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Lisinopril Cristália

O Lisinopril é indicado para o tratamento da hipertensão
(pressão alta) essencial e renovascular. Pode ser usado como
monoterapia (sozinho) ou associado a outras classes de medicamentos
anti-hipertensivos.

Insuficiência Cardíaca Congestiva

O lisionopril é indicado para o controle da insuficiência
cardíaca congestiva (incapacidade do coração de bombear o sangue de
maneira adequada), como tratamento adjuvante com diuréticos (que
estimulam a eliminação da urina) e, quando apropriado, digitálicos
(medicamento utilizado para problemas do coração). Doses elevadas
reduzem o risco de mortalidade e hospitalização.

Infarto Agudo do Miocárdio

O lisinopril é indicado para o tratamento de pacientes
hemodinamicamente estáveis (com circulação sanguínea adequada) que
sofreram infarto agudo do miocárdio nas últimas 24 horas, para
prevenir o desenvolvimento subsequente de disfunção do ventrículo
esquerdo (disfunção no músculo do coração) ou insuficiência
cardíaca, além de melhorar a sobrevida.

Os pacientes devem receber, apropriadamente, o tratamento padrão
recomendado tal como: trombolíticos (medicamentos utilizados para
dissolução de coágulos sanguíneos), ácido acetilsalicílico e
betabloqueadores (medicamentos que agem através do bloqueio de um
receptor específico atuando como antiarrítmicos ou
anti-hipertensivos).

Complicações Renais e Retinianas de Diabetes
Mellitus

O lisinopril reduz a taxa de excreção urinária de albumina (tipo
de proteína) em pacientes diabéticos normotensos (com pressão
arterial normal) insulino-dependentes e em pacientes diabéticos
hipertensos não insulino-dependentes que apresentam nefropatia
incipiente (excreção urinária de albumina) caracterizada por
microalbuminúria (tipo de excreção urinária de albumina).

O lisinopril reduz o risco de progressão de retinopatia em
pacientes diabéticos normotensos insulino-dependentes.

Como o Lisinopril Cristália funciona?

O uso contínuo de lisinopril controla a pressão arterial;
controla os problemas de fraqueza no coração (insuficiência
cardíaca congestiva) quando utilizado com medicamentos que
estimulam a eliminação da urina (diuréticos), diminuindo o risco de
hospitalização e mortalidade; previne problemas no coração após o
infarto; protege os rins e os olhos (retina) em pacientes
diabéticos.

O lisinopril é efetivo por 24 horas após dose oral única
diária.

Contraindicação do Lisinopril – Cristália

Você não deve utilizar lisinopril nas seguintes
situações

  • Alergia ao lisinopril ou a qualquer um dos componentes da
    fórmula;
  • Em pacientes com angioedema (dificuldade para respirar ou
    engolir com ou sem inchaço na face, lábios, língua e/ou garganta)
    relacionado ao tratamento prévio com inibidor da enzima conversora
    da angiotensina (por exemplo, captopril, enalapril) e angioedema
    hereditário ou idiopático. Em pacientes no segundo e terceiro
    trimestres de gravidez;
  • Em pacientes com diabettes mellitus (tipo I e II) ou
    insuficiência renal moderada que utilizam medicamentos contendo
    alisquireno.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Como usar o Lisinopril – Cristália

O lisinopril deve ser ingerido por via oral, com água como uma
dose única diária. Como a absorção de lisinopril não é afetada por
alimentos, os comprimidos podem ser administrados antes, durante ou
após as refeições. Como ocorre com todas as medicações
administradas 1 vez ao dia, o lisinopril deve ser administrado
aproximadamente no mesmo horário todos os dias.

O lisinopril de 5 mg, 10 mg podem ser partidos ao meio.

O lisinopril de 20 mg não pode ser partido.

Este medicamento não deve ser mastigado.

Posologia

Pressão Alta (Hipertensão essencial)

A dose inicial recomendada é de 10 mg, 1 vez ao dia. A dose
usual de manutenção é de 20 mg, 1 vez ao dia.

Em geral, se o efeito terapêutico desejado não puder ser
alcançado em um período de 2 a 4 semanas em um certo nível de
dosagem, a dose pode ser aumentada. A dose máxima usada por longo
prazo em estudos clínicos controlados foi de 80 mg por dia.

Doses iniciais menores são necessárias na presença de
comprometimento da função renal, em pacientes nos quais a
terapêutica diurética não possa ser descontinuada, em pacientes
depletados de volume e/ou sal e em pacientes com hipertensão
renovascular.

Pacientes Tratados com Diuréticos

Pode ocorrer hipotensão (pressão arterial baixa) sintomática
após o início da terapia com o lisinopril. Isto é mais provável em
pacientes que estejam sendo tratados concomitantemente com
diuréticos (que estimulam a eliminação da urina). Recomenda-se
precaução, pois estes pacientes podem estar depletados de volume
e/ou sal. Os diuréticos devem ser descontinuados 2 a 3 dias antes
de iniciar o uso de lisinopril.

Em pacientes hipertensos (com pressão alta) nos quais os
diuréticos não possam ser descontinuados, a terapia com lisinopril
deve ser iniciada com a dose diária de 5 mg. A dose subsequente de
lisinopril deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão
arterial. Se necessário, a terapêutica diurética pode
recomeçar.

Pacientes com Insuficiência Renal

A posologia em pacientes com problemas renais deve estar de
acordo com as instruções do seu médico (baseada no clearance de
creatinina).

Hipertensão Renovascular

Alguns pacientes com hipertensão renovascular, especialmente
aqueles com estenose bilateral da artéria renal (estreitamento da
artéria dos rins) ou estenose da artéria renal em rim único, podem
desenvolver resposta exagerada à primeira dose de lisinopril,
recomenda-se uma dose inicial de 2,5 mg ou 5 mg.

A partir daí, a dose pode ser ajustada de acordo com a resposta
da pressão arterial.

Insuficiência Cardíaca Congestiva

Como tratamento adicional aos diuréticos e, quando apropriado,
com digitálicos, a dose inicial é de 2,5 mg administrada 1 vez ao
dia. Para reduzir o risco de mortalidade e hospitalização, a dose
de lisinopril deve ser aumentada por incrementos de no máximo 10
mg, em intervalos de no mínimo 2 semanas, para a dose mais alta
tolerada pelo paciente, no máximo de 35 mg uma vez ao dia. O ajuste
da dose deve ser baseado na resposta clínica individual do
paciente.

Pacientes com alto risco de apresentar hipotensão sintomática
como, por exemplo, pacientes com depleção de sal, com ou sem
hiponatremia (concentração anormalmente baixa de íons de sódio no
sangue), pacientes com hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo)
ou que tenham recebido rigorosa terapêutica diurética, devem ter
estas condições corrigidas, se possível, antes de iniciar a terapia
com lisinopril. O efeito da dose inicial de lisinopril sobre a
pressão arterial deve ser monitorado cuidadosamente.

Infarto Agudo do Miocárdio

O tratamento com lisinopril pode ser iniciado dentro de 24 horas
após o início dos sintomas.

A primeira dose de lisinopril é de 5 mg, seguido de 5 mg
após 24 horas, 10 mg após 48 horas e então 10 mg, 1 vez ao dia.
Pacientes com baixa pressão sistólica (120 mmHg ou menos) devem
receber uma dose menor – 2,5 mg – quando o tratamento é iniciado ou
durante os 3 primeiros dias após o infarto. Se ocorrer hipotensão
(pressão sistólica menor ou igual a 100 mmHg), uma dose diária de
manutenção de 5 mg pode ser administrada com reduções temporárias a
2,5 mg, se necessário.

Se ocorrer hipotensão prolongada (pressão sistólica menor que 90
mmHg por mais de uma hora), lisinopril deve ser descontinuado. A
administração deve continuar por 6 semanas. Pacientes que
desenvolverem sintomas de insuficiência cardíaca devem continuar
com lisinopril.

O lisinopril é compatível com trinitrato de gliceril
transdérmico ou intravenoso.

Complicações Renais e Retinianas de Diabetes
Mellitus

A dose diária de lisinopril é de 10 mg 1 vez ao dia. Essa dose
pode ser aumentada para 20 mg, se necessário, para atingir a
pressão diastólica, na posição sentada, inferior a 75 mmHg.

Em pacientes diabéticos hipertensos não insulino-dependentes, a
dose é a mesma descrita acima para atingir uma pressão diastólica,
na posição sentada, inferior a 90 mmHg.

Idosos

Não há alteração da eficácia e segurança no paciente idoso.
Entretanto, quando a idade avançada está associada à diminuição da
função renal, devem ser utilizadas as orientações para pacientes
com insuficiência renal para determinar a dose inicial de
lisinopril. A partir daí, a posologia deve ser ajustada de acordo
com a resposta da pressão arterial.

Consulte seu médico em relação à dose de lisinopril a ser
administrada nestes casos.

Crianças

A segurança e a eficácia de lisinopril em crianças não foram
estabelecidas. O lisinopril deve ser utilizado continuamente até
que o médico defina quando deve ser interrompido o uso deste
medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
o Lisinopril Cristália?

Caso você se esqueça de tomar um dia o comprimido de Lisinopril,
não é necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar a
próxima dose, no horário habitual.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Precauções do Lisinopril – Cristália

O lisinopril deve ser utilizado com cuidado nas
seguintes situações

  • Em pacientes com distúrbios vascular do colágeno e renal,
    deve-se considerar a monitoração periódica da contagem de glóbulos
    brancos no sangue.
  • Em pacientes com problemas cardiovasculares, com diarreia ou
    vômito, com problemas renais e que fazem diálise.
  • Em pacientes que estão em terapia diurética, dieta com
    restrição de sais e tomam suplementos de potássio ou substituto de
    sal de cozinha que contém potássio.
  • Em pacientes que estão recebendo tratamento de
    dessensibilização para alguma alergia (ex.: picada de inseto).
  • Em pacientes que têm pressão baixa pode-se notar fraqueza ou
    tontura.
  • Em pacientes que apresentaram as seguintes reações alérgicas:
    inchaço das mãos, pés, tornozelos, face, lábios, garganta e/ou
    língua, com dificuldade de engolir ou respirar.
  • Em pacientes negros o efeito pode ser menor quando comparado
    aos demais pacientes.
  • Em pacientes diabéticos em uso de antidiabéticos,
    principalmente associado à insuficiência renal (mau funcionamento
    dos rins) pode haver queda do açúcar no sangue.
  • A combinação de lisinopril com alisquireno não é
    recomendada.

Atenção diabéticos: este medicamento contém
manitol.

Interações medicamentosas

O lisinopril deve ser utilizado com cuidado em pacientes
que estão tomando os seguintes medicamentos

Diuréticos, antidiabéticos, suplementos de potássio, diuréticos
e substitutos do sal que retêm potássio, lítio (para transtornos
psiquiátricos), sais de ouro (por ex.: aurotiomalato de sódio),
outros anti-hipertensivos e indometacina ou anti-inflamatórios
não-esteroidais.

A combinação de lisinopril com medicamentos contendo alisquireno
deve ser evitada.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Reações Adversas do Lisinopril – Cristália

Podem ocorrer as seguintes reações adversas

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Tontura, dor de cabeça, efeitos ortostáticos (incluindo queda da
pressão arterial), tosse, diarreia, vômito e alterações da função
dos rins.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hipercalemia (concentração superior ao normal de íons de
potássio no sangue), alterações no humor (incluindo sintomas de
depressão), parestesia (sensação de dormência), vertigem,
alterações do paladar e do sono, alucinações, ataque cardíaco
(infarto) e derrame cerebral possivelmente devido à queda de
pressão arterial em pacientes de alto risco, palpitações,
taquicardia (aumento da frequência cardíaca) e síncope* (desmaio),
rinite, náusea, dor abdominal, indigestão, lesões na pele com
vermelhidão (erupção cutânea), coceira (prurido), alergia/ inchaço
da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe,
impotência sexual, cansaço, fraqueza, uremia (aumento de ureia no
sangue), aumento da creatinina no sangue e aumento nas enzimas
hepáticas (do fígado).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizam este medicamento)

Hiponatremia (concentração anormalmente baixa de íons de sódio
no sangue), confusão mental, distúrbio olfativo, boca seca,
urticária (coceira), alopecia (queda de cabelo), descamação e
vermelhidão na pele (psoríase), uremia (aumento de ureia no
sangue), insuficiência renal aguda (queda súbita da função dos
rins), diminuição da hemoglobina e hematócrito e aumento na
bilirrubina sérica.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizam este medicamento)

Hipoglicemia (baixa concentração de glicose no sangue),
broncoespasmo (contração do músculo liso nas paredes de brônquios e
bronquíolos, causando o estreitamento dos mesmos), sinusite
(inflamação do nariz), pancreatite (inflamação do pâncreas),
angioedema intestinal (inchaço do intestino), diaforese (suor
excessivo), pênfigo (bolhas na pele), necrólise epidermal tóxica
(doença de pele semelhante a uma queimadura de segundo grau),
Síndrome de Stevens-Johnson (vermelhidão inflamatória da pele com
presença de bolhas), eritema multiforme (vermelhidão inflamatória
da pele), pseudolinfoma cutâneo (lesões na pele semelhantes a uma
queimadura de segundo grau), oligúria/anúria (diminuição/ausência
de micção), hepatite (inflamação do fígado), icterícia (presença de
coloração amarela na pele e nos olhos) e insuficiência hepática
(mau funcionamento do fígado).

*Frequência se refere à população de pacientes hipertensos. A
frequência na população de pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva é “comum”.

No caso de uso de doses elevadas de lisinopril em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva, pode ocorrer vertigem, um tipo
de desmaio chamado de síncope, aumento anormal de cálcio no sangue
e creatinina sérica aumentada.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

População Especial do Lisinopril –
Cristália

Gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em
caso de suspeita de gravidez.

Capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas

Não se espera que lisinopril afete a capacidade de dirigir
veículos e operar máquinas. Entretanto, alguns pacientes podem
sentir tontura ou cansaço.

Composição do Lisinopril – Cristália

Apresentações

Lisinopril 10 mg ou 20 mg em embalagens com 30 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto.

Composição

Cada comprimido contém:

Lisinopril10 mg20 mg
Excipientes q.s.p1 comprimido1 comprimido

Excipientes:

manitol, fosfato de cálcio dibásico, amido de milho, amido de
milho pré-gelatinizado, estearato de magnésio, corante FDamp;C Nº 6
amarelo crepúsculo.

Superdosagem do Lisinopril – Cristália

Possíveis sintomas

Redução importante da pressão arterial, distúrbio eletrolítico e
alteração renal. Em caso de uso de grande quantidade deste
medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Lisinopril –
Cristália

Anti-hipertensivos

Quando combinado com outros medicamentos anti-hipertensivos,
pode ocorrer queda aditiva da pressão arterial. Estudos clínicos
demostraram que o bloqueio do SRAA através do uso combinado de
inibidores da ECA, bloqueadores do receptor de angiotensina II ou
alisquireno é associado à maior frequência de reações adversas como
hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo
insuficiência renal aguda) quando comparado ao uso individual de
agente do SRAA.

Medicamentos que podem aumentar o risco de
angioedema

O tratamento concomitante de inibidores da ECA com inibidores do
receptor-alvo da rapamicina nos mamíferos (por exemplo,
temsirolimo, sirolimo, everolimo), inibidores da endopeptidase
neutra (por exemplo racecadotril) ou ativadores de plasminogênio
tecidual pode aumentar o risco de angioederma.

Diuréticos

Quando um diurético é acrescentado à terapia com Lisinopril
(substância ativa) o efeito anti-hipertensivo é geralmente
potencializado.

Pacientes que já utilizam diuréticos e especialmente aqueles nos
quais a terapia diurética tenha sido recentemente instituída podem
ocasionalmente apresentar excessiva redução da pressão arterial
quando Lisinopril (substância ativa) é acrescentado. A
possibilidade de hipotensão sintomática com Lisinopril (substância
ativa) pode ser minimizada com a interrupção do diurético antes da
introdução do tratamento com Lisinopril (substância ativa).

Antidiabéticos

Estudos epidemiológicos têm sugerido que a administração
concomitante de inibidores da ECA e medicamentos antidiabéticos
(insulina, hipoglicemiantes orais) pode causar um aumento do efeito
hipoglicemiante com risco de hipoglicemia. Este fenômeno aparece
com mais frequência durante as primeiras semanas de tratamento
combinado e em pacientes com insuficiência renal.

Suplementos de potássio, agentes poupadores de potássio
ou substitutos do sal de cozinha contendo potássio e outros
medicamentos que podem elevar o nível sérico de
potássio

Embora estudos clínicos demonstrem que o potássio sérico
geralmente se mantém dentro dos limites normais, hipercalemia
ocorreu em alguns pacientes. Os fatores de risco para o
desenvolvimento da hipercalemia incluem insuficiência renal,
diabetes mellitus e uso concomitante de diuréticos
poupadores de potássio (por ex.: espironolactona, triantereno ou
amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal de
cozinha contendo potássio e outros medicamentos que podem elevar o
nível sérico de potássio (ex.: heparina e cotrimoxazol).

O uso destes agentes, especialmente em pacientes com
comprometimento da função renal, pode levar a um aumento
significativo do potássio sérico.

Se o uso concomitante de Lisinopril (substância ativa) com
qualquer um dos agentes acima mencionados é julgado apropriado,
eles devem ser feitos com cautela, e com monitoração frequente do
potássio sérico.

Se Lisinopril (substância ativa) é administrado com um diurético
depletor de potássio a hipocalemia induzida pelo diurético pode ser
amenizada.

Lítio

Assim como ocorre com outros fármacos que eliminam sódio, a
eliminação de lítio pode ser diminuída. Portanto, os níveis séricos
de lítio devem ser cuidadosamente monitorados se sais de lítio são
administrados.

Ouro (por ex.: aurotiomalato de sódio)

Reações nitritoides (sintomas de vasodilatação incluindo
rubor, náuseas, tontura e hipotensão que podem ser muito
graves) foram relatadas com maior frequência em pacientes
tratados com inibidores da ECA após aplicações de injeções de ouro
(por exemplo, aurotiomalato de sódio).

Terapia concomitante

A indometacina pode diminuir a eficácia anti-hipertensiva de
Lisinopril (substância ativa) quando administrados
concomitantemente.

Em alguns pacientes com comprometimento da função renal, que
estão sendo tratados com anti-inflamatórios não esteroidais, a
coadministração de Lisinopril (substância ativa) pode resultar em
uma deterioração adicional da função renal.

O Lisinopril (substância ativa) foi usado concomitantemente com
nitratos sem evidências de interações adversas clinicamente
significativas.

Ação da Substância Lisinopril – Cristália

Hipertensão

Em dois estudos de dose-resposta, 438 pacientes portadores de
hipertensão leve a moderada receberam Lisinopril (substância ativa)
uma vez ao dia. A pressão foi verificada após 24 horas. Apesar de
já haver resposta com 5mg/dia em alguns pacientes, a eficácia foi
maior nas doses de 10, 20 e 80mg/dia.

Em estudos controlados, 20 a 80mg de Lisinopril (substância
ativa) foram comparados com 12,5 a 50mg/dia de hidroclorotiazida e
50 a 200mg/dia de atenolol em pacientes com hipertensão leve a
moderada e com metoprolol 100 a 200mg/dia em pacientes portadores
de hipertensão, moderada a grave.

O Lisinopril (substância ativa) foi superior à hidroclorotiazida
e semelhante ao atenolol e metoprolol na redução da pressão
diastólica e foi superior às três medicações na redução da pressão
sistólica.

Insuficiência Cardíaca Congestiva

O efeito de Lisinopril (substância ativa) na mortalidade e
morbidade em insuficiência cardíaca congestiva foi estudado,
comparando-se uma dose alta (32,5mg ou 35mg uma vez ao dia) com uma
dose baixa (2,5mg ou 5mg uma vez ao dia).

Em um estudo realizado com 3164 pacientes, durante período médio
de 46 meses de acompanhamento, a dose alta de Lisinopril
(substância ativa) produziu, no tempo final combinado, uma redução
de 12% do risco de mortalidade e hospitalização de todas as
possíveis causas (p = 0,002), e uma redução de 8% do risco de
mortalidade de todas as possíveis causas e de hospitalização
cardiovascular (p = 0,036) em comparação com a dose baixa. Foram
observadas reduções no risco de mortalidade de todas as causas (8%;
p = 0,128) e de mortalidade cardiovascular (10%; p = 0,073).

Em uma análise post-hoc, o número de hospitalizações por
insuficiência cardíaca foi reduzido em 24% (p = 0,002) em pacientes
tratados com a dose alta de Lisinopril (substância ativa) em
comparação com a dose baixa. Os benefícios sintomáticos foram
similares em pacientes tratados com doses altas e baixas de
Lisinopril (substância ativa).

Os resultados do estudo mostraram que os perfis globais de
eventos adversos para pacientes tratados com dose alta ou baixa de
Lisinopril (substância ativa) foram similares quanto à natureza e
ao número.

Eventos previsíveis resultantes da inibição da ECA, tais como,
hipotensão ou função renal alterada, foram controláveis e raramente
levaram a descontinuação do tratamento. Tosse foi menos frequente
em pacientes tratados com dose elevada de Lisinopril (substância
ativa) em comparação com dose baixa.

Infarto Agudo do Miocárdio

No estudo GISSI-3, o qual foi usado um desenho fatorial 2 x 2
para comparar os efeitos de Lisinopril (substância ativa) e
gliceril trinitrato usados sozinhos ou em combinação por 6 semanas
comparados com controle em 19.394 pacientes nos quais foi
administrado tratamento dentro de 24 horas após um infarto agudo do
miocárdio, Lisinopril (substância ativa) produziu uma redução
estatisticamente significativa do risco da mortalidade de 11%
versus controle (2p = 0,03).

A redução do risco com uso de gliceril trinitrato não foi
significativa, mas a combinação de Lisinopril (substância ativa) e
gliceril trinitrato produziu uma significativa redução do risco de
mortalidade de 17% versus controle (2p = 0,02).

Em um subgrupo de idosos (idade gt; 70 anos) e mulheres,
pré-definidos como pacientes de alto risco de mortalidade, um
benefício significativo foi observado para combinação dos desfechos
de mortalidade e função cardíaca. A combinação dos desfechos para
todos os pacientes, como também os subgrupos de alto risco, também
demonstrou benefício significativo para os tratamentos com
Lisinopril (substância ativa) aos 6 meses ou Lisinopril (substância
ativa) mais gliceril trinitrato por 6 semanas, indicando os efeitos
preventivos para Lisinopril (substância ativa).

Como esperado para qualquer tratamento com vasodilatadores, o
aumento das incidências de hipotensão e disfunção renal estão
associados ao tratamento com Lisinopril (substância ativa), mas não
estão associados a um aumento proporcional da mortalidade.

Complicações Renais e Retinianas de Diabetes
Mellitus

Pode-se prevenir praticamente todas as complicações do diabetes
com os inibidores da ECA. Em pacientes portadores de diabetes do
tipo I e microalbuminúria, que receberam Lisinopril (substância
ativa) apresentaram um risco menor de progressão para
macroalbuminúria e esse efeito se manteve quando ajustado para as
variações na pressão arterial. Houve também a diminuição do risco
para progressão em pacientes já com macroalbuminúria.

O tratamento com inibidores da ECA está associado a menores
níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em
pacientes portadores de retinopatia proliferativa diabética e
estudos sugerem um forte potencial de uso dos inibidores da ECA no
tratamento da retinopatia diabética.

Em um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico o
qual comparou Lisinopril (substância ativa) com um bloqueador dos
canais de cálcio em 335 pacientes hipertensos e com diabetes tipo 2
com nefropatia incipiente caracterizada pela microalbuminúria,
Lisinopril (substância ativa) 10 a 20mg administrado uma vez ao dia
por 12 semanas, reduziu a pressão sistólica/diastólica em 13/10mmHg
e o valor de excreção urinária de albumina em 40%.

Quando comparado com bloqueadores dos canais de cálcio, os quais
produzem uma redução similar da pressão sanguínea, todos os
pacientes tratados com Lisinopril (substância ativa) mostraram uma
redução significativamente maior nos níveis de excreção urinária de
albumina, demonstrando que a ação inibitória da ECA de Lisinopril
(substância ativa) reduziu a microalbuminúria por um mecanismo
direto nos tecidos renais além do seu efeito hipotensor.

Características farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

O Lisinopril (substância ativa) é um inibidor da peptidil
dipeptidase. Ele inibe a enzima conversora da angiotensina (ECA)
que catalisa a conversão da angiotensina I ao peptídeo
vasoconstritor, angiotensina II. A angiotensina II estimula também
a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal.

A inibição da ECA resulta em concentrações diminuídas de
angiotensina II, as quais resultam em diminuição da atividade
vasopressora e redução da secreção de aldosterona. A diminuição
tardia da aldosterona pode resultar em um aumento da concentração
sérica de potássio.

Acredita-se que o mecanismo pelo qual o Lisinopril (substância
ativa) diminui a pressão arterial é principalmente a supressão do
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Entretanto, o Lisinopril
(substância ativa) é eficaz na redução da pressão arterial mesmo em
pacientes hipertensos com baixa renina. A ECA é idêntica à cininase
II, enzima que degrada a bradicinina. Ainda não está elucidado se
níveis aumentados de bradicinina, um potente peptídeo
vasodilatador, exercem papel importante sobre os efeitos
terapêuticos do Lisinopril (substância ativa).

É sabido que a ECA está presente no endotélio e que a atividade
aumentada da ECA em pacientes diabéticos, que resulta na formação
de angiotensina II e destruição de bradicinina, potencializa os
danos ao endotélio causados por hiperglicemia. Os inibidores da
ECA, incluindo Lisinopril (substância ativa), inibem a formação de
angiotensina II e a degradação da bradicinina, melhorando
consequentemente a disfunção endotelial.

Os efeitos de Lisinopril (substância ativa) na taxa de excreção
urinária de albumina e na progressão de retinopatia em pacientes
diabéticos são mediados pela redução na pressão sanguínea, bem como
pelo mecanismo direto nos tecidos retinal e renal.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

Após administração oral de Lisinopril (substância ativa), o pico
de concentração sérica ocorre em cerca de 7 horas, apesar de haver
uma tendência a um pequeno retardo no tempo para alcançar o pico de
concentração sérica em pacientes com infarto agudo do
miocárdio.

Baseado na recuperação urinária, a extensão média de absorção de
Lisinopril (substância ativa) é de aproximadamente 25%, com
variações entre os pacientes (6-60%) em todas as doses testadas
(5-80mg). A biodisponibilidade absoluta é reduzida em
aproximadamente 16% em pacientes com insuficiência cardíaca. A
absorção de Lisinopril (substância ativa) não é afetada pela
presença de alimentos.

Distribuição

O Lisinopril (substância ativa) parece não ligar-se às outras
proteínas séricas, diferentemente da enzima conversora de
angiotensina circulante (ECA). Estudos em ratos indicam que o
Lisinopril (substância ativa) pouco atravessa a barreira
hematoencefálica.

Eliminação

O Lisinopril (substância ativa) não é metabolizado e o fármaco
absorvido é inteiramente excretado inalterado na urina. Em doses
múltiplas, o Lisinopril (substância ativa) possui uma meia-vida
efetiva de acúmulo de 12,6 horas. A depuração plasmática de
Lisinopril (substância ativa) em pacientes sadios é de
aproximadamente 50mL/min. O declínio das concentrações séricas
exibe uma fase terminal prolongada que não contribui para o acúmulo
do fármaco.

Essa fase terminal provavelmente representa ligações saturadas à
ECA e não é proporcional à dose.

Insuficiência hepática

O comprometimento da função hepática em pacientes com cirrose
resultou na diminuição da absorção de Lisinopril (substância ativa)
(cerca de 30% determinado pela recuperação urinária) e um aumento
na exposição (aproximadamente 50%) comparada a voluntários sadios
devido à diminuição da depuração plasmática.

Insuficiência renal

O comprometimento da função renal diminui a eliminação de
Lisinopril (substância ativa), que é excretado via renal, mas essa
diminuição torna-se clinicamente importante somente quando a
velocidade de filtração glomerular é menor que 30mL/min.

Tabela 1: Parâmetros farmacocinéticos de Lisinopril
(substância ativa) para diferentes grupos de pacientes renais após
administração de múltiplas doses de 5mg.

Com um clearance de creatinina de 30-80mL/min, o valor
da ASC média aumentou apenas 13%, enquanto que o valor médio da ASC
aumentou 4-5 vezes com o clearance de creatinina de
5-30mL/min.

O Lisinopril (substância ativa) pode ser removido por diálise.
Durante 4 horas de hemodiálise, a concentração plasmática média de
Lisinopril (substância ativa) diminuiu em 60%, com uma depuração da
diálise entre 40 e 55 mL/min.

Insuficiência cardíaca

Pacientes com insuficiência cardíaca têm uma maior exposição de
Lisinopril (substância ativa) comparado com voluntários sadios (um
aumento da média ASC de 125%), mas baseado na recuperação urinária
de Lisinopril (substância ativa), há uma redução da absorção de
aproximadamente 16% comparada com voluntários sadios.

Idosos

Pacientes idosos apresentam níveis sanguíneos mais elevados e
valores da ASC mais elevados (aumento de aproximadamente 60%) em
comparação com pacientes mais jovens.

Cuidados de Armazenamento do Lisinopril –
Cristália

Você deve conservar lisinopril em temperatura ambiente (15ºC a
30°C). Protegido da luz e da umidade.

O lisinopril tem validade de 24 meses a partir da data de
fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas

10mg

O lisinopril 10 mg são apresentados como comprimidos planos,
sulcados e de cor salmão.

20mg

O lisinopril 20 mg é apresentado como comprimidos planos,
apresentam logotipo, são sulcados e de cor salmão.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Lisinopril – Cristália

MS Nº 1.0298.0326

Farm. Resp.:

Dr. José Carlos Módolo
CRF-SP Nº 10.446

Comercializado por:

Eurofarma Laboratórios S. A.
Av. Vereador José Diniz, 3.465, Campo Belo
São Paulo – SP , Brasil

Registrado por:

Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira – SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51 – Indústria Brasileira

SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente):

0800 701 19 18

Venda sob prescrição médica.

Lisinopril-Cristalia, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.