Pular para o conteúdo

Totelle Ciclo

Totelle Ciclp (estradiol, trimegestona) foi indicado para a
reposição de estrogênio e progesterona, permitindo o alívio dos
sintomas da menopausa.

Adicionalmente, o medicamento é recomendado para o tratamento da
atrofia vaginal e vulvar e para a prevenção da osteoporose.

Como o Totelle Ciclo funciona?

A ação esperada de Totelle Ciclo é a reposição dos hormônios
estrogênio e progesterona, permitindo o alívio dos sintomas da
menopausa.

Totelle Ciclo contém 17-beta-estradiol e trimegestona, que são
derivados sintéticos do estrogênio e progesterona, respectivamente,
hormônios estes produzidos pelos ovários.

O alívio dos sintomas da menopausa pode ocorrer nas primeiras
semanas de tratamento.

Contraindicação do Totelle Ciclo

Não utilize Totelle Ciclo:

  • Se estiver grávida;
  • Se apresentar sangramento ginecológico anormal;
  • Se houver suspeita ou confirmação diagnóstica de tumor maligno
    nas mamas ou nos órgãos genitais;
  • Se tiver história atual ou anterior de trombose de artérias e
    veias (como derrame cerebral, infarto do coração, trombose venosa
    profunda, embolia pulmonar);
  • Se apresentar doença do fígado ou alteração de sua função;
  • Se tiver distúrbios conhecidos de coagulação (por ex., proteína
    C, proteína S ou deficiência de antitrombina);
  • Se tiver alergia a um dos componentes do medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o Totelle Ciclo

Totelle Ciclo deve ser administrado por via oral.

Totelle Ciclo é administrado em regime combinado sequencial (ou
cíclico) em ciclos de 28 dias: inicie com uma drágea rosa claro
(estradiol) por dia, durante duas semanas (do Dia 1 ao Dia 14 do
ciclo). A partir do Dia 15 do ciclo, tome uma drágea rosa
(estradiol/trimegestona) por dia, durante duas semanas (do Dia 15
ao Dia 28 do ciclo).

Em mulheres que não estão recebendo terapia de reposição
hormonal ou nas que estão mudando de um outro produto de terapia de
reposição hormonal combinada sequencial (cíclica), o tratamento
pode ser iniciado em qualquer dia de acordo com a conveniência e
após orientação do seu médico.

Os riscos e os benefícios da TRH devem sempre ser
cuidadosamente ponderados, inclusive levandose em consideração o
aparecimento de riscos com a continuidade do
tratamento.

Estrogênios com ou sem progestagênios devem ser
prescritos nas doses eficazes mais baixas e pela duração mais
curta, de acordo com os objetivos do tratamento e os riscos para
cada paciente.

Para o tratamento de sintomas do climatério/menopausa, deve-se
usar a menor dose eficaz. As pacientes devem ser reavaliadas
periodicamente para determinar se ainda existe a necessidade de
tratar os sintomas.

A TRH só deve ser mantida enquanto os benefícios de alívio dos
sintomas graves superarem os riscos da própria TRH.

Posologia

Posologia em situações especiais:

Mulheres com perda da função do rim:

Em casos de insuficiência renal (perda da função do rim) leve a
moderada, não é necessário nenhum ajuste de dose.

Para casos de insuficiência renal grave não há recomendação de
dose, uma vez que ainda não foram realizados estudos abrangentes
nessa população de mulheres.

Mulheres com perda da função do fígado:

O tratamento é contra-indicado em mulheres com doença do
fígado aguda ou crônica.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Totelle
Ciclo?

Se esquecer de tomar uma drágea, tome-a até 12 horas após o
horário habitual de administração. Se não tomar a drágea esquecida
dentro do período de 12 horas, despreze essa drágea e tome
normalmente a drágea do dia seguinte.

Se esquecer de tomar uma ou mais drágeas, haverá um risco maior
de sangramento irregular. Se tomar inadvertidamente uma drágea a
mais, tome normalmente a dose do dia seguinte.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Totelle Ciclo

A terapia de reposição hormonal (TRH) foi associada a aumento do
risco de certos tipos de câncer e doenças cardiovasculares. A TRH
não deve ser iniciada nem mantida para prevenção da doença
cardiovascular ou demência.

Riscos adicionais ou aumentados de infarto do miocárdio, embolia
pulmonar, câncer de mama invasivo e câncer de ovário podem estar
associados ao uso da terapia de estrogênio/progestagênio combinados
em comparação aos esquemas com estrogênio isoladamente.

Durante o tratamento, procure seu médico periodicamente para que
ele faça as avaliações necessárias quanto aos riscos e benefícios
da terapia.

Totelle Ciclo não é contraceptivo. Se houver necessidade de uso
de método contraceptivo, solicite orientação médica para essa
finalidade.

Totelle Ciclo pode ter interação com medicamentos para
epilepsia, para úlcera gástrica, com antibióticos, com
antifúngicos, com corticóides e com medicamentos para depressão e
ansiedade. Portanto, informe seu médico caso esteja fazendo uso de
qualquer medicamento.

Gravidez e lactação:

Totelle Ciclo não é indicado durante a gravidez.

Se ocorrer gravidez durante o uso de Totelle Ciclo, o tratamento
deve ser descontinuado imediatamente.

Para a trimegestona, não estão disponíveis dados clínicos em
gestantes expostas ao medicamento.

Estudos em animais demonstraram toxicidade reprodutiva. O risco
potencial em humanos é desconhecido.

Os resultados da maioria dos estudos epidemiológicos realizados
até hoje, referentes à exposição fetal inadvertida a associações de
estrogênios com outros progestagênios, indicam ausência de efeito
teratogênico (malformação fetal) ou tóxico ao feto.

Foi demonstrado que a administração de estrogênio a lactantes
diminui a quantidade e qualidade do leite materno. Foram
identificadas quantidades detectáveis de estrogênios no leite de
lactantes que receberam o medicamento.

Deve-se ter cautela quando estrogênios são administrados a
lactantes.

Totelle Ciclo não é indicado durante a
lactação.

Uso em crianças:

Não foram conduzidos estudos clínicos em crianças, de forma que
o medicamento não pode ser usado com segurança em menores de 18
anos.

Uso em idosas:

A experiência no tratamento de mulheres com mais de 65 anos de
idade é limitada.

Atenção diabéticos: este medicamento contém Sacarose
(açúcar).

Atenção: Este medicamento contém corantes que podem,
eventualmente, causar reações alérgicas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Totelle Ciclo

Totelle Ciclo pode causar o aparecimento das seguintes
reações desagradáveis:

Muito comuns (ocorre em pelo menos 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Dor nas mamas.

Comuns (ocorre ente 1% e 10% dos pacientes que utilizam
este medicamento):

Hemorragia intermenstrual/dismenorreia; escape; sensibilidade,
aumento e secreção das mamas; artralgias; cãibra nas pernas;
depressão; vaginite; alterações de peso (aumento ou diminuição);
triglicérides aumentados.

Incomuns (ocorre ente 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Alteração do fluxo menstrual; alteração do ectrópio e da
secreção cervical; náusea; inchaço abdominal; dor abdominal;
ansiedade; tontura; cefaleia (incluindo enxaqueca); alterações da
libido; distúrbios de humor; demência; trombose venosa; embolia
pulmonar; ede ma; acne; perda de cabelo; prurido; doença da
vesícula biliar; candidíase vaginal; intolerância a lentes de
contato.

Raras (ocorre ente 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Galactorreia; aumento do tamanho de mioma uterino; vômito;
pancreatite; colite isquêmica; exacerbação de epilepsia; AVC;
irritabilidade; tromboflebite superficial; cloasma/ melasma;
aumento de pêlos; erupção cutânea; câncer de mama, câncer de
ovário, alterações fibrocísticas das mamas; intensificação do
crescimento de meningioma benigno; urticária, angioedema; reações
anafiláticas/ anafilactoides; intolerância à glicose; infarto do
miocárdio; exacerbação de asma.

Muito raras (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Hiperplasia endometrial; exacerbação de coreia (tremor dos
membros); eritema multiforme; eritema nodoso; icterícia
colestática; câncer endometrial; aumento de hemangiomas hepáticos;
exacerbação de porfiria; hipocalcemia; trombose vascular da retina;
aumento da pressão arterial.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
” www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm”
b Os resultados são baseados nos dados definidos
centralmente.
c Intervalos de confiança nominais não ajustados para
verificações e comparações múltiplas.
d Não incluído no “índice global”.
e Inclui câncer de mama metastático e não metastático,
com exceção de câncer de mama in situ.
f Todas as mortes, exceto as de câncer de mama ou
colorretal, DCC determinado/provável, EP ou doença
cerebrovascular.
g Um subconjunto de eventos foi combinado em um “índice
global” definido como a ocorrência mais precoce de eventos de DCC,
câncer de mama invasivo, AVC, EP, câncer colorretal, fratura de
quadril ou morte devido a outras causas.

O tempo de início da terapia estrogênica relativo ao início da
menopausa pode afetar o perfil geral de riscos e benefícios. O
subestudo com estrogênio mais progestagênio do WHI estratificado
por idade mostrou em mulheres de 50-59 anos de idade uma tendência
não significativa em direção ao risco reduzido para mortalidade
total [HR 0,69 (IC 95% 0,44 – 1,07)].

a DCC definida como infarto do miocárdio ou morte
coronariana.
b Risco absoluto por 10.000 pessoas-ano.
c Relações de risco de TEV (tromboembolismo venoso)
comparadas a mulheres com 50 – 59 anos de idade recebendo
placebo.
d Intervalos de confiança não relatados.

Estudo da Memória da Women’s Health
Initiative

No Estudo da Memória do Women’s Health Initiative (WHIMS) com
estrogênio mais progestagênio, um estudo auxiliar do WHI, foram
inscritas 4.532 mulheres predominantemente saudáveis e na
pós-menopausa com 65 anos de idade ou mais velhas (47% com 65 a 69
anos de idade; 35% com 70 a 74 anos de idade; e 18% com 75 anos ou
mais) para avaliar os efeitos de ECs (0,625 mg) mais MPA (2,5 mg)
administrados diariamente na incidência de possível demência
(resultado primário) em comparação ao placebo.

Após um acompanhamento médio de quatro anos, um risco relativo
de possível demência para ECs (0,625 mg) mais MPA (2,5 mg)
versus placebo foi de 2,05 (IC de 95% 1,21-3,48). O risco
absoluto de possível demência para ECs (0,625 mg) mais MPA (2,5 mg)
versus placebo foi de 45 versus 22 casos por
10.000 mulheres-ano. Conforme definido neste estudo, possível
demência incluiu doença de Alzheimer (DA), demência vascular (DV) e
tipos mistos (contendo características de ambas DA e DV). A
classificação mais comum de possível demência no grupo de
tratamento e no grupo placebo foi DA.11 Considerando que o
subestudo foi conduzido com mulheres de 65 a 79 anos de idade, não
se sabe se estes achados se aplicam a mulheres mais jovens na
pós-menopausa, ou se estão associados a achados relacionados à
idade.

Características Farmacológicas

Descrição

Estradiol + Trimegestona (substância ativa) é uma associação de
estradiol e trimegestona.

Estradiol

O princípio ativo, um 17-beta-estradiol sintético, é química e
biologicamente idêntico ao estradiol endógeno humano. Repõe a perda
da produção de estrogênio após a menopausa e alivia os sintomas da
menopausa. O estradiol previne a perda óssea após a menopausa ou
após a ooforectomia.

Trimegestona

A trimegestona é um progestagênio 19-norpregnano, com afinidade
in vitro pelo receptor de progesterona aproximadamente 6
vezes maior do que a da própria progesterona. A trimegestona não
tem atividade androgênica, estrogênica, mineralocorticoide,
glicocorticoide ou antiglicocorticoide significante in
vivo
.

Como o estrogênio promove o crescimento do endométrio, o
estradiol isolado aumenta o risco de hiperplasia e câncer
endometriais. Além disso, o progestagênio reduz, mas não elimina
totalmente, o risco induzido pelos estrogênios de hiperplasia
endometrial em mulheres não-histerectomizadas.

Informações clínicas sobre Estradiol + Trimegestona
(substância ativa)

  • Alívio dos sintomas da menopausa nas primeiras semanas de
    tratamento.
  • Amenorreia em pelo menos 81% das mulheres a partir do Ciclo 6 e
    em até 94% no segundo ano de tratamento.

Mecanismo de Ação

Estrogênios endógenos são responsáveis, em grande parte, pelo
desenvolvimento e manutenção do sistema reprodutivo feminino e
características sexuais secundárias. Embora os estrogênios
circulantes existam em um equilíbrio dinâmico de interconversões
metabólicas, o estradiol é o principal estrogênio humano
intracelular e é substancialmente mais potente que seus
metabólitos, estrona e estriol, no nível de receptor.

A fonte primária de estrogênio em mulheres adultas com ciclos
normais é o folículo ovariano, que secreta de 70 a 500 mcg de
estradiol diariamente, dependendo da fase do ciclo menstrual.Após a
menopausa, a maioria do estrogênio endógeno é produzido pela
conversão da androstenediona, secretada pelo córtex adrenal, em
estrona nos tecidos periféricos. Portanto, a estrona e sua forma
sulfato-conjugada, sulfato de estrona, são os estrogênios
circulantes mais abundantes em mulheres na pós-menopausa.

Os estrogênios agem através da ligação aos receptores nucleares
nos tecidos estrogênio-responsivos. Até o momento foram
identificados 2 receptores de estrogênio.A proporção destes varia
de tecido para tecido.

Os estrogênios circulantes modulam a secreção pituitária das
gonadotrofinas, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo
estimulante (FSH), pelo mecanismo de feedback negativo. Os
estrogênios agem reduzindo os níveis elevados dessas gonadotrofinas
encontradas em mulheres na pós-menopausa.

O acetato de medroxiprogesterona (MPA) administrado
parenteralmente inibe a produção de gonadotrofina, que por sua vez
previne a maturação folicular e ovulação, embora dados disponíveis
indiquem que isto não ocorre quando a dosagem oral geralmente
recomendada é ingerida como uma dose única diária.

O acetato de medroxiprogesterona (MPA) pode alcançar seu efeito
benéfico no endométrio em parte pela diminuição dos receptores
nucleares de estrogênio e supressão da síntese epitelial de DNA no
tecido endometrial. Não foram percebidos efeitos androgênicos e
anabólicos do MPA, mas o ativo é aparentemente isento de atividade
estrogênica significante.

Farmacodinâmica

Atualmente não há dados farmacodinâmicos conhecidos para
estrogênio conjugados (ECs)/acetato de medroxiprogesterona (MPA) ou
estrogênios conjugados (ECs) + acetato de medroxiprogesterona
(MPA).

Farmacocinéticas

Estradiol

Após a administração oral de 1 mg de estradiol na forma
micronizada, ocorre rápida absorção pelo trato gastrintestinal. O
estradiol sofre extenso metabolismo de primeira passagem no fígado
e no intestino delgado e atinge concentrações plasmáticas máximas
de aproximadamente 14 a 72 pg/mL em 4 a 8 horas após dose
única.

Os estrogênios são excretados principalmente na urina em uma
forma biologicamente inativa; também são excretados na bile, onde
são hidrolisados e reabsorvidos (circulação êntero-hepática). Após
a administração repetida de 1 mg de estradiol, a concentração
plasmática média é de cerca de 50 pg/mL com concentrações
plasmáticas mínimas de 20 pg/mL.

Não houve alterações na farmacocinética do estradiol com a
administração concomitante da trimegestona. O estradiol apresenta
alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas (98%), principalmente
à albumina. O estradiol é metabolizado principalmente no fígado e
no intestino, mas também nos órgãos-alvo, envolvendo a
formação de metabólitos menos ativos ou inativos, entre eles, a
estrona, os catecolestrogênios e vários sulfatos e glicuronídeos de
estrogênio.

Trimegestona

Após doses únicas orais de 0,125 mg em mulheres na pós-menopausa
em jejum, a trimegestona é rápida e totalmente absorvida com
concentrações plasmáticas máximas de 2 a 5 ng/mL em 30 minutos. A
biodisponibilidade absoluta após a administração oral é de
aproximadamente 100%. A meia-vida de eliminação terminal é de cerca
de 17 horas (intervalo de 7 a 37 horas). A farmacocinética da
trimegestona é proporcional à dose no intervalo de dose de 0,0625 a
1 mg.

Após a administração repetida de dose única diária de 0,125 mg,
o estado de equilíbrio é atingido até a terceira administração com
concentrações médias de cerca de 0,5 ng/mL e concentrações
plasmáticas mínimas de 0,2 ng/mL. A farmacocinética da trimegestona
após a administração repetida pode ser estimada a partir da
farmacocinética de dose única.

A trimegestona e seu metabólito principal (sulfato de
trimegestona) apresentam alta taxa de ligação às proteínas
plasmáticas humanas (98%). Dentro do intervalo de concentrações
obtidas após a administração das doses usadas nos estudos clínicos,
a ligação é constante e não-saturável. O volume de distribuição no
estado de equilíbrio após a administração intravenosa é de 1,8
L/kg.

A trimegestona é amplamente metabolizada. A principal via
metabólica é a sulfoconjugação; uma via secundária é a oxidação
pela isoenzima CYP3A4 com base nos dados in vitro.

Em comparação à trimegestona, o sulfato de trimegestona
apresenta concentração plasmática 10 vezes maior e meia-vida mais
prolongada (30 horas), mas menos de um décimo da afinidade de
ligação ao receptor de progesterona. No plasma, o sulfato de
trimegestona é o principal constituinte da AUC após uma dose única
oral (aproximadamente 55%). A trimegestona inalterada constitui
cerca de 8% da AUC, ao passo que o glicuronídeo de trimegestona e
os metabólitos 1 e 6-hidroxilados juntos constituem aproximadamente
5% da AUC.

Após a administração oral da trimegestona radiomarcada, 38% da
dose é excretada na urina e 54% nas fezes. Não há excreção da
trimegestona inalterada na urina. Não foram observadas diferenças
nos parâmetros farmacocinéticos do estradiol, da trimegestona e do
sulfato de trimegestona em mulheres idosas (gt; 65 anos) em
comparação a mulheres mais jovens na pós-menopausa.

Em mulheres com disfunção renal leve a moderada (depuração de
creatinina gt; 30 mL/min/1,73 m2 ), não foram
observados efeitos sobre a concentração plasmática de estradiol,
trimegestona e sulfato de trimegestona. Em mulheres com disfunção
renal grave (depuração de creatinina lt; 30 mL/min/1,73
m2 ), os dados são poucos, mas indicam aumento das
concentrações plasmáticas de estradiol e sulfato de
trimegestona.

Não foram realizados estudos de farmacocinética em mulheres com
doença hepática.

Absorção

Os estrogênios conjugados (ECs) são solúveis em água e são bem
absorvidos no trato gastrointestinal após liberação da formulação
do produto. A drágea de ECs libera estrogênios conjugados
lentamente durante várias horas. Concentrações plasmáticas máximas
são alcançadas aproximadamente em 6-10 horas após administração da
drágea com ECs. Os estrogênios são geralmente eliminados de forma
quase paralela, com meia-vida variando de 10-20 horas quando
corrigidos por concentrações endógenas, se necessário.

Efeito com alimentos:

Foram conduzidos estudos com doses únicas em mulheres saudáveis
na pós-menopausa para investigar interação medicamentosa potencial
quando ECs/MPA são administrados com desjejum com alto teor de
gordura. A administração com alimentos diminuiu a Cmáx
da estrona total de 18 a 34% e aumentou a Cmáx da
equilina total em 38% quando comparado ao estado de jejum, sem
outro efeito na taxa ou extensão de absorção de outros estrogênios
conjugados ou não.

A administração com alimentos aproximadamente dobra a
Cmáx do MPA e aumenta a AUC do MPA por aproximadamente
20 a 30%.

Proporcionalidade de dose:

Os valores de Cmáx e AUC para o MPA observados em
dois estudos separados de farmacocinética conduzidos com dois
comprimidos de ECs/MPA (0,625 mg/2,5 mg) ou dois comprimidos de
ECs/MPA (0,625 mg/5 mg) mostraram proporcionalidade de dose não
linear; o dobro da dose de MPA de 2 x 2,5 mg a 2 x 5 mg aumentou a
Cmáx e AUC média em 3,2 e 2,8 vezes,
respectivamente.

A proporcionalidade de dose de estrogênios e acetato de
medroxiprogesterona foi avaliada pela combinação de dados
farmacocinéticos cruzados com outros dois estudos, totalizando 61
mulheres saudáveis na pós-menopausa. Doses de ECs de 2 x 0,3 mg, 2
x 0,45 mg ou 2 x 0,625 mg foram administradas isoladamente ou em
combinação com doses de MPA de 2 x 1,5 mg ou 2 x 2,5 mg. A maioria
dos componentes estrogênio demonstraram proporcionalidade de
dose; no entanto, vários componentes estrogênio não. Os parâmetros
de farmacocinética do acetato de medroxiprogesterona aumentaram de
forma proporcional à dose.

Distribuição

A distribuição de estrogênios exógenos é similar a de
estrogênios endógenos. Os estrogênios são amplamente distribuídos
no corpo e são geralmente encontrados em altas concentrações nos
órgãos-alvo de hormônio sexual. Os estrogênios circulam no sangue
em grande parte ligados à globulina de ligação aos hormônios
sexuais (SHBG) e albumina; o MPA é ligado aproximadamente 90% a
proteínas plasmáticas, mas não é ligado à SHBG.

Metabolismo

Os estrogênios exógenos são metabolizados da mesma forma que os
estrogênios endógenos. Os estrogênios circulantes existem em um
equilíbrio dinâmico de interconversões metabólicas. Estas
transformações ocorrem principalmente no fígado. O estradiol é
convertido reversivelmente em estrona e ambos podem ser convertidos
em estriol, que é o maior metabólito urinário. Os estrogênios
também sofrem recirculação entero-hepática via conjugação com
sulfato ou glicuronídeo no fígado, secreção biliar dos conjugados
no intestino e hidrólise no intestino seguido de reabsorção.

Em mulheres na pós-menopausa, uma proporção significante de
estrogênios circulantes existe como sulfato conjugados,
especialmente sulfato de estrona, que serve como reservatório
circulante para a formação de mais estrogênios ativos. O
metabolismo e a eliminação do acetato de medroxiprogesterona (MPA)
ocorrem primariamente no fígado via hidroxilação, com conjugação
subsequente e eliminação na urina.

Excreção

O estradiol, a estrona e o estriol são excretados na urina,
juntamente com glicuronídeo e sulfatos conjugados. A maioria dos
metabólitos do MPA é excretada como glicuronídeo conjugados, com
apenas pequenas quantidades excretadas como sulfatos.

Populações especiais

Não foram conduzidos estudos farmacocinéticos em populações
especiais, incluindo pacientes com insuficiência renal ou
hepática.

Cuidados de Armazenamento do Totelle Ciclo

Conservar este medicamento em temperatura ambiente (temperatura
entre 15°e 30°C), antes e após a abertura da embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas:

Drágeas rosa claro

As drágeas rosa claro contêm estradiol, são redondas e
biconvexas.

Drágeas rosa escuro

As drágeas rosa escuro contêm estradiol/trimegestona, são
redondas e biconvexas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Totelle Ciclo

MS – 1.2110.0228

Farm. Resp.:

Edina S. M. Nakamura – CRF-SP n° 9258

Registrado por:

Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Alexandre Dumas, 1.860
CEP: 04717-904 – São Paulo – SP
CNPJ n° 61.072.393/0001-33

Fabricado e Embalado por:

Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Castelo Branco, km 32,5
CEP 06696-270 – Itapevi – SP
Indústria Brasileira

Sac: 0800-160625

Venda sob prescrição médica.

Totelle-Ciclo, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.