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Tykerb

Tykerb em combinação com capecitabina, é indicado para o
tratamento de pacientes com câncer de mama avançado ou metastático,
cujos tumores superexpressam HER2/neu (ErB2) e que tenham
progredido com tratamento anterior, inclusive com trastuzumabe, em
tumores com metástase.

Tykerb, em combinação com trastuzumabe, é indicado para o
tratamento de pacientes com câncer de mama metastático negativo
para receptores de hormônios, cujos tumores superexpressam HER2/neu
(ErB2) e que tenham progredido em terapia prévia com trastuzumabe
em combinação com quimioterapia, em tumores com metástase.

Câncer de mama metastático hormônio sensível Tykerb, em
combinação com letrozol, é indicado para mulheres na pós-menopausa,
com câncer de mama avançado ou metastático positivo para receptores
de hormônios, cujos tumores superexpressam HER2/neu (ErbB2) e para
as quais a terapia hormonal é recomendada. Tykerb, em combinação
com um inibidor de aromatase, não foi comparado a um regime
terapêutico contendo trastuzumabe, no tratamento do câncer de mama
metastático.

Informações sobre a capecitabina, trastuzumabe e letrozol podem
ser encontradas na bula do produto. Peça a seu médico para lhe
fornecer essas informações.

Como o Tykerb funciona?


O lapatinibe, composto presente em Tykerb, quando usado em
combinação com outro medicamento direcionado ao câncer, pode
diminuir e interromper o crescimento de células cancerígenas, ou
mesmo destruílas, em pacientes com alguns tipos de câncer de mama
em estágio avançado que já tenham recebido tratamento prévio.

Tykerb leva 7 dias, após o início do tratamento, para iniciar a
ação farmacológica, desde que se mantenha a dose diária
recomendada.

Geralmente, as alterações no tamanho do tumor ocorrem após 4 a 8
semanas do início do tratamento, podendo a diminuição do tamanho do
tumor ser observada após 7 dias de tratamento com Tykerb.
Entretanto, estes resultados podem variar entre os pacientes.

Contraindicação do Tykerb

Tykerb é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade
(alergia) a qualquer componente da formulação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Como usar o Tykerb

Via oral.

Sempre tome Tykerb exatamente conforme as instruções do seu
médico. Tykerb deve ser tomado com o estômago vazio, isto é, no
mínimo 1 hora antes ou 1 hora depois de uma refeição. A dose diária
recomendada de Tykerb não deve ser dividida.

Posologia do Tykerb


Tykerb em combinação com capecitabina

A dose usual de Tykerb é de cinco comprimidos por dia por via
oral (pela boca). Eles lhe fornecerão a dose total de 1.250 mg.
Engula os cinco comprimidos inteiros com água, um após outro, no
mesmo horário todos os dias. Tykerb deve ser administrado em
combinação com capecitabina. Seu médico informará a dose e os dias
em que você vai tomar a capecitabina.

Tykerb em combinação com trastuzumabe

A dose recomendada de Tykerb é de 1000mg (ou seja, quatro
comprimidos) uma vez ao dia continuamente, quando ingerido em
combinação com trastuzumabe. A dose recomendada de trastuzumabe é
de 4mg/kg, administrada com uma dose de ataque intravenosa (IV),
seguida de 2mg/Kg IV semanalmente.

Tykerb em combinação com um inibidor da
aromatase

A dose recomendada de Tykerb é 1500 mg (ou seja, seis
comprimidos) uma vez ao dia continuamente, quando administrado em
combinação com um inibidor da aromatase. Quando Tykerb for
coadministrado com o inibidor de aromatase letrozol, a dose
recomendada de letrozol é 2,5 mg uma vez ao dia.

Se Tykerb for coadministrado com um inibidor da aromatase
diferente do letrozol, consulte seu médico. Dependendo de sua
resposta ao tratamento, seu médico poderá solicitar a alteração das
doses de Tykerb ou até a interrupção do tratamento.

Reações cutâneas graves (na pele)

Seu médico poderá solicitar a interrupção do tratamento com
Tykerb caso você apresente reações cutâneas graves como lesão na
pele (rash), bolhas e descamação da pele.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Tykerb?


Se você se esquecer de tomar o medicamento, NÃO use uma dose
duplicada para repor a dose esquecida. Apenas siga com o
tratamento, tomando normalmente a medicação no dia seguinte.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Tykerb

Converse atentamente com seu médico antes de usar Tykerb
se você:

  • Tem algum problema no coração ou no fígado;
  • Tem algum problema respiratório ou nos pulmões;
  • Está grávida, pretende ficar grávida ou está amamentando.

Não existem ainda informações científicas suficientes sobre o
uso de Tykerb em crianças e idosos.

Seu médico poderá solicitar exames para checar o funcionamento
do seu coração ou fígado. Ele poderá solicitar a interrupção do
tratamento ou alteração na dosagem de acordo com os resultados
obtidos.

Antes do início do tratamento, seu médico poderá solicitar
também alguns exames para verificar seus níveis sanguíneos de
potássio, cálcio e magnésio e solicitar o tratamento de acordo com
os resultados.

Diarreia

O uso de Tykerb tem sido associado à diarreia, às vezes intensa
(ver Quais os males que este medicamento pode me causar?). Esta
pode ser grave e foram relatados casos de morte. A diarreia
normalmente ocorre no início do tratamento com Tykerb e, em
aproximadamente metade desses pacientes, inicia-se nos primeiros
seis dias.

Esta dura, aproximadamente, 4 a 5 dias e é, normalmente, de grau
baixo. Informe seu médico imediatamente caso observe qualquer
alteração nas fezes. Seu médico poderá recomendar o tratamento
imediato da diarreia com agentes antidiarreicos ou antibióticos
(especialmente se a diarreia for persistente por mais de 24 horas,
com febre ou diminuição na contagem dos neutrófilos), e/ou a
suspensão ou interrupção do seu tratamento com Tykerb.

Reações cutâneas graves (na pele)

Reações cutâneas graves foram relatadas com o uso de Tykerb. Os
sintomas podem incluir lesão na pele (rash), bolhas e
descamação da pele. Converse com o médico assim que possível sobre
esses sintomas. Como essas reações cutâneas podem ser um risco à
vida, o médico pode solicitar a interrupção do tratamento.

Reações Adversas do Tykerb

Como todo medicamento, Tykerb pode provocar efeitos
indesejáveis. Devido ao uso de Tykerb juntamente com capecitabina,
trastuzumabe, ou letrozol, você poderá apresentar efeitos
colaterais possivelmente relacionados a essas combinações de
medicamentos.

Os seguintes efeitos colaterais têm sido associados ao
uso de Tykerb:

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Diarreia, que pode levar à desidratação;
  • Perda de apetite (anorexia), náuseas e vômitos;
  • Erupção cutânea;
  • Cansaço.

O uso de Tykerb tem sido associado à diarreia, às vezes
intensa.

Informe seu médico imediatamente aos primeiros sinais de
diarreia (fezes moles ou soltas), considerando que é importante que
esse efeito seja tratado da forma correta.

Tykerb pode causar diarreia severa. Se você tiver
diarreia enquanto estiver tomando Tykerb:

  • Beber líquidos em abundância (8 a 10 copos por dia), tais como
    água, bebidas isotônicas ou outros líquidos claros;
  • Comer alimentos com alto teor proteico, e baixo teor de
    gorduras, ao invés de alimentos condimentados e gordurosos;
  • Comer vegetais cozidos ao invés de vegetais in natura, e
    remover a pele das frutas antes de comer;
  • Evitar leite e produtos lácteos (incluindo sorvete);
  • Evitar suplementos herbais (alguns podem causar diarreia).

Informe ao seu médico se a sua diarreia
persistir.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Batimento cardíaco irregular e respiração ofegante devido à
    diminuição do volume de sangue bombeado pelo coração;
  • Alterações nas unhas.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

  • Inflamação dos pulmões causada por medicamentos, que pode
    provocar falta de ar e tosse;
  • Hiperbilirrubinemia;
  • Toxicidade no fígado.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Reações alérgicas (hipersensibilidade), incluindo anafilaxia
(reação alérgica grave).

Reações adversas com Tykerb em combinação com
capecitabina:

Além das reações adversas observadas com o uso de Tykerb
sozinho, houve relatos das seguintes reações adversas associadas
com Tykerb em combinação com capecitabina.

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Indigestão;
  • Pele ressecada.

As reações a seguir foram relatadas e associadas à
combinação de Tykerb e capecitabina, mas são similares ao uso da
capecitabina sozinha:

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Feridas na boca;
  • Dores abdominais;
  • Constipação;
  • Insônia;
  • Dores nas costas, nas mãos e nos pés;
  • Palmas das mãos ou solas dos pés adormecidas, inchadas,
    doloridas ou avermelhadas, inflamação nas mucosas.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Dor de cabeça.

Reações adversas com Tykerb em combinação com
trastuzumabe:

Além das reações adversas observadas com o uso de Tykerb
sozinho, não houve relatos de reações adversas adicionais
associadas ao Tykerb em combinação com trastuzumabe.

Houve um aumento na incidência de toxicidade no coração, mas
esses eventos foram de natureza e gravidade comparáveis àquelas
relatadas ao uso de Tykerb sozinho.

Reações adversas com Tykerb em combinação com
letrozol:

Além das reações adversas observadas com o uso de Tykerb
sozinho, houve relatos das seguintes reações adversas associadas
com Tykerb em combinação com letrozol.

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

  • Epistaxe (sangramento nasal);
  • Pele ressecada;
  • Alopecia (queda de cabelo).

Dados pós-comercialização

As reações adversas a seguir foram derivadas de experiências
pós-comercialização de Tykerb por relatórios de casos individuais e
casos de literatura. Uma vez que essas reações foram relatadas
voluntariamente, de uma população de tamanho impreciso, não é
possível estimar com segurança a frequência destas, assim, a
frequência é desconhecida.

  • Batimentos cardíacos irregulares (alteração na atividade
    elétrica do coração);
  • Reações na pele graves que podem incluir: erupções,
    avermelhamento, bolhas nos lábios, olhos e boca, descamação da
    pele, febre e qualquer combinação destes.

Avise seu médico imediatamente se você apresentar um ou mais
desses sintomas. Eles podem persistir mesmo depois que você
interromper o uso de Tykerb.

Se um ou mais dos sintomas listados nesta bula se agravar ou se
você observar algum sintoma que não tenha sido relacionado aqui,
informe seu médico ou farmacêutico.

Atenção:

este produto é um medicamento que possui nova indicação
terapêutica no país, e embora as pesquisas tenham indicado eficácia
e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ou
desconhecidas.

Nesse caso, informe seu médico ou
cirurgião-dentista.

População Especial do Tykerb

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Não há estudos sobre o efeito de Tykerb na capacidade de dirigir
veículos ou operar máquinas. Não se pode estimar nenhum efeito
prejudicial sobre essas habilidades com base na farmacologia de
Tykerb.

O seu médico irá levar em conta a sua condição clínica e o
perfil de reações adversas de Tykerb para avaliar a sua capacidade
de executar tarefas que exijam habilidades motoras, cognitivas ou
de tomada de decisão.

Gravidez e amamentação

Os efeitos do lapatinibe sobre a gestação ainda são
desconhecidos. Por isso, você deve evitar ficar grávida enquanto
usar Tykerb. Para isso, utilize um método contraceptivo (uma forma
de evitar a gravidez) confiável. Informe seu médico se você ficar
grávida durante o tratamento com Tykerb. Não se recomenda amamentar
durante o tratamento com Tykerb. Não se sabe se ele é excretado no
leite materno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgiãodentista.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Composição do Tykerb

Apresentação

Comprimidos revestidos de 250 mg em embalagens com 70
comprimidos.

Via oral.

Uso adulto acima de 18 anos.

Composição

Cada comprimido revestido contém:

250 mg de lapatinibe (equivalente a 405 mg de ditosilato de
lapatinibe monohidratado).

Excipientes:

celulose microcristalina, povidona, amidoglicolato de sódio,
estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio,
macrogol/PEG 400, polissorbato 80, óxido de ferro amarelo, óxido de
ferro vermelho, água purificada.

Superdosagem do Tykerb

Foram relatados casos sintomáticos e assintomáticos de
superdosagem em pacientes tratados com Tykerb.

Os sintomas observados incluem eventos conhecidos associados ao
uso de Tykerb, como diarreia, vômitos e erupções na pele
(rash) e em alguns casos relatou-se ferimentos no couro
cabeludo, aumento dos batimentos cardíacos (taquicardia) e/ou
inflamação das mucosas.

Em caso de superdosagem, o tratamento com Tykerb deve ser
suspenso até a resolução dos sintomas. Procedimentos adicionais
devem ser realizados conforme indicação de seu médico. Se
acidentalmente você tomar medicamento demais, deve falar com seu
médico ou farmacêutico ou entrar em contato com o departamento de
emergência do hospital mais próximo para obter instruções.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Tykerb

Certos medicamentos interagem com Tykerb, e possa ser
que você não possa usá-los enquanto está em tratamento com Tykerb.
São eles:

  • Medicamentos usados para tratar infecções (antibióticos e
    antimicóticos);
  • Medicamentos usados no tratamento da AIDS;
  • Medicamentos usados para tratar asma ou inflamações crônicas
    (corticosteroides);
  • Medicamentos usados para tratar convulsões
    (anticonvulsivantes);
  • Medicamentos usados para tratar alguns problemas cardíacos ou
    pressão alta (bloqueadores de canais de cálcio);
  • Medicamentos usados para tratar problemas gástricos, como
    esomeprazol;
  • Medicamentos utilizados para controle da saúde mental, como
    antidepressivos;
  • Medicamentos usados para tratar úlcera gastroduodenal;
  • Alguns medicamentos usados para tratar câncer (topotecana,
    paclitaxel, docetaxel, irinotecano);
  • Medicamentos usados no tratamento da hipercolesterolemia
    (níveis altos de colesterol no sangue);
  • Medicamentos usados no tratamento de diabetes (níveis altos de
    glicose no sangue);
  • Medicamentos usados no tratamento de disfunções no sistema
    digestivo;
  • Medicamentos usados para supressão do sistema imune (baixa
    defesa do organismo), como os usados após transplante de
    órgãos;
  • Medicamentos usados para dormir, como midazolam;
  • Suplementos fitoterápicos.

Por isso, se você toma ou tomou recentemente algum outro
medicamento, informe isso a seu médico. Fale inclusive sobre os que
você usa sem prescrição médica. Ele irá rever suas medicações para
ter certeza de que você não utiliza algo que não poderia utilizar
enquanto está em tratamento com Tykerb.

Se você precisa de alguma dessas medicações e não há um
substituto disponível, discuta isso com seu médico.

Como Tykerb pode ser utilizado em associação a capecitabina,
trastuzumabe ou letrozol, você deve conversar com seu médico também
sobre outras drogas que devem ser evitadas quando se toma qualquer
uma das medicações mencionadas anteriormente. Você não deve beber
suco de toranja (grapefruit) enquanto estiver em
tratamento com Tykerb.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Tykerb

Resultados de Eficácia

Estudos Clínicos

Dados de dois estudos randomizados em cenário metastático
mostraram que Ditosilato De Lapatinibe (substância ativa) em
combinação com quimioterapia é menos efetivo que trastuzumabe
combinado a quimioterapia.

O lapatinibe não é indicado em cenário de adjuvância.

Tratamento combinado com Ditosilato De Lapatinibe e
capecitabina

A eficácia e a segurança de Ditosilato De Lapatinibe em
combinação com capecitabina no tratamento de câncer de mama foram
avaliadas em um estudo clínico randomizado. Participaram do estudo
pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado,
com superexpressão de ErbB2 (IHC 3+ ou IHC 2+ e FISH positivo) e em
progressão após tratamento anterior com taxanos, antraciclinas e
trastuzumabe. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi
avaliada em todas as pacientes por meio de ecocardiograma [ECG] ou
de cintilografia de perfusão do miocárdio (MUGA, na sigla em
inglês) antes do início do tratamento com Ditosilato De Lapatinibe
para assegurar que a FEVE basal estivesse dentro dos limites
normais.

Em estudos clínicos, a FEVE foi monitorizada em intervalos de
aproximadamente oito semanas durante o tratamento com lapatinibe
para assegurar que não houvesse declínio da fração para níveis
menores que o limite inferior de normalidade. Observou-se a maioria
dos casos de declínio da FEVE (mais de 60% dos eventos) durante as
primeiras nove semanas de tratamento, mas os dados disponíveis
sobre a exposição a longo prazo eram limitados.

A distribuição das pacientes foi aleatória para receber
Ditosilato De Lapatinibe em regime de 1.250 mg uma vez por dia
(continuamente) em combinação com capecitabina (2.000 mg/m2/dia nos
dias 1 a 14 a cada 21 dias) ou somente capecitabina (2.500
mg/m2/dia nos dias 1 a 14 a cada 21 dias). O tratamento do estudo
foi administrado até a progressão da doença ou abandono do paciente
por alguma outra razão. O objetivo primário (primary endpoint) foi
o Tempo Para Progressão (TTP, na sigla em inglês) da doença, e os
resultados apresentados abaixo se basearam na revisão conduzida por
um comitê de revisão independente. Uma análise interina
pré-especificada foi conduzida com a data de corte de 15 de
Novembro de 2005. Esta mostrou um aumento no TTP (representando uma
redução de 51% do risco de ter progressão) para pacientes
administrados com Ditosilato De Lapatinibe em combinação com
capecitabina, comparado a capecitabina em monoterapia (ver Tabela
01).

Tabela 1: Dados-Chave de Eficácia do Estudo de
Ditosilato De Lapatinibe/capecitabina

Avaliação Independente

Resultados de eficácia

Ditosilato de Lapatinibe com
capecitabina
(N=163)

Monoterapia
com
capecitabina
(N=161)

Tempo Para Progressão

Progressão ou morte
em decorrência do
câncer de mama

30%

45%

Tempo Para Progressão
mediano (semanas)

36,7

19,1

Hazard ratio, IC 95%
(valor p)

0,49 (0,34;
0,71)
0,00008

Taxa de Resposta
Global, IC 95%

22,1%
(16,0; 29,2)

14,3%
(9,3; 20,7)

Duração de Resposta
Mediana (semanas)

35,1

30,7

IC = Intervalo de confiança.

Uma análise subsequente foi feita com a data de corte de 03 de
Abril de 2006 (a data em que o recrutamento para o estudo foi
encerrado). Nesta data, 399 pacientes tinham sido recrutados (198
no braço da combinação e 201 no braço de controle). Uma análise
feita pelo comitê de revisão independente confirmou um aumento no
TTP para pacientes tratadas com Ditosilato De Lapatinibe em
combinação com capecitabina (com uma redução de 43% no risco de
progressão da doença), em comparação com a monoterapia com
capecitabina (p=0,00013). A mediana no TTP foi 27,2 e 18,6, a
resposta global foi 23,8% e 13.9%, a duração de resposta mediana
foi 32,1 e 30,6 semanas para Ditosilato De Lapatinibe(substância
ativa) em combinação com capecitabina e capecitabina em
monoterapia, respectivamente.

No grupo de tratamento combinado houve 4 (2%) progressões da
doença no sistema nervoso central, em comparação a 13 (6%)
progressões observadas no grupo tratado somente com capecitabina,
conforme avaliado pelo comitê de revisão independente (ver Efeito
do lapatinibe em metástase no SNC, em Resultados de Eficácia).

Na ocasião em que o recrutamento foi encerrado para o estudo (03
de Abril de 2006), 399 pacientes foram randomizadas para inclusão
no estudo e outros 9 pacientes estavam sendo submetidas à triagem.
O tratamento combinado foi oferecido às 9 pacientes em triagem e a
todos aqueles que já estavam recebendo monoterapia com
capecitabina. No total, 207 pacientes foram designadas para o
tratamento combinado e 201 pacientes para a monoterapia com
capecitabina.

Um resumo da análise dos dados de sobrevida até 1º de Outubro é
exposto na Tabela 2.

Tabela 2. Dados de Sobrevida Global do estudo EGF 100151
(Ditosilato De Lapatinibe/capecitabina)

 

Ditosilato De Lapatinibe + capecitabina
(N=207)

Monoterapia com capecitabina (N=201)

Sobrevida Global

Morreram

81%

86%

Sobrevida Global Mediana
(semanas)

75,0

64,7

Hazard ratio, IC 95%
(valor p)

0,87 (0,71; 1,08)
0,210

IC = intervalo de confiança.

Depois que o estudo foi encerrado, 36 pacientes foram
transferidas do tratamento com capecitabina para o tratamento com
lapatinibe + capecitabina. Dessas pacientes, 26 foram transferidas
antes da progressão da doença, enquanto recebiam a monoterapia com
capecitabina. Para isolar o efeito do tratamento em presença de
cross-over, foi conduzida uma análise de regressão de Cox,
considerando o cross-over como uma covariada dependente do tempo e
o efeito do tratamento. Os resultados dessa análise indicam uma
redução clinicamente relevante de 20% no risco de morte, com um
Hazard ratio de 0.80 [intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,64;
0,99; p=0,043].

Um Estudo de Fase III randomizado (EGF111438) (N=540) comparou o
efeito de lapatinibe em combinação com capecitabina em relação à
trastuzumabe em combinação com capecitabina na incidência de SNC
como local da primeira recidiva em mulheres com câncer de mama
metastático com superexpressão do HER2. As pacientes foram
randomizadas para receber lapatinibe 1250 mg uma vez ao dia (de
forma contínua) mais capecitabina (2000 mg/m2/dia nos dias 1-14 a
cada 21 dias) ou trastuzumabe (dose de ataque de 8 mg/kg seguida
por infusões de 6 mg/kg a cada 3 semanas) mais capecitabina (2500
mg/m2/dia, dias 1-14, a cada 21 dias). A randomização foi
estratificada por tratamento anterior com trastuzumabe e número de
tratamentos anteriores para doença metastática (nenhum versus ≥1ª
linha).

O estudo foi interrompido quando uma análise interina
pré-planejada (N=475) revelou eficácia superior do braço de
trastuzumabe mais capecitabina e baixa incidência de eventos do
SNC.

A análise final confirmou que os resultados do desfecho primário
foram inconclusivos devido ao baixo número de eventos de SNC [8
pacientes (3,2%) no braço de lapatinibe mais capecitabina
apresentaram metástase no SNC como local da primeira progressão em
comparação a 12 pacientes (4,8%) no braço de trastuzumabe mais
capecitabina]. Os resultados finais da sobrevida livre de
progressão e sobrevida global são apresentados na tabela 3. A
análise final confirmou a eficácia superior do braço de
trastuzumabe mais capecitabina.

Tabela 3. Análise da Sobrevida Livre de Progressão (PFS)
e Sobrevida Global (OS) Avaliadas pelo Investigador no Estudo
EGF111438

IC = Intervalo de confiança.
a. PFS foi definida como o tempo desde a randomização até a data
mais antiga de progressão da doença ou óbito devido a qualquer
causa ou até a data de censura.
b. Estimativa de Pike da taxa de risco do tratamento, gt; 1 indica
um risco mais elevado para Lapatinibe mais capecitabina em
comparação a Trastuzumabe mais capecitabina.
1. Evento PFS é Progressão ou Óbito e evento OS é óbito devido a
qualquer causa.
2. NE=Mediana não foi alcançada.

Efeito do lapatinibe em metástase no SNC

Em termos de resposta objetiva, a monoterapia com lapatinibe
demonstrou atividade mínima no tratamento de metástases no SNC bem
estabelecidas.

Lapatinibe não é recomendado para a prevenção de metástases no
SNC.

Tratamento combinado com Ditosilato De Lapatinibee
trastuzumabe

A eficácia e a segurança de Ditosilato De Lapatinibeem
combinação com trastuzumabe em câncer de mama metastático foram
avaliadas em um estudo randomizado. As pacientes elegíveis eram
mulheres com câncer de mama metastático em estágio IV, com
amplificação do gene ErbB2 (ou com superexpressão de proteína), que
haviam sido expostas a tratamento com antraciclinas ou taxanos.
Além disso, de acordo com o protocolo, os investigadores deviam
atestar que as pacientes mostraram progressão no esquema de
tratamento mais recente contendo trastuzumabe em condições
metastáticas. O número mediano de esquemas de tratamento anteriores
contendo trastuzumabe em condições de metástase foi três. As
pacientes foram randomizadas para receber Ditosilato De
Lapatinibe1000 mg por via oral uma vez ao dia com trastuzumabe 4
mg/kg, administrado como uma dose de ataque intravenosa (IV),
seguida de 2 mg/kg IV semanalmente (N=148), ou Ditosilato De
Lapatinibe1500 mg por via oral uma vez ao dia (N=148).

As pacientes que tiveram progressão objetiva da doença após
receber tratamento por pelo menos 4 semanas com Ditosilato De
Lapatinibecomo monoterapia eram elegíveis para passar para o
tratamento combinado. Das 148 pacientes que foram tratadas com a
monoterapia, 77 (52%) escolheram, na ocasião da progressão da
doença, receber o tratamento combinado.

O objetivo primário desse estudo foi avaliar e comparar a
Sobrevida Livre de Progressão (PFS) em pacientes com câncer de mama
metastático tratadas com Ditosilato De Lapatinibee trastuzumabe, em
comparação com a monoterapia com Ditosilato De Lapatinibe. Outros
objetivos secundários foram avaliar e comparar os dois grupos de
tratamento com relação à Sobrevida Global (OS), à Taxa de Resposta
Tumoral Global (ORR), à Taxa Benefício Clínico (CBR) e ao Tempo
Para Resposta.

A média de idade foi de 51 anos, e 13% das pacientes tinham 65
anos ou mais. Noventa e quatro por cento (94%) das pacientes eram
brancas. A maioria das pacientes nos dois grupos de tratamento
tinha doença visceral [215 (73%) pacientes, no total]. Além disso,
metade das pacientes na população do estudo mostrava receptor de
estrógeno negativo e receptor de progesterona negativo [150 (51%)
pacientes, no total]. Um resumo dos pontos de avaliação de eficácia
é apresentado na Tabela 4, e os dados de sobrevida total são
apresentados na Tabela 5. Resultados da análise de subgrupos com
base no fator de estratificação pré-definido (status do receptor
hormonal) são também apresentados na Tabela 06.

Tabela 4: Dados de eficácia

 Ditosilato De Lapatinibe com
trastuzumabe
(N=148)

Ditosilato De Lapatinibe em
monoterapia
(N=148)

PFS mediana1, semanas
(IC 95%)

12,0
(8,1; 16,0)

8,1
(7,6; 9,0)

Hazard ratio (IC 95%)
Valor p

0,73 (0,57; 0,93)
0,008
 

Taxa de Resposta (%)
(IC 95%)

10,3
(5,9; 16,4)

6,9
(3,4; 12,3)

PFS = Sobrevida Livre de Progressão; IC = intervalo de
confiança.
1Estimativa Kaplan-Meier.

Tabela 5: Dados de Sobrevida Global

 Ditosilato De Lapatinibe com
trastuzumabe
(N=148)

Ditosilato De Lapatinibe em
monoterapia (N=148)

Morreram

105

113

Sobrevida Global mediana
(meses)1
(IC 95%)

14,0 (11,9; 17,2)

(7,6; 12,0)

Hazard ratio, IC 95%

0,74 (0,57;
0,97)
0,026

IC = Intervalo de confiança.

Tabela 6. Resumo de PFS e OS no subgrupo com status de
receptor hormonal negativo (lapatinibe mais
trastuzumabe)

Ditosilato de Lapatinibe (substância ativa) foi estudado em
combinação com letrozol para o tratamento de câncer de mama
avançado ou metastático em mulheres pós-menopáusicas positivas para
receptores de hormônios (positivas para receptores de estrogênio
[ER] e/ou positivas para receptores de progesterona [PgR]).

O estudo EGF30008 foi um estudo randomizado, duplo-cego e
controlado em pacientes com câncer de mama (CM) localmente avançado
ou metastático positivo para receptores de hormônios (RH+), que não
haviam recebido tratamento sistêmico anterior para a doença
metastática. Mil duzentas e oitenta e seis pacientes foram
randomizadas para receber letrozol 2,5 mg uma vez ao dia combinado
a Ditosilato de Lapatinibe 1500 mg uma vez ao dia, ou letrozol com
placebo. A randomização foi estratificada por locais da doença e
terapia adjuvante antiestrogênio anterior. O status do receptor
HER2 foi determinado de maneira retrospectiva por testes conduzidos
em laboratório central. De todas as pacientes randomizadas para
tratamento, 219 tinham tumores que apresentavam superexpressão do
receptor HER2 (a população positiva para HER2), que foi a população
primária previamente especificada para a análise da eficácia.

Na população positiva para HER2, a Sobrevida Livre de Progressão
da doença determinada pelo investigador foi significativamente mais
alta com letrozol combinado com Ditosilato De Lapatinibe do que com
letrozol combinado com placebo (ver Tabela 7).

Tabela 7: Dados da Sobrevida Livre de Progressão do
Estudo EGF30008 (Ditosilato De Lapatinibe/letrozol) somente na
população HER2-positiva

População HER2 +ve

 N = 111

N = 108

 Ditosilato de Lapatinibe
1500 mg/dia
com letrozol
2,5 mg/dia

Monoterapia
com letrozol
2,5 mg/dia +
placebo

PFS mediana, semanas

(IC95%)

35,4
(24,1; 39,4)

13,0
(12,0; 23,7)

Hazard ratio

0,71 (0,53;
0,96)

Valor p

0,019

IC = Intervalo de Confiança.

O benefício de Ditosilato de Lapatinibe com letrozol na
Sobrevida Livre de Progressão da doença na população positiva para
HER2 foi confirmado em uma análise de regressão de Cox previamente
planejada (HR=0,65 [IC 95%: 0,47; 0,89]; p=0,008). Além do
benefício da Sobrevida Livre de Progressão da doença observado na
população positiva para HER2, o tratamento combinado com Ditosilato
de Lapatinibe e letrozol proporcionou uma melhora no Objetivo de
Taxa de Resposta, em comparação com a monoterapia com letrozol
(27,9% e 14,8%, respectivamente) e na Taxa de Benefício Clínico
(47,7% e 28,7%, respectivamente). No momento da análise final da
Sobrevida Livre de Progressão (com período de acompanhamento médio
de 2,64 anos), os dados de Sobrevida Global não eram maduros e não
houve diferença significativa entre os grupos de tratamento na
população HER2- positiva. Isto não alterou com o acompanhamento
adicional (tempo médio de acompanhamento de gt; 7,5 anos; Tabela
8).

Tabela 8. Dados de Sobrevida Global (lapatinibe com
letrozol ) somente na população HER2- positiva

 

Lapatinibe 1500 mg/dia + Letrozol 2.5
mg/dia

Letrozol 2.5 mg /dia + placebo

Sobrevida Global

N = 111

N = 108

Análise da Sobrevida Global pré-planejada (conduzida no
momento da Sobrevida Livre de Progressão Final,03 de Junho de
2008)

Acompanhamento Médio (anos)

2.64

2.64

Óbitos

50 (45%)

54 (50%)

Hazard Ratioa, IC
95%
valor de pb

0.77 (0.52,
1.14)
0.185

Análise Final da Sobrevida Global (análise post-hoc, 07
de Agosto de 2013)

Acompanhamento Médio (anos)

7.78

7.55

Óbitos

86 (77%)

78 (72%)

Hazard Ratio, IC 95%
valor de p

0.97
(0.07,1.33)
0.848

Os valores medianos da análise de Kaplan -Meier; HR e valor de p
a partir de modelos de regressão de Cox ajustados para fatores
prognósticos importantes.
a: Estimativa do Hazard Ratio do tratamento, onde lt; 1 indica um
risco mais baixo com letrozol 2,5 mg + lapatinibe 1500 mg em
comparação com o letrozol 2,5 mg + placebo.
b: valor de p do modelo de regressão de Cox estratificado por local
da doença e terapia adjuvante antes na triagem.

Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de Ação

O lapatinibe é um novo inibidor da quinase 4-anilinoquinazolina.
Tem mecanismo de ação peculiar, pois representa um inibidor
potente, reversível e seletivo dos domínios da tirosina quinase dos
receptores EGFR (ErbB1) e de HER2/neu (ErbB2) (valores Kiapp
estimados de 3nM e 13nM respectivamente), com dissociação lenta
desses receptores (meia-vida igual ou superior a 300 minutos).
Demonstrou-se que esse índice de dissociação é mais lento que os de
outros inibidores da quinase 4-anilinoquinazolina estudados. O
lapatinibe inibe, in vitro e em vários modelos animais, o
crescimento de células tumorais orientado pelos receptores
ErbB.

Além de sua atividade como agente único, demonstrou-se um efeito
adicional em estudo in vitro quando lapatinibe e 5-FU (o metabólito
ativo da capecitabina) foram usados em combinação nas quatro
linhagens de células tumorais testadas. O significado clínico
desses dados in vitro ainda é desconhecido.

A combinação de lapatinibe e trastuzumabe pode oferecer
mecanismos de ação complementares, bem como possíveis mecanismos de
resistência que não se sobrepõem. Os efeitos de inibição de
crescimento demonstrados pelo lapatinibe foram avaliados em
linhagens celulares pré-condicionadas com trastuzumabe. O
lapatinibe demonstrou atividade significativa in vitro contra
linhagens celulares de câncer de mama com amplificação de HER2
selecionadas para crescimento de longo prazo em meio que continha
trastuzumabe e mostrou sinergia em combinação com trastuzumabe
nessas linhagens celulares. Essas descobertas sugerem ausência de
resistência cruzada entre esses dois agentes específicos para
HER2/neu (ErbB2).

Células de câncer de mama sensíveis a hormônios (positivas para
receptores de estrogênio [ER] e/ou positivas para receptores de
progesterona [PgR]) que coexpressam ErbB2 tendem a tornar-se
resistentes a tratamentos endócrinos estabelecidos. As células de
câncer de mama sensíveis a hormônios que inicialmente não contêm
ErbB1 e ErbB2 regularão para cima esses receptores à medida que o
tumor se tornar resistente ao tratamento endócrino. Estudos
randomizados em câncer de mama metastático sensível a hormônios
indicam que um inibidor de tirosina quinase de ErbB1 ou ErbB2
potencialmente aumenta a eficácia clínica, quando acrescentado ao
tratamento endócrino.

Efeitos Farmacodinâmicos

Eletrofisiologia cardíaca

Prolongamento QT

Estudo EGF114271:

O efeito de lapatinibe no intervalo QT foi avaliado em um estudo
único, controlado com placebo, com sequência única (tratamento com
placebo e substância ativa) e com cross-over em pacientes com tumor
sólido avançado (n=58). Durante o período de quatro dias de
tratamento, três doses de placebo combinadas foram administradas
com 12 horas de intervalo na manhã e na noite do dia 01 e na manhã
do dia 02. Estas doses foram seguidas por três doses de lapatinibe
2000 mg administradas do mesmo modo. Foram realizadas medições,
incluindo ECGs e amostras farmacocinéticas na linha de base e nos
mesmos momentos no dia 02 e no dia 04.

Na população avaliável (n=37), a média máxima do prolongamento
do intervalo QT corrigido pelo método de Fridericia (ΔΔQTcF) (IC de
90%) de 8.75 ms (4,08; 13,42) foi observada 10 horas após a
ingestão da terceira dose de lapatinibe de 2000 mg. O ΔΔQTcF
excedeu o limiar de 5 ms e o limite superior ICs de 90% excedeu o
limiar de 10 ms em múltiplos pontos. Os resultados para a população
farmacodinâmica (n=52) foi consistente com aqueles da população
avaliável [ΔΔQTcF máximo (IC de 90%) de 7,91 ms (4,13; 11,68)]
observado 10 horas após a ingestão da terceira dose de
lapatinibe.

A análise a armacocinética/farmacodinâmica confirmou a
presença de uma relação positiva entre a concentração plasmática de
lapatinibe a ΔΔQTcF.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após a administração oral do lapatinibe, a absorção é incompleta
e variável (coeficiente de variação de aproximadamente 50% a 100%
da área sob a curva (AUC, na sigla em inglês). As concentrações
séricas aparecem após intervalo médio de 0,25 hora (faixa de 0 a
1,5 hora). As concentrações máximas no plasma (Cmáx) são
atingidas cerca de 4 horas após a administração. A dosagem diária
de 1.250 mg produz média geométrica estável (intervalo de confiança
de 95%) dos valores de Cmáx de 2,43 (de 1,57 a 3,77) μg/mL e dos
valores de AUC de 36,2 (de 23,4 a 56,0) μg.h/mL.

A exposição sistêmica ao lapatinibe aumenta quando a substância
é administrada às refeições. Os valores de AUC são cerca de três a
quatro vezes mais altos (Cmáx aproximadamente 2,5 a 3
vezes mais alta) quando o medicamento é administrado com refeições
de baixo teor de gordura (5% [500 calorias]) ou de alto teor (50%
[1.000 calorias]) respectivamente.

Distribuição

O lapatinibe apresenta forte ligação (superior a 99%) com a
albumina e com a glicoproteína ácida alfa1. Estudos in
vitro
indicam que ele representa um substrato para as
proteínas transportadoras BCRP (ABCG1) e a glicoproteína P (ABCB1).
O lapatinibe também demonstrou inibir a Pgp (IC50 2.3μg/mL), BCRP
(IC50 0.014 μ g/mL), assim como o transportador de captação
hepática OATP1B1(IC50 2.3μg/mL), in vitro, em
concentrações clinicamente relevantes. O significado clínico desses
efeitos sobre a farmacocinética de outros medicamentos ou sobre a
atividade farmacológica de outros agentes antineoplásicos ainda é
desconhecido. O lapatinibe não inibe significativamente o
transportador renal OAT ou OCT (valores de IC50 in vitro foram
maiores ou igual a 6.9μ g/mL).

Metabolismo

O lapatinibe sofre metabolismo extenso, principalmente pelas
enzimas CYP3A4 e CYP3A5, com contribuições menores de CYP2C19 e
CYP2C8, para vários metabólitos oxidados, nenhum dos quais é
responsável por mais de 14% da dose recuperada nas fezes nem por
mais de 10% da concentração da substância no plasma.

O lapatinibe inibe a ação da CYP3A (Ki de 0,6 a 2,3 μg/mL) e da
CYP2C8 (0,3 μg/mL) in vitro em concentrações clinicamente
relevantes. Não demonstrou ação inibidora significativa das enzimas
CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6, existentes em microssomos do
fígado humano, nem das enzimas UGT (os valores de IC50 in
vitro
se mostraram iguais ou superiores a 6,9 μg/mL).

Em voluntários sadios tratados com cetoconazol, inibidor de
CYP3A4, na dosagem de 200 mg (duas doses diárias) durante sete
dias, a exposição sistêmica ao lapatinibe aumentou cerca de 3,6
vezes e a meia-vida cerca de 1,7 vez.

Em voluntários sadios que recebiam carbamazepina, indutor de
CYP3A4, nas dosagens de 100 mg (duas doses diárias) durante três
dias e de 200 mg (duas doses diárias) por 17 dias, a exposição
sistêmica ao lapatinibe diminuiu cerca de 72%.

Eliminação

A meia-vida do lapatinibe medida após doses únicas aumenta
conforme a elevação das doses. Entretanto, a dosagem diária de
lapatinibe resulta em um estado de equilíbrio dentro de seis a sete
dias, o que indica meia-vida efetiva de 24 horas. O lapatinibe é
eliminado predominantemente por meio do metabolismo efetuado pela
enzima CYP3A4/5. A via primária de eliminação do lapatinibe e seus
metabólitos são as fezes, e menos de 2% da dose (como lapatinibe e
metabólitos) é excretada na urina. A recuperação dessa substância
nas fezes representa a média de 27% (faixa de 3% a 67%) de uma dose
oral do agente.

Populações Especiais

Insuficiência renal

A farmacocinética do lapatinibe não foi estudada especificamente
em pacientes com disfunção renal nem nos que se submetem a
hemodiálise. Entretanto, é pouco provável que a disfunção renal
afete a farmacocinética do lapatinibe, uma vez que menos de 2% da
dose administrada (como lapatinibe inalterado e metabólitos) é
eliminada pelos rins.

Insuficiência hepática

A farmacocinética do lapatinibe foi examinada em pacientes com
disfunção hepática moderada (n=8) ou grave (n=4) e em oito
pacientes sadios de controle. A exposição sistêmica (AUC) ao
lapatinibe após uma única dose oral de 100 mg aumentou cerca de 56%
e 85%, respectivamente, em pacientes com insuficiência hepática
moderada e grave. Portanto, a administração de Ditosilato de
Lapatinibe a pacientes com disfunção hepática deve ser feita com
cautela devido ao aumento da exposição ao fármaco. O médico deve
reduzir a dose para pacientes com insuficiência hepática grave
preexistente. Caso se desenvolva hepatotoxicidade grave durante o
tratamento, Ditosilato de Lapatinibe deve ser descontinuado e os
pacientes não mais receberão o fármaco.

Cuidados de Armazenamento do Tykerb

Mantenha o produto na embalagem original e em temperatura
ambiente (entre 15°C e 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos / Características
organolépticas

Os comprimidos são ovais, biconvexos, revestidos, com um lado
plano e o outro estampado com GS XJG.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Tykerb

MS – 1.0068.1137

Farm. Resp.:

Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150

Importado por:

Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 – São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Glaxo Operations UK Limited, Ware, Reino Unido

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Glaxo Operations UK Limited, Ware, Reino Unido

Ou

Glaxo Wellcome S.A, Aranda de Duero (Burgos), Espanha (vide
cartucho)

Venda sob prescrição médica.

Tykerb, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.