Pular para o conteúdo

Ezetimiba Legrand

O colesterol é uma das várias substâncias gordurosas encontradas
na corrente sanguínea. O colesterol total é composto principalmente
de colesterol LDL e colesterol HDL.

O colesterol LDL é frequentemente chamado de “mau colesterol’
porque pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas.
Eventualmente, essas placas podem causar estreitamento das
artérias, podendo reduzir ou bloquear o fluxo sanguíneo para órgãos
vitais, como o coração e o cérebro. Esse bloqueio ao fluxo
sanguíneo pode causar ataque cardíaco ou derrame.

O colesterol HDL, por sua vez, é frequentemente chamado de “bom
colesterol’ porque ajuda a evitar o depósito de “mau colesterol’
nas artérias e protege contra doenças do coração.

Outra forma de gordura no sangue que pode aumentar o risco de
doenças do coração são os triglicérides.

Se você tem sitosterolemia, seu médico prescreveu ezetimiba para
reduzir os níveis de esteroides vegetais em seu sangue.

Como o Ezetimiba Legrand funciona?

A ezetimiba age ao reduzir a absorção do colesterol no intestino
delgado, enquanto outros hipolipemiantes como as estatinas e o
fenofibrato diminuem o colesterol de maneira diferente; eles agem
no fígado. Portanto, ezetimiba aumenta o efeito redutor do
colesterol das vastatinas e do fenofibrato.

O colesterol alto pode ser tratado de duas formas
principais

Alterações do Estilo de Vida

Inclui dieta redutora de colesterol, aumento da atividade física
e controle do peso.

Uso de Medicamentos

Medicamentos redutores do colesterol são usados em conjunto com
as alterações do estilo de vida para ajudar a diminuir o
colesterol. Seu médico prescreveu ezetimiba para ajudar a reduzir o
seu colesterol.

Contraindicação do Ezetimiba – Legrand

Pacientes com hipersensibilidade (alérgicos) a ezetimiba ou a
qualquer um de seus componentes não devem utilizar este
produto.

Como usar o Ezetimiba – Legrand

Tome um comprimido de 10 mg por via oral diariamente, em
qualquer horário do dia. A ezetimiba pode ser ingerido com ou sem
alimentos.

Seu médico pode ter falado para você tomar ezetimiba com outros
medicamentos, conhecidos como estatinas, ou com outro medicamento
conhecido como fenofibrato, para ajudálo a controlar melhor seu
colesterol; neste caso, você pode tomar ezetimiba no mesmo horário
em que for tomar o outro medicamento.

Se seu médico prescreveu ezetimiba com colestiramina (um
sequestrante do ácido biliar) ou qualquer outro sequestrante do
ácido biliar, ezetimiba deve ser tomado pelo menos duas horas antes
ou quatro horas depois da ingestão do sequestrante do ácido
biliar.

O Ezetimiba deve ser tomado conforme seu médico orientou.

Continue a tomar outros medicamentos redutores de colesterol, a
menos que seu médico mande você parar.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Ezetimiba Legrand?

Tente tomar ezetimiba conforme prescrito. Entretanto, se
esquecer de tomar uma dose, reinicie o esquema usual tomando um
comprimido por dia.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Ezetimiba – Legrand

É importante que continue a tomar ezetimiba diariamente conforme
prescrito pelo seu médico.

Mesmo tomando medicamentos para tratar o colesterol alto, é
importante que seu colesterol seja medido regularmente. Além disso,
é importante que você conheça seus níveis atuais de colesterol e os
níveis que deve obter.

Problemas Clínicos ou Alergias

Informe ao seu médico quaisquer doenças (incluindo doença
hepática ou problemas hepáticos [relativos ao fígado]) ou alergias
atuais ou passadas.

Interações Medicamentosas

Você deve sempre informar seu médico sobre todos os medicamentos
que estiver tomando ou planeja tomar, incluindo aqueles adquiridos
sem receita médica.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Ezetimiba – Legrand

Nos estudos clínicos, ezetimiba foi em geral bem tolerado. Os
efeitos adversos geralmente foram leves e semelhantes em tipo e
frequência aos efeitos adversos observados em pacientes que
receberam placebo (comprimido que não contém medicamento). Em
geral, os efeitos adversos não provocaram a interrupção do
tratamento com ezetimiba.

Quando ezetimiba foi usado isoladamente, foram relatados
os seguintes efeitos adversos

Comuns

Dor abdominal; diarreia; flatulência (gases); sensação de
cansaço.

Incomuns

Elevações nos exames de sangue da função hepática
(transaminases) ou muscular (CK); tosse; indigestão; azia; náusea;
dor nas articulações; espasmos musculares; dor no pescoço;
diminuição do apetite, dor, dor torácica, sensação de calor,
fogacho; pressão arterial elevada.

Além disso, quando tomado com uma estatina, foram
relatados os seguintes efeitos adversos

Comuns

Elevações nos exames de sangue da função hepática
(transaminases); dor de cabeça; dor, músculos doloridos ou fraqueza
muscular.

Incomuns

Sensação de formigamento; boca seca; coceira; erupção cutânea;
urticária; dor nas costas; fraqueza muscular; dor nos braços e
pernas; cansaço ou fraqueza incomuns; inchaço, especialmente das
mãos e dos pés.

Ao ser utilizado com fenofibratos, o seguinte efeito
adverso foi relatado

Comum

Dor abdominal.

Além disso, foram relatados os seguintes efeitos
adversos no uso geral

Reações alérgicas (que podem exigir tratamento imediato),
incluindo inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta que possa
causar dificuldade para respirar ou engolir, erupções cutâneas,
urticária; erupções avermelhadas elevadas, às vezes em forma de
círculos que parecem alvos; dores musculares; cansaço ou fraqueza
incomuns; alterações em alguns exames laboratoriais de sangue;
problemas no fígado; inflamação no pâncreas; constipação (prisão de
ventre); tontura; sensação de formigamento; depressão; cálculos na
vesícula biliar; inflamação da vesícula biliar.

Procure seu médico imediatamente se sentir dor muscular,
dolorimento ou fraqueza musculares inexplicados enquanto estiver
tomando ezetimiba. Embora raramente, esses problemas musculares
podem ser graves e levar à destruição do músculo e consequente dano
aos rins.

Converse com seu médico sempre que tiver um problema
clínico que julgue estar relacionado a ezetimiba.

Se ezetimiba foi prescrito para ser tomado com uma estatina, seu
médico poderá solicitar exames de sangue de rotina para verificar
sua função hepática antes e depois de iniciar o tratamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Ezetimiba – Legrand

Gravidez e Amamentação

Se estiver grávida ou planeja engravidar, ezetimiba pode não ser
o medicamento correto para você. Se estiver amamentando, ezetimiba
pode passar do seu leite para o seu bebê.

Es

te medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Idosos 

Não há precauções especiais.

Uso pediático

A ezetimiba não é recomendada para crianças com menos de 10 anos
de idade.

Esse medicamento não é recomendado para crianças com
menos de 10 anos de idade.

Dirigir ou Operar Máquinas

Foram relatados efeitos adversos com ezetimiba que podem afetar
sua capacidade de dirigir ou operar máquinas. As respostas
individuais a ezetimiba podem variar.

Composição do Ezetimiba – Legrand

Apresentações

Embalagem contendo 10, 20, 30, 40, 60, 100 (Emb. Frac.) ou 500
(Emb. Hosp.) comprimidos.

Uso adulto.

Uso oral.

Composição

Cada comprimido contém:

Ezetimiba10 mg
Excipiente* q.s.p1 mg

*Lactose monoidratada, celulose microcristalina, povidona,
croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, docusato sódio,
estearato de magnésio, água purificada.

Superdosagem do Ezetimiba – Legrand

Tome ezetimiba apenas conforme prescrito. Se tomar mais
ezetimiba do que o prescrito, entre em contato com seu médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Ezetimiba –
Legrand

Em estudos pré-clínicos, demonstrou-se que a ezetimiba não induz
enzimas de metabolização do citocromo P-450. Não foram observadas
interações farmacocinéticas clinicamente relevantes entre a
ezetimiba e os medicamentos reconhecidamente metabolizados pelos
citocromos P-450 1A2, 2D6, 2C8, 2C9 e 3A4 ou
N-acetiltransferase.

A ezetimiba não exerceu efeito sobre a farmacocinética
dos seguintes compostos:

Dapsona, dextrometorfano, digoxina, anticoncepcionais orais
(etinilestradiol e levonorgestrel), glipizida, tolbutamida ou
midazolam durante a coadministração. A cimetidina, coadministrada
com a ezetimiba, não exerceu efeito sobre a biodisponibilidade da
ezetimiba.

Antiácidos:

A administração concomitante de antiácidos reduziu a taxa de
absorção da ezetimiba, embora não tenha exercido efeito sobre a
biodisponibilidade. Essa redução da taxa de absorção não é
considerada clinicamente relevante.

Colestiramina:

A administração concomitante de colestiramina reduziu a AUC
média da ezetimiba total (ezetimiba + glicuronídeo de ezetimiba) em
aproximadamente 55%. A redução adicional do LDL-C pelo acréscimo da
ezetimiba à colestiramina pode ser minimizada por essa
interação.

Ciclosporina:

Em um estudo que envolveu oito pacientes submetidos a
transplante renal, com clearance de creatinina gt;50
mL/min e que estavam recebendo dose estável de ciclosporina, uma
única dose de 10 mg de ezetimiba resultou em aumento de 3,4 vezes
(variação de 2,3 a 7,9 vezes) da AUC média da ezetimiba total em
comparação com uma população de controle sadia de outro estudo (n=
17). Em um estudo diferente, um paciente submetido a transplante
renal com insuficiência renal grave (clearance de
creatinina de 13,2 mL/min/1,73 m2) que estava recebendo
diversos medicamentos, inclusive ciclosporina, apresentou exposição
12 vezes maior à ezetimiba total em comparação com os controles de
comparação. Em um estudo cruzado de dois períodos, a administração
diária de 20 mg de ezetimiba durante 8 dias com uma única dose de
100 mg de ciclosporina no 7° dia a 20 indivíduos saudáveis
resultou em aumento de 15%, em média, na AUC da ciclosporina
(variação de 10% de redução a 51% de aumento) em comparação a uma
dose única de 100 mg de ciclosporina isoladamente.

Fibratos:

A segurança e a eficácia da ezetimiba coadministrada com
fenofibrato foram avaliadas em um estudo clínico; a coadministração
da ezetimiba com outros fibratos não foi estudada.

Os fibratos podem aumentar a excreção biliar de colesterol,
levando à colelitíase. Em um estudo pré-clínico conduzido em cães,
a ezetimiba aumentou as concentrações de colesterol na vesícula
biliar.

Embora a importância desse achado pré-clínico seja desconhecida
no caso do uso em humanos, a coadministração de ezetimiba com
fibratos (exceto fenofibrato) não é recomendada até que o uso em
pacientes seja estudado.

Fenofibratos:

Em um estudo farmacocinético, a administração concomitante do
fenofibrato aumentou a concentração total de ezetimiba em
aproximadamente 1,5 vezes.

Esse aumento não é considerado clinicamente significativo.

Genfibrozila:

Em um estudo farmacocinético, a administração concomitante de
genfibrozila aumentou a concentração total de ezetimiba em
aproximadamente 1,7 vezes.

Esse aumento não é considerado clinicamente significativo. Não
há dados clínicos disponíveis.

Estatinas:

Não foram observadas interações farmacocinéticas clinicamente
importantes quando a ezetimiba foi coadministrada com
atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, lovastatina,
fluvastatina ou rosuvastatina.

Anticoagulantes:

A administração concomitante de ezetimiba (10 mg em dose única
diária) não apresentou efeito significativo sobre a
biodisponibilidade da varfarina e sobre o tempo de protrombina em
um estudo que incluiu doze adultos saudáveis do sexo masculino.
Houve relatos pós-comercialização de Razão Normalizada
Internacional (International Normalized Ratio – INR) aumentada em
pacientes para os quais ezetimiba foi adicionada à varfarina ou à
fluindiona. A maioria desses pacientes também estava recebendo
outros medicamentos.

Interação Alimentícia do Ezetimiba – Legrand

Não há relatos até o momento.

Ação da Substância Ezetimiba – Legrand

Resultados da eficácia

Hipercolesterolemia Primária

Monoterapia:

Em dois estudos multicêntricos, duplos-cegos, controlados com
placebo, com 12 semanas de duração e que envolveram 1.719 pacientes
com hipercolesterolemia primária, ezetimiba 10 mg reduziu de forma
significativa os níveis de colesterol total, LDL-C, apo B e TG e
aumentou os níveis de HDL-C em comparação com o placebo (Tabela
1).

A redução do LDL–C foi uniforme em todas as idades, sexos,
etnias e níveis basais de LDL-C. Além disso, ezetimiba não exerceu
efeito sobre a concentração plasmática das vitaminas lipossolúveis
A, D e E ou sobre o tempo de protrombina e não comprometeu a
produção de hormônios esteroides adrenocorticais.

Tabela 1: Resposta Média de Pacientes com
Hipercolesterolemia Primária (Alteração % Média em Relação ao
Período Basal) a ezetimiba

aAlteração % mediana em relação ao período basal.

Coadministração com uma Estatina

A ezetimiba Iniciado Concomitantemente com uma
Estatina:

Em quatro estudos multicêntricos, duplos-cegos, controlados com
placebo, com 12 semanas de duração e que envolveram 1.187 pacientes
com hipercolesterolemia, ezetimiba 10 mg foi administrado
isoladamente ou com várias doses de atorvastatina, sinvastatina,
pravastatina ou lovastatina. Em geral, o efeito aumentado sobre a
redução de LDL-C foi independente da dose ou estatina específica
utilizada. Além disso, a redução do LDL-C com ezetimiba
coadministrado com a dose mais baixa testada (10 mg) de qualquer
uma das estatinas foi semelhante ou maior que a redução do LDL-C
observada com a dose mais alta testada da estatina correspondente
administrada isoladamente (Tabela 2).

Tabela 2: Alteração % Média em Relação ao Período Basal
na Concentração Plasmática do LDL-C Calculado para ezetimiba
Administrado com Estatinas.

Em uma análise combinada de ezetimiba + todas as doses de
estatina, ezetimiba exerceu efeito benéfico sobre o colesterol
total, a apo B, os TG e o HDL-C (Tabela 3).

Tabela 3: Análise Combinada da Alteração % Média em
Relação ao Período Basal no Colesterol Total, Apo B, TG e
HDL-C

a Alteração % mediana.

A ezetimiba Adicionado ao Tratamento Preexistente com
Estatina:

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo,
com 8 semanas de duração, 769 pacientes com hipercolesterolemia que
já recebiam monoterapia com estatina e cujos níveis de LDL-C não
atendiam às metas estabelecidas pelo National Cholesterol
Education Program
(NCEP) (meta de LDL-C de 100 a 160
mg/dL, dependendo das características basais) foram distribuídos de
modo randômico para receber ezetimiba 10 mg ou placebo, além do
tratamento já em andamento com estatina.

Entre os pacientes que recebiam estatina e cujos níveis basais
de LDL-C não atendiam à meta (~82%), 72% e 19% dos pacientes
distribuídos de modo randômico para ezetimiba e placebo,
respectivamente, atingiram a meta no final do estudo.

Ezetimiba adicionado ao tratamento preexistente com estatina
reduziu significativamente os níveis de colesterol total, LDL-C,
apo B e TG e aumentou o nível de HDL-C em comparação com o placebo
(Tabela 4). A redução de LDL-C foi uniforme entre todas as
estatinas.

Tabela 4: Resposta Média de Pacientes com
Hipercolesterolemia (Alteração % Média em Relação ao Período Basal)
à Adição de ezetimiba ao Tratamento Preexistente com
Estatinaa

a Porcentagens de pacientes que recebiam cada
estatina: 40% atorvastatina, 31% sinvastatina, 29% outras
(pravastatina, fluvastatina, cerivastatina, lovastatina).
b Alteração % mediana em relação ao período basal.
c Alteração do LDL-C a partir do período basal (138
mg/dL e 139 mg/dL para estatina + ezetimiba e estatina + placebo,
respectivamente).

A ezetimiba ou placebo adicionado ao tratamento com estatina
reduziram a proteína C reativa em 10% ou 0% em relação ao período
basal, respectivamente (valores medianos).

Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, com 14 semanas de
duração, 621 pacientes com hipercolesterolemia que recebiam 10
mg/dia de atorvastatina e cujos níveis de LDL-C estavam acima de
130 mg/dL foram distribuídos de modo randômico para receber 20 mg
de atorvastatina ou 10 mg de ezetimiba adicionado ao tratamento com
atorvastatina 10 mg. A dose de atorvastatina poderia ser titulada
até 80 mg no grupo da atorvastatina e até 40 mg no grupo da
coadministração de ezetimiba mais atorvastatina, com base nos
pacientes que não atingiram a meta de LDL-C (lt;100 mg/dL).

A média de LDL-C no período basal era de 187 mg/dL e
aproximadamente 60% dos pacientes apresentavam hipercolesterolemia
familiar heterozigótica (HFHe). Ao final do estudo, houve diferença
significativa na obtenção da meta de LDL-C entre os pacientes que
receberam a coadministração de ezetimiba (22%) e os que receberam
monoterapia com atorvastatina (7%). Na 4a semana houve
diferença significativa nas reduções de LDL-C entre os pacientes
que receberam a coadministração (24%; ezetimiba + atorvastatina 10
mg) e os que receberam monoterapia (9%; atorvastatina 20 mg). No
subgrupo de pacientes com HFHe, foram obtidos resultados
semelhantes em termos de obtenção da meta de LDL-C e de redução dos
níveis de LDL-C.

Em um estudo delineado de forma semelhante que envolveu 100
pacientes com hipercolesterolemia que recebiam 20 mg de
sinvastatina e cujos níveis de LDL-C não atendiam à meta, a adição
de ezetimiba 10 mg associada à titulação das doses da sinvastatina
em comparação com a titulação da sinvastatina isoladamente resultou
em vantagens semelhantes às observadas no estudo da atorvastatina
descrito acima. Por exemplo, foram obtidas diferenças
significativas em relação à obtenção da meta de LDL- C (27% para
ezetimiba + sinvastatina vs. 3% para sinvastatina isoladamente) e à
redução de LDL-C (24% para ezetimiba + sinvastatina vs. 11% para
sinvastatina isoladamente).

Coadministração com Fenofibratos:

Em um estudo clínico multicêntrico, duplo-cego e controlado com
placebo que incluiu pacientes com hiperlipidemia mista, 625
pacientes foram tratados por até 12 semanas e 576 por até 1 ano. Os
pacientes foram distribuídos de forma randômica para receber
placebo, ezetimiba apenas, 160 mg de fenofibrato apenas ou
ezetimiba e 160 mg de fenofibrato.

A ezetimiba coadministrado com fenofibrato diminuiu
significativamente os níveis de colesterol total, LDL-C, apo B e
não-HDL-C em comparação com a administração de fenofibrato apenas.
A redução percentual de TG e o aumento percentual de HDL-C para
ezetimiba coadministrado com fenofibrato foram comparáveis aos da
administração de fenofibrato apenas (Tabela 5).

Tabela 5: Resposta de Pacientes com Hiperlipidemia Mista
(Alteração % Médiaa em relação ao Período Basalb Sem Tratamento em
12 semanas) a ezetimiba e ao Fenofibrato Iniciados
Concomitantemente

a Para triglicérides, alteração % mediana em relação
ao período basal.

b Período basal sem nenhum medicamento
hipolipemiante.

A melhora nos desfechos lipídicos após 1 ano de tratamento foram
compatíveis com os dados de 12 semanas apresentados acima.

Hipercolesterolemia Familiar Homozigótica
(HFHo)

Foi conduzido um estudo para avaliar a eficácia de ezetimiba no
tratamento da HFHo. Nesse estudo duplo-cego, randômico, de 12
semanas de duração, foram admitidos 50 pacientes com diagnóstico
clínico e/ou genotípico de HFHo, submetidos ou não à aférese
concomitante de LDL, que já recebiam atorvastatina ou sinvastatina
(40 mg). Os pacientes foram distribuídos de modo randômico para um
de três grupos de tratamento: atorvastatina ou sinvastatina (80
mg), ezetimiba 10 mg administrado com atorvastatina ou sinvastatina
(40 mg) ou ezetimiba 10 mg administrado com atorvastatina ou
sinvastatina (80 mg). Os resultados são apresentados na tabela 6. A
coadministração de ezetimiba e atorvastatina (40 mg ou 80 mg) ou
sinvastatina (40 mg ou 80 mg) reduziu significativamente o LDL-C em
comparação com a titulação da dose da sinvastatina ou da
atorvastatina em monoterapia (de 40 mg para 80 mg).

Tabela 6: Resposta Média de Pacientes com HFHo
(Alteração % Média em Relação ao Período Basal) a
ezetimiba

Tratamento (Dose Diária)

N

LDL-C

Atorvastatina (80 mg) ou sinvastatina
(80 mg)

17

-7

Ezetimiba + atorvastatina (40 mg,
80 mg) ou sinvastatina (40 mg, 80 mg)

17

-21

Análise de subgrupo:

Ezetimiba + atorvastatina (80 mg) ou sinvastatina (80 mg)

33-27

Sitosterolemia Homozigótica
(Fitosterolemia)

Foi conduzido um estudo para avaliar a eficácia de ezetimiba no
tratamento de sitosterolemia homozigótica. Neste estudo
multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo, com 8 semanas de
duração, 37 pacientes com sitosterolemia homozigótica foram
distribuídos de modo randômico para ezetimiba 10 mg (n= 30) ou
placebo (n= 7). ezetimiba reduziu de forma significativa os dois
principais fitosterois – o sitosterol e o campesterol – em 21% e
24% em relação ao período basal, respectivamente. Em contrapartida,
os pacientes que receberam placebo apresentaram aumento do nível de
sitosterol e de campesterol de 4% e 3% em relação ao período basal,
respectivamente.

Quanto aos pacientes que receberam ezetimiba, a redução dos
níveis de fitosterois foi progressiva ao longo do estudo.

A redução dos níveis de sitosterol e de campesterol foi
consistente entre os pacientes que receberam ezetimiba
concomitantemente com sequestrantes de ácidos biliares (n= 8) e os
pacientes que não receberam esses agentes (n= 21).


Características Farmacológicas

Mecanismo de Ação:

A ezetimiba pertence a uma nova classe de compostos
hipolipemiantes que inibem de forma seletiva a absorção intestinal
de colesterol e de fitosterois relacionados.

A ezetimiba é ativo e potente por via oral e apresenta mecanismo
de ação exclusivo, que difere de outras classes de compostos
redutores do colesterol (por exemplo, estatinas, sequestrantes de
ácidos biliares [resinas], derivados do ácido fíbrico e
fitosterois). A meta molecular da ezetimiba é o transportador de
esterol, Niemann-Pick C1-Like 1 (NPC1L1), responsável pela captação
intestinal de colesterol e de fitosterois.

A ezetimiba localiza-se na borda em escova dos enterócitos do
intestino delgado, onde inibe a absorção do colesterol, promovendo
redução do aporte de colesterol do intestino para o fígado. Isto
leva à redução do estoque de colesterol hepático e ao aumento da
depuração do colesterol sanguíneo. A ezetimiba não aumenta a
excreção de ácido biliar (como os sequestrantes de ácidos biliares)
e não inibe a síntese hepática de colesterol (como as
estatinas).

Em um estudo clínico com duração de 2 semanas que envolveu 18
pacientes hipercolesterolêmicos, ezetimiba inibiu a absorção
intestinal de colesterol em 54% em comparação ao placebo; ao inibir
a absorção do colesterol intestinal, a ezetimiba reduz o aporte de
colesterol para o fígado. As estatinas reduzem a síntese hepática
de colesterol. Juntos, esses mecanismos distintos promovem redução
complementar do colesterol. Administrado com uma estatina,
ezetimiba reduz o colesterol total (C total), o colesterol da
lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), a apolipoproteína B (apo
B) e os triglicérides (TG) e aumenta o colesterol da lipoproteína
de alta densidade (HDL-C) em pacientes com hipercolesterolemia mais
do que cada tratamento isoladamente. A administração de ezetimiba
com fenofibrato é eficaz na melhora dos níveis séricos de
colesterol total, LDL-C, apo B, TG, HDL-C e não-HDL-C em pacientes
com hiperlipidemia mista.

Estudos clínicos demonstram que níveis elevados de colesterol
total, LDL-C e apo B – o principal constituinte proteico da LDL –
promovem a aterosclerose humana. Além disso, níveis reduzidos de
HDL-C estão associados ao desenvolvimento de aterosclerose.

Estudos epidemiológicos estabeleceram que a morbidade e a
mortalidade cardiovasculares variam diretamente conforme o nível de
colesterol total e de LDL-C e inversamente conforme o nível de
HDL-C. A exemplo da LDL, lipoproteínas ricas em TG e enriquecidas
com colesterol, incluindo as lipoproteínas de densidade muito baixa
(VLDL) e as lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) e
remanescentes também podem causar aterosclerose.

Inúmeros estudos pré-clínicos foram realizados para determinar a
seletividade da ezetimiba na inibição da absorção do colesterol. A
ezetimiba inibiu a absorção do [14C]-colesterol sem exercer efeito
sobre a absorção de TG, ácidos graxos, ácidos biliares,
progesterona, etinilestradiol ou vitaminas lipossolúveis A e D.

Farmacocinética

Absorção:

Após administração oral, a ezetimiba é rapidamente absorvida e
extensivamente conjugada a um glicuronídeo fenólico
farmacologicamente ativo (glicuronídeo da ezetimiba), cuja
concentração plasmática máxima (Cmáx) média ocorre em 1
a 2 horas; já para a ezetimiba, essa concentração é atingida em 4 a
12 horas. A biodisponibilidade absoluta da ezetimiba não pode ser
determinada, já que o composto é praticamente insolúvel em meios
aquosos próprios para injeção.

A administração concomitante de alimentos (com altos teores de
gorduras ou sem gordura) não exerceu efeito sobre a
biodisponibilidade oral da ezetimiba presente nos comprimidos de 10
mg de ezetimiba.

A ezetimiba pode ser administrado com ou sem alimentos.

Distribuição:

A ezetimiba e o glicuronídeo da ezetimiba estão 99,7% e 88% a
92% ligados às proteínas plasmáticas de seres humanos,
respectivamente.

Metabolismo:

A ezetimiba é metabolizada principalmente no intestino delgado e
no fígado, por meio da conjugação do glicuronídeo (uma reação de
fase II) e da excreção biliar subsequente. Observou-se metabolismo
oxidativo mínimo (uma reação de fase I) em todas as espécies
avaliadas. A ezetimiba e o glicuronídeo da ezetimiba são os
principais derivados do fármaco detectados no plasma, constituindo
aproximadamente 10% a 20% e 80% a 90% do total,
respectivamente.

Tanto a ezetimiba quanto o glicuronídeo da ezetimiba são
eliminados lentamente do plasma, com evidência de recirculação
êntero-hepática significativa. A meia-vida da ezetimiba e do
glicuronídeo da ezetimiba é de aproximadamente 22 horas.

Eliminação:

Após administração oral de [14C]-ezetimiba 20 mg a
seres humanos, a ezetimiba total respondeu por cerca de 93% da
radioatividade plasmática total. Aproximadamente 78% e 11% da carga
radioativa administrada foi recuperada nas fezes e na urina,
respectivamente, ao longo de um período de coleta de 10 dias. Após
48 horas, os níveis plasmáticos de radioatividade eram
indetectáveis.

Cuidados de Armazenamento do Ezetimiba –
Legrand

Manter o medicamento em temperatura ambiente (15° C a 30°C).
Proteger da luz e conservar em local seco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto do medicamento

A ezetimiba é um comprimido na cor branca, circular, biconvexo e
liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Ezetimiba – Legrand

Registro MS nº. 1.6773.0407

Farm.Resp.:

Dra. Maria Betânia Pereira
CRF – SP nº 37.788

Registrado por:

Legrand Pharma Indústria Farmacêutica LTDA
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08,
Bairro Chácara Assay
CEP 13.186-901 – Hortolândia / SP
CNPJ nº . 05.044.984/0001-26
Indústria brasileira

Fabricado por:

EMS S/A
Hortolândia/SP

Venda sob prescrição médica.

Ezetimiba-Legrand, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.