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Micardis HCT

Como o Micardis HCT funciona?

Micardis HCT contém a substância ativa telmisartana e a
hidroclorotiazida. A telmisartana atua impedindo a ação da
angiotensina II, substância presente no organismo que provoca
aumento da pressão arterial, acarretando dessa forma a sua
redução. A hidroclorotiazida, provoca aumento da diurese (do volume
de urina), reduzindo ainda mais a pressão arterial.

Contraindicação do Micardis HCT

Você não deve usar Micardis HCT se

Tiver alergia às substâncias ativas ou aos demais componentes da
fórmula; tiver alergia a algum composto derivado de sulfonamida
(como hidroclorotiazida); apresentar obstrução ou funcionamento
insuficiente das vias biliares (canais que conduzem a bile); tiver
problema grave de funcionamento do fígado; tiver problema grave de
funcionamento dos rins; tiver níveis de potássio no sangue muito
baixos que não melhoram com o tratamento; tiver excesso de cálcio
no sangue; tiver intolerância à frutose (contém sorbitol); se
estiver usando o medicamento alisquireno e tiver diabetes
mellitus ou problemas nos rins (taxa de filtração
glomerular lt; 60 ml/min/1,73m2) associado.

Este medicamento é contraindicado durante a gravidez,
especialmente no segundo e terceiro trimestre de gestação (de 4 a 9
meses) e durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Micardis HCT

Micardis HCT deve ser administrado uma vez ao dia na dose
prescrita pelo médico, com ou sem alimento.

Posologia

O médico irá especificar a dose de Micardis HCT (40mg/12,5mg,
80mg/12,5mg ou 80mg/25mg) adequada para o seu tratamento, podendo
aumentar gradativamente a dose de telmisartana antes de
substituí-la por Micardis HCT ou fazer a troca direta da
monoterapia pelo Micardis HCT.

Micardis HCT pode ser administrado caso sua pressão arterial não
for adequadamente controlada com Micardis ou com
hidroclorotiazida ou se sua pressão arterial já estava estabilizada
com telmisartana e hidroclorotiazida administradas
separadamente.

Quando o médico achar necessário, Micardis HCT pode ser
administrado com outra droga anti-hipertensiva.

Em pacientes com hipertensão grave, o tratamento com
telmisartana em doses de até 160 mg como monoterapia ou em
associação com 12,5 a 25 mg de hidroclorotiazida, diariamente, foi
bem tolerado e eficaz.

Alterações do funcionamento dos rins

Não é necessário que seu médico ajuste a dose, mas recomenda-se
monitoração periódica da função renal.

Alterações do funcionamento do fígado

Se você tiver disfunção hepática de leve a moderada, não se deve
exceder a dose de 40 mg/12,5 mg uma vez ao dia de Micardis HCT.

Idosos

Não é necessário ajuste da dose.

Crianças e adolescentes

Ainda não se estabeleceu a segurança e a eficácia de Micardis
HCT em crianças e adolescentes de até 18 anos.

O máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente obtido após 4 a 8
semanas de tratamento.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Micardis HCT?

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário
habitual.

Não duplique a dose na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou de cirurgião-dentista.

Precauções do Micardis HCT

Alterações do funcionamento do fígado

Micardis HCT deve ser administrado com precaução se você tiver
funcionamento alterado do fígado ou doença hepática em progressão,
uma vez que pequenas alterações do equilíbrio de líquidos e
eletrólitos podem precipitar coma hepático.

Alterações do funcionamento dos rins

Se a sua pressão alta for causada por um estreitamento das
artérias que levam sangue para os rins, há um risco aumentado de
queda grave da pressão. Se tiver insuficiência renal leve à
moderada (mau funcionamento dos rins leve a moderado), Micardis HCT
poderá ser utilizado, mas recomenda-se que seu médico o
monitore periodicamente. Com o mau funcionamento dos rins, poderá
ocorrer azotemia (aumento de ureia e creatinina no sangue).

Se você passou recentemente por um transplante renal, não deve
usar Micardis HCT.

Desidratação

Se tiver desidratação como consequência de dieta com restrição
de sódio (sal), diarreia ou vômitos, poderá ocorrer queda da
pressão. Nesse caso, recomenda-se que esta condição seja resolvida
antes de começar o tratamento com Micardis HCT.

Problemas endocrinológicos

Não se recomenda o uso de Micardis HCT em pacientes com excesso
do hormônio aldosterona no sangue devido a problemas da glândula
suprarrenal (hiperaldosteronismo primário) pois geralmente
esses pacientes não respondem ao tratamento com medicamentos da
classe do Micardis HCT. 

Problemas cardiológicos

Se apresentar estenose valvar aórtica, estenose mitral, ou
cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica (doenças das válvulas ou do
músculo do coração levando a obstrução do fluxo de sangue através
das cavidades cardíacas), deve-se ter precaução especial ao usar
MICARDI HCT, assim como outros medicamentos vasodilatadores.

Desequilíbrio eletrolítico

Deve-se realizar a monitoração periódica dos níveis de
eletrólitos no sangue (sódio, potássio, magnésio e fósforo, por
exemplo) em intervalos regulares. O uso de hidroclorotiazida pode
causar desequilíbrio dos níveis de eletrólitos e de líquidos no
sangue.

Diabetes mellitus

Sempre informe ao seu médico se você tem diabetes, pois ele
precisará avaliar os vasos do seu coração (coronárias) antes de
iniciar o tratamento com Micardis HCT. É importante que problemas
cardiovasculares (doença arterial coronária) sejam diagnosticados e
tratados, mesmo quando você não tiver nenhuma queixa ou sintoma,
pois sem o diagnóstico e tratamento, o risco de sofrer um infarto
do coração ou morte inesperada pode aumentar. Com uso de Micardis
HCT poderá ser necessário ajustar seus medicamentos para controle
do diabetes. Além disto, se você tem diabetes latente (a doença já
existe, mas ainda não se manifestou), o uso de diuréticos como a
hidroclorotiazida pode levar à manifestação da doença.

Pode ocorrer aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos
(gordura no sangue) com o uso de hidroclorotiazida, porém foram
relatados poucos efeitos com a dose de 12,5 mg contida em Micardis
HCT.

Também pode ocorrer aumento do ácido úrico no sangue e
desencadeamento de crises de gota (dor e inflamação da articulação
por excesso de ácido úrico).

Pacientes que usam Micardis HCT devem ter seus níveis de sódio e
potássio controlados periodicamente devido ao diurético. Os
sintomas da falta dessas substâncias incluem boca seca, sede,
fraqueza, sensação de corpo pesado e indisposição, sonolência,
inquietação, dores ou câimbras musculares, fadiga muscular, queda
da pressão, diminuição da quantidade de urina, taquicardia e
alterações digestivas como enjoos e vômitos. 

Lactose

A dose diária máxima de Micardis HCT contém 112 mg de lactose
nas concentrações 40mg/12,5 mg e 80mg/12,5 mg e 99 mg na
concentração de 80mg/25 mg. Se tiver intolerância à galactose (por
exemplo: galactosemia), não deve tomar Micardis HCT.

Alterações oculares

A hidroclorotiazida pode ocasionar miopia temporária e aumento
da pressão interna do olho (o risco é maior se você é alérgico a
medicamentos como sulfonamidas ou penicilina). Assim, sempre
informe seu médico se você sentir diminuição da visão ou dor nos
olhos após usar Micardis HCT, pois ele poderá interromper seu
tratamento.

Doenças reumatológicas

A hidroclorotiazida pode levar a uma piora da doença reumática
chamada lúpus eritematoso sistêmico.

Outras

A diminuição excessiva da pressão arterial pode causar infarto
do miocárdio ou derrame cerebral em pessoas com problemas de falta
de circulação para o coração e o cérebro.

Se você tem histórico de alergia ou asma, tem maior
probabilidade de ter reações alérgicas à hidroclorotiazida.

Este medicamento pode causar
doping.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode
ser perigoso para sua saúde.

Reações Adversas do Micardis HCT

Telmisartana + hidroclorotiazida

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Vertigem (tonteira).

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Hipocalemia (diminuição do potássio no sangue), ansiedade,
síncope (desmaio), parestesias (dormência/formigamento) vertigens
rotatórias (tonteiras rotatórias), arritmias cardíacas (alterações
do ritmo do coração), taquicardia (frequência de batimentos
cardíacos aumentada), hipotensão (queda da pressão), incluindo
hipotensão ortostática (queda da pressão ao se levantar), dispneia
(falta de ar) diarreia, boca seca, flatulência (gases), dores nas
costas, espasmo muscular, mialgia (dor muscular), impotência
sexual, dor no peito, aumento do ácido úrico no sangue.

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Rash, bronquite (inflamação dos brônquios), faringite
(inflamação da parte inferior da garganta), sinusite (inflamação
dos seios nasais), exacerbação ou ativação do Lúpus Eritematoso
Sistêmico (doença reumatológica), hiponatremia (diminuição do sódio
no sangue), hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue),
depressão, insônia e alterações do sono, visão anormal/ visão turva
transitória, angústia respiratória (falta de ar severa), pneumonite
(inflamação dos pulmões) e edema pulmonar (inchaço dos pulmões),
dor abdominal, constipação (prisão de ventre), dispepsia
(dores no estômago) vômitos, gastrite, função hepática anormal
(alterações da função do fígado) ocorreu em estudos pós
comercialização no Japão, angioedema (inchaço do rosto, lábios,
língua e garganta com risco de morte), eritema (manchas
vermelhas na pele), prurido (coceira), sudorese (aumento do suor),
urticária (placas elevadas na pele com ou sem coceira), artralgia
(dores nas articulações)), dor e câimbras nas pernas, sintomas
semelhantes aos de gripe, aumento na creatinina, aumento nas
enzimas do fígado, aumento da creatina fosfoquinase no sangue
(enzima muscular).

Telmisartana

Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Infecções do trato respiratório, infecções do trato urinário,
incluindo cistite (infecção urinária localizada na bexiga), anemia,
hipercalemia (aumento do potássio no sangue), bradicardia
(diminuição da frequência cardíaca), disfunção renal (incluindo
disfunção renal aguda), astenia (cansaço/desanimo), diminuição da
hemoglobina no sangue.

Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento) 

Sepse (infecção generalizada) incluindo desfecho fatal,
trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue),
eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue), reação
anafilática (reação alérgica grave), hipersensibilidade,
hipoglicemia em pacientes diabéticos (diminuição da glicose no
sangue),desconforto abdominal, eczema (manchas na pele
avermelhadas e/ou esbranquiçadas com descamação e coceira),
farmacodermia (lesões avermelhadas na pele causadas por alergia a
medicamentos ou por toxicidade do medicamento), artrose
(enrijecimento das articulações), tendinite (dor no tendão).

Hidroclorotiazida

Reações com frequência desconhecida

Sialadenite (inflamação de glândula salivar), trombocitopenia às
vezes com púrpura (diminuição do número de plaquetas no sangue
podendo levar a sangramentos), anemia aplástica (diminuição de
todos os tipos de células do sangue), anemia hemolítica (quebra
anormal de hemácias nos vasos sanguíneos), depressão da medula
óssea (órgão que produz as células do sangue), leucopenia (redução
no número de leucócitos, que são células de defesa, no sangue),
neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue – uma
das células brancas do sangue mais importantes), agranulocitose
(diminuição dos leucócitos granulócitos – neutrófilos, basófilos e
eosinófilos – tipos de células brancas do sangue) alergia, reação
anafilática (reação alérgica grave), perda no controle do diabetes,
depleção de volume (desidratação).

Desbalanço eletrolítico (alteração dos eletrólitos no sangue –
sódio, potássio, por exemplo), anorexia (perda de apetite),
hiperglicemia (aumento da glicose no sangue), hipercolesterolemia
(aumento do colesterol no sangue), hipomagnesemia (diminuição do
magnésio no sangue), hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue),
alcalose hipoclorêmica (deficiência ou perda extrema de cloreto),
inquietação, tonteira, dor de cabeça, xantopsia (alteração visual
na qual todos os objetos parecem ter a cor amarela), miopia aguda,
glaucoma de ângulo fechado (alteração da pressão intra-ocular),
angeíte necrotisante (doença com inflamação e necrose nos vasos
sanguíneos), dores de estômago.

Pancreatite (inflamação no pâncreas), náusea, icterícia (cor
amarelada da pele e no branco dos olhos causada por problemas
no fígado) necrólise epidermal tóxica (lesão na pele com formações
de bolhas,) reação cutânea como lúpus eritematoso, vasculite
cutânea (inflamação dos vasos sanguíneos da pele) reações e
fotossensibilidade (sensibilidade à luz), eritema multiforme (
lesão na pele avermelhada causada por reação alérgica ou
imunológica geralmente devido a medicamentos), fraqueza, nefrite
intersticial (inflamação nos rins), disfunção renal, glicosúria
(açúcar na urina), febre, aumento nos triglicerídeos no sangue.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Micardis HCT

Efeitos na capacidade de dirigir e operar
máquinas

Você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas,
pois poderá sentir tontura ou sonolência durante o tratamento.

Gravidez e amamentação

Se planeja engravidar, converse com seu médico, pois poderá ser
necessário substituir Micardis HCT por outro medicamento. Você só
deverá usar Micardis HCT durante a gravidez se o médico considerar
absolutamente necessário. Se engravidar durante o uso de Micardis
HCT, interrompa o tratamento e procure seu médico
imediatamente.

Micardis HCT não deve ser usado para tratar inchaço ou
hipertensão causados pela gravidez, ou para pré-eclâmpsia
(transtorno da gravidez caracterizado pelo aumento da pressão
arterial, inchaço generalizado, e liberação de proteínas na urina),
pois pode expor o feto a riscos.

Não se sabe se a telmisartana é excretada no leite materno em
humanos. Estudos em animais mostraram a excreção de telmisartana no
leite. A hidroclorotiazida (HCT) é excretada no leite humano e pode
inibir a lactação.

Este medicamento não deve ser utilizado no primeiro
trimestre de gravidez (de 1 a 3 meses).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Micardis HCT

Micardis HCT 40 mg/12,5 mg contém:

40 mg de telmisartana e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

Micardis HCT 80 mg/12,5 mg contém:

80 mg de telmisartana e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

Excipientes:

hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de
magnésio, lactose monoidratada, celulose microcristalina, óxido de
ferro vermelho, amidoglicolato de sódio, amido.

Micardis HCT 80 mg/25 mg contém:

80 mg de telmisartana e 25 mg de hidroclorotiazida.

Excipientes:

hidróxido de sódio, povidona, meglumina, sorbitol, estearato de
magnésio, lactose monoidratada, celulose microcristalina, óxido
férrico amarelo, amidoglicolato de sódio, amido.

Superdosagem do Micardis HCT

Os principais sinais e sintomas de dose excessiva são queda da
pressão e taquicardia ou bradicardia (aceleração ou diminuição dos
batimentos do coração), além de enjoos e sonolência.

O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, dependendo de
quando ocorreu a ingestão e da gravidade dos sintomas. Eletrólitos
séricos e creatinina (exames de sangue) devem ser monitorados
frequentemente. Se ocorrer queda de pressão, o paciente deve ser
colocado deitado de costas e receber reposições de sal e líquido
rapidamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Micardis HCT

Relataram-se aumentos reversíveis das concentrações séricas de
lítio e toxicidade durante administração concomitante de lítio com
inibidores da ECA. Relataram-se também casos de interação com BRAs,
incluindo telmisartana. Além disso, as tiazidas reduzem a depuração
renal de lítio e, portanto, o risco de toxicidade por lítio pode
ser aumentado com o uso de Telmisartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa). Lítio e Telmisartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa) devem ser administrados concomitantemente
somente sob supervisão médica. Recomenda-se a monitoração dos
níveis séricos de lítio durante o uso concomitante.

O efeito de depleção de potássio da hidroclorotiazida é atenuado
pelo efeito poupador de potássio da telmisartana. Contudo, supõe-se
que esse efeito da hidroclorotiazida sobre o potássio sérico seja
ampliado por outras drogas associadas à perda de potássio e
hipopotassemia (por exemplo, outros diuréticos caliuréticos,
laxantes, corticosteroides, ACTH, anfotericina, carbenoxolona,
penicilina G sódica, ácido salicílico e derivados). Se
for necessário prescrever essas drogas com Telmisartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa), recomenda-se a monitoração
dos níveis plasmáticos de potássio.

Por outro lado, baseado na experiência com o uso de outras
drogas que atuam no sistema renina-angiotensina, o uso concomitante
de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio,
substitutos de sal contendo potássio ou outras drogas que podem
aumentar os níveis séricos de potássio (por exemplo, heparina
sódica) pode levar a um aumento do potássio sérico. Se for
necessário prescrever essas drogas com Telmisartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa), recomenda-se a monitoração
dos níveis plasmáticos de potássio.

Recomenda-se monitoração periódica de potássio sérico quando
Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) é administrado
com drogas que são afetadas pelos distúrbios dos níveis séricos de
potássio, por exemplo, glicosídeos digitálicos, agentes
antiarrítmicos e drogas que são sabidamente indutoras de
torsades de pointes.

Em pacientes com desidratação, o tratamento com
anti-inflamatórios não esteroidais -AINEs (por exemplo, AAS como
anti-inflamatório, inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos), está
associado com um aumento do potencial para o desenvolvimento de
insuficiência renal aguda. Fármacos que agem no sistema
renina-angiotensina, podem ter efeitos sinérgicos com a
telmisartana. Pacientes em tratamento com AINEs e Telmisartana +
Hidroclorotiazida (substância ativa) devem ser adequadamente
hidratados e ter sua função renal monitorada no início do
tratamento combinado. A coadministração de anti-inflamatórios
não-esteroidais pode reduzir o efeito diurético, natriurético e
anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos em alguns
pacientes.

A telmisartana pode aumentar o efeito hipotensor de outros
agentes anti-hipertensivos.. A coadministração de telmisartana não
resultou em interações clinicamente significativas com a digoxina,
a varfarina, a hidroclorotiazida, a glibenclamida, o ibuprofeno, o
paracetamol, sinvastatina e o anlodipino. No caso da digoxina,
observou-se um aumento de 20% (num único caso, de 39%) das
concentrações plasmáticas de digoxina; portanto, deve-se considerar
a monitoração dos seus níveis plasmáticos.

Em um estudo, a coadministração de telmisartana e ramipril levou
a um aumento de até 2,5 vezes na AUC0-24 e Cmáx de
ramipril e ramiprilato. Desconhece-se a relevância clínica desta
observação.

Quando administradas concomitantemente, as seguintes
drogas podem interagir com diuréticos tiazídicos

Álcool, barbitúricos ou narcóticos

Pode ocorrer potencialização de hipotensão ortostática.

Drogas antidiabéticas (agentes orais e
insulina)

Pode ser necessário ajuste de dose da droga antidiabética.

Metformina

Há risco de ocorrência de acidose láctica.

Colestiramina e resina colestipol

A absorção de hidroclorotiazida é prejudicada na presença de
resinas de troca aniônica.

Glicosídeos digitálicos

Hipopotassemia ou hipomagnesemia induzida por tiazídicos
favorece o início de arritmias cardíacas induzidas por
digitálicos.

Aminas simpaticomiméticas (por exemplo,
noradrenalina)

Os efeitos das aminas hipertensoras podem ser diminuídos.

Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes
(por exemplo, tubocurarina)

Os efeitos dos relaxantes musculares esqueléticos
não-despolarizantes podem ser potencializados.

Tratamento para gota

Podem ser necessários ajustes de dose dos medicamentos
uricosúricos porque a hidroclorotiazida pode aumentar o nível de
ácido úrico sérico.

A coadministração de tiazida pode aumentar a incidência de
reações de hipersensibilidade ao alopurinol.

Sais de cálcio

Diuréticos tiazídicos podem aumentar os níveis séricos de cálcio
devido à diminuição da excreção. Se for necessária a prescrição de
suplementos de cálcio, os níveis séricos de cálcio devem ser
monitorados e a dose de cálcio deve ser ajustada de acordo.

Outras interações

Os efeitos hiperglicêmicos dos betabloqueadores e diazóxido
podem ser aumentados pelas tiazidas. Agentes anticolinérgicos (por
exemplo, atropina, biperideno) podem aumentar a biodisponibilidade
de diuréticos tiazídicos pela diminuição da motilidade
gastrintestinal e da velocidade de esvaziamento gástrico.

As tiazidas podem aumentar o risco de efeitos adversos causados
pela amantadina. As tiazidas podem reduzir a excreção renal de
drogas citotóxicas (por exemplo, ciclofosfamida, metotrexato) e
potencializar seus efeitos mielossupressivos.

Ação da Substância Micardis HCT

Resultados de eficácia

Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase
completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela
angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e
pode ser detectado após 48 horas.

Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início
da atividade anti-hipertensiva gradualmente se torna evidente
dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão arterial é
normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica,
mantendo-se durante o tratamento de longa duração.

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas
após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima
dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão
arterial. Este fato é confirmado pelas relações vale-pico
consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg
de telmisartana em estudos clínicos controlados com placebo.

Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão
arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca.
A eficácia anti-hipertensiva de telmisartana foi comparada a
fármacos antihipertensivos tais como anlodipino, atenolol,
enalapril, Hidroclorotiazida, losartana, lisinopril, ramipril e
valsartana.

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a
pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao
tratamento, ao fim de vários dias, sem evidências de
efeito-rebote.

A incidência de tosse seca foi significantemente menor em
pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com
inibidores da ECA em estudos clínicos comparando diretamente os
dois tratamentos anti-hipertensivos.

Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa)
(HCT)

Os efeitos da terapia combinada telmisartana e Hidroclorotiazida
foram avaliados em três estudos que incluíram pacientes com
hipertensão leve a moderada. Os resultados demonstraram de forma
consistente que a combinação produziu maiores respostas da PA que o
uso de cada um dos agentes isolados. Além disso, a eficácia pôde
ser alcançada com baixas doses de HCT, minimizando o potencial para
eventos adversos, associados aos tiazídicos.

Em um estudo de dose única diária de telmisartana 80
mg/Hidroclorotiazida12,5 mg, por 8 semanas, ocorreu redução de
ambas as PAS e PAD de modo significativamente maior que cada um dos
componentes isolados (plt;0,01 vs cada componente
isolado). A telmisartana 40 mg/Hidroclorotiazida1 2,5 mg também
reduziu significativamente a PA comparado com os componentes
isolados, mas de forma menos ampla.

Neste estudo de 8 semanas, duplo-cego, de grupos paralelos,
placebo controlado, com dose fixa, com um desenho fatorial 4×5 (20
diferentes grupos de tratamento), um total de 818 pacientes
receberam: placebo, telmisartana 20, 40, 80 ou 160mg isolado ou em
combinação com Hidroclorotiazida 6,25, 12,5 ou 25 mg. A alteração,
ajustada, na PAS e PAD para cada grupo de tratamento após 8 semanas
de tratamento telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi
significativamente melhor que os componentes isolados na redução da
PAS e da PAD (plt;0,01). Para esta combinação, a redução observada
na PAS supina média e PAD foi de 23,9 e 14,9 mmHg, respectivamente.
Em contraste, as alterações médias observadas na PAS e PAD foram de
– 15,4 e –11,5 mmHg, respectivamente, com telmisartana 80 mg de
-6,9 e -4,6 mmHg, respectivamente com Hidroclorotiazida 12,5 mg e
de -2,9 e –3,8 mmHg, respectivamente, com placebo. O tratamento com
telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi equivalente para
um benefício de 8,5 e 3,4 mmHg na pressão arterial,
respectivamente, sobre o uso de telmisartana 80 mg isolado e de 17
e 7,6 mmHg, respectivamente, sobre o uso da Hidroclorotiazida 12,5
mg isolada. De modo semelhante, a mais alta taxa de resposta foi
alcançada com a combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida
12,5 mg com 79% de taxa de resposta da PAD (definida como PAD
supina ≤90mmHg ou uma redução ≥10 mmHg, com relação ao basal) e uma
taxa de resposta de 85% da PAS (definida com o uma redução ≥10 mmHg
em relação ao basal). Para os pacientes recebendo placebo a taxa de
resposta da PAD e da PAS foi de 29% para ambas.

Além disso, a alta taxa vale-pico confirmou que o efeito
anti-hipertensivo da terapia combinada foi mantida ao longo das 24
horas do intervalo de dose. Desta forma, a terapia combinada
telmisartana/Hidroclorotiazida pôde proporcionar proteção contra a
elevação da PA matinal, quando a incidência de eventos
cardiovasculares é maior. A combinação telmisartana 40
mg/Hidroclorotiazida 12,5 mg foi significativamente melhor que cada
um desses componentes isolados na redução média da PAS (plt;0,01
para cada comparação, exceto vs telmisartana 40 mg para
PAD). Com a terapia combinada, a redução observada na média das PAS
e PAD supinas foram de 18,8 e 12,6 mmHg, respectivamente. Isto se
comparou com um benefício de 6,6 e 1,9 mmHg na pressão arterial,
respectivamente, sobre o telmisartana 40 mg (em monoterapia) e 11,9
e 5,3 mmHg, respectivamente sobre a Hidroclorotiazida 12,5 mg
isolada. A magnitude desta resposta foi menos intensa que a
resposta da combinação telmisartana 80 mg/Hidroclorotiazida 12,5
mg. Todos os regimes de tratamento foram bem tolerados e a adição
do telmisartana à Hidroclorotiazida tendeu a melhorar as reduções
relacionadas com a dose no potássio sérico, o que está associado
com a Hidroclorotiazida em monoterapia.

Prevenção de mortalidade e lesão
cardiovascular

O estudo ONTARGET comparou os efeitos da telmisartana,
ramipril e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os
desfechos cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou
superior a 55 anos, com história de doença arterial coronariana,
acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes
mellitus associada à evidência de dano a órgão-alvo (por
exemplo, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou
microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes
com alto risco cardiovascular.

Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes
grupos de tratamento: telmisartana 80 mg (n=8.542), ramipril 10 mg
(n=8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg
(n=8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A
população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática
e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos. Cerca de 83% dos
pacientes randomizados apresentavam hipertensão: 69% tinham
história de hipertensão na randomização e mais 14% tinham leituras
reais de pressão arterial acima de 140/90 mm Hg. No início, 38% do
total de pacientes tinham história médica de diabetes e mais 3%
apresentavam glicemia de jejum elevada. A terapia de início incluía
ácido acetilsalicílico (76%), estatinas (62%), betabloqueadores
(57%), bloqueadores dos canais de cálcio (34%), nitratos (29%) e
diuréticos (28%).

O objetivo primário de avaliação (desfecho primário) foi uma
composição de morte cardiovascular, infarto não fatal do miocárdio,
acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por
insuficiência cardíaca congestiva.

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para
ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a
população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao
tratamento com um inibidor da ECA. A análise dos eventos adversos
que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos
adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos
frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do
que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente
relatada com telmisartana.

A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do
objetivo primário de avaliação (desfecho primário), com ocorrências
similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e
com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A proporção de
risco para telmisartana vs. ramipril foi de 1,01 [IC 97,5%
0,93-1,10, p (não-inferioridade)=0,0019]. O efeito do tratamento
mostrou persistir após correções para diferenças na pressão
arterial sistólica de início e ao longo do tempo. Não houve
diferença nos resultados do desfecho primário com base na idade,
sexo, raça, terapia basal ou doença subjacente.

A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril
em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma
composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio
e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo
de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril
vs. Placebo. A proporção de risco da telmisartana
vs. ramipril para este desfecho no ONTARGET foi de 0,99
[IC 97,5% 0,90-1,08, p (não-inferioridade)=0.0004].

A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou
benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além
disso, houve uma incidência significativamente maior de
hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da
combinação. Portanto, o uso da combinação de telmisartana e
ramipril não é recomendado nesta população.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica

Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) é uma
combinação de um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II –
telmisartana) e um diurético tiazídico (Hidroclorotiazida). A
combinação desses princípios ativos exerce um efeito
anti-hipertensivo adicional reduzindo a pressão sanguínea para um
melhor nível do que o obtido com cada componente isolado.

Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa),
administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas,
promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial.

Telmisartana

É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina
II (tipo AT1), é eficaz por via oral. A telmisartana desloca, com
afinidade muito elevada, a angiotensina II de seus sítios de
ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações
conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta
qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se
seletivamente a esses receptores. Esta ligação é de longa
duração.

A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores,
incluindo AT2 e outros receptores AT menos caracterizados. A função
destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível
superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados
pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são
diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina
plasmática humana nem bloqueia canais iônicos. A telmisartana não
possui efeito inibitório sobre a ECA (quininase II), que também
degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização
de efeitos adversos mediados pela bradicinina.

Hidroclorotiazida

É um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito
anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos não está totalmente
elucidado. A tiazida influencia nos mecanismos tubulares renais de
reabsorção de eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de
sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A
ação diurética da Hidroclorotiazida reduz o volume plasmático,
aumenta a atividade da renina plasmática, aumenta a secreção de
aldosterona, com consequentes aumentos na perda de potássio e
bicarbonato através da urina e diminuição de potássio sérico.
Supõe-se que através do bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona, a coadministração de telmisartana
tende a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos.
Com Hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre em 2 horas e o
efeito máximo ocorre em cerca de 4 horas, enquanto a ação persiste
por aproximadamente 6 a 12 horas.

Estudos epidemiológicos demonstraram que o tratamento a longo
prazo com Hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e
morbidade cardiovascular.

São atualmente desconhecidos os efeitos da combinação de doses
fixas de Telmisartana + Hidroclorotiazida (substância ativa) na
mortalidade e morbidade cardiovascular.

Farmacocinética

A administração concomitante de Hidroclorotiazida e telmisartana
não interfere na farmacocinética de cada droga.

Absorção

Telmisartana

O pico de concentração de telmisartana é atingido em 0,5 a
1,5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta de
40 mg e 160 mg de telmisartana foi de 42% e 58%, respectivamente. A
administração concomitante com alimentos reduz levemente a
biodisponibilidade de telmisartana com a redução da área sob a
curva de concentração plasmática x tempo (AUC) de cerca de 6% com o
comprimido de 40 mg e cerca de 19% após a dose de 160 mg. Três
horas após a administração, as concentrações plasmáticas são
semelhantes, quer a telmisartana seja tomada em jejum, quer com
alimentos.

Não é de se esperar que a pequena redução na AUC cause uma
redução na eficácia terapêutica. A farmacocinética de telmisartana
administrada por via oral não é linear na faixa de doses situada
entre 20 e 160 mg, apresentando aumentos das concentrações
plasmáticas (Cmáx e AUC) maiores que os proporcionais
com o aumento das doses. A telmisartana não se acumula
significativamente no plasma após doses repetidas.

Hidroclorotiazida

Após administração oral de Telmisartana + Hidroclorotiazida
(substância ativa), os picos de concentração de Hidroclorotiazida
são alcançados em aproximadamente 1,0 a 3,0 horas após a
administração. Baseada na excreção renal acumulativa de
Hidroclorotiazida, a biodisponibilidade absoluta foi cerca de
60%.

Distribuição

Telmisartana

Liga-se predominantemente às proteínas plasmáticas (gt;99,5%),
principalmente à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume
aparente de distribuição de telmisartana é de cerca de 500 l
indicando ligação tecidual adicional.

Hidroclorotiazida

A porcentagem de ligação protéica de Hidroclorotiazida no
plasma é de 64% e seu volume aparente de distribuição é de 0,8 ±
0,3 l/kg.

Biotransformação e eliminação

Telmisartana

Após administração intravenosa ou oral de telmisartana marcada
com C14, a maior parte da dose de telmisartana
administrada (gt;97%) foi eliminada nas fezes via excreção biliar.
Encontraram-se somente ínfimas quantidades na urina. A telmisartana
é metabolizada por conjugação para a forma farmacologicamente
inativa acilglucuronídeo. O glucuronídeo do composto de origem foi
o único metabólito identificado em humanos. Após dose única de
telmisartana marcada com C14, o glucuronídeo representa
aproximadamente 11% da radioatividade medida no plasma. As
isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas no metabolismo de
telmisartana. A depuração plasmática total de telmisartana após
administração oral é gt;1500 ml/min. A meia-vida de eliminação
terminal foi gt;20 horas.

Hidroclorotiazida

Não é metabolizada em humanos e é excretada quase totalmente na
forma inalterada pela urina. Cerca de 60% da dose oral é eliminada
como droga inalterada dentro de 48 horas. A depuração renal é cerca
de 250 a 300 ml/min. A meia-vida de eliminação terminal de
Hidroclorotiazida situa-se entre 10 e 15 horas.

Populações especiais

Pacientes idosos

A farmacocinética de telmisartana não difere entre
pacientes idosos e aqueles com menos de 65 anos de idade.

Sexo

As concentrações plasmáticas de telmisartana são geralmente 2 a
3 vezes maiores em mulheres do que em homens. Contudo, nos estudos
clínicos, não ocorreram aumentos significativos na resposta de
pressão sanguínea ou na incidência de hipotensão ortostática em
mulheres. Não são necessários ajustes de doses. Houve uma
tendência, sem relevância clínica, das concentrações plasmáticas de
Hidroclorotiazida serem maiores em mulheres do que em homens.

Pacientes com insuficiência renal

A excreção renal não contribui na depuração de
telmisartana. Baseada na limitada experiência com pacientes
portadores de insuficiência renal leve a moderada (depuração de
creatinina de 30 a 60 ml/min, média de aproximadamente 50 ml/min),
não são necessários ajustes de doses em pacientes com diminuição da
função renal.

A telmisartana não é removida do sangue por hemodiálise.

Em pacientes com função renal prejudicada, a taxa de eliminação
de Hidroclorotiazida é reduzida.

Num estudo típico realizado em pacientes com depuração média de
creatinina de 90 ml/min, a meia-vida de eliminação da
Hidroclorotiazida aumentou.

Em pacientes funcionalmente anéfricos, a meia-vida de eliminação
é de cerca de 34 horas.

Pacientes com insuficiência hepática

Em estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência
hepática, verificou-se um aumento na biodisponibilidade absoluta de
até quase 100%. A meia-vida de eliminação não se alterou em
pacientes com insuficiência hepática.

Cuidados de Armazenamento do Micardis HCT

Mantenha em temperatura ambiente (15 º C a 30 º C), protegido da
luz. O produto é sensível à umidade, por isso só deve ser retirado
da embalagem na hora de tomá-lo.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Micardis HCT 40mg/12,5mg e 80mg/12,5 mg

São comprimidos ovais, branco e vermelho, de duas camadas,
possivelmente com manchas vermelhas na camada branca; face branca
marcada com “H4” ou “H8”, respectivamente e com logotipo da
Boehringer Ingelheim.

Micardis HCT 80mg/25mg

É um comprimido oval, branco e amarelo, de duas camadas,
possivelmente com manchas amarelas na camada branca; face branca
marcada com “H9” e com o logotipo da Boehringer Ingelheim.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Micardis HCT

MS 1.0367.0134

Farm. Resp.:

Dímitra Apostolopoulou
CRF-SP 08828

Importado e embalado por:

Boehringer Ingelheim do Brasil Quím. e Farm. Ltda.
Rod. Régis Bittencourt, km 286
Itapecerica da Serra – SP
CNPJ 60.831.658/0021-10
Indústria Brasileira

Fabricado por:

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH amp; Co KG
Ingelheim am Rhein – Alemanha
SAC 0800 701 6633

Venda sob prescrição médica.

Micardis-Hct, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.