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Bonefós Injetável

Como o Bonefós Injetável funciona?


Bonefós pertence a um grupo de medicamentos chamado de
bisfosfonatos. Bonefós liga-se estreitamente ao osso e bloqueia a
função das células que reabsorvem o osso. Isto fortalece os ossos,
ajuda a aliviar a dor óssea e prevenir futuros problemas com seus
ossos (como fraturas). Ele também previne a liberação excessiva de
cálcio para o sangue (hipercalcemia).

Contraindicação do Bonefós Injetável

O medicamento é contraindicado para pacientes que apresentam
hipersensibilidade (alergia) ao clodronato dissódico ou a qualquer
um dos demais componentes do produto e para aqueles em tratamento
com outros bisfosfonatos (medicamentos que ajudam a prevenir a
perda de cálcio dos ossos).

Como usar o Bonefós Injetável

Via infusão intravenosa (apenas para tratamento de curta
duração).

Você precisa ingerir bastante líquido (água) antes, durante e
após o tratamento.

Seu médico irá solicitar exames regularmente para monitorar suas
condições antes e durante seu tratamento.

O período para que o nível de cálcio seja mantido dentro de uma
faixa aceitável após a infusão com Bonefós varia
consideravelmente de paciente para paciente. Se necessário, a
infusão pode ser repetida para controlar os níveis de cálcio
ou, como alternativa, o tratamento com Bonefós cápsulas pode
ser mais apropriado.

Não existe informação sobre a compatibilidade de
Bonefós injetável com outros medicamentos ou soluções para
injeção administradas por via intravenosa. Consequentemente,
Bonefós concentrado somente deve ser diluído e administrado
conforme descrito abaixo.

Pacientes com função renal (funcionamento dos rins)
normal

Dose única:

1.500 mg de Bonefós concentrado pode ser administrado como dose
intravenosa única, diluída em 500 mL de solução salina
(cloreto de sódio 9 mg/mL) ou solução de glicose 5% (50
mg/mL), com infusão por quatro horas. 

Solução de Ringer não deve ser utilizada.

Dose múltipla:

300 mg de Bonefós concentrado, diluído em 500mL de solução
salina (cloreto de sódio 9 mg/mL) ou solução de glicose 5% (50
mg/mL), é administrado por via intravenosa por um período de 2
horas em dias consecutivos. Solução de Ringer não deve ser
utilizada.

A concentração normal de cálcio no sangue geralmente é obtida
dentro de cinco dias. Se necessário seu médico poderá
continuar esse tratamento diariamente por no máximo
sete dias.

Pacientes com insuficiência renal (mau funcionamento dos
rins)

A dose de Bonefós concentrado deve ser reduzida de acordo com
o grau de insuficiência renal, conforme segue:

Depuração de creatinina 50-80 mL/min:

Redução de 25% da dose.

Depuração de creatinina 12 – 50 mL/min:

Redução de 25-50% da dose.

Depuração de creatinina abaixo de 12
mL/min:

Redução de 50% da dose.

A dose recomendada para pacientes em hemodiálise é 300 mg de
Bonefós, infundido antes da diálise e 150 mg nos dias sem diálise.
O tratamento será limitado a cinco dias. Diálise peritoneal
remove muito pouco do clodronato em circulação. 

Crianças

A segurança e a eficácia não foram estabelecidas no tratamento
de pacientes pediátricos.

Idosos

Não existem recomendações especiais para idosos. Estudos
clínicos incluíram pacientes com idade superior a 65 anos e
nenhuma reação adversa específica desta faixa etária
foi relatada.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do
seu médico.

O que eu devo fazer quando me esquecer de usar o Bonefós
Injetável?


Não tome dose dobrada para compensar doses individuais
esquecidas. Tome a próxima dose no horário habitual.

Se você deseja parar o tratamento com Bonefós,
converse primeiramente com seu médico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Bonefós Injetável

Você deve ingerir bastante líquido durante o tratamento com
Bonefós, ou se sofrer de hipercalcemia (aumento de cálcio no
sangue) ou problemas renais graves (insuficiência renal).

Bonefós deve ser utilizado com cautela em pacientes com
insuficiência renal.

Pode ocorrer lesão renal grave se doses maiores que a
recomendada forem administradas intravenosamente, especialmente se
a infusão for muito rápida.

Em pacientes com câncer recebendo tratamento com
bisfosfonatos orais ou intravenoso (medicamentos que ajudam a
prevenir a perda de cálcio nos ossos), pode ocorrer osteonecrose
(morte de um segmento do osso normalmente causado pela
insuficiência de fluxo sanguíneo na região do esqueleto) de
mandíbula, geralmente associado com extração do dente e/ou infecção
local, incluindo osteomielite (infecção do osso).

Muitos dos pacientes que desenvolveram osteonecrose de mandíbula
durante a terapia com bisfosfonato também estavam recebendo
quimioterapia (tratamento para câncer que utiliza agentes ou drogas
específicas) e corticosteroides (drogas que assemelham-se ao
cortisol, hormônio necessário para o funcionamento das glândulas
adrenais).

Seu médico pode lhe orientar sobre a necessidade de tratamento
odontológico preventivo antes do tratamento com Bonefós, se você
tiver algum risco (por exemplo, devido a câncer, quimioterapia,
radioterapia, corticosteroides, pouca higiene dental). Você deve
evitar procedimentos dentários invasivos enquanto você estiver
sendo tratado com Bonefós.

Fraturas subtrocantéricas atípicas e diafisárias femorais
(fraturas incomuns do osso da coxa) foram relatadas com o uso de
outros bisfosfonatos que não o Bonefós, principalmente em pacientes
em tratamento de osteoporose por longo período. Até o momento essas
fraturas não têm sido relatadas com Bonefós. Se houver suspeita de
fratura incomum no osso da coxa, o seu médico deverá considerar
cuidadosamente se sua terapia com bisfosfonatos deverá ser
interrompida.

Entre em contato com seu médico se sentir qualquer tipo de dor,
fraqueza ou desconforto na coxa, quadril ou virilha, uma vez que
pode ser um sinal precoce de fratura no osso da coxa. Seu médico
irá realizar os testes necessários e irá aconselhar com relação aos
resultados.

Crianças e idosos

Bonefós não deve ser utilizado por crianças, pois a segurança e
eficácia não foram estabelecidas em crianças. Não existem
recomendações especiais para idosos. Estudos clínicos incluíram
pacientes com idade superior a 65 anos e nenhuma reação adversa
específica desta faixa etária foi relatada. 

Gravidez e lactação

Bonefós não deve ser utilizado por mulheres grávidas. O
clodronato atravessa a barreira placentária em animais, porém não
se sabe se ele passa para o feto em humanos ou se pode causar danos
ao feto ou se afeta a reprodução em humanos. 

Não se sabe se o clodronato é excretado com o leite materno. Não
é recomendado amamentar durante o tratamento com Bonefós.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.

Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.

Habilidade para dirigir e operar máquinas

O efeito de Bonefós na habilidade de dirigir e operar máquinas
não é conhecido.

Reações Adversas do Bonefós Injetável

Como todos os medicamentos, Bonefós pode ocasionar reações
adversas, embora nem todos os pacientes as apresentem.

Se qualquer reação se tornar grave, ou se você perceber qualquer
reação não mencionada nesta bula converse com seu médico.

A reação adversa mais comum é diarreia, que normalmente é leve e
ocorre com mais frequência com doses elevadas.

As seguintes reações adversas podem ocorrer com tratamento de
Bonefós oral ou intravenoso, embora a frequência das reações possa
diferir de uma para outra.

Reações comuns

Entre 1 e 10 em 100 pessoas podem apresentar essas reações.

Reações raras

Entre 1 e 10 em cada 10.000 pessoas podem apresentar essas
reações.

Reações de distúrbios metabólicos e
nutricionais

Comum

Hipocalcemia (baixo nível de cálcio no sangue) sem qualquer
sintoma.

Raro

Hipocalcemia (baixo nível de cálcio no sangue) com apresentação
de sintomas, aumento dos níveis do hormônio da paratireoide (um
hormônio das glândulas pequenas junto à glândula da tireoide) no
sangue associado com redução dos níveis de cálcio no sangue,
aumento nas concentrações da fosfatase alcalina no sangue (em
pacientes com doenças metastáticas, isso pode ocorrer também devido
à doença do fígado e dos ossos).

Reações de distúrbios gastrintestinais

Comuns

Diarreia, náusea, vômito (que são geralmente leves).

Reações de distúrbios hepatobiliares

Comuns

Elevação das transaminases (um grupo de enzimas do fígado),
dentro do intervalo normal.

Raro

Elevação das transaminases (um grupo de enzimas do fígado),
excedendo duas vezes o intervalo normal, sem associação com a
redução da função hepática (funcionamento do fígado).

Experiência pós-comercialização

Distúrbio nos olhos

Uveítes (edema e irritação da úvea, a camada média do olho)
foram observadas em pacientes utilizando Bonefós. Outros distúrbios
oculares relatados com terapia de bisfosfonatos incluem
conjuntivite (edema ou infecção da conjuntiva, a membrana que
reveste o olho), episclerite (edema e irritação da epísclera, uma
fina camada que reveste a esclera) e esclerite (edema e irritação
da esclera). Conjuntivite foi relatada somente em um paciente
recebendo Bonefós e outro bisfosfonato ao mesmo tempo, mas
conjuntivite não foi relatada em paciente tomando somente Bonefós.
Até o momento, episclerite e esclerite não foram relatadas em
pacientes tomando Bonefós.

Distúrbios respiratórios, torácicos (peito) e do
mediastino (relacionado à área central do peito, entre os
pulmões)

Diminuição da função respiratória em pacientes asmáticos
sensíveis ao ácido acetilsalicílico (Aspirina). Reações de
hipersensibilidade manifestadas como distúrbios respiratórios.

Distúrbios renais e urinários

Diminuição da função renal (elevação da creatinina no sangue –
substância eliminada pela urina, cujo aumento no sangue indica que
há algum problema no funcionamento dos rins – e proteinúria –
quantidade excessiva de proteína na urina); lesões renais graves,
especialmente após infusão intravenosa rápida de doses elevadas de
clodronato.

Foram relatados casos isolados de insuficiência renal, com
resultados fatais em casos raros, especialmente quando são
utilizados ao mesmo tempo analgésicos antiinflamatórios
não-esteroidais, principalmente diclofenaco.

Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos
conectivos

Foram relatados casos isolados de osteonecrose (necrose no osso)
de mandíbula, principalmente em pacientes que foram tratados
previamente com aminobisfosfonatos como zoledronato e
pamidronato.

Dor intensa no osso, nas articulações e⁄ou nos músculos foram
reportados em pacientes recebendo Bonefós. No entanto, esses casos
têm sido pouco frequentes e, em estudos controlados com placebo,
nenhuma diferença foi notada entre pacientes tratados com placebo e
Bonefós. O aparecimento dos sintomas varia de dias a muitos meses
após o início do tratamento com Bonefós.

Fraturas

Fraturas subtrocantéricas atípicas e diafisárias femorais
(fratura incomum do osso da coxa) foram relatadas com o uso de
outros bisfosfonatos que não o Bonefós, principalmente em pacientes
em tratamento de osteoporose por longo período. Até o momento, essa
reação adversa não foi observada em pacientes tomando Bonefós.
Essas fraturas transversas ou oblíquas curtas podem ocorrer em
qualquer parte ao longo do fêmur espontaneamente ou após trauma
mínimo.

Alguns pacientes sentem dores na coxa e na virilha que podem
aparecer como fraturas por estresse em raio-x ou outra imagem
diagnóstica, semanas a meses antes de apresentar-se ao médico com
fratura completa do osso da coxa. Geralmente as fraturas ocorrem em
ambos os ossos da coxa, dessa maneira, se estiver em terapia com
bisfosfonatos e tiver uma fratura óssea no eixo da coxa (uma
fratura que ocorre ao longo do comprimento do osso), seu médico irá
examinar ambos os ossos da coxa. Má cicatrização dessas fraturas
também tem sido relatada. Se o seu médico suspeitar que você está
com uma fratura incomum no osso da coxa, ele irá avaliar
cuidadosamente se o seu tratamento com bisfosfonatos deve ser
interrompido.

Entre em contato com seu médico se sentir qualquer tipo
de dor, fraqueza ou desconforto na coxa, quadril ou virilha, uma
vez que pode ser um sinal precoce de fratura no osso da coxa. Seu
médico irá realizar os testes necessários e irá aconselhar com
relação aos resultados.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Bonefós Injetável

Apresentações

Cartucho contendo 5 ampolas com 5 mL de solução injetável, cada
ampola contém 300 mg de clodronato dissódico (60 mg/mL).

Uso intravenoso.

Uso adulto.

Composição 

Cada mL contém:

Clodronato dissódico tetraidratado correspondente a 60 mg
de clodronato dissódico.

Excipientes

: hidróxido de sódio, água para injetáveis.

Superdosagem do Bonefós Injetável

Foram relatados aumentos nos níveis de creatinina e disfunção
renal (mau funcionamento dos rins) com altas doses de clodronato
intravenoso.

Beba bastante líquido e entre em contato com seu médico que irá
monitorar sua função renal e níveis de cálcio.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Bonefós
Injetável

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando
ou tenha usado recentemente, inclusive medicamentos de venda sem
prescrição médica.

Alguns medicamentos podem aumentar ou diminuir a efetividade de
Bonefós. Converse com seu médico caso você tenha dúvida se pode
usar Bonefós.

Bonefós não deve ser utilizado com outros bisfosfonatos
(medicamentos que ajudam a prevenir a perda de cálcio dos
ossos).

O uso de Bonefós com analgésicos anti-inflamatórios
nãoesteroidais, particularmente o diclofenaco, pode aumentar o
risco de disfunção renal (mau funcionamento dos rins).

Bonefós deve ser utilizado com precaução durante o uso de
antibióticos aminoglicosídeos (como por exemplo, amicacina e
gentamicina) devido ao aumento do risco de hipocalcemia (baixo
nível de cálcio no sangue).

O uso de Bonefós concomitantemente com fosfato de estramustina
(tratamento para câncer de próstata) pode aumentar a quantidade de
fosfato de estramustina no sangue em até 80%.

Bonefós concentrado não deve ser administrado intravenosamente
com soluções contendo cátions bivalentes (átomos com carga
positiva), por exemplo, solução de Ringer.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Bonefós Injetável

Resultados de Eficácia

Desenho e população do estudo

Foram realizados estudos clínicos abertos controlados
randomizados utilizando as formulações orais e/ou intravenosa de
clodronato. Estes estudos demonstraram que o clodronato possui
eficácia clínica no tratamento de hipercalcemia maligna e osteólise
induzida por tumor.

Resultados dos estudos

Hipercalcemia:

Em uma comparação cruzada duplo cega com placebo, foi
administrado clodronato por via oral (3.200 mg/dia por quatro
semanas) a cinco pacientes com hipercalcemia devido à metástase
óssea de câncer de mama ou renal. Quatro dos cinco pacientes
demonstraram rápida diminuição da concentração sérica de cálcio com
o menor valor sendo alcançado dentro de 7 a 10 dias. A excreção do
cálcio urinário diminuiu e foi observado um aumento na
fosfatase alcalina sérica. O paciente remanescente desenvolveu
paraplegia repentina no início da terapia com clodronato seguido
por um aumento acentuado nos níveis séricos de cálcio e excreção do
cálcio urinário; o clodronato foi capaz de reduzir o cálcio sérico
e da urina a valores normais.

Em um segundo estudo comparativo cruzado duplo-cego de oito
pacientes com hipercalcemia maligna, a administração de 3.200 mg de
clodronato por dia, via oral, durante quatro semanas foi associada
a uma rápida diminuição do valor médio sérico de cálcio a partir do
terceiro dia (122 mg/L vs 105 mg/L de cálcio). Ao final do
tratamento com clodronato, seis dos oito pacientes apresentaram
níveis normais de cálcio. Houve uma diminuição na calciúria de 397
mg/g de creatinina/24 horas a 241 mg/g de creatinina/24 horas, mas
não houve diminuição na hidroxiprolina e os níveis séricos de
fósforo e PTH permaneceram normais.

O efeito do clodronato intravenoso (300 mg i.v. até sete dias)
foi estudado em um ensaio paralelo, duplo-cego controlado com
placebo em 36 pacientes com doenças malignas. Foi observado com
clodronato um período de tempo significativamente mais curto para
alcançar níveis séricos normais de cálcio; 15 de 18 pacientes
alcançaram níveis normais versus três dos 14 pacientes tratados com
placebo.

Em um ensaio semelhante randomizado controlado com placebo de 27
pacientes hipercalcêmicos (12 tratados com placebo; 10 com
clodronato 12 mg/kg i.v. por 1 dia; e 5 com 4 mg/kg i.v. por 3
dias) houve uma redução significativa nos níveis séricos de cálcio
de 0,70 mM/L após 4 mg/kg no dia 3 quando comparado às medidas
basais. Não foram observadas alterações gerais estatisticamente
significativas a partir do pré-tratamento no dia 3 no grupo placebo
e no grupo recebendo 12 mg/kg por 1 dia.

Osteólise induzida por tumor:

Um estudo randomizado, duplo-cego controlado com placebo foi
conduzido em pacientes com metástase óssea osteolítica de câncer de
mama.

Os pacientes foram randomizados para receber 1.600 mg de
clodronato por via oral diariamente ou um placebo idêntico
adicionalmente à quimioterapia ou terapia hormonal por no máximo um
ano. Cento e quarenta e quatro (n = 144) foram inscritos, dos quais
137 foram avaliáveis (69 com clodronato, 68 com placebo). Os grupos
de paciente foram definidos por idade, ”performance status”,
condição óssea (exceto fraturas anteriores no grupo de clodronato)
e dor óssea. Em comparação ao placebo, o clodronato retardou
significativamente o início de eventos ósseos (p = 0,05). O tempo
médio para início de um novo evento ósseo foi 244 dias no grupo
tratado com clodronato vs 180 dias no grupo tratado com placebo.
Ainda em comparação aos pacientes tratados com placebo, os
pacientes tratados com clodronato tiveram uma redução significativa
no nível da escala de dor visual (plt;0,01) e no uso de analgésicos
(p = 0,02).

Em um estudo duplo-cego controlado com placebo com 173 pacientes
com câncer de mama avançado, a administração oral de 1.600 mg/dia
de clodronato durante três anos produziu reduções significativas
sobre:

  • A incidência de hipercalcemia (28 vs 52 eventos/100
    pacientes-ano, plt;0,01);
  • A incidência de fraturas vertebrais (84 vs 124 eventos/100
    pacientes-ano, plt;0,025); e
  • O índice geral de eventos mórbidos incluindo hipercalcemia,
    fraturas e a necessidade de radioterapia para tratamento da dor
    relacionada ao osso (219 vs 305 eventos/100 pacientes-ano,
    plt;0,001).

Foram observadas tendências a favor de clodronato para índices
de fraturas não-vertebrais e necessidade de radioterapia para dor
(particularmente dor óssea). Não foram observadas diferenças
significativas de sobrevida entre os dois grupos.

Características Farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas

O clodronato pertence à classe dos bisfosfonatos. É um análogo
do pirofosfato natural. Os bisfosfonatos possuem elevada afinidade
por tecidos mineralizados, como o ósseo. “In vitro”, eles inibem a
precipitação do fosfato de cálcio, bloqueiam sua transformação em
hidroxiapatita, retardam a agregação dos cristais de apatita em
cristais maiores, assim como retardam a dissolução destes
cristais.

No entanto, o mecanismo de ação mais importante do clodronato é
o seu efeito inibitório sobre a reabsorção óssea osteoclástica. O
clodronato inibe a reabsorção óssea induzida de várias maneiras. Em
ratos em crescimento, verificou-se que a inibição da reabsorção
óssea promovida por doses elevadas de clodronato causou o
alongamento das metáfises de ossos longos.

Em ratas ovariectomizadas, a reabsorção óssea é inibida após
administração subcutânea de baixas doses como, por exemplo, 3
mg/kg, uma vez por semana. Doses farmacológicas do clodronato
previnem a redução da resistência óssea. A eficácia farmacológica
do clodronato foi demonstrada em diferentes estudos pré-clínicos
com modelos experimentais de osteoporose, inclusive por deficiência
estrogênica. O clodronato demonstrou inibir a reabsorção óssea em
uma relação dose-dependente sem causar efeitos deletérios sobre a
mineralização ou sobre outros aspectos da qualidade óssea. O
clodronato também inibe a reabsorção óssea presente na
osteodistrofia renal experimental.

A habilidade do clodronato em inibir a reabsorção óssea em
humanos foi estabelecida por meio de estudos histológicos,
cinéticos e bioquímicos. No entanto, os mecanismos exatos da
inibição da reabsorção óssea são parcialmente desconhecidos. O
clodronato suprime a atividade dos osteoclastos, reduzindo a
concentração do cálcio plasmático e a excreção urinária do cálcio e
da hidroxiprolina. Em mulheres na pré e pós-menopausa, o clodronato
previne a perda óssea no quadril e na espinha lombar, decorrentes
do câncer de mama. Não foi observado qualquer efeito sobre a
mineralização óssea normal de indivíduos tratados com
clodronato isoladamente em doses capazes de promover a inibição da
reabsorção óssea. Em pacientes portadores de câncer de mama e
mieloma múltiplo foi observada diminuição do risco de fraturas.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Como ocorre com outros bisfosfonatos, a absorção
gastrointestinal do clodronato é baixa, aproximadamente 2%. Sua
absorção é rápida e o pico da concentração sérica é atingido 30
minutos após uma única administração oral. Devido à elevada
afinidade do clodronato pelo cálcio e outros cátions bivalentes,
sua absorção é bastante reduzida quando administrado
concomitantemente com alimentos ou medicamentos que contenham tais
íons. Em um estudo comparativo, no qual a administração de
clodronato 2 horas antes do café da manhã foi utilizada como
referência, um intervalo entre a administração e o café da manhã de
0,5 h ou 1,0 h antes do café da manhã, reduziu a biodisponibilidade
do clodronato, porém a diferença não foi estatisticamente
significante (biodisponibilidade relativa de 69% e 91%,
respectivamente). Além disso, há uma grande variação inter e
intra-individual na absorção gastrointestinal do clodronato. Apesar
da grande variação intra-individual na absorção do clodronato, a
exposição ao mesmo permanece constante durante tratamentos
prolongados.

Distribuição e eliminação

A ligação do clodronato à proteína plasmática é baixa e o volume
de distribuição é de 20 a 50 L.

A eliminação plasmática do clodronato é caracterizada
por duas fases distintas:

A fase de distribuição com meia-vida de aproximadamente 2 horas
e a fase de eliminação, a qual é muito lenta devido à forte ligação
do clodronato ao tecido ósseo. O clodronato é eliminado
principalmente por via renal. Cerca de 80% do clodronato absorvido
aparece na urina após alguns dias de sua administração. A fração
ligada aos ossos, correspondente a cerca de 20% da quantidade
absorvida, é excretada mais lentamente e a depuração renal
corresponde a cerca de 75% da depuração plasmática.

Características dos pacientes

Uma vez que o clodronato atua sobre os ossos, não há uma relação
clara entre sua concentração plasmática ou sanguínea com a
atividade terapêutica ou reações adversas. Com exceção da
insuficiência renal, a qual diminui a depuração renal do
clodronato, o perfil farmacocinético do clodronato não é afetado
por qualquer fator conhecido relacionado à idade, metabolismo de
medicamentos ou outras condições patológicas.

Dados de segurança pré-clínicos

Toxicidade aguda

Estudos com doses únicas em camundongos e ratos
forneceram os seguintes valores de DL50:

Administração oral

Administração intravenosa

gt; 3.600 mg/kg (camundongo)
2.200 mg/kg (rato)

160 mg/kg (camundongo)
120 mg/kg (rato)

Em camundongos e ratos, os sinais clínicos de toxicidade aguda
consistem em diminuição da atividade motora, convulsões,
inconsciência e dispneia. Em mini-porcos, uma dose intravenosa de
240 mg/kg foi tóxica após duas ou três infusões.

Tolerância sistêmica

Estudos de toxicidade em doses repetidas com duração de duas
semanas a 12 meses foram realizados em ratos e mini-porcos. Poucas
mortes foram reportadas nestes estudos. A administração intravenosa
foi letal para ratos em doses diárias de 140 mg/kg e 160 mg/kg após
um a sete dias. Em mini-porcos, a dose diária de 80 mg/kg após 7 a
13 dias causou vômito e fraqueza generalizada antes da morte. Em
doses orais diárias de 100 a 480 mg/kg em ratos e 800 mg/kg em
mini-porcos, não foi notada mortalidade relacionada à substância em
teste.

Em estudos de toxicidade, o efeito do clodronato foi observado
nos seguintes órgãos (alterações observadas entre parênteses):
ossos (esclerose relacionada ao efeito farmacológico do
clodronato); trato gastrointestinal (irritação), sangue
(linfopenia, efeito na homeostase); rins (túbulos dilatados,
proteinúria) e fígado (elevação das transaminases séricas).

Toxicidade reprodutiva

Em estudos com animais, o clodronato não causou danos ao feto,
mas altas doses diminuíram a fertilidade em machos. Após um mês de
administração subcutânea a ratos neonatos, foram encontradas
alterações esqueléticas semelhantes à osteopetrose, relacionadas
aos efeitos farmacológicos do clodronato.

Potencial genotóxico e tumorigenicidade

O clodronato não demonstrou potencial genotóxico. Nenhum efeito
carcinogênico tem sido observado em estudos com ratos e
camundongos.

Cuidados de Armazenamento do Bonefós
Injetável

O medicamento Bonefós solução injetável deve ser mantido
em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15
°C e 30 °C).

A solução injetável não deve ser congelada.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

A solução injetável de Bonefós é uma solução límpida e
incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Bonefós Injetável

MS – 1.7056.0037

Farm. Resp.:

Dra. Dirce Eiko Mimura
CRF – SP nº 16532

Fabricado por:

Ever Pharma Jena GmbH
Jena – Alemanha

Importado por:

Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.100
04779-900 – Socorro – São Paulo – SP
C.N.P.J. n.º 18.459.628/0001-15

SAC

0800 7021241
sac@bayer.com

Venda sob prescrição médica.

Bonefos-Injetavel, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.