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Vivacor

Em pacientes adultos com hipercolesterolemia (nível
elevado de colesterol no sangue) Vivacor é indicado
para:

  • Redução dos níveis de LDL-colesterol, colesterol total e
    triglicérides elevados; aumento do HDLcolesterol em pacientes com
    hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica e não
    familiar) e dislipidemia mista (níveis elevados ou anormais de
    lipídios no sangue) (Fredrickson tipos IIa e IIb). Vivacor também
    diminui ApoB, não-HDL-C, VLDL-C, VLDL-TG, e as razões LDLC/HDL-C,
    C-total/HDL-C, não-HDL-C/HDL-C, ApoB/ApoA-I e aumenta ApoA-I nestas
    populações;
  • Tratamento da hipertrigliceridemia isolada (nível elevado de
    triglicérides no sangue) (hiperlipidemia de Fredrickson tipo
    IV);
  • Redução do colesterol total e LDL-C em pacientes com
    hipercolesterolemia familiar homozigótica, tanto isoladamente
    quanto como auxiliar à dieta e a outros tratamentos para redução de
    lipídios (por ex.: aférese de LDL), se tais tratamentos não forem
    suficientes;
  • Retardamento ou redução da progressão da aterosclerose (acúmulo
    de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos).

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de
idade:

Vivacor é indicado para redução do colesterol total, LDL-C e
ApoB em pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica
(HeFH).

Como o Vivacor funciona?


A rosuvastatina, princípio ativo de Vivacor , inibe uma enzima
importante para a fabricação do colesterol pelo organismo, chamada
HMG-CoA redutase, portanto, o uso contínuo de Vivacor reduz o nível
de lipídios (substâncias gordurosas) no sangue, principalmente
colesterol e triglicérides.

Esta redução é geralmente obtida em até 4 semanas e sob
continuidade do tratamento é mantida após esse período.

Contraindicação do Vivacor

Você não deve utilizar Vivacor se for alérgico à rosuvastatina
ou a qualquer um dos componentes do medicamento, se estiver com
doença no fígado, e se tiver insuficiência hepática ou renal
(funcionamento alterado do fígado ou rins).

Vivacortambém não deve ser utilizado por pacientes grávidas ou
que pretendem engravidar e que não estão usando métodos
contraceptivos apropriados. Você não deve utilizar Vivacorse
estiver amamentando.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.

Como usar o Vivacor

Os comprimidos de Vivacor devem ser ingeridos inteiros, uma vez
ao dia, por via oral, com água, a qualquer hora do dia, com ou sem
alimentos. Porém, procure tomar Vivacor no mesmo horário, todos os
dias.

Este medicamento não deve ser partido ou
mastigado.

Posologia do Vivacor


Seu médico deverá avaliar os critérios adequados para indicação
e posologia do tratamento com Vivacor.

A faixa de dose usual é de 10 mg a 40 mg, por via oral, uma vez
ao dia. A dose máxima diária é de 40 mg. A dose de Vivacor deve ser
individualizada de acordo com a meta da terapia e a resposta do
paciente. A maioria dos pacientes é controlada na dose inicial.
Entretanto, se necessário, o ajuste de dose pode ser feito em
intervalos de 2 a 4 semanas.

Adultos:

Hipercolesterolemia primária (incluindo
hipercolesterolemia familiar heterozigótica), dislipidemia mista,
hipertrigliceridemia isolada e tratamento da
aterosclerose:

A dose inicial habitual é de 10 mg uma vez ao dia. Uma dose
inicial de 5 mg está disponível para populações especiais de
pacientes quando necessário. Para pacientes com hipercolesterolemia
grave (incluindo hipercolesterolemia familiar heterozigótica) ou
aqueles pacientes que necessitam atingir metas agressivas de
redução de LDL-C, pode-se considerar uma dose inicial de 20 mg.

Hipercolesterolemia familiar homozigótica:

Recomenda-se uma dose inicial de 20 mg uma vez ao dia.

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de
idade:

Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia
heterozigótica familiar a dose usual é de 5 – 20 mg uma vez ao dia
por via oral. A dose deve ser apropriadamente titulada para atingir
o objetivo do tratamento. A segurança e eficácia de doses maiores
que 20 mg não foram estudadas nessa população.

Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar
homozigótica, a experiência é limitada a um pequeno número de
pacientes (idade igual ou maior que 8 anos).

Idosos:

Utiliza-se a faixa de dose habitual.

Pacientes com insuficiência renal:

A faixa de dose habitual se aplica a pacientes com insuficiência
renal de leve a moderada. Para pacientes com insuficiência renal
grave, a dose de Vivacor não deve exceder 10 mg uma vez ao dia.

Pacientes com insuficiência hepática:

A faixa de dose habitual se aplica a pacientes com insuficiência
hepática leve a moderada. Foi observado aumento da exposição
sistêmica a rosuvastatina em pacientes com insuficiência hepática
grave, portanto, o uso de doses superiores a 10 mg deve ser
cuidadosamente considerado.

Raça:

A dose inicial de 5 mg de Vivacor deve ser considerada para
pacientes descendentes asiáticos. Tem sido observada uma
concentração plasmática aumentada de rosuvastatina em asiáticos. O
aumento da exposição sistêmica deve ser levado em consideração no
tratamento de pacientes asiáticos cuja hipercolesterolemia não é
adequadamente controlada com doses de até 20 mg ao dia.

Polimorfismo genético (variedade de genes):

Dependendo da sua constituição genética, o nível de
rosuvastatina pode aumentar no seu organismo, neste caso, seu
médico poderá ajustar a dose de Vivacor. Genótipos de SLCO1B1
(OATP1B1) c.521CC e ABCG2 (BCRP) c.421AA têm mostrado serem
associados com um aumento da exposição à rosuvastatina (ASC) em
comparação com SLCO1B1 c.521TT e c.421CC ABCG2. Para os pacientes
com genótipo c.521CC ou c.421AA, recomenda-se uma dose máxima de 20
mg de Vivacor, uma vez por dia.

Terapia concomitante:

A rosuvastatina é um substrato de várias proteínas
transportadoras (por exemplo, OATP1B1 e BCRP). O risco de miopatia
(incluindo rabdomiólise) é maior quando Vivacor é administrado
concomitantemente com certos medicamentos que podem aumentar a
concentração plasmática da rosuvastatina devido às interações com
essas proteínas transportadoras (por exemplo, ciclosporina e alguns
inibidores de protease, incluindo combinações de ritonavir com
atazanavir, lopinavir e/ou tipranavir.

É recomendado que seu médico consulte as informações relevantes
dos medicamentos quando considerar administrar esses medicamentos
concomitantemente com Vivacor. Seu médico poderá considerar um
tratamento alternativo ou a interrupção temporária de Vivacor. Em
situações em que a coadministração destes medicamentos com Vivacor
é inevitável, o benefício e o risco do tratamento concomitante e
ajustes da posologia de Vivacor devem ser cuidadosamente
considerados.

Interações que requerem ajuste de dose:

Seu médico pode considerar um ajuste da dose de Vivacor quando
utilizado com outros medicamentos.

Vivacor deve ser utilizado continuamente, até que o médico
defina quando deve ser interrompido o uso deste medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os
horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o
tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o
Vivacor?


Caso você se esqueça de tomar Vivacor, não é necessário tomar a
dose esquecida. Aguarde a próxima dose, no horário habitual. Nunca
utilize duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico
ou de seu médico.

Precauções do Vivacor

Não se espera que Vivacor afete a capacidade de dirigir veículos
e operar máquinas.

Informe imediatamente ao seu médico se durante o tratamento com
Vivacor você sentir dores musculares inexplicadas, sensibilidade ou
fraqueza, particularmente se for acompanhada de mal-estar ou febre,
ou se tem história de dor muscular.

Assim como outros medicamentos da classe das estatinas, o uso da
rosuvastatina pode levar ao aumento do nível de glicose e
hemoglobina glicada no sangue e, em alguns casos, estes aumentos
podem exceder o valor limite para o diagnóstico do diabetes,
principalmente em pacientes com alto risco de desenvolvimento do
diabetes.

Podem ocorrer alterações nos resultados de exames laboratoriais
referentes ao funcionamento do fígado e dos músculos.

É recomendado o monitoramento nos níveis de enzimas do fígado
antes e por 12 semanas após o início do tratamento ou quando
ocorrer alteração de doses do medicamento e, depois periodicamente,
conforme estabelecido pelo seu médico.

Em caso de doença grave e internação, comunique seu médico que
você está tomando Vivacor, pois pode ser necessário parar o
tratamento por um curto período de tempo.

Se você ficar grávida durante o tratamento com Vivacor você deve
parar de tomá-lo imediatamente e comunicar seu médico.

Este medicamento contém lactose (94,88 mg/comprimido para
Vivacor 5 mg; 91,30 mg/comprimido para Vivacor 10 mg; 182,60
mg/comprimido para Vivacor 20 mg).

Informe seu médico caso você tenha problemas de
intolerância à lactose.

Reações Adversas do Vivacor

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que
utilizaram este medicamento):

Dor de cabeça, mialgia (dores musculares), astenia (sensação
geral de fraqueza), prisão de ventre, vertigem, náusea (enjôo) e
dor abdominal.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizaram este medicamento):

Prurido (coceira no corpo), exantema (erupção na pele) e
urticária (reações alérgicas na pele).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que
utilizaram este medicamento):

Miopatia (doença do sistema muscular, incluindo miosite –
inflamação muscular), reações alérgicas (incluindo angioedema –
inchaço), rabdomiólise (síndrome causada por danos na musculatura
esquelética), pancreatite (inflamação do pâncreas) e aumento das
enzimas do fígado no sangue.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos
pacientes que utilizaram este medicamento):

Artralgia (dor nas articulações), icterícia (acúmulo de
bilirrubina no organismo, levando a uma coloração amarela na pele e
nos olhos), hepatite (inflamação do fígado) e perda de memória.

Frequência desconhecida:

Trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue),
depressão, distúrbios do sono (incluindo insônia e pesadelos),
miopatia necrotizante imunomediada (degeneração muscular) e
ginecomastia (desenvolvimento de mamas em indivíduos do sexo
masculino), neuropatia periférica (perda da sensibilidade).

Em um pequeno número de pacientes em tratamento com Vivacor foi
observado um aumento relacionado à dose de algumas enzimas do
fígado no sangue (transaminases hepáticas e creatinoquinase).
Também foi observado um aumento da hemoglobina glicada (HbA1c).

Proteinúria (presença de proteína na urina) foi observada em um
pequeno número de pacientes.

O evento adverso faringite (inflamação da faringe) e outros
eventos respiratórios como infecções das vias aéreas superiores,
rinite (inflamação da mucosa nasal acompanhada de catarro) e
sinusite (inflamação dos seios nasais), também foram relatados.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou
farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.

Composição do Vivacor

Apresentações:

Comprimidos revestidos de 5 mg em embalagens
com:

10 ou 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 10 mg em embalagens
com:

10 ou 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 20 mg em embalagens
com:

30 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 10 anos.

Composição:

Cada comprimido revestido Vivacor 5 mg
contém:

5,20 mg de rosuvastatina cálcica*.

*Equivale a 5 mg de rosuvastatina.

Cada comprimido revestido Vivacor 10 mg
contém:

10,40 mg de rosuvastatina cálcica*.

*Equivale a 10 mg de rosuvastatina.

Cada comprimido revestido Vivacor 20 mg
contém:

20,80 mg de rosuvastatina cálcica*.

*Equivale a 20 mg de rosuvastatina.

Excipientes:

lactose monoidratada, celulose microcristalina, fosfato de
cálcio tribásico, crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose,
triacetina, dióxido de titânio, óxido férrico amarelo(1)
e óxido férrico vermelho(2).

(1) Presente apenas nos comprimidos revestidos de 5
mg.
(2) Presente apenas nos comprimidos revestidos de 10 mg
e 20 mg.

Superdosagem do Vivacor

Não existe tratamento específico para o caso de superdosagem com
Vivacor. No caso de superdosagem, o paciente deve ser tratado
sintomaticamente e devem ser instituídas medidas de suporte
conforme a necessidade. É improvável que a hemodiálise possa
exercer algum efeito benéfico na superdosagem por
rosuvastatina.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento,
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.

Interação Medicamentosa do Vivacor

Pacientes que estiverem tomando ciclosporina (medicamento usado
após transplante de órgãos) devem evitar o uso de Vivacor.

Vivacor deve ser utilizado com cuidado por pacientes que
tenham história de doença hepática (doença no fígado), que ingerem
regularmente grandes quantidades de álcool e que estejam tomando os
seguintes medicamentos:

Varfarina, genfibrozila, inibidores da protease, ácido fusídico
e antiácidos.

Devido à possibilidade de alterações hormonais (por exemplo:
redução de um hormônio chamado cortisol), é necessário cuidado no
uso concomitante de Vivacor e os medicamentos cetoconazol,
espironolactona e cimetidina.

Quando é necessária a coadministração de Vivacor com outros
medicamentos que conhecidamente aumentam a concentração de
rosuvastatina no sangue, a dose de Vivacor deve ser ajustada
conforme orientação do seu médico. É recomendado que seu médico
consulte as informações relevantes dos medicamentos quando
considerar administrar esses medicamentos concomitantemente com
Vivacor. Deve-se iniciar com uma dose de Vivacor de 5 mg, uma vez
ao dia. A dose máxima diária deve ser ajustada pelo seu médico, de
modo que não exceda a exposição obtida por uma dose de 40 mg quando
administrado sem medicamentos que possam interagir. Nos casos em
que houver interação, não deverá exceder, por exemplo, uma dose de
5 mg de Vivacor com ciclosporina, uma dose de 10 mg de Vivacor com
ritonavir/atazanavir associados e uma dose de 20 mg de Vivacor com
genfibrozila.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está
fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico.
Pode ser perigoso para a sua saúde.

Ação da Substância Vivacor

Rosuvastatina Cálcica (substância ativa) reduz os níveis
elevados de LDL-colesterol, colesterol total e triglicérides e
aumenta o HDL-colesterol. Também reduz a ApoB, o não-HDL-C, o
VLDL-C e o VLDL-TG e aumenta a ApoA-I (Olsson AG et al.
Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28).

Rosuvastatina Cálcica (substância ativa) reduz ainda as razões
LDL-C/HDL-C, C-total/HDL-C, não-HDL-C/HDL-C e ApoB/ApoA-I (Olsson
AG et al. Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28; Rader DJ
et al. Am J Cardiol 2003; 91 (Suppl): 20C-24C).

Uma resposta terapêutica ao Rosuvastatina Cálcica (substância
ativa) é evidente em 1 semana após o início da terapia e 90% da
resposta máxima é alcançada geralmente em 2 semanas. A resposta
máxima é geralmente obtida em até 4 semanas e mantida após esse
período (Brown W et al. Am Heart J 2002; 144: 1036-43;
Olsson AG et al. Am Heart J 2002; 144: 1044-51).

Tabela 1. Resposta em relação à dose em pacientes com
hipercolesterolemia primária (tipos IIa e IIb) (% da média ajustada
de mudanças em relação ao início) (Olsson AG et al.
Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28)

Dose

N

LDL-C

C-Total

HDL-C

TG

Não-HDL-C

ApoB

Apo A-I

Placebo

13-7-53-3-7-3

0

5

17-45-3313-35-44-38

4

10

17-52-3614-1048-42

4

20

17-55-408-23-51-46

5

40

18-63-4610-28-60-54

0

Tabela 2. Resposta em relação à dose em pacientes com
hipertrigliceridemia (tipo IIb ou tipo V) (% mediana de mudanças em
relação ao início) (Hunninghake DB et al. Diabetes 2001;
50 (Suppl 2): A143 Abs 575-P)

Dose

N

LDL-C

C-Total

HDL-C

TG

Não-HDL-C

ApoB

Apo A-I

Placebo

26151-3226

5

25-21-28-243-29-25-24

10

23-37-45-408-49-48-39

20

27-37-31-3422-43-49-40

40

25-43-43-4017-51-56-48

Os dados das Tabelas 1 e 2 são confirmados pelo amplo programa
clínico de mais de 5.300 pacientes tratados com Rosuvastatina
Cálcica (substância ativa).

Em um estudo de pacientes com hipercolesterolemia familiar
heterozigótica, 435 indivíduos foram tratados com Rosuvastatina
Cálcica (substância ativa) de 20 mg a 80 mg em um desenho de
titulação forçada de dose. Todas as doses de Rosuvastatina Cálcica
(substância ativa) mostraram um efeito benéfico nos parâmetros
lipídicos e no tratamento para atingir as metas estabelecidas. Após
titulação para a dose de 40 mg (12 semanas de tratamento), o LDL-C
foi reduzido em 53% (Stein E et al. Atherosclerosis Suppl
2001; 2 (2): 90 Abs P176).

Em um estudo aberto de titulação forçada de dose, 42 pacientes
com hipercolesterolemia familiar homozigótica foram avaliados
quanto à sua resposta a Rosuvastatina Cálcica (substância ativa)
20-40 mg titulado em um intervalo de 6 semanas. Na população geral,
a redução média de LDL-C foi de 22%. Nos 27 pacientes com redução
de no mínimo 15% na semana 12 (considerada como sendo a população
com resposta), a redução média de LDL-C foi de 26% na dose de 20 mg
e de 30% na dose de 40 mg. Dos 13 pacientes com uma redução de
LDL-C inferior a 15%, 3 não apresentaram resposta ou tiveram um
aumento de LDL-C (Marais D et al. Atherosclerosis Suppl
2002; 3: 159 Abs 435).

No estudo METEOR, a eficácia da rosuvastatina 40 mg na
progressão da aterosclerose foi avaliada por ultrassom
bidimensional da artéria carótida. Neste estudo clínico,
duplo-cego, multicêntrico, placebo-controlado, 984 indivíduos com
baixo risco de doença coronária cardíaca (definido como risco
Framingham gt;10% acima de 10 anos) e com LDL-C médio de 154,5
mg/dL, mas com aterosclerose subclínica detectada por ultrassom da
EIMC (espessura íntima-média das artérias carótidas), foram
randomizados em uma relação 5:2 para tratamento com rosuvastatina
40 mg ou placebo por 2 anos.

A rosuvastatina retardou significativamente a progressão da
aterosclerose da carótida comparada com placebo. A diferença na
alteração da EIMC para todos os 12 locais da artéria carótida entre
os pacientes tratados com rosuvastatina e pacientes tratados com
placebo foi -0,0145 mm/ano (IC 95% – 0,0196, -0,0093; plt; 0,0001).
A mudança a partir do basal (pré-tratamento) para o grupo
rosuvastatina foi -0,0014 mm/ano (IC 95% -0,0041, 0,0014), mas não
foi significativamente diferente de zero (p=0,3224). Os efeitos
benéficos da rosuvastatina foram consistentes para todos os 4
desfechos secundários da EIMC. Houve progressão significativa no
grupo placebo (+0,0131 mm/ano; IC 95% 0,0087, 0,0174; plt; 0,0001).
No grupo rosuvastatina, 52,1% dos pacientes demonstraram uma
ausência de progressão da doença (ex.: regressão) comparada com
37,7% dos pacientes do grupo placebo (p=0,0002). A
rosuvastatina 40 mg foi bem tolerada e os dados foram consistentes
ao perfil de segurança estabelecido para rosuvastatina.

Rosuvastatina Cálcica (substância ativa) é eficaz em uma ampla
variedade de populações de pacientes com hipercolesterolemia, com e
sem hipertrigliceridemia (Olsson AG et al. Cardiovasc Drug
Rev 2002; 20: 303-28), independentemente de raça, sexo ou idade
(Martin P et al. J Clin Pharmacol 2002; 42 (10): 1116-21),
e em populações especiais como diabéticos (Olsson AG et
al
. Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28; Blasetto JW et
al
. Am J Cardiol 2003; 91 (Suppl): 3C-10C; Durrington P et
al
. Diabetologia 2001; 44 (Suppl 1): A165, Abs 631) ou
pacientes com hipercolesterolemia familiar (Stein E et al.
Atherosclerosis Suppl 2001; 2 (2): 90 Abs P176).

Em um estudo clínico controlado denominado ASTEROID (estudo para
avaliar os efeitos da rosuvastatina na placa de ateroma coronariano
através de ultrassom intravascular), os pacientes tratados com
Rosuvastatina Cálcica (substância ativa) 40 mg tiveram uma
regressão significativa da aterosclerose para todas as três medidas
de ultrassom intravascular (IVUS) avaliadas. No estudo ASTEROID, os
pacientes tratados com Rosuvastatina Cálcica (substância ativa)
atingiram o nível mais baixo de LDL-C (- 53%) e os maiores níveis
do HDL-C (+ 15%) já observados em um estudo de progressão de
aterosclerose com estatinas. Neste estudo de dois anos de duração,
a rosuvastatina demonstrou ser bem tolerada. São necessários mais
estudos clínicos para determinar a extensão na qual Rosuvastatina
Cálcica (substância ativa) pode reduzir a formação e regredir a
placa de ateroma (Nissen Steven E et al. Jama 2006; 295:
E1-10).

Crianças e adolescentes com
hipercolesterolemia

Em um estudo placebo-controlado, multicêntrico, randomizado e
duplo-cego de 12 semanas (n= 176, 97 sexo masculino e 79 sexo
feminino) seguido por fase de titulação de dose de rosuvastatina,
aberto de 40 semanas (n= 173, 96 sexo masculino e 77 sexo
feminino), indivíduos de idade entre 10 e 17 anos (estágio Tanner
II-V, sexo feminino pelo menos 1 ano após a menarca) com
hipercolesterolemia familiar heterozigótica receberam rosuvastatina
5, 10 ou 20 mg ou placebo diariamente por 12 semanas e em seguida
todos receberam rosuvastatina diariamente por 40 semanas. Na
entrada do estudo, aproximadamente 30% dos pacientes tinham 10-13
anos e aproximadamente 17%, 18%, 40% e 25% estavam em estágio
Tanner II, III, IV e V, respectivamente.

A rosuvastatina reduziu os níveis LDL-C (objetivo primário),
colesterol total e ApoB. Os resultados são mostrados na tabela a
seguir.

Tabela 3. Efeito modificador da rosuvastatina nos
lipídios em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia
familiar heterozigótica (mínimos quadrados indicam o percentual de
mudança do valor basal até a semana 12)

Dose

N

LDL-C

C-Total

HDL-C

TG

Não-HDL-C

ApoB

Apo A-I

Placebo

46

-0,7-6,9

-0,0

-5,1

-0,9

-1,7

2,8

5

42-38,34,2-29,90,3-36,1-31,7

1,8

10

44-44,611,2-34,2-13,6-43,0-38,1

5,4

20

44-50,08,9-38,7-8,1-47,5-40,7

4,0

No final da semana 40, na fase aberta do estudo, aumentou-se
gradativamente a dose para no máximo 20 mg uma vez ao dia. Setenta
dos 173 pacientes (40,5%) atingiram objetivo de LDL-C menor que 110
mg/dL (2,8 mmol/L).

Após 52 semanas de tratamento do estudo, nenhum efeito no
crescimento ou maturação sexual foi detectado.

A rosuvastatina também foi avaliada em um estudo aberto,
titulação para dose-alvo em 198 crianças de 6 a 17 anos de idade
com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (88 do sexo
masculino e 110 do sexo feminino. Estágio Tanner lt; II-V). A dose
inicial para todos os pacientes foi de 5 mg de rosuvastatina uma
vez ao dia. Pacientes de 6 a 9 anos de idade (n=64) podiam titular
uma dose máxima de 10 mg uma vez ao dia e pacientes de 10 a 17 anos
de idade (n=134) uma dose máxima de 20 mg uma vez ao dia (Kusters
DM et al. Journal of Clinical Lipodology
2013;7(5):408-413).

Após o tratamento, 74 dos 197 pacientes (37,6%) nesse estudo
atingiram a meta de LDL-C de menos de 110mg/dL (2,8mmol/L). Todos
os grupos etários demonstraram reduções estatisticamente
significativas no LDL-C comparando aos dados iniciais (Kusters DM
et al. Journal of Clinical Lipodology
2013;7(5):408-413).

A rosuvastatina 5 mg, 10 mg e 20 mg também alcançaram alterações
médias estatisticamente significativas a partir dos dados iniciais
para os lipídeos secundários e lipoproteínas variáveis a seguir:
HDL-C, TC, não-HDL-C, LDL-C/HDL-C, TC/HDL-C, TG/HDL-C,
não-HDL-C/HDL-C, ApoB, ApoB/ApoA-1. Cada uma dessas mudanças foi na
direção de melhoria de comportamento dos lipídeos e foi mantida por
mais de 2 anos (Kusters DM et al. Journal of Clinical
Lipodology 2013;7(5):408-413).

Nenhum efeito no crescimento e na maturação sexual foi detectado
após 24 meses de tratamento (Kusters DM et al. Journal of
Clinical Lipodology 2013;7(5):408-413).

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Crestor.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A rosuvastatina é um seletivo e potente inibidor competitivo da
HMG-CoA redutase, a enzima que limita a taxa de conversão da
3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A para mevalonato, um precursor
do colesterol. Os triglicérides (TG) e o colesterol são
incorporados no fígado à apolipoproteína B (ApoB), e liberados no
plasma como lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), para
serem distribuídos nos tecidos periféricos. As partículas VLDL são
ricas em triglicérides. A lipoproteína de baixa densidade (LDL),
rica em colesterol, é formada a partir de VLDL e captada
principalmente através do receptor de LDL de alta afinidade no
fígado.

A rosuvastatina exerce seus efeitos modificadores sobre
os lipídios de duas maneiras:

Ela aumenta o número de receptores LDL hepáticos na superfície
celular, aumentando a captação e o catabolismo do LDL, e inibe a
síntese hepática de VLDL, reduzindo, assim, o número total de
partículas de VLDL e LDL.

A lipoproteína de alta densidade (HDL) que contém ApoA-I é
envolvida, entre outros, no transporte do colesterol dos tecidos de
volta para o fígado (transporte reverso de colesterol).

O envolvimento do LDL-C na aterogênese está bem documentado.
Estudos epidemiológicos estabeleceram que LDL-C e TG altos e HDL-C
e ApoA-I baixos foram associados a um maior risco de doença
cardiovascular. Estudos de intervenção mostraram os benefícios da
redução de LDL-C e TG ou do aumento do HDL-C sobre as taxas de
mortalidade e de eventos cardiovasculares (CV). Dados mais recentes
associaram os efeitos benéficos dos inibidores da HMG-CoA redutase
à diminuição do não-HDL (por ex.: todo colesterol circulante que
não está em HDL) e da ApoB ou à redução da razão ApoB/ApoA-I.

Propriedades Farmacocinéticas

Rosuvastatina Cálcica (substância ativa) é administrado por via
oral na forma ativa, com picos de níveis plasmáticos ocorrendo 5
horas após a administração. A absorção aumenta linearmente com a
faixa de dose. A meia-vida é de 19 horas e não aumenta com a
elevação da dose. A biodisponibilidade absoluta é de 20%. Há um
acúmulo mínimo com dose única diária repetida.

A rosuvastatina sofre metabolismo de primeira passagem no
fígado, que é o local primário da síntese de colesterol e da
depuração de LDL-C.

Aproximadamente 90% da rosuvastatina ligam-se às proteínas
plasmáticas, principalmente à albumina. Mais de 90% da atividade
inibitória para a HMG-CoA redutase circulante é atribuída ao
princípio ativo.

A rosuvastatina sofre metabolismo limitado (aproximadamente
10%), principalmente para a forma Ndesmetila, e 90% são eliminados
como droga inalterada nas fezes, sendo o restante excretado na
urina.

Populações especiais

Idade e sexo

Não houve efeito clinicamente relevante associado à idade ou
sexo na farmacocinética da rosuvastatina em adultos A exposição em
crianças e adolescentes com hipercolesterolemia heretozigótica
familiar aparenta ser similar ou menor que em adultos com
dislipidemia.

Raça

Estudos farmacocinéticos mostram uma elevação de aproximadamente
duas vezes na mediana da área sob a curva (ASC) em descendentes
asiáticos comparados com caucasianos. Uma análise da
farmacocinética da população não revelou diferenças clinicamente
relevantes na farmacocinética entre caucasianos, hispânicos e
negros ou grupos de afro-caribenhos.

Insuficiência renal

Em um estudo realizado em indivíduos com graus variáveis de
insuficiência renal, a doença renal de leve a moderada apresentou
pouca influência nas concentrações plasmáticas da rosuvastatina.
Entretanto, indivíduos com insuficiência grave (depuração de
creatinina lt; 30 mL/min) apresentaram um aumento de 3 vezes na
concentração plasmática em comparação com voluntários sadios.

Insuficiência hepática

Em um estudo realizado em indivíduos com graus variáveis de
insuficiência hepática, não houve evidência de aumento da exposição
à rosuvastatina, exceto em 2 indivíduos com doença hepática mais
grave (graus 8 e 9 de Child-Pugh). Nestes indivíduos, a
exposição sistêmica foi aumentada em no mínimo 2 vezes em
comparação aos indivíduos com grau menor de
Child-Pugh.

Polimorfismos genéticos

A disponibilidade dos inibidores da HMG-CoA redutase, incluindo
a rosuvastatina, envolve OATP1B1 e as proteínas transportadoras
BCRP. Em pacientes com polimorfismos genéticos em SLCO1B1 (OATP1B1)
e/ou ABCG2 (BCRP) existe um risco de maior exposição à
rosuvastatina. Polimorfismos individuais de SLCO1B1 c.521CC e ABCG2
c.421AA estão associados com uma exposição (ASC) à rosuvastatina
aproximadamente 1,6 ou 2,4 vezes maior, respectivamente, em
comparação com os genótipos SLCO1B1 c.521TT ou ABCG2 c.421CC.

Dados de segurança pré-clínica

Os dados pré-clínicos não revelam danos especiais em humanos,
tendo como base estudos convencionais de farmacologia de segurança,
toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial
carcinogênico e toxicidade reprodutiva.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento
Crestor.

Cuidados de Armazenamento do Vivacor

Vivacor deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C),
protegido da umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos:

Vivacor 5 mg:

Comprimido redondo de cor amarela.

Vivacor 10 mg:

Comprimido redondo, de cor rosa.

Vivacor 20 mg:

Comprimido redondo, de cor rosa.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso
ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no
aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá
utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das
crianças.

Dizeres Legais do Vivacor

MS – 1.1618.0198.

Farm. Resp.:

Dra. Gisele H. V. C. Teixeira.
CRF-SP nº 19.825.

Fabricado por:

IPR Pharmaceuticals, Inc. – Canovanas – Porto Rico.

Importado e embalado por:

AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 – Cotia – SP – CEP 06707-000.
CNPJ 60.318.797/0001-00 – Indústria Brasileira.

Ou.

Fabricado por:

IPR Pharmaceuticals, Inc. – Canovanas – Porto Rico.

Embalado por:

AstraZeneca UK Limited – Macclesfield – Cheshire – Reino
Unido.

Importado por:

AstraZeneca do Brasil Ltda. Rod.
Raposo Tavares, km 26,9 – Cotia – SP – CEP 06707-000.
CNPJ 60.318.797/0001-00 – Indústria Brasileira.

Venda sob prescrição médica.

Vivacor, Bula extraída manualmente da Anvisa.

Remedio Para – Indice de Bulas A-Z.