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Cloridrato de Venlafaxina Torrent

Como Cloridrato de Venlafaxina Torrent
funciona?


O cloridrato de venlafaxina e a O-desmetilvenlafaxina
(metabólito ativo da venlafaxina), são inibidores da recaptação
neuronal de serotonina, norepinefrina e dopamina, ou seja, o
cloridrato de venlafaxina aumenta a quantidade de determinadas
substâncias (serotonina, norepinefrina e dopamina) no sistema
nervoso levando à melhora sintomática dentro das indicações
presentes nessa bula. Tempo estimado para início da ação
terapêutica do medicamento é de 3 a 4 dias.

Contraindicação do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

O cloridrato de venlafaxina não deve ser utilizado por pacientes
alérgicos a qualquer componente da formulação, e, por pacientes
recebendo antidepressivos da classe dos inibidores da
monoaminoxidase (IMAOs), como por exemplo tranilcipromina,
selegilina, rasagilina e linezolida.

O tratamento com o cloridrato de venlafaxina não deve ser
iniciado no período de, no mínimo, 14 dias após a descontinuação do
tratamento com um inibidor da monoaminoxidase (IMAO). O cloridrato
de venlafaxina deve ser descontinuado por, no mínimo, 7 dias antes
do início do tratamento com qualquer inibidor da
monoaminoxidase.

Este medicamento é contraindicado para uso em menores de
18 anos.

Como usar o Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Recomenda-se a administração de Cloridrato de Venlafaxina junto
com alimentos, aproximadamente no mesmo horário todos os dias. As
cápsulas devem ser tomadas inteiras com algum líquido e não devem
ser divididas, trituradas, mastigadas ou dissolvidas, ou podem ser
administradas cuidadosamente abrindo-se a cápsula e espalhando todo
o conteúdo em uma colher de purê de maçã.

Esta mistura de medicamento e alimento deve ser engolida
imediatamente sem mastigar e deve ser seguida de um copo de água
para assegurar que você engoliu todo o medicamento.

Posologia do Cloridrato de Venlafaxina
Torrent


Depressão Maior

A dose inicial recomendada para o cloridrato de venlafaxina é de
75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Os pacientes que não
respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o
aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia.

Transtorno de Ansiedade Generalizada

A dose inicial recomendada para o cloridrato de venlafaxina é de
75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Os pacientes que não
respondem à dose inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o
aumento da dose até, no máximo, 225 mg/dia.

Fobia Social

A dose inicial recomendada para o cloridrato de venlafaxina é de
75 mg, administrada uma vez por dia (1x/dia). Não há evidências de
que doses maiores proporcionem algum benefício adicional.

Transtorno do Pânico

Recomenda-se que a dose de 37,5 mg/dia de cloridrato de
venlafaxina seja usada por 7 dias. Depois, a dose deve ser
aumentada para 75 mg/dia. Os pacientes que não respondem à dose
inicial de 75 mg/dia podem beneficiar-se com o aumento da dose até,
no máximo, 225 mg/dia.

Descontinuando o uso de cloridrato de
venlafaxina

Recomenda-se que o cloridrato de venlafaxina não seja
interrompido bruscamente. A dose deve ser reduzida progressivamente
de acordo com as instruções do seu médico. O período necessário
para descontinuação gradativa pode depender da dose, da duração do
tratamento e de cada paciente individualmente.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal

A dose diária total de cloridrato de venlafaxina deve ser
reduzida em 25% a 50% nos pacientes com insuficiência renal com
taxa de filtração glomerular (TFG) de 10 a 70 mL/min.

A dose diária total de cloridrato de venlafaxina deve ser
reduzida em até 50% nos pacientes em hemodiálise.

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática

A dose diária total de cloridrato de venlafaxina deve ser
reduzida em até 50% em pacientes com insuficiência hepática leve a
moderada. Em alguns pacientes, reduções maiores que 50% podem ser
adequadas.

Uso em Crianças

Não há experiência suficiente com o uso de cloridrato de
venlafaxina em pacientes com menos de 18 anos de idade.

Uso em Idosos

Não há recomendação específica para ajuste da dose do cloridrato
de venlafaxina de acordo com a idade do paciente.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu
médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou
mastigado.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
Cloridrato de Venlafaxina Torrent?


Caso você se esqueça de tomar cloridrato de venlafaxina no
horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose,
pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o
esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome
o medicamento 2 vezes para compensar doses esquecidas. Se você
esquecer uma dose você pode comprometer o resultado do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Recomenda-se que o uso de cloridrato de venlafaxina não seja
interrompido bruscamente. A dose deve ser reduzida progressivamente
de acordo com as instruções do seu médico.

As cápsulas de cloridrato de venlafaxina contêm pequenos
grânulos que liberam o medicamento lentamente no intestino. A parte
destes grânulos que não é absorvida pelo organismo é eliminada e
pode ser vista nas fezes.

Pacientes tratados devem ser apropriadamente monitorados e
atentamente observados quanto à piora clínica e risco de suicídio.
Pacientes, familiares e cuidadores devem ficar alerta e informar ao
médico sobre aparecimento de ansiedade, agitação, ataques de
pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade,
impulsividade, outras alterações incomuns de comportamento, piora
da depressão e ideação suicida, principalmente no início do
tratamento ou durante qualquer alteração de dose.

Embora o uso de venlafaxina não tenha demonstrado intensificar
as alterações mentais e motoras causadas pelo álcool, pacientes
devem evitar consumir bebidas alcoólicas enquanto em tratamento com
venlafaxina.

O cloridrato de venlafaxina deve ser usado com cuidado em
pacientes portadores de insuficiência renal (prejuízo na função dos
rins) ou hepática (prejuízo na função do fígado). Siga
rigorosamente a orientação do seu médico.

Foi observada elevação da pressão arterial em alguns pacientes
usando altas doses de venlafaxina e, por este motivo, deve-se fazer
monitoramento regular da pressão arterial e acompanhamento
médico.

Pode ocorrer midríase (dilatação da pupila) associada ao
tratamento com a venlafaxina. Recomenda-se acompanhamento rigoroso
dos pacientes com pressão intraocular (do olho) elevada ou com
risco de glaucoma (aumento rápido, abrupto, da pressão ocular).

Abuso e dependência

Estudos clínicos não evidenciaram comportamento de busca por
drogas, desenvolvimento de tolerância, ou elevação indevida de dose
da venlafaxina durante o período de uso.

Interações medicamentosas

Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma
quando ele for prescrever uma medicação nova.

O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si
alterando a sua ação, ou da outra, isso se chama interação
medicamentosa.

O uso concomitante (no mesmo período de tempo) de cloridrato de
venlafaxina com medicamentos que aumentam a predisposição ao
sangramento pode aumentar o risco de sangramentos espontâneos.

O uso de cloridrato de venlafaxina com outros medicamentos que
podem aumentar a quantidade de serotonina no organismo (outros
antidepressivos, antipsicóticos, anfetaminas e antagonistas da
dopamina) pode aumentar o risco de aparecimento da síndrome
serotoninérgica (reação do corpo ao excesso de serotonina que se
manifesta por inquietação, alteração do comportamento, rigidez
muscular, aumento da temperatura, aumento da velocidade dos
reflexos e tremores, que pode ser fatal), o uso com cetoconazol
(antifúngico) pode aumentar a quantidade de venlafaxina no sangue.
O uso de cloridrato de venlafaxina com antidepressivos do tipo IMAO
pode levar a reações sérias, com possíveis alterações rápidas dos
sinais vitais e do estado mental. O cloridrato de venlafaxina pode
interferir nos resultados dos testes de urina para avaliar a
presença de substâncias como fenciclidina e anfetaminas.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Atenção:

Este medicamento contém açúcar (sacarose), portanto, deve ser
usado com cautela em portadores de Diabetes.

Pacientes com má absorção de glicose-frutose não devem
tomar este medicamento.

Reações Adversas do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

As reações adversas estão relacionadas abaixo de acordo
com as categorias de frequência:

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes
que utilizam este medicamento):

Insônia, dor de cabeça, tontura, sedação, náusea, boca seca,
constipação, hiperidrose (suor excessivo).

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Diminuição do apetite, sonhos anormais, nervosismo, diminuição
da libido, agitação, anorgasmia (falta de prazer sexual ou
orgasmo), acatisia (incapacidade de se manter quieto), tremor,
parestesia (dormência e formigamento), disgeusia (alteração do
paladar), deficiência visual, distúrbio de acomodação visual,
midríase (pupila dilatada), tinido (zumbido no ouvido), taquicardia
(aceleração dos batimentos cardíacos), palpitação, hipertensão
(pressão alta), ondas de calor, dispneia (falta de ar), bocejos,
diarreia, vômito, erupção cutânea (lesão na pele), prurido
(coceira), suor noturno, hipertonia (aumento da contração
muscular), hesitação urinária, retenção urinária, polaciúria
(aumento da frequência urinária), disfunção erétil, ejaculação
anormal, fadiga, astenia (fraqueza), calafrios, perda de peso,
aumento de peso.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Estado de confusão, mania, hipomania, despersonalização,
alucinação, orgasmo anormal, bruxismo, apatia (ausência de emoção),
síncope (desmaio), mioclonia (espasmos musculares), distúrbio do
equilíbrio, coordenação anormal, discinesia (movimentos
involuntários, principalmente dos músculos da boca, língua e face,
ocorrendo exteriorização da língua e movimentos de um canto a outro
da boca), hipotensão ortostática (diminuição da pressão arterial ao
levantar), hipotensão (pressão baixa), sangramento
gastrointestinal, teste de função hepática anormal, urticária
(alergia de pele), alopecia (perda de cabelo), equimose (manchas
arroxeadas), reação de fotossensibilidade (sensibilidade à luz),
incontinência urinária (dificuldade em controlar a urina),
metrorragia (sangramento vaginal fora do período menstrual),
menorragia (sangramento menstrual excessivo ou prolongado), aumento
do colesterol no sangue, fratura óssea.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento):

Agranulocitose (ausência de células de defesa: neutrófilos,
basófilos e eosinófilos), anemia aplástica (diminuição da produção
de glóbulos vermelhos do sangue), pancitopenia (diminuição de todas
as células do sangue), neutropenia (diminuição de um tipo de célula
de defesa no sangue: neutrófilos), reação anafilática, secreção
inapropriada do hormônio antidiurético (alteração na secreção do
hormônio ADH), hiponatremia (redução da concentração de sódio no
sangue), delírio, síndrome neuroléptica maligna (contração muscular
grave, febre, aceleração dos batimentos do coração, tremor),
síndrome da serotonina (alterações do estado mental, dos movimentos
entre outras), convulsão, distonia (contração involuntária da
musculatura, lenta e repetitiva), glaucoma de ângulo fechado,
torsade de pointes, taquicardia ventricular, fibrilação
ventricular, eletrocardiograma com prolongamento do intervalo QT,
doença pulmonar intersticial, eosinofilia pulmonar, pancreatite
(inflamação no pâncreas), hepatite (inflamação do fígado), Síndrome
de Stevens-Johnson (reação alérgica grave), necrólise epidérmica
tóxica (descamação grave da camada superior da pele), angioedema
(inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente
de origem alérgica), eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas
e ulcerações em todo o corpo), rabdomiólise (destruição das células
musculares).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento):

Trombocitopenia (diminuição das plaquetas do sangue), prolactina
aumentada no sangue, discinesia tardia, hemorragia da mucosa, tempo
de sangramento aumentado.

Os seguintes sintomas foram relatados em associação com
a repentina interrupção ou redução de dose ou retirada de
tratamento:

Hipomania, ansiedade, agitação, nervosismo, confusão, insônia ou
outros distúrbios do sono, fadiga (sensação de cansaço),
sonolência, parestesia (formigamento), tontura, convulsão,
vertigem, cefaleia (dor de cabeça), sintomas de gripe, tinido,
coordenação e equilíbrio prejudicados, tremor, sudorese, boca seca,
anorexia, diarreia, náusea e vômito. Em estudos anteriores à
comercialização, a maioria das reações à interrupção foi leve e
resolvida sem tratamento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Gravidez:

A segurança do uso da venlafaxina durante a gravidez em humanos
ainda não foi estabelecida. O cloridrato de venlafaxina só deve ser
administrado a mulheres grávidas se os benefícios esperados
superarem os riscos possíveis. Se o cloridrato de venlafaxina for
usado durante a gravidez, o recém-nascido deve ser monitorado pelo
médico pelo risco de apresentar complicações.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.

Lactação:

Se você está amamentando ou pretende amamentar, não é
recomendado usar cloridrato de venlafaxina, já que ele é excretado
pelo leite e a segurança deste medicamento para as mulheres e
crianças não é conhecida.

Uso em Idosos:

Não há recomendação específica para ajuste de dose do cloridrato
de venlafaxina de acordo com a idade do paciente.

Capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas:

O cloridrato de venlafaxina pode prejudicar o julgamento, o
raciocínio ou as habilidades motoras. Até que você saiba como o
cloridrato de venlafaxina te afeta, tenha cuidado ao realizar
atividades que requeiram concentração, tais como dirigir ou operar
máquinas.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir
veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.

Composição do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Apresentações

Cápsula dura de liberação prolongada 37,5
mg:

Embalagem com 30 cápsulas.

Cápsula dura de liberação prolongada 75 mg:

Embalagem com 30 cápsulas.

Cápsula dura de liberação prolongada 150
mg:

Embalagem com 30 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Composição

Cada cápsula dura de liberação prolongada de cloridrato
de venlafaxina 37,5 mg contém:

Cloridrato de venlafaxina 42,43 mg.

(Equivalente a 37,5 mg de venlafaxina).

Excipientes:

glóbulos de açúcar, hipromelose, dióxido de silício (coloidal),
talco e etilcelulose.

Cada cápsula dura de liberação prolongada de cloridrato
de venlafaxina 75 mg contém:

Cloridrato de venlafaxina 84,85 mg.

(Equivalente a 75 mg de venlafaxina).

Excipientes:

glóbulos de açúcar, hipromelose, dióxido de silício (coloidal),
talco e etilcelulose.

Cada cápsula dura de liberação prolongada de cloridrato
de venlafaxina 150 mg contém:

Cloridrato de venlafaxina 169,70 mg.

(Equivalente a 150 mg de venlafaxina).

Excipientes:

glóbulos de açúcar, hipromelose, dióxido de silício (coloidal),
talco e etilcelulose.

Superdosagem do Cloridrato de Venlafaxina – Torrent

Recomendam-se medidas gerais de suporte e tratamento
sintomático, além de monitorização do ritmo cardíaco e dos sinais
vitais. Não se recomenda a indução de vômitos quando houver risco
de aspiração. Pode haver indicação para lavagem gástrica caso essa
lavagem seja realizada logo após a ingestão ou em pacientes
sintomáticos. A administração de carvão ativado também pode limitar
a absorção do fármaco. É provável que diurese forçada, diálise,
hemoperfusão e ex-sanguíneo transfusão não apresentem benefícios.
Não são conhecidos antídotos específicos do cloridrato de
venlafaxina.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível.

Interação Medicamentosa do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Inibidores da monoaminoxidase

Foram relatadas reações adversas graves, em pacientes que
interromperam recentemente o tratamento com um inibidor da
monoaminoxidase (IMAO) e iniciaram o tratamento com o Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa), ou que recentemente interromperam a
terapia com o Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) antes do
início do tratamento com um IMAO.

Essas reações incluíram tremores, mioclonia, diaforese, náuseas,
vômitos, rubor, tontura, hipertermia com quadro semelhante à
síndrome neuroléptica maligna, convulsões e óbito.

Medicamentos ativos no Sistema Nervoso Central
(SNC)

O risco do uso do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
em associação a outros medicamentos ativos no SNC ainda não foi
sistematicamente avaliado. Consequentemente, recomenda-se cautela
caso seja necessária a administração concomitante do Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) e desses medicamentos.

Síndrome serotoninérgica

Como com outros agentes serotoninérgicos, a síndrome
serotoninérgica, uma condição potencialmente de risco de vida, pode
ocorrer durante o tratamento com o Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa), particularmente com o uso concomitante de
outros agentes que podem afetar o sistema neurotransmissor
serotoninérgico como os triptanos, os ISRSs*, outros IRSNs**, o
lítio, a sibutramina, fentanila e seus análogos, tramadol,
dextrometorfano, tapentadol, meperidina, metadona, pentazocina ou a
erva de São João (Hypericum perforatum), com medicamentos que
comprometem o metabolismo da serotonina, como os IMAOs, incluindo a
linezolida (um antibiótico que é um IMAO não seletivo reversível) e
azul de metileno, ou com precursores da serotonina, como
suplementos contendo triptofano.

Se o tratamento concomitante do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) com um ISRS*, um IRSN** ou um agonista de
receptor da 5-hidroxitriptamina (triptano) for clinicamente
justificado, recomenda-se observação cuidadosa do paciente,
especialmente no início do tratamento e no caso de aumento da
dose.

O uso concomitante do Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) com precursores da serotonina, como suplementos contendo
triptofano, não é recomendado.

*ISRS = inibidor seletivo da recaptação de serotonina.
**IRSN = inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina.

Medicamentos que prolongam o intervalo QT

O risco de prolongamento do intervalo QTc e/ou de arritmias
ventriculares (por exemplo, torsade de pointes) aumenta
com o uso concomitante de outros medicamentos que prolongam o
intervalo QTc (por exemplo, alguns antipsicóticos e
antibióticos).

Indinavir

Em um estudo de farmacocinética com indinavir, resultou em
diminuição de 28% da da área sob a curva de concentração
versus tempo (AUC) e diminuição de 36% da Cmáx
do indinavir. O indinavir não alterou a farmacocinética do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e da ODV. É
desconhecida a significância clínica desse achado.

Álcool

A administração do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
não aumentou os efeitos psicomotores e psicométricos induzidos pelo
etanol. No entanto, como com todos os medicamentos ativos no SNC,
os pacientes devem ser aconselhados a evitar o consumo de álcool
durante o uso de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa).

Haloperidol

Um estudo farmacocinético com haloperidol mostrou uma diminuição
de 42% no total do clearance oral, um aumento de 70% na
AUC, um aumento de 88% no Cmáx, mas não alterou a
meia-vida. Isto deve ser levado em conta em pacientes tratados com
haloperidol e Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
concomitantemente.

Cimetidina

No estado de equilíbrio, a cimetidina resultou na inibição do
metabolismo de primeira passagem hepática do Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa); no entanto a a cimetidina não teve
nenhum efeito na farmacocinética da ODV. Está previsto que a
atividade global do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
mais ODV aumente apenas discretamente na maioria dos pacientes. Em
idosos e em pacientes com disfunção hepática esta interação pode
ser mais acentuada.

Imipramina

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) não alterou a
farmacocinética da imipramina e da 2-OH-imipramina. No entanto, a
AUC, a Cmáx e a Cmín da desipramina
aumentaram cerca de 35% na presença do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa). A AUC da 2-OH- desipramina aumentou 2,5 vezes e
4,5 vezes. A imipramina não alterou a farmacocinética do Cloridrato
de Venlafaxina (substância ativa) e da ODV. Isso deve ser
considerado para pacientes tratados concomitantemente com
imipramina e Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa).

Cetoconazol

Um estudo farmacocinético com cetoconazol em metabolizadores
extensos (ME) e metabolizadores fracos (MF) do CYP2D6 resultou em
concentrações plasmáticas mais elevadas tanto de Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) quanto de ODV nos indivíduos, após a
administração de cetoconazol. A Cmáx do Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) aumentou em 26% em indivíduos ME e
48% em indivíduos MF. Os valores de Cmáx para ODV
aumentaram em 14% e 29% em indivíduos ME e MF, respectivamente. A
AUC do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) aumentou em 21%
em indivíduos ME e 70% em indivíduos MF. Valores de AUC para ODV
aumentaram em 23% e 33% em indivíduos ME e MF, respectivamente

Metoprolol

A administração concomitante do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) (50mg a cada 8 horas por 5 dias) e metoprolol
(100mg a cada 24 horas por 5 dias) a voluntários saudáveis em um
estudo de interação farmacocinética dos dois medicamentos resultou
em aumento de 30- 40% das concentrações plasmáticas do metoprolol
sem alterar as concentrações plasmáticas do seu metabólito ativo, o
alfa- hidroximetoprolol. O Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) pareceu diminuir o efeito redutor da pressão arterial do
metoprolol nesse estudo em voluntários saudáveis.

A relevância clínica dessa observação em pacientes hipertensos é
desconhecida. O metoprolol não alterou o perfil farmacocinético do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) nem de seu metabólito
ativo, a ODV. Deve-se ter cautela com a administração concomitante
do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) com o
metoprolol.

Risperidona

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) aumentou
aproximadamente de 32% da AUC da risperidona, mas não alterou
significantemente o perfil farmacocinético da porção ativa total
(risperidona mais 9-hidroxirisperidona). A significância clínica
desta interação não é conhecida.

Diazepam

O diazepam não pareceu alterar a farmacocinética do Cloridrato
de Venlafaxina (substância ativa) ou da ODV. O Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) também não apresentou nenhum efeito
sobre a farmacocinética e farmacodinâmica do diazepam ou de seu
metabólito ativo (desmetildiazepam).

Lítio

Não houve alteração da farmacocinética do estado de equilíbrio
do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e ODV
coadministrada na com lítio. O Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) não teve efeito sobre a farmacocinética do
lítio.

Medicamentos com alta taxa de ligação a proteínas
plasmáticas

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) não apresenta
alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas (27%); assim, a
administração de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) a um
paciente que toma outro medicamento com alta taxa de ligação a
proteínas não deve provocar aumento das concentrações livres do
outro medicamento.

Medicamentos metabolizados pelas isoenzimas do citocromo
P450

Os estudos indicam que o Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) é um inibidor relativamente fraco da CYP2D6. O Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) não inibiu in vitro CYP3A4,
CYP1A2 e CYP2C9.

Isto foi confirmado em estudos in vivo com os
seguintes medicamentos:

Alprazolam (CYP3A4), cafeína (CYP1A2), carbamazepina (CYP3A4),
diazepam (CYP3A4 e CYP2C19) e tolbutamida (CYP2C9).

Potencial de outros medicamentos afetarem o Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa)

As vias de metabolização do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) incluem CYP2D6 e CYP3A4. O Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) é primariamente metabolizada no seu
metabólito ativo, ODV, pela enzima CYP2D6 do citocromo P450. CYP3A4
é a via secundária de metabolização quando comparada com CYP2D6 no
metabolismo do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa).

Inibidores de CYP2D6

O uso concomitante de inibidores de CYP2D6 e do Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) pode reduzir a metabolização do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) a ODV, resultando em
aumento das concentrações plasmáticas do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) e decréscimo das concentrações plasmáticas de
ODV. Como Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e ODV são
ambos farmacologicamente ativos, não é necessário ajuste de dose
quando o Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) é
coadministrada com inibidores da CYP2D6.

Inibidores de CYP3A4

O uso concomitante de inibidores de CYP3A4 e do Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) pode aumentar os níveis de
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e de ODV. Portanto,
recomenda-se cautela se o tratamento de um paciente incluir um
inibidor da CYP3A4 e o Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
concomitantemente.

Inibidores de CYP2D6 e CYP3A4

Não foi estudado o uso concomitante do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) com medicamento(s) que potencialmente inibe(m)
tanto a CYP2D6 quanto a CYP3A4, enzimas metabolizadoras primárias
do

Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa). Entretanto, no uso
concomitante se pode esperar um aumento das concentrações
plasmáticas de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa).
Portanto, recomenda-se cautela se o tratamento de um paciente
incluir qualquer agente que produzam inibições simultâneas desses
dois sistemas enzimáticos.

Terapia Eletroconvulsiva

Não há dados clínicos que estabeleçam o benefício da terapia
eletroconvulsiva combinada ao tratamento com Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa).

Interação com medicamentos de testes
laboratoriais

Falso-positivos em urina nos testes de imunoensaio de
fenciclidina (PCP) e anfetaminas têm sido relatados em pacientes
que tomam Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) devido à
falta de especificidade dos testes. Resultados falso-positivos
podem ser esperados durante vários dias após interrupção da
terapêutica com o Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa). Os
testes confirmatórios, tais como cromatografia gasosa /
espectrometria de massa, vão distinguir o Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) de PCP e anfetaminas.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Efexor
XR.

Ação da Substância Cloridrato de Venlafaxina – Torrent

Resultados de Eficácia


Depressão

A eficácia das cápsulas de Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) de liberação prolongada para o tratamento da depressão,
incluindo depressão associada com ansiedade, foi estabelecida em
dois estudos de curto prazo controlados por placebo.

As populações em ambos os ensaios consistiam em pacientes
ambulatoriais atendendo aos critérios DSM III-R ou DSM-IV para
depressão maior.

O primeiro estudo comparou Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) de liberação prolongada 75 a 150mg/dia, Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) de liberação imediata 75 a 150mg/dia
e placebo por 12 semanas. O Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) de liberação prolongada mostrou vantagem significativa com
relação ao placebo iniciando na 2a semana de tratamento
na Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D) e HAM-D
Item Humor Deprimido, na 3a semana na Escala de
Avaliação de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) total, e na
4a semana na Escala de Impressão Clínica Global (ICG)
para Gravidade da Doença. Todas as vantagens foram mantidas até o
final do tratamento.

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) de liberação
prolongada também mostrou vantagem significativa com relação ao
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) de liberação imediata
na 8a e na 12a semana nas escalas HAM-D total
e ICG Gravidade da Doença e na 12a semana para todas as
variáveis de eficácia.

O segundo estudo comparou o tratamento com Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) de liberação prolongada 75 a
225mg/dia e placebo por até 8 semanas. Melhora estatística mantida
com relação ao placebo foi observada na 2a semana para a
escala ICG para Gravidade da Doença, começando na 4a
semana para HAM-D total e MADRS total, e começando na 3a
semana para HAM-D Item Humor Deprimido.

Transtorno de Ansiedade Generalizada

A eficácia das cápsulas de Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) de liberação prolongada como tratamento para Transtorno de
Ansiedade Generalizada (TAG) foi estabelecida em dois estudos de
dose fixa, curto prazo (8 semanas) e controlados por placebo, um
estudo de dose fixa, longo prazo (6 meses) e controlado por placebo
e um estudo de dose flexível, longo prazo (6 meses) e controlado
por placebo em pacientes ambulatoriais que atendem aos critérios
DSM-IV para TAG.

Um estudo de curto prazo que avaliou doses de 75, 150 e
225mg/dia de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) de
liberação prolongada e placebo mostrou que a dose de 225mg/dia
apresentou mais efeito que o placebo no escore total da Escala de
Avaliação de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), nos itens HAM-A de
ansiedade e tensão e a escala ICG. Embora houvesse evidência de
superioridade com relação ao placebo para doses de 75 e 150mg/dia,
estas doses não foram consistentemente eficazes como a dose
maior.

Um segundo estudo de curto prazo que avaliou doses de 75 e
150mg/dia de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) de
liberação prolongada e placebo mostrou que ambas as doses foram
mais eficazes que o placebo em alguns desses mesmos resultados,
entretanto, a dose de 75mg/dia foi consistentemente mais eficaz que
a dose de 150mg/dia. Dois estudos de longo prazo (6 meses), um com
doses de 37,5, 75 e 150mg/dia de Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) de liberação prolongada e outro avaliando doses
de 75 a 225mg/dia, mostraram que doses de 75mg ou superior foram
mais eficazes que placebo na HAM-A total,ambos os itens de HAM-A
ansiedade e tensão, e na escala ICG após tratamento de curto prazo
(semana 8) e longo-prazo (mês 6).

Referências:

1 Feighner J, Entsuah A, McPherson
M. Efficacy of once-daily venlafaxine extended release (XR) for
symptoms of anxiety in depressed outpatients. J Affect Disord.
1998;47:55-62.
2 Cunningham LA, for the Venlafaxine XR 208 Study Group. Once-daily
venlafaxine extended release (XR) and venlafaxine immediate release
(IR) in outpatients with major depression. Ann Clin Psychiatry.
1997;9(3):157-64.
3 Thase ME, for the Venlafaxine XR 209 Study Group. Efficacy and
tolerability of once-daily venlafaxine extended-release (XR) in
outpatients with major depression. J Clin Psychiatry.
1997;58(9):393-8.
4 Hamilton MA. A rating scale for depression. J Neurol Neurosurg
Psychiatry 1960;23:56-62.
5 Montgomery SA, Asberg M. A new depression scale designed to be
sensitive to change. Br J Psychiatry. 1979;134:382-9.
6 Guy W. ECDEU Assessment Manual for Psychopharmacology, Revised.
DHEW Pub. No. (ADM) 76-338. Rockville, MD: National Institutes of
Mental Health, 1976;217-222.
7 Derivan A, Haskins T, Rudolph R, Pallay A, Aguiar L, for the
Venlafaxine XR 210 Study Group. Double-blind, placebo-controlled
study of once daily venlafaxine XR in outpatients with generalized
anxiety disorder (GAD). Proceedings of the American Psychiatric
Association Annual Meeting; June 1998;Toronto,Ontario.
8 Davidson J, DuPont R, Hedges D, Haskins T. Efficacy, safety, and
tolerability of venlafaxine extended release and buspirone in
outpatients with generalized anxiety disorder. J Clin Psychiatry
1999;60:528-535.
9 Jokela H, Karkkainen J, Pekkarinen H, et al. A double-blind,
placebo-controlled, parallel-group, dose-ranging study of
venlafaxine extended-release capsules in outpatients with general
anxiety disorder: final report (Protocol 0600B2-378-EU).
Wyeth-Ayerst Laboratories GMR-31786, 1997.
10 Hackett D, Parks V, Salinas E, for the Venlafaxine XR 378 Study
Group. A 6-month evaluation of 3 dose levels of venlafaxine
extended-release in non-depressed outpatients with generalized
anxiety disorder. Proceeding from the Annual Meeting of the Anxiety
Disorders Association of America; March 26, 1999; San Diego,
CA.
11 Cunningham LA, for the Venlafaxine XR 208 Study Group.
Once-daily venlafaxine extended release (XR) and venlafaxine
immediate release (IR) in outpatients with major depression. Ann
Clin Psychiatry 1997;9(3):157-64.
12 Haskins JT, Rudolph R, Aguiar L, Entsuah R, Salinas E, for the
Venlafaxine XR 218 Study Group. Venlafaxine XR is an efficacious
short- and long-term treatment for generalized anxiety disorder.
Proceedings from the Annual Meeting of the Anxiety Disorders
Association of America; March 26, 1999; San Diego, CA.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Efexor
XR.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e a
O-desmetilCloridrato de Venlafaxina (substância ativa) (ODV), seu
metabólito ativo, são inibidores potentes da recaptação neuronal de
serotonina e norepinefrina e inibidores fracos da recaptação da
dopamina. Acredita-se que a atividade antidepressiva do Cloridrato
de Venlafaxina (substância ativa) esteja relacionada à
potencialização da atividade neurotransmissora no Sistema Nervoso
Central (SNC). O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e a
ODV não têm afinidade significante in vitro por receptores
muscarínicos, histaminérgicos ou α1-adrenérgicos. A atividade
nesses receptores está potencialmente relacionada com vários
efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados
com outros medicamentos psicotrópicos.

Em modelos pré-clínicos com roedores, o Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) demonstrou atividade preditiva de
ações ansiolíticas e antidepressivas e propriedades de
aprimoramento cognitivo.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após a administração de Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) cápsulas de liberação controlada, as concentrações
plasmáticas máximas de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
e ODV foram alcançadas em 5,5 e 9 horas, respectivamente.

Distribuição

As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e da ODV são atingidas
em 3 dias de tratamento em dose múltipla com Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) de liberação imediata. Ambas
apresentam cinética linear no intervalo de dose de 75 a 450mg/dia
após administração a cada 8 horas. As respectivas taxas de ligação
às proteínas plasmáticas humanas do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) e da ODV são de aproximadamente 27% e
30%.

Como essa ligação não depende das respectivas concentrações do
fármaco até 2.215 e 500 ng/mL, tanto o Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) como a ODV apresentam baixo potencial de
interações medicamentosas significantes que envolvem deslocamento
do fármaco das proteínas séricas. O volume de distribuição do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) no estado de
equilíbrio é de 4,4 + 1,9 L/kg após a administração
intravenosa.

Metabolismo

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) sofre extenso
metabolismo hepático. Estudos in vitro e in vivo
indicam que o Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) é
biotransformada no seu principal metabólito ativo, a ODV, pela
isoenzima CYP2D6 do P450. Estudos in vitro e in
vivo
indicam que o Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) é metabolizada em um metabólito secundário, menos ativo, a
N-desmetilCloridrato de Venlafaxina (substância ativa), pela
CYP3A4.

Embora a atividade relativa da CYP2D6 possa ser diferente entre
os pacientes, não há necessidade de modificação do esquema
posológico do Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa). A
exposição ao fármaco (AUC) e a variação nos níveis plasmáticos do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e da ODV foram
equivalentes após a administração de doses diárias iguais em
esquemas duas vezes ao dia ou três vezes ao dia de Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) de liberação imediata.

Eliminação

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e seus
metabólitos são excretados principalmente pelos rins.
Aproximadamente 87% da dose de Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) é recuperada na urina em até 48 horas tanto como
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) inalterada (5%), ODV
não conjugada (29%), ODV conjugada (26%) ou outros metabólitos
secundários inativos (27%).

Efeito dos alimentos

Os alimentos não exercem efeito significante sobre a absorção do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) ou a formação da
ODV.

Pacientes com insuficiência hepática

Ocorre alteração significante da disposição farmacocinética do
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e da ODV em alguns
pacientes com cirrose hepática compensada (dano hepático moderado)
após dose única oral de Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa). Em pacientes com insuficiência hepática, os valores da
depuração plasmática média do Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) e da ODV diminuem em aproximadamente 30% a 33%, e de
meia-vida média de eliminação aumentam 2 vezes ou mais em
comparação aos indivíduos normais.

Em um segundo estudo, o Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) foi administrada por via oral e por via intravenosa em
indivíduos normais (n = 21) e indivíduos Child-Pugh A (n = 8) e
Child-Pugh B (n = 11), insuficiência hepática leve e moderada,
respectivamente. A biodisponibilidade por via oral aproximadamente
dobrou em pacientes com insuficiência hepática em comparação aos
indivíduos normais. Nos pacientes com insuficiência hepática, a
meia-vida de eliminação do Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) oral foi aproximadamente duas vezes maior e o
clearance por via oral foi reduzido em mais da metade em
comparação aos indivíduos normais.

Em pacientes com insuficiência hepática a meia-vida de
eliminação da ODV oral foi prolongada em cerca de 40% ao passo que
o clearance da ODV foi semelhante ao de indivíduos
normais. Observou-se um grau elevado de variabilidade
interindividual.

Pacientes com insuficiência renal

As meias-vidas de eliminação do Cloridrato de Venlafaxina
(substância ativa) e da ODV aumentaram com o grau de
comprometimento da função renal. A meia-vida de eliminação aumentou
em aproximadamente 1,5 vezes em pacientes com insuficiência renal
moderada e por aproximadamente 2,5 e 3 vezes em pacientes com
doença renal em estágio terminal.

Estudos em idade e sexo

Uma análise de farmacocinética populacional com 404 pacientes
tratados com Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) de
liberação imediata em dois estudos com esquemas de administração de
duas vezes ao dia e três vezes ao dia demonstrou que os níveis
plasmáticos mínimos de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa)
ou ODV, normalizados pela dose, não foram alterados por diferenças
de idade ou sexo.

Dados pré-clínicos de segurança

Carcinogênese

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) foi administrada
por gavagem a camundongos por 18 meses em doses de até 120mg/kg por
dia, 1,7 vezes a dose humana máxima recomendada em uma
relaçãomg/m2. O Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa) também foi administrada a ratos por gavagem por 24 meses em
doses de até 120mg/kg por dia.

Em ratos que receberam a dose de 120mg/kg, as concentrações
plasmáticas de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) na
necropsia eram 6 vezes (ratos fêmeas) e 1 vez (rato macho) e as
concentrações plasmáticas de pacientes que receberam a dose humana
máxima recomendada. Os níveis plasmáticos de ODV foram inferiores
em ratos quando comparados aos pacientes que receberam a dose
máxima recomendada.

Tumores não foram aumentados pelo tratamento com Cloridrato de
Venlafaxina (substância ativa) em camundongos ou ratos.

Mutagenicidade

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) e ODV não foram
mutagênicas no teste de Ames de mutação reversa com a bactéria
Salmonella ou teste de ovário de hamster chinês/hipoxantina guanina
fosforibosil transferase (HGPRT) de mutação genética de célula de
mamíferos. O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) também
não foi mutagênica ou clastogênica no ensaio in vitro
BALB/c-3T3 de transformação de célula de camundongo, no teste de
troca entre cromátides irmãs em cultura de células de ovários de
hamster chinês, ou teste in vivo de aberração cromossômica
em medula óssea de ratos. A ODV não foi clastogênica no ensaio
in vitro de aberração cromossômica em células de ovários
de hamster chinês, ou em ensaio in vivo de aberração
cromossômica em medula óssea de ratos.

Prejuízo à fertilidade

Os estudos de reprodução e fertilidade em ratos não mostraram
nenhum efeito sobre a fertilidade masculina ou feminina em doses
orais de até 8 vezes a dose humana máxima recomendada diariamente,
em uma base demg/kg, ou de até 2 vezes numa base
demg/m2.

Observou-se redução da fertilidade em um estudo em que ratos
machos e fêmeas foram expostos ao principal metabólito de
Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) (ODV). Esta exposição
a ODV foi aproximadamente 2 a 3 vezes a da dose humana de 225mg/dia
de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa). A relevância desta
descoberta sobre humanos é desconhecida.

Teratogenicidade

O Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) não causou
malformações na prole de ratos ou coelhos quando administrada em
doses até 11 vezes (ratos) ou 12 vezes (coelhos) a dose humana de
375mg/dia de Cloridrato de Venlafaxina (substância ativa) em uma
base demg/kg, ou 2,5 vezes (ratos) e 4 vezes (coelhos) a dose
humana de 375mg/dia de Cloridrato de Venlafaxina (substância
ativa), em uma relaçãomg/m2.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Efexor
XR.

Cuidados de Armazenamento do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos

Cloridrato de venlafaxina 37,5 mg:

Cápsulas de gelatina dura tamanho 4 de cor pêssego/pêssego
translúcido, contendo pellets branco a quase branco.

Cloridrato de venlafaxina 75 mg:

Cápsulas de gelatina dura tamanho 2 de cor amarela/amarelo
translúcido, contendo pellets branco a quase branco.

Cloridrato de venlafaxina 150 mg:

Cápsulas de gelatina dura tamanho 0 de cor laranja/ laranja
translúcido, contendo pellets branco a quase branco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Cloridrato de Venlafaxina –
Torrent

MS – 1.0525.0068.

Farmacêutica Responsável:

Dra. Helena S. Komatsu.
CRF-SP nº 19.714.

Fabricado por:

Torrent Pharmaceuticals Ltd.
Indrad- Índia.

Ou

Fabricado por:

Torrent Pharmaceuticals Ltd.
Baddi- Índia.

Ou

Fabricado por:

Torrent Pharmaceuticals Ltd.
Baddi- Índia.

Embalado por:

Torrent Pharmaceuticals Ltd.
Indrad- Índia.

Importado por:

Torrent do Brasil Ltda.
Av. Tamboré, 1180 – Módulos A4, A5 e A6.
Barueri – SP.
CNPJ 33.078.528/0001-32.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da
receita.

Cloridrato-De-Venlafaxina-Torrent, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.