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Agorafobia: sintoma grave do transtorno de pânico – saiba mais

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Olá, bem-vindo ao canal da Escola de Saúde Mental Dr. Lincoln Andrade. Eu sou o Dr. Lincoln Andrade, médico psiquiatra na cidade de Curitiba. Aqui nesse canal, toda semana, colocamos um vídeo novo a respeito de assuntos relevantes sobre saúde mental e qualidade de vida.

No vídeo anterior, comentei a respeito do medo de perder a confiança no próprio corpo no transtorno de pânico. E aqui, nesse vídeo, vou falar sobre a agorafobia, que é o medo de estar em lugares amplos e com muitas pessoas.

O transtorno de pânico tem diversos sintomas, mas há quatro pilares fundamentais: as crises de pânico, o medo de sentir medo, o medo de ter crises e a agorafobia. Possivelmente, a agorafobia é o sintoma mais grave do transtorno.

Agorafobia significa “fobia de lugares”. Esse termo vem do grego e antigamente se referia a reuniões de pessoas em espaços públicos abertos, como praças e feiras. Atualmente, representa o medo de estar em lugares com muitas pessoas, onde uma pessoa que tem transtorno de pânico teme estar presente, pois teme sofrer uma crise e não poder ser socorrida ou sair imediatamente.

Um exemplo prático disso é quando uma pessoa vai ao cinema e, estando no meio de uma fila durante um filme, começa a sentir os sintomas de uma crise de pânico. Ela precisa sair rapidamente, mas fica apavorada por estar no meio de uma fila cheia de pessoas no escuro. Essa sensação é completamente apavorante e faz com que a pessoa evite esse tipo de situação para evitar a possibilidade de sofrer uma crise.

Esse comportamento evitativo é o que chamamos de agorafobia – quando a pessoa evita lugares onde se sinta incapaz de sair rapidamente, de ser socorrida ou de deixar o local imediatamente. Esse medo pode ser tão intenso que a pessoa acaba evitando situações diversas, o que traz um prejuízo enorme para a vida dela em vários aspectos.

A agorafobia normalmente se desenvolve em pessoas que já têm um histórico de crises de pânico e, se não for tratada, pode trazer problemas profissionais, conjugais, familiares, além de dificultar viagens e atividades cotidianas.

O tratamento do transtorno de pânico deve ser individualizado, levando em consideração cada um dos componentes. É importante tratar também a agorafobia, caso esteja presente, pois mesmo que a pessoa não tenha crises, pode sofrer um grande prejuízo de qualquer forma.

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Fonte: AGORAFOBIA, O SINTOMA MAIS GRAVE DO TRANSTORNO DE PÂNICO por Escola de Saúde Mental