Pular para o conteúdo

Renagel

Como Renagel funciona?

Renagel contém cloridrato de sevelâmer, uma substância que
se liga ao fosfato no trato digestivo, impedindo sua absorção pelo
corpo, reduzindo, portanto o seu nível sanguíneo.

Em estudos clínicos, o tempo médio estimado para início da ação
terapêutica do medicamento foi de duas semanas.

Contraindicação do Renagel

Você não deve usar Renagel se apresentar diminuição da
quantidade de fósforo no sangue (hipofosfatemia) ou obstrução
intestinal.

Você também não deve usar Renagel se tiver alergia conhecida ao
cloridrato de sevelâmer ou a qualquer um dos componentes da
fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com
hipofosfatemia ou obstrução intestinal.

Como usar o Renagel

Renagel deve ser tomado por via oral, com as refeições.

Os comprimidos de Renagel devem ser engolidos intactos e não
devem ser triturados, mastigados ou quebrados antes da
administração.

Se você não está usando outro medicamento para diminuir
o fósforo no sangue

A dose inicial recomendada é de 800 a 1600 mg, a qual pode ser
tomada usando-se um a dois comprimidos de Renagel 800 mg, com cada
refeição, com base no nível de fósforo no sangue.

Dose inicial quando não se está utilizando outro
medicamento para diminuir o fosfato no sangue

Fósforo no Sangue

Renagel 800 mg

gt; 5,5 e lt; 7,5mg/dL
(gt; 1,78 e lt; 2,42 mmol/L)

1 comprimido,
3 vezes por dia com as refeições

≥ 7,5 e lt; 9,0 mg/dL
(≥ 2,42 e lt; 2,91 mmol/L)

2 comprimidos,
3 vezes por dia com as refeições

≥ 9,0 mg/dL
(≥ 2,91 mmol/L)

2 comprimidos,
3 vezes por dia com as refeições

Se você está substituindo o tratamento com acetato de
cálcio por Renagel

A dose de Renagel deve ser equivalente à dose de acetato de
cálcio, que estava sendo tomada anteriormente.

Dose inicial quando o tratamento com acetato de cálcio
está sendo substituído por Renagel

Acetato de cálcio 667 mg
(comprimidos por refeição)

Renagel 800 mg
(comprimidos por refeição)

1 comprimido

1 comprimido

2 comprimidos

2 comprimidos

3 comprimidos

3 comprimidos

Os níveis de fósforo sérico devem ser rigorosamente monitorados
e a dose de Renagel ajustada em conformidade com a diminuição
pretendida de fósforo sérico para 1,78 mmol/L (5,5 mg/dL), ou
menos. Seu médico realizará análises sanguíneas a cada 2 a 3
semanas até que um nível estável de fósforo sérico seja atingido e
após este nível ser atingido, seu médico realizará exames
regulares.

A dose máxima diária estudada de Renagel foi de 13 gramas.

Uso em idosos

Se você for um paciente idoso, o seu médico deverá selecionar a
dose de Renagel com cautela,geralmente iniciando com a dose
mais baixa do intervalo de dose.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Renagel?

Converse com o seu médico o mais rápido possível, caso você
esqueça de tomar Renagel ou pense que pode ter deixado de tomar uma
dose ou ter vomitado após tomar o comprimido.

Não tome uma dose dobrada para compensar os comprimidos
esquecidos.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Renagel

Se você for um paciente idoso, o seu médico deverá selecionar a
dose de Renagel com cautela, geralmente iniciando com a dose mais
baixa do intervalo de dose. A segurança e eficácia de Renagel não
foram estabelecidas em pessoas com menos de 18 anos de idade ou em
pessoas na pré-diálise.

A segurança e eficácia de Renagel não foram estabelecidas em
pessoas com disfagia (dificuldade para engolir), distúrbios de
deglutição, distúrbios graves de motilidade gastrointestinal,
incluindo constipação (prisão de ventre) grave ou que fizeram uma
cirurgia grande no trato gastrointestinal. Renagel deve ser tomado
com cuidado se você apresentar algum problema gastrointestinal.
Informe seu médico se você tiver algum problema gastrointestinal
antes de tomar Renagel.

Casos incomuns de dificuldade de engolir os comprimidos de
Renagel têm sido relatados. Muitos destes casos envolvem pacientes
que já apresentam condições que contribuem para afetar a capacidade
de engolir, incluindo problemas de deglutição ou anormalidades
oroesofágicas (da boca ou do esôfago). Renagel deve ser tomado com
cuidado se você apresentar algum destes problemas.

Se você tiver insuficiência renal poderá desenvolver níveis
baixos ou excesso de cálcio no sangue. Renagel não contém
cálcio. Seu médico realizará análises sanguíneas para monitorar a
concentração de cálcio no seu sangue e pode prescrever um
suplemento de cálcio, se você desenvolver baixos níveis de cálcio
no sangue.

Se você tiver doença renal crônica, você pode desenvolver
acidose metabólica (acidez excessiva no sangue). Renagel não contém
suplementação alcalina. Seu médico realizará análises sanguíneas
para determinar a concentração de bicarbonato e cloreto, para
monitorar a acidez do sangue.

Dependendo da alimentação e da natureza da doença renal crônica,
os pacientes sob diálise podem desenvolver baixos níveis de
vitamina A, D, E e K. Portanto, se você não estiver tomando essas
vitaminas, seu médico pode realizar análises sanguíneas para
monitorar a concentração dessas vitaminas no seu sangue e lhe
indicará um suplemento vitamínico, se necessário.

Não foi observado nenhum efeito sobre a capacidade de dirigir
veículos e operar máquinas com o uso de Renagel.

Este medicamente não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Este medicamento não deve ser utilizado durante a
amamentação sem orientação médica.

A segurança de Renagel não foi estabelecida em mulheres grávidas
ou lactantes (mulheres amamentando). Em estudos com animais, não
houve qualquer evidência de que o cloridrato de sevelâmer tenha
causado toxicidade embriofetal (no embrião e/ou feto).
Renagel somente deve ser administrado a mulheres grávidas ou
lactantes se for estritamente necessário e após ter sido realizada
uma análise cuidadosa do risco/benefício, tanto para mãe como para
o feto ou lactente (crianças em fase de amamentação). Não há
estudos adequados e bem controlados em mulheres lactantes.Também
não há estudos adequados e bem controlados em mulheres
grávidas.

Não há informações que sugerem que Renagel (cloridrato de
sevelâmer) possa causar doping.

Interações medicamentosas:

Os estudos de interação medicamentosa não foram realizados em
pacientes sob diálise.

Em estudos de interação medicamentosa em pessoas sadias,Renagel
não teve efeito sobre a absorção de medicamentos como digoxina,
varfarina, enalapril, metoprolol ou ferro. Entretanto, quando o
medicamento ciprofloxacino foi ingerido ao mesmo tempo que Renagel,
existiu uma diminuição da sua absorção em 50% e, assim, pode haver
uma diminuição da sua eficácia. Consequentemente, Renagel não deve
ser tomado juntamente com ciprofloxacino.

Durante a experiência pós-comercialização, concentrações
reduzidas de ciclosporina, micofenolato de mofetila e tacrolimo têm
sido relatadas quando coadministrados com cloridrato de sevelâmer
em pacientes transplantados, sem quaisquer consequências clínicas
(por exemplo, a rejeição do enxerto). A possibilidade de uma
interação não pode ser excluída e deve ser considerado um
acompanhamento rigoroso das concentrações sanguíneas de
ciclosporina, micofenolato de mofetila e tacrolimo durante o uso de
qualquer um destes medicamentos em combinação com sevelâmer e após
a sua suspensão.

Casos muito raros de aumento dos níveis de hormônio tireotrófico
(TSH) foram relatados em pacientes tomando Renagel em conjunto com
levotiroxina. Seu médico realizará análises sanguíneas para
monitorar a concentração de TSH no seu sangue, caso você tenha que
utilizar ambos os medicamentos.

Durante a experiência pós-comercialização, casos muito raros de
aumento dos níveis de fosfato foram reportados em pacientes que
receberam coadministração de inibidores da bomba de prótons com
cloridrato de sevelâmer.

Renagel pode afetar a absorção de outros medicamentos,
portanto você deve tomar outros medicamentos uma hora antes ou três
horas após o uso de Renagel. Você deve informar o seu médico sempre
que estiver utilizando outros medicamentos, pois ele poderá
monitorar a quantidade dessas medicações no seu sangue.

Não foram feitos estudos de interação medicamentosa de Renagel
com medicamentos antiarrítmicos e anticonvulsivantes. Se você
utiliza medicamentos antiarrítmicos, para controle de arritmias
cardíacas, ou medicações anticonvulsivantes, para o controle de
distúrbios epiléticos, informe seu médico para que ele possa tomar
as precauções necessárias. Em estudos de interação medicamentosa
com animais, não houve qualquer efeito adverso quando Renagel foi
administrado em conjunto com verapamil, quinidina, calcitriol,
tetraciclina, varfarina, ácido valpróico, digoxina, propanolol,
estrona e L-tiroxina.

Não há estudos adequados e bem controlados sobre interações de
Renagel com alimentos.

Não há incompatibilidades farmacêuticas conhecidas.

Não foram realizados estudos de interação medicamento-substância
química, incluindo álcool e nicotina.

Nenhuma interação medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial foi observada com Renagel.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Renagel

A seguinte classificação de frequência é utilizada,
quando aplicável:

  • Muito comum ≥ 10%; Comum ≥ 1 e lt;10%;
  • Incomum ≥ 0,1 e lt;1%; Rara ≥ 0,01 e lt; 0,1%;
  • Muito rara lt;0,01%;
  • Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados
    disponíveis).

Em estudos clínicos, reações adversas reportadas com cloridrato
de sevelâmer foram similares aquelas reportadas para o grupo
controle.

As reações adversas, que ocorreram mais frequentemente (≥ 5% dos
pacientes), emergentes do tratamento, possivelmente ou
provavelmente relacionadas com Renagel, foram todos na classe de
sistema de órgãos de distúrbios gastrointestinais de acordo com a
Tabela abaixo.

Neste estudo, a principal razão para o abandono do tratamento
com Renagel foram as reações adversas gastrointestinais.

Resumo das reações adversas que ocorreram mais
frequentemente (≥ 5% dos pacientes) emergentes do tratamento,
possivelmente ou provavelmente relacionadas com
Renagel

Classe de Sistemas de Órgãos

Reação adversa

% de Pacientes

Distúrbios gastrointestinais

Vômito

10,1

Náusea

10,1

Indigestão

9,1

Diarreia

8,1

Dor Abdominal

5,1

Flatulência

5,1

Em um estudo as reações adversas possivelmente ou provavelmente
relacionadas com Renagel incluíram indigestão (8,3%) e vômito
(4,2%). Em outro estudo as reações adversas possivelmente ou
provavelmente relacionadas com Renagel incluíram indigestão (8,5%),
diarreia (4,9%), náusea (4,9%), vômitos (4,9%), anorexia (redução
ou perda do apetite) (3,7%) e distúrbio gastrointestinal (3,7%). Em
um estudo de longo prazo, as reações adversas possivelmente ou
provavelmente relacionadas com Renagel incluíram náusea (7,3%), dor
abdominal (5,2%) e indigestão (4,7%).

Em um estudo os eventos adversos relatados para o cloridrato de
sevelâmer em pacientes sob diálise peritoneal foram similares aos
eventos adversos observados em pacientes sob hemodiálise.

As reações adversas possivelmente relacionadas com o
cloridrato de sevelâmer incluíram:

Indigestão (12,4%), diarreia (5,2%), náuseas (5,2%), constipação
(4,1%), prurido (coceira e/ou ardência) (4,1%), distensão abdominal
(3,1%), vômitos (3,1%), fadiga (3,1%), anorexia (3,1%) e dor nas
juntas (3,1%).

Durante a experiência pós-comercialização, as seguintes
reações adversas foram relatadas em pacientes que receberam
Renagel, embora nenhuma relação direta com o Renagel pôde ser
estabelecida:

Hipersensibilidade (alergia ou intolerância), prurido, erupções
cutâneas, dor abdominal e casos incomuns de obstrução intestinal,
de íleo e perfuração intestinal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista, ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Renagel

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de sevelâmer – 800 mg em base anidra.

Excipientes:

Dióxido de silício coloidal e ácido esteárico.

Revestimento:

Hipromelose e monoglicerídeo diacetilado.

Corante de impressão:

Óxido de ferro preto, propilenoglicol e álcool isopropílico.

Superdosagem do Renagel

Como Renagel não é absorvido pelo intestino, o risco de
intoxicação é muito baixo.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Renagel

Não foram realizados estudos de interação em pacientes sob
diálise.

Nos estudos de interação em voluntários sadios, o Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) não teve qualquer efeito sobre a
biodisponibilidade de uma dose única de digoxina, varfarina,
enalapril, metoprolol ou ferro.

Contudo, a biodisponibilidade do ciprofloxacino diminuiu
aproximadamente 50% quando coadministrado com o Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa), em um estudo de dose única.

Por isso, o Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) não deve
ser tomado simultaneamente com ciprofloxacino.

Durante a experiência pós-comercialização, concentrações
reduzidas de ciclosporina, micofenolato de mofetila e tacrolimo têm
sido relatadas quando coadministrados com o Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) em pacientes transplantados, sem quaisquer
consequências clínicas (por exemplo, a rejeição do enxerto).

A possibilidade de uma interação não pode ser excluída e deve
ser considerado um acompanhamento rigoroso das concentrações
sanguíneas de ciclosporina, micofenolato de mofetila e tacrolimo
durante o uso de qualquer um destes medicamentos em combinação com
sevelâmer e após a sua suspensão.

Durante a experiência pós-comercialização, casos muito raros de
aumento dos níveis de TSH foram relatados em pacientes que
receberam a coadministração de Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) e levotiroxina.

Um monitoramento rigoroso dos níveis de TSH é, portanto,
recomendado em pacientes em tratamento com ambos os
medicamentos.

O Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) pode afetar a
biodisponibilidade de outros produtos medicinais.

Quando um produto medicinal, cuja redução da biodisponibilidade
tenha um efeito clinicamente significativo na sua segurança ou
eficácia, é administrado, este deve ser administrado pelo menos uma
hora antes ou três horas após o uso de Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) ou o médico deve considerar o monitoramento dos
níveis sanguíneos.

Os pacientes em tratamento com medicamentos antiarrítmicos, para
o controle de arritmias, e medicações anticonvulsivantes, para o
controle de distúrbios epiléticos, foram excluídos dos ensaios
clínicos.

Precauções especiais devem ser tomadas quando se prescreve o
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) para pacientes em
tratamento com estes medicamentos.

Nos estudos com animais, a coadministração de uma dose única de
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) com verapamil,
quinidina, calcitriol, tetraciclina, varfarina, ácido valpróico,
digoxina, propanolol, estrona e L-tiroxina não alterou as
concentrações séricas de pico ou a área sob a curva da concentração
séria desses produtos.

Não há incompatibilidades farmacêuticas conhecidas.

Não foram realizados estudos de interação medicamento-substância
química, incluindo nicotina.

Nenhuma interação medicamento-exame laboratorial e não
laboratorial foi observada com o Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa).

Interação Alimentícia do Renagel

Não há estudos adequados e bem controlados sobre interações
fármaco/alimento.

Não foram realizados estudos de interação medicamento-substância
química, incluindo álcool.

Ação da Substância Renagel

Resultados da eficácia

A capacidade do Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa)
reduzir o fósforo sérico, em pacientes com doença renal crônica
(DRC) sob hemodiálise, foi demonstrada em seis estudos clínicos; um
estudo de 2 semanas, duplo-cego, controlado por placebo (Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) N = 24); dois estudos de 8 semanas,
abertos, não-controlados (Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) N = 220) e três estudos abertos com controle ativo, com
duração de tratamento de 8 a 52 semanas (Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) N = 256).

Os três estudos com controle ativo estão descritos a seguir.

Um estudo foi um ensaio cruzado com dois períodos de 8 semanas
comparando o Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) com acetato
de cálcio.

O segundo estudo foi um ensaio paralelo de 52 semanas comparando
o Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) com acetato de cálcio
ou carbonato de cálcio.

O terceiro foi um estudo paralelo de 12 semanas comparando o
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) e acetato de cálcio em
pacientes sob diálise peritoneal.

Estudo cruzado de Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) e acetato de cálcio

Oitenta e quatro (84) pacientes com DRC, sob hemodiálise, que
estavam hiperfosfatêmicos (fósforo sérico gt; 6 mg/dL), após um
período de suspensão do uso de quelantes de fosfato
(washout) por 2 semanas, foram randomizados para receber
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) por 8 semanas, seguido
por acetato de cálcio por 8 semanas, ou acetato de cálcio por 8
semanas, seguido do Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) por
8 semanas.

Os períodos de tratamentos foram separados por um período de
suspensão do uso de quelantes de fosfato (washout) por 2
semanas.

Os pacientes iniciaram o tratamento com cápsulas de Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) ou comprimidos de acetato de
cálcio, 3 vezes por dia, com as refeições.

Durante cada período de tratamento de 8 semanas, em três pontos
distintos de tempo, a dose de um ou outro agente podia ser titulada
até um comprimido ou cápsula por refeição (3 por dia), para
controlar o fósforo sérico.

Tanto o Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) como o
acetato de cálcio diminuíram significativamente o fósforo sérico
médio em cerca de 2 mg/dL.

Tabela 1: Fósforo Sérico Médio (mg/dL) Basal e no Ponto
Final

 

Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa)
(N=81)

Acetato de Cálcio (N=83

)

Valor basal no final da suspensão do
uso do quelante de fosfato (washout)
8,48
Alteração em relação ao valor basal
no ponto final
-2,0*-2,1*
(Intervalo de confiança de 95%)(-2,5; -1,5)(-2,6; -1,7)

*P lt;0,0001, dentro da comparação do grupo de
tratamento.

A figura 1 mostra que a proporção de pacientes que atingiram um
determinado nível de redução de fósforo sérico é comparável entre
os dois grupos de tratamento.

Por exemplo, cerca de metade dos pacientes em cada grupo teve
uma redução de pelo menos 2 mg/dL ao final do estudo.

Figura 1: Porcentagem cumulativa de pacientes (eixo-Y)
que atingiu uma alteração no nível de fósforo em relação ao valor
basal, tão significativa quanto o valor apresentado no eixo-X. A
mudança à esquerda da curva indica uma melhor
resposta.

O consumo médio diário no final do tratamento foi de 4,9 g de
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) (intervalo de 0 a 12,6
g) e 5,0 g de acetato de cálcio (intervalo de 0 a 17,8 g).

Durante o tratamento com acetato de cálcio, 22% dos pacientes
apresentaram cálcio sérico ≥ 11 mg/dL, em pelo menos uma ocasião,
contra 5% no tratamento com Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) (p lt;0,05).

Assim, o risco de desenvolvimento de hipercalcemia com o
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) é menor, em comparação
com acetato de cálcio.

O colesterol de baixa densidade (LDL) médio e o colesterol total
médio diminuíram significativamente no tratamento com o Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) (-24% e -15%, respectivamente).

Nem o LDL nem o colesterol total mudaram no tratamento com
acetato de cálcio.

Os triglicérides, o colesterol de lipoproteínas de alta
densidade (HDL) e a albumina não se alteraram nos dois
tratamentos.

Reduções similares no fósforo sérico e no colesterol LDL foram
observadas em um estudo aberto, não-controlado de 8 semanas em 172
pacientes com doença renal terminal sob hemodiálise.

Estudo paralelo de Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) e acetato de cálcio ou carbonato de cálcio

Duzentos pacientes com DRC, sob hemodiálise, que estavam
hiperfosfatêmicos (fósforo séricogt; 5,5 mg/dL), após um período de
suspensão do uso de quelantes de fosfato (washout) por 2
semanas, foram randomizados para receber comprimidos de Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) 800 mg (N = 99) ou cálcio, sendo
acetato de cálcio (N = 54) ou carbonato de cálcio (N = 47).

O acetato de cálcio e o carbonato de cálcio produziram
diminuições comparáveis no fósforo sérico.

Na semana 52, usando a abordagem com base na observação mais
recente, tanto o Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) como
cálcio, diminuíram significativamente o fósforo sérico médio.

Tabela 2: Fósforo Sérico Médio (mg /dL) e Produto Iônico
(mg2/dL2) Basal e no Final do Tratamento

Sessenta e um por cento dos pacientes tratados com Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) e 73% dos pacientes tratados com
cálcio completaram as 52 semanas de tratamento.

A principal razão para o abandono do tratamento com Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) foram eventos adversos
gastrintestinais.

A Figura 2, um gráfico da variação do fósforo em relação ao
valor basal, para os pacientes que completaram o tratamento, mostra
a durabilidade da resposta nestes pacientes.

Figura 2: Alteração média de fósforo em relação ao valor
basal para os pacientes que completaram o tratamento de 52
semanas

 

O consumo médio diário no final do tratamento foi de 6,5 g de
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) (intervalo de 0,8 a 13
g), ou cerca de oito comprimidos de 800 mg (intervalo de 1 a 16
comprimidos), 4,6 g de acetato de cálcio (intervalo de 0,7 a 9,5 g)
e 3,9 g de carbonato de cálcio (intervalo de 1,3 a 9,1 g).

Durante o tratamento com cálcio, 34% dos pacientes apresentaram
cálcio sérico corrigido para a albumina ≥ 11,0 mg/dl em pelo menos
uma ocasião contra 7% no tratamento com Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) (p lt;0,05).

Assim, o risco de desenvolvimento de hipercalcemia com o
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) é menor em comparação
com quelantes a base de cálcio.

O colesterol LDL médio e o colesterol total médio diminuíram
significativamente (plt;0,05) no tratamento com Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) (-32% e -20%, respectivamente), em
comparação com tratamento com cálcio (+0,2% e -2%,
respectivamente).

Os triglicérides, o colesterol HDL e a albumina não se
alteraram.

Estudo paralelo de Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) ou acetato de cálcio em pacientes sob diálise
peritoneal

Cento e quarenta e três (143) pacientes sob diálise peritoneal
que estavam hiperfosfatêmicos (fósforo séricogt; 5,5 mg/dL),
após um período de duas semanas de suspensão do uso de quelantes de
fosfato (washout), foram randomizados para receber
comprimidos de Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) 800 mg (N
= 97) ou acetato de cálcio (N = 46).

O tratamento durante 12 semanas com Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) foi não-inferior ao acetato de cálcio na redução
de fósforo sérico.

Houve mudanças estatisticamente significativas nos níveis de
fósforo sérico (p lt;0,001) relativamente ao valor basal, tanto
para o grupo do Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) (-1,61
mg/dL de 7,48 mg/dL) como para o grupo do acetato de cálcio (-1,81
mg/dL de 7,29 mg/dL).

O consumo médio diário no final do tratamento foi de 5,9 g de
Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) (intervalo de 0,8 a 14,3
g) e 4,3 g de acetato de cálcio (intervalo de 1,7 a 9,0 g).

Durante o tratamento com acetato de cálcio, 18% dos pacientes
tinham, no final do estudo, um cálcio sérico corrigido para a
albumina ≥ 11,0 mg/dL contra 2% para Cloridrato de Sevelâmer
(substância ativa) (p = 0,001).

Uma diminuição estatisticamente significativa do valor basal do
colesterol total, LDL e colesterol não-HDL foi observada no grupo
tratado com Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa), mas não no
grupo tratado com cálcio.

Características Farmacológicas

Os pacientes com doença renal crônica retêm fósforo e podem
desenvolver hiperfosfatemia.

Altas concentrações de fósforo podem precipitar o cálcio sérico,
resultando em calcificação ectópica. Quando o produto das
concentrações séricas de cálcio e fósforo (Ca x P) excede a 55
mg2/dL2, há um risco aumentado para a
ocorrência de calcificação ectópica.

A hiperfosfatemia pode levar ao desenvolvimento de
hiperparatireoidismo secundário na insuficiência renal. Um aumento
nos níveis de paratormônio (PTH) é característico dos pacientes com
doença renal crônica.

Níveis aumentados de PTH podem levar à osteíte fibrosa.

Uma diminuição no fósforo sérico pode diminuir os níveis de PTH
sérico.

O tratamento da hiperfosfatemia inclui a redução da ingestão
alimentar de fosfato, a inibição da absorção intestinal de fosfato
com quelantes de fosfato e a remoção do fosfato por diálise.

Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa), tomado com as
refeições mostrou diminuição das concentrações de fósforo sérico em
pacientes com doença renal crônica que estão sob hemodiálise.

Estudos in vitro demonstraram que as formulações em
cápsula e em comprimido ligam-se ao fosfato na mesma proporção.

O tratamento com Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa)
também resulta numa diminuição da lipoproteína de baixa densidade
(LDL) e dos níveis de colesterol sérico total.

Propriedades Farmacodinâmicas

O Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa), é um polímero de
poli (cloridrato de alilamina), ligante de fosfato não-absorvido,
isento de metal e cálcio.

Este contém aminas múltiplas separadas por um carbono da cadeia
polimérica. Estas aminas ficam numa forma parcialmente protonada no
intestino e interagem com moléculas de fosfato através de ligação
iônica e de hidrogênio.

Por ligação com o fosfato do trato digestivo, o Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) diminui a concentração de fosfato no
soro.

Em estudos clínicos, o Cloridrato de Sevelâmer (substância
ativa) demonstrou ser eficaz na redução de fósforo sérico em
pacientes sob hemodiálise ou diálise peritoneal.

O Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) diminui a
incidência de episódios hipercalcêmicos em comparação com
pacientes usando quelantes de fosfato a base de cálcio
isolado.

Foi demonstrado que os efeitos sobre o fosfato e o cálcio foram
mantidos ao longo de um estudo com um ano de acompanhamento.

O Cloridrato de Sevelâmer (substância ativa) demonstrou se ligar
aos ácidos biliares in vitro e in vivo em modelos
experimentais com animais.

A ligação aos ácidos biliares por resinas de troca iônica é um
método bem estabelecido de redução de colesterol no sangue.

Em estudos clínicos, tanto o colesterol total médio como o
colesterol LDL diminuíram em 15-31%.

Este efeito é observado após 2 semanas e é mantido com o
tratamento de longo prazo.

Os triglicérides, o colesterol HDL e a albumina não se
alteraram.

Nos estudos clínicos em pacientes sob hemodiálise, o Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) isolado, não teve um efeito
consistente e clinicamente significativo sobre o paratormônio
intacto sérico (iPTH).

Em pacientes com hiperparatireoidismo secundário, o Cloridrato
de Sevelâmer (substância ativa) deve ser utilizado dentro do
contexto de uma abordagem terapêutica múltipla, que pode incluir
suplementos de cálcio e 1,25-diidroxi vitamina D3 ou um dos seus
análogos, para diminuir os níveis de paratormônio intacto
(iPTH).

Propriedades Farmacocinéticas

Um estudo de equilíbrio de massa, utilizando Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) marcado com C14, em 16 voluntários
sadios do sexo masculino e feminino, mostrou que o Cloridrato de
Sevelâmer (substância ativa) não é absorvido sistemicamente.

Não foram realizados estudos de absorção em pacientes com doença
renal.

Em estudos clínicos, o tempo médio estimado para início da ação
terapêutica do medicamento foi de duas semanas.

Cuidados de Armazenamento do Renagel

Renagel deve ser mantido a temperatura ambiente (entre 15 e
30º C). Proteger da umidade.

Manter o recipiente bem fechado e em sua embalagem original.

Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide
embalagem.

Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Característica física

Os comprimidos revestidos são ovais com o nome Renagel 800
gravado.

Ao abrir o frasco, o produto pode apresentar um odor
característico de amônia, sem prejuízo da segurança e eficácia ao
paciente.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Caso ele
esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Renagel

MS 1.2543.0011

Farm. Resp.:

Bruna Belga Cathala CRF-SP 42.670

Fabricado por:

Genzyme Ireland Limited
IDA Industrial Park Old Kilmeaden Road, Waterford – Irlanda

Registrado e Importado por:

Genzyme do Brasil Ltda.
Rua Padre Chico, 224 – São Paulo – SP – CEP: 05008-010
CNPJ: 68.132.950/0001-03
Indústria Brasileira

SAC: 0800 77 123 73

Venda sob prescrição médica.

Renagel, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.