Minha experiência com a Síndrome do Pânico

Oi pessoal, meu nome é Bruno, sou neurocientista e recentemente fiz um vídeo no canal explicando um pouco sobre a neurociência por trás da Síndrome do Pânico. Muitas pessoas pediram para eu falar sobre a minha experiência com essa condição, por isso, resolvi trazer este vídeo.

Sempre me senti uma pessoa bastante ansiosa desde criança, tinha dificuldade de esperar pelas coisas e isso está relacionado com a Síndrome do Pânico. Na verdade, a ansiedade é uma vulnerabilidade maior que aumenta o risco de desenvolver a condição. Vários fatores estressantes psico-sociais principalmente durante a fase de transição entre a infância e a adolescência fizeram com que meu temperamento ansioso aumentasse o risco de desenvolver as crises de ansiedade e, culminou com o aparecimento da Síndrome do Pânico.

Lembro claramente do que senti na primeira vez que tive uma crise de pânico: meu coração começou a acelerar, senti bastante suadeira, algo estava acontecendo de errado comigo, como se eu estivesse enclausurado e senti que estava morrendo. Na verdade, eu pensei que alguma coisa estava errada com o meu coração e fui consultar um clínico cardiologista. Fiz exames e constatei que não tinha nada de errado com o coração, então fui indicado por um psiquiatra para fazer o tratamento, já que era um transtorno de ansiedade.

Com isso, fui diagnosticado com Síndrome do Pânico e também com agorafobia. É importante lembrar que até hoje a maioria das pessoas tem preconceito com os medicamentos psicotrópicos, mas eles são essenciais para lidar com o momento das crises, principalmente no diagnóstico. Existem inúmeras medicações que podem ser utilizadas na Síndrome do Pânico, como a Fluoxetina, Escitalopram, Alprazolam e Clonazepam. Cada uma age de forma diferente no sistema nervoso e conseguem melhorar de fato o comportamento e diminuir a ocorrência dessas crises de ansiedade.

Porém, o que fará de fato a mudança para não sofrer com a condição de Síndrome do Pânico é a terapia psicológica, especialmente a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Essa terapia auxilia a descobrir novas ferramentas de controle na hora das situações de crise. É importante aprender a respirar corretamente durante as crises para controlar a situação, independentemente do local. Com a terapia comportamental, é possível aprender essas ferramentas que vão auxiliar no controle da ansiedade e a ganhar o controle novamente da vida.

Por fim, se você tem Síndrome do Pânico, o mais importante é o diagnóstico e entendimento do que está acontecendo com o seu corpo, procurar auxílio no tratamento com os medicamentos psiquiátricos e com a terapia psicológica, seja ela cognitiva comportamental ou não. Isso fará com que você ganhe controle novamente da sua vida e se sinta bem, mesmo tendo esse transtorno de ansiedade.

Espero que vocês tenham gostado desse vídeo e, caso desejem compartilhar suas experiências com este transtorno ou qualquer outro transtorno de ansiedade, fiquem à vontade nos comentários. E se ainda não é inscrito em nosso canal, se inscreva aqui, ative as notificações e receba mais conteúdo de neurociência de uma forma simples e descomplicada.

Fonte: Meu relato sobre viver com transtorno de pânico por Neurociência Descomplicada