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Proleukin

Como o Proleukin funciona?

Foi demonstrado que Proleukin (aldesleucina) possui uma
atividade biológica semelhante à interleucina-2 humana natural. Os
estudos demonstraram que o produto atua como regulador da resposta
imunológica do nosso organismo.

Entre as suas propriedades encontram-se

  • Aumento da proliferação dos linfócitos T-helper
    (célula do sistema imune);
  • Aumento da formação de linfócitos e estimulação do crescimento
    de células humanas dependentes de interleucina-2;
  • Indução da atividade de células assassinas (ativadas por
    linfocina – LAK e naturais – NK), que são capazes de eliminar do
    nosso corpo alguns microrganismos ou células cancerosas;
  • Indução da produção de interferon-gama (substância que estimula
    as células assassinas).

Contraindicação do Proleukin

Você não deve usar Proleukin se apresentar uma das
situações abaixo

  • Alergia à aldesleucina (interleucina-2 recombinante) ou a
    qualquer componente da formulação;
  • Alteração no teste de estresse miocárdico com o tálio (elemento
    químico);
  • Alteração da função pulmonar;
  • Pacientes que passaram por algum transplante;
  • Pacientes com doença auto-imune prévia e que necessitem uso
    contínuo de corticosteroides, sem possibilidade de substituição
    dessa classe de drogas;
  • Infecção ativa em uso de antibioticoterapia;
  • Alterações do exame de sangue que incluem contagem de
    leucócitos lt; 4000/mm³, contagem de plaquetas lt;100.000/mm³ e/ou
    nível de hematócrito lt;30%
  • Ocorrência, em tratamento anterior com Proleukin, de algum dos
    seguintes eventos adversos: taquicardia ventricular sustentada
    (aumento dos batimentos do coração); distúrbios do ritmo cardíaco
    não-controlados ou que não responderam ao tratamento; dor torácica
    (no peito) recorrente com alterações no exame de eletrocardiograma
    sugestivas de angina (sensação de pressão no peito) ou infarto do
    miocárdio (ausência de circulação de sangue em uma região do
    coração); assistência respiratória artificial por mais de 72 horas;
    tamponamento pericárdico (acúmulo de líquido no pericárdio levando
    a alteração de função do coração); insuficiência renal com diálise
    por mais de 72 horas; coma ou psicose tóxica (problemas mentais)
    durante mais de 48 horas; convulsões repetidas ou de difícil
    controle; perfuração ou isquemia intestinal (diminuição ou
    interrupção da circulação de sangue no intestino); hemorragia
    gastrointestinal (perda de sangue no estômago e intestino) que
    necessita de cirurgia.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças. A
eficácia e segurança em crianças ainda não foram estabelecidas.

Este medicamento pode afetar a função do Sistema Nervoso
Central (SNC), provocando alucinações, sonolência, síncope
(desmaio) e convulsões. Sendo assim, o paciente deve evitar dirigir
automóveis ou operar máquinas após seu uso.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Como usar o Proleukin

Proleukin pode ser administrado tanto por via intravenosa como
por via subcutânea.

Proleukin é um medicamento de uso restrito a hospitais. O
esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser determinados
pelo seu médico, de acordo com a sua necessidade.

Proleukin deve ser reconstituído com 1,2 mL de água para
injeção. O responsável pelo preparo deve injetar a água para
injeção no frasco-ampola. Homogeneizar levemente para evitar a
formação de espuma. Não agitar. A solução resultante deve ser um
líquido transparente e incolor.

Quando utilizada por via intravenosa, a dose total de Proleukin
a ser administrada deve ser diluída, conforme seja necessário, até
500 mL de soro glicosado a 5% contendo 0,1% de albumina humana (até
um máximo de 2% de albumina humana) e administrada sob infusão
intravenosa contínua durante 24 horas. A albumina humana deve ser
misturada ao soro glicosado, antes que se acrescente o
Proleukin.

Proleukin não contém conservantes. É essencial que a solução
para a infusão seja preparada utilizando-se técnica asséptica
(técnica que evita a contaminação).

A solução deve alcançar a temperatura ambiente antes de ser
administrada.

Proleukin não deve ser reconstituído ou diluído em água
bacteriostática para injeção ou soro fisiológico 0,9%. Não misturar
Proleukin com outros medicamentos.

Antes da administração deve-se verificar se há presença de
partículas ou coloração estranha na solução reconstituída.

Posologia

Carcinoma Renal Metastático

Proleukin é utilizado isoladamente ou associado com outros
medicamentos (especialmente o interferon-alfa ou outros
medicamentos quimioterápicos como, por exemplo, a
5-fluoruracila).

Uso intravenoso

Proleukin

Dose de 6 milhões U.I./m2/dia, sob infusão
intravenosa contínua, nos dias 1 a 4 de cada semana de
tratamento.

Interferon-alfa

Dose de 6 milhões U.I./m2/dia, via subcutânea ou
intramuscular, nos dias 1 a 4 de cada semana de tratamento.

Quatro semanas de tratamento completam um ciclo de
terapêutica.

É necessário um intervalo de duas semanas de descanso entre os
ciclos. Os ciclos de tratamento devem prosseguir até um máximo de 6
ciclos, exceto se houver progressão da doença ou presença de
toxicidade.

Uso subcutâneo

Proleukin

Dose de 20 milhões U.I./m2, via subcutânea, três
vezes por semana, nas semanas 1 e 4. Dose de 5 milhões
U.I./m2, via subcutânea, três vezes por semana, nas
semanas 2 e 3.

Interferon-alfa: dose de 6 milhões U.I./m2, via
subcutânea, uma vez por semana, nas semanas 1 e 4; três vezes por
semana, nas semanas 2 e 3. Dose de 9 milhões U.I./m2,
via subcutânea, três vezes por semana, nas semanas 5 a 8.
5-fluoruracila: Dose de 750 mg/m2, por via endovenosa em
bolus” uma vez por semana, semanas 5 a 8.

Esses ciclos de tratamento devem ser repetidos a cada 2 meses,
exceto se houver piora da doença.

Melanoma Metastático

Proleukin é usado em associação com outros medicamentos
(especialmente a interferon-alfa ou outros medicamentos
quimioterápicos como, por exemplo, a cisplatina).

Fase inicial

Cisplatina

Dose de 100 mg/m2, via intravenosa, no dia 0.

Proleukin

Dose de 18 milhões U.I./m2/dia, sob infusão intravenosa
contínua, nos dias 3 ao 6 e nos dias 17 a 21.

Interferon-alfa

Dose de 9 milhões U.I./m2, via subcutânea, 3 vezes
por semana, durante o período de tratamento (28 dias).

Um ou dois ciclos adicionais foram administrados de acordo com a
resposta clínica e tolerância do paciente.

Fase de manutenção

Início

66o dia ou 94o dia (de acordo com o no de
ciclos na fase inicial, 2 ou 3 ciclos, respectivamente).

Cisplatina

Dose de 100 mg/m2, via intravenosa, no dia 1.

Proleukin

Dose de 5 milhões U.I./m2/dia, via subcutânea, nos
dias 15 ao 19 e nos dias 22 ao 26.

Interferon-alfa 

Dose de 9 milhões U.I./m2, via subcutânea, 3 vezes
por semana, durante o período de tratamento (28 dias).

Os ciclos de manutenção foram repetidos a cada 5 semanas, até um
máximo de quatro ciclos.

Seu médico pode usar posologias diferentes de acordo com o seu
quadro clínico e/ou evolução da doença.

Nota:

1,1 mg de interleucina = 18 x 106 U.I. = 3 x
106 Unidades Cetus.

Idosos

Idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais de
Proleukin motivo pelo qual se recomenda cautela no tratamento
destes pacientes.

Crianças

A segurança e a eficácia da IL-2r em crianças ainda não foram
estabelecidas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas
sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não
desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Proleukin?

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Proleukin

A interleucina-2r, quando administrada por via intravenosa, deve
ser utilizada sob supervisão medica especializada no uso de agentes
quimioterápicos para tratamento de câncer. A administração do
medicamento deve ser realizada em ambiente hospitalar,
preferencialmente em uma unidade de tratamento intensivo para
controle dos seus parâmetros clínicos e laboratoriais.

São necessárias precauções extremas e controle cuidadoso nos
pacientes portadores de enfermidade cardiovascular ou respiratória
grave preexistentes, alterações do estado mental ou com
comprometimento da função renal ou hepática. A administração de
IL-2r provoca febre e efeitos colaterais gastrintestinais na
maioria dos pacientes tratados nas doses recomendadas. Seu médico
poderá utilizar medicação antipirética (contra a febre) e/ou
antiulcerosa para tratar ou evitar parcialmente estes efeitos
colaterais. A administração de IL-2r causa um aumento reversível
das transaminases hepáticas, da bilirrubina, da ureia e da
creatinina.

A administração de IL-2r pode alterar o metabolismo renal ou
hepático ou a excreção de medicamentos administrados
concomitantemente.

Hipotensão arterial (queda de pressão) pode ocorrer prontamente,
ou entre 2 e 12 horas após administração, e pode ser mais acentuada
com a administração intravenosa rápida do que sob infusão
intravenosa contínua.

Você poderá sentir irritabilidade, confusão ou depressão
enquanto recebe IL-2r. Estas alterações são normalmente reversíveis
quando se interrompe o tratamento.

Se você tem história de doença cardíaca, pulmonar ou autoimune,
avise seu médico.

Você poderá ter insuficiência da tireoide no tratamento com
Proleukin.

Em determinados casos, alguns pacientes poderão necessitar de
entubação oro-traqueal para tratar a insuficiência respiratória
transitória.

Caso você sinta letargia (sono profundo) ou sonolência, avise
imediatamente a seu médico pois poderá ser necessário suspender o
tratamento para evitar o coma.

A administração de IL-2r pode aumentar ou piorar infecções por
Staphylococcus aureus.

Caso você tenha alguma infecção bacteriana, seu médico tratará
primeiro esta infecção antes de iniciar o tratamento com IL-2r.

Análises laboratoriais

Seu médico solicitará exames médicos a você,
periodicamente (antes, durante e depois do tratamento)

Hemograma completo, incluindo plaquetometria, eletrólitos,
exames da função renal e hepática e radiografias do tórax,
realização de ECG, provas da função pulmonar com gasometria
arterial e avaliação objetiva para doença coronariana, antes do
início do tratamento.

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico.
Pode ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Proleukin

As reações adversas encontradas com Proleukin tiveram sua
frequência e gravidade dependentes da dose utilizada no tratamento.
A maioria das reações adversas geralmente desaparecem após 2 a 3
dias da interrupção do tratamento.

Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Calafrio, febre*, mal-estar, astenia (diminuição da força
muscular), infecção*, dor abdominal (dor na barriga), dor,
dilatação do abdômen, hipotensão* (pressão baixa), taquicardia
(aumento dos batimentos do coração), vasodilatação (dilatação dos
vasos sanguíneos), taquicardia supraventricular*, distúrbio
cardiovascular* (como flutuações na pressão sanguínea, alterações
do eletrocardiograma e insuficiência cardíaca), arritmia (alteração
do ritmo dos batimentos do coração), diarreia*, vômito*, náusea,
estomatite (inflamação do estômago), anorexia (diminuição ou perda
do apetite), trombocitopenia* (diminuição do número de plaquetas no
sangue), anemia (diminuição do número de eritrócitos e/ou
hemoglobina no sangue), leucopenia (diminuição de leucócitos no
sangue), bilirrubinemia* (aumento de bilirrubina no sangue),
elevação da creatinina*, edema (inchaço) periférico, elevação do
AST (enzima do fígado)*, ganho de peso, edema (inchaço), acidose*
(distúrbio do equilíbrio ácido-base do organismo), hipomagnesemia
(diminuição de magnésio no sangue), hipocalemia (diminuição de
cálcio no sangue), aumento da fosfatase alcalina, confusão*,
sonolência, ansiedade, vertigem (tontura), dispneia* (dificuldade
de respirar), distúrbio pulmonar*, aumento da tosse, rinite,
erupção (lesão visível na pele), prurido (coceira), dermatite
esfoliativa (irritação na pele com placas escamosas), oligúria*
(diminuição da quantidade de urina).

*Reações adversas graves com risco de morte (risco grau 4).

Outras reações adversas, com risco de vida (grau
4)

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Septicemia (infecção generalizada), infarto do miocárdio
(necrose do músculo cardíaco), taquicardia ventricular, parada
cardíaca, distúrbios da coagulação (alterações na coagulação),
estupor (inconsciência parcial com ausência de movimentos), coma,
psicose (alteração mental grave), apneia (parada temporária da
respiração), anúria (ausência de urina na bexiga), insuficiência
renal aguda (problemas renais).

Exemplos de reações adversas com sequelas permanentes
incluem

Infarto do miocárdio, perfuração/infarto intestinal e gangrena
(necrose).

As reações adversas graves mais frequentemente relatadas incluem
hipotensão, disfunção renal com oligúria/anúria, dispneia ou
congestão pulmonar (acúmulo anormal de sangue no pulmão) e
alterações no estado mental (ex.: letargia, sonolência, confusão e
agitação).

Outras sérias reações tóxicas incluem isquemia do miocárdio
(diminuição ou interrupção da circulação do sangue no coração),
miocardite (inflamação do coração), insuficiência respiratória
necessitando de intubação, hemorragia gastrointestinal (hemorragia
em estômago e intestino) requerendo cirurgia, coma, convulsões,
septicemia e comprometimento renal requerendo diálise.

Outros efeitos adversos sérios

Reação incomum (ocorre em menos de 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Insuficiência renal e hepática (problemas nos rins e fígado)
resultando em morte; úlcera duodenal (parte inicial do intestino
delgado); perfuração intestinal fatal; necrose intestinal; parada
cardíaca; miocardite; taquicardia supraventricular; cegueira
passageira ou permanente que ocorre após a neurite ótica (lesão
inflamatória do nervo dos olhos); hipertermia (aumento da
temperatura do corpo) maligna; edema pulmonar resultante em morte;
parada respiratória; insuficiência respiratória fatal; AVC
(acidente vascular cerebral); ataque isquêmico transitório
(diminuição ou interrupção da circulação do sangue passageira);
meningite (inflamação das meninges); edema cerebral (inchaço no
cérebro); pericardite (inflamação do pericárdio – membrana que
envolve o coração); nefrite (inflamação dos rins) intersticial
alérgica; fístula traqueo-esofágica (pequena abertura entre a
traqueia e o esôfago); embolia pulmonar (obstrução da circulação
dos pulmões); depressão severa conduzindo ao suicídio.

Pode ocorrer piora dos sintomas de doença auto-imune
pré-existente (doença de Crohn – inflamação do intestino) e doença
tireoidiana (problemas na tireoide)) e reações adversas após uso de
contraste iodado. Em pacientes com melanoma maligno pode ocorrer
vitiligo (lesões na pele sem coloração).

Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à
empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Proleukin

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe ao seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar a
amamentação durante o uso deste medicamento.

A excreção de Proleukin no leite materno é desconhecida,
portanto a amamentação deve ser interrompida durante o seu uso.

IL-2r tem demonstrado ter efeitos letais em embriões de ratos
quando administrado em doses de 27 a 36 vezes a dose humana
(baseado no peso corporal). Toxicidade materna significativa foi
observada em ratas grávidas que receberam Proleukin por via
intravenosa em doses 27 a 36 vezes maiores do que a dose humana
durante o período crítico de organogênese. Nenhuma evidência de
teratogenia foi observada além daquela atribuída à toxicidade
materna. Não há estudos adequados e bem controlados de IL-2r em
mulheres grávidas. Proleukin deve ser usado durante a gravidez
somente se o potencial de benefício justificar o potencial de
risco.

Composição do Proleukin

Cada frasco-ampola de Proleukin contém:

Interleucina-2 recombinante (aldesleucina) 18 x 106
U.I. (corresponde a 1,1 mg em 1 mL da solução após reconstituição
com 1,2 mL de água para injeção).

Excipientes:

manitol, dodecilssulfato de sódio, fosfato de sódio monobásico e
fosfato de sódio dibásico.

Superdosagem do Proleukin

Os efeitos adversos seguidos ao uso de IL-2r foram relacionados
à dose. A administração de doses maiores que as recomendadas tem
sido associada com o surgimento mais rápido de reações tóxicas. As
reações adversas geralmente desaparecem após a interrupção do uso
de Proleukin.

Algum sintoma persistente deve ser tratado com medidas de
suporte. Toxicidade com risco de vida tem sido atenuadas com
administração intravenosa de dexametasona que pode resultar na
perda do efeito terapêutico de Proleukin.

OBS: Recomenda-se a leitura da bula do produto, antes da
administração de dexametasona.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Proleukin

A IL-2r pode afetar as funções do SNC. Portanto, podem ocorrer
interações quando utilizados com psicofármacos (ex.: narcóticos,
analgésicos, antieméticos, sedativos, ansiolíticos).

A administração concomitante de medicamentos com efeitos
nefrotóxicos (ex.: aminoglicosídeos, indometacina), mielotóxicos
(ex.: quimioterapia citotóxica), cardiotóxicos (ex.: doxorrubicina)
ou hepatotóxicos (ex.: metotrexato, asparaginase) com IL-2r pode
aumentar a toxicidade nestes órgãos.

A segurança e eficácia de Interleucina (substância ativa) em
combinação com quimioterápicos não foram estabelecidas.

Embora os glicocorticoides tenham apresentado atividade em
reduzir os efeitos colaterais induzidos pela IL-2r incluindo febre,
insuficiência renal, hiperbilirrubinemia, confusão e dispneia, a
administração concomitante destes medicamentos com a IL-2r pode
reduzir a eficácia antitumoral deste medicamento e, portanto, deve
ser evitada esta associação.

Os betabloqueadores e outros anti-hipertensivos podem
potencializar a hipotensão observada, por vezes, com o uso da
IL-2r.

Ação da Substância Proleukin

Resultados de Eficácia

Carcinoma Renal Metastático

A terapia de citocinas tem demonstrado poder induzir respostas
objetivas e têm um impacto modesto na sobrevida em subgrupos de
pacientes selecionados.

Pacientes que receberam a interleucina-2 (IL-2), com ou sem
linfócitos assassinos ativados por linfocinas parecem ter uma taxa
de resposta global semelhante àquelas que receberam
interferon-alfa, mas cerca de 5% dos pacientes adequadamente
selecionados tiveram remissões completas duradouras.

Associações de IL-2 e interferon têm sido estudados, mas os
resultados não mostraram ser melhores do que altas doses de IL-2
isoladamente.

A dose ótima de IL-2 é desconhecida. A terapia com doses
elevadas parece estar associada com maiores taxas de resposta,
embora com mais efeitos tóxicos.

Regimes de administração em baixa dose pode manter a eficácia
com menos efeitos tóxicos, especialmente hipotensão.

A administração ambulatorial subcutânea também demonstrou
respostas com aceitáveis efeitos tóxicos.

Deve-se considerar como primeira opção IL-2 em doses altas para
os pacientes que têm acesso a esse tipo de tratamento e que
apresentam em particular histologia de células claras com
características alveolares e/ou forte expressão de anidrase
carbônica por imuno-histoquímica.

Protocolo de altas doses

Interleucina-2 recombinante:

600.000 U/kg a 720.000 U/kg [National Cancer Institute (NCI)]
original, diluída em 100 mL de solução glicosada 5%, acrescida de
10 mL de albumina 20%, EV, durante 15 minutos, de 8/8 h por até no
máximo 14 doses seguidas; 9 a 14 dias depois, administrar novo
ciclo com as mesmas doses (1 ciclo com duas partes).

A experiência de fase II do NCI, com 227 pacientes tratados com
IL-2 EV em doses altas, mostrou resposta completa (RC) de 9,3%,
resposta parcial (RP) de 9,7% e resposta global (RG) de 19%. É
importante ressaltar que, dos pacientes que tiveram resposta
objetiva, 50% mantiveramna. Ademais, dos 21 pacientes que atingiram
RC, 17 (81%) permaneceram com a resposta mantida.

A maioria dos pacientes que responde, o faz após o primeiro
ciclo de IL-2; portanto, só devem receber mais de 1 ciclo de IL-2
EV em doses altas aqueles que obtiverem, pelo menos, RP.

Dois estudos randomizados demonstraram maiores taxas e duração
de resposta da IL-2 EV em doses altas em relação a IL-2 EV ou IL-2
SC em doses baixas ou a IL-2 e IFN, ambos SC.

Análise retrospectiva sugeriu que tumores do tipo não células
claras, ou células claras com presença de variante papilífera, ou
sem características histológicas alveolares, ou com mais de 50% de
característica histológica granular respondem pobremente à IL-2 em
doses altas (1 em 33 pacientes). Por outro lado, pacientes com mais
de 50% de padrão alveolar e ausência de componentes papilíferos e
granulares apresentaram 39% de resposta. Embora esses dados
decorram de avaliação retrospectiva, eles podem servir de parâmetro
na indicação de um tratamento tóxico e de alta complexidade, como é
o caso de IL-2 em doses altas.

Outro parâmetro que se mostrou útil como preditor de resposta a
IL-2 em doses altas foi a expressão da anidrase carbônica IX. Em
uma análise retrospectiva, com 66 pacientes dos quais 41 (62%)
tinham hiperexpressão da enzima (definida como gt; 85% de marcação
por imunohistoquímica, usando o anticorpo MN-75), observou-se que
21 de 27 (78%) respondedores à IL-2 apresentavam alta expressão da
enzima em comparação com 20 de 39 (51%) não respondedores
(p=0,04).

Melanoma Metastático:

As duas terapias biológicas que parecem ser mais ativas contra o
melanoma metastático são o interferon alfa e a interleucina-2
(IL-2). As taxas de resposta nos regimens contendo IL-2 variam de
10% a 20%. 

Bioquimioterapia:

Em pacientes com envolvimento predominantemente cutâneo (e/ou
linfonodal), é indicado como tratamento de primeira linha a IL-2 em
dose alta, 600.000 U/kg, mais albumina 20% 10 mL EV durante 15
minutos de 8/8 horas, no máximo até 14 doses, seguida de nova série
com a mesma dose 9 a 14 dias depois (1 ciclo com duas partes).
Reavaliar resposta após 6 semanas. Se houver resposta, repetir por
mais duas vezes o mesmo tratamento. Pacientes que progrediram com
bioquimioterapia sem envolvimento do sistema nervoso central podem
ser considerados para tratamento com IL-2 em dose alta.

Pacientes que não respondem à QT e não têm envolvimento de
sistema nervoso central podem ser considerados para tratamento com
agentes biológicos como IL-2 em altas doses.

iológicos como IL-2 em altas doses. Estudos selecionados de fase
II com bioquimioterapia mostram resposta global de 40 a 60% e
resposta completa de 10 a 30%. Aproximadamente 5 a 10% dos
pacientes têm obtido respostas por mais de 3 anos, sugerindo cura.
Estudos randomizados, entretanto, têm mostrado resultados
negativos, com exceção do estudo conduzido no MDACC.

O maior estudo randomizado realizado até hoje foi conduzido pelo
intergrupo americano e comparou bioquimioterapia concomitante
(regime modificado do MDACC) versus QT com CVD [Atkins MB, 2008].
Esse estudo, com um total de 415 pacientes, foi negativo para SG
(HR=0,95, IC de 95%: 0,78-1,17, p=0,639) e mostrou uma taxa de
resposta global de 19,5 versus 13,8% em favor da bioquimioterapia,
mas a diferença não foi significativa (p=0,140).

O único estudo positivo de bioquimioterapia foi o estudo de fase
III conduzido pelo MDACC com aproximadamente 90 pacientes por
braço. Esse estudo mostrou aumento significativo de resposta (48
versus 25%, p=0,001), tempo livre de progressão (4,9 versus 2,4
meses, p=0,008) e SG (11,9 versus 9,2 meses, p=0,06 por log
rank
e 0,03 pelo teste de Wilcoxon) em favor dos pacientes
tratados com bioquimioterapia versus CVD somente.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Foi demonstrado que o Interleucina (substância ativa)
possui uma atividade biológica semelhante à interleucina-2 humana
natural. Os estudos demonstraram que o produto atua como regulador
da resposta imunológica. Entre as suas propriedades
encontram-se:

  • Aumento da proliferação dos linfócitos T-helper;
  • Aumento da mitogênese de linfócitos e estimulação do
    crescimento a longo prazo de linhagens de células humanas
    dependentes de interleucina-2;
  • Indução da atividade de células assassinas (ativadas por
    linfocina – LAK e naturais – NK); -Indução da produção de
    interferona-gama.

Propriedades Farmacocinéticas

Após uma infusão intravenosa curta, o perfil farmacocinético de
Interleucina (substância ativa) (aldesleucina/interleucina-2r) é
caracterizado por altas concentrações plasmáticas, rápida
distribuição para o espaço extracelular e eliminação do organismo
por metabolismo renal, com pequena ou nenhuma quantidade de
proteína bioativa excretada na urina.

As curvas de concentração plasmática versus tempo da
aldesleucina foram obtidas através de estudos realizados em 52
pacientes com câncer, após a infusão intravenosa do Interleucina
(substância ativa) em 5 minutos.

A meia-vida de distribuição foi de 13 minutos enquanto que a de
eliminação foi de 85 minutos. A taxa de depuração relativamente
rápida da IL-2r levou ao emprego de esquemas posológicos
caracterizados por infusões curtas e frequentes. Os níveis séricos
de IL-2r foram proporcionais à dose empregada.

Estudos mais recentes têm demonstrado perfis farmacocinéticos
similares para a via intravenosa (através de infusão intravenosa
contínua do produto) e para a via subcutânea, porém, distintos
daquele encontrado com o emprego da infusão endovenosa curta.

O emprego mais recente dessas vias evidenciou uma boa
performance terapêutica com vantagens para a via subcutânea com
relação à incidência de efeitos adversos em pacientes com carcinoma
renal.

O rim é a principal via de eliminação da aldesleucina em animais
e humanos, através de filtração glomerular e extração
peritubular.

Cuidados de Armazenamento do Proleukin

Proleukin deve ser conservado sob refrigeração (2o a
8oC). Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Guarde-o em sua embalagem original. Após preparo, manter sob
refrigeração (2o a 8oC) por até 48 horas.

Características físicas

O pó liófilo de Proleukin apresenta-se como um pó branco,
contido em frasco-ampola incolor. A solução resultante da
reconstituição de Proleukin é um líquido transparente e
incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Proleukin

MS – 1.2214.0006

Resp. Téc.:

Marcia da Costa Pereira
CRF-SP no 32.700

Importado e Embalado por:

Zodiac Produtos Farmacêuticos S/A.,
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3.400
Pindamonhangaba – SP
C.N.P.J. 55.980.684/0001-27

Fabricado por:

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH amp; Co. KG
Biberach na der Riss- Germany

Licenciado por:

Novartis Pharmaceuticlas UK Ltd.
Camberley, Surrey – Reino Unido

Venda sob prescrição médica.

Uso restrito a hospitais.

Proleukin, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.