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Helicopac

Este medicamento é indicado para o tratamento dos pacientes com
infecção por Helicobacter pylori e úlcera péptica. Está
demonstrado que a grande maioria dos pacientes com úlcera péptica
está infectada por esse patógeno e que sua eliminação reduz o
índice de recorrência destas úlceras, diminuindo assim a
necessidade de terapêutica anti-secretora de manutenção.

Indicação para a apresentação com adicional de cápsulas
de liberação retardada de lansoprazol

Este medicamento é indicado para o alívio prévio dos sintomas de
desconforto gastrointestinal, relacionados à infecção pela bactéria
Helicobacter pylori, eliminação da mesma e tratamento de
pacientes com úlceras gástricas ou duodenais (ativas ou com
história de úlcera há um ano).

Contraindicação do Helicopac

Lansoprazol

O lansoprazol é contraindicado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida ao lansoprazol ou a qualquer
componente da fórmula.

Claritromicina

A claritromicina é contraindicada para o uso por pacientes com
conhecida hipersensibilidade aos antibióticos macrolídeos e a
qualquer componente da fórmula. A administração concomitante
de claritromicina com astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina
está contraindicada, pois pode resultar em prolongamento do
intervalo QT e arritmias cardíacas incluindo taquicardia
ventricular, fibrilação ventricular e Torsade de Pointes.

A administração concomitante de claritromicina e alcaloides de
ergot (ergotamina ou di-hidroergotamina) é contraindicada, pois
pode resultar em toxicidade ao ergot. A coadministração de
claritromicina e midazolam oral é contraindicada. A claritromicina
não deve ser administrada a pacientes com histórico de
prolongamento QT ou arritmia ventricular cardíaca, incluindo
Torsade de Pointes. A claritromicina não deve ser indicada para
pacientes com hipocalemia (risco de prolongamento do intervalo
QT).

A claritromicina não deve ser usada em pacientes que sofrem de
insuficiência hepática grave em combinação com insuficiência
renal.

A claritromicina não deve ser utilizada concomitantemente com
inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas) que são
extensivamente metabolizados pela CYP3A4 (lovastatina ou
sinvastatina), devido a um aumento no risco de miopatia, incluindo
rabdomiólise. A claritromicina (e outros inibidores fortes de
CYP3A4) não deve ser utilizada em combinação com colchicina em
pacientes com insuficiência renal ou hepática.

Amoxicilina

A amoxicilina é uma penicilina e não deve ser administrada a
pacientes com histórico de hipersensibilidade a antibióticos
betalactâmicos (ex. penicilinas e cefalosporinas).

Como usar o Helicopac

Este medicamento deve ser administrado por via oral. As cápsulas
de lansoprazol devem ser ingeridas inteiras, sem mastigar para
preservar a cobertura entérica dos grânulos.

Posologia para o esquema tríplice
específico

O esquema terapêutico recomendado é de 1 cápsula de lansoprazol
30mg, 1 comprimido revestido de claritromicina 500mg e 2 cápsulas
de amoxicilina 500mg, ingeridos à cada 12 horas ou seja, pela
manhã e à noite, em jejum, durante 7, 10 ou 14 dias, conforme
orientação médica.

Posologia para a apresentação com adicional de cápsulas
de liberação retardada de lansoprazol

O esquema terapêutico recomendado é de 1 cápsula de lansoprazol
30mg, uma vez ao dia, administrada durante 1 a 2 semanas, conforme
orientação médica. Após o uso de lansoprazol, iniciar o esquema
tríplice específico com 1 cápsula de lansoprazol 30mg, 1 comprimido
revestido de claritromicina 500mg e 2 cápsulas de amoxicilina
500mg, todos ingeridos a cada 12 horas, ou seja, pela manhã e à
noite, em jejum, durante 7 dias ou conforme orientação médica.
Pode-se também utilizar 1 cápsula de lansoprazol 30mg, por 1 a 2
semanas e após o esquema de eliminação do H. pylori,
para complementação do tratamento e cicatrização da úlcera
péptica.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

Precauções do Helicopac

Lansoprazol

Fratura óssea

Terapia com inibidores da bomba de próton pode estar associada a
um risco aumentado de fraturas relacionadas à osteoporose do
quadril, punho ou espinha. O risco de fratura é aumentado nos
pacientes que receberam alta dose, definida como múltiplas doses
diárias, e terapia com inibidores da bomba de próton a longo
prazo (um ano ou mais).

Clostridium difficile

Terapia com inibidores da bomba de próton pode estar associada
com um risco aumentado de infecção por Clostridium
difficile.

Hipomagnesemia

Tem sido raramente relatada em pacientes tratados com inibidores
da bomba de próton por pelo menos três meses (na maioria dos casos,
após um ano de tratamento). Os eventos adversos graves incluem
tetania, arritmias e convulsões.

Este medicamento deve ser administrado com precaução em
pacientes com doença hepática grave.

A resposta sintomática ao lansoprazol não exclui a presença de
malignidade gástrica.

Atenção diabéticos: contém açúcar.

Claritromicina

O uso prolongado de claritromicina, assim como com outros
antibióticos, pode resultar na colonização por bactérias e fungos
não sensíveis ao tratamento. Na ocorrência de superinfecção,
uma terapia adequada deve ser estabelecida. Recomenda-se precaução
a pacientes com insuficiência renal severa. Disfunção
hepática, incluindo aumento de enzimas hepáticas e hepatite
hepatocelular e/ou colestática, com ou sem icterícia foram
relatadas com claritromicina. Esta disfunção hepática pode ser
severa e é comumente reversível. Em alguns casos,
relatou-se falência hepática com desfechos fatais e geralmente
foram associados com doenças subjacentes sérias e/ou medicações
concomitantes.

A claritromicina deve ser descontinuada, imediatamente, se
sinais e sintomas de hepatite ocorrerem, tais como, anorexia,
icterícia, urina escura, prurido ou sensibilidade abdominal. Colite
pseudomembranosa foi descrita para quase todos os agentes
antibacterianos, incluindo macrolídeos, podendo sua gravidade
variar de leve a risco de vida. Diarreia associada à Clostridium
difficile (CDAD) foi relatada com o uso de quase todos os
agentes antibacterianos, incluindo claritromicina, podendo sua
gravidade variar de diarreia leve a colite fatal.

O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal
do cólon, o que pode levar à proliferação de C.difficile.
CDAD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentarem
quadro de diarreia após o uso de antibiótico. Um minucioso
histórico médico é necessário para o diagnóstico, já que a
ocorrência de CDAD foi relatada ao longo de dois meses após a
administração de agentes antibacterianos. Agravamento dos
sintomas de miastenia grave foi relatado em pacientes recebendo
terapia com claritromicina.

A claritromicina é excretada principalmente pelo fígado, devendo
ser administrada com cautela a pacientes com função hepática
alterada.

Deve ser também administrada com precaução a pacientes com
comprometimento moderado a grave da função renal.

Colchicina

Há relatos pós-comercialização de toxicidade por colchicina
quando administrada concomitantemente com
claritromicina, especialmente em pacientes idosos e com
insuficiência renal. Óbitos foram reportados em alguns destes
pacientes. Se a administração de claritromicina e colchicina é
necessária, os pacientes devem ser monitorados quanto
à ocorrência de sintomas clínicos de toxicidade por
colchicina. A dose de colchicina deve ser reduzida em todos os
pacientes recebendo colchicina e claritromicina
concomitantemente. A administração de claritromicina e colchicina é
contraindicada para pacientes com insuficiência renal ou
hepática.

Recomenda-se precaução com relação à administração concomitante
de claritromicina e triazolobenzodiazepínicos, tais como, o
triazolam e o midazolam intravenoso. Devido ao risco de
prolongamento do intervalo de QT, claritromicina deve ser utilizada
com precaução em pacientes com doença arterial coronariana,
insuficiência cardíaca grave, hipomagnesemia, bradicardia (lt; 50
bpm), ou quando é coadministrado com outro medicamento
associado com tempo de prolongamento do intervalo de QT. A
claritromicina não deve ser utilizada em pacientes com
prolongamento do intervalo de QT congênito ou documentado, ou
história de arritmia ventricular.

No caso de reações de hipersensibilidade aguda severa, como
anafilaxia, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica
tóxica, Síndrome DRESS (erupção cutânea associada ao fármaco
com eosinofilia e sintomas sistêmicos) e púrpura de
Henoch-Schönlein, a terapia com claritromicina deve ser
descontinuada imediatamente e um tratamento apropriado deve
ser urgentemente iniciado. A claritromicina deve ser utilizada com
cautela quando administrada concomitantemente com medicamentos
indutores das enzimas do citocromo CYP3A4.

Deve-se considerar a possibilidade de resistência bacteriana
cruzada entre a claritromicina e os outros macrolídeos, como a
lincomicina e a clindamicina.

Agentes hipoglicemiantes orais/insulina

O uso concomitante da claritromicina com agentes
hipoglicemiantes orais e/ou insulina pode resultar em hipoglicemia
significante. Quando usada concomitantemente com certos
medicamentos hipoglicemiantes, tais como, nateglinida,
pioglitazona, repaglinida e rosiglitazona, a claritromicina pode
estar envolvida na inibição das enzimas da CYP3A4 e então poderia
causar hipoglicemia. Recomenda-se monitoramento cuidadoso da
glicose.

Anticoagulantes orais

Existe um risco de hemorragia grave e elevações significativas
na RNI (Razão Normalizada Internacional) e tempo de protrombina
quando claritromicina é coadministrada com varfarina. A RNI e os
tempos de protrombina devem ser frequentemente monitorados
quando pacientes estiverem recebendo concomitantemente
claritromicina e anticoagulantes orais.

Inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas)

O uso concomitante de lovastatina ou sinvastatina é
contraindicado, tendo em vista que estas estatinas são
extensivamente metabolizadas pela CYP3A4 e o tratamento com
claritrocimina
aumenta a sua concentração plasmática, o que aumenta o risco de
miopatia, incluindo a rabdomiólise. Relatos de rabdomiólise
foram recebidos de pacientes que tomaram claritromicina
concomitante com estas estatinas. Se o tratamento com
claritromicina não puder ser evitado, a terapia com lovastatina ou
sinvastatina deve ser suspensa durante o curso do tratamento.

Precaução deve ser tomada quando a claritromicina for prescrita
com estatinas. Em situações em que o uso concomitante da
claritromicina com estatinas não pode ser evitado, recomenda-se
prescrever a menor dose registrada de estatina. Pode ser
considerado o uso de estatinas que não são dependentes
do metabolismo da CYP3A4 (ex.: fluvastatina).

Amoxicilina

Antes de iniciar o tratamento com amoxicilina, deve-se fazer uma
investigação cuidadosa das reações prévias de hipersensibilidade
do paciente a penicilinas ou cefalosporinas. Sensibilidade
cruzada entre penicilinas e cefalosporinas é bem documentada. Há
relatos de reações de hipersensibilidade (anafilactoides)
graves e ocasionalmente fatais em pacientes sob tratamento com
penicilinas. Essas reações são mais prováveis em indivíduos
com histórico de hipersensibilidade a antibióticos betalactâmicos.
Se uma reação alérgica ocorrer, a amoxicilina deve ser
descontinuada e deve ser instituída uma terapia alternativa.
Reações anafiláticas sérias podem exigir um tratamento de
emergêcia imediato com adrenalina. Pode ser necessário o uso de
oxigênio, esteroides intravenosos e manejo das vias aéreas,
incluindo intubação.

Deve-se evitar a amoxicilina se houver suspeita de mononucleose
infecciosa, já que a ocorrência de rashes eritematosos
(mobiliformes) após o uso de amoxicilina tem sido associada a esta
condição. O uso prolongado também pode,
ocasionalmente, resultar em supercrescimento de
micro-organismos não sensíveis. Colite pseudomembranosa tem sido
relatada com o uso de antibióticos e a gravidade pode variar de
leve a grave (risco de vida). Portanto, é importante considerar o
diagnóstico em pacientes que desenvolveram diarreia durante ou
após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou
significativa ou o paciente sentir cólicas abdominais,
o tratamento deve ser interrompido imediatamente e o paciente
deve ser avaliado. Deve-se ajustar a dose em pacientes com
insuficiência renal.

Muito raramente se observou cristalúria em pacientes com redução
do débito urinário e que estavam predominantemente em terapia
parenteral. Durante a administração de altas doses de amoxicilina,
é aconselhável manter ingestão hídrica e débito urinário
adequados a fim de reduzir a possibilidade de cristalúria por
amoxicilina.

Casos raros de prolongamento anormal do tempo de protrombina
(INR aumentada) têm sido relatados em pacientes que receberam
amoxicilina e anticoagulantes orais. Deve ser realizada
monitorização apropriada quando anticoagulantes são prescritos
concomitantemente.

Ajustes na dose de anticoagulantes orais podem ser necessários
para manter o nível desejado de anticoagulação.

Gravidez e lactação

Lansoprazol

Lansoprazol deve ser administrado com precaução em mulheres
grávidas, somente se necessário. Não há informação se lansoprazol é
excretado no leite humano. Durante o tratamento, a amamentação deve
ser evitada se a administração do lansoprazol for necessária para a
mãe.

Claritromicina

A segurança do uso de claritromicina durante a gravidez ainda
não foi estabelecida. Estudos de teratogênese em animais, com doses
70 vezes superiores às terapêuticas para uso humano, mostraram
aumento da incidência de anormalidades fetais. Os benefícios e
os riscos da utilização de claritromicina na mulher grávida devem
ser ponderados pelo médico, principalmente durante os três
primeiros meses da gravidez. Foram realizados estudos para avaliar
o potencial mutagênico da claritromicina, através de sistemas
de testes com microssomas hepáticos de ratos ativados e não
ativados (Ames Test). Os resultados desses estudos não evidenciaram
nenhum potencial mutagênico para concentrações iguais ou
menores a 25mcg de claritromicina, por placa de Petri.

Numa concentração de 50mcg a droga foi tóxica para todas as
raças testadas. A segurança do uso de claritromicina durante o
aleitamento materno não está também estabelecida. A claritromicina
é excretada pelo leite materno.

Amoxicilina

A segurança da utilização de amoxicilina na gravidez não foi
estabelecida por estudos controlados em mulheres grávidas. Os
estudos de reprodução realizados avaliaram o uso da amoxicilina em
camundongos e ratos em doses até dez vezes maiores que as indicadas
para seres humanos e não revelaram nenhuma evidência de danos na
fertilidade ou prejuízo aos fetos relacionados à medicação. Se for
necessário o tratamento com antibióticos durante a gravidez, a
amoxicilina pode ser considerada apropriada quando os benefícios
potenciais justificarem os riscos potenciais associados ao
medicamento. A amoxicilina pode ser administrada durante a
lactação. Com exceção do risco de sensibilidade relacionada à
excreção de quantidades mínimas de amoxicilina pelo leite materno,
não existem efeitos nocivos conhecidos para o bebê lactente. Este
medicamento deve ser administrado com cautela em mulheres grávidas
e durante a amamentação.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Idosos

Lansoprazol

Uma dose diária de 30mg não deve ser excedida em idosos, a não
ser sob indicação médica.

Claritromicina

Pode ser utilizada em indivíduos idosos com função renal normal
nas doses habitualmente recomendadas para o adulto. A dose deve ser
ajustada em pacientes idosos com comprometimento renal grave.

Amoxicilina

As penicilinas têm sido empregadas em pacientes idosos e nenhum
problema específico foi documentado até o presente. Entretanto,
pacientes idosos são mais susceptíveis a apresentarem insuficiência
renal relacionada à idade, fato que pode requerer um ajuste
na dose nestes casos, assim como para aqueles que recebem
penicilinas, como amoxicilina.

Crianças

Apesar de alguns estudos clínicos demonstrarem eficácia e
segurança do uso desse medicamento em crianças e adolescentes, não
há consenso do seu uso nessa faixa etária.

Este medicamento não é recomendado para menores de 12
anos.

Insuficiência renal

Lansoprazol

Não é necessário qualquer ajuste na dose de lansoprazol em
pacientes com disfunção renal.

Claritromicina

Não deve ser usada em pacientes que sofrem de insuficiência
hepática grave em combinação com insuficiência renal. A
claritromicina (e outros inibidores fortes de CYP3A4) não deve ser
utilizada em combinação com colchicina em pacientes com
insuficiência renal ou hepática.

Amoxicilina

Na insuficiência renal, a excreção do antibiótico será retardada
e, dependendo do grau de insuficiência, pode ser necessário reduzir
a dose diária total, de acordo com o seguinte esquema
de adultos e crianças acima de 40Kg:

Insuficiência leve (clearance de creatinina
maior do que 30mL/min):

Nenhuma alteração na dose.

Insuficiência moderada (clearance de creatinina
10 a 30mL/min):

Máximo 500mg, duas vezes ao dia.

Insuficiência grave (clearance de creatinina
menor do que 10mL/min):

Máximo 500mg uma vez ao dia.

Uso em pacientes com disfunção hepática

Lansoprazol

Não é necessário ajuste da dose inicial para portadores de
disfunção hepática leve a moderada. No entanto, uma redução
na dose deve ser considerada em pacientes com insuficiência
hepática severa.

Claritromicina

É excretada principalmente pelo fígado, devendo ser administrada
com cautela em pacientes com função hepática alterada.

A claritromicina não deve ser usada em pacientes que sofrem de
insuficiência hepática grave em combinação com insuficiência renal
ou em combinação com colchicina em pacientes com insuficiência
renal ou hepática.

Amoxicilina

Não é necessário ajuste na dose.

Alteração na habilidade de dirigir veículos ou operar
máquinas:

Este medicamento pode causar tontura e fadiga, nessas condições,
a capacidade de reação pode estar diminuída. Deve-se evitar
dirigir veículos e operar máquinas.

Sensibilidade cruzada:

Deve-se considerar a possibilidade de resistência bacteriana
cruzada entre a claritromicina e os outros macrolídeos, como a
lincomicina e a clindamicina.

Atenção: este medicamento contém corante que pode
eventualmente, causar reações alérgicas.

Reações Adversas do Helicopac

Este medicamento pode causar algumas reações indesejáveis. Caso
o paciente tenha uma reação alérgica, deve parar de tomar o
medicamento e informar o médico o aparecimento de reações
indesejáveis.

Reação comum (gt;1/100 e lt; 1/10)

Lansoprazol:

Cefaleia, tontura, constipação, diarreia e náusea.

Claritromicina:

Insônia, disgeusia, cefaleia, paladar alterado, diarreia,
vômito, dispepsia, náusea, dor abdominal, teste de função
hepática anormal, rash, hiperidrose.

Amoxicilina:

Diarreia, náusea e rash cutâneo.

Reação incomum (gt;1/1.000 e lt; 1/100)

Lansoprazol: 

Rash, prurido, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica
tóxica, reação anafilática, hipomagnesemia, valores anormais nos
testes da função hepática, elevação nos valores dos AST, ALT,
fosfatase alcalina, LDH e γ-GTP, flatulência, vômito,
nefrite intersticial (com possível progressão para
insuficiência renal), pancitopenia, agranulocitose, leucopenia e
trombocitopenia.

Claritromicina:

Candidíase, gastroenterite, infecção vaginal, leucopenia,
hipersensibilidade, anorexia, diminuição do apetite, ansiedade,
tontura, sonolência, tremor, vertigem, deficiência auditiva,
tinido, eletrocardiograma QT prolongado, palpitações, epistaxe,
doença do refluxo gastroesofágico, gastrite, proctalgia,
estomatite, glossite, constipação, boca seca, eructação,
flatulência, alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase
aumentadas, prurido, urticária, mialgia, astenia.

Amoxicilina:

Vômito, urticária e prurido.

Reação rara (gt;1/10.000 e lt; 1/1.000)

Lansoprazol:

Não há relatos de reações raras para este medicamento.

Claritromicina:

Não há relatos de reações raras para este medicamento.

Amoxicilina:

Não há relatos de reações raras para este medicamento.

Reação muito rara (lt;1/10.000)

Lansoprazol:

Não há relatos de reações muito raras para este medicamento.

Claritromicina:

Não há relatos de reações muito raras para este medicamento.

Amoxicilina: 

Leucopenia reversível (incluindo neutropenia grave ou
agranulocitose), trombocitopenia reversível e anemia
hemolítica, prolongamento do tempo de sangramento e do tempo
de protrombina; como com outros antibióticos, reações alérgicas
graves, incluindo edema angioneurótico, anafilaxia, doença do
soro e vasculite por hipersensibilidade. Em caso de reação de
hipersensibilidade, deve-se descontinuar o tratamento;
hipercinesia, vertigem e convulsões (podem ocorrer convulsões
em pacientes com função renal prejudicada ou que usam altas
doses); candidíase mucocutânea; colite associada a antibióticos
(inclusive a pseudomembranosa e a hemorrágica), língua pilosa
negra; hepatite e icterícia colestásica; aumento moderado de AST
e/ou ALT (o significado desse aumento ainda não está claro);
reações cutâneas com eritema multiforme, Síndrome de
Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, dermatite
bolhosa e esfoliativa e exantema pustuloso generalizado agudo;
nefrite intersticial e cristalúria.

Reações de frequência desconhecida (não podem ser
estimadas pelos dados disponíveis)

Lansoprazol:

Não há relatos de reações com frequência desconhecida para este
medicamento.

Claritromicina:

Colite pseudomembranosa, erisipela, eritrasma, agranulocitose,
trombocitopenia, reação anafilática, hipoglicemia, transtorno
psicótico, estado de confusão, despersonalização, depressão,
desorientação, alucinações, sonhos anormais, mania, convulsão,
ageusia, parosmia, anosmia, parestesia, surdez, Torsade de Pointes,
taquicardia ventricular, hemorragia, pancreatite aguda,
descoloração da língua e dos dentes, disfunção hepática,
icterícia hepatocelular, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise
epidérmica tóxica, rash com eosinofilia e sintomas sistêmicos
(Síndrome DRESS), acne, púrpura de Henoch-Schönlein, rabdomiólise*,
miopatia, insuficiência renal e nefrite intersticial.

Amoxicilina:

Não há relatos de reações com frequência desconhecida para este
medicamento.

*Em alguns relatos de rabdomiólise, a claritromicina foi
administrada concomitantemente com outros medicamentos
conhecidamente associados à rabdomiólise, tais como, as estatinas,
fibratos, colchicina e alopurinol.

Outras reações possíveis

Lansoprazol: 

Icterícia, hepatite e lúpus eritematoso cutâneo.

Claritromicina:

RNI aumentada, tempo de protrombina aumentado e cor da urina
anormal.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação Medicamentosa do Helicopac

As interações medicamentosas são as
seguintes:

Lansoprazol:

O paciente deve ser acompanhado quando lansoprazol é
administrado juntamente com teofilina.

O lansoprazol pode interferir na absorção de outros medicamentos
para os quais o pH gástrico é um importante determinante da
biodisponibilidade oral (como cetoconazol, itraconazol).

A administração de lansoprazol juntamente com inibidores da
protease do HIV (como atazanavir, nelfinavir) para os quais a
absorção seja dependente do pH ácido intragástrico não é
recomendada, devido a uma redução significativa na sua concentração
no sangue.

O uso de lansoprazol com altas doses de metotrexato pode elevar
e prolongar os níveis sanguíneos de metotrexato e/ ou de seu
metabólito, possivelmente levando a toxicidade do metotrexato.

Não é necessário qualquer ajuste da dose de clopidogrel quando
administrado com uma dose aprovada de lansoprazol.

Os pacientes tratados com lansoprazol juntamente com varfarina
precisam ser monitorados para aumento no INR e tempo de
protrombina, devido à possibilidade de sangramento anormal.

A administração de lansoprazol juntamente com tacrolimo pode
aumentar os níveis sanguíneos de tacrolimo.

Medicamentos como a fluvoxamina pode aumentar a exposição
sistêmica de lansoprazol.

Levofloxacino:

Interação medicamento – alimento:

Não existe interação clinicamente significativa de levofloxacino
com alimentos. Os comprimidos podem, portanto, ser administrados
concomitantemente a alimentos.

Precauções de uso:

Produtos contendo magnésio, alumínio, ferro ou
zinco:

É recomendado que preparações contendo cátions bivalentes ou
trivalentes, tais como sais de zinco ou de ferro ou produtos
contendo magnésio ou alumínio (tais como antiácidos), não sejam
administradas duas horas antes ou depois da administração de
comprimidos de levofloxacino.

Os sais de cálcio apresentam mínimo efeito na absorção oral do
levofloxacino.

Sucralfato:

Caso o paciente esteja recebendo sucralfato e levofloxacino, é
recomendável administrar o sucralfato duas horas após a
administração deste medicamento.

Teofilina, fembufeno ou medicamentos anti-inflamatórios
não esteroidais similares:

Os dados de estudos clínicos indicam que não houve interação
farmacocinética entre levofloxacino e teofilina. Entretanto, pode
ocorrer uma redução pronunciada no limiar convulsivo com a
administração concomitante de quinolonas e teofilina, fármacos
anti-inflamatórios não esteroidais ou outros agentes que diminuem o
limiar da convulsão. As concentrações de levofloxacino foram cerca
de 13% maiores na presença de fembufeno do que quando administrados
isoladamente.

Probenecida e cimetidina:

Deve-se ter cautela na administração concomitante de
levofloxacino com fármacos que afetam os rins, como probenecida e
cimetidina, especialmente em pacientes com insuficiência renal (dos
rins). A probenecida e cimetidina apresentam um efeito
estatisticamente significativo na eliminação do levofloxacino. A
depuração renal do levofloxacino foi reduzida pela cimetidina (24
%) e probenecida (34 %). Isto ocorre porque ambos os fármacos são
capazes de bloquear a secreção tubular renal do levofloxacino.
Entretanto, nas doses testadas no estudo, é improvável que as
diferenças cinéticas estatisticamente significativas tenham
relevância clínica.

Ciclosporina:

A meia-vida da ciclosporina é aumentada em 33% quando
administrada juntamente com levofloxacino. Uma vez que este aumento
não é clinicamente relevante, não é requerido o ajuste da dose da
ciclosporina.

Antagonista da Vitamina K:

Tem-se relatado aumento nos testes de coagulação (Tempo de
Protrombina / Razão Normalizada Internacional) e/ou sangramento, os
quais podem ser graves em pacientes tratados com levofloxacino em
combinação com antagonistas da vitamina K (ex.: varfarina).

Portanto, os parâmetros de coagulação devem ser monitorados em
pacientes tratados com antagonistas da vitamina K.

Medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo
QT:

O levofloxacino, da mesma forma que outras fluoroquinolonas,
deve ser utilizado com cautela em pacientes recebendo medicamentos
conhecidos por prolongar o Intervalo QT (por exemplo:
antiarrítmicos classes IA e III, antidepressivos tricíclicos,
macrolídeos, antipsicóticos).

Outros:

Estudos de farmacologia clínica foram conduzidos para investigar
possíveis interações farmacocinéticas entre levofloxacino e alguns
fármacos comumente prescritos.

A farmacocinética do levofloxacino não foi afetada em
qualquer proporção clinicamente significativa quando este foi
administrado concomitantemente aos seguintes fármacos:

Digoxina, glibenclamida, ranitidina e varfarina.

Alterações em testes laboratoriais:

O levofloxacino pode inibir o crescimento do Mycobacterium
tuberculosis
e, portanto, pode fornecer resultados
falso-negativos nos diagnósticos bacteriológicos da
tuberculose.

Em pacientes tratados com levofloxacino, a determinação de
opioides na urina pode apresentar resultados falso-positivos. Pode
ser necessário confirmar exames de opioides através de métodos mais
específicos.

Elevação nos níveis de TGO e TGP, aumento da bilirrubina e
creatinina, eosinofilia, leucopenia,
neutropenia, trombocitopenia, agranulocitose,
pancitopenia.

Amoxicilina:

Alguns medicamentos podem causar efeitos indesejáveis se você os
ingerir durante o tratamento com amoxicilina.

Não deixe de avisar seu médico caso você esteja
tomando:

  • Medicamentos usados no tratamento de gota (probenecida ou
    alopurinol);
  • Outros antibióticos;
  • Pílulas anticoncepcionais (como acontece com outros
    antibióticos, talvez sejam necessárias precauções adicionais para
    evitar a gravidez);
  • Anticoagulantes.

Interação Alimentícia do Helicopac

Amoxicilina:

A alimentação não interfere na ação da amoxicilina, que pode ser
ingerida nas refeições.

Ação da Substância Helicopac

Resultados de eficácia

Úlcera duodenal associada com infecção por H.
pylori
— Terapia de claritromicina + lansoprazol e
amoxicilina:

Erradicação de H. pylori para reduzir o risco
de recorrência de úlcera duodenal

Dois estudos clínicos dos EUA randomizados, duplo-cegos em
pacientes com doença de H. pylori e úlcera duodenal
(definida como uma úlcera ativa ou histórico de úlcera ativa
em um ano) avaliaram a eficácia de claritromicina em combinação com
lansoprazol e amoxicilina como terapia tripla de 14 dias para
erradicação de H. pylori. Com base nos resultados desses
estudos, a segurança e a eficácia do seguinte regime de erradicação
foram estabelecidas:

Terapia tripla

Claritromicina 500mg duas vezes ao dia + lansoprazol a 30mg duas
vezes ao dia + amoxicilina a 1000mg duas vezes ao dia.

O tratamento foi de 14 dias. A erradicação de H. pylori
foi definida por dois testes negativos (cultura e histologia) em 4
a 6 semanas após o fim do tratamento.

A combinação de claritromicina mais lansoprazol e amoxicilina
como terapia tripla foi eficaz na erradicação de H.
pylori
. A erradicação de H. pylori demonstrou reduzir
o risco de recorrência de úlcera duodenal.

Um estudo clínico randomizado, duplo cego, foi realizado nos EUA
em pacientes com H. pylori e doença de úlcera duodenal
(definida como úlcera ativa ou histórico de úlcera dentro de um
ano) comparou a eficácia de claritromicina em combinação com
lansoprazol e amoxicilina como terapia tripla por 10 e 14
dias. Esse estudo estabeleceu que a terapia tripla de 10 dias foi
equivalente à terapia tripla de 14 dias na erradicação de H.
pylori.

Taxas de erradicação de H. pylori – Terapia
tripla (claritromicina/lansoprazol/amoxicilina) Porcentagem de
pacientes curados [Intervalo de confiança de 95%] (número de
pacientes)

O 3º Consenso de Maastrich, o Consenso Latinoamericano e o
Consenso Brasileiro recomendam terapia antibiótica combinada
nas patologias gastro-duodenais associadas a infecção pelo
H. pylori; recomendam também a combinação de fármacos com
inibidor de bomba de prótons mais dois antibióticos, para
atingir uma erradicação em torno de 90%.

Em um estudo retrospectivo, aberto e realizado na Faculdade de
Medicina do ABC, foram incluídos 130 pacientes portadores de doença
ulcerosa péptica (endoscopia digestiva alta) e com infecção por
Helicobacter pylori diagnosticada pelos testes da urease,
respiratório e histológico; todos sem tratamento prévio. Os
pacientes foram tratados com lansoprazol (30mg), amoxicilina
(1.000mg) e claritromicina (500mg) duas vezes ao dia por sete
dias. Os índices de erradicação foram avaliados noventa dias após o
tratamento.

Noventa e quatro (94) pacientes completaram o estudo, sendo a
média de idade 52,23 anos, 51,54% mulheres, 84,31% brancos, 37,69%
tabagistas, 20,77% usuários de anti-inflamatórios não-hormonais e
8,46% de etilistas. A endoscopia digestiva alta revelou: 78,46% de
úlcera duodenal (UD) e 21,53% de úlcera gástrica (UG) (4UD:
1UG). O índice de erradicação por protocolo foi de 85,11% e por
intenção de tratamento foi de 97%. Foram observados poucos
efeitos colaterais. A terapia tríplice com lansoprazol, amoxicilina
e claritromicina mostrou-se bem tolerada, com alto índice de
erradicação, sendo uma boa alternativa para países em
desenvolvimento.

No Brasil, foi realizado um estudo específico por Magalhães e
colaboradores com lansoprazol + claritromicina + amoxicilina
cápsula de liberação retardada + comprimido revestido + cápsula
30mg + 500mg + 500mg, demonstrando sua eficácia (índices de
erradicação de 90-95%) e segurança em uma população de risco com o
H. pylori positivo.


Características farmacológicas

Farmacodinâmica — Lansoprazol

Mecanismos de ação

O lansoprazol é primeiramente transferido para a região
secretora de ácido das células parietais da mucosa gástrica e
transformado na forma ativa através da reação de conversão por
ácido.

Este produto de reação combina com os grupos-SH do (H+, K+)
ATPase que é localizado na região secretora de ácido e
desempenha uma função na bomba de próton, suprimindo a atividade
enzimática com objetivo de inibir a secreção de ácido.

Atividade inibitória da secreção
ácido-gástrica

Para secreção ácido-gástrica estimulada pela
pentagastrina: 

Através da administração oral única ou através da administração
oral de 30mg de lansoprazol por 7 dias em adultos saudáveis, foi
observada uma inibição importante na secreção ácido-gástrica,
sustentada por 24 horas após a administração.

Para secreção ácido-gástrica estimulada pela
insulina:

Através da administração oral de 30mg de lansoprazol uma vez ao
dia por 7 dias consecutivos em adultos saudáveis, foi observada
uma inibição importante na secreção ácido-gástrica.

Para secreção ácido-gástrica noturna:

Através da administração oral de 30mg de lansoprazol uma vez ao
dia por 7 dias consecutivos em adultos saudáveis, foi observada uma
inibição importante na secreção ácido-gástrica.

Para secreção ácido-gástrica de 24 horas:

Através da administração oral de 30mg de lansoprazol uma vez ao
dia por 7 dias consecutivos em adultos saudáveis, foi observada
uma inibição importante na secreção ácido-gástrica durante o
dia em um teste de amostragem de suco gástrico de 24 horas.

Monitoramento do pH gástrico por 24
horas: 

Através da administração oral de 30mg de lansoprazol uma vez ao
dia por 7 dias consecutivos em adultos saudáveis ou em pacientes
com úlcera duodenal em período de cicatrização, foi observada uma
inibição importante na secreção ácido-gástrica durante o dia.

Monitoramento do pH esofágico inferior por 24
horas:

Através da administração oral de 30mg de lansoprazol uma vez ao
dia por 7 a 9 dias consecutivos em pacientes com esofagite de
refluxo, foi observada uma inibição importante do refluxo
gastroesofágico.

Efeito associativo na erradicação do Helicobacter
pylori

Através do uso concomitante com lansoprazol, foi observado um
aumento na concentração tecidual do estômago tanto da amoxicilina
quanto da claritromicina após administração oral (ratos).

A função do lansoprazol nesta terapia tripla incluindo a
amoxicilina e a claritromicina é aumentar o pH intragástrico
levando a uma melhora da atividade antibacteriana da amoxicilina e
da claritromicina.

Farmacodinâmica — Claritromicina

A claritromicina é um antibiótico semissintético do grupo dos
macrolídeos. Exerce sua função antibacteriana através da sua
ligação às subunidades ribossômicas 50S dos agentes
patogênicos sensíveis, suprimindo-lhes a síntese proteica.

A claritromicina tem elevada atividade contra uma grande
variedade de organismos Gram-positivos e Gram-negativos aeróbios e
anaeróbios.

Esta é indicada, em associação com inibidores da secreção ácida,
para a eliminação do H. pylori, resultando em diminuição
da recidiva de úlceras pépticas (gástricas ou duodenais). Está
demonstrado que 90 a 100% dos pacientes com úlcera péptica estão
infectados por esse patógeno e que sua eliminação reduz o
índice de recorrência destas úlceras, diminuindo assim a
necessidade de terapêutica anti-secretora de manutenção.

Farmacodinâmica — Amoxicilina

A amoxicilina é quimicamente conhecida como
D-(-)-alfa-amino-p.-hidroxibenzil penicilina, uma aminopenicilina
semi-sintética do grupo betalactâmico de antibióticos. Tem
amplo espectro de atividade antibacteriana contra muitos
micro-organismos Gram-positivos e Gramnegativos, agindo
através da inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede
celular. A amoxicilina age rapidamente como bactericida e possui o
perfil de segurança de uma penicilina. A amoxicilina é susceptível
a degradação por beta-lactamases e, portanto, o espectro
de atividade deste medicamento não abrange os micro-organismos
que produzem essas enzimas. Recentemente comprovou-se que a
amoxicilina é altamente ativa contra o H. pylori,
apresentando uma potente ação bactericida com raros casos de
resistência bacteriana.

Farmacocinética — Lansoprazol

Absorção

A absorção do lansoprazol é rápida, com Cmáx média
ocorrendo aproximadamente 1,7 horas após a dose oral e a
biodisponibilidade absoluta é de mais de 80%. Em indivíduos
saudáveis, a meia-vida plasmática média (± DP) foi de 1,5 (± 1,0)
horas. A Cmáx e a AUC são reduzidas
em aproximadamente 50% a 70% caso o lansoprazol seja
administrado 30 minutos após a refeição quando comparado com a
condição de jejum.

A refeição não exerce efeito significativo caso o lansoprazol
seja administrado antes das refeições.

Distribuição

A ligação proteica do lansoprazol é de 97%. A ligação às
proteínas plasmáticas é constante acima da variação de
concentrações de 0,05 a 5μg/mL.

Metabolismo e excreção

O lansoprazol é extensivamente metabolizado no fígado. Dois
metabólitos foram identificados em quantidades mensuráveis no
plasma (os derivados do lansoprazol sulfinil hidroxilados e
sulfonas hidroxilados). Estes metabólitos têm muito pouca ou
nenhuma atividade antisecretora. Acredita-se que o lansoprazol
seja transformado em duas espécies ativas, as quais inibem a
secreção ácida pelo bloqueio da bomba de próton [sistema enzimático
(H+, K+) ATPase] na superfície secretora das células parietais
gástricas. Estas duas moléculas ativas não estão presentes na
circulação sistêmica. Assim, a meia-vida de eliminação plasmática é
de menos que 2 horas, enquanto que o efeito inibidor ácido
dura mais que 24 horas. Por isso, a meia-vida de eliminação
plasmática de lansoprazol não reflete a duração da supressão da
secreção de ácido gástrico.

Eliminação

Após administração de uma dose oral única de lansoprazol, quase
não houve excreção urinária da forma inalterada do fármaco. Em
um estudo, após dose única oral de lansoprazol marcado com
C14, aproximadamente um terço da radiação administrada
foi excretada na urina e dois terços foram recuperados nas
fezes. Isso implica em excreção biliar significativa dos
metabólitos.

A farmacocinética do lansoprazol não se altera com doses
múltiplas e não ocorre acúmulo.

Populações especiais

Idosos

A depuração de lansoprazol é reduzida em pacientes idosos, com
meia-vida de eliminação aumentada em aproximadamente 50% a
100%.

Uma vez que a meia-vida média em idosos permanece entre 1,9 e
2,9 horas, a administração repetida de doses diárias não resultam
em acúmulo de lansoprazol. Os níveis de pico plasmático não
são aumentados em idosos. Não é necessário qualquer ajuste na dose
nesta população de pacientes.

Pacientes pediátricos

1 a 17 anos de idade:

A farmacocinética de lansoprazol foi estudada em pacientes
pediátricos com refluxo gastroesofágico com idades entre 1 e 11
anos e 12 a 17 anos em dois estudos clínicos independentes. Em
crianças de 1 a 11 anos, o lansoprazol foi administrado 15mg por
dia para indivíduos com peso ≤ 30kg e 30mg por dia para indivíduos
com peso superior a 30kg. Os valores médios de Cmáx e
AUC observados no dia 5 após a dosagem foram semelhantes entre
os dois grupos e não foram afetados pelo peso ou idade dentro de
cada grupo utilizado no estudo. Em adolescentes com idades
entre 12 a 17 anos, os indivíduos foram randomizados para receber
lansoprazol a 15mg ou 30mg por dia. Os valores médios de
Cmáx e AUC de lansoprazol não foram afetados pelo peso
corporal ou idade; e foram observados aumentos proporcionais à dose
nos valores médios de Cmáx e AUC entre os dois grupos do
estudo. No geral, a farmacocinética de lansoprazol em pacientes
pediátricos com idades entre 1 e 17 anos foram semelhantes às
observadas em adultos saudáveis.

Recém-nascido a menos de um ano de idade:

A farmacocinética de lansoprazol foi estudada em pacientes
pediátricos com refluxo gastroesofágico com idade inferior a 28
dias e 1 a 11 meses. Comparado aos adultos saudáveis recebendo
30mg, recém-nascidos tiveram maior exposição (valores médios de AUC
normalizados baseados em peso 2,04-e 1,88 vezes maiores com doses
de 0,5mg /kg / dia e 1mg / kg / dia, respectivamente).
Lactentes com idade ≤ 10 semanas tiveram valores de
clearance e exposição semelhantes aos
recém-nascidos. 

Lactentes com idade superior a 10 semanas que receberam 1mg /kg
/ dia tiveram valores médios de AUC que eram semelhantes aos
adultos que receberam uma dose de 30mg.

Gênero

Não foram encontradas diferenças na farmacocinética e nos
resultados de pH intragástrico em um estudo que comparou 12
pacientes do sexo masculino e 6 pacientes do sexo feminino que
receberam lansoprazol.

Pacientes com insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal severa, a ligação às
proteínas plasmáticas é reduzida em 1,0% a 1,5% após administração
de 60mg de lansoprazol. Os pacientes com insuficiência renal
apresentaram meia-vida de eliminação reduzida e redução na AUC
total (livre ou ligada).

Entretanto, a AUC para o lansoprazol livre no plasma não estava
relacionada com o grau de insuficiência renal; e a Cmáx
e a Tmáx (tempo para atingir a concentração máxima)
não foram diferentes do que a Cmáx e Tmáx dos
pacientes com função renal normal. Não é necessário
qualquer ajuste na dose de lansoprazol em pacientes com
disfunção renal.

Pacientes com insuficiência hepática

Em pacientes com vários graus de insuficiência hepática crônica,
a meia-vida plasmática média foi prolongada de 1,5 horas para 3,2 a
7,2 horas. Um aumento de até 500% foi observado na AUC média
no estado de equilíbrio em pacientes com distúrbios hepáticos
quando comparado a indivíduos saudáveis. Uma redução na dose
de lansoprazol deve ser considerada em pacientes com insuficiência
hepática severa.

Raça

Os parâmetros farmacocinéticos médios agrupados de lansoprazol
de doze estudos de fase 1 nos Estados Unidos (N=513) foram
comparados com os parâmetros farmacocinéticos médios de dois
estudos asiáticos (N=20). As AUCs médias de lansoprazol em
pacientes asiáticos foram aproximadamente o dobro daquelas
observadas nos dados agrupados dos pacientes dos Estados Unidos;
entretanto, a variabilidade interindividual foi alta. Os valores de
Cmáx foram comparáveis.

Farmacocinética — Claritromicina

Absorção

A claritromicina é bem absorvida no trato gastrointestinal e
estável em suco gástrico. A biodisponibilidade é aproximadamente de
55%. A ingestão de alimentos antes da tomada do comprimido
pode retardar o início da absorção, mas não afeta a sua
biodisponibilidade.

Distribuição

A claritromicina é largamente distribuída nos tecidos e fluidos
biológicos, atinge altas concentrações na mucosa nasal, amígdalas e
pulmões.

A concentração é mais elevada nos tecidos em comparação com a
concentração encontrada no plasma. As mais altas concentrações
teciduais da claritromicina foram usualmente encontradas no fígado
e no pulmão, onde a relação tecido/plasma (T/P) alcança valores
iguais a 10-20.

Não há dados disponíveis sobre a penetração da claritromicina e
seu metabólito ativo no fluido cérebro-espinhal. A claritromicina e
o seu metabólito ativo são distribuídos no leite materno.

Ligação a proteínas:

De 65 a 75%.

Tempo para atingir a concentração máxima
(Tmáx):

C

erca de 2 a 3 horas.

Concentrações séricas de pico
(steady-state):

São alcançadas em 2 a 3 dias.

Claritromicina:

250mg a cada 12 horas – 1mcg/mL; 500mg a cada 12 horas – 2 a
3mcg/mL; 500mg a cada 8 horas – 3 a 4mcg/mL.

14-hidroxiclaritromicina:

250mg a cada 12 horas – 0,6mcg/mL; 500mg a cada 8 a 12 horas –
até 1mcg/mL. A concentração de claritromicina e do seu
metabólito ativo 14-hidroxiclaritromicina, após a administração de
dose de 500mg a cada 12 horas, é similar comparando-se
pacientes com infecção por HIV e voluntários sadios.

As concentrações steady-state da claritromicina em
indivíduos com insuficiência da função hepática não diferiram
daquelas em indivíduos normais; entretanto, as concentrações
de 14 hidroxiclaritromicina foram menores em indivíduos com
insuficiência da função hepática. A formação reduzida de
14-hidroxiclaritromicina foi, pelo menos, parcialmente compensada
pelo aumento no clearance renal da claritromicina em
indivíduos com insuficiência da função hepática, quando comparados
a indivíduos sadios. A farmacocinética da claritromicina
foi também alterada em indivíduos com insuficiência da função
renal. Doses de 500mg de claritromicina a cada 8 horas foram
administradas em combinação a 40mg de omeprazol diários, a
homens sadios adultos. Os níveis plasmáticos de claritromicina e
14-hidroxiclaritromicina foram aumentados pela administração
concomitante de omeprazol. As concentrações de claritromicina no
tecido gástrico e muco foram também aumentadas pela
administração conjunta de omeprazol.

Biotransformação

A biotransformação hepática ocorre por 3 vias principais:
desmetilação, hidroxilação e hidrólise. Há formação de 8
metabólitos. Um dos metabólitos, a 14-hidroxiclaritromicina,
apresenta atividade antimicrobiana in vitro comparável à
ação da claritromicina e pode apresentar uma ação sinérgica
com claritromicina contra Haemophilus influenzae. Saturação do
metabolismo envolve a desmetilação e hidroxilação e contribui para
o aumento da meia-vida plasmática.

Meia-vida / função renal normal

Claritromicina:

250mg a cada 12 horas / 3 a 4 horas; 500mg a cada 8 a 12 horas /
5 a 7 horas.

14-hidroxiclaritromicina:

250mg a cada 12 horas / 5 a 6 horas; 500mg a cada 8 a 12 horas:
aproximadamente 7 a 9 horas.

Função renal comprometida (depuração da creatinina
inferior a 30mL/min)

Claritromicina:

Aproximadamente 22 horas.

14-hidroxiclaritromicina:

Aproximadamente 47 horas.

Eliminação

Aproximadamente 20% da dose de 250mg de claritromicina
administrada oralmente a cada 12 horas é excretada na urina na
forma não modificada. Após uma dose de 500mg, a cada 12 horas, a
excreção da droga não modificada é de aproximadamente 30%. A
depuração renal da claritromicina é, entretanto, relativamente
independente do tamanho da dose e aproxima-se do índice de
filtração glomerular normal. O maior metabólito encontrado na urina
é a 14-hidroxiclaritromicina, a qual responde por um acréscimo de
10% a 15%, tanto para doses de 250mg ou 500mg administradas a cada
12 horas.

Farmacocinética — Amoxicilina

Absorção

A amoxicilina é bem absorvida. Sua administração oral na dosagem
de 3 vezes ao dia geralmente produz altos níveis plasmáticos,
independentemente do momento da ingestão de alimentos.

Distribuição

A amoxicilina não é altamente ligada a proteínas plasmáticas;
cerca de 18% do total da droga presente no plasma são ligados a
proteínas. A amoxicilina se difunde rapidamente na maioria dos
tecidos e líquidos corporais, com exceção do cérebro e da medula
espinhal. A inflamação geralmente aumenta a permeabilidade das
meninges às penicilinas, e isso pode ser aplicado à
amoxicilina.

Excreção

A principal via de eliminação da amoxicilina são os rins. Cerca
de 60% a 70% de amoxicilina são excretados inalterados pela urina
durante as primeiras seis horas após a administração de uma dose
padrão. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente uma hora. A
amoxicilina também é parcialmente eliminada pela urina, como ácido
peniciloico inativo, em quantidades equivalentes a 10% a 25% da
dose inicial. A administração simultânea de probenecida retarda a
excreção da amoxicilina.

Dados de segurança pré-clínicos
— Lansoprazol

Os dados pré-clínicos não revelaram quaisquer riscos para
humanos com base nos estudos convencionais de segurança
farmacológica, toxicidade de doses repetidas, toxicidade em
reprodução e genotoxicidade.

Carcinogênese, mutagênese e diminuição da
fertilidade

O lansoprazol foi positivo no teste de Ames para mutagenicidade
bacteriana e em estudos de aberração cromossômica em linfócitos
humanos, mas foi negativo em 3 estudos in vivo de genotoxicidade.
Em dois estudos de carcinogenicidade em ratos, o lansoprazol
produziu hiperplasia das células ECL e carcinoides das células
ECL relacionados com a dose associados a hipergastrinemia devido à
inibição da secreção ácida. Metaplasia intestinal, além de tumores
e hiperplasia das células de Leydig testiculares também foram
observados. As alterações nas células de Leydig mostraram ser
específicas nos ratos, e sem relevância biológica para humanos. Em
estudos de carcinogenicidade em camundongos, com camundongos
convencionais, foram observados hiperplasia das células ECL
gástricas relacionada com a dose, bem como tumores hepáticos e
adenoma da rete testis. Não ocorreu efeito carcinogênico em
camundongos knockout P53, que são conhecidos por serem
suscetíveis a carcinogênese por agentes genotóxicos. Estudos de
reprodução em ratas e coelhos gestantes não revelaram
deficiências de fertilidade relacionadas com lansoprazol,
malformações fetais ou toxicidade para o desenvolvimento de fetos
ou recém-nascidos amamentando.

Toxicologia e/ou farmacologia animal

Estudos de dose única mostraram um baixo potencial de toxicidade
aguda. Os principais órgãos alvo com doses repetidas foram o
estômago, testículos, fígado, timo, tireoide e células
vermelhas do sangue. As alterações do estômago foram consistentes
com os efeitos farmacodinâmicos conhecidos em roedores de
drogas que reduzem a secreção de ácido gástrico, com o aumento por
feedback dos níveis de gastrina que estimulam a proliferação de
células ECL. Alterações hepáticas em camundongos, ratos e cães
foram consistentes com a indução enzimática microssomal. Alterações
não-neoplásicas observadas no estudo de carcinogenicidade de 2 anos
em ratos incluíram atrofia da retina e atrofia pancreática. A
contagem de eritrócitos, hematócrito e hemoglobina mostrou ligeiras
quedas em ratos e camundongos em vários estudos.

Dados de segurança pré-clínicos —
Claritromicina

Toxicologia (toxicidade aguda, subcrônica e
crônica)

Estudos foram realizados em camundongos, ratos, cães e/ou
macacos, com a administração oral de claritromicina, desde uma
única dose oral até a administração oral diária por 6 meses
consecutivos. Nenhum sinal de toxicidade foi observado, com doses
muito superiores àquelas proporcionalmente terapêuticas em
humanos. Os sinais clínicos com o emprego de doses tóxicas incluem
vômitos, fraqueza, inapetência, dificuldade para ganhar peso,
salivação, desidratação e hiperatividade. Nesses estudos com doses
tóxicas em animais, o fígado foi o órgãoalvo primário. O
desenvolvimento de hepatotoxicidade em todas as espécies foi
detectado pela precoce elevação das concentrações séricas
de fosfatase alcalina, aspartato e alanina transaminases,
gamaglutamiltransferase e/ou desidrogenase lática. A descontinuação
do uso da droga geralmente resulta no retorno desses parâmetros
específicos aos valores normais. O estômago, o timo e outros
tecidos linfoides e os rins foram menos afetados em diversos
estudos com doses tóxicas.

Farmacologia e toxicologia animal

A claritromicina é rápida e facilmente absorvida com cinética
linear de dose, baixa ligação proteica e alto volume de
distribuição. Sua meia-vida plasmática variou de 1 a 6 horas e
foi dependente da espécie. Altas concentrações no tecido foram
obtidas, mas um acúmulo negligenciável foi observado. O
clearance fecal predominou. A hepatotoxicidade ocorreu em
todas as espécies testadas (ex.: em ratos e macacos em doses 2
vezes maiores do que em cães em doses comparáveis à dose humana
diária máxima, com base emmg/m2).

A degeneração tubular renal (calculada em
regimemg/m2) ocorreu em ratos em doses 2 vezes, em
macacos em doses 8 vezes e em cães em doses 12 vezes maiores do que
a dose diária humana máxima. A atrofia testicular (em regime
demg/m2) ocorreu em ratos em doses 7 vezes, em cães
em doses 3 vezes e em macacos em doses 8 vezes maiores do que a
dose humana diária máxima. A opacidade da córnea (em
regime demg/m2) ocorreu em cães em doses 12 vezes e
em macacos em doses 8 vezes maiores do que a dose humana diária
máxima. Depleção linfoide (em regime demg/m2) ocorreu em
cães em doses 3 vezes e em macacos em doses 2 vezes maiores do que
a dose humana diária máxima. Esses eventos adversos estiveram
ausentes durante os estudos clínicos.

Dados de segurança pré-clínicos —
Amoxicilina

Os dados de segurança pré-clinicos não estão disponíveis para
amoxicilina.

Helicopac, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.