientes com idade igual ou superior a 60 anos parecem
apresentar uma resposta de Razão Normalizada Internacional
(RNI) maior que a esperada para os efeitos anticoagulantes da
Varfarina Sódica (substância ativa). A causa do aumento da
sensibilidade aos efeitos anticoagulantes da Varfarina Sódica
(substância ativa) nessa faixa etária é desconhecida, mas pode ser
devida à combinação de fatores farmacocinéticos e
farmacodinâmicos. Informações limitadas sugerem que não há
diferença no clearance da S-Varfarina Sódica (substância
ativa). No entanto, pode haver uma discreta redução no
clearance da R-Varfarina Sódica (substância ativa) nos
pacientes idosos em comparação com os jovens. Portanto, conforme a
idade do paciente aumenta, é geralmente necessária uma
dose menor de Varfarina Sódica (substância ativa) para que se
atinja um nível terapêutico de anticoagulação.

Disfunção Renal

Pacientes com disfunção renal têm maior propensão para diátese
hemorrágica. Pacientes com disfunção renal que fazem tratamento com
Varfarina Sódica (substância ativa) devem monitorar a RNI
cuidadosamente.

Disfunção Hepática

A disfunção hepática pode potencializar a resposta à Varfarina
Sódica (substância ativa) através do comprometimento da síntese dos
fatores de coagulação e da redução do metabolismo da Varfarina
Sódica (substância ativa).

Cuidados de Armazenamento do Warfarin

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em
temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC); proteger da luz e
umidade. 

O prazo de validade é de 24 meses após a data de fabricação
(vide cartucho). 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Comprimido rosa claro, circular, plano, sulcado. 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Warfarin

Registro MS –  1.0497.0210 

União Química Farmacêutica
Nacional S/A 

Rua Coronel Luiz Tenório de Brito, 90 
Embu-Guaçu –  SP –  CEP 06900-000 
CNPJ 60.665.981/0001-18 
Indústria Brasileira 

Farm. Resp.:

Florentino de Jesus Krencas 
CRF-SP n° 49136 

Fabricado na unidade fabril: 

Trecho 1, Conjunto 11, Lote 6/12 
Polo de Desenvolvimento JK 
Brasília –  DF –  CEP: 72549-555 
CNPJ: 60.665.981/0007-03 
Indústria Brasileira 

SAC 0800 11 1559

Venda sob prescrição médica.

Warfarin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.