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Aderogil

– Hipervitaminoses (aumento nos níveis de vitaminas no
organismo) A e D, hipercalcemia (aumento nos níveis de cálcio no
sangue) ou osteodistrofia renal (descalcificação óssea ou má
formação do osso devido a problemas renais) com hiperfosfatemia
(aumento nos níveis de fosfato no sangue).

Como usar o Aderogil

Lactentes:
0 a 6 meses: 1250 UI.
7 a 11 meses: 1333 UI.

Crianças:
1 a 3 anos: 1333 UI.
4 a 6 anos: 1500 UI.
7 a 10 anos: 1667 UI.

Precauções do Aderogil

– Pacientes com arteriosclerose (endurecimento das paredes das
artérias), insuficiência cardíaca (condição em que o coração é
incapaz de bombear sangue suficiente para satisfazer as
necessidades do corpo), hiperfosfatemia e insuficiência renal
(condição na qual os rins apresentam atividade abaixo do nível
normal) devem procurar orientação médica para avaliar o
risco/benefício da administração das vitaminas A e D.
– Em caso de hipervitaminose D, recomenda-se manter dieta com baixa
quantidade de cálcio, grandes quantidades de líquido e se
necessário glicocorticoides (tipo de hormônio).

Reações Adversas do Aderogil

– Na ocorrência de hipervitaminose A, tem sido relatados casos
de sangramento da gengiva, agitação, diarreia, tonturas, visão
dupla, vômitos, irritação severa, descamação da pele.
– Na hipervitaminose D tem sido relatados casos de secura da boca,
dor de cabeça, polidipsia (sede excessiva), poliúria (eliminação
excessiva de urina), perda de apetite, náuseas, vômitos, fadiga
(cansaço), sensação de fraqueza, aumento da pressão arterial, dor
muscular, prurido (coceira) e perda de peso.

População Especial do Aderogil

Em pacientes com insuficiência renal (nos rins) crônica, as
concentrações séricas (do sangue) de vitamina A ficam
aumentadas.

Riscos do Aderogil

– Hipertensão intracraniana (aumento da pressão do crânio),
convulsões (contrações e relaxamentos involuntários dos músculos em
geral) e fechamento epofisário precoce (ossificação prematura da
cartilagem dos ossos).

Superdosagem do Aderogil

Na ocorrência de superdosagem a administração do produto deve
ser imediatamente interrompida, instituindo-se tratamento
sintomático e de suporte.

Interação Medicamentosa do Aderogil

Antiácidos que contenham magnésio quando utilizados
concomitantemente com vitamina D podem resultar em hipermagnesemia,
especialmente em pacientes com insuficiência renal crônica. Não se
recomenda o uso concomitante com antiácidos (hidróxido de
alumínio), pois pode ocasionar intoxicação por alumínio (alterações
de personalidade, convulsões, coma).

O uso simultâneo de vitamina D e seus análogos, especialmente o
calcifediol, não é recomendável por causa do seu efeito aditivo e
potencial tóxico.

O uso concomitante de vitamina D com preparados que contenham
cálcio em doses elevadas ou diuréticos tiazídicos aumenta o risco
potencial de hipercalcemia. O uso concomitante com preparados que
contenham fósforo em doses elevadas aumenta o risco potencial de
hiperfosfatemia.

Os quadros de hipervitaminose D são particularmente graves em
pacientes que fazem uso concomitante de glicosídeos cardíacos
(digitálicos), pois os efeitos tóxicos dos glicosídeos cardíacos
são potencializados pela hipercalcemia.

O uso concomitante a fosfenitoína, fenobarbital ou fenitoína
pode ocasionar redução da atividade da vitamina D.

As substâncias colestiramina e colestipol podem reduzir a
absorção de vitaminas lipossolúveis.

O uso concomitante de vitamina A e etidronato deve ser evitada
por causa do risco potencial de ocorrência de hipervitaminose
A.

O uso simultâneo de vitamina A e isotretinoína, bexaroteno ou
minociclina pode resultar em efeitos tóxicos aditivos. O uso
concomitante de vitamina A e vacina com vírus vivo (sarampo) pode
reduzir as taxas de soroconversão em crianças pequenas.

A ingestão de vitamina A juntamente com anticoagulantes orais
pode aumentar o risco de sangramentos.

Ação da Substância Aderogil

Resultados de Eficácia

A principal indicação do uso de vitaminas consiste na
suplementação quando ocorre deficiência vitamínica, seja por
ingestão diminuída ou por má absorção intestinal. O uso de Acetato
de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) – vitamina A e
vitamina D associadas – foi observado em crianças, adultos e
idosos, com resultados de eficácia importantes. Na prática clínica,
sendo difícil uma avaliação formal de eficácia devido à
complexidade de determinação de parâmetros de eficácia para uma
análise comum da associação de vitaminas, relatam-se experiências
clínicas realizadas com a vitamina A e com a vitamina D.

Vários estudos de intervenção bem controlados, duplo-cegos e com
grande número de casos, demonstraram que a suplementação de
vitamina A em crianças malnutridas pode reduzir de forma
significativa a mortalidade e a incidência de cegueira, diarreia,
sarampo e algumas outras infecções. Em um desses estudos, que
envolveu 11.200 crianças, houve 30% menos mortalidade nas crianças
que receberam o suplemento vitamínico. Em outro estudo relatou-se
uma significativa redução relativa de 27% na mortalidade por todas
as causas nas crianças que recebiam vitamina A suplementar. Seis de
oito estudos de intervenção mostraram reduções significativas de
mortalidade.

 Os efeitos da vitamina A na prevenção de morbidade e
mortalidade em recém-nascidos de muito baixo peso foram avaliados
em uma metanálise que evidenciou que a suplementação de vitamina A,
em comparação com o uso habitual desta vitamina, é mais eficaz em
diminuir as necessidades de oxigênio em recém-nascidos com idade
gestacional de 36 semanas (RR 0,85; IC de 95% 0,73-0,98) e o uso de
oxigênio nos sobreviventes com 30 dias de vida (RR 0,93; IC de 95%
0,86-1,01). Para o tratamento da xeroftalmia (que inclui cegueira
noturna, xerose conjuntival e corneal, úlcera corneal e
ceratomalácia) a OMS estabeleceu que doses orais de vitamina A,
preferencialmente em preparações oleosas, são o tratamento de
escolha que deve ser iniciado imediatamente após o reconhecimento
deste transtorno.

Os principais usos terapêuticos da vitamina D podem ser
divididos em três categorias:

  • Profilaxia e cura do raquitismo nutricional;
  • Tratamento do raquitismo metabólico e da osteomalácia;
  • Tratamento do hipoparatireoidismo.

Quantidades adequadas de vitamina D previnem o raquitismo e a
osteomalácia em indivíduos saudáveis e tratam a osteomalácia de
indivíduos malnutridos. Markestad T e cols. observaram a
normalização das concentrações de 25-hidroxivitamina D em
prematuros suplementados com 500 UI de vitamina D2 diariamente.

Doses iniciais de 4.000 UI ao dia por 105 dias, seguidos de
1.000 UI por 150 dias, foram consideradas as doses ideais para o
tratamento da osteomalácia induzida pelo uso de anticonvulsivante
em 40 pacientes com uso prolongado de fenitoína. Paunier L9
afirma que, em razão da dificuldade de determinar quanto da
vitamina D é sintetizada pela pele sob influência dos raios
ultravioleta, é essencial a suplementação de vitamina D para a
prevenção do raquitismo. Para a prevenção, recomenda a
administração de vitamina D na forma de gotas, em doses aproximadas
de 400 UI ao dia.

Recomenda ainda, para o tratamento do raquitismo instalado em
que se observem sinais de alteração do esqueleto ósseo, alterações
neuromusculares, entre os quais hipotonia muscular, espasmofilia ou
tetania e convulsões e sinais e sintomas respiratórios, doses
diárias de 5.000 UI durante quatro a seis semanas, seguidas de
1.000UI ao dia por um período de seis meses.

Características Farmacológicas

Acetato de Retinol + Colecalciferol (substância ativa) contém a
associação de duas vitaminas lipossolúveis – a vitamina A (sob a
forma de acetato de retinol) e a vitamina D (sob a forma de
colecalciferol). As vitaminas lipossolúveis afetam a permeabilidade
ou o transporte em várias membranas celulares e atuam como agentes
de oxidação-redução, coenzimas ou enzimas inibidoras. São estocadas
principalmente no fígado, metabolizadas muito lentamente e
excretadas nas fezes.

Vitamina A é a denominação habitual de pelo menos dois fatores
que exercem funções biológicas semelhantes e apresentam estruturas
químicas muito próximas: as vitaminas A1 e
A2. A vitamina A1 (retinol) é cerca de três vezes mais
ativa do que a vitamina A2 (de-hidrorretinol). É
rapidamente absorvida no intestino delgado; em condições normais,
80% da quantidade ingerida é absorvida. Distribui-se no organismo e
é armazenada no fígado, nos hepatócitos. Liga-se às proteínas
plasmáticas em 5%. Quando liberada do fígado sob a forma de
retinol, associa-se a
uma proteína conhecida como proteína de enlace do retinol
ou PER. que a transporta para os diferentes órgãos.

Normalmente é eliminada do organismo pela urina na forma de
metabólitos inativos. A vitamina D, principalmente a D3
(colecalciferol) é um hormônio esteroide que tem um papel
importante na regulação dos níveis séricos de cálcio e fósforo, na
mineralização dos ossos e na assimilação da vitamina A. Também é
absorvida pelo intestino delgado e, assim com a vitamina A,
necessita por ser lipossolúvel da presença de sais biliares para
que sua absorção se efetue. Após a absorção é transportada pela
circulação a todos os órgãos, depositando-se principalmente no
fígado, nos ossos e nos tecidos gordurosos. É inicialmente
hidroxilada no fígado em calcifediol, convertido no rim em diversas
outras formas, levando à formação de calcitriol, a forma ativa da
vitamina D3. Estudos recentes demonstraram a
participação dos diversos metabólitos no metabolismo ósseo. A
vitamina D e seus metabólitos são excretados pelas fezes, não
ocorrendo eliminação urinária.

Estas vitaminas lipossolúveis são preferencialmente
administradas por via oral junto com óleos vegetais, o que lhes
facilita a absorção e reduz o risco de toxicidade. Não existem
relatos da existência de metabólitos tóxicos tanto da vitamina A
como da vitamina D; somente a ingestão de quantidades muito grandes
de ambas as vitaminas, que permitam seu acúmulo no fígado e em
outros órgãos podem provocar a ocorrência de eventos adversos. O
uso do produto dentro das doses recomendadas não induz
intoxicação.

Mensagens de Alerta do Aderogil

– Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele
esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.
– Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Aderogil

Antonia A. Oliveira CRF-SP n° 5.854

Aderogil, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.