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Riselle


Como Riselle funciona?

Riselle é um implante que contém estradiol, um dos hormônios
femininos que o corpo fabrica.

Durante e após o climatério (menopausa), a produção de
estrogênio pelo seu organismo diminui.

Se os ovários são retirados cirurgicamente antes do período
climatérico, a diminuição da produção de estrogênio ocorre muito
bruscamente. Essa diminuição pode levar ao aparecimento de ondas de
calor, perda de massa óssea, irritação vaginal, infecções urinárias
recorrentes e incontinência urinária. Riselle pode ser
prescrito para o tratamento de tais queixas. Após a inserção sob a
pele, o estradiol é liberado lentamente e absorvido pelo sangue.
Riselle substitui a produção natural do hormônio, exercendo uma
ação uniforme e de longo prazo no alívio dos sintomas da menopausa
e na prevenção da osteoporose relacionada à menopausa natural ou
cirúrgica.

Informações adicionais sobre Riselle

A substância ativa de Riselle é o estradiol, um dos estrogênios
naturais (hormônio sexual feminino). Os estrogênios são produzidos
principalmente pelos ovários. Eles são necessários para o
desenvolvimento sexual normal da mulher e para regular o ciclo
menstrual durante os anos em que a mulher é fértil. Quando a mulher
fica mais velha, os ovários gradativamente produzem menos
estrogênios. O período em que isso acontece (usualmente por volta
dos 50 anos de idade) é chamado de climatério ou menopausa. Se os
ovários são retirados cirurgicamente (ovariectomia) antes desse
período, a diminuição da produção de estrogênio ocorre
bruscamente.

Os estrogênios também desempenham um papel importante na
formação dos ossos, que é completada na juventude e o pico da massa
óssea é atingido entre os 20 e 30 anos. Depois dessa idade, a massa
óssea diminui, primeiro lentamente mas, mais tarde a perda óssea é
acelerada, especialmente depois da menopausa.

A diminuição na produção de hormônio frequentemente leva ao
aparecimento dos conhecidos sintomas da menopausa, tais como ondas
de calor e suores noturnos. A diminuição de estrogênios pode fazer
com que a parede da vagina se torne mais fina e seca. A deficiência
de estrogênio pode, também, causar problemas como incontinência
urinária e cistite recorrente. A utilização de medicamentos
contendo estrogênios pode, frequentemente, melhorar essas queixas.
Pode demorar vários dias ou até semanas antes que você note a
melhora.

Um problema que, frequentemente, passa despercebido é a perda
acelerada da massa óssea nos anos ao redor e depois da menopausa.
Gradativamente, os ossos se tornam frágeis e podem fraturar
facilmente (osteoporose), especialmente da coluna vertebral,
quadril e punhos. A osteoporose também pode causar dor nas costas,
perda de estatura e costas curvadas. Riselle pode prevenir a
osteoporose.

Contraindicação do Riselle

Não utilize Riselle caso você:

Seja alérgica ao estradiol; esteja grávida ou suspeite que
esteja; esteja amamentando; tenha ou já tenha tido câncer de mama,
ou se estiver com suspeita de câncer de mama; tenha ou tenha
suspeita de um tumor dependente de estrogênio, tal como câncer na
parede do útero; tenha um sangramento vaginal que não tenha sido
avaliado por seu médico; tenha um crescimento anormal da parede do
útero (hiperplasia do endométrio); tenha ou tenha tido um problema
circulatório, como formação de coágulos (nas veias das pernas ou
nos pulmões); tenha tido um problema cardíaco como angina ou ataque
do coração; tenha ou tenha tido um problema no fígado, ou enquanto
o funcionamento do fígado não voltar ao normal; tenha porfiria (um
distúrbio hereditário).

Como usar o Riselle

Cuidados de administração

Riselle só pode ser colocado ou retirado por seu médico.

Quando Riselle é inserido

A dose usual é de um implante a cada 6 meses. Algumas pacientes
podem necessitar de dois implantes ao mesmo tempo. Em geral, são
inseridos novos implantes quando os sintomas da menopausa
reaparecem (geralmente depois de 4 a 8 meses). Se o intervalo entre
o implante prévio e o próximo for inferior a 4 meses, o médico
poderá solicitar um exame de sangue para verificar a concentração
de estradiol.

Como o implante é inserido

O implante deve ser inserido por via subcutânea, sob anestesia
local utilizando o dispositivo de implantação descartável fornecido
na embalagem do produto (trocarte), em uma área do corpo de pequena
movimentação, tal como a parte externa superior da nádega ou da
parede abdominal inferior.

Considerando que o implante gradativamente se dissolve
completamente, não deixando resíduos, não é necessária a
retirada.

Se você tiver a impressão de que o efeito de Riselle está muito
forte ou muito fraco, informe ao seu médico imediatamente.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Interrupção do tratamento

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Se você ainda tem útero, seu médico poderá continuar a lhe
receitar um progestagênio oral quando você parar de usar Riselle.
Para evitar a estimulação contínua do útero, o tratamento com o
progestagênio deve ser mantido até que cessem os sangramentos
vaginais. Dependendo da duração e da dose utilizada, o sangramento
vaginal pode continuar por até 1 – 2 anos após o uso do último
implante. 

Precauções do Riselle

A terapia de reposição hormonal (TRH) apresenta benefícios e
alguns riscos que você deve considerar quando decidir iniciar
ou continuar o tratamento.

Exames médicos periódicos (check
ups
)

Antes de iniciar a TRH, seu médico deverá perguntar sobre seu
histórico médico e o de sua família. Seu médico poderá decidir
examinar suas mamas e/ou seu abdome, bem como fazer um exame
interno ginecológico. Uma vez iniciado o tratamento, ele deverá
fazer check ups periódicos (pelo menos uma vez ao ano),
especialmente exames das mamas.

Algumas condições podem piorar com o uso de TRH. Informe
ao seu médico se você tem e/ou já teve quaisquer das condições
mencionadas a seguir:

Fibroma uterino; endometriose; histórico de coágulos nos vasos
sanguíneos; se alguém na sua família tiver tido um câncer
dependente de estrogênio, como um parente próximo que tenha tido
câncer de mama; pressão alta; problemas de fígado; diabetes; pedras
na vesícula; enxaqueca ou dor de cabeça muito forte; lúpus
eritematoso sistêmico (uma condição rara); história de hiperplasia
do endométrio; epilepsia; asma; otosclerose (calcificação do
ouvido).

Avise seu médico se você observar qualquer alteração enquanto
estiver usando Riselle.

Razões para interrupção imediata do uso de
Riselle

Caso você apresente qualquer uma das condições abaixo, deve
contatar seu médico e o implante deverá ser retirado imediatamente:
icterícia (sua pele fica amarelada); um aumento súbito na pressão
sanguínea; se você tiver, pela primeira vez, enxaqueca ou dores de
cabeça muito fortes; gravidez.

Efeitos sobre seu risco de desenvolver
câncer

Câncer de endométrio (câncer da camada interna da parede
do útero)

A terapia de reposição hormonal (TRH) apenas com estrogênio
durante um período prolongado pode aumentar o risco de aumento de
crescimento celular ou câncer da camada interna da parede do útero
(o endométrio). O uso de progestagênio juntamente com o estrogênio
ajuda a reduzir esse risco.

Se você ainda tem útero, seu médico prescreverá um progestagênio
assim como o estrogênio. Nesse caso, os dois podem ser prescritos
separadamente, ou sob a forma de um produto de reposição hormonal
combinado. Se você foi submetida à cirurgia para retirada do útero
(histerectomia), seu médico discutirá com você sobre receber o
estrogênio seguramente sem um progestagênio.

Se seu útero foi retirado por causa de uma endometriose,
qualquer tratamento de endométrio que tenha permanecido no seu
organismo poderá estar em risco. Assim, seu médico poderá
recomendar a TRH que inclui um progestagênio e um estrogênio.

Riselle é um produto que contém apenas estrogênio.

Observando mulheres que ainda têm o útero e que não estão
recebendo TRH, em média, 5 em 1000 terão o diagnóstico de câncer de
endométrio quando elas apresentarem a idade entre 50-65 anos. Para
mulheres recebendo TRH apenas com estrogênio durante 5 anos, os
dados serão de 9 em 1000 (isto é, 4 casos adicionais).

Observando mulheres recebendo TRH apenas com estrogênio, o
aumento no risco de câncer do endométrio aumentará para 10 a 60
casos em 1000, dependendo da duração do tratamento e da dose de
estrogênio.

A adição de um progestagênio à TRH apenas com estrogênio, reduz
substancialmente o risco de câncer de endométrio.

Se você apresentar sangramento vaginal ou pequenas perdas de
sangue (spotting), em geral, não deve ser preocupar, especialmente
durante os primeiros meses do tratamento de reposição hormonal.

Entretanto, consulte o seu médico, se o sangramento ou
spotting:

  • Durar além dos primeiros poucos meses;
  • Iniciar depois que você já estiver usando a TRH por algum
    tempo;
  • Ocorrer mesmo depois que já tiver interrompido a TRH.

Esses podem ser sinais de que seu endométrio se tornou mais
espesso.

Câncer de mama

Mulheres que têm ou tiveram câncer de mama não devem receber
tratamento de reposição hormonal.

A terapia de reposição hormonal (TRH) de estrogênio, ou de
estrogênio e progestagênio combinados durante vários anos, aumenta
o risco de câncer de mama. O risco aumenta com a duração da TRH e
retorna ao normal dentro de cerca de cinco anos depois da
interrupção da TRH. Mulheres recebendo TRH combinado apresentam um
risco discretamente maior de desenvolver câncer de mama do que
mulheres que recebem TRH apenas com estrogênio.

Observando mulheres na faixa de 50 anos que não estão recebendo
TRH – em média, 32 em 1000 apresentarão diagnóstico de câncer de
mama. Para 1000 mulheres na faixa de 50 anos, 2 a 6 casos
adicionais podem ocorrer se elas receberem TRH durante 5 anos, e 5
a 19 casos adicionais podem ocorrer se elas receberem TRH por 10
anos.

Assegure-se de examinar regularmente suas mamas para verificar
quaisquer alterações, tais como, retração da pele, alterações nos
mamilos ou para detectar a presença de nódulos.

Câncer de ovário

O câncer de ovário é muito raro, mas é uma condição grave. Ele
pode ser difícil de diagnosticar porque, frequentemente, não
existem sinais evidentes da doença.

Alguns estudos indicaram que a administração de TRH apenas com
estrogênio por mais de 5 anos pode aumentar o risco de câncer de
ovário. Não se sabe se outros tipos de TRH aumentam o risco da
mesma forma.

Efeitos sobre a circulação

Doença cardíaca

A TRH não é recomendada para mulheres que apresentem doenças do
coração, ou tiveram doença cardíaca recentemente. Se você tem ou
tiver tido doença do coração, informe ao seu médico para verificar
se deve receber TRH.

A TRH não ajuda a prevenir doenças do coração.

Estudos com um tipo de TRH (contendo estrogênio conjugado e o
progestagênio AMP) mostraram que mulheres estão discretamente mais
sujeitas a apresentar doença cardíaca durante o primeiro ano de
administração do medicamento. Para outros tipos de TRH, o risco é
provavelmente semelhante, embora isso não tenha sido
estabelecido.

Se você tiver:

  •  Uma dor no peito que se irradia para o braço ou
    pescoço.

Procure o seu médico assim que possível, e não use mais TRH até
que seu médico diga que pode fazê-lo. Essa dor pode ser um
sinal de doença cardíaca.

Acidente vascular cerebral (derrame)

Pesquisa recente sobre um tipo de TRH (contendo estrogênio
conjugado e o progestagênio AMP) mostrou um discreto aumento no
risco de apresentar um derrame.

Observando mulheres na faixa dos 50 anos que não estão recebendo
TRH – em média, durante um período de 5 anos, espera-se que 3 em
1000 apresentarão derrame. Para mulheres na faixa dos 50 anos que
estão recebendo TRH, os dados serão de 4 em 1000.

Observando mulheres na faixa dos 60 anos que não estão recebendo
TRH – em média, durante um período de 5 anos, espera-se que 11 em
1000 apresentarão derrame. Para mulheres na faixa dos 60 anos que
estão recebendo TRH, os dados serão de 15 em 1000.

Não se sabe se outros tipos de TRH aumentam o risco da mesma
maneira.

Se você tiver:

  •  Dores de cabeça do tipo enxaqueca não habituais, com ou
    sem alteração da visão,

Procure o seu médico assim que possível, e não use mais TRH até
que seu médico diga que pode fazê-lo. Essas dores de cabeça podem
ser um sinal de advertência precoce de um derrame.

Coágulos de sangue

A TRH com estrogênio ou combinada de estrogênio e progestagênio
pode aumentar o risco de coágulos de sangue nas veias (também
chamada de trombose venosa profunda), especialmente durante o
primeiro ano de tratamento. Não se sabe se Riselle aumenta o risco
da mesma forma.

Esses coágulos nem sempre são graves, mas se um deles se
deslocar até os pulmões, poderá causar dor no peito, dificuldade
para respirar, colapso ou, ainda, óbito. Essa condição é chamada
embolia pulmonar. A trombose venosa profunda e a embolia pulmonar
são exemplos de uma condição chamada de tromboembolismo venoso.

Você estará mais propensa a apresentar um
coágulo:

  •  Se for gravemente obesa;
  •  Se já teve um coágulo anteriormente;
  •  Se alguém próximo, de sua família, teve coágulos;
  •  Se você teve um ou mais abortos;
  •  Se tem algum problema de coagulação que necessite de
    tratamento medicamentoso como a varfarina;
  •  Se você está de repouso por algum tempo por causa de uma
    grande cirurgia, trauma ou doença;
  •  Se você tem uma rara condição chamada de lúpus
    eritematoso sistêmico.

Se alguma dessas condições se aplicar ao seu caso, informe ao
seu médico para verificar se pode receber TRH.

Observando mulheres na faixa dos 50 anos que não estão recebendo
TRH – em média, durante um período de 5 anos, espera-se que 3 em
1000 apresentarão coágulo. Para mulheres na faixa dos 50 anos que
estão recebendo TRH, os dados serão de 7 em 1000.

Observando mulheres na faixa dos 60 anos que não estão recebendo
TRH – em média, durante um período de 5 anos, espera-se que 8 em
1000 apresentarão coágulo. Para mulheres na faixa dos 60 anos que
estão recebendo TRH, os dados serão de 17 em 1000.

Se você tiver:

  •  Inchaço doloroso na perna;
  •  Dor súbita no peito;
  •  Dificuldade para respirar,

Procure o seu médico assim que possível, e não use mais TRH até
que seu médico diga que pode fazê-lo. Esses podem ser sinais de um
coágulo.

Se você for se submeter a uma cirurgia, assegure-se que seu
médico saiba disso. Você poderá precisar interromper a TRH por
cerca de 4 a 6 semanas antes da cirurgia, para reduzir o risco
de coágulo. Seu médico informará quando você puder iniciar o TRH
novamente.

Reações Adversas do Riselle

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

Assim como todos os medicamentos, Riselle pode causar
reações adversas. As reações adversas a seguir são, geralmente,
atribuídas aos estrogênios de uma maneira geral, e poderiam ocorrer
durante o uso de Riselle:

  • Queixas mamárias (tensão, dor, inchaço e secreção nas
    mamas);
  • Retenção de fluido (normalmente percebida por inchaço dos pés e
    tornozelos) e ganho de peso;
  • Alterações na pele, como vermelhidão (eritema), erupção,
    manchas ou placas avermelhadas, manchas acastanhadas
    (cloasma);
  • Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, nervosismo e alterações do
    humor;
  • Demência (declínio da função mental marcado por perda de
    memória);
  • Enjoo, formação de gases no estômago ou no intestino, pedra na
    vesícula;
  • Pele ou olhos amarelados (icterícia);
  • Trombose (coágulo nas veias);
  • Pressão sanguínea elevada;
  • Ataque cardíaco e derrame;
  • Desconforto no uso de lentes de contato;
  • Tumores dependentes de hormônios (benignos e malignos), tais
    como câncer de mama e de endométrio;
  • Piora de endometriose.

Pode ocorrer, ocasionalmente, um extravasamento de sangue sob a
pele no local do implante.

Informe seu médico sobre o aparecimento de reações
desagradáveis, especialmente se forem intensas ou
persistentes.

Se você notar qualquer reação adversa não mencionada nesta bula,
é importante que você informe ao seu médico ou farmacêutico.

População Especial do Riselle

Gravidez e lactação

O uso de Riselle é contra-indicado durante a gravidez. Isso se
baseia na evidência epidemiológica de que o uso durante a gravidez
é perigoso para o feto.

Os implantes de estradiol também não são recomendados para
mulheres que estão amamentando.

Não utilize Riselle caso você esteja grávida ou amamentando.

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência
do tratamento ou após o seu término.

Informar ao médico se está amamentando.

Composição do Riselle

Cada implante de Riselle contém:

25 mg de 17ß-estradiol.

Não contém excipientes.

Interação Medicamentosa do Riselle

Nota: As informações de medicamentos usados
concomitantemente devem ser consultadas para que sejam
identificadas potenciais interações.

Efeitos de outros medicamentos sobre
Estradiol

Podem ocorrer interações com medicamentos que induzem as enzimas
microssomais as quais podem resultar em aumento da depuração de
hormônios sexuais e que podem levar a alterações no perfil do
sangramento uterino e/ou redução do efeito terapêutico.

Substâncias que aumentam a depuração dos hormônios
sexuais (eficácia diminuída por indução enzimática), por
exemplo: 

Fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e
possivelmente também oxcarbazepina, topiramato, felbamato,
griseofulvina e produtos contendo erva de São João.

A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de
tratamento e atinge graus máximos geralmente em poucas semanas. A
indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas após a
descontinuação da medicação.

Substâncias com efeitos variáveis na depuração de
hormônios sexuais: 

Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores
de protease e inibidores não-nucleosídios da transcriptase reversa
do HIV / HCV podem aumentar ou diminuir as concentrações
plasmáticas do estrogênio. Em alguns casos estas alterações podem
ser clinicamente relevantes.

Substâncias que diminuem a depuração de hormônios
sexuais (inibidores enzimáticos):

Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como
antifúngicos azólicos (por exemplo, fluconazol, itraconazol,
cetoconazol, voriconazol), macrolídeos (por exemplo,
claritromicina, eritromicina), verapamil, diltiazem e suco de
toranja (grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas do
estrogênio.

Substâncias que sofrem conjugação substancial, como por exemplo,
o paracetamol, podem aumentar a biodisponibilidade do estradiol
pela inibição competitiva do sistema de conjugação durante a
absorção.

Outras formas de interação

Exames laboratoriais: 

O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de
certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das
funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal, níveis plasmáticos
de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a
corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas, parâmetros do
metabolismo de carboidratos, da coagulação e fibrinólise. As
alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial
normal.

Interação Alimentícia do Riselle

Interações com bebidas alcoólicas

A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode
ocasionar elevação nos níveis circulantes de estradiol.

Ação da Substância Riselle

Resultados de eficácia

O uso de medicamentos contendo valerato de estradiol para a
melhora dos sintomas da menopausa é reconhecido
cientificamente.

Na maioria das mulheres de 1 a 2 mg de valerato de estradiol ou
estradiol são suficientes para obter efeito terapêutico. Estradiol
1 mg contém 1 mg de valerato de estradiol, que corresponde a 0,764
mg de estradiol. Estradiol 2 mg contém 2 mg de valerato de
estradiol, que corresponde a 1,528 mg de estradiol.


Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Estradiol contém o estrogênio valerato de estradiol, um
pró-fármaco do 17β-estradiol natural humano.

A ovulação não é inibida durante o uso de Estradiol e a produção
endógena de hormônios dificilmente é afetada.

Durante o climatério, a redução e posterior perda da secreção do
estradiol ovariano pode resultar em uma instabilidade na
termorregulação, causando fogachos associados com distúrbios do
sono, sudorese excessiva, atrofia urogenital com sintomas de secura
vaginal, dispareunia e incontinência urinária. Menos
específicos, mas frequentemente mencionados como parte da síndrome
do climatério, são os sintomas como queixas anginosas, palpitações,
irritabilidade, nervosismo, falta de energia e de capacidade de
concentração, esquecimento, perda da libido, dores musculares e nas
articulações. A terapia de reposição hormonal (TRH) alivia muitos
desses sintomas provocados pela deficiência de estradiol em
mulheres na menopausa.

A TRH com dosagem adequada de estrogênio, como em Estradiol,
reduz a reabsorção óssea e retarda ou cessa a perda de massa óssea
na pós-menopausa. Quando o tratamento é interrompido, a massa óssea
reduz-se a uma razão comparável àquela encontrada no período da
pós-menopausa imediata. Não há evidência de que a TRH restaure a
massa óssea aos níveis da pré-menopausa. A reposição hormonal
também tem um efeito positivo sobre o conteúdo do colágeno e a
espessura da pele e consegue retardar o processo de formação de
rugas da pele.

A TRH altera o perfil lipídico: diminui o colesterol total e o
LDL-colesterol e pode aumentar o HDL-colesterol e os níveis de
triglicérides. Os efeitos metabólicos podem ser anulados em parte
pela adição de um progestógeno.

É recomendada a adição de um progestógeno a um regime de
reposição estrogênica, como com Estradiol, por no mínimo 10 dias
por ciclo, para mulheres com o útero intacto. Desta forma, reduz-se
o risco de hiperplasia endometrial e o risco contínuo de
adenocarcinoma nessas mulheres. A adição de um progestógeno ao
regime de reposição estrogênica não mostrou interferência na
eficácia do estrogênio para o uso indicado.

Estudos observacionais e o estudo “Women’s Health Iniciative
(WHI)” com estrogênios equinos conjugados (EEC) e acetato de
medroxiprogesterona (MPA) sugerem uma redução na morbidade do
câncer de colo na pós-menopausa em mulheres que usam TRH. No estudo
da WHI com monoterapia de EEC não foi observada redução no risco.
Não se sabe se estes dados também se estendem para outros
medicamentos e esquemas terapêuticos para TRH.

Farmacocinética

Absorção

O valerato de estradiol é rápida e completamente absorvido. O
éster esteroidal divide-se em estradiol e ácido valérico durante a
absorção e o metabolismo de primeira passagem no fígado. Ao mesmo
tempo, o estradiol passa por um metabolismo intenso até
transformar-se, em estrona, estriol e sulfato de estrona. Somente
cerca de 3% do estradiol torna-se biodisponível após a
administração oral do valerato de estradiol. Os alimentos não
afetam a biodisponibilidade do estradiol.

Distribuição

Concentrações séricas máximas de estradiol, de aproximadamente
15 pg/ml (ou 30 pg/ml), são geralmente esperadas entre 4 a 9 horas
após a ingestão da drágea. Dentro de 24 horas após a ingestão da
drágea, espera-se que os níveis séricos do estradiol diminuam até
concentrações de cerca de 8 pg/ml (ou 15 pg/ml). O estradiol
liga-se à albumina e às proteínas transportadoras de hormônios
sexuais (SHBG). A fração do estradiol não-ligado no soro é de cerca
de 1 a 1,5% e a fração ligada às proteínas transportadoras de
hormônio sexuais é de aproximadamente 30 – 40%.
O volume aparente de distribuição do estradiol após uma única
administração intravenosa é de cerca de 1 l/kg.

Metabolismo

Após a clivagem do éster exógeno administrado, valerato de
estradiol, o metabolismo do fármaco segue os caminhos de
biotransformação do estradiol endógeno: é metabolizado
principalmente pelo fígado e também por vias extra-hepáticas como,
por exemplo, no intestino, rins, músculos esqueléticos e
órgãos-alvo. Estes processos envolvem a formação da estrona,
estriol, catecolestrogênios e sulfatos e glicuronídeos conjugados
destes compostos, os quais são todos claramente menos estrogênicos
ou mesmo não-estrogênicos em relação ao estradiol.

Eliminação

A eliminação sérica total do estradiol, após dose única
administrada via intravenosa, mostra grande variabilidade em um
intervalo de 10 a 30 ml/min/kg. Uma certa proporção de metabólitos
do estradiol é excretada na bile e passa pela circulação
êntero-hepática. Enfim, os metabólitos do estradiol são
principalmente excretados por via renal como sulfatos e
glicuronídeos na urina.

Condições de equilíbrio

São esperados, aproximadamente, níveis séricos do estradiol duas
vezes maiores após múltiplas administrações em relação a uma dose
única. Na média, a concentração do estradiol varia entre 15 (ou 30
pg/ml) (nível mínimo) e 30 (ou 60 pg/ml) (nível máximo). A estrona,
como um metabólito menos estrogênico, alcança concentrações séricas
8 vezes maiores, aproximadamente. O sulfato de estrona alcança,
aproximadamente, concentrações 150 vezes mais altas. Após a
interrupção do tratamento, os níveis de pré-tratamento de estradiol
e estrona são atingidos dentro de 2 a 3 dias.

Dados de segurança pré-clínico

O perfil toxicológico do estradiol é bem conhecido. Não existem
dados pré-clínicos relevantes adicionais àqueles descritos nos
demais itens.

Cuidados de Armazenamento do Riselle

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da
luz e da umidade.

Prazo de validade: O nº de lote, a data de fabricação e
a data de validade estão indicados na embalagem externa do
produto.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido,
pois seu efeito pode não ser o desejado.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Riselle

MS 1.0171.0085

Farm. Resp.:

José Luis Moretti Farah
CRF-SP nº 16.509

Fabricado por:

Organon (Ireland) Ltd., Swords
Co. Dublin, Irlanda

Importado e embalado por:

Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua João Alfredo, 353
São Paulo – SP
CNPJ 03.560.974/0001-18
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Riselle, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.