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TAVI


E aí?
E aí, como a estenose aórtica é uma doença com prevalência grande na população idosa. Obviamente, existem idosos que têm problemas sérios renais, de fígado, de pulmão que às vezes contraindicam a cirurgia. Pois então, foi feito o desenvolvimento de um implante e forma minimamente invasiva de uma nova válvula aórtica, sem ser pelo método convencional chamado cirurgia a céu aberto, que é aquela que tem um corte no peito. A estenose aórtica é o estreitamento da válvula aórtica. Essa válvula permite o fluxo de sangue através do ventrículo para horta e da horta para o corpo. Esse estreitamento impede a válvula de abrir corretamente, levando o coração a ter que fazer mais força para bombear o sangue e isso, com o tempo, leva à insuficiência cardíaca.
Os principais sintomas são: dor no peito, tontura e palpitação, desmaio e falta de ar. Além disso, para pacientes com estenose aórtica grave, ou seja, na área valvar menor de 1 centímetro quadrado e com alto risco cirúrgico, é realizado um procedimento que tem sido cada vez mais adotado. Uma vez que a cada 20 pessoas acima de 75 anos, uma tem a estenose aórtica.
Devido ao grande sucesso nesse grupo de pacientes, começou-se a analisar se outros pacientes com riscos cirúrgicos não proibitivos, mas elevados, poderiam se beneficiar do procedimento. E o que é risco cirúrgico? São os critérios que utilizamos para avaliar a possibilidade ou não de tal procedimento. Essa avaliação é feita pelo cardiologista no consultório, fazendo um eletro e uma variação, e através de alguns escores, como o Core 2 ou STS, que vão avaliar a função do rim, função do pulmão, anemia, idade, peso, condições médicas, entre outros fatores, para determinar o tipo de cirurgia que o paciente será submetido.
Então, temos três grupos de pacientes: alto risco cirúrgico, moderado e baixo. Como se viu, o benefício daqueles pacientes que eram contra indicação para cirurgia, pessoas fora de quem sabe nos de alto risco cirúrgico, que podem ser operados, mas tem um alto vestir, hoje também se beneficiam do implante da válvula através da técnica percutânea. Outros estudos estão vindo para avaliar se a técnica também é boa na abordagem de outra patologia da válvula, chamada insuficiência ótima.
Esse procedimento é realizado geralmente na sala de hemodinâmica, por uma grande equipe composta por técnico de enfermagem, anestesista, cardiologista intervencionista, cirurgião cardíaco, ecocardiografia e toda equipe que vai preparar e montar essa prótese para ser utilizada no paciente. Atualmente, ganha cada vez mais força o consenso de que o papel do cirurgião cardíaco começa nesse momento, no qual discutimos com os cardiologistas intervencionistas, cardiologistas clínicos, a melhor condução para cada caso, como tratamento cirúrgico convencional ou tratamento percutâneo.
É importante frisar que a cardiologia intervencionista e a cirurgia cardíaca atuam de formas complementares na condução do procedimento, pois o paciente pode necessitar de dissecção da artéria femoral e uma esternotomia mediana para que tenhamos acesso à aorta nos casos e femorais muito calcificadas. Dessa forma, nós tornamos nosso papel complementar.
Intervencionista radiologia, juntamente com os conceitos da hemodinâmica, e nós atuamos com os conceitos de cirurgia nos procedimentos da válvula.
Quando o paciente está com estreitamento, ela será substituída por uma nova válvula que irá entrar por um cateter na região da virilha do paciente, através de uma punção ou dissecção da artéria femoral. Esse cateter leva o dispositivo até o coração, onde ele será expandido, substituindo a válvula doente. Para a realização do procedimento, é necessário o uso transitório de um marca-passo.
Esse marca-passo temporário é inserido através de uma veia e, geralmente, permanece durante 24 a 48 horas. Caso não haja nenhuma complicação, ele é retirado e o paciente recebe alta hospitalar, sendo encaminhado para o seu cardiologista assistente, onde deverá fazer o acompanhamento cardiológico de rotina.
Os modelos expansíveis são pré-moldadas e comprimidos. Depois de cruzar da válvula aórtica, esse metal é expandido e vai, então, se fixar na região da saída do ventrículo esquerdo e na região da válvula aórtica, trazendo consigo uma prótese porcina. E, através dali, o sangue volta a fluir do ventrículo esquerdo para aorta.
A válvula expansível por balão, por outro lado, ela vem moldada em cima de um balão. Esse balão é também cruzado juntamente com a prótese na região da válvula aórtica. E, esse balão é expandido, liberando a prótese na cateter na região da válvula aórtica.
É 6% dos pacientes acima de 75 anos. Bom texto é nós arte, né? E não é só a estenose aórtica, uma doença mais prevalente na longevidade. Existem várias outras cardiopatias estruturais que chamamos ou seja, problemas na estrutura do coração que não são coronárias e que não estão no sistema elétrico, nas válvulas, nos defeitos da parede. Então, essas cardiopatias chamadas estruturais, que antigamente só tinham uma forma de se corrigir, quer através da cirurgia também a céu aberto, abrindo o peito e corrigindo, estão cada dia mais fazendo parte do rol de procedimentos dentro no serviço de cardiologia intervencionista, com implante de prótese, com implante de molas, conclusão de determinado segmento do coração, com abertura de outros. Então, assim, a cardiopatia estrutural é a nova fronteira da cardiologia intervencionista em termos de ofertar solução terapêutica, ou seja, o tratamento para esse paciente e principalmente para aqueles pacientes de mais idade que, por consequência, têm um risco maior de qualquer tipo de cirurgia mais invasiva.
Fonte: Implante transcateter de Válvula Aórtica (TAVI) por Interv JF Cardiologia Intervencionista