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Metosad

Contraindicação do Metosad

Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) não deve
ser usado por pacientes com hipersensibilidade conhecida à vitamina
A, a colecalciferol, ergocalciferol ou metabólitos da vitamina D
(como calcitriol, calcifediol, alfacalcidol, calciprotriol).

Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) também
não deve ser usado por pacientes com hipercalcemia e
hipervitaminoses A e D, nem por portadores de osteodistrofia renal
com hiperfosfatemia.

Como usar o Metosad

Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa)
destina-se a uso exclusivo pela via oral.

Cada duas gotas da solução oral contêm 2.500 U.I. de vitamina A
e 500 U.I. de vitamina D.

Para a prevenção das deficiências de vitaminas A e
D

Recém-nascidos, lactentes e crianças até os 12 anos de
idade

Duas gotas ao dia.

Adolescentes e adultos

Duas gotas ao dia.

Para o tratamento das deficiências de vitaminas A e
D

Tratamento do raquitismo / osteomalácia secundária a
deficiência dietética (carencial)

Crianças

Duas gotas ao dia.

Adultos

Duas a quatro gotas ao dia, até a cura clínica. Após, duas gotas
ao dia como manutenção.

Tratamento do raquitismo / osteomalácia secundária a uso
de anticonvulsivante

Crianças

Duas gotas ao dia.

Adultos

Duas a quatro gotas ao dia.

Não administre medicamentos diretamente na boca das crianças:
utilize uma colher para pingar as gotinhas.

Gestantes e lactantes com ingestão inadequada de
alimentos ricos em vitaminas A e D

Duas a quatro gotas diárias a fim de manter o aporte diário de
vitaminas recomendado.

Durante a gestação, o uso de Acetato de Retinol + Colecalciferol
(substância ativa) não deve exceder quatro gotas ao dia (5.000 U.I.
de vitamina A).

* IDR: Ingestão Diária Recomendada.
Cálculos com base na dose diária máxima recomendada em bula.
1) Relativo à IDR para crianças de 7 a 11 meses.
2) Relativo à IDR para crianças de 0 a 6 meses.
3) Relativo à IDR para crianças com idade superior a 7
anos.

Atenção: o frasco de Acetato de Retinol + Colecalciferol
(substância ativa) vem acompanhado de um novo tipo de gotejador,
mais moderno e de fácil manuseio.

  1. Romper o lacre da tampa.

 

  1. Virar o frasco e mantê-lo na posição vertical. Para começar o
    gotejamento, bater levemente com o dedo no fundo do frasco.

Precauções do Metosad

Os preparados orais de vitaminas A e D não são indicadas para
tratar a deficiência destas vitaminas em pessoas em que a etiologia
da doença seja a síndrome de má absorção.

Pacientes fazendo uso crônico de altas doses de vitaminas A e D
devem ser avaliados periodicamente pelo médico a fim de se excluir
a possibilidade do desenvolvimento de hipervitaminoses A e D.

Ingestão de doses excessivas de vitamina D (20.000 U.I./dia por
adultos e 2.000 U.I./dia por crianças por vários meses) pode
resultar em intoxicação grave.

A administração de Acetato de Retinol + Colecalciferol
(substância ativa) deve ser cuidadosamente avaliada em
pacientes:

  • Com condições cardíacas preexistentes, arteriosclerose e
    insuficiência renal, em razão de uma potencial exacerbação
    relacionada aos efeitos da hipercalcemia persistente durante o uso
    terapêutico;
  • Com doença hepática com prejuízo da capacidade de
    absorção;
  • Com hiperfosfatemia em razão do risco de calcificação
    metastática e normalização dos níveis de fosfato antes da
    terapia;
  • Em bebês e crianças pelo risco de hipersensibilidade a pequenas
    doses de vitamina D;
  • Na sarcoidose ou outra doença granulomatosa por possível
    aumento da hiperlipidemia, pois há um potencial para elevação dos
    níveis de LDL;
  • Com osteodistrofia renal ou outras condições que requeiram
    altas doses de vitamina D pura;
  • Quando há uso concomitante de preparados contendo cálcio ou
    outros preparados vitamínicos contendo vitamina D ou análogos.

Gravidez e lactação

A ingestão diária de vitaminas A e D durante a gestação e a
amamentação está bem estabelecida na tabela de Ingetsão Diária
Recomendada (IDR) e, de um modo geral, é suprida pelo uso de
alimentos ricos nestas viataminas (frutas amarelas, vegetais
amarelos e verde-escuros, leite e derivados, peixe e
derivados).

No caso de ingestão inadequada, indica-se administração de duas
a quatro gotas de Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância
ativa) ao dia a fim de manter o aporte diário de vitaminas
recomendado.

O uso de Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa)
não deve exceder oito gotas ao dia (10.000 UI) durante a
gestação.

Categoria D de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Também não deve ser utilizado durante a amamentação, exceto sob
orientação médica.

Pacientes idosos

Não existem restrições ou cuidados especiais quanto ao uso do
produto por pacientes idosos. Entretanto, o uso prolongado de
vitamina A por idosos pode aumentar o risco de sobrecarga de
vitamina A. Estudos revelaram que idosos podem ter níveis mais
baixos de vitamina D do que os adultos jovens, especialmente
aqueles com pouca exposição solar.

Pacientes com insuficiência hepática e
renal

O uso de vitamina A e vitamina D em pacientes com insuficiência
renal e/ou hepática leve a moderada deve ser acompanhado de
precauções e os pacientes devem ser avaliados regularmente.

Reações Adversas do Metosad

Ainda não se conhecem a intensidade e freqüência das reações
adversas ao medicamento Acetato de Retinol + Colecalciferol
(substância ativa) nas doses preconizadas. No caso do
desenvolvimento de reação de hipersensibilidade, as manifestações
clínicas são semelhantes às descritas para os quadros de
hipervitaminoses A e D. Raramente, a administração concomitante de
imunização e vitamina

A nas doses adequadas para a idade pode ocasionar eventos
adversos leves e transitórios, tais como fezes amolecidas,
cefaleia, irritabilidade, febre, náuseas e vômitos. Dependendo da
idade e da dose administrada, a ocorrência destes sintomas de
intolerância encontra-se na faixa de 1,5% a 7%. Tais sintomas
desaparecem em praticamente todas as crianças em 24 a 48 horas.

As reações adversas descritas em decorrência do uso da
vitamina A são:

Efeitos sobre o sistema hematopoiético

A hipervitaminose A causou hipoprotrombinemia com transtorno da
coagulação.

Efeitos sobre o sistema nervoso central

A exposição prolongada à vitamina A pode ocasionar cefaleia,
insônia e sonolência.

Efeitos psiquiátricos

A exposição prolongada a altas doses de vitamina A pode causar
depressão grave e psicose.

Efeitos gastrintestinais

Hepatotoxicidade é incomum com uso crônico de doses menores que
100.000 U.I. ao dia de vitamina A, entretanto este risco pode
aumentar na vigência de doença renal ou hepática, desnutrição
proteica, hiperlipoproteinemia, consumo de álcool ou deficiência de
vitamina C.

Efeito sobre a visão

A diplopia pode ser um sinal precoce de hipervitaminose A.

Efeitos sobre a musculatura e os ossos

A osteoporose e o risco aumentado de fratura de quadril assim
como a osteosclerose foram associadas ao uso excessivo de vitamina
A.

As reações adversas descritas em decorrência do uso da
vitamina D são

Alterações endócrinas e metabólicas

Pode ocorrer intoxicação por vitamina D, incluindo a
nefrocalcinose/insuficiência renal, hipertensão e psicose, com o
uso prolongado de colecalciferol; doses relativamente baixas podem
produzir intoxicação em crianças pequenas hipersensíveis. A
hipervitaminose D é reversível com a descontinuação do tratamento a
menos que ocorra dano renal grave.

Anormalidades dos lipídios do sangue

Efeitos dislipidêmicos do colecalciferol caracterizados por
redução do HDL- colesterol e aumento do LDL-colesterol têm sido
observados quando as vitaminas são administradas isoladas em
mulheres na pós-menopausa.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também a
empresa através do seu serviço de atendimento.

Interação Medicamentosa do Metosad

Antiácidos que contenham magnésio quando utilizados
concomitantemente com vitamina D podem resultar em hipermagnesemia,
especialmente em pacientes com insuficiência renal crônica. Não se
recomenda o uso concomitante com antiácidos (hidróxido de
alumínio), pois pode ocasionar intoxicação por alumínio (alterações
de personalidade, convulsões, coma).

O uso simultâneo de vitamina D e seus análogos, especialmente o
calcifediol, não é recomendável por causa do seu efeito aditivo e
potencial tóxico.

O uso concomitante de vitamina D com preparados que contenham
cálcio em doses elevadas ou diuréticos tiazídicos aumenta o risco
potencial de hipercalcemia. O uso concomitante com preparados que
contenham fósforo em doses elevadas aumenta o risco potencial de
hiperfosfatemia.

Os quadros de hipervitaminose D são particularmente graves em
pacientes que fazem uso concomitante de glicosídeos cardíacos
(digitálicos), pois os efeitos tóxicos dos glicosídeos cardíacos
são potencializados pela hipercalcemia.

O uso concomitante a fosfenitoína, fenobarbital ou fenitoína
pode ocasionar redução da atividade da vitamina D.

As substâncias colestiramina e colestipol podem reduzir a
absorção de vitaminas lipossolúveis.

O uso concomitante de vitamina A e etidronato deve ser evitada
por causa do risco potencial de ocorrência de hipervitaminose
A.

O uso simultâneo de vitamina A e isotretinoína, bexaroteno ou
minociclina pode resultar em efeitos tóxicos aditivos. O uso
concomitante de vitamina A e vacina com vírus vivo (sarampo) pode
reduzir as taxas de soroconversão em crianças pequenas.

A ingestão de vitamina A juntamente com anticoagulantes orais
pode aumentar o risco de sangramentos.

Ação da Substância Metosad

Resultados de Eficácia

A principal indicação do uso de vitaminas consiste na
suplementação quando ocorre deficiência vitamínica, seja por
ingestão diminuída ou por má absorção intestinal. O uso de Acetato
de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) – vitamina A e
vitamina D associadas – foi observado em crianças, adultos e
idosos, com resultados de eficácia importantes. Na prática clínica,
sendo difícil uma avaliação formal de eficácia devido à
complexidade de determinação de parâmetros de eficácia para uma
análise comum da associação de vitaminas, relatam-se experiências
clínicas realizadas com a vitamina A e com a vitamina D.

Vários estudos de intervenção bem controlados, duplo-cegos e com
grande número de casos, demonstraram que a suplementação de
vitamina A em crianças malnutridas pode reduzir de forma
significativa a mortalidade e a incidência de cegueira, diarreia,
sarampo e algumas outras infecções. Em um desses estudos, que
envolveu 11.200 crianças, houve 30% menos mortalidade nas crianças
que receberam o suplemento vitamínico. Em outro estudo relatou-se
uma significativa redução relativa de 27% na mortalidade por todas
as causas nas crianças que recebiam vitamina A suplementar. Seis de
oito estudos de intervenção mostraram reduções significativas de
mortalidade.

 Os efeitos da vitamina A na prevenção de morbidade e
mortalidade em recém-nascidos de muito baixo peso foram avaliados
em uma metanálise que evidenciou que a suplementação de vitamina A,
em comparação com o uso habitual desta vitamina, é mais eficaz em
diminuir as necessidades de oxigênio em recém-nascidos com idade
gestacional de 36 semanas (RR 0,85; IC de 95% 0,73-0,98) e o uso de
oxigênio nos sobreviventes com 30 dias de vida (RR 0,93; IC de 95%
0,86-1,01). Para o tratamento da xeroftalmia (que inclui cegueira
noturna, xerose conjuntival e corneal, úlcera corneal e
ceratomalácia) a OMS estabeleceu que doses orais de vitamina A,
preferencialmente em preparações oleosas, são o tratamento de
escolha que deve ser iniciado imediatamente após o reconhecimento
deste transtorno.

Os principais usos terapêuticos da vitamina D podem ser
divididos em três categorias:

  • Profilaxia e cura do raquitismo nutricional;
  • Tratamento do raquitismo metabólico e da osteomalácia;
  • Tratamento do hipoparatireoidismo.

Quantidades adequadas de vitamina D previnem o raquitismo e a
osteomalácia em indivíduos saudáveis e tratam a osteomalácia de
indivíduos malnutridos. Markestad T e cols. observaram a
normalização das concentrações de 25-hidroxivitamina D em
prematuros suplementados com 500 UI de vitamina D2 diariamente.

Doses iniciais de 4.000 UI ao dia por 105 dias, seguidos de
1.000 UI por 150 dias, foram consideradas as doses ideais para o
tratamento da osteomalácia induzida pelo uso de anticonvulsivante
em 40 pacientes com uso prolongado de fenitoína. Paunier L9
afirma que, em razão da dificuldade de determinar quanto da
vitamina D é sintetizada pela pele sob influência dos raios
ultravioleta, é essencial a suplementação de vitamina D para a
prevenção do raquitismo. Para a prevenção, recomenda a
administração de vitamina D na forma de gotas, em doses aproximadas
de 400 UI ao dia.

Recomenda ainda, para o tratamento do raquitismo instalado em
que se observem sinais de alteração do esqueleto ósseo, alterações
neuromusculares, entre os quais hipotonia muscular, espasmofilia ou
tetania e convulsões e sinais e sintomas respiratórios, doses
diárias de 5.000 UI durante quatro a seis semanas, seguidas de
1.000UI ao dia por um período de seis meses.

Características Farmacológicas

Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) contém a
associação de duas vitaminas lipossolúveis – a vitamina A (sob a
forma de acetato de retinol) e a vitamina D (sob a forma de
colecalciferol). As vitaminas lipossolúveis afetam a permeabilidade
ou o transporte em várias membranas celulares e atuam como agentes
de oxidação-redução, coenzimas ou enzimas inibidoras. São estocadas
principalmente no fígado, metabolizadas muito lentamente e
excretadas nas fezes.

Vitamina A é a denominação habitual de pelo menos dois fatores
que exercem funções biológicas semelhantes e apresentam estruturas
químicas muito próximas: as vitaminas A1 e
A2. A vitamina A1 (retinol) é cerca de três vezes mais
ativa do que a vitamina A2 (de-hidrorretinol). É
rapidamente absorvida no intestino delgado; em condições normais,
80% da quantidade ingerida é absorvida. Distribui-se no organismo e
é armazenada no fígado, nos hepatócitos. Liga-se às proteínas
plasmáticas em 5%. Quando liberada do fígado sob a forma de
retinol, associa-se a
uma proteína conhecida como proteína de enlace do retinol
ou PER. que a transporta para os diferentes órgãos.

Normalmente é eliminada do organismo pela urina na forma de
metabólitos inativos. A vitamina D, principalmente a D3
(colecalciferol) é um hormônio esteroide que tem um papel
importante na regulação dos níveis séricos de cálcio e fósforo, na
mineralização dos ossos e na assimilação da vitamina A. Também é
absorvida pelo intestino delgado e, assim com a vitamina A,
necessita por ser lipossolúvel da presença de sais biliares para
que sua absorção se efetue. Após a absorção é transportada pela
circulação a todos os órgãos, depositando-se principalmente no
fígado, nos ossos e nos tecidos gordurosos. É inicialmente
hidroxilada no fígado em calcifediol, convertido no rim em diversas
outras formas, levando à formação de calcitriol, a forma ativa da
vitamina D3. Estudos recentes demonstraram a
participação dos diversos metabólitos no metabolismo ósseo. A
vitamina D e seus metabólitos são excretados pelas fezes, não
ocorrendo eliminação urinária.

Estas vitaminas lipossolúveis são preferencialmente
administradas por via oral junto com óleos vegetais, o que lhes
facilita a absorção e reduz o risco de toxicidade. Não existem
relatos da existência de metabólitos tóxicos tanto da vitamina A
como da vitamina D; somente a ingestão de quantidades muito grandes
de ambas as vitaminas, que permitam seu acúmulo no fígado e em
outros órgãos podem provocar a ocorrência de eventos adversos. O
uso do produto dentro das doses recomendadas não induz
intoxicação.

Metosad, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.