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Glucovance

Glucovance 500 mg/2,5 mg, 500 mg/5 mg e 1.000
mg/5 mg são indicados como:

  • Tratamento de segunda linha em adultos com diabetes tipo 2,
    quando não se obtém um controle de açúcar no sangue adequado com
    dieta, exercícios e tratamento inicial com um outro medicamento
    antidiabético (sulfonilureia ou metformina);
  • Em substituição ao tratamento anterior com medicamentos
    antidiabéticos à base de metformina e glibenclamida em adultos com
    açúcar no sangue estável e bem controlado.

Como o Glucovance funciona?

Glucovance atua diminuindo os níveis de açúcar (glicose)
sanguíneo, em pacientes com diabetes tipo 2 (diabetes não
insulino-dependente). É composto por dois agentes antidiabéticos,
um pertencente à classe de medicamentos chamados biguanidas
(cloridrato de metformina), e o outro à classe das sulfonilureias
(glibenclamida).

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que
tecidos do corpo absorvam a glicose (açúcar) do sangue e a usem
para produzir energia ou armazená-la para uso posterior. Os
pacientes com diabetes tipo 2 (ou seja, diabetes não
insulino-dependente) não produzem insulina suficiente em seu
pâncreas ou o seu corpo não responde adequadamente à insulina que
produz. Isso provoca um aumento do nível da glicose no sangue.
Glucovance ajuda a reduzir a taxa de açúcar no sangue para níveis
normais.

Contraindicação do Glucovance

Você não deve tomar Glucovance:

  • Se tiver hipersensibilidade (alergia) à metformina, à
    glibenclamida (ou à outra sulfonilureia ou sulfonamidas) ou aos
    outros componentes da fórmula;
  • Se sofrer de diabetes tipo 1 (insulino-dependente), ou se
    ocorrer perda grave do controle do diabetes chegando à pré-coma ou
    cetose (problema provocado por substâncias denominadas “corpos
    cetônicos” que se acumulam no sangue e que se pode notar pela
    respiração, que apresenta odor diferente, de fruta);
  • Se estiver com problema de funcionamento do fígado;
  • Se estiver com problema de funcionamento grave dos rins
    (depuração de creatinina inferior a 30 ml/min ou Taxa de Filtração
    Glomerular estimada [TFGe] inferior a 30
    ml/min/1,73m2);
  • Se estiver com infecção grave (por exemplo, infecção das vias
    aéreas ou do trato urinário);
  • Se estiver desidratado (por exemplo, em função de uma diarreia
    grave e persistente, vômitos repetidos);
  • Se estiver em tratamento para problemas cardíacos, tiver tido
    recentemente um ataque cardíaco, tiver problemas circulatórios
    graves ou dificuldades respiratórias;
  • Se sofrer de porfíria (doença hereditária rara decorrente da
    deficiência de uma enzima que faz com que o corpo produza e excrete
    excesso de porfirina, componente utilizado na produção do pigmento
    do sangue que transporta o oxigênio);
  • Se estiver utilizando miconazol (medicamento para o tratamento
    de determinadas micoses), mesmo em aplicação local;
  • Se ingerir bebidas alcoólicas em excesso (todos os dias ou
    esporadicamente);
  • Se estiver amamentando;
  • Se tiver que ser submetido à cirurgia eletiva de grande porte
    ou a exame radiológico utilizando meio de contraste contendo
    iodo.

Como usar o Glucovance

Engula cada comprimido inteiro com um copo de água. Tome os
comprimidos com uma refeição. A posologia deve ser ajustada de
acordo com os seus hábitos alimentares. No entanto, toda tomada
deverá ser seguida por uma refeição com níveis de carboidratos
suficientes para prevenir uma baixa demasiada dos níveis de açúcar
no sangue (hipoglicemia).

Evite bebidas alcoólicas quando for tomar Glucovance.

Posologia

Tome os comprimidos de Glucovance

  • Uma vez por dia, de manhã (no café da manhã) se tomar 1
    comprimido por dia;
  • Duas vezes por dia, de manhã (no café) e à noite (no jantar) se
    tomar 2 ou 4 comprimidos por dia;
  • Três vezes por dia, de manhã (no café), ao meio-dia (no almoço)
    e à noite (no jantar) se tomar 3 comprimidos por dia.

Doses iniciais

Tratamento de primeira linha

A dose inicial é de 1 comprimido de Glucovance 250 mg/1,25 mg
uma vez ao dia.

Podem ser tomados dois comprimidos de Glucovance 250 mg/1,25 mg
ao dia, dependendo dos resultados dos exames laboratoriais.

Glucovance 500 mg/5 mg e Glucovance 1.000 mg/5 mg não podem ser
usados como tratamento de primeira linha devido a um aumento do
risco de hipoglicemia.

Tratamento de segunda linha

A dose inicial é de 1 comprimido de Glucovance 500 mg/2,5 mg ou
Glucovance 500 mg/5 mg uma vez ao dia. Para evitar hipoglicemia, a
dose inicial não deve exceder as doses diárias que vinham sendo
tomadas de metformina e glibenclamida (ou de outra
sulfonilureia).

Em substituição ao tratamento anterior com medicamentos
antidiabéticos à base de metformina e glibenclamida

A dose inicial não deve exceder as doses diárias que vinham
sendo tomadas de metformina e glibenclamida (ou de outra
sulfonilureia).

Aumento de dose

Um aumento gradual na dose pode ajudar na tolerância
gastrointestinal e a evitar a ocorrência de hipoglicemia.

Tratamento de primeira linha

Os aumentos de dose devem ser feitos a intervalos de duas
semanas ou mais, acrescentando-se um comprimido de Glucovance 250
mg/ 1,25 mg ao dia, até o alcance da dose mínima eficaz para um
controle adequado da glicemia.

Tratamento de segunda linha

O aumento da dose não deve exceder ao equivalente a 500 mg de
cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia a cada 2
semanas ou mais, até o alcance da dose mínima eficaz para um
controle adequado da glicemia.

Em substituição ao tratamento anterior com medicamentos
antidiabéticos à base de metformina e glibenclamida

O aumento da dose não deve exceder ao equivalente a 500 mg de
cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia a cada 2
semanas ou mais, até o alcance da dose mínima eficaz para um
controle adequado da glicemia. É necessário acompanhamento
cuidadoso para sinais e sintomas de hipoglicemia.

Para pacientes já em tratamento com uma associação de metformina
e glibenclamida, dois comprimidos de Glucovance 500 mg/2,5 mg podem
ser substituídos por um comprimido de Glucovance 1.000 mg/5 mg.

O seu médico irá informar como tomar Glucovance se você tiver
que administrá-lo em combinação com medicamento utilizado para
baixar o colesterol (sequestrante de ácidos biliares).

Glucovance deve ser tomado pelo menos 4 horas antes do
medicamento utilizado para baixar o colesterol (sequestrante de
ácidos biliares).

Dose máxima

A dose máxima é de 2.000mg/20mg por dia.

Pacientes idosos

A dose inicial recomendada é de um comprimido de Glucovance
250mg/1,25mg por dia.

Esta dose deve ser ajustada dependendo das condições de
funcionamento dos rins.

Pacientes com insuficiência renal

Glucovance pode ser empregado em pacientes com insuficiência
renal moderada estágio 3 (depuração de creatinina entre 30 e 59
ml/min ou Taxa de Filtração Glomerular estimada [TFGe] entre 30 e
59 ml/min/1,73 m2) somente na ausência de outras
condições que possam aumentar o risco de acidose láctica e com os
seguintes ajustes na posologia:

Pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 59
ml/min ou TFGe entre 45 e 59 ml/min/1,73m2

A dose máxima de metformina é de 1.000 mg ao dia. A função renal
deve ser cuidadosamente verificada a cada 3-6 meses.

Pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 59
ml/min ou TFGe entre 30 e 44 ml/min/1,73m2

Não é recomendável iniciar tratamento com Glucovance, porém
Glucovance pode ser mantido em pacientes já sob tratamento, desde
que a dose máxima diária de metformina não seja superior a 1.000
mg. A função renal deve ser cuidadosamente verificada a cada três
meses.

Caso a depuração de creatinina ou a TFGe caiam para valores
abaixo de 30 ml/min ou 30 ml/min/1,73m2 respectivamente,
o uso do Glucovance deve ser imediatamente interrompido.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Glucovance?

Não tome uma dose dobrada para compensar uma dose que se
esqueceu de tomar. Tome a dose seguinte na hora habitual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Glucovance

Tome cuidado com o uso do Glucovance se:

  • Sentir sintomas de uma condição denominada acidose láctica
    (vômitos, dores de estômago, dores musculares e uma sensação de
    mal-estar geral com cansaço intenso e dificuldade respiratória). No
    caso destes sintomas ocorrerem, pare imediatamente de tomar este
    medicamento e informe o seu médico;
  • Sentir sintomas de níveis baixos de açúcar no sangue
    (hipoglicemia). Os sinais de aviso podem ocorrer de repente,
    incluindo suores frios, pele pálida e fria, tonturas, dores de
    cabeça, batimentos cardíacos rápidos, mal-estar, fome excessiva,
    alterações temporárias na visão, sonolência, cansaço e fraqueza
    incomuns, nervosismo ou tremores, sensação de ansiedade, sensação
    de confusão, dificuldade na concentração. Se sentir quaisquer
    destes sintomas, procure ingerir algum alimento com teor alto de
    açúcar (mel, doces, biscoitos, sucos de fruta) e pare imediatamente
    de tomar este medicamento, informando logo o médico, pois pode
    haver necessidade de hospitalização para melhor controle dos níveis
    de açúcar no sangue. Depois, descanse. Avise sua família e amigos
    de que o devem virar de lado e chamar ajuda médica imediatamente no
    caso de você ficar inconsciente. Alimentos e bebidas não devem ser
    administrados quando se está inconsciente devido ao risco de
    sufocação. Um nível baixo de açúcar no sangue pode ocorrer se:
    comer muito pouco ou pular uma refeição; a sua dieta contiver
    níveis insuficientes ou desequilibrados de açúcar; ingerir bebidas
    alcoólicas; fizer mais exercício do que o habitual; tiver problemas
    hepáticos, renais ou determinados problemas hormonais; a dosagem do
    seu medicamento estiver muito alta; for uma pessoa idosa; tomar
    determinados medicamentos juntamente com Glucovance;
  • Sofrer de alguma doença infecciosa tal como gripe, infecção das
    vias aéreas ou infecção do trato urinário;
  • Necessitar submeter-se a exame radiológico ou outro que
    requeira a injeção de meios de contraste contendo iodo, ou
    necessitar submeter-se a cirurgia eletiva de grande porte (nestes
    casos, o uso do Glucovance deverá ser interrompido durante um
    determinado tempo antes e depois do exame ou da cirurgia). O seu
    médico decidirá se necessita de outro tratamento durante este
    período.

Você deve ter a função de seus rins avaliada antes de
iniciar tratamento com Glucovance (depuração de creatinina ou Taxa
de Filtração Glomerular estimada [TFGe]) e regularmente
depois:

  • Pelo menos uma vez ao ano se estiver com depuração de
    creatinina acima de 60 ml/min ou TFGe acima de 60
    ml/min/1,73m2;
  • Pelo menos duas a quatro vezes ao ano se apresentar depuração
    de creatinina entre 45 e 59 ml/min ou TFGe entre 45 e 59
    ml/min/1,73m2, e também se você for um paciente
    idoso;
  • Pelo menos quatro vezes ao ano se apresentar depuração de
    creatinina entre 30 e 44 ml/min ou TFGe entre 30 e 44
    ml/min/1,73m2. No caso de depuração de creatinina ou TFG
    lt; 45 ml/min/1,73m2, não é recomendável iniciar
    tratamento com Glucovance.

Caso a depuração da creatinina ou TFGe seja inferior a 30 ml/min
ou 30 ml/min/1,73m2 respectivamente, Glucovance é
contraindicado.

Mantenha sua dieta e faça exercícios regularmente enquanto tomar
este medicamento.

Consulte o seu médico regularmente para verificar os seus níveis
de açúcar no sangue e a sua função renal.

Os comprimidos de Glucovance contêm lactose. Caso possua
intolerância a certos açúcares, entre em contato com seu médico
antes de tomar esse medicamento.

Se você for portador de uma doença hereditária (deficiência de
G6PD) na qual os seus glóbulos vermelhos não produzem quantidade
suficiente da enzima G6PD, o uso de Glucovance poderá provocar uma
destruição rápida dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica). Se
tiver essa doença informe o seu médico, uma vez que o Glucovance
poderá não ser indicado para você.

Reações Adversas do Glucovance

Como todos os medicamentos, Glucovance pode causar algumas
reações desagradáveis; no entanto, estas não ocorrem em todas as
pessoas. Caso você tenha uma reação alérgica, deve
parar de tomar o medicamento.

Podem ocorrer as seguintes reações desagradáveis
descritas a seguir

No início do tratamento, Glucovance pode provocar alterações da
visão devido a um nível mais baixo de açúcar no sangue; contudo,
esta reação costuma desaparecer após algum tempo.

Hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no
sangue)

Ver Precauções.

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Distúrbios do estômago e do intestino, como náuseas, vômitos,
diarreia, dores de barriga e perda do apetite.

Estas reações ocorrem mais frequentemente após o início do
tratamento e regridem espontaneamente na maioria das vezes.
Distribuir as doses durante o dia e tomar os comprimidos com uma
refeição pode ajudar.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento) 

Alterações do paladar.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Níveis anormais de ureia e de creatinina no sangue, que
demonstram alterações no modo como os rins estão funcionando. Pode
ocorrer uma crise de determinadas formas de porfíria (porfíria
hepática ou porfíria cutânea).

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes
que utilizam este medicamento)

Redução no número de glóbulos brancos no sangue, o que aumenta a
probabilidade de infecções; redução das plaquetas sanguíneas que
aumenta o risco de hemorragias; reações da pele incluindo coceira,
urticária e erupção cutânea

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Acidose láctica; redução grave do número de glóbulos brancos
(agranulocitose), anemia devido a uma destruição extensa dos
glóbulos vermelhos (anemia hemolítica), carência ou número
insuficiente de células sanguíneas novas produzidas pela medula
óssea (aplasia da medula óssea) e redução muito grave do número de
células sanguíneas (pancitopenia), que pode tornar a pele pálida,
provocar fraqueza ou falta de ar, aumentar o risco de hemorragias
ou aumentar a probabilidade de infecções); alterações nos exames da
função do fígado ou inflamação do fígado (hepatite, que pode
provocar cansaço, perda de apetite, perda de peso, com ou sem
amarelecimento da pele ou do branco dos olhos), neste caso, deve
suspender-se o uso de Glucovance.

Sensibilidade cutânea excessiva ao sol, reações alérgicas graves
da pele ou dos vasos sanguíneos; intolerância ao álcool (com
sintomas tais como uma sensação geral de desconforto, vermelhidão
da face, batimentos cardíacos rápidos); níveis baixos de sódio, que
podem provocar cansaço e confusão, convulsões musculares, ataques
ou coma; níveis baixos de vitamina B12 no sangue.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova
concentração no país (1.000 mg/5 mg) e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e
utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu
médico.

População Especial do Glucovance

Capacidade de dirigir veículos ou
operar máquinas

Não dirija veículos ou opere máquinas se tiver a visão turva
(isto pode acontecer no início do tratamento devido a um nível mais
baixo de açúcar no sangue) ou se sentir que os sintomas de níveis
baixos de açúcar no sangue começam a aparecer.

Uso pediátrico

Não foi estabelecida a segurança e eficácia em pacientes
pediátricos. Glucovance destina-se somente para uso em adultos.

Pacientes idosos

Idades de 65 anos e acima tem sido identificadas como um fator
de risco para hipoglicemia em pacientes tratados com
sulfonilureias. Hipoglicemia pode ser de difícil reconhecimento em
idosos.

Em pacientes com 65 ou mais, as doses iniciais e de manutenção
da glibenclamida devem ser cuidadosamente ajustadas para reduzir o
risco de hipoglicemia. O tratamento deve ser iniciado com a dose
mais baixa disponível e aumentada gradualmente, se necessário.

Recomenda-se que esses pacientes não recebam a dose máxima de
Glucovance a fim de evitar o risco de hipoglicemia. É necessária
avaliação regular da função renal.

A diminuição da função renal em pacientes idosos é frequente e
assintomática. É necessária cautela especial em situações nas quais
a função renal possa estar marcantemente prejudicada, como devido à
desidratação (diarreia ou vômitos graves ou prolongados) ou quando
se inicia tratamento com fármacos que possam comprometer a função
renal agudamente, como antihipertensivos, diuréticos e
anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs). Nas condições agudas
mencionadas, a metformina deve ser imediata e temporariamente
interrompida.

Pacientes debilitados, e desnutridos

Recomenda-se que esses pacientes não recebam a dose máxima de
Glucovance a fim de evitar o risco de hipoglicemia.

Gravidez e amamentação

Informe seu médico se estiver grávida, com suspeita de gravidez
ou se planeja engravidar.

Durante a gravidez, o diabetes deve ser tratado com insulina. Se
descobrir que está grávida durante tratamento com Glucovance
consulte o seu médico para que este possa alterar o seu
tratamento. Glucovance é contraindicado durante a amamentação. Não
tome Glucovance se estiver amamentando ou se tiver intenção de
amamentar.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Composição do Glucovance

Glucovance 250 mg/1,25 mg

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de metformina
(equivalente a 195 mg de metformina base)
250 mg
Glibenclamida1,25 mg

Excipientes:

povidona, croscarmelose sódica, celulose microcristalina,
estearato de magnésio, hipromelose, lactose monoidratada, macrogol,
dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e talco.

Glucovance 500 mg/2,5 mg

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de metformina
(equivalente a 390 mg de metformina base)
500 mg
Glibenclamida2,5 mg

Excipientes:

povidona, croscarmelose sódica, celulose microcristalina,
estearato de magnésio, hipromelose, lactose monoidratada, macrogol,
dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro
vermelho e óxido de ferro preto.

Glucovance 500 mg/5 mg

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de metformina
(equivalente a 390 mg de metformina base)
500 mg
Glibenclamida5 mg

Excipientes:

povidona, croscarmelose sódica, celulose microcristalina,
estearato de magnésio, hipromelose, lactose monoidratada, macrogol,
dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho
e amarelo de quinolina, laca de alumínio.

Glucovance 1.000 mg/5 mg

Cada comprimido revestido contém:

Cloridrato de metformina
(equivalente a 780 mg de metformina base)
1.000 mg
Glibenclamida5 mg

Excipientes:

povidona, croscarmelose sódica, celulose microcristalina,
estearato de magnésio, hipromelose, lactose monoidratada, macrogol,
e dióxido de titânio.

Superdosagem do Glucovance

Se você tomar mais comprimidos de Glucovance do que deveria
poderá desenvolver acidose láctica ou níveis baixos de açúcar no
sangue.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Glucovance

Associações contraindicadas

Relacionadas com a glibenclamida

Miconazol (via sistêmica ou tópica):

Aumento do efeito hipoglicemiante com possível aparecimento de
manifestações hipoglicêmicas, ou mesmo coma.

Relacionadas com a metformina

Meios de contraste iodados:

Dependendo da função renal, cloridrato de metformina +
glibenclamida (substância ativa) tem que ser interrompido 48 horas
antes do exame, ou na ocasião do exame, senão 48 horas após a
realização do mesmo, e apenas quando a função renal tiver sido
reavaliada e considerada normal.

Associações não recomendadas

Relacionadas com sulfonilureias

Álcool

Síndrome antabuse (intolerância ao álcool) tem ocorrido muito
raramente após o uso concomitante de álcool e glibenclamida. A
ingestão de álcool pode aumentar a ação hipoglicemiante (via
inibição de reações de compensação ou retardando sua inativação
metabólica), o que pode facilitar o aparecimento de um coma
hipoglicêmico e evitar o consumo de álcool e medicamentos contendo
álcool.

Fenilbutazona (via sistêmica)

Aumento do efeito hipoglicemiante das sulfonilureias
(deslocamento da sulfonilureias dos locais de ligação às proteínas
e/ou diminuição da sua eliminação). Recomenda-se o uso de outro
agente anti-inflamatório com menos interações, ou então advertir o
paciente e aumentar o automonitoramento; se necessário, a dose
poderá ser ajustada durante o tratamento com o anti-inflamatório e
após sua interrupção.

Relacionadas com a glibenclamida

Bosentana

Risco aumentado de hepatotoxicidade caso a bosentana seja
administrada com a glibenclamida, recomendando-se que seu uso seja
evitado; o efeito hipoglicêmico da glibenclamida também pode ser
reduzido.

Relacionadas com a metformina

Álcool

Aumento do risco de acidose lática no caso de intoxicação
alcoólica aguda, especialmente em situações de jejum ou má nutrição
e falência hepatocelular.

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos
contendo álcool.

Associações a serem empregadas com cautela

Relacionadas com todos os agentes
antidiabéticos

Medicamentos com atividade hiperglicêmica intrínseca, como
glicocorticoides, tetracosactida (vias sistêmica e local),
agonistas beta-2, danazol, clorpromazina em altas doses de 100 mg
ao dia, diuréticos: pode ser necessário um controle mais frequente
da glicose sanguínea, notadamente no início do tratamento.

Caso necessário, ajustar a dose de cloridrato de metformina +
glibenclamida (substância ativa) durante tratamento com o outro
medicamento e após sua interrupção.

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (como
captopril e enalapril): inibidores da ECA podem reduzir os níveis
de glicose sanguínea.

Caso necessário, ajustar a dose de cloridrato de metformina +
glibenclamida (substância ativa) durante tratamento com inibidor da
ECA e após sua interrupção.

Relacionadas com a metformina

Diuréticos, especialmente os de alça, podem aumentar o risco de:
acidose láctica devido ao seu potencial para diminuir a função
renal (além do seu efeito hiperglicêmico intrínseco, conforme
descrito acima).

Relacionadas com a glibenclamida

Betabloqueadores

Todos os betabloqueadores mascaram alguns dos sintomas da
hipoglicemia: palpitações e taquicardia. A maioria dos
betabloqueadores não cardiosseletivos aumenta a incidência e
gravidade da hipoglicemia. Advertir o paciente e aumentar o
automonitoramento da glicemia, principalmente no início do
tratamento.

Clonidina, reserpina, guanetidina ou agentes
simpaticomiméticos

Podem mascarar os sintomas de advertência de uma crise
hipoglicêmica. Advertir o paciente e aumentar o automonitoramento
da glicemia, principalmente no início do tratamento.

Fluconazol

Aumento do tempo de meia-vida da sulfonilureia com possível
início de manifestações hipoglicêmicas. Advertir o paciente e
aumentar o automonitoramento da glicemia, e se necessário ajustar a
dose do antidiabético durante o tratamento com fluconazol e após
sua interrupção.

Desmopressina

Redução da atividade antidiurética.

Colesevelam

Quando coadministrado simultaneamente, a concentração plasmática
de glibenclamida é reduzida, o que pode levar a uma diminuição do
efeito hipoglicemiante. Este efeito não foi observado quando a
administração da glibenclamida respeitar certo intervalo de
tempo.

É recomendado que cloridrato de metformina + glibenclamida
(substância ativa) seja administrado pelo menos 4 horas antes de
colesevelam, a fim de minimizar o risco de absorção reduzida.

Outras interações que devem ser levadas em
consideração

Ciprofloxacino

Uma possível interação entre glibenclamida e ciprofloxacino, um
antibiótico do grupo das fluoroquinolonas, tem sido reportada,
resultando em uma potencialização da ação hipoglicêmica da
glibenclamida. O mecanismo desta interação não é conhecido.

Ação da Substância Glucovance

Resultados de Eficácia

A eficácia, segurança e tolerabilidade da associação fixa de
glibenclamida e metformina foi comparada ao tratamento com
glibenclamida ou metformina em monoterapia durante 16 semanas,
demonstrando redução dos níveis de HbA1c 1,7% superior no grupo em
uso da associação fixa versus o grupo em uso de
glibenclamida em monoterapia e 1,9% superior no grupo em uso da
associação fixa versus o grupo em uso de metformina em
monoterapia.

Um estudo multicêntrico, duplo-cego analisou pacientes com
diabetes tipo 2 com controle glicêmico inadequado (HbA1cgt;7% e
lt;12%) com apenas dieta e exercício e comparou os benefícios de
uma terapia inicial com associação fixa de glibenclamida e
metformina versus monoterapia de glibenclamida e
metformina durante 16 semanas. A associação fixa de glibenclamida e
metformina ocasionou uma redução da HbA1c na linha de base (-2,27%)
versus metformina (-1,53%) e glibenclamida (-1,90%). A
associação fixa reduziu significativamente a glicemia de jejum e
pós-prandial de 2 horas comparado com a monoterapia.

Um estudo retrospectivo que comparou as alterações na HbA1c de
pacientes diabéticos tipo 2 novos à associação fixa de metformina e
glibenclamida versus glibenclamida coadministrada com
metformina (associação livre), demonstrou que o grupo tratado com
associação fixa de metformina e glibenclamida obteve uma redução
média na HbA1c 0,5% superior ao grupo em uso da metformina e
glibenclamida em associação livre. A associação fixa de
glibenclamida e metformina melhora significativamente o controle
glicêmico em comparação à associação livre da glibenclamida e
metformina em pacientes diabéticostipo 2 novos à terapia
combinada.

Um estudo avaliou a eficácia e segurança de duas dosagens da
associação fixa de glibenclamida e metformina, comparada às suas
respectivas monoterapias em pacientes com diabetes tipo 2
inadequadamente controlados com o tratamento com metformina em
monoterapia. O estudo demonstrou maiores reduções da HbA1c e da
glicemia de jejum em pacientes que fizeram uso da associação fixa
em comparação à monoterapia.

Características Farmacológicas

O cloridrato de metformina + glibenclamida (substância ativa)
contém em sua formulação glibenclamida e cloridrato de metformina,
dois agentes com mecanismos de ação diferentes e complementares,
usados no controle glicêmico em pacientes com diabetes do tipo
2.

Mecanismo de ação

A metformina é uma biguanida com efeito anti-hiperglicêmico que
permite reduzir a glicose plasmática basal e pós-prandial. Não
estimula a secreção de insulina e, por isso, não produz
hipoglicemia.

A metformina pode atuar através de 3
mecanismos:

  1. Redução da produção de glicose hepática, por inibição da
    gliconeogênese e da glicogenólise;
  2. No músculo, aumentando a sensibilidade à insulina, melhorando a
    captação e utilização de glicose periférica;
  3. E retardando a absorção de glicose no intestino.

A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular
atuando ao nível da glicogêniosintetase. A metformina aumenta a
capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de
glicose de membrana (GLUT).

No ser humano, independentemente da sua ação sobre a glicemia, a
metformina exerce efeitos favoráveis sobre o metabolismo lipídico.
Tal efeito foi demonstrado com doses terapêuticas em ensaios
clínicos controlados, a médio e a longo prazo: a metformina reduz o
colesterol total, o colesterol LDL e os níveis de triglicerídeos.
Até o momento, estes efeitos favoráveis no metabolismo
lipídico ainda não foram demonstrados em ensaios clínicos
conduzidos com a associação da metformina e glibenclamida.

A glibenclamida é uma sulfonilureia de segunda geração com uma
meia-vida mediana: causa uma queda acentuada da glicemia por
estimulação da liberação de insulina pelo pâncreas, sendo este
efeito dependente da presença de células beta funcionais nas
ilhotas de Langerhans. A estimulação da secreção de insulina pela
glibenclamida, em resposta à ingestão de uma refeição, tem grande
importância.

A administração de glibenclamida em diabéticos induz um aumento
da resposta pós-prandial estimulada pela insulina. Este aumento das
respostas pós-prandiais à secreção de insulina e de peptídeo-C
persistem após pelo menos 6 meses de tratamento.

A metformina e a glibenclamida têm mecanismos e locais de
atuação diferentes, porém suas ações são complementares. A
glibenclamida estimula o pâncreas a secretar insulina, enquanto que
a metformina reduz a resistência das células à insulina atuando a
nível periférico (músculo esquelético) e na sensibilidade hepática
à insulina.

De acordo com o “United Kingdom Prospective Diabetes Study”
(UKPDS), estudo multicêntrico randomizado que acompanhou por cerca
de 10 anos mais de 7.000 pacientes submetidos a diversos
tratamentos para controle do diabetes Tipo 2, a metformina reduziu,
de maneira significativa, as complicações e mortalidade associadas
com a doença.

Estudos clínicos duplo-cegos e randomizados com cloridrato de
metformina + glibenclamida (substância ativa), envolvendo pacientes
portadores de diabetes tipo 2 [(a) não satisfatoriamente
controlados somente com dieta e exercícios, (b) não
satisfatoriamente controlados com dieta, exercícios e dose máxima
de uma sulfonilureia, e (c) não satisfatoriamente controlados com
dieta, exercícios e dose próxima da máxima de metformina],
evidenciaram o efeito aditivo sinérgico da glibenclamida e da
metformina quando administradas conjuntamente, numa formulação em
dose-fixa como cloridrato de metformina + glibenclamida (substância
ativa) este tratamento proporcionou maiores reduções na HbA1c
(hemoglobina glicosilada) FPG (glicemia de jejum) e PPG (glicemia
pós-prandial), quando comparado com a administração isolada de
glibenclamida e metformina.

Farmacocinética

A glibenclamida é rapidamente absorvida do trato
gastrointestinal, com concentrações plasmáticas de pico sendo
alcançadas dentro de 2 a 4 horas e observando-se níveis baixos,
porém detectáveis, em 24 horas. Liga-se extensivamente às proteínas
plasmáticas. A absorção pode ser mais lenta em pacientes
hiperglicêmicos. É metabolizada, quase que completamente, no fígado
e seu principal metabólito é muito pouco ativo. Aproximadamente 50%
de uma dose oral são excretados na urina e 50%, por via biliar, nas
fezes.

O cloridrato de metformina é lento e incompletamente absorvido
no trato gastrointestinal; a biodisponibilidade de uma dose única
de 500 mg é reportada como sendo de 50 a 60%, observando-se alguma
redução se ingerida com alimentos. Liga-se pouco às proteínas
plasmáticas, sendo excretado na urina, de forma inalterada. Sua
meia-vida de eliminação plasmática é de 2 a 6 horas, após
administração oral.

Em estudos de biodisponibilidade de cloridrato de metformina +
glibenclamida (substância ativa), as AUCs (curvas de concentração
plasmática versus tempo) médias da glibenclamida foram 18% e 7%,
respectivamente, maiores que aquela da glibenclamida coadministrada
com metformina em formulações isoladas. Considerando-se o mesmo
parâmetro farmacocinético (AUC), a metformina do cloridrato de
metformina + glibenclamida (substância ativa) foi bioequivalente à
metformina coadministrada com glibenclamida em formulações
isoladas. Após administração de um único comprimido de cloridrato
de metformina + glibenclamida (substância ativa) 500 mg/5 mg com
uma solução de glicose a 20%, ou com uma de solução de glicose a
20% e alimento, não se observou efeito do alimento sobre a
Cmáx (nível plasmático máximo alcançado) mas sim um
efeito relativamente pequeno, para maior, do alimento sobre a AUC
da glibenclamida.

O Tmáx (tempo para o pico de concentração plasmática)
para a glibenclamida foi reduzido de 7,5 horas para 2,75 horas, com
alimento, quando comparado aquele, do mesmo componente, quando
o comprimido de cloridrato de metformina + glibenclamida
(substância ativa) foi administrado em jejum com uma solução de
glicose a 20%. Não se observou efeito do alimento sobre a
farmacocinética da metformina do cloridrato de metformina +
glibenclamida (substância ativa).

Cuidados de Armazenamento do Glucovance

Você deve conservar Glucovance em temperatura ambiente (entre
15°C e 30°C), protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

Comprimidos 250 mg/1,25 mg

Os comprimidos de Glucovance 250 mg/1,25 mg são oblongos,
biconvexos, revestidos de cor amarelo claro, com a inscrição “250”
de um lado e “1,25” do outro.

Comprimidos 500 mg/2,5 mg

Os comprimidos de Glucovance 500 mg/2,5 mg são oblongos,
biconvexos, revestidos de cor alaranjada com a inscrição “2,5” em
um dos lados.

Comprimidos 500 mg/5 mg

Os comprimidos de Glucovance 500 mg/5 mg são oblongos,
biconvexos, revestidos de cor amarelo escuro com a inscrição “5” em
um dos lados.

Comprimidos 1.000 mg/5 mg

Os comprimidos de Glucovance 1.000 mg/5 mg são oblongos,
biconvexos, revestidos de cor branca a quase branca com a inscrição
“1000” em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Glucovance

M.S. 1.0089.0270

Farmacêutico Responsável:

Alexandre Canellas de Souza
CRF-RJ nº 23277

Merck S.A.

CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro – RJ – CEP 22710-571
Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Glucovance, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.