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Síndrome Metabólica: O que é e como tratar a gordura abdominal

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Sejam bem-vindos ao canal Compreensão Clínica. Eu me chamo Jonathan Henrique e no vídeo de hoje, vamos falar sobre a síndrome metabólica, um conjunto de fatores que predispõem o indivíduo a ter uma doença cardiovascular ou a desenvolver o diabetes mellitus do tipo 2.

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Então, a primeira coisa que precisamos compreender são os fatores que levam o indivíduo a ser pré-disposto a essas doenças cardiovasculares e diabetes. Dentre esses fatores, podemos citar:

  • A dislipidemia, que é o aumento de colesterol no sangue, tanto do colesterol total quanto da diminuição do colesterol HDL, que é conhecido como o colesterol bom. E ainda, o aumento dos triglicérides;
  • A resistência à insulina, que ocorre em função da regulação dos níveis de glicose no sangue;
  • A hipertensão arterial;
  • E, finalmente, a obesidade, que está muito relacionada ao perfil da síndrome metabólica.

Vale lembrar que quando falamos de obesidade, não estamos falando apenas daqueles indivíduos mórbidos. Mas também, aqueles que muitas vezes não se consideram obesos, mas possuem uma grande quantidade de gordura abdominal. E é nessa região que se acumula a gordura visceral, que é considerada a mais perigosa, visto que está relacionada aos órgãos internos.

A síndrome metabólica está muito relacionada ao acúmulo de gordura na região abdominal, principalmente na região visceral do abdômen. Nós podemos acumular duas tipos de gordura, a subcutânea, que está logo abaixo da derme e a gordura mais interior, que é a gordura intra-abdominal, também chamada de gordura visceral.

Um outro parâmetro mundialmente adotado para medir a gordura abdominal é a circunferência abdominal. A circunferência abdominal padrão nos homens é cerca de 94cm, e para as mulheres é cerca de 80cm. Quando a circunferência abdominal for maior que 102cm no homem e maior que 88cm na mulher, o indivíduo já é considerado candidato a desenvolver problemas cardiovasculares e diabetes.

Efeitos da gordura nos órgãos internos

Nós temos a esteatose hepática, que é popularmente conhecida como gordura no fígado. Quando o hepatócito, que é a célula do fígado, é ocupado por uma gotícula de gordura, essa gotícula vai ocupar a maior parte do seu citoplasma e deslocar o núcleo do hepatócito. Dessa forma, o hepatócito vai entrar em apoptose e vai morrer. Depois de morto, ele vai ser substituído por um tecido cicatricial e o tecido vai tornar-se fibrosado. Essa fibrose vai comprometer a função hepática. Exames laboratoriais também detectam quando as enzimas hepáticas TGO e TGP estão alteradas e pode evoluir em alguns casos para cirrose ou até mesmo para o hepatocarcinoma.

A síndrome metabólica também pode estar relacionada à aterosclerose, que é o acúmulo de gordura e a formação de placas de ateroma nas artérias do indivíduo. Outro órgão interno que pode ser afetado em função da gordura abdominal e da síndrome metabólica é o coração. A deposição de gordura nas artérias pode comprometer a função do coração, que é uma máquina perfeita que bate para posicionar sangue para todo o nosso corpo. O depósito de gordura no endotélio, que é a parede interna dos vasos, pode parar o funcionamento do coração e pode levar a um quadro de arteriosclerose.

Um outro fator relacionado à síndrome metabólica é a resistência à insulina. A insulina tem papel fundamental que é jogar a glicose para dentro das células, mas quando o indivíduo está resistente à ação da insulina, a glicose se acumula do lado de fora e não consegue entrar nas células. Dessa forma, o indivíduo pode desenvolver o diabetes do tipo 2 em função do acúmulo de gordura.

Tratamento e Prevenção

O tratamento para quem tem síndrome metabólica é de acordo com as recomendações do especialista, que geralmente é o endocrinologista. E quanto à prevenção, ela pode ser feita através de exercícios físicos ou através da alimentação saudável, por meio da ingestão de fibras. O exercício físico auxilia na queima das calorias contidas nos alimentos e as fibras não são digeridas, dessa forma, quando elas entram em contato com a gordura ou com carboidrato, elas eliminam eles nas fezes e isso contribui para diminuir os níveis de gordura e glicemia na corrente sanguínea.

Compartilhe esse vídeo e divulgue essas informações para que mais pessoas saibam sobre a síndrome metabólica. Eu tenho certeza que muitas pessoas querem saber o que há por trás dessa síndrome. Até o próximo vídeo.

Fonte: GORDURA ABDOMINAL ( Síndrome Metabólica) por Compreensão Clínica