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Busilvex

Em adultos, Busilvex® é usado em combinação com a
ciclofosfamida.

Em recém-nascidos, crianças e adolescentes, Busilvex®
é usado em combinação com a ciclofosfamida ou melfalano.

Receberá este medicamento como preparação, antes de fazer um
transplante de medula óssea ou de células progenitoras
hematopoiéticas.

Como o Busilvex funciona?


Busilvex® contém a substância bussulfano que pertence
a um grupo de medicamentos denominados agentes alquilantes. O
Busilvex® destrói a medula óssea original antes do
transplante.

Obtém-se uma disponibilidade completa e imediata da dose, após a
perfusão intravenosa de bussulfano.

Contraindicação do Busilvex

Este medicamento não deve ser utilizado em caso
de:

  • Hipersensibilidade ao bussulfano ou a qualquer outro componente
    do medicamento, como por exemplo: reações na pele (eritemas,
    afecções de pigmentação, prurido, descamação da pele), dificuldades
    de respiração, inchaço da face.
  • Gravidez ou suspeita de gravidez pois pode haver risco de
    malformação.

Gravidez e Lactação

Possíveis problemas futuros que possam ocorrer com o uso
de Busilvex®

Fertilidade:

O bussulfano pode danificar a fertilidade. Portanto, os homens
tratados com Busilvex® são aconselhados a não conceberem
filhos durante o tratamento e até 6 meses após o mesmo; e a
aconselharem-se sobre a crioconservação de esperma antes do
tratamento, dada a possibilidade de infertilidade irreversível,
durante o tratamento com Busilvex®. Nas meninas
pré-adolescentes, o tratamento com bussulfano impede o início da
puberdade, devido a insuficiência ovariana.

Não existem estudos adequados e bem controlados, tanto em
relação ao bussulfano, como em relação ao componente DMA
(dimetilacetamida), em mulheres grávidas. Foram referidos alguns
casos de anomalias congênitas com doses orais baixas de bussulfano,
não necessariamente atribuíveis ao fármaco, e a exposição no
terceiro trimestre pode estar associada à alteração do crescimento
intra-uterino. Em doentes do sexo masculino foram referidas
impotência, esterilidade, azoospermia e atrofia testicular.

Busilvex® (bussulfano) é um medicamento
classificado na categoria X de risco de gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas. Ele provoca anomalias fetais, sendo o risco ao feto maior
do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento é contraindicado durante o aleitamento,
pois é excretado no leite humano e pode causar reações indesejáveis
no bebê. Seu médico ou cirurgião-dentista deve apresentar
alternativas para o seu tratamento ou para a alimentação do
bebê.

Como usar o Busilvex

A dose deve ser calculada por seu médico de acordo com o seu
peso corporal.

Em adultos

Busilvex® em combinação com
ciclofosfamida

A dose recomendada de Busilvex® é 0,8 mg /kg de peso
corporal. Cada perfusão deverá ter a duração de 2 horas.
Busilvex® deverá ser administrado de 6 em 6 horas,
durante 4 dias consecutivos, antes do transplante.

Em recém-nascidos, crianças e adolescentes (0 aos 17
anos)

A dose recomendada de Busilvex® na combinação com
ciclofosfamida ou melfalano é baseado no peso corporal variando
entre 0,8 e 1,2 mg/kg.

Método de administração

O Busilvex® deve ser administrado por um profissional
de saúde qualificado, por perfusão intravenosa central, após a
diluição de cada frasco para injetáveis. Cada perfusão deverá ter a
duração de 2 horas.

O Busilvex® deverá ser administrado de 6 em 6 horas,
durante 4 dias consecutivos, antes do transplante.

Terapêutica antes de receber
Busilvex®

Antes de receber o Busilvex®, deverá ser
utilizado

  • Fármacos anticonvulsivantes a fim de prevenir as convulsões
    (fenitoina ou benzodiazepínicos);
  • Fármacos antieméticos (ondansetrona e granisetrona) para evitar
    os vômitos (sejam estes agudos ou tardios).

Frequência de administração

A frequência de administração deverá ser determinada pelo seu
médico.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Busilvex?


Considerando as características de administração do
Busilvex®, não há possibilidade de você esquecer uma
dose.

Em caso de dúvidas procure orientação do seu
médico.

Precauções do Busilvex

O Busilvex® é um medicamento citotóxico potente, que provoca uma
enorme redução de células sanguíneas. Na dose recomendada este é o
efeito desejado. Por isso deve ser cuidadosamente monitorizado.

É possível que o uso de Busilvex® possa aumentar o risco de
sofrer de outros problemas no futuro.

Este medicamento deve ser usado exclusivamente por via
intravenosa.

Advertências do Busilvex


Deverá avisar ao seu médico se:

  • Tiver problemas de fígado, rim, coração ou pulmão;
  • Tiver histórico de convulsões;
  • Se estiver atualmente, tomando outros medicamentos.

Podem ocorrer casos de formação de coágulos sanguíneos nos vasos
sanguíneos pequenos após o transplante de células hematopoiéticas
(TCH) com doses elevadas do seu tratamento em combinação com outros
medicamentos.

Pode não ser possível engravidar (infertilidade) após o
tratamento com o bussulfano. Se pensar em ter filhos, deve discutir
esse assunto com o seu médico, antes do tratamento.

O Busilvex® pode também provocar sintomas de
menopausa e pode impedir o início da puberdade, em meninas
pré-adolescentes.

Os homens tratados com Busilvex® são aconselhados a
não conceberem filhos durante o tratamento e até 6 (seis) meses
após o mesmo.

Reações Adversas do Busilvex

Assim como qualquer medicamento, Busilvex® poderá
apresentar efeitos colaterais, embora não em todos os
pacientes.

Ao usar este medicamento, caso desenvolva um dos
sintomas descritos a seguir, você deverá imediatamente comunicar ao
seu médico:

Efeitos secundários graves

O mais grave dos efeitos secundários do tratamento com Busilvex®
ou do método de transplante pode incluir uma diminuição no número
de células do sangue circulante (efeito desejável do medicamento
para preparar a sua perfusão de transplante), infecção, afecções
hepáticas incluindo bloqueio da veia hépatica (problema com o seu
fígado como obstrução da veia o que impede o fluxo de sangue para
fora do fígado), doença de transplante versus receptor (o
transplante ataca o seu organismo) e complicações pulmonares. O seu
médico deverá monitorar as suas contagens sanguíneas e as enzimas
hepáticas (teste para verificação das funções normais do fígado)
regularmente, de forma a detectar e acompanhar estes efeitos.

Efeitos secundários muito comuns: gt;1/10 (gt;10%)
(ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento

Sangue

Redução de células sanguíneas circulantes (vermelhas e brancas)
e plaquetas.

Infecções Sistema nervoso

Insônia, ansiedade, vertigens e depressão.

Nutrição

Perda de apetite, redução de valores sanguíneos de magnésio,
cálcio, potássio, e fosfato e albumina e aumento do açúcar no
sangue.

Cardíacos

Aumento da frequência cardíaca, aumento ou redução da pressão
arterial, vasodilatação (estado de aumento de calibre dos vasos
sanguíneos) e coágulos sanguíneos.

Respiratório

Respiração ofegante, secreção nasal (rinite), dor de garganta,
tosse, soluços, hemorragias nasais, sons respiratórios
anormais.

Gastrointestinais

Náusea, inflamação da mucosa oral, vômitos, dor abdominal,
diarréia, obstipação (constipação), pirose (azia) e desconforto
anal, líquido no abdômen.

Hépaticos

Aumento do tamanho do fígado, icterícia (coloração amarelada da
pele ou do branco dos olhos), bloqueio de uma veia do fígado.

Pele

Eritema (vermelhidão), prurido (coceira), perda de cabelo.

Músculo e osso

Dores nas costas, nos músculos e articulações.

Renal

Aumento da eliminação de creatinina, desconforto ao urinar, e
diminuição do débito urinário (da quantidade urinária) e presença
de sangue na urina.

Geral

Febre, dor de cabeça, fraqueza, arrepios, dor, reação alérgica,
edema (inchaço do tecido como resultado do excesso de acúmulo de
água), dor geral ou inflamação no local da injeção, dor no peito,
inflamação de mucosa.

Exames complementares de diagnóstico

Aumento de enzimas hepáticas (teste para verificação das funções
normais do fígado) aumento de peso.

Efeitos secundários comuns: gt;1/100 e lt; 1/10 (gt; 1%
e lt; 10%) (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento

Sistema nervoso

Confusão, doenças do sistema nervoso.

Nutrição

Redução de sódio no sangue.

Cardíaco

Alteração e anomalias do ritmo cardíaco, retenção líquida ou
inflamação ao redor do coração, redução do débito cardíaco.

Respiratório

Aumento do ritmo respiratório, insuficiência respiratória,
hemorragias alveolares (sangramento nos pulmões), asma, colapso de
pequenas partes do pulmão, fluido ao redor do pulmão.

Gastrointestinal

Inflamação da mucosa do esôfago, paralisia intestinal, vômitos
com sangue.

Pele

Alteração da cor da pele, vermelhidão da pele, descamação da
pele.

Renal

Aumento da quantidade de componentes de azoto (nitrogênio) na
circulação sanguínea, insuficiência renal moderada, doença
renal.

Efeitos secundários incomuns: gt;1/1.000 e lt; 1/100
(gt; 0,1% e lt; 1%) (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento

Sistema nervoso

Delírio, nervosismo, alucinações, agitação, função cerebral
alterada, hemorragia cerebral e convulsões.

Cardíaco

Trombose da artéria femoral (coágulo de sangue em um grande vaso
na sua perna), trombose, batimentos extra-cardíacos (batimentos
cardíacos anormais), redução da frequência cardíaca, perda difusa
de líquido dos capilares (de fluidos capilares) (pequenos vasos
sanguíneos).

Respiratório

Diminuição do oxigênio no sangue.

Gastrointestinais

Hemorragias intestinais e/ou de estômago.

Desconhecido (a frequência não pode ser calculado a
partir dos dados disponíveis)

  • Disfunção das glândulas sexuais.
  • Afeções do cristalino incluindo opacificação do cristalino do
    olho (catarata) e visão turva (diminuição da espessura da
    córnea).
  • Sintomas de menopausa e infertilidade feminina.
  • Abcesso cerebral, inflamação na pele, infeção
    generalizada.
  • Doenças do fígado.
  • Aumento da lactato desidrogenase no sangue.
  • Aumento do ácido úrico e da ureia no sangue.
  • Desenvolvimento incompleto dos dentes.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Busilvex

Gravidez e Lactação

O medicamento Busilvex® (bussulfano) não deve ser
usado durante a gravidez ou se pensar que possa estar grávida.

Caso ocorra gravidez durante o tratamento, peça imediatamente
conselho ao seu médico.

As mulheres têm que parar de amamentar antes de iniciarem o
tratamento com o Busilvex®.

Mulheres em idade fértil devem usar métodos anticoncepcionais
eficazes durante o tratamento e até 6 (seis) meses após o
mesmo.

Precaução contraceptiva adequada deve ser usada quando cada
parceiro estiver recebendo Busilvex®.

Busilvex® (bussulfano) é um medicamento
classificado na categoria X de risco de gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas. Ele provoca anomalias fetais, sendo o risco ao feto maior
do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento é contraindicado durante o aleitamento,
pois é excretado no leite humano e pode causar reações indesejáveis
no bebê. Seu médico ou cirurgião-dentista deve apresentar
alternativas para o seu tratamento ou para a alimentação do
bebê.

Composição do Busilvex

Cada 1 mL da solução contém:

6 mg de bussulfano.

Excipientes:

macrogol, dimetilcetamida.

Após diluição:

Um mL de solução contém 0,5 mg de bussulfano.

Apresentação do Busilvex


Busilvex® 6 mg/mL concentrado para solução para
perfusão é fornecido em frascos-ampolas para injetáveis incolores,
contendo cada um 60 mg de bussulfano.

Quando diluído Busilvex® é uma solução límpida e
incolor.

Caixa com 8 frascos-ampolas, com 10 mL de solução cada
frasco-ampola.

Via infusão intravenosa.

Uso adulto e pediátrico.

Cuidado: Agente citotóxico.

Superdosagem do Busilvex

Não existe antídoto conhecido para o Busilvex® a não
ser o transplante de células progenitoras hematopoiéticas. Na
ausência de transplante de células progenitoras hematopoiéticas, a
dose recomendada de Busilvex® constituirá uma
superdosagem de bussulfano. O estado hematológico deverá ser
estritamente monitorizado nestes casos e, devem ser instituídas
fortes medidas de suporte, de acordo com a indicação médica.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações sobre como proceder.

Interação Medicamentosa do Busilvex

O Busilvex® pode interagir com outras drogas.

Recomenda-se especial cuidado se estiver tomando itraconazol e
metronidazol (usado para certo tipo de infecções) ou cetobemidona
(analgésico), pois podem aumentar os efeitos secundários.

O uso do paracetamol durante as 72 horas anteriores à
administração de Busilvex® ou com uso de
Busilvex® deve ser feito com precaução.

Informe ao seu médico ou farmacêutico se estiver tomando
ou se tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo
aqueles obtidos sem receita médica.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Busilvex

Resultados de eficácia

Todos os resultados dos ensaios clínicos de Bussulfano
(substância ativa) realizados em adultos e crianças demonstram a
segurança e eficácia do medicamento.

Os parâmetros farmacológicos dos estudos OMC-BUS-3, OMCBUS- 4 e
F60002 IN 101 G0 encontram-se descritos a seguir.

No estudo OMC-BUS-3 foram utilizados 42 pacientes com a faixa
etária entre 18 a 60 anos de idade e no estudo OMC-BUS-4 foram
utilizados 62 pacientes com a faixa etária entre 20 a 63 anos de
idade.

No estudo F60002 IN 101 G0 foram utilizados 55 pacientes com a
faixa etária entre 7 a 15 anos de idade (autólogo) e entre 3 a 17
anos de idade (alogênico).

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico:

Sulfonatos de alquilo, codigo.

ATC:

L01AB01.

Bussulfano (substância ativa) é um agente citotóxico potente e
um agente alquilante bifuncional. Em meio aquoso, a liberação dos
grupos metanosulfonatos produzem íons de carbono que podem alquilar
o DNA, o que é um importante mecanismo biológico para o seu efeito
citotóxico.

Ensaios clínicos em adultos:

A documentação sobre a segurança e a eficácia do Bussulfano
(substância ativa) em combinação com a ciclofosfamida no regime
BuCy2, antes do TCPH convencional alogênico e/ou autólogo, deriva
de dois ensaios clínicos (OMC-BUS-4 e OMC-BUS-3).

Foram realizados dois estudos prospectivos de fase II não
controlados, em doentes com doenças do sistema hematológico, a
maioria dos quais, em estado avançado.

As doenças incluídas foram a leucemia aguda após a primeira
remissão, no primeiro relapso ou relapsos subsequentes, na primeira
remissão (alto risco), ou insucessos de indução; leucemia mielóide
crônica em fase crônica ou avançada; doença de Hodgkin refratária
primária ou recidiva resistente ou linfoma não-Hodgkin, e doença
mielodisplástica.

Os doentes receberam doses de 0,8 mg/kg de Bussulfano
(substância ativa), de 6 em 6 horas, por perfusão, num total de 16
doses, seguidas de 60 mg/kg de ciclofosfamida, uma vez por dia,
durante dois dias.

Nestes estudos, os parâmetros de eficácia primária foram a
mieloablação, o enxerto, a recidiva e a sobrevivência.

Em ambos os estudos, todos os doentes foram tratados com um
regime de dose de Bussulfano (substância ativa) de 16/16. Não houve
doentes em que o tratamento foi descontinuado devido a reações
adversas relacionadas com o Bussulfano (substância ativa) .Todos os
doentes apresentaram uma profunda mielosupressão.

O tempo para a contagem de neutrófilos absoluta (CNA) superior a
0,5x 106/L foi de 21 dias foi de 13 dias (variação 9-29 dias) nos
doentes alogênicos (OMC-BUS 4), e 10 dias (variação 8-19 dias) nos
doentes autólogos (OMC-BUS 3). Todos os doentes avaliados foram
transplantados. Não houve rejeição primária, nem secundária ao
transplante. A mortalidade geral e mortalidade não-recidiva ao dia
+ 100 pós-transplante foi de 13% (8/61) e de 10% (6/61) nos doentes
alotransplantados, respectivamente. Durante o mesmo período não se
registraram mortes nos receptores autólogos.

Ensaios clínicos em doentes pediátricos:

A documentação sobre a segurança e a eficácia do Bussulfano
(substância ativa) em combinação com a ciclofosfamida no regime
BuCy4 ou com melfalano no regime BuMel, antes do TCPH convencional
alogênico e/ou autólogo, deriva do ensaio clínico F60002 IN 101
G0.

Os doentes receberam a dosagem mencionada na seção Posologia e
modo de administração.

Todos os doentes apresentaram uma profunda mielosupressão.O
tempo para a contagem de neutrófilos absoluta (CNA) superior a 0,5x
106/L foi de 21 dias (variação 12-47 dias) nos doentes alogênicos,
e 11 dias (variação 10-15 dias) nos doentes autólogos.

Todas as crianças avaliadas foram transplantadas. Não houve
rejeição primária e nem secundária ao transplante; 93% dos doentes
alogênicos mostraram quimerismo completo. Não ocorreu morte
relacionada com o regime durante os primeiros 100 dias após o
transplante, nem até um ano após o transplante.

Propriedades farmacocinéticas

Foi estudada a farmacocinética do Bussulfano (substância ativa)
. A informação apresentada sobre o metabolismo e a eliminação
baseiam-se no bussulfano oral.

Farmacocinética em adultos

Absorção

A farmacocinética do Bussulfano (substância ativa) concentrado
para solução para perfusão foi estudada em 124 doentes avaliáveis,
após perfusão intravenosa de 2 horas, num total de 16 doses,
durante quatro dias.

Obtém-se uma disponibilidade completa e imediata da dose, após a
perfusão intravenosa de bussulfano. Observou-se uma exposição do
sangue similar ao comparar as concentrações plasmáticas em
doentes
que receberam bussulfano oral e intravenoso, nas doses de 1 mg/kg e
0,8 mg/kg, respectivamente. Através de uma análise farmacocinética
de população realizada em 102 doentes, demonstrou-se existir
uma baixa variabilidade inter (CV=21%) e intra (CV=12%)
doentes relativamente à exposição ao bussulfano.

Distribuição

O volume terminal de distribuição Vz variou entre 0,62 e 0,85
L/kg-1.

As concentrações de bussulfano no líquido cerebroespinhal são
comparáveis às do plasma, embora estas concentrações de bussulfano
sejam provavelmente insuficientes para a atividade
antineoplásica.

A ligação reversível às proteínas plasmáticas foi cerca de 7%,
ao passo que a ligação irreversível, principalmente à albumina, foi
cerca de 32%.

Metabolismo

O bussulfano é metabolizado principalmente por conjugação com a
glutationa (espontânea e mediada pela
glutationa-S-transferase).

O conjugado de glutationa é então metabolizado no fígado, por
oxidação. Não há comprovação de que algum dos metabólitos contribua
significativamente para a eficácia ou para a sua toxicidade.

Eliminação

A depuração total no plasma variou entre 2,25 – 2,74
mL/min/kg.

A meia-vida variou de 2,8 a 3,9 horas. Aproximadamente 30% da
dose administrada é excretada na urina, durante 48 horas, com 1% de
fármaco sob a forma inalterada. A ligação irreversível às proteínas
plasmáticas pode explicar a sua incompleta recuperação. Não está
excluída a contribuição de metabólitos de longa duração. A
eliminação fecal é insignificante.

Linearidade farmacocinética

Demonstrou-se um aumento proporcional da dose de exposição ao
bussulfano após a administração intravenosa de bussulfano até 1
mg/kg.

Relações farmacodinâmicas /
farmacocinéticas

A literatura sobre bussulfano, sugere uma janela terapêutica
entre 900 e 1500 μMol.minuto para a AUC (área sob a curva). Durante
os ensaios clínicos com o Bussulfano (substância ativa) concentrado
para solução para perfusão, 90% das AUCs dos doentes permaneceram
inferiores ao limite superior de AUC (1500 μMol.minuto) e pelo
menos 80% ficaram dentro da janela terapêutica alvo (900-1500
μMol.minuto).

Populações especiais

Não foram avaliados os efeitos da disfunção renal sobre a
disponibilidade do bussulfano concentrado para solução para
perfusão.

Não foram avaliados os efeitos da disfunção hepática sobre a
disponibilidade do bussulfano concentrado para solução para
perfusão.

Contudo, o risco de toxicidade hepática poderá estar aumentado
nesta população. Nos dados disponíveis sobre a administração de
Bussulfano (substância ativa) em doentes com mais de 60 anos, não
se evidenciou nenhum efeito da idade na depuração do
bussulfano.

Farmacocinética em doentes pediátricos

Foi estabelecida uma variação contínua da depuração oscilando de
2,49 a 3,92 mL/minuto/kg em crianças de lt; 6 meses até aos 17 anos
de idade. A meia-vida oscilou entre 2,26 e 2,52 horas. A
dosagem
posológica recomendada permite alcançar uma AUC semelhante, seja
qual for a idade da criança, sendo o intervalo alvo de AUCs o
utilizado nos adultos. A variabilidade inter e intra-doentes, à
exposição
plasmática foi menor que 20% e menor que 10%, respectivamente.

A análise farmacocinética na população pediátrica foi realizada
com 205 crianças, distribuídas conforme o peso corporal (3,5 a
62,5Kg), características biológicas e doenças (malignas e
não-malignas), portanto representativa da grande heterogeneidade
das crianças submetidas a TCPH. Mais do que a área de superfície
corporal ou a idade, este estudo demonstrou que o peso corporal foi
a covariável predominante para explicar a variabilidade
farmacocinética do bussulfano em crianças.

A posologia recomendada para crianças, permitiu que mais de 70%
até 90% das crianças ≥ 9 kg atingissem a janela terapêutica
(900-1500 μmol/L.minuto). No entanto, foi observada maior
variabilidade em crianças com menos de 9 kg levando a que 60% das
crianças atingissem a janela terapêutica (900-1500
μmol/L.minuto).

Para os 40% de crianças lt; 9 kg, fora da janela terapêutica, a
AUC foi distribuída uniformemente tanto abaixo como acima dos
limites da janela; ou seja, 20% cada lt; 900 e gt; 1500
μmol/L.min após 1 mg/kg. Devido a isto, para crianças lt; 9 kg a
monitorização terapêutica para acompanhamento das concentrações
plasmáticas do bussulfano com ajuste de dose quando necessário,
pode melhorar a eficácia e segurança, especialmente em crianças
muito pequenas e recém-nascidos.

Relações farmacodinâmicas /
farmacocinéticas

O sucesso do enxerto, alcançado em todos os doentes durante os
ensaios de fase II, sugere a adequabilidade das AUCs alvo.

A ocorrência de DHVO (doença hepática veno-oclusiva) não foi
relacionada com a superexposição. A relação farmacodinâmica /
farmacocinética foi observada entre estomatites e AUCs de doentes
autólogos e entre o aumento de bilirrubina e AUCs em análises
combinadas de doentes autólogos e alogênicos.

Cuidados de Armazenamento do Busilvex

Busilvex® deve ser mantido em temperatura entre 2° e
8°C, sob refrigeração, para uma boa conservação.

Solução diluída

Foi demonstrada a estabilidade física e química após diluição em
solução injetável de glicose a 5% ou solução injetável de cloreto
de sódio a 9 mg/ml (0,9%), para 8 horas (tempo de perfusão
incluído) após diluição, quando conservado a 20 ºC ± 5 ºC ou 12
horas após diluição, quando conservado a 2 ºC – 8 ºC, seguido de 3
horas de conservação a 20 ºC ± 5 ºC (tempo de perfusão incluído).
Não congelar a solução diluída.

Este produto tem validade de 30 meses após a data de
fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Depois de preparado, este medicamento deve ser
imediatamente utilizado.

Características físicas e organolépticas

Busilvex consiste num concentrado para solução para perfusão e é
fornecido em frascos-ampolas para injetáveis de vidro incolor, cada
frasco para injetáveis contendo 60 mg de bussulfano. Quando
diluído, Busilvex® é uma solução límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Mensagens de Alerta do Busilvex

Leia com atenção todo esta bula antes de começar a
utilizar este medicamento, pois contém informação importante para
você.

  • Guarde esta bula. Você poderá lê-la novamente.
  • Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico.
  • Se tiver quaisquer efeitos adversos, informe o seu médico. Isto
    inclui quaisquer efeitos adversos não mencionados nesta bula.

Dizeres Legais do Busilvex

Reg. M.S. nº 1.0162.0250.001-4

Farmacêutica Responsável.:

Juliana Weilemann Amorim
CRF-RJ: 11.968

Fabricado por:

Patheon Manufacturing Services LLC
5900 Martin Luther King JR.
HWY, Greenville, NC27834, USA

Embalado por:

Laboratories Pierre-Fabre Médicament Production
Site Aquitaine Pharm International
Avenue du Béarn-Idron, F-64320 França
Sob licença da empresa Otsuka

Importado e distribuído por:

Laboratórios Pierre Fabre do Brasil Ltda.
Rodovia BR 040, s/nº, Km 37 Areal
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.051.491/0001-59

SAC:

0800 021 8150

Venda sob prescrição médica. Uso restrito a
hospitais.

Busilvex, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.